| 30 de Agosto de 2019
Sexta-feira
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Em 30/08/2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Segue para apreciação e avaliação de possíveis impactos ao setor a íntegra do PL 646/2019, que trata sobre a alteração da lógica de cobrança da Taxa de Fiscalização Ambiental do Estado do Paraná – TFAPR.
A proposição tramita na Assembleia Legislativa do Estado e se encontra na Comissão de Constituição e Justiça, aguardando parecer do relator.
| Coordenação de Relações Governamentais - Sistema FIEP | | | | Segundo a instituição, a indústria brasileira está totalmente comprometida com a sustentabilidade ambiental, que vai desde o uso racional de recursos naturais e a redução de resíduos sólidos até o controle das emissões de gases de efeito estufa
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) repudia a decisão de importadores de suspender a compra de couro brasileiro. A entidade considera injustas e equivocadas as tentativas de se vincular a exportação de produtos industriais brasileiros às queimadas na Amazônia.
Para a CNI, este e outros fatos recentes – como o questionamento de empresários chineses sobre a sustentalidade dos produtos brasileiros e a ameça de alguns líderes europeus de dificultar a aprovação do Acordo Mercosul-União Europeia – demonstram no mínimo desinformação sobre a responsabilidade ambiental da indústria brasileira.
“A Amazônia é um patrimônio de fundamental importância para o Brasil, sobretudo pela sua megadiversidade biológica, que abriga 20% do total de espécies de plantas e animais do planeta. Trata-se de uma riqueza potencial para ser desenvolvida e a indústria nacional é uma das principais interessadas no seu uso sustentável”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O presidente da CNI ressalta que a indústria brasileira está totalmente comprometida com a sustentabilidade ambiental, que vai desde o uso racional de recursos naturais e a redução de resíduos sólidos até o controle das emissões de gases de efeito estufa.
Atualmente, o Brasil é responsável por 2% das emissões globais de CO2, ocupando a sexta posição entre os países signatários do Acordo de Paris. Esse tratado, assinado por 195 países, prevê a redução da emissão de gases de efeito estufa como uma resposta global à ameaça da mudança do clima. Em primeiro lugar aparece a China, com 26% das emissões, seguida dos Estados Unidos, com 14%, e da União Europeia, com quase 10%.
O último relatório da ONU Meio Ambiente, Emission Gap Report 2018, mostra que o Brasil, juntamente com China e Japão, são os países que estão no caminho para cumprir as metas do Acordo. O Brasil se comprometeu a reduzir em 37% suas emissões até 2025.
Nos últimos 15 anos, o Brasil investiu US$ 32 bilhões em projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa, o que resultou na redução de emissões de 124 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Segundo Robson Andrade, deste total, 47% ocorreram devido a projetos realizados pela indústria brasileira.
Além disso, no Brasil, as energias renováveis compõem 80% da matriz elétrica brasileira, um valor quase quatro vezes maior do que os países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), atualmente em 23%.
“Ressalte-se ainda que, nos últimos três acordos de comércio assinados pelo Brasil – o bilateral com o Chile, o Mercosul-União Europeia, e o Mercosul-EFTA –, a indústria brasileira assumiu compromissos ambiciosos no capítulo de desenvolvimento sustentável”, acrescenta o presidente da CNI.
| CNI (publicado em 29-08-2019) | | | | CNI alerta que a retomada efetiva da atividade depende da combinação de ações que estimulem o consumo no curto prazo e de reformas estruturais, como a tributária. Baixo nível de investimento preocupa o setor
PIB industrial cresceu 0,7% no segundo trimestre em relação ao período imediatamente anterior
O crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, liderado pela expansão de 0,7% da indústria no segundo trimestre do ano, é um sinal positivo para a economia. No entanto, a retomada do crescimento depende da combinação de ações urgentes e de reformas estruturantes.
Entre as ações urgentes, está o estímulo ao consumo, com medidas que facilitem o crédito, e, entre as reformas estruturantes, estão as mudanças no sistema tributário. A avaliação está no Fato Econômico 9, publicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avalia os dados do PIB, divulgados nesta quinta-feira, 29 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
De acordo com a publicação, o Brasil ainda não conseguiu sair da crise. “Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE), a última recessão durou 11 trimestres – entre o segundo trimestre de 2014 e o quarto trimestre de 2016. A partir do primeiro trimestre de 2017, a economia brasileira teria iniciado um ciclo de expansão que, contudo, mostra-se muito fraco.
O PIB segue 4,8% abaixo do que era há 21 trimestres, enquanto a indústria se reduziu 12% na mesma comparação”, diz o Fato Econômico. “Como o crescimento médio do PIB desde o primeiro trimestre de 2017 é de apenas 0,4% ao trimestre, seriam necessários 11 trimestres – quase três anos – para retomarmos o nível de atividade do início de 2014, caso esse ritmo se mantenha.”
A indústria está especialmente preocupada com o baixo nível de investimentos. “Mesmo com a melhora no segundo trimestre de 2019, o investimento segue 24,7% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2014”, alerta a CNI. “O longo período de baixo investimento traz preocupações sobre possível obsolescência de parte da capacidade instalada e preocupações adicionais sobre a competitividade da indústria, tendo em vista o avanço das tecnologias de automação e troca de dados na produção”, avalia a CNI.
EXPANSÃO DE 0,7% - O Fato Econômico destaca que, conforme os dados do IBGE, a indústria saiu da recessão. O setor cresceu 0,7% no segundo trimestre em relação ao período imediatamente anterior. O crescimento, que vem depois de dois trimestres consecutivos de queda do PIB Industrial, é resultado da expansão de 2% da indústria de transformação e de 1,9% da construção. “O crescimento trimestral da indústria da construção é o maior em cinco anos”, destaca a publicação.
Depois da queda de 7,5% no primeiro trimestre, a indústria extrativa recuou 3,8% no segundo trimestre, especialmente em razão do rompimento da barragem em Brumadinho e suas consequências, como a paralisação de outras unidades de mineração em Minas Gerais.
“Os dados sugerem que há uma reação positiva que deve se potencializar com os avanços que tivemos de junho para cá com a reforma da Previdência, as privatizações, a medida provisória da Liberdade Econômica, a redução dos juros e, mais recentemente, em relação à reforma tributária”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
“A consolidação desse ambiente mais favorável deve se refletir em maior confiança, mais investimento e consumo das empresas e das famílias, de tal modo que, para 2020, há expectativas de um crescimento mais expressivo do que os 0,9% esperados para este ano”, completa Castelo Branco.
| CNI | | | | A indústria brasileira de máquinas e equipamentos recuou 5,2% em julho em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas teve crescimento de 2,4% na comparação com junho deste ano, totalizando R$ 6,953 milhões de receita líquida total. A informação foi divulgada hoje (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Segundo a Abimaq, o crescimento acumulado neste ano encolheu mais um pouco, caindo de 3,9%, observado no encerramento do semestre para 2,4% até o mês de julho. De acordo com a instituição, o baixo crescimento em julho é influenciado principalmente pelo mercado doméstico, que encolheu tanto em relação ao mês anterior (9,8%) quanto sobre o mesmo mês de 2018 (-17,2%). No acumulado entre janeiro e julho, porém, o setor cresceu 5,8%.
A balança comercial do setor teve saldo negativo de US$ 828,69 milhões em julho, o que representou recuo de 15,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado, mas as exportações cresceram, atingindo US$ 846,24 milhões, incremento de 24,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Por coincidência, também houve aumento de 24,1% em relação a junho. As importações também cresceram em julho, 11,1% em relação a junho e 19,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Para a Abimaq, o crescimento das exportações foi reflexo das vendas de máquinas e equipamentos para o Paraguai e para a Holanda, que juntos contribuíram para reduzir a queda acumulada em 2019, de -7,1% no semestre para -3,2% até o mês de julho.
Argentina
As vendas para a América Latina, que, no passado, chegaram a superar a marca de 50% do total exportado pelo setor, vêm apresentando retração contínua e, em 2019, chegaram a 31,9%.
Esse cenário reflete, principalmente nos últimos dois anos, a crise no mercado argentino, que levou as aquisições de máquinas a recuar de 15% das vendas externas nacionais, em 2017, para 6% neste ano. "Em 2017 exportávamos US$1,4 bilhões e hoje exportamos R$ 600 milhões, 50% abaixo do que exportávamos. E a expectativa não é boa: provavelmente vamos fechar o ano com esse nível baixo", disse a gerente de Competitividade, Economia e Estatística, Maria Cristina Zanella.
Previsão de crescimento
Maria Cristina disse esperar para este ano expectativa de crescimento entre 3% e 4%. "Nós iniciamos o ano com uma expectativa melhor, com crescimento da ordem de 5%, mas os números mostraram que vamos fechar o ano em 3% ou 4%."
A Abimaq atribui a queda na expectativa a uma série de fatores. "Uma combinação de mercado doméstico com mercado internacional desaquecido, o que comprometeu as nossas vendas. No mercado doméstico, temos visto maior dificuldade de novos investimentos. É com base neste cenário, que prevemos crescimento um pouco abaixo do que se esperava", acrescentou Maria Cristina.
Emprego
O balanço divulgado hoje demonstra ligeiro crescimento do emprego, com 0,6% em julho e crescimento de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Até o mês passado foram criados 8 mil postos de trabalho. Atualmente, o setor emprega 309 mil colaboradores.
Segundo o presidente da entidade, João Carlos Marchesan, os números divulgados hoje não são bons, mas o país tem capacidade para ser bem melhor. "Precisamos fazer com que a indústria volte a crescer, principalmente a indústria de bens de capital – hoje, o salário de um empregado da indústria de bens de capital está 86% maior do que a média nacional, o que gera renda, e precisamos de emprego no país para destravar o crescimento", afirmou.
| CIMM | | | | O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) portaria com novos critérios sobre a concessão de ex-tarifários para bens de capital, informática e telecomunicações no País. A portaria traz as regras que serão usadas para decidir se um bem tem ou não equivalente nacional e assim poder ficar livre da cobrança do Imposto de Importação ou obter uma alíquota reduzida.
Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou em julho, com a medida a equipe econômica tenta simplificar processos e agilizar a retirada de tributos para a compra de bens que não tenham similar produzido no Brasil, como máquinas pesadas, equipamentos industriais e partes de computadores.
O movimento, no entanto, tem gerado preocupação na indústria local e entre representantes da Zona Franca de Manaus, que temem uma abertura “velada” do mercado nacional a bens do exterior sem melhorias do ambiente de negócios para os empresários brasileiros.
Atualmente, após autorização do governo, já é possível importar produtos que não têm similar nacional com imposto reduzido. No ano passado, foram concedidos ou renovados 4,3 mil pedidos de importações de bens de capital e informática, que resultaram em uma importação estimada em US$ 7,69 bilhões, segundo dados do Ministério da Economia. Atualmente, existem cerca de 7 mil produtos enquadrados como “ex-tarifários”, o que reduz o Imposto de Importação de uma alíquota média de 14% para algo entre zero e 2%.
A portaria desta sexta-feira é assinada pela Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da pasta da Economia. O texto regulamenta uma outra portaria que foi editada pelo Ministério da Economia no fim de junho para redefinir critérios de enquadramento de ex-tarifários.
A norma estabeleceu que poderão receber o benefício produtos importados que tiverem preço menor do que o cobrado pelo similar brasileiro e também aqueles cujo prazo de entrega for menor do que o pedido pelo produtor nacional.
A regulamentação desta sexta-feira detalha melhor esses critérios e determina que, para apuração e análise comparativa de existência de produção nacional equivalente, os critérios definidos pela portaria de junho serão observados na seguinte ordem: 1º) fornecimentos anteriores efetuados; 2º) desempenho ou produtividade; 3º) prazo de entrega; e 4º) preço.
O texto reforça que a análise de cada um dos critérios definidos deve ser sequencial, “sendo que somente será analisado o critério posterior, caso o anterior seja atendido pelo bem nacional”.
A portaria traz também regras específicas para os bens de informática e telecomunicações (BIT), já adiantando que três categorias desse tipo de item terão os pleitos por ex-tarifários sem produção nacional equivalente atendidos se estiverem enquadrados como: BIT ativo imobilizado; BIT insumo de produção aplicado precipuamente na produção de bens de consumo incentivados no âmbito da Lei de Informática, da Zona Franca de Manaus, cadastrados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; e BIT insumo de produção aplicado na produção de BIT ativo imobilizado.
Os pleitos de concessão de ex-tarifário que sejam enquadrados como BIT bens de consumo, assim como pleitos referentes a produtos usados, “receberão recomendação técnica de indeferimento”.
A portaria regulamenta também regras para bens de fabricação sob encomenda e informa que autopeças e os produtos classificados como BIT automotivo serão tratados no Regime de Autopeças Não Produzidas, instituído por uma lei de 2018.
| Tribuna PR | | | | As empresas do setor químico atingiram em julho 65% de utilização da capacidade instalada de uso industrial, o pior índice registrado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) desde que iniciou o levantamento deste indicador em 1989. No acumulado do ano até julho, de acordo com dados preliminares, o nível de utilização da capacidade instalada foi de 70%, seis pontos abaixo do índice registrado em igual período do ano anterior, resultando em um nível de ociosidade de 30%, pior desempenho dos últimos dez anos.
A performance é atribuída à falta de competitividade gerada pelo preço das matérias-primas e energia, deficiências logísticas e alta carga tributária.
“Para o setor químico, que opera em regime de processo contínuo, não sendo possível desligar equipamentos ou diminuir a produção abaixo de um determinado nível, esse cenário significa piores desempenhos operacionais e custos unitários de produção ainda mais elevados”, afirma em nota a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
Entre janeiro e julho, o consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importações menos as exportações, dos produtos químicos de uso industrial encolheu 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Aliado a isso, acrescenta a Abiquim, na média dos 12 últimos meses 40% dos produtos químicos de uso industrial comercializados no Brasil foram importados, maior porcentual dos últimos 30 anos.
Nos últimos sete meses, a produção recuou 3,55% sobre o período de janeiro a julho do ano passado, enquanto as vendas internas caíram 0,49% na mesma comparação.
| Tribuna PR ( publicado em 29-08-2019) | | | | Pesquisa mostra que a Justiça do Trabalho se vê como redistribuidora de renda. Juízes tomam decisões que protegem um trabalho, mas prejudicam milhões.
A fonte de renda de 5,5 milhões de brasileiros pode estar ameaçada. Este é o número de brasileiros que trabalham com aplicativos de transporte e entregas no país atualmente. Isso porque o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região decidiu que o motorista de Uber não é autônomo e tem vínculo empregatício com o aplicativo.
Para os julgadores, o trabalhador não exerce as atividades por iniciativa própria e conveniência nem se auto-organiza, estando subordinado à empresa. Se a decisão for confirmada pelo Tribunal Superior do Trabalho, ela formará jurisprudência, o que pode tornar inviável o modelo de negócios não apenas da Uber, mas de outros aplicativos de transporte, como o Cabify e o 99, e de entregas, como iFood e Rappi.
Decisões com base em caráter ideológico
Paradoxalmente, sob o pretexto de proteger o trabalhador, uma decisão como essa da Justiça do Trabalho poderá deixar o trabalhador sem opções e desempregado. É por causa de processos assim que há quem diga que a Justiça do Trabalho toma decisões com base em seu caráter ideológico e é muito protetiva em relação ao trabalhador.
Uma das principais reclamações feitas por críticos da Justiça do Trabalho é que as decisões ignoram o direito a pretexto de buscar uma “distribuição de renda”. Um exemplo disso ocorreu em março de 2017, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), defendeu a extinção da justiça especial.
Na época, o parlamentar afirmou que juízes tomam decisões “irresponsáveis” que levam pequenas empresas a quebrarem e que a Justiça do Trabalho “não deveria nem existir”.
O que os dados mostram sobre a Justiça do Trabalho
O estudo “As decisões da Justiça Trabalhista são imprevisíveis?”, realizado pelos pesquisadores Bruno Salama, Danilo Carlotti e Luciana Yeung, demonstrou que a percepção de que a Justiça do Trabalho toma decisões ideológicas está correta. Eles analisaram quase 130 mil processos julgados entre 2003 e 2016 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que abrange a Grande São Paulo e região. É a maior amostra de jurisprudências já realizada em uma pesquisa acadêmica no Brasil.
O resultado? Os pesquisadores descobriram que raramente as ações movidas pelos trabalhadores são julgadas improcedentes – apenas 11,45%. O valor médio das condenações às empresas nesse período foi de R$ 28.493,54.
“Nos casos analisados, parece claro que o reclamante sempre terá pedidos acolhidos pelo Judiciário. Ou seja, é previsível que o Judiciário dê provimento, pelo menos parcial, aos reclamantes”, escrevem os pesquisadores.
Isso significa que a Justiça do Trabalho é previsível: ela tende a dar ganho de causa ao empregado. Tanto que uma das pesquisadoras, Yeung, questiona se, perante tamanho viés, seria racional as empresas arcarem com despesas de advogados para responderem a essas ações.
O levantamento empírico apontou ainda que em mais de 99% das vezes o pedido de assistência judiciária gratuita feita pelos trabalhadores foi aceito pelos magistrados. “Apesar da gratuidade da justiça ser uma solução possível para garantir o livre acesso ao Judiciário dos mais pobres, como ela é concedida de forma irrestrita, a gratuidade pode induzir à litigância frívola e temerária”, afirma o advogado, professor e pesquisador Ivo Gico Jr.
Com a gratuidade quase assegurada, além de juízes que decidem previsivelmente a favor dos empregados, criou-se um conjunto de incentivos perversos para a litigância. “Pedir mais nunca é demais”, concluem os autores do estudo do Insper.
| Gazeta do Povo ( publicado em 29-08-2019) | | | | Taxa de desemprego caiu para 11,8% e atingiu 12,6 milhões de pessoas no trimestre, diz IBGE
A taxa de desemprego recuou no país, mas devido à criação de vagas no mercado informal, que bateu novo recorde.
O número de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, enquanto os trabalhadores por conta própria —cuja maior parte não tem CNPJ— chegaram a 24,2 milhões, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (30).
Os números são os mais altos já registrados pelo IBGE na série da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.
No período, a taxa de desocupação no Brasil caiu para 11,8%, o que representa 12,6 milhões de pessoas desempregadas, contra 12,5% no trimestre imediatamente anterior (fevereiro a abril de 2019).
“Desde o início da crise econômica a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal”, afirmou Cimar Azeredo, gerente da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE.
O total de empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada teve um aumento de 3,9% (441 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e de 5,6% (619 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
Já o número de trabalhadores por conta própria subiu 1,4% (343 mil pessoas) na comparação trimestral e 5,2% (1,2 milhão de pessoas) em comparação ao mesmo período do ano passado.
Segundo Azeredo, experiências de crises anteriores apontam que, quando o mercado de trabalho se recupera, o emprego informal cai, em vez de aumentar. Ou seja, o recorde da informalidade indica que o mercado de trabalho ainda não se recuperou, apesar da queda na taxa de desemprego.
Como vagas informais costumam pagar menos que as formais, um aumento no número de postos sem carteira reduz a média salarial da população. Segundo o IBGE, o rendimento médio real habitual do trabalhador chegou a R$ 2.286, contra R$ 2.311 nos três meses antes.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada marcou 33,1 milhões, estável em comparação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado.
O número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas também bateu recorde e chegou a 7,3 milhões de pessoas, com alta de 4,8% (337 mil subocupados) sobre o trimestre anterior e de 12,4% frente ao mesmo trimestre de 2018.
A população fora da força de trabalho ficou em 64,8 milhões de pessoas, enquanto o número de desalentados --aqueles que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego no período-- marcou 4,8 milhões.
A força de trabalho—pessoas ocupadas e desocupadas—é a maior da série histórica, estimada em 106,2 milhões, um aumento de 610 mil pessoas (0,6%) quanto ao trimestre anterior e de 2 milhões (1,9%) na mesma época no ano passado.
| Folha de S. Paulo | | | | Os dados mostram quem entre 2018 e 2019, mais de 1 milhão de pessoas passaram a trabalhar por conta própria
O número de trabalhadores autônomos bateu um recorde no trimestre entre maio e julho: foram 24,227 milhões de pessoas trabalhando por conta própria. Os dados apresentam um acréscimo de 343 mil trabalhadores nessas condições nesses três meses. Acredita-se que no ano todo, 1,192 milhão de pessoas tenham aderido a esse tipo de trabalho.
Os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) indicam que o trabalho sem carteira assinada também bateu um recorde no setor privado: 11,658 milhões. Houve um aumento de 619 mil vagas em um ano.
Entre os meses de maio e julho, 441 mil pessoas iniciaram um trabalho sem registro na carteira profissional.
| Gazeta do Povo | | | |
Grupo com ministros e magistrados será instalado nesta sexta para finalizar trabalho de Temer
O governo Jair Bolsonaro criou um grupo de trabalho com ministros, desembargadores e juízes para propor nova rodada de mudanças nas leis trabalhistas.
A iniciativa é da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O órgão integra o Ministério da Economia, de Paulo Guedes. O grupo de trabalho será instalado nesta sexta-feira (30), em São Paulo.
O objetivo é que membros do Judiciário auxiliem nos estudos de medidas na área de direito do trabalho e segurança jurídica, para que a proposta final tenho o menor volume possível de brechas para questionamentos legais.
O governo já fez propostas para alterar normas de segurança e saúde no trabalho e promover uma desburocratização. Também busca ampliar mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que passou por revisão durante o governo Michel Temer (MDB).
A reforma trabalhista de Temer está em vigor desde novembro de 2017. De lá para cá, não conseguiu ampliar a oferta de novas vagas, como prometeram alguns de seus defensores, mas reduziu de forma drástica a judicialização na área e desafogou a Justiça do Trabalho.
| Folha de S. Paulo | | | | Banco afirmou que pagará 60% do salário fixo do mês por ano completo trabalhado, limitado a 12
O Bradesco anunciou nesta quinta-feira (29) um PDV (Programa de Demissão Voluntária), o terceiro entre os grandes bancos brasileiros a adotar a medida nos últimos meses. Funcionários podem aderir entre 2 de setembro e 16 de outubro.
Itaú e Banco do Brasil já haviam proposto incentivos a seus funcionários para que deixassem a empresa, uma iniciativa para reduzir o número de empregados em meio a um processo de fechamento de agências e a necessidade de cortar custos com a queda da taxa de juros e a migração para serviços digitais.
O Bradesco não informou quantos postos pretende cortar, mas encerrou o segundo trimestre de 2019 com 99.198 funcionários, 1.500 a mais na comparação com junho de 2018. No mesmo período, o número de agências caiu de 4.700 para 4.581.
O PDV é voltado a profissionais com mais de 20 anos de casa. No caso daqueles que trabalham em agências, será preciso já estar aposentado ou perto de se aposentar.
Em comunicado ao mercado, o banco afirmou que pagará 60% do salário fixo do mês por ano completo trabalhado, limitado a 12. O trabalhador terá 18 meses de plano de saúde e odontológico e ainda receberá 6 meses adicionais do valor correspondente ao vale-alimentação.
O Bradesco afirmou que divulgará o custo com o PDV e o número de adesões apenas após o fim do prazo do programa.
O banco da Cidade de Deus gastou R$ 4,2 bilhões com salários fixos e benefícios apenas no segundo trimestre deste ano, uma alta de 6,8% na comparação com abril a junho de 2018.
O PDV ocorre apesar do discurso otimista do presidente do banco, Octavio de Lazari, com a recuperação da economia.
"Em 40 anos de mercado financeiro, nunca vivi com nível de taxa de juros tão baixo, inflação tão baixa e preços ancorados. Apesar de todas as dificuldades não dá para não ser otimista”, disse Lazari após a divulgação dos números do segundo trimestre.
O Banco do Brasil já fechou a sua reestruturação que levou ao desligamento de 2.300 funcionários. Diferentemente de um PDV tradicional, porém, só teve o pedido de demissão acatado o funcionário cuja vaga já havia sido fechada ou que tivesse um profissional de cargo equivalente para substituí-lo.
O BB estimou gasto de R$ 260 milhões em despesas com a adequação e economia anual de R$ 490 milhões a partir de 2020, o equivalente a 3% da despesa fixa com pessoal dos últimos 12 meses do banco.
O Itaú encerra o PDV nesta semana, mas também não divulgou previsão de economia e número de funcionários que esperava cortar. O maior banco privado do país emprega 85 mil colaboradores.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 29-08-2019) | | | | Teto de renda ou faturamento seria elevado para R$ 500 mil por ano
Para tentar acelerar a atividade econômica, o governo prepara medidas para elevar o uso do microcrédito no país. A intenção é ampliar já neste ano o público apto a usar a modalidade, voltada a pequenos empreendedores, e facilitar o acesso de beneficiários do Bolsa Família a ela.
O plano em discussão no Ministério da Economia é levar o assunto para decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) com objetivo de elevar o teto de renda e receita bruta do público que pode receber os empréstimos.
De acordo com o discutido hoje pelo governo, o teto de renda ou faturamento seria elevado para R$ 500 mil por ano (hoje, o limite é de R$ 200 mil).
O microcrédito é um tipo de empréstimo destinado às pessoas físicas que desejam abrir a própria empresa. Pode ser destinado também às pessoas jurídicas que têm intenções de ampliar o negócio ou investir em itens como novos equipamentos.
As vantagens em relação ao empréstimo tradicional são as taxas de juros mais baixas e a menor burocracia para a contratação. Por outro lado, o valor oferecido pelos bancos costuma ser menor. Na Caixa, por exemplo, a linha do microcrédito produtivo fica entre R$ 300 e R$ 15 mil. No BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o limite é de R$ 20 mil.
Em outra frente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, prepara a ampliação do percentual obrigatório a ser destinado pelos bancos ao chamado microcrédito produtivo orientado (ou MPO, modalidade que tem um conjunto de regras mais específicas, como um teto para a taxa de juros).
Atualmente, o piso a ser destinado ao MPO está fixado pela legislação desde 2003 em 2% da média dos saldos dos depósitos à vista captados pelas instituições.
As diretrizes do governo para o microcrédito incluem ainda ampliar a oferta e expandir garantias para a modalidade. Na visão do BC, o instrumento tem potencial de diminuir o índice de desemprego no país.
Também é discutido com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, uma forma de ampliar o programa de acesso ao microcrédito para beneficiários do Bolsa Família.
Desde 2017, a lei dá prioridade aos beneficiários de programas sociais no recebimento dos recursos. O objetivo da medida foi estimular a população de baixa renda a conquistar autonomia financeira ao obter renda suficiente para deixar o programa.
Além disso, o governo estuda ampliar a possibilidade de trabalhadores se tornarem microempreendedores individuais (MEI) e acessarem os recursos. Entre as categorias estudadas, está a dos vendedores ambulantes. Neste mês, motoristas de aplicativos passaram a ter essa possibilidade. Mais de 1,5 mil profissionais já se cadastraram como MEI, segundo o Ministério da Economia.
O governo tem feito um esforço para estimular o crédito de pequeno porte no país desde o primeiro semestre. Uma resolução aprovada pelo CMN em março aumentou os limites de renda anual do público-alvo de R$ 120 mil para R$ 200 mil. Além disso, o valor concedido nas operações passou de R$ 15 mil para R$ 21 mil.
| Folha de S. Paulo | | | | O presidente da República, Jair Bolsonaro, comemorou crescimento de 0,4% do PIB no segundo trimestre, resultado melhor que o esperado pelos analistas – mediana de alta de 0,2% em relação ao primeiro trimestre, segundo pesquisa do Projeções Broadcast. Ele classificou o resultado como “positivo”.
“Questão da nossa economia vem em função que começamos a recupera confiança perdida nos últimos anos”, declarou o presidente.
Ele ponderou que “obviamente, a economia tem de melhorar bastante”. E disse reconhecer o “árduo trabalho” que teria o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Precisamos de recursos”, disse Bolsonaro.
O presidente voltou a afirmar sobre o estado que encontrou o País. Disse que também havia problema “ético e moral”. “A agenda conservadora é tão criticada, mas é essencial, é a âncora, base de uma sociedade”, disse ele.
| Tribuna PR ( publicado em 29-08-2019) | | | | A FecomercioSP adotou tom cauteloso sobre o resultado do PIB no segundo trimestre, ressaltando que ainda há possibilidade de o País encerrar o ano com baixo nível de expansão da economia.
“O PIB do segundo trimestre foi positivo, porém, ainda insuficiente para a reversão da tendência de baixo crescimento da economia no ano”, disse a entidade por meio de nota.
Pela manhã, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro registrou alta de 0,40% no segundo trimestre ante o primeiro, resultado acima da mediana dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Na comparação com o segundo trimestre de 2018, o PIB apresentou alta de 1%, vindo igualmente acima da mediana das projeções (+0,80%).
“Deverá haver crescimento, afastando a hipótese de recessão, porém o ritmo tende ser muito abaixo daquelas expectativas que se formaram no final do ano passado, após as eleições”, afirmou a FecomercioSP.
| Tribuna PR (publicado em 29-08-2019) | | | | Desenvolvida especialmente para atender as necessidades de potência, velocidade de recarga e segurança que um veículo elétrico precisa, a linha de Estações de Recarga está disponível em três diferentes modelos: Wall, Parking e Station.
A WEG acaba de lançar sua linha de Estações de Recarga de Veículos Elétricos: WEMOB - WEG Electric Mobility. A companhia aproveitou o maior evento para o setor Solar da América Latina, a Intersolar 2019, para divulgar a novidade no Brasil.
Desenvolvida especialmente para atender as necessidades de potência, velocidade de recarga e segurança que um veículo elétrico precisa, a linha de Estações de Recarga está disponível em três diferentes modelos: Wall, projetada para residências e condomínios e com instalação em parede, Parking, desenvolvida especialmente para uso compartilhado em estacionamentos públicos e privados, como shoppings e praças, e Station, voltada para postos de recarga rápida.
As linhas estão disponíveis para recarga lenta, semirrápida e rápida, com potências de 7,4 a 150 kW.
Para a WEG, tradicional fornecedora de sistemas de tração elétrica para ônibus, caminhões, trólebus, trens, navios e embarcações, a entrada neste mercado de estações de recarga é de fundamental importância. “Os veículos elétricos são uma tendência mundial, e ter estações de recarga adequadas para todas as necessidades será indispensável nesse novo cenário. Estamos ampliando nosso portfólio de soluções para este segmento e nos preparando para atender as principais necessidades da mobilidade elétrica”, enfatiza Manfred Peter Johann, Diretor Superintendente da WEG Automação.
| CIMM | | | | Modelo V110 chega em 2020 em diferentes versões, todas com motor 3.9 turbodiesel
A New Holland Construction fez o pré-lançamento do rolo compactador V110, voltado à infraestrutura viária. A máquina terá versões com rolo liso ou com kit “pata de carneiro” como a da foto, neste caso para compactação de solos argilosos ou aterros sanitários. O motor turbodiesel 3.9 é fornecido pela FPT industrial. Produz 100 hp nas opções com cabine aberta e 110 hp se for fechada.
O compactador foi mostrado em uma feira do setor de construção e chega ao mercado na primeira metade do ano que vem. O tambor dianteiro tem 32 milímetros de espessura, a maior do mercado. Oferece maior confiabilidade e maior carga no eixo dianteiro, aumentando o poder de compactação. Opcionalmente, pode receber tambor de 25 mm.
Segundo a New Holland, as características do equipamento resultam em maior profundidade de compactação. “É uma máquina com excelente relação peso-potência, que privilegia a eficiência de compactação com baixo consumo de combustível”, afirma o gerente de produto da New Holland Construction, Edmar de Paula.
Outras características ressaltadas pela fabricante são a boa visibilidade, a poltrona giratória (em 90 graus), o ângulo de esterçamento (até 37 graus) e a junta de articulação em quatro pontos, de baixa manutenção.
| Automotive Business | | | | Última parte do programa de R$ 7 bi, R$ 2,4 bi serão aplicados para fazer SUV do Polo em São Bernardo
Ainda não foi desta vez que a Volkswagen anunciou seu novo plano de aportes no Brasil, como fez acreditar na semana passada a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, quando informou que o governador João Doria iria viajar à Alemanha para o anúncio de investimento no Estado de “uma empresa alemã do setor”.
Doria foi mesmo, acompanhado de seu secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, e do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. Mas o que eles ouviram na quinta-feira, 29, do chefe global de operações (COO) da marca VW, Ralf Brandstätter, e do presidente da empresa na América Latina, Pablo Di Si, não foi um novo investimento, mas a divulgação da destinação da última parte do programa de R$ 7 bilhões no período 2017-2020.
Em reunião na sede global da Volkswagen na Alemanha, em Wolfsburg, a empresa informou que destinará R$ 2,4 bilhões entre este ano e o próximo para modernizar e fazer um novo carro (versão SUV do Polo) em São Bernardo do Campo e ampliar a capacidade da planta de motores em São Carlos, ambas em São Paulo. Dessa forma, credencia o aporte às isenções tributárias previstas no IncentivAuto.
O governador Doria confirmou essa parte do investimento de fato deverá ser beneficiada pelo programa, criado pelo governo estadual no início deste ano, que prevê a concessão de descontos no ICMS de veículos fabricados no Estado envolvidos em investimentos acima de R$ 1 bilhão, com geração de no mínimo 400 empregos – o abatimento tributário começa em 2,25% e chega ao teto de 25% para quem investir acima de R$ 10 bilhões (caso da GM, primeira a aderir ao IncentivAuto, logo após ameaçar fechar ou reduzir suas duas fábricas no Estado).
O próprio Doria havia informado que investimentos em andamento também poderiam obter os benefícios do IncentivAuto, desde que estivessem em curso e ainda não tivessem sido finalizados antes do anúncio do programa, em março passado.
Portanto, o caso da Volkswagen se encaixa nessa possibilidade aberta pelo governador, pois o aporte é mais que o dobro do valor mínimo (deverá receber desconto progressivo pouco maior de 5%) e também envolve contratações – a empresa informa em comunicado ter efetivado 500 funcionários recentemente, 100 no departamento de engenharia e design e outros 400 em novas posições abertas nas linhas de montagem.
Com mais este aporte, as fábricas paulistas da Volkswagen vão somar R$ 5 bilhões recebidos desde 2017 – a primeira parte, R$ 2,6 bilhões, foi aplicada na planta de São Bernardo para produzir o hatch Polo e o sedã Virtus sobre a plataforma MQB. Outros R$ 2 bilhões foram direcionados no ano passado para fabricar o SUV T-Cross em São José dos Pinhais (PR). Tudo somado totaliza os R$ 7 bilhões do programa 2017-2020.
“A América do Sul é muito relevante para a Volkswagen. Em 2019, é o mercado que mais cresce para a marca no mundo, respondendo por cerca de 8% das vendas globais da marca. Por isso estamos reforçando o compromisso com o Brasil e a região”, declarou Ralf Brandstätter.
CARRO GLOBAL DESENVOLVIDO NO BRASIL
A Volkswagen informou que a maior parte dos R$ 2,4 bilhões será aplicada na Planta Anchieta, em São Bernardo, para modernizar algumas linhas e, principalmente, começar a produzir no País mais um modelo sobre a plataforma global modular do Grupo VW, a MQB. O carro é denominado pela empresa “New Urban Coupé”, que segundo informa a imprensa especializada será chamado T-Sport, previsto para ser lançado no mercado brasileiro em maio de 2020, conforme apurou a reportagem do UOL Carros em Wolfsburg.
Trata-se de uma versão SUV do hatch Polo, também definida na indústria como CUV (sigla de Compact Utility Vehicle), que fica posicionado em tamanho e preços logo abaixo do T-Cross. O veículo já estava previsto para ser fabricado no Brasil, incluído no atual programa de investimentos, e foi desenhado e projetado pela engenharia brasileira da empresa sobre a plataforma MQB. O carro será produzido também na Europa, na planta da companhia em Pamplona, na Espanha.
Os primeiros traços divulgados pela Volkswagen do New Urban Coupé a ser fabricado em São Bernardo: desenho assinado pelo brasileiro José Carlos Pavone para o novo projeto da engenharia brasileira da empresa
“É a primeira vez que a Volkswagen do Brasil irá exportar o conceito de um novo veículo desenvolvido 100% aqui e que terá abrangência global. O conceito New Urban Coupé tem design que alia esportividade uma posição de dirigir mais elevada, em uma receita única que representa um novo segmento. Será a democratização de um estilo hoje oferecido apenas em modelos premium”, afirma Pablo Di Si.
MAIS DESENVOLVIMENTO LOCAL
Segundo a Volkswagen, o novo carro é resultado direto do processo de regionalização promovido pela marca mundialmente desde 2016, que criou a divisão que compreende América do Sul, Central e Caribe e garantiu maior autonomia local para investir no desenvolvimento de produtos. A empresa também informa que produção do novo modelo na Planta Anchieta “só foi possível graças ao acordo coletivo com os empregados, por meio do sindicato dos metalúrgicos do ABC”.
Conforme comunicado da empresa, para reforçar o desenvolvimento de novos produtos, foram contratados mais 100 profissionais para as áreas de engenharia e design, que se somaram aos 850 existentes, superando assim as mil pessoas envolvidas diretamente na criação de veículos, como é o caso do novo produto, além de componentes, serviços e soluções diversas.
Exemplo do aumento de capacidade da engenharia local da Volkswagen é o novo sistema de infoentretenimento, desenvolvido pela empresa no País, que será lançado junto com o novo modelo no ano que vem. Cerca de 50 engenheiros trabalharam no projeto, que será exportado a partir do Brasil e estará em outras linhas de montagem pelo mundo, informa a Volkswagen.
Os investimentos em digitalização aceleraram os processos da engenharia. O novo veículo é desenvolvido desde o início com as ferramentas digitais que dão maior agilidade nas possíveis alterações de design e configurações, seguindo necessidades apontadas em clínicas com os clientes. A Volkswagen calcula que o sistema de prototipagem virtual adotado já reduziu em quase um ano o tempo de desenvolvimento do New Urban Coupé.
MODERNIZAÇÃO E AUMENTO DE CAPACIDADE
A Volkswagen afirma que o novo carro trará novos investimentos às linhas de produção da Anchieta, que atualmente fabrica Polo, Virtus e Saveiro e Saveiro Cross. Serão adotadas mais ferramentas da Indústria 4.0, como impressoras 3D, processos digitalizados, alto nível de automação e inteligência artificial.
Está no plano também a introdução de um novo conjunto de prensas para garantir maior produtividade. Com o novo equipamento, a empresa calcula que serão produzidas quatro vezes mais peças por minuto na comparação com a linha anterior. A troca das ferramentas de estampagem, que mudam dependendo do veículo ou da peça a ser produzida, também é reduzida de 45 para 5 minutos.
Uma parte dos recursos investidos irá para a fábrica de motores de São Carlos, que vai duplicar a linha de usinagem de virabrequins de 1 mil para 2 mil unidades diárias. A montagem final vai ganhar mais flexibilidade para aumentar a produtividade e atender a alta demanda pelos motores da família EA 211, com versões aspiradas e turbinadas.
| Automotive Business (publicado em 29-08-2019) | | | | De acordo com sindicato, intenção seria atingir cerca de 100 adesões na área de engenharia de produto
A General Motors abriu um Plano de Demissão Voluntária em sua fábrica de São Caetano do Sul (SP). O PDV teve início na quarta-feira, 28, e vai somente até a sexta, 30. De acordo com informações obtidas no sindicato dos metalúrgicos da cidade, o PDV pretende atingir a área de engenharia de produto. A intenção seria obter a adesão de cerca de 100 pessoas.
Questionada a respeito, a General Motors informa apenas que o PDV seria voltado “para algumas áreas funcionais alocadas em São Caetano do Sul com o objetivo de ajustar a estrutura às necessidades do negócio”.
A GM produz atualmente em São Caetano o Onix Joy (versão mais acessível), a minivan Spin, o sedã Cobalt e a picape Montada. Estes dois últimos têm vendas médias mensais pouco acima de mil unidades.
No entanto, a direção do Sindicado dos Metalúrgicos afirma que não há plano de abertura de PDV na área de produção de automóveis.
TERMINA O ESTADO DE GREVE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Depois de os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos (SP) entrarem em estado de greve na manhã de quinta-feira, 29, a direção da montadora reviu a sua posição e decidiu cumprir o acordo negociado com o sindicato local dos metalúrgicos em fevereiro deste ano.
Segundo a entidade, os trabalhadores entraram em estado de greve porque a empresa pretendia descontar os impostos sobre um abono de R$ 2,5 mil a ser pago na sexta-feira, 30. Durante a negociação no início do ano, a GM havia se comprometido a pagar o abono sem deduções, mas pretendia descumprir o acordo e já havia programado os descontos referentes ao INSS e ao Imposto de Renda.
| Automotive Business (publicado em 29-08-2019) | | | |
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