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07 de Junho de 2019
Sexta-feira
- Convite - Mobilização Emprego e Produtividade
- Novos Projetos de Lei nº 20/2019
- Em quatro anos, setor industrial encolheu em faturamento, número de empresas e pessoal ocupado, diz IBGE
- Indústria gerou R$ 1,2 tri de valor da transformação industrial em 2017, diz IBGE
- Acordo Mercosul-União Europeia deve sair entre três e quatro semanas, diz Guedes
- Pressão política e ceticismo sobre reformas esvazia Fórum França-Brasil
- Brasil vive novo período de liberalização e modernização da economia, diz presidente da CNI durante Fórum Brasil-França
- A empresários, Guedes conjectura moeda única peso-real na América Latina
- INPI promove consultas públicas sobre Protocolo de Madri e outros temas da Propriedade Intelectual
- Nova fábrica da CSN vai abastecer indústria automotiva e linha branca
- CSN anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em São Paulo
- Preço do gás natural poderia cair logo
- Artigo: Boas perspectivas para o gás
- Artigo: Só a reforma da Previdência não basta, diz Pastore
- Tarifas abalam economia e BCs já preparam corte de juro
- Inflação oficial desacelera e fica em 0,13% em maio, menor taxa para o mês desde 2006
- Saques da poupança em maio superam depósitos em R$ 718,718 milhões
- Demanda por caminhões cresce após greve e sustenta setor automotivo
- Brasil deve deixar de exportar 240 mil carros para a Argentina em 2019
- Com crise argentina, Anfavea deve revisar projeções para exportação e produção
- Produção de veículos cresce 29,9% em maio ante maio de 2018, diz Anfavea
- TOMRA Sorting Recycling lança TOMRA Insight, uma plataforma poderosa de dados baseada na nuvem
- Exoesqueleto protege suas costas em tempo real
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Câmbio
Em 07/06/2019
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Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais - nº 20. Ano XV. 06 de junho de 2019
Confira nessa edição as proposições apresentadas na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAL
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
DIREITO DE PROPRIEDADE E CONTRATOS
Novas regras para a aquisição de imóveis rurais por estrangeiros
PL 2963/2019 do senador Irajá (PSD/TO)
Necessidade de autorização legislativa para alienação de empresas públicas e sociedades de economia mista
PL 3110/2019 do senador Jean Paul Prates (PT/RN)
Vedação de revisão de negócios jurídicos pelo administrador judicial
PL 3164/2019 do deputado Valtenir Pereira (MDB/MT)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Formalização de atos constitutivos de pessoas jurídicas
PL 3157/2019 do deputado Gutemberg Reis (MDB/RJ)
Revogação de dispositivos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
PL 3163/2019 do deputado Valtenir Pereira (MDB/MT)
MEIO AMBIENTE
Estabelece o regime jurídico do Cerrado
PL 3117/2019 do deputado Vicentinho Júnior (PL/TO)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
JUSTIÇA DO TRABALHO
Limitação da penhora sobre o faturamento da empresa
PL 3083/2019 do deputado Marcos Pereira (PRB/SP)
Prazo para juntada de carta de preposição e substabelecimento
PL 3093/2019 do deputado Coronel Armando (PSL/SC)
POLÍTICA SALARIAL
Política de valorização do salário mínimo
PL 3137/2019 do senador Eduardo Braga (MDB/AM)
RELAÇÕES INDIVIDUAIS DO TRABALHO
Ausência do empregado com deficiência em razão da quebra ou defeito de órteses e próteses
PL 3105/2019 do deputado Ivan Valente (PSOL/SP)
INFRAESTRUTURA
Capacitação técnica dos Municípios pela União para a elaboração e implementação dos planos de saneamento
PL 3070/2019 da deputada Rejane Dias (PT/PI)
Reestruturação do Marco Regulatório do Saneamento Básico
PL 3189/2019 do deputado Fernando Monteiro (PP/PE)
Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico
PL 3235/2019 do deputado Evair Vieira de Melo (PP/ES)
Atualização do Marco Legal do Saneamento Básico
PL 3239/2019 do deputado Samuel Moreira (PSDB/SP)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
CARGA TRIBUTÁRIA, CRIAÇÃO DE TRIBUTOS E VINCULAÇÃO DE RECEITAS
Dedução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica das doações realizadas aos hospitais filantrópicos
PL 3082/2019 da deputada Liziane Bayer (PSB/RS)
Redução do IRPJ / Tributação sobre lucros e dividendos / Revogação da dedutibilidade de Juros sobre o Capital Próprio
PL 3129/2019 do deputado Luis Miranda (DEM/DF)
OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS
Restrição do rol de empresas sujeitas à averbação pré-executória de bens pela Fazenda Pública
PL 3084/2019 do deputado Marcos Pereira (PRB/SP)
INFRAESTRUTURA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Disponibilização de informações sobre o recolhimento das contribuições previdenciárias patronais
PL 3162/2019 da deputada Marília Arraes (PT/PE)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Obrigatoriedade de informação da quantidade de fósforo e potássio no rótulo de alimentos
PL 3078/2019 da deputada Liziane Bayer (PSB/RS)
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
Isenção do IPI para os veículos adquiridos por pessoa com visão monocular
PL 3103/2019 do deputado Capitão Alberto Neto (PRB/AM)
INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO
Alterações na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e no Código de Minas
PL 2791/2019 do deputado Zé Silva (Solidari/MG)
INDÚSTRIA DE BEBIDAS
Inclusão do contrabando ou falsificação de bebidas no rol dos crimes hediondos
PL 3149/2019 do deputado Chiquinho Brazão (AVANTE/RJ)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Incentivos a projetos de geração distribuída em entidades hospitalares filantrópicas e sem fins lucrativos
PL 3100/2019 do deputado Danrlei de Deus Hinterholz (PSD/RS)
INDÚSTRIA DE VEÍCULOS DE DUAS RODAS
Isenção do IPI de bicicletas comuns e elétricas
PL 3107/2019 do deputado Célio Studart (PV/CE)
INDÚSTRIA DO FUMO
Inclusão do contrabando ou falsificação de cigarros no rol de crimes hediondos
PL 3116/2019 do deputado Chiquinho Brazão (AVANTE/RJ)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Altera a lei orçamentária anual do Estado do Paraná
PEC 07/2019, de autoria do Deputado Arilson Chiorato (PT)
Regulamenta a expedição de CNH por agricultores familiares
PL 320/2019 de autoria dos Deputados Arilson Chiorato (PT); Luciana Rafagnin (PT) e Goura (PDT)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
Isenção do ICMS nos produtos que especifica
PL 364/2019, de autoria do Deputado Boca Aberta Junior (PROS/PR)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
Institui o selo “Empresa Inclusiva”
PL 395/2019, de autoria do Deputado Guerra (PSL)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA DO PLÁSTICO
Substituição de sacolas plásticas convencionais por sacolas SLR Ecológicas
PL 411/2019 de autoria do Deputado Gilberto Ribeiro (PP)
INFRAESTRUTURA
Cessão não onerosa de créditos de energia solar fotovoltaica para entidades que especifica
PL 424/2019 de autoria do Deputado Márcio Pacheco (PDT)
| FIEP | | | | Indústria extrativa foi a que mais perdeu participação no setor no período. Indústria alimentícia segue líder no país, com aumento de sua relevância na última década.
A indústria brasileira vem encolhendo. É o que evidencia a Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só em termos de receita líquida de vendas, o recuo foi de 7,7% entre 2014 e 2017.
Segundo o levantamento, em 2017 a receita líquida de vendas da indústria somou cerca de R$ 3 trilhões. Em 2014, este valor foi de aproximadamente R$ 2,8 trilhões. Tanto a indústria de transformação quanto a extrativa tiveram o faturamento reduzido neste período, sendo mais intensa a perda desta última, de 16,9% – a de transformação perdeu 7,4% da receita líquida.
Receita líquida de vendas da indústria em 2017
Indústria de transformação responde pela maior parte do faturamento do setor
Indústria extrativa: 5,05 %
Indústria de transformação: 94,95 %
Indústria de transformação
94,95 %
Fonte: IBGE
A queda da receita foi acompanhada pela redução no número de empresas ativas no setor industrial do país. Em 2014, havia 333,7 mil empresas, número que caiu para 318,4 mil em 2017, uma redução de 15,3 mil unidades industriais, o que equivale a uma redução de aproximadamente 5%.
Com menos empresas ativas, diminuiu em 12,5% a ocupação na indústria entre 2014 e 2017. Isso representa um contingente de 1,1 milhão de trabalhadores a menos empregados no setor industrial.
O IBGE destacou que, na comparação com 2013, ano em que o Brasil bateu recorde no número de pessoas contratadas pela indústria (cerca de 9 milhões de empregados), a perda de postos de trabalho chegou a 14,8%, o que representa 1,3 milhão de pessoas empregadas no setor.
"De 2013 até 2017, a ocupação na indústria não parou de cair, embora a queda no último ano tenha sido a menos acentuada (-0,6% ou 44,5 mil postos de trabalho a menos)", destacou o instituto.
População ocupada na indústria brasileira
Segundo o IBGE, em termos de participações no pessoal ocupado não houve alterações relevantes no período. A indústria de transformação segue liderando as contratações, respondendo por 97,5% do pessoal ocupado em 2017.
Os segmentos do setor com maior representatividade no emprego foram a Fabricação de produtos alimentícios (23,3%) e a Confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,2%). Nas Indústrias Extrativas, as maiores participações continuam com a extração de minerais metálicos (41,4%) e extração de minerais não-metálicos (41,1%).
Sudeste perde participação para o Centro-Oeste
Em termos estruturais, o IBGE apontou para uma mudança da representatividade regional da indústria, com aumento da participação do Centro-Oeste em detrimento do Sudeste.
Segundo o levantamento, em 2017 a Região Sudeste se mantinha líder do setor no país, respondendo por 58% do valor de transformação industrial, mesmo diante da perda de representatividade nos últimos dez anos.
Desde 2008, houve um recuo de 4.2 p.p na participação do Sudeste, em favor do Centro-Oeste, que teve o maior avanço (1,9 p.p), seguido pelo Sul (1,3 p.p.).
"Esse deslocamento produtivo em direção ao Centro-Oeste se deu principalmente em razão da migração de plantas agroindustriais que eram dedicadas à Fabricação de produtos alimentícios e passaram a participar da produção de biocombustíveis, fazendo com que esta atividade se tornasse uma das três mais relevantes da região", destacou o estudo.
A Região Sul aparece logo depois da Sudeste em termos de representatividade, sendo responsável por 19,6% do valor de transformação industrial do país, sendo seguida pelo Nordeste (9,9%), Norte (6,9%) e Centro-Oeste (5,6%).
| G1 | | | | Resultado foi consequência de um valor bruto da produção de R$ 2,7 trilhões, menos os custos de R$ 1,5 trilhão das operações industriais
Crise diminuiu ímpeto por novas tecnologias na indústria brasileira
A indústria brasileira gerou R$ 1,2 trilhão de valor da transformação industrial em 2017. O resultado foi consequência de um valor bruto da produção de R$ 2,7 trilhões, menos os custos de R$ 1,5 trilhão das operações industriais. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa, divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria de transformação foi responsável por 91,3% da riqueza gerada pelo segmento industrial em 2017. O País tinha 318,3 mil empresas industriais ativas com pelo menos uma pessoa ocupada, que empregaram 7,7 milhões de trabalhadores e pagaram R$ 300,4 bilhões em remunerações.
Em 2017, a indústria brasileira registrou faturamento bruto total de R$ 3,9 trilhões, sendo 82,5% relativo à receita bruta da venda de produtos e serviços industriais. Em 10 anos, houve queda de 1,8 ponto porcentual na participação dessa modalidade de receita, puxada pela indústria de transformação.
Por outro lado, as receitas oriundas de atividades não industriais - como revenda de mercadorias, prestação de serviços não industriais e transporte - aumentaram sua participação de 6,6% em 2008 para 9,5% em 2017, tornando-se a segunda maior fonte de faturamento. Já a fatia das receitas geradas por atividades não produtivas - como arrendamento e aluguéis, receitas financeiras, variações monetárias ativas, resultados positivos de participações societárias e outras receitas operacionais - caiu 1,1 ponto porcentual em uma década.
"Isso pode sinalizar um crescimento da diversificação da atividade industrial e uma interação maior com as demais atividades econômicas, especialmente nas indústrias de transformação", apontou o IBGE, em relatório.
A receita líquida de vendas industriais foi de R$ 3,0 trilhões no ano de 2017. O resultado significa, em termos reais, uma redução de 7,7% em relação a 2014, período pré-crise. A perda foi mais intensa nas indústrias extrativas (-16,9%) do que nas indústrias de transformação (-7,4%).
Salários e empregos
Entre 2014 e 2017, os salários reais da Indústria caíram em média 14,7%. A queda foi maior nas indústrias extrativas (-31,2%) do que nas indústrias de transformação (-13,9%). As empresas industriais fecharam cerca de 12,5% dos postos de trabalho no período, o equivalente a 1,104 milhão de trabalhadores a menos.
Diesel
Segundo a pesquisa do IBGE, o óleo diesel manteve a liderança como principal produto industrial do País em 2017. O combustível somou R$ 63,7 bilhões em valor de venda, o equivalente a 2,8% do total vendido pela indústria no ano. No entanto, o resultado significa uma perda de cerca de 14% em relação ao ano anterior. O óleo diesel tinha rendido mais em 2016, R$ 74,4 bilhões.
Em 2017, os demais produtos industriais com maior valor de vendas foram óleos brutos de petróleo (com 2,6% de participação no total vendido pela indústria), minério de ferro (com uma fatia de 2,6%) e automóveis entre 1.500 e 3.000 cm3 (com participação de 2,1%).
Num universo com cerca de 3.400 produtos, esses quatro principais itens fabricados pela indústria brasileira concentraram 10,1% do total das vendas do setor, que totalizaram R$ 2,3 trilhões em 2017.
Os cem produtos industriais mais importantes do País foram responsáveis por 53% das vendas industriais. Na Região Norte, quase um terço das vendas foram obtidas com apenas três produtos: minério de ferro, televisões e aparelhos de telefone celular.
| DCI (publicado em 06-06-2019) | | | | Tratado vem sendo negociado há mais de 20 anos
O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que o Mercosul deve “fechar o acordo com a União Europeia em três ou quatro semanas”. O acordo vem sendo negociado há mais de 20 anos.
Guedes falou a jornalistas na Casa Rosada, sede do governo argentino, nesta quinta (6).
O tratado que vem sendo negociado tem por objetivo abrir mercados entre os dois blocos. Países do Mercosul almejam vender carne bovina, frango e açúcar. Já os europeus pretendem vender mais produtos industriais ao bloco sul-americano.
Logo após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, Guedes afirmou que o Mercosul não era prioridade do novo governo, em uma resposta ríspida a uma repórter do jornal argentino Clarín. “O Mercosul não é prioridade. Mercosul não é prioridade, está certo? É isso que você queria ouvir?”, disse à época.
Em janeiro, já no cargo de ministro, Guedes tentou amenizar o mal-estar causado com autoridades argentinas. Afirmou que o bloco econômico é importante e que o governo brasileiro não pretende tratar o Mercosul como algo sem relevância. Além de Brasil e Argentina, fazem parte do Mercosul Paraguai e Uruguai.
Guedes acompanha nesta quinta-feira (6) a comitiva do presidente Bolsonaro à Argentina. Em declaração conjunta dos presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro, o argentino afirmou que o bloco precisa se modernizar após 30 anos de existência.
Macri disse que foi discutido um intercâmbio energético, e reafirmou que o Mercosul está muito perto de um acordo com a União Europeia. Os termos devem ser fechados em uma reunião técnica em Bruxelas.
O argentino mencionou ainda a Venezuela, dizendo que ambos conversaram sobre o “duro momento que estão vivendo os venezuelanos. Faremos todo o possível para reestabelecer a democracia lá”, afirmou.
Já Bolsonaro disse que se conversou sobre duas hidrelétricas que devem ser construídas na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina.
Bolsonaro falou ainda sobre as eleições presidenciais argentinas, que ocorrem em outubro deste ano. O brasileiro conclamou "todos os argentinos a votar com a razão e não com a emoção”.
Macri tenta a reeleição com a economia do país em dificuldades e popularidade em baixa, ao redor de 30%. A inflação acumulada está em 55% nos últimos 12 meses e a perspectiva é de PIB negativo neste ano, além do aumento da pobreza.
Além disso, Cristina Kirschner surpreendeu ao anunciar que deve ser vice, e não líder da chapa na disputa a presidência contra Macri. Isso enfraqueceu candidatos de terceira via e aumentou a chance de vitória de kirschneristas na disputa, segundo as primeiras pesquisas realizadas.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-06-2019) | | | | Nenhum ministro francês compareceu ao evento realizado em Paris
Se quiser atrair mais investimentos externos da França ao Brasil, o governo de Jair Bolsonaro terá de provar ser capaz de realizar reformas estruturais, como a da Previdência, além de apaziguar sua relação com o Congresso Nacional.
As indicações foram dadas por líderes empresariais franceses nesta quarta-feira (5), na 8ª edição do Fórum Econômico França-Brasil. Realizado na sede do Ministério da Economia, em Paris, o evento não teve a presença de nenhum ministro anfitrião e foi classificado por um dos organizadores como o “menos dinâmico” já realizado.
O fórum é organizado todos os anos pelo Movimento das Empresas da França (Medef), maior sindicato patronal do país, e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), pelo lado brasileiro.
Em edições anteriores, foi ponto de encontro entre líderes empresariais e ministros de Estado dos dois países. Esta edição, por outro lado, foi ameaçada de cancelamento. Segundo um dos organizadores, porque nenhuma empresa queria participar.
O evento acabou acontecendo, mas Bruno Le Maire, ministro da Economia, cancelou sua participação. Membros do segundo escalão, como Agnès Pannier-Runacher, secretária de Estado de Economia, e Jean-Baptiste Lemoyne, secretário de Relações Exteriores, tomaram a mesma decisão.
Principal representante do Brasil, o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, tentou convencer os participantes sobre a estabilidade jurídica do país, a capacidade técnica do funcionalismo brasileiro e sobre a honestidade do governo de Bolsonaro.
“Meu principal objetivo foi transmitir uma mensagem do governo para que tenham confiança no Brasil. O Brasil é um país que respeita contratos, e o ambiente absolutamente honesto, após anos de histórico de corrupção”, argumentou o general. “Eu vejo um ambiente político muito bom.”
O discurso de idoneidade, entretanto, não foi suficiente para entusiasmar a plateia de empresários.
“O general garantiu a segurança jurídica, a abertura aos investimentos externos e a previsibilidade, mas o evento não teve a mesma dinâmica que em anos anteriores”, avaliou Charles-Henry Chenut, conselheiro de Comércio Exterior da França, fundador de um escritório de advocacia com sedes nos dois países e um dos oradores do evento.
Falando em condição de anonimato, outros participantes foram mais duros. Um empersário disse que a equipe econômica tem vontade política, mas que o cronograma de reformas –em especial a da Previdência– é muito apertado e pouco credível, afirmou um empresário.
Este mesmo empresário disse temer que a relação conturbada entre o Executivo e o Congresso em Brasília acabe por fazer o ministro Paulo Guedes (Economia) deixar o governo –o que, afirmou, causaria tensões política e social no Brasil.
A situação política no Brasil preocupa os meios empresariais porque o país é o maior destino dos investimentos franceses entre os países emergentes –€ 23,6 bilhões em 2017.
Protestos
Se a plateia de empresários e investidores demonstrou insatisfação com o esvaziamento do evento, ONGs e ativistas comemoraram a ausência de autoridades públicas. Na semana passada, um grupo de organizações não-governamentais exortou empresários e líderes políticos franceses a boicotarem o fórum em uma tribuna publicada pelo jornal Libération e intitulada “Não deixemos o Ministério da Economia estender o tapete vermelho à extrema direita brasileira”.
Um protesto –também esvaziado– foi organizado por militantes, boa parte simpatizantes de partidos de esquerda nos dois países, e reuniu poucas dezenas de pessoas.
“Queremos mostrar que esse governo não é bem-vindo no mundo”, afirmou a historiadora Juliette Dumont, professora do Instituto de Altos Estudos sobre a América Latina, uma das organizadoras da manifestação.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-06-2019) | | | |
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse a uma plateia de 120 empresários franceses que o Brasil começa a entrar em “um novo período de liberalização e modernização que possibilitará a atração de investimentos estrangeiros e dará maior competitividade à indústria nacional”.
Robson Braga de Andrade participa do 6º Fórum Econômico Brasil-França, na sede do ministério francês da Economia e Finanças, em Paris. O encontro é da CNI em parceria com o Movimento das Empresas da França (MEDEF).
O presidente do Conselho do Movimento das Empresas da França (MEDEF), Alexis Duval, destacou que o Brasil é de longe um dos principais parceiros da França na América Latina. “Temos umas 900 companhias francesas no Brasil que criam cerca de 500 mil empregos. Esse Fórum Econômico é um privilégio para conhecermos melhor os projetos concretos. O setor privado de ambos os países deve desempenhar um papel de liderança no desenvolvimento de nossas relações econômicas e comerciais”, diz Duval, que também é CEO da Tereos, terceiro maior produtor mundial de açúcar.
Durante o evento, o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, apresentou oportunidades na agenda de privatização do Brasil e em Parcerias Público-Privadas (PPP). “O governo (de Jair Bolsonaro) tem alguns objetivos. Um deles é reduzir o tamanho do Estado. Colocar o Estado no tamanho que ele deve ser. Mostrar a importância do setor privado e descentralizar os recursos, para que eles fiquem nas cidades. É uma mudança na filosofia de como a administração tem que ser”, explicou o general Santos Cruz.
Também participaram do evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antônio Carlos da Silva, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Sandro Mabel, o presidente da Federação do Estado de Mato Grosso (FIEMT), Gustavo de Oliveira, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Mário César de Aguiar.
REFORMAS ESTRUTURAIS – “A proposta de Reforma da Previdência Social, já em discussão no Congresso Nacional, será essencial para dar sustentabilidade às contas públicas e para o Brasil voltar a crescer. Outra reforma importante é a tributária, que permitirá que o Brasil se integre ao mundo com melhores condições competitivas”, afirmou o presidente da CNI.
Segundo ele, com mudanças estruturais no sistema tributário, que também já estão tramitando no Congresso, vamos eliminar as fontes de insegurança jurídica, bem como o excesso de obrigações burocráticas que penalizam os empreendedores.
“A indústria apoia essas reformas e outras medidas que venham a contribuir para o equilíbrio das contas públicas, a desburocratização, a melhora do ambiente de negócios, o incentivo aos investimentos, e o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, garantiu.
RELAÇÃO FRANÇA-BRASIL – Para Robson Braga de Andrade, a França tem papel estratégico nas relações culturais e comerciais com o Brasil. Ao longo dos últimos dez anos, o fluxo do comércio bilateral entre o Brasil e a França oscilou significativamente. Registrou períodos mais prósperos, como em 2013, quando o intercâmbio comercial entre os dois países chegou a quase US$ 10 bilhões e outros de retração, como em 2017, quando o somatório das exportações e importações somou US$ 6 bilhões.
“Cabe destacar que as exportações de manufaturados têm se intensificado, o que comprova a maior agregação de valor à nossa pauta exportadora com a França ao longo dos anos”, explicou o presidente. Em 2018, manufaturados e semimanufaturados foram responsáveis por 53% do total das exportações brasileiras, impulsionadas por setores como máquinas e equipamentos mecânicos.
Embora os dados mostrem desaceleração nos últimos anos, há um importante espaço para a ampliação do comércio e dos investimentos entre o Brasil e a França.
Uma pesquisa realizada pela CNI em 2018, que identifica os entraves à competitividade do comércio exterior brasileiro, apontou a França como um dos principais destinos para os quais as empresas exportadoras brasileiras gostariam de ampliar sua atuação nas vendas.
ACORDO ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA – O presidente da CNI destacou que a iniciativa privada dos dois países será impulsionada se os governos se comprometerem com o avanço da negociação de temas que afetam negativamente o ambiente de negócios entre Brasil e França. Entre as prioridades escolhidas pelas empresas brasileiras, encontra-se a necessidade de conclusão do acordo de associação entre o Mercosul e a União Europeia, para o qual o apoio da França é imprescindível.
O acordo terá grande impacto para a economia brasileira e para a indústria em particular, pois a União Europeia é o principal investidor estrangeiro no país e o primeiro parceiro comercial em bens e serviços.
O acordo entre o Mercosul e a União Europeia trará amplas oportunidades de acesso a mercados, tanto para o Brasil quanto para a França. Também permitirá a criação de um arcabouço normativo estável para as relações econômicas entre os blocos, garantindo condições isonômicas de competição aos exportadores e investidores brasileiros, em relação aos demais países que possuem acordos similares com a União Europeia.
| CNI (publicado em 06-06-2019) | | | | O ministro Paulo Guedes participa de audiência sobre a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados
Em encontro ontem com empresários argentinos e brasileiros, além de integrantes do governo federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, conjecturou uma moeda única chamada "peso-real" no continente latino-americano.
Segundo ele, no futuro é possível que haja cerca de cinco moedas no mundo e a integração na América Latina poderia eventualmente levar a essa moeda única. Ele preferiu não citar um prazo para tanto. Perguntado se teria como fazer essa moeda de maneira rápida, falou "claro que tem, gente". "Tem jeito de fazer tudo na vida", completou.
Guedes afirmou que, para se tornar realidade, é preciso ajustes fiscais dos países envolvidos. Ao mesmo tempo, ponderou, é preciso aceitar riscos como a Alemanha assumiu na União Europeia e acabou por ganhar competitividade. Hoje é um dos países com economia mais bem-sucedida no mundo.
Questionado pela reportagem se o Brasil então poderia virar uma Alemanha no contexto da América Latina, Guedes respondeu "você concluiu bem". Na avaliação do ministro, apurou a reportagem, o Brasil "engoliria" a Argentina e os outros países da região.
O UOL apurou que o tema foi tratado em reunião em Washington D.C. com a equipe econômica argentina quando da visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Integrantes da equipe, como o ministro da Economia, Nicolás Dujovne, inclusive, já teriam tratado novamente do assunto com Guedes há algumas semanas no Rio de Janeiro.
O conceito teria sido discutido entre Guedes e equipe, mas a aplicação imediata descartada. O governo brasileiro sabe que pelo grupo de Macri, a ideia já seria lançada nos próximos meses a tempo das eleições de outubro na Argentina.
Macri gostaria de se cacifar com a possibilidade perante uma população que não confia no sistema bancário de seu país e, em tese, se sentiria mais confortável com um Banco Central em comum.
Após a reunião em Buenos Aires, o Banco Central lançou nota negando que a moeda única esteja em estudo. O UOL apurou que o texto teria sido escrito por um secretário de Guedes em viagem com o ministro em Buenos Aires para acalmar os ânimos do empresariado brasileiro.
Um integrante da equipe econômica disse que a nota foi redigida durante o jantar da comitiva brasileira na embaixada do país em Buenos Aires, e que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, "ligou apavorado", dizendo "estar o maior tumulto" no Brasil, com pessoas do setor econômico ligando para ele.
Guedes, inclusive, teria adotado uma metáfora marítima. Para ele, hoje o Brasil seria uma canoa que tem de dar a mão ao Macri para este não afundar, mas tomando cuidado para não o puxar de corpo inteiro. Se resgatar o colega para a canoa, acredita, todos viram e ficam à deriva. O Brasil só teria capacidade de atuar como um transatlântico no caso após a aprovação da reforma da Previdência e a reeleição de Macri.
| UOL | | | | A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apoia a iniciativa do INPI e estimula empresas e associações a participarem das consultas públicas
Diante da aprovação no Senado Federal do Projeto de Decreto Legislativo 98/2019 que formaliza a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri, no dia 22 de maio, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) disponibiliza consultas públicas relacionadas ao tratado internacional. O objetivo é integrar governo e sociedade a partir da contribuição de cidadãos e empresas em temas que serão implementados pelo INPI. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apoia a iniciativa do INPI e estimula empresas e associações a participarem das consultas públicas.
Uma delas se refere à minuta da resolução que dispõe sobre o registro de marca no âmbito do Protocolo de Madri. O documento prevê, por exemplo, os idiomas em que deverão ser escritos os pedidos internacionais originados no Brasil e apresentados ao INPI, além do perfil dos solicitantes. Também constam na minuta informações sobre prazos, requerimentos e retificações.
A adesão ao Protocolo de Madri envolve redução de custos e de burocracia, já que requerentes podem depositar pedidos de registros em diversos países por meio de apenas um formulário internacional. Interessados em participar têm até o dia 27 de junho para enviar sugestões ao e-mail consultapublicamarcas@inpi.gov.br , por meio de formulário próprio.
DEMAIS PONTOS - Outra consulta pública disponível no INPI também decorre da iminente adesão do Brasil ao Protocolo de Madri. Trata-se da minuta com a resolução sobre a divisão de registros e pedidos de registros de marca em sistema multiclasse. O texto prevê a possibilidade de se transferir parte de produtos ou serviços de uma mesma classe, desde que “idênticos, semelhantes ou afins”.
No mesmo sentido, está sob consulta pública a minuta da resolução sobre a divisão de registros e pedidos de registro de marca em sistema multiclasse. O documento prevê que, em caso de interrupção de exame em pedido de registro de marca em sistema multiclasse, o solicitante poderá pedir a respectiva divisão.
Também há consulta acerca da resolução sobre os registros de marca em regime de cotitularidade, que permite a indicação de mais de um titular por registro ou pedido de registro de marca. Os prazos para participação em cada uma das consultas públicas e a íntegra das minutas estão disponíveis no site do INPI. Interessados em entrar em contato diretamente com a CNI devem enviar e-mail para fabiano.barreto@cni.com.br
PRAZOS PARA PARTICIPAR
Consulta Pública – Multiclasse: até 13/6
Consulta Pública – Cotitularidade: até 20/6
Consulta Pública – Divisões de Registros e Pedidos de Registro de Marca: até 20/6
Consulta Pública – Protocolo de Madri: até 27/6
| CNI (publicado em 06-06-2019) | | | | Nova fábrica da CSN vai abastecer indústria automotiva e linha branca
Companhia vai investir R$ 1,5 bilhão para produzir aço em polo econômico de SP
A CSN anunciou nesta quinta-feira (6) que fará um investimento de R$ 1,5 bilhão para a construção de uma unidade de produção de aço galvanizado no estado de São Paulo.
A fábrica deverá abastecer a indústria automotiva e o setor de produção de eletrodomésticos da linha branca.
A cidade em que a fábrica será instalada não foi definida, mas a companhia estuda sua implantação no Vale do Paraíba.
É o primeiro anúncio de investimento no estado de São Paulo desde que o governo anunciou, em maio, a criação de um programa para o desenvolvimento de 11 polos econômicos, incluindo iniciativas na área tributária, capacitação de mão de obra e facilitação do licenciamento.
A unidade da CSN ficará no polo metal-mecânico, que também inclui cidades como Sorocaba, Campinas e as do ABC Paulista.
Segundo Patrícia Ellen, secretária de desenvolvimento econômico do estado, o apoio que será dado pelo governo para a realização do investimento da CSN ainda estão em discussão.
Durante anúncio do investimento para a imprensa, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) negou que a decisão da empresa seja resultado de algum tipo de guerra fiscal, como consequência de uma redução e imposto para trazer para o estado companhias instaladas em outras regiões. Segundo ele, esse não é o interesse do governo.
“Estamos fazendo nosso papel, de investir no desenvolvimento do estado, de gerar empregos. Isso é obrigação de um governo que prometeu gerar renda e desenvolvimento para realizar uma política social vitalizada”, disse Doria.
A fábrica deve gerar 400 empregos diretos. O investimento deve ser completo em três anos.
Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, explicou que o investimento faz parte de plano da companhia de aplicar R$ 10 bilhões em quatro anos.
Doria afirmou que notícias recentes, como a decisão da GM de manter suas fábricas em São Paulo (tendo como contrapartida incentivo fiscal para montadoras), aportes de recursos da Scania e a perspectiva de manutenção da fábrica da linha de montagem da Ford no estado, após uma provável aquisição, permitem o fortalecimento da indústria no estado e o adensamento da cadeia produtiva.
Segundo Steinbruch, a escolha por São Paulo levou em conta a concentração de fábricas do setor automotivo e da linha branca presentes no estado, o que gera ganhos de custos para a empresa.
“Na medida em que temos os polos e proximidade de grandes e pequenos clientes da cadeia de autopeças e montagem de geladeira, fogão, melhor para nossa competitividade. Esses polos devem fortalecer essas cadeias e trazer investimentos.”
Segundo ele, a indústria automotiva sofreu impacto com a crise argentina, mas já conseguiu direcionar sua oferta para outros mercados.
Em sua avaliação, o crescimento brasileiro está mais lento que o esperado, mas deve acelerar após a aprovação da reforma da Previdência, o que traria resultados melhores já no segundo semestre e justificaria os investimentos.
| Folha de S. Paulo (publicado em 05-06-2019) | | | | CSN anuncia investimento de R$ 1,5 bilhão em São Paulo
Objetivo é atender polo que inclui cidades como Campinas e Ribeirão Preto
A CSN anuncia nesta quinta-feira (6) um investimento de R$ 1,5 bilhão em São Paulo.
Com o empreendimento, que vai focar o polo metal-metalúrgico de máquinas e equipamentos, a empresa promete gerar 400 empregos diretos.
Detalhe de produção de autopeças na siderúrgica
O polo está localizado nas regiões de Campinas, Ribeirão Preto, ABC, Alto Tietê e Oeste, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Vale do Paraíba.
O anúncio está sendo tratado pelo governador de São Paulo João Doria como "o primeiro grande investimento com o apoio direto do poder público desde de que o governo do estado anunciou a criação de 11 polos de desenvolvimento econômico com pacotes de benefícios setoriais para a indústria, no dia 23 de maio".
A CSN ainda está prospectando a localização em conjunto com a agência paulista Investe SP.
| Folha de S. Paulo (publicado em 06-06-2019) | | | |
Interlocutor do governo, o economista Carlos Langoni (FGV-RJ) explica o roteiro de mudanças regulatórias que transformaria o setor, com redução do monopólio em todas as etapas produtivas
A redução no preço do gás natural pode ser feita rapidamente sem necessidade de mudanças legislativas, afirma o economista Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ). “O país tem uma pressa enorme em reduzir pela metade o custo do gás para a indústria. E reduzir também o custo do gás residencial”, afirma ele, que vem discutindo o assunto com o governo.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Como o senhor avalia a participação do gás natural na matriz energética brasileira?
CARLOS LANGONI - A participação ainda é muito baixa e isso se dá por duas razões. Primeiro, a produção de gás natural agora é que vai deslanchar, acompanhando o grande aumento na produção do pré-sal. Hoje, o Brasil produz em torno de 80 milhões de metros cúbicos de gás natural. Essa produção vai aumentar para cerca de 160 milhões, já descontando o gás que é reinjetado, que corresponde a cerca de 20% da produção e também uma parte do gás que tem muito contaminante e que não pode ser aproveitado na indústria. É uma duplicação da produção que está contratada nos próximos quatro anos.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - E o segundo motivo?
CARLOS LANGONI - A outra razão que explica a baixa participação do gás natural na matriz energética é o marco regulatório, com uma estrutura completamente distorcida, que gerou uma superposição de monopólios. Você tem o monopólio da Petrobras do lado da oferta, controlando cerca de 98%; você tem a participação da Petrobras controlando o transporte das moléculas, mesmo tendo privatizado os dois gasodutos que nós temos, que são 9.000 km de gasodutos; e, na ponta, há um outro monopólio, que é o das distribuidoras. São 23 distribuidoras, com participação da petrobras em 21. Então é uma superposição de monopólios, que coloca o preço do gás para a indústria no Brasil como um dos mais altos do mundo.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - E o que pode ser feito para mudar isso?
CARLOS LANGONI - A ideia que apresentamos para o governo, que recebeu o apoio do ministro Paulo Guedes (Economia) desde o início e que hoje tem o apoio do ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) é basicamente fazer o desmonte desse marco regulatório intervencionista e concentrador para um novo marco regulatório que estimule a competição. Isso pode ser feito, numa primeira etapa, sem nenhuma mudança legislativa, mas apenas por meio de mudanças de normas da ANP, termos de ajuste envolvendo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma vez que se trata de monopólio em vários níveis, e a Petrobras. No nível das distribuidoras, bastaria criar a figura do consumidor livre, a exemplo do que já é feito no setor elétrico.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Essas alterações podem ser feitas rapidamente?
CARLOS LANGONI - Sim e sem qualquer mudança legislativa, apenas por meio de mudanças em normas e ajustes com o objetivo de abrir espaço para novos atores que serão importantes produtores de gás natural, lado a lado com a Petrobras. É importante permitir que novos atores tenham acesso à logística de distribuição, uma vez que eles já têm acesso às rotas ligadas ao pré-sal, feitas por meio de consórcio e nas quais esses atores já têm uma participação proporcional à sua produção.
Novas rotas terão de ser construídas no futuro com o aumento da produção, mas deve ser assegurado, principalmente, o acesso à infraestrutura de transporte terrestre, em especial aos dois gasodutos que foram privatizados, o que pode ser feito simplesmente com a criação, pela ANP, de normas de entrada, de saída e de tarifação.
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - O processo de desinvestimento da Petrobras e a discussão de uma proposta que está no Legislativo podem facilitar esse novo marco regulatório?
CARLOS LANGONI - Para dar partida, vamos primeiro criar um mercado de gás natural, que hoje não existe. Primeiro é melhor fazer a coisa mais simples: desmontar esse entulho intervencionista, que gerou as distorções todas que temos hoje. Existe um problema que envolve ICMS, mas na partida isso pode ser resolvido no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). É possível que mais tarde tudo isso possa ser consolidado numa nova lei, mas não vamos complicar.
O país tem uma pressa enorme em reduzir pela metade o custo do gás para a indústria e reduzir também o custo do gás residencial. Estamos falando aqui de benefícios econômicos e sociais tão expressivos que podem ser implementados já agora. Mas se for necessária uma legislação complementar, tenho certeza de que o Congresso Nacional vai apoiar, só que isso não deve atrasar o processo.
| CNI (publicado em 06-06-2019) | | | | Em artigo publicado na revista Indústria Brasileira, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, fala sobre a importância dos investimentos e incentivos na área de energia no país
Energia é um tema extremamente relevante para a economia brasileira. A garantia de que a oferta será contínua e se dará a preços competitivos é fundamental para investimentos em projetos de diversos segmentos industriais. Sem confiança nessa área, as empresas adiam a aplicação dos recursos e a contratação de trabalhadores. O resultado é um crescimento econômico menor do que o potencial ou, até mesmo, em momentos de crise energética mais aguda, recessão e desemprego.
Para que as boas perspectivas hoje existentes na área de energia não sejam frustradas, é preciso que o governo e o Congresso Nacional trabalhem de maneira coordenada, tendo em vista os interesses estratégicos da economia brasileira. A previsão de forte aumento da oferta de petróleo e gás natural em nossos campos enseja muitas oportunidades, mas é preciso evitar o excesso de intervenção governamental, sanar problemas regulatórios, coibir monopólios e garantir a segurança jurídica de modo a estimular investimentos no setor.
O gás natural é visto como um caso especial no que diz respeito ao impacto dos preços desse importante insumo na viabilidade da indústria. Eventuais aumentos nas tarifas produzem enormes efeitos nos custos das empresas, com a consequente perda da competitividade dos produtos nacionais. Além disso, é preciso deixar mais claros os critérios de formação de preços e dos seus reajustes, evitando movimentos que possam prejudicar a saúde financeira das empresas.
No âmbito internacional, o aumento na disponibilidade de gás já propiciou uma queda nos preços, apoiada por mudanças regulatórias que levaram à liberalização do setor em vários países. O Brasil pode acompanhar essa tendência, pois a oferta do insumo deve dobrar até 2027. O governo já sinalizou que as tarifas podem cair à metade, caso sejam tomadas as medidas adequadas. Elas incluem desconcentração do mercado, novo arcabouço regulatório, ações para a promoção da concorrência e quebra de monopólios.
Em 2016, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou o programa Gás para Crescer, instituído na esteira do plano de desinvestimento da Petrobras. A intenção era aprimorar o arcabouço regulatório. O debate que se seguiu culminou na apresentação de propostas para o Projeto de Lei nº 6.407, que foi amplamente discutido em 2018. Mas controvérsias em torno de assuntos como o fim dos monopólios na distribuição impediram seu avanço – existe a expectativa de que o projeto seja votado e aprovado neste ano.
Hoje, o gás natural representa 13% da matriz energética no Brasil, número baixo em comparação com a média mundial, que é quase o dobro (25%). As reservas existentes na camada do pré-sal vão aumentar a oferta do insumo nos próximos anos, podendo torná-lo mais barato e mais presente como fonte de energia para as indústrias. Será necessário investir não só na extração do gás, mas também na construção de uma rede de gasodutos para melhorar sua distribuição pelo país.
A área de energia é, portanto, mais uma em que o espírito reformista deve ser exercitado. O Brasil está entrando numa nova e bem-vinda era de liberalização da economia, com mais abertura para a concorrência em todos os segmentos. Governo e Congresso Nacional debatem formas de melhorar o ambiente de negócios e aumentar a segurança jurídica dos empreendimentos, removendo os obstáculos ao crescimento econômico vigoroso e duradouro. A indústria brasileira apoia essas iniciativas em favor do desenvolvimento do país.
Robson Braga de Andrade - é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
| CNI (publicado em 05-06-2019) | | | | Para inverter tendência de queda da renda per capita, Brasil deve aumentar produtividade
Tive a honra de assistir nesta quinta-feira (6) a um seminário em homenagem aos 80 anos do economista Affonso Celso Pastore. Na pauta, as principais preocupações de sua vida acadêmica e profissional: política fiscal, política monetária e crescimento.
No pequeno auditório em São Paulo, estavam presentes profissionais que marcaram a história recente do Brasil: Delfim Netto, Armínio Fraga, Persio Arida, Carlos Langoni, Edmar Bacha, José Roberto Mendonça de Barros, Gustavo Franco, Marcos Lisboa, entre tantos outros.
Todos ali para prestar um tributo ao professor, que foi presidente do Banco Central na década de 80. Ele ajudou a domar a dívida externa, que assolava o país na época, mas sua maior contribuição não é essa.
Sua maior contribuição é a influência que exerceu e exerce em toda uma geração de economistas, que não “consertou” o Brasil, mas, sem dúvida, o colocou num rumo melhor, apesar de todos os pesares.
No intervalo entre os debates, aproveitei para junto com um colega jornalista perguntar a Pastore sua avaliação sobre a economia brasileira hoje. E ele demonstrou - mais uma vez - que está sempre caminhando um passo a frente.
Afirmou que a reforma da Previdência é essencial para reduzir os riscos fiscais e permitir que os empresários voltem a investir, mas não é suficiente. Disse que, para inverter a tendência de queda da renda per capita, o Brasil precisa aumentar sua produtividade.
“O governo tem que começar a efetivamente governar”, afirmou Pastore, referindo-se aos fracos resultados dos primeiros cinco meses do governo Jair Bolsonaro. E citou como exemplo que é fundamental que o governo implemente uma reforma tributária, que simplifique o sistema e desestimule a guerra fiscal, na qual até mesmo o governo de São Paulo ingressou.
Aos 80 anos, Pastore continua meticuloso na análise dos dados, preciso na análise da economia, disposto a contribuir com o debate e otimista com o Brasil - mesmo em uma tempo de economia frágil e governo despreparado para lidar com os desafios do país. É um privilégio aprender com ele.
Raquel Landim - jornalista especializada em economia, é autora de ‘Why Not’, sobre delação dos irmãos Batista e a história da JBS.
| Folha de S. Paulo | | | | É só questão de tempo' para escalada de Trump contra China e México afetar investimento, emprego e consumo
Na manchete digital do Wall Street Journal, sobre o banco central americano, “Fed começa debate sobre cortar a taxa de juros já em junho”.
A “escalada” de Trump contra China e México teria convencido o mercado financeiro que “é só questão de tempo para que afete os investimentos”, com efeito sobre emprego e consumo. O corte pode vir em uma semana e meia.
Na mesma direção, a manchete do Financial Times, sobre o presidente do BC europeu, foi “Draghi prepara novos estímulos com aumento do temor econômico”. Logo abaixo, ele “se junta ao Fed na consideração de cortes de juros”.
SEM DÓLAR, SEM SANÇÃO
Ao fundo, o WSJ publicou a extensa reportagem “O dólar sustenta o poder americano. Rivais estão construindo soluções alternativas”. Além dos negócios em moeda própria entre China e Rússia, agora “as sanções ao Irã estimulam Europa e Índia a criar sistemas para negociar com Teerã sem usar a moeda americana”.
XI & PUTIN, NA RÚSSIA
Em meio a relatos sobre o “soft power” chinês e russo, com o presente de dois pandas ao zoológico de Moscou e passeios pelo museu Hermitage, de São Petersburgo, a cobertura russa da cúpula de três dias de Xi Jinping e Vladimir Putin enfatiza o peso dos acordos comerciais que fecharam.
Kommersant e outros dão atenção sobretudo ao contrato firmado entre o grupo Alibaba e empresas russas como MegaFon para lançar o AliExpress Russia.
NA CHINA
O South China Morning Post noticiou os acordos de US$ 20 bilhões em áreas como energia e tecnologia. Destacou em especial o contrato da Huawei com a russa MTS para desenvolver a estrutura de 5G na Rússia.
O Global Times/Huanqiu, ligado ao PC, afirmou em editorial que as razões internas dos dois países, econômicas, já superam as motivações externas, geopolíticas, da aproximação.
E NOS EUA
O Washington Post publicou a análise “Putin e Xi cimentam aliança para o século 21”, enquanto New York Times e WSJ ouvem Alexander Gabuev, do Centro Carnegie de Moscou, que vê apoio mútuo diante das pressões americanas. Sobre os russos, diz ele, o encontro “permite que eles mostrem o dedo do meio aos EUA: ‘Nós temos a China’”.
Na contramão do noticiário negativo sobre o país, a imprensa nova-iorquina já anuncia a abertura de A Arte Viva de Burle Marx, no sábado (8), que "transforma o Jardim Botânico de Nova York num paraíso brasileiro". A própria instituição, com a imagem acima, diz ser sua "maior exibição na história".
Nelson de Sá - jornalista, foi editor da Ilustrada.
| Folha de S. Paulo | | | | Trata-se também do índice mensal mais baixo do ano. Em 12 meses, IPCA acumulado recuou para 4,66%, mas segue acima do centro da meta para 2019, que é de 4,25%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,13% em maio, o que representa uma desaceleração ante a taxa de 0,57% de abril, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi o menor resultado para um mês de maio desde 2006 (0,10%). Trata-se também do índice mensal mais baixo do ano até o momento, refletindo principalmente a descompressão dos preços do grupo de alimentação e bebidas, que voltou a apresentar deflação.
Nos 4 primeiros meses do ano, porém, a inflação acumulada é de 2,22%, a maior taxa para o período desde 2016, quando ficou em 4,05%.
Em 12 meses, o índice acumulado recuou para 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar da desaceleração, a taxa ainda permanece acima da meta central de inflação do governo para 2019, que é de 4,25%.
O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado. Mediana das projeções de consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data era de uma taxa de 0,20% em maio. Para 12 meses, a expectativa era de alta de 4,73%.
Alimentos e bebidas freiam inflação
Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, 4 registraram deflação em maio. A principal contribuição para a desaceleração índice geral veio de "Alimentação e bebidas" (-0,56%), após uma alta de 0,63% em abril. Só este grupo respondeu por uma impacto de -0,14 ponto percentual (p.p.) na inflação do mês.
Do lado das altas, as maiores pressões vieram dos grupos "Habitação" (0,98%), com impacto de 0,15 p.p. no índice geral, e "Saúde e cuidados pessoais" (0,59%), com impacto de 0,07 ponto percentual.
Veja a inflação de maio por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:
Alimentação e Bebidas: -0,56% (-0,14 ponto percentual)
Habitação: 0,98% (0,15 p.p.)
Artigos de Residência: -0,10% (0 p.p.)
Vestuário: 0,34% (0,02)
Transportes: 0,07% (0,01 p.p.)
Saúde e Cuidados Pessoais: 0,59% (0,07 p.p.)
Despesas Pessoais: 0,16% (0,02 p.p.)
Educação: -0,04% (0 p.p.)
Comunicação: -0,03% (0 p.p.)
No grupo alimentação, os destaques de queda para os preços do tomate (-15,08%), após alta de 28,64% em abril, feijão-carioca (-13,04%) e frutas (-2,87%). Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) subiram em maio. Os produtos alimentícios adquiridos para o consumo dentro de casa tiveram queda de 0,89% no mês.
De acordo com o analista do IBGE, Pedro Kislanov da Costa, houve melhora nas condições climáticas em maio, com diminuição da chuva, o que favoreceu diversas colheitas. Além disso, aconteceu a colheita do feijão segunda safra, o que fez o produto chegar ao consumidor com o preço mais baixo.
Gasolina e energia elétrica foram os vilões do mês
Segundo o IBGE, os itens que mais pressionaram a inflação no mês foram gasolina (2,60%), com impacto individual de 0,11 p.p. no IPCA de maio, e energia elétrica (2,18%). No acumulado no ano, a gasolina acumula alta de 4,44% e a energia elétrica avanço de 3,37%, ambos os itens acima do índice geral (2,22%).
Segundo o IBGE, o IPCA de maio teria ficado em 0,05% se a energia elétrica não tivesse ficado mais cara.
"De dezembro de 2018 a abril de 2019, havia vigorado a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Em maio, passou a vigorar a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 0,01 para cada quilowatt-hora consumido. Além disso, vários reajustes de tarifas foram incorporados", destacou o IBGE na divulgação.
Nos gastos com habitação (0,98%), outro destaque de alta foi o gás de botijão (1,35%).
No grupo dos Transportes, o diesel também subiu (2,16%). Já o preço do etanol caiu (-0,44%).
Destaque também para ônibus intermunicipais (0,45%) e passagens aéreas (-21,82%), após alta de 5,32% em abril, representando o maior impacto individual de baixa no índice geral do mês (-0,10 p.p.). No acumulado em 12 meses, entretanto, as passagens têm alta de 23,85%.
Perspectivas e meta de inflação
A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está estacionada há mais de um ano na mínima histórica de 6,5%.
Os analistas das instituições financeiras continuam projetando uma inflação abaixo do centro da meta do governo, com uma taxa de 4,03% em 2019, indo a 4% em 2020, segundo a última pesquisa "Focus" do Banco Central.
Educação Financeira: entenda o que é a inflação e como ela afeta sua vida
O IBGE calcula a inflação oficial com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Inflação por capitais
Na análise por capitais e índices regionais, Rio Branco (0,67%) apresentou a maior inflação em maio. Já os menores índices ficaram com Brasília e com a região metropolitana do Rio de Janeiro, ambas com -0,05%.
Veja a inflação de abril por região:
Rio Branco: 0,67%
Goiânia: 0,48%
Campo Grande: 0,42%
Aracaju: 0,34%
Recife: 0,33%
São Luís: 0,25%
Fortaleza: 0,21%
Belo Horizonte: 0,21%
São Paulo: 0,13%
Porto Alegre: 0,12%
Salvador:0,11%
Vitória: 0,09%
Belém: 0,05%
Curitiba: -0,03%
Brasília: -0,05%
Rio de Janeiro: -0,05%
INPC em maio foi de 0,15%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais, ficou em 0,15% em maio, abaixo dos 0,60% de abril. O acumulado do ano está em 2,44% e o dos últimos doze meses foi para 4,78, contra 5,07% nos 12 meses imediatamente anteriores.
| G1 | | | | Após os saques líquidos de R$ 2,877 bilhões abril, os brasileiros voltaram a retirar dinheiro da poupança em maio. Dados do Banco Central mostraram que, no mês passado, R$ 718,718 milhões líquidos saíram na caderneta poupança. Em maio de 2018, foram registrados depósitos líquidos de R$ 2,405 bilhões.
No mês passado, foram R$ 204,305 bilhões em saques, contra R$ 203,586 bilhões em depósitos. Considerando os rendimentos de R$ 2,987 bilhões na poupança em maio, o saldo global da caderneta chegou aos R$ 795,160 bilhões.
No acumulado de 2019, as retiradas líquidas da poupança somaram R$ 16,997 bilhões. O montante é resultado de saques de R$ 980,894 bilhões contra depósitos de R$ 963,897 bilhões.
Em função da crise econômica, a caderneta registrou saídas líquidas em 2015 e 2016, mas iniciou um processo de recuperação no ano seguinte. Em 2018, em meio à relativa retomada do emprego e da renda, a poupança fechou o ano com captação líquida de R$ 38,260 bilhões.
Esta procura maior pela poupança no ano passado ocorreu apesar de a rentabilidade ser, atualmente, inferior ao visto em anos anteriores. Hoje a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,50% ao ano desde março de 2018.
Esta regra de remuneração da poupança vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Esta remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,50%.
| Tribuna PR (publicado em 06-06-2019) | | | | Crise na Argentina, no entanto, já reduz exportações e faz com que Brasil busque alternativas em países como México e Colômbia para manter as vendas externas de veículos ao longo de 2019
Produção de veículos subiu 29,9% em maio, com 275,7 mil unidades, maior volume para o mês desde 2014
Os juros baixos e a demanda forte por veículos pesados elevaram em 12,5% as vendas da indústria automotiva entre janeiro e maio de 2019 ante igual período do ano passado. Isso puxou a produção para 1,2 milhão de unidades, alta de 5,3% segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“O que temos observado é que existe uma tendência por parte das empresas, sobretudo do segmento de transporte, para a composição de frota própria de veículos pesados e semi-pesados, para não dependerem tanto de companhias terceirizadas”, diz o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes. Além disso, a taxa de juros para o financiamento dos automóveis tem auxiliado as vendas, segundo o executivo.
Conforme dados da Anfavea, no acumulado do ano até maio ante 2018, o crescimento na venda de caminhões foi de 48,5%, puxando o bom desempenho do setor. Só em maio, a produção subiu 51,2% ante o mesmo mês de 2018. “O bom resultado foi influenciado também pela greve dos caminhoneiros no ano passado, além da fraca base de comparação no período anterior”, diz. O dirigente, porém, ressalta que a previsão de crescimento de 11% deve ser revisada devido à queda das exportações.
Segundo Moraes, um dos maiores desafios desse ano está na grave recessão na Argentina. O recrudescimento da crise argentina foi crucial para a retração de 30% nas exportações de veículos ao vizinho, em maio de 2019 em relação a igual período do ano anterior. “Diante da economia deteriorada, tendência ao congelamento de preços, juros altos e o compromisso assumido pelo governo argentino com o Fundo Monetário Internacional (FMI), devemos buscar a exportação também para outros mercados com potencial como por exemplo México e Colômbia”, diz Moraes.
Além disso, ele lembra que o mercado argentino era responsável por 76% das vendas externas de veículos brasileiros. Atualmente, esse percentual caiu para cerca de 59%. De acordo com Moraes, ao passo que a participação argentina nas exportações brasileiras diminui, outros mercados ampliam as compras do Brasil do ano passado para 2019. “A participação do México nas exportações passaram de 7% para 13% no período; e a Colômbia foi de 3% para 9%”, complementou o dirigente, ressaltando que categorias como caminhões e ônibus devem impulsionar o movimento para os próximos anos.
Conforme o relatório divulgado pela Anfavea, a exportação de caminhões caiu 58,3% entre janeiro e maio de 2019 sobre o mesmo período do ano anterior – o equivalente a 7 mil unidades a menos.
Para a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), Luana Miranda, as vendas externas de veículos brasileiros vem sofrendo quedas nos últimos 13 meses e não deve ter resultados positivos no curto prazo, mesmo com o esforço de diversificação de mercados.
“No ano passado, houve greve de caminhoneiros junto com o início da crise na Argentina. Isso faz com que toda a cadeia produtiva se desorganize e tenha impactos negativos no longo prazo”, argumenta a pesquisadora. Questionada sobre resultados do mercado interno, ela diz que a base fraca de comparação dos últimos períodos auxiliou nesse saldo e que esse panorama pode ser considerado positivo. Para a especialista, esse é o primeiro passo para o setor recuperar as perdas acumuladas em vendas nos últimos períodos anuais.
| DCI | | | | Anfavea estuda rever projeção do envio de veículos para outros países. Número representa 7,6% da previsão de produção total para o ano.
Diante da crise na Argentina, o Brasil deve deixar de exportar 240 mil veículos para o país em 2019, estima a associação das fabricantes, a Anfavea.
Os “hermanos” são os maiores clientes da indústria nacional, e o número representa 7,6% da previsão de produção para o ano, de 3,14 milhões de veículos, feita pela própria Anfavea, no início de 2019.
O mercado automotivo da Argentina tem apresentado queda considerável no número de emplacamentos. Em maio, de acordo com a associação das concessionárias local (Acara), foram vendidas 36.770 unidades. O número é menos da metade dos 83.200 exemplares no mesmo período do ano passado.
Rivalidades à parte com os brasileiros, o mau desempenho da economia do país vizinho também pode ser sentido aqui. Isso porque, segundo a Acara, 69% dos carros vendidos na Argentina são importados – grande parte tem o Brasil como origem.
Entre janeiro e maio, foram enviados 107 mil veículos para a Argentina, 54% menos do que as 233 mil unidades do mesmo período do ano passado.
Individualmente, poucas fabricantes comentam a queda nas exportações.
O G1 procurou as nove empresas que enviam carros para a Argentina e perguntou se há previsão de queda na produção por conta da crise.
A Honda afirmou que não pensa em reajustar sua produção no Brasil.
A Volkswagen disse que espera aumentar a produção no Brasil em 20%, mas que prevê redução nas exportações para a Argentina.
A Renault afirmou que espera “uma queda nas exportações”. Segundo a empresa, entre janeiro e abril, a queda foi de cerca de 53% na comparação com 2018.
A Nissan disse que “está ajustando a produção de veículos para exportação para a Argentina”. No entanto, as empresas acima não detalharam os números.
Chevrolet e Ford disseram não comentariam o assunto.
Apenas Toyota, Peugeot Citroën e Fiat Chrysler informaram quantos veículos devem deixar de ser enviados para o país vizinho.
Ajustes nas empresas
A Toyota anunciou, no fim de maio, que vai demitir 340 funcionários da fábrica de Sorocaba (SP), além de reduzir o ritmo da produção dos modelos Etios e Yaris. Tudo por conta de uma revisão para baixo na produção do ano: de 154 mil para 137 mil veículos até o fim do ano. O motivo? A queda na demanda do mercado argentino.
A Fiat Chrysler (FCA), que produz carros nas unidades de Betim (MG) e Goiana (PE), disse que deixará de exportar cerca de 20 mil unidades para o país vizinho.
Segundo FCA, foram enviados 64 mil veículos para a Argentina no ano passado – 43 mil Fiat e 21 mil Jeep. Para este ano, a previsão é de redução de 30%.
Já a Peugeot Citroën (PSA) reviu seus planos de produção para a unidade de Porto Real (RJ). Por lá, a produção deve ser entre 10% e 15% menor do que no ano passado, quando foram fabricados 77 mil unidades. Isso significa entre 7,7 mil e 11.550 unidades a menos.
Além disso, a fábrica também precisará paralisar a produção. “Vamos fazer uma parada técnica por conta dos estoques na Argentina. De 10, 15 ou 20 dias, dependendo do que acontecer”, afirmou o vice-presidente da PSA, Fabrício Biondo.
Outras alternativas
Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a crise no país vizinho deve provocar estragos nos números da produção local. “A Argentina está dando impacto maior do imaginávamos, então vamos, em um momento oportuno, revisar a exportação, e isso vai afetar a produção total também”.
No início do ano, a entidade divulgou uma previsão de exportar 590 mil veículos. O número já era 6,2% menor do que as exportações de 2018.
Vale lembrar que as fabricantes brasileiras também enviam veículos para outros países. Aliás, essa tem sido uma alternativa para a queda abrupta do mercado argentino. A PSA, por exemplo, fechou contrato de exportação do Citroën C4 Cactus para países africanos.
Também houve um esforço para enviar mais veículos para outros mercados, antes menos explorados.
“Aumentamos a exportação para fora do Mercosul, como Colômbia e outros países menores na América Central”, afirmou Biondo.
A tática também deve ser usada pela Nissan. A fabricante japonesa disse que “mantém estudos para expandir a produção de modelos brasileiros para atender mais mercados na América Latina”.
Subsídio para os carros
Para tentar estimular as vendas, o governo argentino anunciou um programa de subsídio no preço dos carros neste mês de junho.
Chamado de Juni0km, ele prevê descontos de R$ 4,3 mil para determinados veículos, que custem até R$ 64,4 mil. Para aqueles com valor mais alto, o abatimento é de R$ 7,7 mil.
De acordo com a associação das fabricantes da Argentina, o governo irá auxiliar as empresas para reduzir os custos de produção, enquanto as marcas se comprometem a não elevar os preços no mês de junho.
| G1 | | | | O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirmou nesta quinta-feira, 6, que as projeções da associação para exportação e produção de veículos em 2019 deverão ser revistas para baixo, em razão da crise da Argentina, que deve se prolongar por mais tempo do que imaginavam inicialmente as montadoras.
As previsões atuais da Anfavea são de queda de 6,2% nas exportações, para 590 mil unidades, e de alta de 9% no volume produzido, para 3,14 milhões de unidades.
“A crise da Argentina (principal destino das exportações) tem sido maior do que imaginávamos e o início da recuperação não vai acontecer no segundo semestre, como esperávamos inicialmente. Então, no momento oportuno, nós vamos revisar a projeção para exportação para baixo e, obviamente, isso também vai afetar a projeção para produção”, disse ele.
No acumulado de janeiro a maio, o volume de exportações caiu 42,2% em relação a igual período do ano passado. A produção, por sua vez, subiu 5,3%, no mesmo tipo de comparação, sustentada pelo avanço do mercado interno.
Em relação ao mercado interno, o desempenho tem sido semelhante ao que a Anfavea já projetava. A previsão para 2019 é de alta de 11,4%. No acumulado de janeiro a maio, o avanço foi de 12,5%.
| Tribuna PR (publicado em 06-06-2019) | | | | É o maior volume para o mês desde 2014, quando a produção chegou a 281,3 mil unidades
Funcionários em fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR)
A produção de veículos cresceu 29,9% em maio ante igual mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram 275,7 mil unidades produzidas no mês, soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. É o maior volume para o mês desde 2014, quando a produção chegou a 281,3 mil unidades.
Boa parte do crescimento é explicada pela greve dos caminhoneiros do ano passado, que ocorreu na segunda quinzena de maio. À época, o bloqueio das estradas obrigou todas as montadoras a interromper suas produções por alguns dias.
Em relação a abril, a produção do mês passado também teve alta, porém menos expressiva, de 3,1%.
No acumulado de janeiro a maio, as montadoras somam 1,241 milhão de veículos produzidos, expansão de 5,3% em relação a igual período de 2018. O crescimento só não é maior porque o setor enfrenta queda nas exportações, em razão da crise na Argentina, principal destino dos veículos exportados.
Emprego
Apesar do aumento na produção, as fabricantes eliminaram 146 vagas de emprego em maio. Em 12 meses, o saldo também é negativo, com o fechamento de 2.357 postos de trabalho.
O setor terminou o mês passado com 130.008 funcionários, queda de 1,8% na comparação com o resultado de igual período do ano passado.
Vendas
Nas vendas ao mercado interno, o balanço da Anfavea confirma números divulgados na segunda-feira pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os emplacamentos cresceram 21,6% em maio ante igual mês passado, para 245,4 mil unidades.
Em relação a abril, houve alta de 5,8%.
No acumulado, foram 1,085 milhão de unidades vendidas, aumento de 12,5% sobre o resultado de igual período do ano passado.
| DCI | | | | A TOMRA Sorting Recycling lançou uma plataforma de dados baseada em cloud, o TOMRA Insight, que abre novas e valiosas oportunidades para os usuários dos sistemas de seleção. Esses dados podem transformar a triagem, de um processo operacional em uma ferramenta de gerenciamento estratégico para a tomada de decisões em todas as etapas do valor e da cadeia de produção.
O TOMRA Insight transforma as máquinas de seleção em dispositivos conectados que geram dados do processo. A nova plataforma coleta esses dados na nuvem e os transforma em informações de produção acessíveis por meio de uma interface da web.
O pacote seguro de transmissão e armazenamento de dados baseado na nuvem, respeitando todos os requisitos de privacidade, é fornecido em parceria com o serviço de computação em nuvem líder da indústria, o Microsoft Azure. As funções de monitoramento e relatório dessa nova plataforma on-demand complementarão, e não substituirão, os sistemas de controle de processos existentes.
O TOMRA Insight opera praticamente em tempo real e pode ser acessado por meio de uma conexão segura e com interface amigável em desktops e dispositivos móveis de qualquer lugar, a qualquer hora. Como benefício imediato, os usuários terão a liberdade de analisar remotamente as métricas de desempenho e de gerenciar proativamente as máquinas para otimização de desempenho e manutenção preventiva.
O acesso às métricas digitais ajudará os operadores dos equipamentos a otimizar o desempenho de seleção, analisando as informações de capacidade de processamento, dimensões e distribuição do material, índices de material ejetado e aceitado, e muito mais. Essas informações podem ajudar a reduzir o tempo de parada, direcionar esforços e intervenções para ações relevantes, maximizar o rendimento, avaliar a qualidade de acertividade, melhorar a eficiência dos operadores e do pessoal de manutenção e reduzir os custos operacionais. A análise de dados também permite, através de relatórios e alarmes personalizados, gerenciar a manutenção preventivamente e baseada nas condições reais, e prever demanda por peças e manutenção.
Felix Flemming, VP e chefe do dpto. Digital da TOMRA Sorting, comentou: “Estamos orgulhosos de lançar uma interface funcional e segura que irá proporcionar o uso potencial da Big Data para nossos clientes e permitir que eles monitorem e otimizem seus processos de seleção. Os dados operacionais das máquinas em todo o mundo também nos ajudarão a melhorar os programas de serviço e manutenção, prever a vida útil das peças e desenvolver melhores configurações de máquinas, tecnologias e aplicações”.
Assim como a TOMRA lidera as soluções de seleção baseadas em ótica e sensores, o TOMRA Insight estará em constantes avanços tecnológicos. No futuro, a análise avançada de dados otimizará ainda mais os processos, permitindo a avaliação de dados a longo prazo, análise aprofundada entre as máquinas e entre plantas e melhor integração com outras linhas de negócios. Como um portal e catalisador para otimização da seleção, o TOMRA Insight conectará os clientes em um movimento de todo o setor. E como um centro digital de aprendizagem, aprimoramento, melhores práticas e novos desenvolvimentos na tecnologia de seleção, a TOMRA proporcionará aos clientes acessar a uma base de conhecimento mais ampla do que nunca.
| CIMM | | | | Órtese para uma ergonomia perfeita
Uma equipe multidisciplinar do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, criou um exoesqueleto que promete minimizar os problemas de dores nas costas de trabalhadores que precisam lidar com carregamento de peso ou movimentos repetitivos.
As dores nas costas, frequentemente incapacitantes, levando a faltas ao trabalho, afetam principalmente trabalhadores na área de logística, manufatura e serviços, onde os padrões de movimento fisicamente extenuantes fazem parte da rotina diária de trabalho.
Mais do que um EPI (Equipamento de Proteção Individual), o dispositivo é uma órtese, capaz de detectar os movimentos em tempo real e reagir a eles para manter a postura adequada.
"A característica sem precedentes da nossa órtese robótica macia é a sua análise de movimento em tempo real. Algoritmos especialmente desenvolvidos baseados em aprendizagem de máquina e inteligência artificial permitem que a ergonomia seja analisada.
"Isto distingue esta órtese dos exoesqueletos disponíveis comercialmente, que tipicamente são robôs que, de acordo com os seus princípios funcionais, amplificam todos os tipos de movimentos - mesmo os não-ergonômicos - e apenas desviam a carga colocada no usuário de uma parte sobrecarregada do corpo para uma área menos exigida," explicou o professor Henning Schmidt, coordenador de desenvolvimento do equipamento, batizado de ErgoJack.
O exoesqueleto emite alertas quando o trabalhador adota posturas ou movimentos não ergonômicos. Unidades de medidas inerciais, embutidas no colete, comparam padrões de movimento pré-aprendidos com o movimento real do trabalhador e o avaliam em tempo real. Isso leva apenas algumas centenas de milissegundos. Os sensores de movimento miniaturizados estão localizados nos ombros, costas e coxas.
Os testes foram feitos em uma fábrica da Ford na Alemanha, e a equipe agora está tentando licenciar a tecnologia para um parceiro comercial.
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