| 10 de DEZEMbro de 2019
Terça-feira
- Paraná tem 90,9% da população endividada e 11% sem condições de pagar contas
- Produção industrial cresce em 7 das 15 regiões em outubro, aponta IBGE
- Otimismo na indústria para 2020 atinge 80% dos empresários, diz Fiep
- São Paulo puxou a alta da produção industrial do mês de outubro
- Doria oferece nova rodada de estímulo à indústria automotiva
- Pequena empresa aumenta produtividade em 22% com indústria 4.0, diz CNI
- Tecnologias da Indústria 4.0 aumentam em 22%, em média, a produtividade de PMEs
- Técnicos da CNI visitam microempresas atendidas pelo Procompi
- Tributação complexa e infraestrutura precária são desafios para a indústria
- Emprego Verde e Amarelo deve arrecadar mais do que necessário, diz órgão do Senado
- Justiça do Trabalho derruba multa de R$ 32 milhões a sindicatos por greve na Petrobras
- Marinho: governo não admitirá qualquer tipo de retorno do imposto sindical
- Indicador de desemprego (ICD) avança 3,1 pontos em novembro ante outubro, diz FGV
- IPC-S acelera nas 7 capitais pesquisadas na 1ª quadrissemana de dezembro, diz FGV
- Juros fecham estáveis, com mercado à espera de decisões de política monetária
- Para Abimaq, PIB deve crescer 2,5% no próximo ano
- Dólar ao redor de R$ 4 veio para ficar e dá competitividade, diz Skaf
- Superávit na primeira semana de dezembro foi de US$ 1,646 bilhão
- Estimativas para Selic de 2019 e de 2020 seguem em 4,50% no Focus do BC
- Autopeças vão faturar R$ 144,1 bi este ano
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Câmbio
Em 10/12/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | O endividamento das famílias paranaenses ficou em 90,9% em novembro conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O porcentual de famílias com algum tipo de dívida segue neste patamar desde junho, com poucas variações. Em outubro, estava em 90,7%.
Mas chama a atenção aqueles com contas em atraso e dos que estão sem condições de efetuar seus pagamentos. A parcela de endividados com contas em atraso foi de 29,4% em novembro e os que não terão condições de pagar seus débitos correspondiam a 10,8%, índice praticamente igual ao de outubro, mas acima de novembro de 2018. Naquele mês 27,5% estavam com contas em atraso e 9,9% sem condições de honrar seus pagamentos.
O cartão de crédito, tradicionalmente o principal motivo de endividamento, correspondeu a 76,2% das dívidas dos paranaenses em novembro. O financiamento imobiliário abrangeu 7,5% das contas a pagar, enquanto o financiamento de veículo concentrou 6% dos débitos.
O tempo médio de comprometimento do paranaense com dívidas ficou em 6,2 meses em novembro, sendo que a maior parte das dívidas, 48,9%, foi contraída por até três meses. As dívidas por mais de um ano corresponderam a 37,6%.
Inadimplência
A inadimplência, que é o atraso no pagamento acima de 90 dias, atingiu metade dos endividados com contas em atraso, e é um pouco maior entre as famílias com renda até dez salários mínimos, com 50,4%, ante 48,5% entre as famílias com renda acima deste patamar.
| Bem Paraná (publicado em 09-12-2019) | | | | Em outros 7 locais houve queda e, no Paraná, a variação foi zero. Maiores altas foram registradas em Goiás (4%) e no Amazonas (2,3%). São Paulo teve alta de 1,5% e puxou crescimento da indústria brasileira no mês.
A produção industrial registrou alta na passagem de setembro para outubro em 7 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta o levantamento divulgado nesta terça-feira (8). Em outros 7 locais houve queda e, no Paraná, a variação foi zero.
As maiores altas foram registradas em Goiás (4%) e no Amazonas (2,3%). Já a maior queda foi no Espírito Santo (-8,1%). Em São Paulo houve avanço de 1,5%, e no Rio de Janeiro o crescimento foi de 0,2%.
Na média geral do país, a produção industrial brasileira cresceu 0,8% em outubro, na terceira alta mensal seguida, conforme divulgado anteriormente pelo IBGE. Na comparação com outubro de 2018, o setor industrial mostrou crescimento de 1%, também com sete locais apontando resultados positivos.
No acumulado no ano, entretanto, o setor industrial ainda acumula queda de 1,1%. O Espírito Santo teve a maior queda, de 14,0%, pressionado, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas, celulose, e metalurgia
Em 12 meses, a produção nacional manteve recuo de 1,3%. (veja o gráfico acesando esse link)
SP puxa alta da produção em outubro
Segundo o IBGE, foi o estado de São Paulo, que concentra 34% da indústria brasileira, que puxou a alta do índice.
“Os setores de veículos e de alimentos, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, foram os principais impulsionadores na alta de 1,5% apresentada na produção paulista”, afirmou o pesquisador do IBGE Bernardo Almeida.
Segundo ele, o aumento da demanda por carnes também pode estar tendo influência em algumas altas, em especial nos recentes sucessivos resultados positivos do Mato Grosso, um dos locais onde a indústria de abate tem participação mais forte, que, em quatro meses, chegou ao ganho acumulado de 8,7%.
Veja o resultado de outubro de cada uma das regiões:
Amazonas: 2,3%
Pará: -1,3%
Região Nordeste: 1,2%
Ceará: -1,1%
Pernambuco: -0,6%
Bahia: 0,9%
Minas Gerais: -0,7%
Espírito Santo: -8,1%
Rio de Janeiro: 0,2%
São Paulo: 1,5%
Paraná: zero
Santa Catarina: -0,6%
Rio Grande do Sul: -0,2%
Mato Grosso: 0,6%
Goiás: 4%
Produção industrial sobe 0,8% em outubro, segundo IBGE
Perspectivas
A indústria mostra sinais de melhora nesta reta final do ano, após acumular perdas nos primeiros meses de 2019.
Faturamento industrial cresce pelo quinto mês consecutivo em outubro, aponta CNI
O Produto Interno Bruto (PIB) industrial avançou de 0,8% no 3º trimestre, na comparação com o 2º trimestre. O resultado, porém, foi sustentado pelo desempenho da indústria extrativa e construção civil. O PIB da indústria da transformação registrou queda de 1%, afetado principalmente pela queda das exportações.
Os economistas das instituições financeiras continuam projetando uma queda de 0,70% na produção industrial no consolidado de 2019, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o resultado do PIB de 2019 do Brasil, a previsão do mercado é de uma alta de 1,1%.
| G1 | | | | Aumento de investimentos e das vendas estão nos planos dos empresários que participaram da 24ª edição da Sondagem Industrial
O ano de 2020 deve ser promissor para a indústria. É o que esperam 80% dos industriais do estado, segundo a pesquisa anual da Fiep sobre práticas e expectativas dos industriais paranaenses para o próximo ano. A 24ª edição da Sondagem Industrial, realizada entre 28 de outubro e 27 de novembro, revelou ainda que 15% dos entrevistados ficaram neutros e 5% estão pessimistas com relação ao futuro da economia.
Confira os resultados completos da pesquisa
O resultado ficou praticamente estável em relação ao ano passado, quando 81% dos consultados tinham uma percepção positiva com relação a 2019. No histórico recente da Sondagem, 2016 foi o pior ano, com apenas 33% de empresários otimistas. No geral, a mostra coletada representa 50,8 mil estabelecimentos industriais de todos os portes (micro, pequena, média e grande) e de 37 segmentos, que geram 765 mil empregos no estado.
Para o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, o alto nível de otimismo se deve às mudanças de rumo na condução da política econômica do país, que abrem espaço para uma retomada do crescimento. “O Brasil tem um grande mercado e nós, da indústria, estamos sempre dispostos a explorar cada vez melhor e de forma mais efetiva esse mercado”, afirma. “A indústria do Paraná é forte, diversificada, com indústrias em todo o Estado, e a nossa esperança é bastante boa com as ações do novo governo. Isso tem se refletido em otimismo para investimentos, renovação de equipamentos e processos produtivos mais eficazes”, completa.
Realizada diretamente com gestores de indústrias, a pesquisa dá um panorama geral das perspectivas para 2020. Entre os otimistas, 70% preveem aumento das vendas de seus produtos, 57% esperam melhorias na conjuntura econômica e 49% apostam em abertura de novos mercados.
Refletindo a expectativa positiva para 2020, mais de 82% dos empresários pretendem realizar investimentos. “O percentual neste quesito é 20% maior do que o registrado entre as empresas que efetivamente investiram este ano. Isso é um fator positivo porque para se manter competitiva a indústria precisa retomar sua capacidade de investimentos. E as prioridades em aumento de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e desenvolvimento de produtos confirma essa disposição do empresário”, explica o economista da Fiep, Evânio Felippe.
Por outro lado, 75% dos entrevistados informaram que utilizarão recursos próprios para seus investimentos. Só 38% pretendem recorrer ao mercado financeiro para buscar capital. “O empresário pensa no momento e tem pressa para colocar em prática seu planejamento. Como o acesso ao crédito exige uma série de processos burocráticos, garantias e tem custo mais elevado, o industrial recorre a outras fontes para garantir que o investimento seja feito no momento mais oportuno”, avalia.
Ambiente de negócios e prioridades
“A crescente alta da produção industrial paranaense, que este ano liderou o ranking nacional até o momento atual, a aprovação da Reforma da Previdência, a queda nos juros e a perspectiva de uma recuperação no mercado de trabalho e na economia como um todo em 2019 mantiveram o otimismo do industrial e tudo isso converge para uma melhoria no ambiente de negócios também para o ano que vem”, comenta Marcelo Alves, um dos responsáveis pela pesquisa.
Ao serem questionados sobre as estratégias mais relevantes para suas empresas, 52% dos respondentes apontaram que o desenvolvimento de novos negócios será a prioridade em 2020. Outros 42% pretendem aumentar o foco no cliente, e, 39% têm planos de incorporar novos produtos ao seu portfólio. O que chama a atenção é que as principais estratégias sinalizadas pelos empresários estão voltadas para a atuação no mercado. Também há uma preocupação com questões ligadas ao ambiente interno da empresa.
Podendo sinalizar mais de uma alternativa, 93% dos gestores informaram que para melhorar o ambiente econômico é fundamental a aprovação da Reforma Tributária. Logo em seguida, com 88% ficou o combate à corrupção. A desburocratização e a reforma fiscal também são citadas pelos empresários como prioridades para melhorar o ambiente de negócios.
Os entrevistados demonstraram alto grau de insatisfação com relação aos pedágios do Paraná, à estrutura tributária e aos incentivos fiscais, fatores que impedem o desenvolvimento e a competitividade das indústrias do estado dentro e fora do país. A segurança pública foi outro ponto de atenção. É um problema sério apontado por 63% dos respondentes. Em contrapartida, 63% declararam estarem satisfeitos com seus fornecedores locais, e, 49% avaliaram de forma positiva a oferta de mão-de-obra especializada no Paraná.
Infraestrutura.
Cinquenta e cinco por centro dos industriais afirmaram que as rodovias do Paraná são o principal problema de infraestrutura no estado. E 43% sinalizaram que a energia também prejudica o desenvolvimento do setor industrial.
De forma geral, o empresário acredita que o próximo ano será mais promissor, indicando uma retomada mais consistente da atividade industrial paranaense e nacional. “Para 2020, as projeções econômicas realizadas pelo mercado financeiro reforçam o movimento captado pelas estatísticas oficiais. Relatórios de bancos privados indicam crescimento do PIB entre 0,9% e 1% até o final deste ano. Para o próximo ano, os mesmos bancos projetam crescimento da economia brasileira em torno de 2,2%”, informa o economista.
Para Alves, são esperados efeitos positivos decorrentes da política de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, em grau inferior, do ciclo de redução dos juros. “Por outro lado, os efeitos negativos do cenário externo, mais desafiador, reforçam as evidências de uma recuperação ainda em ritmo lento, com previsão de crescimento mundial de 2,1% para 2020”, acredita.
Sobre 2019
Quando o empresário avalia 2019, a conclusão é de que, apesar de positivo para a indústria do Paraná, que acumula a maior alta do país na produção industrial, as elevadas expectativas do ano anterior não se concretizaram em termos de melhoria de ambiente de negócios. Em 2018, 81% declararam estar com expectativa favorável para este ano. Já na pesquisa atual, apenas 45% dos empresários informaram que o desempenho de sua empresa foi bom ou muito bom.
| Agência FIEP | | | Estado, que concentra 34% da indústria brasileira, registrou avanço de 1,5%
O estado de São Paulo puxou a alta da produção industrial do mês de outubro. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta terça-feira (10) pelo IBGE, a produção paulista teve alta de 1,5% e puxou a alta do índice, já que concentra 34% da indústria brasileira.
“Os setores de veículos e de alimentos, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, foram os principais impulsionadores na alta de 1,5% apresentada na produção paulista”, afirmou o pesquisador do IBGE Bernardo Almeida.
Outros 6 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas, acompanhando o crescimento de 0,8% da indústria nacional, o que corresponde ao melhor mês de outubro desde 2012, quando a produção industrial registrou aumento de 1,5%.
Os estados que apontaram avanços mais acentuados foram Goiás com 4% e Amazonas com 2,3%.
O Espirito Santo, no entanto, registrou o recuo mais elevado do período com -8,1%, seguido por Pará com queda de -1,3% e Ceará com -1,1%.
Na comparação com outubro de 2018, o setor industrial mostrou crescimento de 1,0%, também com sete locais apontando resultados positivos.
Além de São Paulo, Goiás e Amazonas, duas localidades tiveram alta acima da média nacional: a região Nordeste com 1,2% e a Bahia com 0,9%. O mês também foi positivo para as indústrias do Mato Grosso que cresceram 0,6% e do Rio de Janeiro com 0,2%.
Também registraram queda os estados de Minas Gerais com -0,7%, Pernambuco e Santa Catarina com -0,6% e Rio Grande do Sul com -0,2%. O Paraná teve variação nula no mês.
Segundo o IBGE, na comparação com outubro de 2018, o setor industrial mostrou crescimento de 1%, também com sete locais apontando resultados positivos. Nessa comparação, o recuo do Espírito Santo foi ainda mais brusco, com queda de 22,5%. Já Goiás (11,2%) e Paraná (9,4%) foram os destaques positivos.
A produção nacional, no entanto, teve redução de -1,1% no acumulado do ano para o período de janeiro a outubro.
No acumulado do ano para o período janeiro a outubro de 2019, frente a igual período do ano anterior, houve redução na produção nacional (-1,1%), que alcançou sete dos quinze locais pesquisados. O Espírito Santo teve a maior queda, de 14%.
| Folha de S. Paulo | | | | Novo programa vai permitir uso de créditos acumulados de ICMS para compra de ferramentaria de empresas paulistas
Lataria Mais uma vez, o governador de São Paulo, João Doria, oferece estímulo fiscal à indústria de automóveis. O Programa ProFerramentaria vai permitir que as montadoras usem crédito de ICMS acumulado para comprar de fornecedores paulistas.
Para-choque A indústria têm volume alto de crédito por exportar boa parte de sua produção. O programa exige que sejam apresentados projetos em que mais de 90% dos componentes venham de SP, segundo a Fazenda paulista. A justificativa do governo é que a cadeia do setor sofre com a concorrência dos importados.
| Folha de S. Paulo | | | Adoção de tecnologias de monitoramento de processos permite antecipação de falhas
A adoção de tecnologias de monitoramento em tempo real de processos produtivos aumentou em 22% a produtividade de pequenas e médias empresas. Em alguns casos, a melhora foi de 50%, em média, segundo balanço divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta segunda-feira (9).
As ferramentas da chamada indústria 4.0 foram aplicadas em um projeto-piloto chamado Indústria Mais Avançada, realizado com 43 micro, pequenas e médias empresas entre maio de 2018 e outubro deste ano.
As participantes já tinham passado por outro programa de melhora na produtividade. Na etapa encerrada há dois meses, elas adotaram tecnologias de baixo custo –até R$ 3.000– para dinamizar a identificação de falhas. As empresas eram dos segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro, vestuário e calçados.
Segundo a CNI, a melhoria dos processos começava com a instalação de sensores no maquinário de produção. Os dados eram recolhidos e guardados em coletores, que depois eram transmitidos a uma plataforma chamada Minha Indústria Avançada.
A máquina com o sensor passava então a ser acompanhada a partir de tablets e celulares, em tempo real. O Senai (Serviço nacional de Aprendizagem Industrial) atribuiu a essa possibilidade a principal razão para a melhoria, que é o maior controle de cada indicador do processo de produção, permitindo a antecipação de eventuais problemas.
Em uma indústria de massas para pastel e pizza em Salvador, o Senai diz que a utilização dos sensores nas máquinas de empacotamento aumentou a produtividade em 32,8%.
Empresas no Piauí (55%), Rio Grande do Norte (41%), Acre (37%) e São Paulo (37%) são as que registraram mais ganho médio de produtividade. Entre os setores, a melhora foi mais acentuada no segmento moveleiro, como aumento de 23,91%.
O gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do Senai, Marcelo Prim, diz, em nota, que as empresas que usavam menos técnicas de gerenciamento da produção são as que acabam tendo os melhores resultados. “A técnica nova, ao ser introduzida em uma empresa que utiliza poucos métodos de gestão, proporciona um ganho maior em produtividade”, afirma.
O balanço aponta ainda que as microempresas foram as que mais se beneficiaram da adoção dessas tecnologias, com um aumento médio de produtividade de 44,82%. Entre as empresas de alimentos e bebidas, o desempenho subiu 75%.
| Folha de S. Paulo (publicado em 09-12-2019) | | | Resultado foi obtido em piloto realizado pelo SENAI com 43 companhias de 24 estados. Experiência foi a primeira a testar no Brasil, em todas as regiões, o impacto de ferramentas como sensores e IoT
As tecnologias digitais da Indústria 4.0 permitem aumentar em 22%, em média, a produtividade de micro, pequenas e médias empresas. O resultado foi obtido no programa-piloto Indústria Mais Avançada, executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) com 43 empresas de 24 estados. O projeto é o primeiro a testar no Brasil, em todas as regiões do país, o impacto na produção do uso de ferramentas de baixo custo, como sensoriamento, computação em nuvem e internet das coisas (IoT).
As empresas participantes já possuíam bom índice de produtividade antes do piloto, pois tinham passado pelo Brasil Mais Produtivo. O programa do governo federal, executado pelo SENAI, elevou em 52%, em média, a produtividade de três mil micro, pequenas e médias indústrias por meio de técnicas de manufatura enxuta (lean manufacturing). Após as duas etapas de atendimento de consultores do SENAI, as companhias aumentaram em 85%, em média, sua capacidade de produzir sem alterar o quadro de funcionários.
“O objetivo do SENAI com a experiência-piloto, chamada de Indústria Mais Avançada, é refinar um método de baixo custo, alto impacto e de rápida implementação, que ajude as empresas brasileiras a se inserirem na 4ª Revolução Industrial”, explica o diretor-geral da instituição, Rafael Lucchesi.
“A iniciativa do SENAI prova que a Indústria 4.0 é para todos: qualquer tipo de empresa, em qualquer estado do Brasil. O resultado nacional é relevante, e, principalmente, houve ganhos significativos para todas as empresas atendidas”, completa.
SENSORES – Os pilotos foram realizados entre maio de 2018 e outubro deste ano em empresas dos segmentos de Alimentos e Bebidas, Metalmecânica, Moveleiro, Vestuário e Calçados. Os especialistas do SENAI instalaram sensores, que coletam dados, e coletores, que os armazenam.
Em seguida, as informações eram transmitidas para a plataforma Minha Indústria Avançada (MInA), que permite acesso aos dados de produção da máquina sensoriada. Por meio de tablets e celulares, os gestores podem acompanhar, em tempo real, o desempenho da linha de produção e, com isso, ter maior controle de indicadores do processo e antecipar-se a eventuais problemas.
As empresas da região Nordeste, com aumento médio de 28,2%, foram as que mais tiveram ganhos de produtividade com o Indústria Mais Avançada. A Japastel, pequena indústria de Salvador que produz massas para pastel e pizza, por exemplo, conseguiu elevar em 32,8% sua capacidade produtiva com uso de sensores na máquina de empacotamento de pizza. A empresa já havia alcançado ganho de 100% ao passar pelo Brasil Mais Produtivo. Ou seja, ao participar das duas etapas, a companhia mais que dobrou sua produção com o mesmo time de colaboradores e sem aumentar o custo.
“A tecnologia ajudou a otimizar o tempo e diminuiu o desperdício. Com isso foi possível aumentar o lucro, pois conseguimos utilizar melhor a matéria-prima”, explica Rose Fukuhara, dona da Japastel. Ela conta que hoje tem outra percepção do que é a Indústria 4.0. “Antes eu achava que o investimento seria muito alto”, diz ela. O equipamento instalado pelo SENAI em cada empresa custou até R$ 3 mil.
Os resultados do piloto também foram expressivos na região Centro-Oeste, com aumento médio de 22,44% em produtividade. Em seguida, estão empresas do Norte (22,29%), do Sudeste (18,42%) e do Sul (6,37%).
Em relação aos estados, as empresas do Piauí, do Rio Grande do Norte, do Acre e de São Paulo foram as que mais tiraram proveito da digitalização de sua linha produção.
GANHO MÉDIO DE PRODUTIVIDADE POR ESTADO
O gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI, Marcelo Prim, explica que as empresas que obtiveram maiores ganhos com as tecnologias digitais foram aquelas que utilizavam menos técnicas de gerenciamento da produção antes de participar do programa. “A técnica nova, ao ser introduzida em uma empresa que utiliza poucos métodos de gestão, proporciona um ganho maior em produtividade”, afirma.
Em relação ao segmento da empresa, Marcelo Prim explica que todas as áreas atendidas tiveram, em média, um ganho significativo de produtividade, porém, com pequenas diferenças em relação a quanto cada um conseguiu incorporar a nova tecnologia a seu processo produtivo. "Concluímos que o ganho de produtividade está mais relacionado com o quanto se aprende com o processo produtivo, e como esse aprendizado se transforma em ações concretas. Trata-se mais de uma ciência de dados e de capacitação de pessoas do que de automação de processos produtivos”, diz.
GANHO MÉDIO DE PRODUTIVIDADE POR SEGMENTO
SEGMENTO
O gerente do SENAI explica ainda que as micro empresas foram as que mais se beneficiaram do uso inicial de tecnologias digitais. “É provável que tenha sido a primeira vez que a empresa parou para analisar seu processo produtivo e conseguiu compreendê-lo de uma forma ampla. Com isso os ganhos são imensos”, afirma. “Observamos que as tecnologias da Indústria 4.0 são uma grande oportunidade especialmente para a micro e pequenas empresas”, complementa Prim.
As grandes companhias não participaram deste piloto, pois foram selecionadas participantes do Brasil Mais Produtivo, programa direcionado a pequenos e médios negócios.
GANHO MÉDIO DE PRODUTIVIDADE POR PORTE DAS EMPRESAS
PORTE
A análise dos resultados do programa-piloto também mostrou que a percepção do ganho obtido com a tecnologia é muito afetada pelo porte da empresa. As médias e grandes empresas tendem a investir em tecnologias da Indústria 4.0 para dar continuidade aos esforços de aumento de produtividade. Os micro e pequenos empresários, por sua vez, valorizam mais a agilidade permitida pelo sistema.
“O sistema permite aprender com o processo produtivo, diminuindo o tempo de resposta, tornando-o mais ágil e previsível. Garantir que aquilo que o empresário planejou será entregue nos prazos que ele combinou com o mercado traz um nível de competitividade maior para a pequena empresa e ela consegue se inserir mais facilmente nas cadeias de valor”, analisa Prim.
ESTÍMULO – O empresário Domingos Moreira Cordeiro, dono da 3A Alumínio, que produz portas e janelas de metal, é um dos que comemora tanto o aumento de 25% em produtividade quanto de organização do processo após o uso de tecnologias digitais. Na empresa de 90 funcionários, localizada em Taboão da Serra (SP), foram instalados sensores em quatro estações de trabalho que produzem folhas de alumínio.
“O benefício foi grande. Eu tive um ganho de produvidade e hoje consigo ver a performance de cada estação de trabalho em tempo real”, diz ele. A indústria já havia passado pelo Brasil Mais Produtivo, em 2017, quando conseguiu ganhos de 86% em seu sistema produtivo.
A experiência realizada pelo SENAI, a primeira com Indústria 4.0 da empresa, estimulou o empresário, que é engenheiro mecânico, a avançar nesse campo. Com a ajuda de sua equipe de Tecnologia da Informação (TI), ele desenvolveu um novo sistema que controla a saída do produto final, assim como as ordens de serviços em execução, o processo de montagem e o tempo-padrão de produção. Cordeiro conta que o teste com a tecnologia alterou sua percepção sobre o tema.
“Sou um aficionado por Indústria 4.0 e, quando eu comecei a pesquisar, eu achava que era coisa para grande empresa. Com o tempo, eu vi que essa percepção não era real, que eu podia implantar na minha empresa”, conta.
Em São Paulo, o piloto também foi realizado na Engedom Artefatos de Metais, indústria metalmecânica que produz utilidades domésticas. O trabalho ocorreu na área de lavanderia e metalurgia do varal de piso com abas. A tecnologia elevou em 50,41% a produtividade da empresa, que já estava com o processo organizado após ter passado pelo Brasil Mais Produtivo, quando tinha obtido ganhos de mais de 200%.
| CNI (publicado em 09-12-2019) | | | | Missão realizada em parceria com o Sebrae vai monitorar ganho de produtividade de empresas atendidas no Rio de Janeiro e em Curitiba
Coordenação Geral do Procompi e técnicos da Firjan e Sebrae se reúnem para avaliar o programa
Técnicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e do Sebrae realizam visita técnica em microempresas do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (9) e terça-feira (10). Na quarta-feira (11) e quinta-feira (12) será a vez do estado do Paraná receber os profissionais da Coordenação Geral do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) acompanhados por representantes da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O objetivo é monitorar os resultados alcançados para replicar boas práticas do programa.
“As visitas técnicas têm sido fundamentais para ampliarmos os ganhos das empresas com o programa. É na ponta que conseguimos observar melhor as boas práticas e encontrar formas de adequarmos elas às realidades dos outros estados”, explica Cristiano Silva, representante da CNI na Coordenação Geral do Procompi. “As missões também ajudam no aprimoramento do processo administrativo do programa, porque passamos a entender melhor as dificuldades dos gestores locais”, completou.
Entre os empresários que receberão a missão técnica, está Taciana Garcia, proprietária da Gavia Confecções, no Rio de Janeiro. Especializada na fabricação e comercialização de roupas femininas, ela acredita que terá um aumento no faturamento de 20% em 2020 na comparação com 2019 e já em janeiro pretende contratar dois novos colaboradores.
“O empresário precisa se qualificar sempre para estar preparado para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo. O Procompi foi excelente! Todos os módulos contribuíram para a empresa evoluir e até para melhorar a integração dos colaboradores”, comenta Taciana.
CONHEÇA O PROGRAMA - O Procompi é uma parceria entre a CNI e o Sebrae para aumentar a competitividade das empresas industriais de menor porte, por meio do estímulo à cooperação, à organização do setor e ao desenvolvimento empresarial e territorial. Os projetos são submetidos pelas federações estaduais de indústrias e unidades do Sebrae para oferecer a grupos de empresas de um mesmo setor capacitação e consultoria para alavancar a eficiência nos negócios. Entre as áreas atendidas estão: gestão, eficiência energética, marketing e vendas.
O Procompi começou em 2000 e está no quinto ciclo. Nas quatro primeiras edições, foram beneficiadas 6664 empresas com um investimento total de R$ 80 milhões e ganhos de eficiência crescentes. Nos últimos ciclos o aumento médio de produtividade foi de 29%. No atual ciclo do programa, um total de 2310 empresas estão sendo atendidas em 131 projetos, num investimento total de R$ 23,9 milhões. O balanço parcial aponta para um ganho de produtividade médio de 25%.
| CNI (publicado em 09-12-2019) | | | | Na quarta reportagem, a série especial do site Poder 360, com apoio da CNI, Caminhos da Indústria - desafios e oportunidade, mostra que a burocracia e desemprego são outros obstáculos a serem superados. E destaca que o o Mapa Estratégico da Indústria oferece norte
Inovação é o principal caminho para a indústria superar seus entraves. Na imagem, projeto na 20ª Edição do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação
Há 2 anos, em novembro de 2017, entrou em vigor no país a nova legislação trabalhista. O pacote de medidas flexibilizou as relações de trabalho e a implementação resultou na queda do número de novas ações registradas pela Justiça do Trabalho.
Em 2016, foram 4.262.444 ações, número que atingiu 4.321.842 em 2017 e caiu para 3.460.875 no ano passado, de acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os números de 2019 só serão consolidados no próximo semestre, mas a projeção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que a trajetória de queda se mantenha, isso porque o novo arcabouço legal reduziu a insegurança jurídica nas relações entre trabalhadores e empresários.
“Houve uma desburocratização, uma simplificação dos processos na área trabalhista e isso, é claro, impacta nos custos das empresas”, avalia Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI.
A entidade compila desde 2005 os principais obstáculos para o desenvolvimento da economia brasileira, reunindo no Mapa Estratégico da Indústria propostas para fomentar a atividade industrial. A edição mais recente do Mapa foi lançada em 2018, com projeções até 2022.
Se, por um lado, houve redução na insegurança jurídica nas relações trabalhistas, por outro o país quase não avançou em questões fundamentais, como a revisão do sistema tributário e a resolução de entraves na infraestrutura.
Na avaliação do gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, esses pontos devem ser priorizados nos próximos meses para que a economia brasileira volte a crescer e para que, consequentemente, o setor industrial consiga superar a crise que atravessa desde 2014.
“A reforma tributária é a questão mais importante agora porque, apesar de alguns ajustes, a carga tributária continua crescendo e é muito complexa. De certa forma, empresários de pequeno e de médio porte conseguem escapar de parte dessas dificuldades porque podem utilizar o Simples, mas o grande empresário tem que lidar com uma legislação tributária muito complicada e onerosa. Manter a carga de impostos atual, mas simplificar o arcabouço legal já traria redução de custos e isso chegaria até o consumidor final, por meio de produtos mais baratos na ponta”, defende Fonseca.
Economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin afirma que o cenário atual da indústria brasileira reflete problemas tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda.
O cipoal tributário e as carências na infraestrutura se juntam às falhas no sistema educacional para explicar os obstáculos pelo lado da oferta. Isto é, são questões que impedem que o setor produtivo consiga se organizar para se posicionar de forma competitiva no mercado internacional. “O atual governo olha muito para os problemas da oferta, esse parece ser o foco prioritário de ação, mas isso precisa ser melhor conversado com o setor privado, para evitar o que vimos, por exemplo, no leilão do pré-sal”, afirma.
INVESTIMENTOS - O economista se refere aos resultados obtidos no megaleilão da cesseão onerosa. O governo federal esperava arrecadar R$ 106,6 bilhões, mas obteve apenas R$ 69,96 bilhões com a venda de duas áreas no pré-sal na Bacia de Santos, no Rio de Janeiro.
Cagnin destaca que as parcerias com o setor privado são fundamentais para a retomada dos investimentos em obras de infraestrutura: “Temos muitas obras paradas no país, e os investimentos públicos foram praticamente liquidados com o ajuste fiscal, então temos que acelerar as concessões e outras parcerias com o setor privado. Não estou dizendo que é algo trivial, mas é uma medida capaz de estimular o crescimento econômico porque ataca o problema pelo lado da oferta, mas também da demanda.”
O elevado nível de desemprego é uma das principais causas do fraco desempenho da economia, quando se olha o problema pela ótica da demanda. Sem renda fixa, o brasileiro reduz o consumo e evita assumir novas dívidas. Aqueles que têm emprego não tiveram crescimento real de renda e também controlam os gastos. Como o cenário externo não favorável, a indústria brasileira tem operado em nível inferior à sua capacidade máxima.
“A gente cresce pouco porque falta demanda. Temos uma taxa de desemprego nas alturas e que teima em ser reduzida. A Pnad Contínua mostrou que o nível de desemprego continua quase igual ao de outubro do ano passado, a queda que tivemos foi marginal. Nos últimos 12 meses não saímos do lugar”, explica o economista.
A retomada de investimentos em obras de infraestrutura poderia estimular a demanda, defende Cagnin. Isso porque a contratação de pessoas para trabalhar nessas obras aqueceria a cadeia produtiva: “Obras de infraestrutura geralmente são de grande porte e demandam produtos feitos por segmentos industriais importantes como os de minerais metálicos e não metálicos, o de máquinas e o da construção civil como um todo, um segmento intensivo na utilização de mão de obra.”
Problemas de infraestrutura ainda são grande entrave no desenvolvimento da indústria. Na imagem, obras em Brasília
NOVAS REFORMAS - Outra medida para estimular a demanda é fazer com que a redução da Selic, que se encontra no menor patamar histórico, se traduza em juros menores na oferta de crédito para empresas e cidadãos. Para que isso ocorra, o governo terá que enxugar os gastos, um processo que já começou com o estabelecimento do teto de gastos e que continua na pauta com a proposta de reforma administrativa.
“Os juros são altos porque o governo deve muito e coloca títulos no mercado para conseguir dinheiro. Os bancos preferem emprestar para o governo, que oferece mais garantias, e isso reduz a oferta de crédito na economia”, afirma o gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI.
Já na avaliação do economista do Iedi, o governo deve ter cautela ao implementar novas medidas para estimular a demanda. Cagnin acredita que a liberação de saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi uma iniciativa positiva para injetar recursos na economia, mas questiona a decisão do Banco Central (BC) de colocar um teto para os juros cobrados no cheque especial: “A experiência histórica mostra que tabelar preços e juros nunca funciona, os agentes econômicos correm por fora e tendem a burlar esses bloqueios.”
ENTENDENDO O MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA - A 1ª edição do documento foi lançada em 2005, com o objetivo de levar para a sociedade e para o governo um roteiro para o desenvolvimento do país. O documento foi elaborado com base em discussões com empresários e com presidentes das federações estaduais das indústrias. A 1ª versão tratava de temas que extrapolavam a atuação do setor industrial, como saúde e segurança pública e, por isso, a 2ª edição, que contemplou o período entre 2013 e 2022, passou por ampla revisão temática.
“O Mapa Estratégico da Indústria diminuiu bastante na 2ª edição, porque resolvemos retirar temas sobre os quais não temos expertise. Segurança pública, por exemplo. É um fator que impacta diretamente a atividade industrial, mas a CNI não tem expertise sobre esse tema. Então resolvemos focar mais nos assuntos que dominamos”, explica o gerente de Pesquisa e Competitividade da entidade, Renato da Fonseca.
O documento tratou de 10 fatores-chave para aumentar a competitividade da indústria brasileira: 1) ambiente macroeconômico, 2) desenvolvimento de mercados, 3) educação, 4) eficiência do Estado, 5) financiamento, 6) infraestrutura, 7) inovação e produtividade, 8) relações de trabalho, 9) segurança jurídica e 10) tributação.
Conheça mais sobre o Mapa Estratégico da Indústria no infográfico animado:
A edição mais recente é uma atualização do 2º Mapa Estratégico da Indústria e, dessa vez, a CNI focou ainda mais nas variáveis em que o setor industrial pode atuar, conforme explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da entidade:
“Se a gente está preparado ou está querendo se preparar para atuar na indústria 4.0, a gente tem que pensar nos equipamentos que serão adaptados, sofrerão uma transformação para aumentar a produtividade.E, na mesma proporção, teremos que ter pessoas mais qualificadas para trabalhar em atividades que exigem conhecimento mais profundo. Temos também que entender o layout das empresas, para trabalhar de uma forma mais objetiva e com processos mais objetivos, que possam reduzir o tempo de produção e os riscos envolvidos na operação industrial”, pontua o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
A série Caminhos da Indústria – desafios e oportunidades é produzida pelo Poder360, com apoio da CNI.
| CNI (publicado em 09-12-2019) | | | | Instituição Fiscal Independente calcula que o programa deve gerar mais receitas para os cofres públicos do que o custo necessário para sua execução
A Instituição Fiscal Independente (IFI, órgão do Senado que monitora as contas públicas), calcula que o programa Verde e Amarelo, lançado pelo governo com a justificativa de promover empregos para jovens, deve gerar mais receitas para os cofres públicos do que o custo necessário para sua execução.
O programa foi criado por meio de uma MP (medida provisória) que retirou ou reduziu certas obrigações patronais da folha de pagamento para contratação de jovens de 18 a 29 anos com remuneração de até um salário mínimo e meio.
Para compensar o custo do programa, o governo criou uma taxação sobre o seguro-desemprego. A IFI prevê que as receitas com essa tributação será de R$ 12,7 bilhões de 2020 a 2024. O cálculo está levemente acima da estimativa do Ministério da Economia, de R$ 12 bilhões.
O estudo aponta que o montante em receitas é superior à renúncia fiscal prevista para a execução do programa, calculada pela instituição em R$ 11,3 bilhões caso todas as vagas previstas pelo governo sejam geradas (a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia estima 1,8 milhão de contratações).
O impacto fiscal da medida depende do número de vagas geradas pelo programa, o que a IFI considera difícil de se indicar com precisão.
No caso de não serem geradas as vagas previstas, as receitas para os cofres públicos ficariam significativamente acima do necessário.
No cenário mais conservador estimado pelos técnicos, de apenas 25% das vagas serem concretizadas, o custo do programa cairia para R$ 1 bilhão. No caso de 50% das metas criadas, o custo é de R$ 5,7 bilhões.
O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, rebateu as críticas do estudo da IFI.
Segundo ele, a taxação sobre o seguro-desemprego tem o objetivo de permitir a continuidade da contribuição à Previdência Social. Assim, o período do benefício também passa a ser contado para o cálculo a aposentadoria.
"Faltou levar em consideração a inclusão previdenciária", disse Marinho.
Programa
Lançado em 11 de novembro, o programa do Emprego Verde e Amarelo remove das obrigações das empresas para a contratação de jovens a contribuição patronal para o Instituto Nacional do Seguro Social (de 20% sobre a folha), além das alíquotas do Sistema S e do salário-educação.
A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cai de 8% para 2% e o valor da multa em caso de demissão sem justa causa poderá ser reduzido de 40% para 20%, decidida em comum acordo entre o empregado e o empregador no momento da contratação.
A medida vale para remunerações de até um salário mínimo e meio e apenas para novos postos de trabalhos, com prazo de contratação de dois anos. As contratações podem ocorrer até 31 de dezembro de 2022.
| Folha de S. Paulo (publicado em 09-12-2019) | | | Sanção foi aplicada após início de greve no mês passado
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) derrubou nesta segunda-feira (9) as multas de R$ 32 milhões que haviam sido aplicadas aos sindicatos de petroleiros no mês passado.
Em 25 de novembro, os petroleiros de bases ligadas à FUP (Federação Única dos Petroleiros) iniciaram uma greve em protesto contra demissões e transferências de empregados, mas o ministro do TST Ives Gandra da Silva Martins Filho considerou a mobilização abusiva, multou os sindicatos e bloqueou suas contas.
A FUP decidiu suspender o ato no dia 27, dois dias após começar.
A sessão do Tribunal agora abriu divergência, as multas caíram e os valores devem ser devolvidos com o fundamento de que o Judiciário pode restringir e responsabilizar os sindicatos pelos danos posteriores, mas não impedir a greve.
| Folha de S. Paulo (publicado em 09-12-2019) | | | | O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, foi enfático ao voltar a negar nesta segunda-feira, 9, que o governo patrocinará qualquer projeto que proponha o retorno do imposto sindical.
"Eu sou o Rogério Marinho, relator da reforma trabalhista. Eu paguei um preço (não ser reeleito) pelo fim do imposto sindical. Em nenhum momento defendemos no passado, defendemos agora ou defenderemos no futuro a volta dessa obrigatoriedade", respondeu.
O governo estuda enviar ao Congresso uma proposta de reforma sindical e criou um grupo de trabalho, coordenado por Marinho. O secretário, porém, afirmou que a proposta não inclui uma nova fonte de financiamento para os sindicatos.
"A linha mestre do trabalho desenvolvido pelo grupo de estudo é a retirada do Estado da relação entre quem emprega e quem trabalha. Se houver alguma proposta nesse sentido, não há nenhuma possibilidade de prosperar. Essa é uma posição minha, do ministro da Economia, Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. Não há como defender a volta de nenhuma compulsoriedade", completou.
O grupo de trabalho deve apresentar um relatório final até o dia 10 de fevereiro. Segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, os especialistas que fazem parte do grupo trabalham com absoluta autonomia e os relatórios preliminares já apresentados ainda não teriam sido analisados pela pasta.
"É prematuro falar de qualquer um dos pontos, mas o governo não admitirá qualquer tipo de retorno do imposto sindical. Essa é uma página virada do País", concluiu Dalcolmo.
| UOL (publicado em 09-12-2019) | | | | O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 2,6 pontos na passagem de outubro para novembro, para 88,4 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 10. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,5 ponto.
“O Indicador Antecedente de Emprego voltou a avançar em novembro recuperando a queda observada em outubro. Contudo, a virtual estabilidade do indicador em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, reforça o cenário de dificuldades de avanços mais expressivos do mercado de trabalho, sugerindo continuidade da recuperação em ritmo gradual”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 3,1 pontos em novembro ante outubro, para 96,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,9 ponto.
“Depois de cinco meses, o ICD voltou a ficar acima dos 95 pontos. O patamar elevado do indicador e a piora observada em novembro sugerem que ainda há um longo caminho para reduções em ritmo mais forte da taxa de desemprego”, completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, seis dos sete componentes contribuíram positivamente para o resultado de novembro, com destaque para a Tendência dos Negócios da Indústria, que subiu 6,4 pontos.
No ICD, o avanço foi puxado pelas duas classes de renda familiar intermediárias: famílias com renda mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 (7,4 pontos) e entre R$ 4.800.00 e R$ 9.600.00 (6,0 pontos).
| Tribuna PR | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em todas as sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na primeira quadrissemana de dezembro. No período, o indicador cheio avançou 0,74%, de 0,49% registrados no fechamento de novembro.
Brasília teve o maior acréscimo nas taxas, passando de 0,80% para 1,25%. Em seguida, vem Salvador (0,15% para 0,55%) e Rio de Janeiro (0,19% para 0,58%). Também tiveram aceleração Belo Horizonte (0,42% para 0,56%), Recife (0,10% para 0,31%), Porto Alegre (0,37% para 0,47%) e São Paulo (0,93% para 1,13%).
| Tribuna PR | | | | A exemplo da etapa matutina, os juros futuros oscilaram majoritariamente ao redor dos ajustes anteriores ao longo da tarde desta segunda-feira, 9, refletindo a pouca disposição do investidor em assumir posições antes dos eventos da semana, marcada por decisões de política monetária no Brasil, Estados Unidos e Europa.
Logo após a virada do dólar para o terreno negativo, quando a moeda, nas mínimas, chegou à casa dos R$ 4,12, as taxas de médio e longo prazos ensaiaram se firmar em baixa, indo também nas mínimas, mas o movimento não se sustentou. Tampouco a agenda de indicadores, nesta data bastante restrita, foi capaz de estimular os negócios.
Com exceção da taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, que fechou com viés de alta, a 4,62%, de 4,599% no ajuste anterior, as demais fecharam muito perto do ajuste. A do DI para janeiro de 2023 terminou estável em 5,72% e a do DI para janeiro de 2025 passou de 6,351% para 6,34%. O DI para janeiro de 2027 encerrou em 6,70%, na máxima, também estável. Na sessão estendida, o mercado operou sob um viés de alta e as taxas fecharam nas máximas, respectivamente, em 4,63%, 5,74%, 6,36% e 6,72%.
Além da falta de um condutor forte para os negócios nesta segunda-feira, profissionais nas mesas de renda fixa lembram que as taxas já tiveram rodada de queda expressiva na última sessão, em função da leitura “qualitativa” do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro e, desse modo, a percepção foi de que é preciso aguardar o desenrolar da agenda para montar posições, mesmo com o dólar em baixa.
“Não tivemos indicador mais relevante nos EUA e, aqui, só IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna). A Focus veio sem mudança no cenário de juros, então o mercado fica em compasso de espera, pois temos na semana vários eventos no front de política monetária”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
O IGP-DI de novembro subiu 0,85%, acima da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,76%, o que, no entanto, não foi suficiente para alterar o cenário de inflação do mercado nem pressionar os juros futuros. A exemplo do IPCA, o IGP-DI foi afetado por preços de carnes, tido como um choque, que deve perder força no começo de 2020.
Desse modo, o mercado segue firme na visão de que a Selic será reduzida em 0,50 ponto porcentual, para 4,50%, na quarta-feira, 11. Como tal aposta está bastante consolidada, a expectativa é maior pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que poderá dar pistas sobre as intenções do Banco Central para fevereiro, encontro para o qual as apostas estão divididas entre queda e Selic estável.
| Tribuna PR ( publicado em 09-12-2019) | | | | O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer 2,5% no ano que vem, previu nesta segunda-feira, 9, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan. A Abimaq realizou nesta data seu almoço de confraternização de final de ano.
A indústria, de uma maneira geral, de acordo com o executivo, vai crescer de 3,5% a 5%, focada muito no mercado interno, uma vez que as exportações, embora devam melhorar, seguirão o desempenho menos pujante da economia mundial.
“Então estamos achando que 2020 será o ano da retomada econômica e sustentada por tudo o que está acontecendo. Vamos crescer pelo investimento e não pelo consumo, o que quer dizer que não teremos mais um crescimento de voo de galinha”, disse o presidente da Abimaq.
Para Marchesan, além de tudo o que está sendo feito, é preciso que se faça a reforma administrativa e a política, “para que tenhamos uma País mais arejado e modernizado”, podendo ser mais competitivos. “Um país só se recupera com crescimento porque a maior dignidade que se pode dar para um ser humano é uma carteira de trabalho assinada”, disse.
Selic e Câmbio
Marchesan prevê mais um corte da Selic, em 0,5 ponto porcentual, no Copom de quarta-feira, 11. Com relação ao câmbio, o presidente da Abimaq disse que se trata de um dólar “industrializante”, embora ainda não seja o câmbio que ele considera o ideal. “Poderia estar um pouco mais desvalorizado, porque hoje o câmbio não é mais inflacionário”, disse.
Ele lembrou que nos últimos 35 anos as equipes econômicas apreciavam a moeda brasileira para conter a inflação. “Era errado. Hoje nós temos uma inflação baixa e um câmbio normal, porque no momento em que se baixou o juro, os grandes especuladores que vinham arbitrar a diferença da moeda foram embora”, disse.
| Tribuna PR ( publicado em 09-12-2019) | | | | Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o atual nível da taxa de câmbio veio para ficar e é um bom patamar, dado que confere competitividade ao Brasil. “Faz com que as exportações possam caminhar apesar de o mundo não estar em seu melhor momento”, disse Skaf ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Para ele, o câmbio veio para ficar em torno dos R$ 4,00 por dólar. “É um câmbio que não atrapalha a atividade interna”, disse o presidente da Fiesp.
Para a taxa básica de juro, a Selic, Skaf disse que espera mais um corte de 0,5 ponto porcentual na quarta-feira, 11, para 4,50%.
Skaf conversou com a reportagem durante almoço de fim de ano da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
| Tribuna PR ( publicado em 09-12-2019) | | | | A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,646 bilhão na primeira semana de dezembro. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 9, pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,073 bilhões e importações de US$ 3,427 bilhões.
No total do ano, o superávit acumulado é de US$ 42,72 bilhões. No mês, houve alta de 4,9% na média diária das exportações na comparação com dezembro do último ano, passando de US$ 967,251 milhões para US$ 1,015 bilhão.
No período, houve aumento nas vendas em Produtos Básicos (13,04%) e Produtos Semimanufaturados (0,32%) e recuo nos envios para o exterior em Produtos Manufaturados (-4,73%).
Já as importações registraram alta de 6,13% na média diária em igual comparação. Elas saíram de US$ 645,838 milhões para US$ 685,421 milhões.
As maiores altas no período foram de Equipamentos elétricos e eletrônicos (44,45%), Papel e obras (37,97%) e Químicos orgânicos/inorgânicos (35,35%). Enquanto isso, as maiores quedas foram: Combustíveis/Lubrificantes (-42,2%), Adubos e fertilizantes (-40,15%) e Cobre e suas obras (-32,75%).
| Tribuna PR ( publicado em 09-12-2019) | | | | Estimativas para Selic de 2019 e de 2020 seguem em 4,50% no Focus do BC
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2019 e de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 9, que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 4,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 permaneceu em 4,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás.
No caso de 2021, a projeção foi de 6,00% para 6,25%, ante 6,00% de um mês antes. A projeção para a Selic no fim de 2022 seguiu em 6,50%, igual a quatro semanas antes.
Em outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 5,50% para 5,00% ao ano. Foi o terceiro corte consecutivo da taxa básica.
No comunicado sobre a decisão, o BC avaliou que “a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude”.
O próximo encontro do Copom ocorre nesta semana e será o último do ano. Para o início de 2020, porém, a sinalização é de que o corte pode ser menor ou nem mesmo ocorrer.
Top 5
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo no Focus, a mediana da taxa básica em 2019 seguiu em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2020, foi de 4,00% para 4,25% ao ano, ante 4,00% de quatro semanas atrás.
A projeção para o fim de 2021 no Top 5 permaneceu em 6,50%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a projeção do Top 5 seguiu em 6,50% ao ano, igual a um mês antes.
| Tribuna PR ( publicado em 09-12-2019) | | | | Novo cálculo do Sindipeças prevê número 40% superior ao antigo; para 2020 serão R$ 148,5 bilhões
O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) revisou de R$ 102,5 bilhões para R$ 144,1 bilhões a estimativa de faturamento do setor de autopeças para este ano. O novo valor é 5,1% mais alto que o de 2018 e 40% superior ao calculado anteriormente. Também pelo estudo atual, o faturamento para 2020 será de R$ 148,5 bilhões, alta de 3%.
O novo valor se deve à revisão da série histórica de estimativas de faturamento a partir de uma nova metodologia, que passa a incluir estatísticas oficiais como dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Embora não sejam originalmente do setor, os dados estão diretamente relacionados a ele.
Até 2018, o cálculo do faturamento anual levava em conta o resultado de pesquisa feita com empresas associadas. Os novos dados passam a empregar também indicadores da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério da Economia.
“Com isso, os dados de anos anteriores foram recalculados em razão da alteração dos números”, explica George Rugitsky, conselheiro do Sindipeças responsável pela área de Economia.
Segundo o Sindipeças, as montadoras fecharão 2019 com 65,3% de participação no faturamento das autopeças instaladas no Brasil e esse porcentual subirá para 66% em 2020. As exportações devem terminar 2019 com 11,6%. Para 2020 essa fatia cairá para 10,5%. O segmento de reposição terminará o ano com 18,7% e a projeção para 2020 é muito próxima a isso, 18,9%.
Ainda de acordo com o Sindipeças, o setor fechará 2019 com 254,3 mil postos de trabalho, 1,2% abaixo do ano passado. Para 2020 a entidade estima 248 mil trabalhadores no setor, queda de 2,5%.
| Automotive Business (publicado em 09-12-2019) | | | |
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