| 28 de ABRIL de 2020
Terça-feira
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Em 28/04/2020
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| | | | A edição de Novidades Legislativas nº 27, de 27 de abril de 2020, noticia a MP 958 publicada hoje, que desburocratiza e facilita o acesso ao crédito.
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| CNI | | | | Projetos que sugerem uso de inteligência artificial para detectar pessoas febris e uma triagem remota de pacientes estão entre os dez escolhidos na 3ª seleção de categoria financiada por SENAI, Embrapii e ABDI
O Edital de Inovação para a Indústria já selecionou 25 projetos da categoria Missão Covid-19, que vão receber R$ 24,5 milhões aportados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Na terceira etapa, foram escolhidas 10 propostas destinadas a prevenir, diagnosticar e tratar os efeitos do novo coronavírus.
Entre os aprovados está projeto da empresa Opto de desenvolvimento de uma plataforma de software de visão computacional e inteligência artificial para a detecção à distância de pessoas febris. O sistema vai utilizar câmeras termais para identificar pessoas com febre e enviar um alerta para que ela seja encaminhada aos serviços de saúde.
A ideia é que a plataforma monitore ambientes industriais e comerciais, permitindo uma retomada segura das atividades produtivas no país e maior controle da covid-19. O projeto será implementado em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, localizado em Santa Catarina.
A empresa Novus foi outra selecionada com projeto que busca reduzir a contaminação de profissionais de saúde durante a triagem de pacientes em centros de saúde. Será desenvolvido sistema com uso de câmeras e sensores de temperatura, frequência cardíaca, percentual de oxigênio no sangue, frequência respiratória e pressão arterial. A ideia também é que os dados obtidos na triagem alimentem bases de dados de hospitais com o perfil de pacientes e a classificação de risco, por meio de algoritmos de inteligência artificial, para ajudar na gestão das unidades.
Outra solução escolhida é o desenvolvimento de um revestimento antiviral de fácil aplicação, por meio de spray, baseado em nanopartículas de prata. O revestimento poderá ser aplicado em superfícies como maçanetas de portas, puxadores de armários, mesas e bancadas, balcões de atendimento, corrimões de escadas e corredores, entre outros. O projeto foi apresentado pela TNS Nanotecnologia e pela Paumar (WEG Tintas) e será realizado em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica, em Curitiba.
15 projetos já haviam sido selecionados
Nas duas etapas anteriores, já haviam sido escolhidos 15 projetos, que propuseram, entre outras medidas, o desenvolvimento de um sistema de desinfecção para transportes públicos com raios ultravioleta do tipo C (UV-C); a fabricação de um monitor de fácil manuseio para diagnóstico rápido de pacientes com deficiência pulmonar e a adaptação de ventiladores pulmonares veterinários para uso por humanos.
Ainda serão selecionadas propostas em uma quarta etapa. O Edital de Inovação para a Indústria vai investir, no total, R$ 30 milhões em projetos da categoria Missão Covid-19. Todas as ideias serão desenvolvidas na rede de 27 Institutos SENAI de Inovação e 60 Institutos SENAI de Tecnologia distribuídos pelo país.
“Neste momento precisamos somar esforços para ajudar no combate ao Covid-19. É essencial apoiar projetos do setor produtivo que possam contribuir com a atual situação de crise do coronavírus. A parceria entre Embrapii, ABDI e SENAI busca trazer bons projetos que apresentem solução de curto prazo. Como instituição ligada ao MCTIC e MEC, a Embrapii tem buscado apoiar o máximo possível a inovação na indústria”, afirma o diretor de Planejamento e Gestão da Embrapii, José Luis Gordon.
“Um dos diferenciais dos Institutos SENAI de Inovação é a capacidade de apoiar a indústria nacional a desenvolver soluções inovadoras de forma rápida e em escala nacional”, afirma o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. ”A rede conta com a parceria da Embrapii, que tem o mecanismo de financiamento de projetos inovadores mais ágil e desburocratizado do país, e da ABDI no fomento de projetos e na articulação de mecanismos de apoio à inovação. As parcerias são fundamentais para superarmos o grande desafio colocado pelo novo coronavírus”, completa.
“Nesta etapa da ação Missão Covid-19, a parceria SENAI-ABDI-Embrapii seleciona projetos robustos e de grande potencial para contribuir com as medidas de combate, diagnóstico da doença e tratamento dos pacientes. Em pouco tempo, as soluções poderão ajudar a conter a pandemia e trazer um cenário de maior segurança para os brasileiros”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.
Embrapii credencia Institutos do SENAI
A Embrapii também anunciou a seleção de mais três Institutos SENAI de Inovação para ingressar em sua rede. São eles: o Instituto de Biossintéticos e Fibras, o Instituto de Química Verde, ambos na cidade do Rio de Janeiro, e o Instituto de Materiais Avançados e Nanocompósitos, em São Bernardo (SP). As novas Unidades terão disponíveis R$ 18,7 milhões da Embrapii para PD&I em parcerias com empresas brasileiras.
A Embrapii financia até um terço de projetos de inovação de empresas brasileiras com recursos não reembolsáveis oriundos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; e da Educação. Aos valores da organização se somam a recursos das próprias unidades e as contrapartidas das empresas. A expectativa que o credenciamento de novas unidades gere R$ 56 milhões em novos projetos de PD&I com empresas.
As áreas de competência selecionadas têm alta demanda por inovação e de mercado e podem contribuir com o aumento da disponibilidade de produtos sustentáveis de padrão internacional no país, seja pela melhoria de processos ou pelo desenvolvimento de novas tecnologias.
A entrada de tecnologias em biossintéticos e fibras no hall de expertises da rede de Unidades Embrapii permitirá à indústria produzir soluções na área química e da biotecnologia industrial. A área de química verde, que permite a recuperação de rejeitos industriais, também está em consonância com o desenvolvimento de substâncias e processos químicos sustentáveis. Já a competência em materiais avançados permitirá aprimorar e criar produtos e processos que, por sua vez, possam gerar redução de custos, tecnologias mais avançadas e sistemas mais produtivos.
Ao serem credenciados na rede, os Institutos podem oferecer à indústria, além da possiblidade de financiamento não reembolsável, a experiência no acompanhamento em todas as fases do projeto e na gestão de riscos. Desde sua fundação, a Embrapii já fechou 900 projetos no valor total de R$1,45 bilhão. Com o novo resultado, chegam a 44 o número de Unidades credenciadas.
Estes são os projetos selecionados pelo Edital de Inovação para a indústria na terceira etapa:
SENAI atua em quatro frentes
O SENAI pôs sua infraestrutura a serviço do combate à pandemia de coronavírus em quatro frentes: 1) detecção e diagnóstico, por meio do apoio à maior produção de testes para detecção do vírus; 2) prevenção, com ajuda à fabricação de equipamentos de proteção individual (EPI); 3) tratamento de doentes, ao trabalhar na manutenção de respiradores mecânicos parados e 4) apoio à fabricação e desenvolvimento de novos equipamentos.
Os Institutos do SENAI possuem pesquisadores qualificados, equipamentos e infraestrutura de vanguarda para desenvolvimento de produtos e processos inovadores, assim como para a oferta de serviços de consultoria e metrologia. Desde que a rede de 27 Institutos SENAI de Inovação foi criada, em 2013, mais de R$ 1 bilhão foram aplicados em 1.086 projetos concluídos ou em execução.
A estrutura conta com mais de 700 pesquisadores, sendo que cerca de 44% possuem mestrado ou doutorado. Atualmente, 12 centros são unidades Embrapii, e têm verba diferenciada para financiamento de projetos estratégicos de pesquisa e inovação. A rede de 60 Institutos SENAI de Tecnologia, que começou a ser implantada nos anos 1990, possui corpo técnico de cerca de 1.200 especialistas e consultores que prestam serviços buscando melhorar a qualidade de produtos e serviços, a produtividade e a competitividade dos negócios.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
| CNI (publicado em 27-04-2020) | | | | Durante a transmissão ao vivo feita para atualizar os números do coronavírus em Curitiba, nesta segunda-feira (27), a secretária da saúde, Márcia Huçulak, reprovou a atitude de curitibanos que se aglomeraram em praças, parques, bares e participaram de festas no último fim de semana. "O impacto do que aconteceu neste fim de semana será sentido daqui a duas semanas", afirmou.
“Ficamos assustados com a atitude das pessoas, em bares, festas rave, parques. Isso não está permitido. Nenhuma medida liberou a moçada a sair para o parque, fazer churrasco ou balada”, declarou a secretária em tom preocupado.
A médica infectologista do município, Marion Burger, reforçou que, embora a maior parte dos participantes desses eventos seja jovem, a atitude coloca em risco a saúde de todos. "O que preocupa é que muitas vezes não são as pessoas que participam das festas que vão sentir o efeito, mas sim as pessoas para quem elas transmitem. Ao chegar em casa, esses jovens entram em contatos com pais e até mesmo avós que podem ter doenças crônicas e acabarem desenvolvendo um caso grave de Covid-19", afirmou.
Em vídeo gravado, o prefeito Rafael Greca (DEM) reforçou a reprimenda. “Não estamos vivendo um período de férias ao sol, nem de lazer prolongado. Estamos vivendo uma prolongada estiagem e uma pandemia. Estamos com grave dificuldade. Se a pandemia em Curitiba tem um índice abaixo da curva, é porque por trás disso há um grande esforço coletivo e uma inteligente postura da maioria da população”, declarou.
“As imagens desse último final de semana, nos gramados do Museu Oscar Niemeyer, no Bosque Joao Paulo II, somadas as imagens do entorno do Parque Barigui e algumas praças do conjunto Itatiaia no Sítio Cercado e Ganchinho, e notícias preocupantes de eventos privados no Ganchinho nos causam gravíssima apreensão”, diz o prefeito.
A secretária da saúde e o prefeito também lamentaram a primeira morte por coronavírus de um profissional de saúde em Curitiba, ocorrida no domingo (26): a técnica de enfermagem de 40 anos, Valdirene Aparecida Ferreira dos Santos. A Prefeitura decretou luto oficial.
| Gazeta do Povo (publicado em 27-04-2020) | | | | Quase um terço dos leitos para pacientes de Covid-19 estavam ocupados ontem, segundo a Sesa
Nos últimos dias, cenas diversas registradas em Curitiba chegam a dar a sensação de que a cidade está retornando à normalidade. Enquanto boa parte do mundo está em confinamento, na capital paranaense, em pleno domingo, teve uma loja de móveis lotada no bairro Novo Mundo por conta de uma promoção, bares cheios pela cidade e o gramado do Museu Oscar Niemeyer (MON) tomado por jovens que sequer usavam máscara de proteção em meio à pandemia do novo coronavírus.
Os episódios não chegam a surpreender, se considerado que o respeito ao isolamento social vem caindo na cidade e no estado. Entre o final de março e o começo de fevereiro, mesmo em dias de semana mais da metade dos curitibanos e dos paranaenses vinham respeitando o confinamento.
Entre os dias 23 e 29 de março (segunda a domingo), por exemplo, o índice de isolamento social na cidade variou entre 52% e 65,6%. Na última semana, na quinta-feira, já estava em 40,97%. No sábado, última data com dados disponíveis, ficou em 45,67% na Capital e 46,6% no Estado.
Ao mesmo tempo em que os índices de isolamento social caem, entretanto, a taxa de ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está aumentando. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) o Paraná possui 2.002 leitos UTI adulto, sendo 1.218 do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os leitos da rede pública, a taxa de ocupação já está em 83% no estado.
Considerando-se apenas os leitos para Covid-19, são 564 em todo o estado, dos quais 184 estão ocupados (30% de taxa de ocupação). Dos internados, 86 pacientes já tiveram confirmação por meio de exame de que foram contaminados pelo novo coronavírus. Pode até parecer pouco, mas no começo do mês havia apenas 21 pacientes com Covid internados na UTI, o que aponta para um crescimento de 309,5% entre os dias 1º e 27 de abril – os dados da Sesa repassados à reportagem foram atualizados em 27 de abril, às 13 horas.
Sobre o isolamento
Conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Roberto Issamu Yosida, um dos grandes “problemas” do isolamento social é que, quanto mais ele funciona, mais parece que era desnecessário. Dessa forma, quando as medidas estão funcionando, as pessoas não veem as estatísticas aumentarem como seria esperado e se sentem seguras para “retornar à normalidade”. Contudo, um passo em falso num momento como esse pode custar caro, muito caro.
“Com isolamento social, teremos mais tempo para atender as pessoas. Os nossos hospitais, que estão sempre cheios, se encherem ainda mais por Covid, vai ter aumento da mortalidade por outras doenças. A pessoa vai infartar, bater o carro, ter um derrame, e não vai ter onde ser atendido”, reforça o infectologista Jaime Rocha.
‘Irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio’, diz Greca
Também na live de ontem na página da Prefeitura de Curitiba, o prefeito Rafael Greca se pronunciou sobre os episódios do último final de semana e ressaltou que a Guarda Municipal está autorizada a agir para evitar aglomerações de pessoas. Em sua fala, o prefeito disse e repetiu, mais de uma vez, que o novo coronavírus mata. Sobre os casos recentes de desrespeito ao isolamento social, comentou que “isso é irresponsabilidade. E irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio”.
“Renovo meu veemente apelo para que não relaxem no isolamento social com responsabilidade. Não vamos sair caçando pessoas a laço nem vamos revogar o direito de ir e vir. Nós recomendamos e suplicamos que se esforcem com corresponsabilidade, usando máscara, em fazer o bem para todos os seus semelhantes e a si próprios.
Não estamos vivendo período de férias ao Sol nem de lazer prolongado. Estamos vivendo uma prolongada estiagem e um tempo de pandemia. Estamos com grave dificuldade. Se a pandemia em Curitiba tem um índice abaixo da curva, é porque detrás disso existe um grande esforço coletivo, uma inteligente postura da maioria da população, felizmente, que até aqui impediram, que o vírus tivesse circulação ativa”, disse o prefeito.
Desde o início do mês, foram 12.230 pessoas orientadas pela GM em Curitiba. Além disso, fiscais do Urbanismo têm desenvolvido um trabalho voltado para estabelecimentos comerciais, no intuito de inibir excessos.
Curitiba registra 17ª morte por Covid-19; casos chegam a 535
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou ontem mais uma morte de morador de Curitiba com infecção pelo novo coronavírus. A vítima é um homem de 81 anos, doente renal. Este foi o 17º óbito desde o início da pandemia em Curitiba, em 11 de março. O boletim também registrou 26 novos casos de covid-19 em moradores da capital. Com a atualização, Curitiba chega a 535 casos confirmados.
Já o informe divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde registrava 30 novos casos da Covid-19 no Paraná, mais 71 pessoas recuperadas e dois óbitos decorrentes da doença. O Estado soma agora 1.186 pessoas que tiveram confirmação da doença, das quais 753 estão recuperadas e liberadas do isolamento e 75 faleceram.
Atualmente 71 pacientes com covid-19 estão internados em hospitais da cidade, 40 em UTIs, sendo 17 precisando do auxílio de ventilação mecânica (respirador).
O boletim do Ministério da Saúde registrou 66.501 casos de coronavírus e 4.543 mortes da doença no Brasil até as 14 horas de ontem, segundo informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde de todo o país. Em 24 horas (em relação ao boletim de domingo), foram 4.613 casos novos e 338 novos óbitos. Existem ainda 1.136 óbitos que estão em investigação.
| Bem Paraná ( publicado em 27-04-2020) | | | | As regiões Sul e Sudeste ainda não atingiram o pico de casos contaminados pela pandemia do novo coronavírus, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira. Estimativas do governo apontavam que a pandemia atingiria o ápice entre o fim e abril e o início de maio.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, explicou que o País é grande e disse que as estimativas consideram modelos matemáticos que não são infalíveis. "O País é heterogêneo", disse, em entrevista coletiva.
Apesar de não cravar uma previsão, Wanderson ressaltou que a maioria das contaminações por doenças respiratórias costumam ocorrer nas semanas epidemiológicas 22 a 27 no Brasil. Hoje, o País está na semana 20, segundo ele.
O secretário disse ainda que a campanha de vacinação contra a gripe teve forte adesão e pode ser considerada bem sucedida pelo governo. Embora sejam doenças distintas, a vacinação contribui para reduzir internações em hospitais.
| Bem Paraná ( publicado em 27-04-2020) | | | | Estudo conta com recomendações para seis áreas prioritárias nos negócios, que podem ser executadas durante os 100 primeiros dias da crise
A empresa de auditoria e consultoria Deloitte divulgou recentemente uma plano de ação para auxiliar empresas na continuidade dos negócios em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus. O estudo conta com recomendações para seis áreas prioritárias e que podem ser executadas durante os 100 primeiros dias da crise.
"Os impactos do coronavírus levaram à uma crise sem precedentes. Embora muitas empresas tenham comitês de crise e áreas de risco para lidar com situações de emergência, era impossível prever a dimensão desta pandemia e seus impactos sociais e na saúde das pessoas", afirma Rolando Fragoso, sócio da Deloitte para a crise de covid-19. "O plano de 100 dias foi pensado como um modelo de gestão para a crise do coronavírus, que envolve principalmente as áreas financeiras e de capital humano e permite que as empresas se organizem para atravessar essa fase aguda da crise."
O estudo engloba as frentes de governança da crise, gestão de pessoas, impactos financeiros, cadeia de suprimentos e operações, clientes e receitas e tecnologias e meios digitais.
De acordo com a consultoria, o plano pode ser executado em três fases:
- A primeira, chamada de resposta, recomenda que a empresa prepare e gerencie a continuidade do negócios em meio à crise;
- A segunda é focada na recuperação do negócio e envolve as áreas críticas e ações necessárias.
- A última é a fase de sustentação, na qual a empresa pode planejar a volta à normalidade em um novo contexto.
Para Luis Rezende, sócio de consultoria tributária da Deloitte, toda a cadeia que compõe a empresa, como fornecedores e funcionários, precisam compreender que o momento é atípico e de grande desafio. "É preciso entender que essas ações visam preservar um bem maior, que é a preservação de empregos e continuidade dos negócios. Por isso, é essencial a colaboração entre todas as áreas", explica.
Rolando Fragoso ressalta que existem uma série de alternativas que as empresas podem adotar em meio à crise que não sejam a demissão de profissionais. "Se a primeira resposta da empresa for o corte de funcionários, isso pode trazer impactos negativos lá na frente, e fazer com que a empresa não consiga a recuperação necessária para sair da crise."
Outra recomendação é que as empresas estabeleçam planos de sucessão e prevenção para lideranças e equipes técnicas, revisem as políticas de licenças, viagens, mobilidade local e global, e se comuniquem com a frequência necessária, nos momentos necessários e de forma transparente com as equipes.
Impactos financeiros
Entre as recomendações para lidar com os aspectos financeiros da pandemia, os especialistas destacam a aquação entre receita, custo e resultado na gestão dos impactos financeiros. Além disso, o estudo também aconselha a negociação de termos e alternativas de financiamento mais flexíveis e de curto prazo com credores.
"É importante a atenção constante no 'caixa' da empresa e nos recursos necessários para enfrentar a crise", afirma Rezende. "Além disso, as empresas precisam rever as despesas operacionais e de investimento, focando no que é necessário para a sobrevivência. Tudo o que não for imprescindível precisa ser deixado de lado."
| Época Negócios | | | | País registrou 338 vítimas, totalizando 4.543 óbitos
O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (27) que o Brasil registrou 338 mortes pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) nas últimas 24 horas, totalizando 4.543 óbitos.
O número de vítimas diárias é maior do que o registrado na Itália hoje, quando, em termos absolutos, o país europeu teve 333 mortes em um dia, elevando o total para 26.977. A taxa de letalidade no território brasileiro é de 6,8%.
Ao todo, o Brasil somou 66.501 casos confirmados da Covid-19, com 4.613 infecções em um dia, um crescimento de 7,4% em relação ao último balanço do governo. Ontem (26), o total de contaminados chegava a 61.888, com 4.205 mortes confirmadas.
Em relação às vítimas, ocorreu um crescimento de 8%. No entanto, os dados sobre os falecimentos não significam necessariamente que as pessoas morreram nas últimas 24 horas, já que o governo tem acrescentado ao balanço os óbitos ocorridos dias atrás.
De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos 27.531 pacientes estão em acompanhamento médico, enquanto 30.152 já se recuperaram. Além disso, 1.322 mortes permanecem em investigação.
São Paulo continua sendo o epicentro da doença no país. O estado tem o maior número de casos: são 21.696 até o momento. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (7.944), Ceará (6.726), Pernambuco (5.358) e Amazonas (3.928).
Já em relação ao número de mortes, São Paulo também lidera o ranking, com 1.825 óbitos. As mortes devido ao novo coronavírus também foram registradas no Acre (14); Alagoas (34), Amapá (26); Amazonas (320); Bahia (76); Ceará (390); Distrito Federal (27); Espírito Santo (57); Goiás (26); Maranhão (125); Mato Grosso (10); Mato Grosso do Sul (9); Minas Gerais (62); Pará (114); Paraná (75); Paraíba (50); Pernambuco (450); Piauí (20); Rio Grande do Norte (45); Rio Grande do Sul (42); Rio de Janeiro (677); Rondônia (10); Roraima (4); Santa Catarina (43); Sergipe (10); Tocantins (2).
Apesar do aumento no número de óbitos, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, disse, durante coletiva de imprensa, que não haverá “medida intempestiva” contra o isolamento social, principal medida adotada pela maioria dos países em todo o mundo contra o avanço da doença.
| Época Negócios ( publicado em 27-04-2020) | | | | Como as diferenças geracionais impactam na gestão de uma empresa familiar? Foi com o objetivo de entender os principais desafios da próxima geração de líderes – os chamados NextGens – de empresas criadas e gerenciadas por famílias que a PwC entrevistou representantes de quase mil empresas do tipo em 69 países diferentes. No Brasil, foram 41 entrevistados, o que permite um recorte da pesquisa que mostra diferenças do país com relação à média global.
Intitulada "Agentes de mudança: como conquistar sua licença para operar", a pesquisa mostra que digitalização das empresas é a principal prioridade das empresas de modo mundial. 72% dos brasileiros acreditam poder contribuir para adequar a empresa à era digital.
Dentro do investimento na digitalização, as duas tecnologias apontadas como essenciais pelo grupo são a inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT), que lideram a categoria tanto no Brasil quando em outros países. Entre as menos interessantes, estão os drones e a impressão 3D.
Ao contrário do cenário global da pesquisa, o Brasil tem em sua maioria líderes mulheres: elas são 57%, enquanto no mundo são apenas 36%.
Em sua maioria, foram seus pais que fundaram as empresas: 53% pertencem à segunda geração de líderes; 30% à terceira geração e 17% à quarta. Além disso, 47% deles têm mais de 35 anos.
A pesquisa subdivide os líderes em quatro tipos de perfil: transformadores (que assumem a tarefa de promover mudanças significativas na empresa), guardiões (que garantem a sustentabilidade da empresa a longo prazo), intraempreendedores (que empreendem dentro da própria empresa familiar) e empreendedores (que criam um novo negócio independente da empresa familiar, normalmente levando a uma carreira solo).
No Brasil, 39% são transformadores (contra 46% no mundo), 29% guardiões (contra 26%), 21% (contra 8%) empreendedores e 11% intraempreendedores (contra 20%).
Para Carlos Peres, sócio da PwC Brasil, o número expressivamente maior de empreendedores no país denota uma importante diferença no perfil das próximas gerações. "
No Brasil, há uma parte expressiva de NextGens que querem sair do empreendimento da família e tocar a própria vida com carreira solo. Aqui, a próxima geração de líderes é menos preocupada com o legado familiar", interpreta. "Esse vínculo é muito maior em outros países".
A pesquisa, realizada no fim de 2019, foi a maior do tipo já realizada pela empresa. Mais informações podem ser encontradas no site da PwC."
| Gazeta do Povo ( publicado em 27-04-2020) | | | | Interpretada com foco apenas nos riscos, a proteção aos dados é um impedimento à ciência
Na sexta (24), a ministra Rosa Weber suspendeu a aplicação da medida provisória 954, que determinava o repasse da relação dos números de telefone, pessoas físicas ou jurídicas, pelas companhias de telefonia ao IBGE. Em sua decisão, a ministra cita possíveis danos irreparáveis à intimidade e ao sigilo da vida privada dos usuários desse serviço.
O uso de dados, especialmente os pessoais, envolve questões éticas e exige cuidado. Mas qual o limite da privacidade como direito absoluto, sem que se ponderem, com os riscos, os possíveis benefícios que o uso deles pode trazer?
Vários países agora discutem, por exemplo, o uso de dados de telefonia móvel para monitorar a rede de contato dos indivíduos infectados pelo novo coronavírus.
China e Coreia do Sul mostraram que o monitoramento incisivo das pessoas foi ferramenta importante no controle da epidemia, ainda que a privacidade tenha se perdido no caminho. O trade-off entre privacidade e vidas é evidente.
Em xeque está a discussão sobre a finalidade do uso da informação pessoal e como possíveis riscos de vazamento ou uso indevido podem ser minimizados. O fiel da balança equilibra riscos individuais e benefícios coletivos.
No pedido feito pelo IBGE, a finalidade do uso dos dados era distinta e específica: coleta remota de dados, via telefone, durante a pandemia. Não seriam solicitados às companhias telefônicas a localização em tempo real dos usuários, as ligações efetuadas por eles ou o conteúdo de suas mensagens.
Com a decretação das medidas de isolamento social, muitas coletas de dados foram interrompidas, justamente no momento em que a necessidade de informações para a tomada de decisões torna-se crítica. O vírus é novo, e seus impactos econômicos e sociais precisam ainda ser conhecidos e estudados.
Fica assim estabelecido que os benefícios eram óbvios, claros e relevantes. E os riscos? Um seria o de que o próprio IBGE usasse as informações com outro propósito, que poderia ter sido minimizado se o instituto tivesse fornecido, com o pedido dos telefones, o plano de uso detalhado deles.
Outro, mais importante, os dados poderiam não estar seguros dentro do IBGE, órgão de estatísticas oficial do país, que goza de credibilidade, estrutura e conhecimento para armazenamento e uso de dados sensíveis, já que gerencia outros inquéritos populacionais com informações pessoais.
Na verdade, o pedido do IBGE revela situação muito mais preocupante sobre a gestão e o compartilhamento de informações entre esferas de governo. A grande surpresa nesse episódio foi a constatação de que o IBGE ainda não tem informações sobre os telefones dos cidadãos e empresas, quando a maioria dos governos do mundo já os utiliza em seus inquéritos remotos, obtidos através de registros administrativos próprios, sem intermédio de companhias de telefonia privadas.
Aqui, a ampla gama de cadastros --como o Cadastro Único, o Cadastro Nacional de Informações Sociais, os registros da Receita Federal, os Censos Escolares-- se mostrou insuficiente, seja porque a base não é ampla o suficiente, porque os dados não conversam entre si, ou porque as esferas governamentais não o compartilham.
Se a lei de proteção de dados se aplica com esse rigor ao órgão de estatísticas oficial do país, sem ponderar o benefício que novas informações vão trazer para pesquisas científicas, para a formulações de políticas públicas e a favor das pessoas e da sociedade, é preciso urgentemente repensá-la.
Interpretada em sua forma literal, com foco apenas nos riscos, a proteção aos dados é um impedimento à ciência e ao livre acesso à informação. Cria monopólios e impede a justa contestação de ideias. A Justiça, que deve ser cega, não pode nos deixar em completa escuridão em momento tão urgente.
Cecilia Machado - Economista, é professora da EPGE (Escola Brasileira de Economia e Finanças) da FGV.
| Folha de S.Paulo | | | | Receitas com tarifas recuaram pela primeira vez desde 2010 por redução de consumo na pandemia
O Santander emprestou 20% a mais no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com igual período de 2019, o que levou o lucro do banco a um salto de 10,5% no período.
O banco de origem espanhola é o primeiro a divulgar os resultados sob o coronavírus e fechou o período com lucro líquido foi de R$ 3,9 bilhões.
A carteira de crédito do banco aumentou 21,8% de janeiro a março, a R$ 378,5 bilhões, montante recorde emprestado pelo banco e o maior crescimento para a carteira pelo menos desde 2014. O salto mais expressivo, porém, foi para grandes empresas —um aumento de 34%, em linha com que os bancos e o Banco Central vinham sinalizando.
Logo do Santander
Santander registra alta de 10,5% no lucro do primeiro trimestre de 2020 - Edgar Garrido/Reuters
Desde que a pandemia de Covid-19 ganhou força, grandes empresas teriam sacado recursos pré-aprovados nas instituições financeiras, o que, segundo os bancos, teria deixado negócios de pequeno e médio porte com menor disponibilidade de recursos.
O balanço do Santander mostrou que a alta de crédito para pequenas empresas foi de 24,9%.
Em relatório, o Santander afirmou que observou uma maior procura por liquidez em função da pandemia do coronavírus.
“Acreditamos que para as empresas de menor porte, que serão mais impactadas nesse primeiro momento, as soluções propostas tais como a linha de crédito para financiamento da folha de pagamento e o adiamento de contratos para carência de pagamentos, deverão colaborar na organização financeira dessas empresas”, afirmou o banco.
Já para o segmento pessoa física, o crescimento no crédito foi de 15% —concentrado em crédito imobiliário e consignado, que os bancos tendem a privilegiar em períodos de crise.
O resultado do aumento nas concessões de crédito foi o crescimento da margem financeira (a principal receita dos bancos, gerada com operações de crédito), que subiu 12,1% em comparação aos primeiros três meses de 2019, para R$ 12,7 bilhões.
Bancos relataram também que os juros estavam aumentando devido à escassez de recursos frente à forte demanda, o que ajuda a sustentar a alta na receita dos bancos.
O Santander chegou a estimular clientes a usarem mais o cartão de crédito, com aumento de 10% no limite para gastos. No entanto, a demanda caiu, limitando não só os ganhos com empréstimos nessa linha, mas também as receitas com tarifas. É a primeira queda nessa fonte de receitas do banco desde 2010, quando é feita a comparação anual.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a baixa nas receitas com prestação de serviços e tarifas foi de 1%. Ante o trimestre de outubro a dezembro de 2019, que concentra as vendas de Natal e Black Friday, o tombo foi de 6,7% –a pior desde 2016, quando registrou queda de 7,04% nos primeiros três meses daquele ano.
“Dentro do atual contexto da pandemia de Covid-19, houve uma desaceleração no volume transacionado com os nossos cartões a partir da segunda quinzena de março”, afirmou o banco em relatório divulgado nesta terça-feira (28).
Outro indicativo de que o coronavírus começa a afetar os resultados das instituições financeiras é o salto nas provisões para cobrir possíveis calotes. Houve um aumento de 18,7% nas despesas com essa linha.
Apesar do aumento das reservas contra possível aumento da inadimplência, os atrasos acima de 90 dias fecharam o trimestre praticamente estáveis, em 3%.
Logo que começou a crise de Covid-19, grandes bancos anunciaram a rolagem automática da dívida de seus clientes, o que, na prática, ajuda a manter os atrasos estáveis mesmo que consumidores não estejam conseguindo pagar seus créditos contratados.
| Folha de S. Paulo | | | | Deflação de 0,01% foi influenciada por queda no preço dos combustíveis
A prévia da inflação de abril registrou queda de 0,01% e marcou o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994, informou nesta terça-feira (28) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A variação foi influenciada pela redução de 5,76% nos preços dos combustíveis, com recuo de 5,41% nos preços da gasolina, 9,08% do etanol e 4,65% do óleo diesel.
Em 2020, principalmente a partir do mês de março, a Petrobras anunciou cortes no preço da gasolina, em resposta à redução das cotações internacionais do petróleo em meio à escalada do Covid-19 pelo mundo.
A queda nos preços dos combustíveis foi acompanhada pelo crescimento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. O período de redução coincide com o aumento do número de contaminados e mortos no país.
Na semana passada, pela primeira vez desde ao menos 2005, a gasolina estava sendo vendida nas refinarias da estatal por menos de R$ 1 por litro, considerando a correção dos valores históricos pela inflação.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço da gasolina nas bombas já havia caído 10% em 2020, para um valor médio, no Brasil de R$ 4,095 por litro.
O preço do etanol também vem despencando nas usinas. Nas bombas, o produto era vendido, no meio de abril, em média no país, a R$ 2,796 por litro, 11% a menos do que no fim de 2019.
De acordo com o IBGE, a taxa da prévia da inflação divulgada nesta terça é 0,03 ponto percentual abaixo da registrada no mês passado, que marcou 0,02%.
A queda nos combustíveis fez com que o grupo Transportes, que tem o maior peso no consumo das famílias, caísse 1,47%.
Outros itens que fazem parte do grupo e sofreram redução foram o transporte por aplicativo, com queda de 3,11%, o aluguel de veículos, com diminuição de 7,68%, e o seguro voluntário de veículo, retração de 2,74%.
Outro grupo a apresentar queda mais intensa foi o de Artigos de residência, com 3,19%, puxado pelas quedas em eletrodomésticos e equipamentos e artigos de TV, som e informática, cujos preços haviam subido nos dois meses anteriores.
Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas sofreu variação de 2,46% e impacto de 0,48 ponto percentual na prévia da inflação de abril, destaque para a alimentação no domicílio, com alta de 3,14%.
Entre os alimentos que mais subiram estão a cebola (35,79%), o tomate (17,01%), a batata inglesa (21,24%) e a cenoura (31,67%).
Segundo o IBGE, seis das 11 regiões pesquisadas tiveram deflação em abril, com menor resultado em Goiânia (-0,52%), incentivado pela queda no preço dos combustíveis.
Já o maior registro foi no Rio de Janeiro (0,61%), pelo impacto da variação na energia elétrica, que sofreu reajustes aplicados nas tarifas residenciais de duas concessionárias.
A divulgação desta terça marcou uma mudança no sistema de coleta de dados do IBGE por causa da pandemia do novo coronavírus. O instituto suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços, que passaram a ser pesquisados por outros meios, como internet, telefone ou e-mail.
| Folha de S.Paulo | | | |
Veja tira-dúvidas sobre como funciona o acordo de redução da jornada e o que deve ser respeitado; governo autorizou que empresas diminuam salários em 25%, 50% ou de 70% por até 90 dias.
Já está valendo a MP que autoriza a redução da jornada e dos salários em até 70%
O governo federal anunciou uma série de medidas na área trabalhista para enfrentar os impactos da pandemia de coronavírus nas atividades econômicas e tentar preservar os empregos e a renda dos trabalhadores com contratos CLT. Entre elas está a medida provisória 936, que entrou em vigor no dia 1º de abril e permite a redução da jornada com corte de salário, além da suspensão de contratos de trabalho.
A redução do salário pode ser de 25%, 50% ou de 70% e pode vigorar por até 90 dias. Já a suspensão do contrato pode durar até 60 dias.
Veja perguntas e respostas
- Posso ser demitido estando no programa?
- Como fica a jornada de trabalho
- Como ficam comissões e gorjetas
Quem tiver a jornada e o salário reduzidos ou o contrato de trabalho suspenso receberá um auxílio proporcional ao valor do seguro-desemprego. Por exemplo, quem tiver uma redução de 50% por parte da empresa no salário e na jornada vai receber 50% do salário e uma parcela de 50% do que seria o seu seguro-desemprego caso fosse demitido - veja mais detalhes abaixo.
Mas e se a empresa implantar a redução de jornada e salário, mas na prática o funcionário não tiver a diminuição das horas de trabalho e ainda assim receber a remuneração menor? O que o empregado deve fazer se o acordo não for respeitado? Como calcular a jornada reduzida?
Veja abaixo o tira-dúvidas sobre o assunto com os advogados trabalhistas Ricardo Pereira de Freitas Guimarães, do escritório Freitas Guimarães Advogados Associados, Bianca Canzi, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, e Fernando de Almeida Prado, sócio do BFAP Advogados:
Quando a jornada é reduzida em 25%, 50% ou 70%, o funcionário deve trabalhar exatamente o que diz no acordo?
Bianca Canzi: Quando ocorre a redução da jornada, o trabalhador deve seguir exatamente o que está descrito no acordo. A redução de jornada deve ocorrer na mesma proporção à redução de salário, ou seja, se o salário foi reduzido a 70%, a jornada de trabalho também será reduzida na mesma proporção.
Fernando de Almeida Prado: Teoricamente, sim. Caso haja trabalho acima disso, pode haver necessidade de pagamento de horas extras.
- Em uma jornada de 8 horas por dia, se houver redução na jornada de 25%, cairia para 6 horas or dia. Assim, a partir da 7ª hora de trabalho, haveria trabalho em horas extras.
- Da mesma forma, na hipótese de redução em 50%, a jornada seria de 4 horas diárias. A partir da 5ª hora diária, o trabalho entraria como hora extra.
- Na hipótese de redução em 70%, a jornada diária seria de 2h24 por dia. A partir desse minuto, se iniciaria o trabalho como horas extras.
- No caso de apuração de horas extras levando em conta o número de horas semanais, as horas extras começam a partir das 33 horas semanais para jornada padrão de 44 horas com redução de 25%; a partir das 22 horas semanais para jornada de 44 horas com redução de 50%, e a partir das 13h12 para jornada padrão de 44 horas com redução de 70%.
Como o funcionário pode calcular as horas trabalhadas antes do acordo e como ficam com a redução? É só somar as horas e tirar a porcentagem que foi acordada?
Fernando de Almeida Prado: Sugiro utilizar a jornada semanal (44 ou 40 horas, dependendo da categoria) e aplicar a redução. Exemplo: jornada de 8 horas diárias, de segunda a sexta, equivale a 40 horas semanais. Aplicando-se a redução de 50%, equivale a 20 horas diárias, distribuídas de segunda a sexta-feira.
Bianca Canzi: O funcionário deve calcular proporcionalmente o que recebia antes do acordo de forma integral com o que vai receber com a redução da jornada/salário.
Ricardo Pereira de Freitas Guimarães: O valor da hora de trabalho não pode ser reduzido, o que ocorre é uma redução no tempo de trabalho e, consequentemente, um menor número de horas na mesma proporção da redução.
Em casos em que os trabalhadores têm jornadas diferentes a cada semana, como é o caso de vendedores, por exemplo, ele deve somar as horas mensais para chegar ao número que contará para ter a redução?
Bianca Canzi: A média das horas deve ser calculada mensalmente, assim o empregado deve ver a proporção de redução mensal e não semanalmente.
Fernando de Almeida Prado: Sim. Algumas categorias alternam dias de trabalho (exemplo: trabalham no sábado de uma semana e folgam no seguinte), o que é autorizado por lei. Nesses casos, sugiro utilizar a jornada mensal (220 ou 200, dependendo da categoria) e aplicar a redução, mantendo-se os dias de trabalho.
Se a empresa não respeitar a redução que está no contrato e fizer o funcionário trabalhar horas a mais, o que o funcionário pode fazer?
Ricardo Pereira de Freitas Guimarães: Poderá futuramente pleitear na Justiça o pagamento dessas horas como extras tendo em vista o descumprimento do acordo.
Bianca Canzi: Primeiramente o funcionário deve conversar com seu supervisor e exigir as horas extras trabalhadas. Caso seja negado pelo empregador, o funcionário deve procurar um advogado para ajuizar uma reclamação trabalhista.
Fernando de Almeida Prado: Caso haja trabalho acima do acordado, o empregado pode ajuizar reclamação trabalhista requerendo as horas extras (caso haja banco de horas, deverá confirmar se houve inclusão das horas no banco) e denunciar a empresa por fraude – nesse caso pode ser penalizada com a inscrição em dívida ativa do valor dos benefícios pagos aos seus funcionários.
Pagamentos, acordos e estabilidade provisória
Veja como ficam os pagamentos dos trabalhadores que aderirem ao acordo:
- Corte de 25% no salário: recebe 75% do salário + 25% da parcela do seguro-desemprego
- Corte de 50% no salário: recebe 50% do salário + 50% da parcela do seguro-desemprego
- Corte de 70% no salário: recebe 30% do salário + 70% da parcela do seguro-desemprego
- Suspensão do contrato de trabalho: recebe 100% da parcela do seguro-desemprego, que pode variar de R$ 1.045 a R$ 1.813,03 (exceto no caso de funcionário de empresa com receita bruta superior a R$ 4,8 milhões – neste caso: recebe 30% do salário + 70% da parcela do seguro-desemprego)
Nenhum trabalhador vai ganhar menos do que um salário mínimo
VEJA SIMULAÇÕES DE SALÁRIOS
De acordo com o governo, não haverá alteração na concessão nem do valor do seguro-desemprego caso o trabalhador seja demitido no futuro.
A MP estabelece uma "garantia provisória" do emprego pelos meses em que a jornada e o salários forem reduzidos e por igual período quando as atividades e pagamentos forem normalizados. Por exemplo, se o trabalhador tiver a jornada e o salário alterados por dois meses, a garantia do emprego valerá por quatro meses.
Ainda assim, o empregador continua podendo demitir o funcionário durante esse período. Porém, se dispensá-lo sem justa causa, a medida prevê o pagamento pela empresa das verbas rescisórias e de uma indenização. Essa regra não vale para casos de dispensa a pedido ou por justa causa do empregado.
O valor da indenização será de:
- 50% do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou superior a 25% e inferior a 50%;
- 75% do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou superior a 50% e inferior a 70%; ou
- 100% do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e de salário em percentual superior a 70% ou de suspensão temporária do contrato de trabalho.
Para trabalhadores que recebem até três salários mínimos, o acordo para redução de jornada e salário pode ser feita por acordo individual.
Para quem recebe entre três salários mínimos e dois tetos do INSS (R$ 12.202,12, valor de referência), a redução de jornada e salário terá que ser feita por acordo coletivo, já que nessa faixa a compensação da parcela do seguro-desemprego não compensa toda a redução salarial. Acima de R$ 12.202,12, a lei trabalhista atual já autoriza acordo individual para redução de jornada e salário.
No caso de reduções de 25%, a MP permite que seja feita por acordo individual independente da faixa salarial.
Além disso, a MP estabelece que a base de cálculo para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será a do salário reduzido, sem o acréscimo do seguro-desemprego. Além disso, o trabalhador que entrar no programa do governo não poderá sacar o FGTS.
Até o último dia 23, mais de 3,5 milhões de trabalhadores já tiveram jornada e salários reduzidos ou contratos de trabalho suspensos, segundo o Ministério da Economia.
| G1 | | | | Levantamento do G1 aponta que medidas contra crise do coronavírus atingem mais de 79 mil funcionários, de 13 fabricantes de carros, caminhões e ônibus.
A suspensão temporária de contrato, o chamado lay-off, ou a diminuição da jornada atingem 74% dos 107 mil trabalhadores da indústria automotiva brasileira durante a pandemia do coronavírus. A maioria dos acordos inclui redução de salários.
Segundo levantamento do G1, 79,2 mil funcionários foram envolvidos em algum tipo de medida anunciada por 13 fabricantes de carros, caminhões e ônibus até a última segunda-feira (27).
Desde meados do mês passado, a maioria das linhas de produção de veículos do país está parada. Em março, o setor empregava 106.996 pessoas, de acordo com dados da Anfavea, a associação das fabricantes.
As montadoras lançaram mão da Medida Provisória 936 do governo federal, que flexibilizou regras trabalhistas temporariamente, com o intuito de evitar demissões em massa durante a crise da Covid-19.
É ela que permite que jornada e salários sejam reduzidos por até 3 meses ou que o contrato de trabalho seja suspenso por até 2 meses. Ambas as ações têm, em contrapartida, um complemento de renda a ser pago pelo governo, calculado com base na parcela do seguro-desemprego.
MP 936: como ficam salários com a redução de jornada ou suspensão? Veja simulações
Em alguns acordos, como os feitos pela Volkswagen, a montadora se compromete a manter o rendimento líquido dos trabalhadores, reduzindo apenas o salário bruto.
Fiat e Jeep
A Fiat Chrysler (FCA), que também é dona da marca Jeep, tem o maior número de colaboradores envolvidos na medida trabalhista entre as fabricantes: cerca de 22 mil, a totalidade da empresa no Brasil.
A montadora reduziu, em média, 20% da jornada de trabalho e entre 10% e 20% dos salários por 3 meses desde o último dia 21 em todas as suas fábricas, localizadas em Betim (MG), Campo Largo (PR) e Goiana (PE).
Chevrolet
A segunda com mais funcionários afetados é, provavelmente, a General Motors, dona da Chevrolet, líder de vendas no setor.
A fabricante anunciou que os operários de produção tiveram contratos suspensos e com redução de salário de 5% a 25%. Cargos administrativos até nível de gerência tiveram jornada diminuída em 1 hora e corte de 12,5% no salário. Executivos de nível de diretoria e acima tiveram 25% de redução no salário. O pacote tem duração inicial de dois meses e passou a valer no último dia 13.
A GM disse que a medida atinge a maioria dos funcionários horistas e mensalistas no Brasil, mas não informou o número exato. A fabricante também não revela quantos empregados ela tem no país - respondeu apenas que, na América do Sul, são 19 mil.
O G1 apurou, junto aos sindicatos dos metalúrgicos das quatro cidades onde a GM tem fábricas, que, ao menos 12,5 mil trabalhadores tiveram o regime alterado pela MP 936 em São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS). O sindicato de Joinville (SC), onde são fabricados motores, não respondeu.
Volkswagen e Audi
Vice-líder em vendas, a Volkswagen fechou um acordo com cerca de 13.800 empregados, incluindo os da Audi (marca do mesmo grupo alemão), válido por 3 meses a partir de maio, para reduzir 30% do salário bruto, mas com recomposição do rendimento líquido dos empregados. Parte desse complemento será paga pela empresa e parte, pelo governo federal.
E o pagamento da primeira parcela da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) foi adiado para dezembro de 2020.
O acordo afetará todas as fábricas, que ficam em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR), além do Centro de Peças e Acessórios de Vinhedo (SP) e os escritórios regionais. A montadora já informou a intenção de começar a retomar a produção em maio.
Já a divisão de caminhões e ônibus da Volks, que possui fábrica em Resende (RJ), anunciou a suspensão temporária de contrato (lay-off) de 3.500 trabalhadores da produção e a redução da jornada para equipes administrativas em 25%. Outros 1.000 funcionários retomaram às atividades nesta segunda-feira.
Toyota
Na Toyota, 4.500 trabalhadores (aproximadamente 75% do total da montadora no país) de cargos administrativos e de produção estão com seus contratos suspensos desde 22 de abril até o final de junho.
Colaboradores horistas e administrativos terão os salários reduzidos em até 25%, de acordo com a faixa de remuneração.
O retorno das atividades está previsto para 22 de junho em três das fábricas: São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Porto Feliz. A unidade de Sorocaba tem previsão de reinício em 24 de junho.
Mercedes-Benz
As medidas da Mercedes-Benz atingirão 8 mil trabalhadores da fábrica de caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo (SP) nos próximos 4 meses. Os cargos administrativos terão corte de 25% da jornada entre 4 de maio e 31 de julho. Quem puder, seguirá trabalhando em casa.
Para a produção serão duas etapas: na primeira, cerca de 50% dos funcionários serão afastados entre 4 de maio e 30 de junho; na segunda, com o retorno dos primeiros afastados, os outros 50% serão suspensos de 1º de julho a 31 de agosto. A redução dos salários será feita de acordo com o patamar de cada funcionário.
Hyundai
A Hyundai, que produz as linhas HB20 e Creta, suspenderá o contrato de cerca de 2.700 empregados na fábrica de Piracicaba (SP) e em São Paulo entre esta segunda e o dia 26 de maio. A marca diz que os salários líquidos serão mantidos com ajuda da Medida Provisória do governo federal.
Honda
Também no interior paulista, a Honda suspendeu por 60 dias os contratos dos trabalhadores de Sumaré e Itirapina - cerca de 2.200. Durante a paralisação, que começou na última segunda-feira, 75% a 100% da renda líquida dos colaboradores será mantida, afirmou a fabricante.
Caoa Chery
Em Jacareí (SP), a Caoa Chery modificou o regime de trabalho de 540 funcionários. Cerca de 200 funcionários administrativos ficarão em home office, com jornada menor. Para eles, o salário será reduzido entre 25 e 27%, de acordo com a faixa salarial. Já para os 340 operários da produção foi feita a suspensão temporária dos contratos.
Nissan
A Nissan decidiu adotar a suspensão de 2.500 de seus funcionários de produção por um mês, de 22 de abril até 21 de maio. Questionada pelo G1, a marca não retornou sobre a situação do salário dos funcionários com contratos suspensos.
Peugeot e Citroën
A PSA, dona das marcas Peugeot e Citroën, aprovou junto ao sindicato a redução de jornada e salário para a maior parte dos 1.700 funcionários no país, incluindo os trabalhadores da fábrica de Porto Real (RJ). A medida está em vigor o último dia 22, e tem duração de até 3 meses.
Para os trabalhadores que não estão ligados a linha de produção, há uma redução de 20% na jornada de trabalho e salários. No caso dos funcionários de fabricação, o corte no salário é de 70%; no entanto, a montadora diz que fornece uma ajuda compensatória, com a ajuda do governo, para que a redução salarial nesses casos também fique em 20%.
Mitsubishi e Suzuki
Em Catalão (GO), a HPE, responsável por produzir veículos das marcas Mitsubishi e Suzuki, está com cerca de 1.400 funcionários da produção em lay-off desde 1º de abril, com término previsto para 30 de maio.
A montadora informa que está pagando 30% dos salários, além de manter os benefícios, e que o governo complementa com 70% da parcela do seguro-desemprego desses funcionários.
Jaguar Land Rover
A Jaguar Land Rover, que tem fábrica em Itatiaia (RJ), possui 196 funcionários com algum tipo de alteração no regime de trabalho. Destes, 158 tiveram contrato suspenso temporariamente e outros 38 estão com a jornada de trabalho reduzida em 25%. O acordo começou a valer em 27 de março e vai até 27 de maio.
Volvo
Em Curitiba, todos os 3.700 trabalhadores da Volvo foram enquadrados em algum tipo de alternativa trabalhista. A partir de 4 de maio, quando está previsto o retorno da produção, parte dos funcionários retornará com jornada 25% menor e parte terá contratos suspensos temporariamente.
Quando o funcionário recebe até R$ 9 mil de salário líquido, o que corresponde à maioria de seus funcionários, afirma a montadora, será preservado 100% do salário líquido. A recomposição do valor será paga pela empresa e outra parte, pelo governo federal. Para faixas de salário superiores, a redução pode chegar a 15%.
O lay-off pode valer por até 2 meses dias, e a redução de contrato, por até 3 meses. De acordo com a montadora, a definição sobre isso vai depender da função exercida por cada funcionário, e deverá acontecer nos próximos dias.
Outras montadoras
Com fábrica em Araquari (SC), a BMW informou que trabalha para chegar a um acordo com seus 1.000 colaboradores. A proposta prevê redução entre 15% e 25% na jornada de trabalho e de, no máximo, 5% no salário líquido nos meses de junho, julho e agosto.
Os benefícios, férias e demais acordos, assim como pagamento de bônus aos colaboradores pelo resultado de 2019, seguiriam mantidos, afirmou a montadora. Segundo a BMW, haverá uma votação virtual para definir o tema ainda nesta semana.
A Renault anunciou que retomará os trabalhos em São José dos Pinhais (PR) no próximo dia 4. As medidas propostas pela MP 936, que poderiam estender a paralisação com redução de jornadas e/ou suspensão de contratos, foram reprovadas pelo sindicato local.
Ford, Scania e Caoa (que produz alguns da Hyundai) também foram consultadas pelo G1, mas não responderam se vão adotar alguma medida durante a pandemia.
No caso da Ford, que possui fábrica em Camaçari (BA), o Sindicado dos Metalúrgicos da Bahia afirmou que um acordo já foi feito com a montadora; a medida prevê "suspensão de contrato de trabalho com jornada reduzida por três meses", além da "preservação de 100% do salário líquido" para parte dos funcionários, disse o sindicato.
| G1/Auto Esporte | | | | Especializada no setor automotivo, a Bright Consulting prevê para o início de maio a retomada da produção das montadoras e da atividade do comércio de veículos. A empresa baseia esta previsão no relativo sucesso das medidas de isolamento social e o achatamento da curva de contágio do coronavírus, e na adoção de um gradual relaxamento das restrições à circulação e ao trabalho não essencial.
A Bright Consulting, no início de março, foi a primeira empresa a divulgar perspectivas da paralisação e suas consequências na indústria automobilística, que foram de fato bastante negativas.
O mês de março fechou com vendas no varejo de 156 mil veículos, contra uma previsão inicial de 230 mil unidades, uma redução de 32%.
Em abril, os emplacamentos somaram apenas 16.191 unidades até o dia 14, sendo, entretanto, provável que tenham acontecido mais vendas não transformadas em emplacamentos, por conta do fechamento dos Detrans em função do isolamento.
A empresa, assim, revisou a previsão de vendas de abril de 31 mil para 43 mil unidades, e manteve a expectativa de emplacamentos de maio e junho.
A consultoria acredita que no segundo trimestre será atingido um volume de vendas de 341,3 mil unidades, resultado fraco, representando uma queda de 37% em relação ao primeiro trimestre de 2020.
Já a previsão de produção não se alterou, pois foi considerada a extensão das férias coletivas e o fato de que os estoques de 266 mil unidades do final de março atenderiam o mercado nos dois meses seguintes, embora com deficiência no mix de modelos.
Consequências Negativas - Dentre as consequências negativas da paralisação, a Bright Consulting aponta para a possibilidade de inviabilização das pequenas e médias empresas da cadeia e a postergação das compras de veículos devido à descapitalização das famílias.
Também prevê que a queda das vendas no primeiro semestre deve acarretar uma redução de aproximadamente 10 mil empregos nas montadoras e de 20 mil posições nas autopeças.
A consultoria estima ainda o predomínio de um período de retraimento industrial, com o corte, pelas montadoras, de todos os custos possíveis, redução de investimentos e engavetamento de expansões.
| Usinagem Brasil ( publicado em 26-04-2020) | | | | Linhas de montagem voltam a operar de forma gradativa e com capacidade reduzida
A Volkswagen e a BMW estão entre as montadoras que reiniciam na segunda-feira, 27, as operações de suas fábricas na Europa. A VW abriu as portas de sua principal planta na Alemanha, a de Wolfsburg, enquanto a BMW retomou primeiro a produção de motores em Munique.
No caso da VW, a capacidade de produção será de 10% a 15% dos níveis pré-crise nesta primeira semana e planeja-se atingir cerca de 40% na próxima semana. Segundo Andreas Tostmann, membro do conselho e responsável pela produção, a expectativa é de que sejam produzidos 1,4 mil veículos, começando pelo Golf.
Na quarta-feira, 29, as linhas reintroduzem os modelos Tiguan e Touran, além do Seat Tarraco. A VW espera superar os 6 mil veículos produzidos na próxima semana.
“O reinício da maior fábrica de automóveis da Europa após semanas parada é um símbolo importante para nossos funcionários, revendedores, fornecedores, economia alemã e para a Europa”, afirma Andreas Tostmann, membro do conselho da VW.
Na quinta-feira passada, a VW retomou a produção da planta de Zwickau, também na Alemanha, onde está produzindo seu novo hatch elétrico, cujas vendas devem começar na Europa no início do próximo trimestre, sendo um dos lançamentos mais importantes para a VW como o primeiro modelo produzido sobre sua nova plataforma exclusiva de carros elétricos. A fábrica do grupo em Bratislava, na República Tcheca, onde fabrica SUVs e outros modelos Audi, Porsche e VW, também reabriu na quinta-feira.
Na Alemanha, o governo permitiu que pequenas lojas de varejo, incluindo concessionárias, reabrissem desde que seguissem rigorosas regras de distanciamento e higiene. A VW informou que cerca de 70% de suas concessionárias foram reabertas no país. Outras fábricas da VW na Alemanha e em Portugal, Espanha, Rússia e Estados Unidos reiniciam as atividades também nesta semana e até maio a produção será retomada na África do Sul, Argentina, Brasil e México.
Já o Grupo BMW pretende reabrir sua fábrica de modelos Rolls-Royce em Goodwood, na Inglaterra, em 4 de maio, e no mesmo dia retomar a produção de sua fábrica em Spartanburg, na Carolina do Sul, Estados Unidos, onde fabrica SUVs para mercados globais. Em sua maior fábrica na Europa, a de Dingolfing, na Alemanha, a BMW planeja reiniciar a produção em em 11 de maio, mesma data para a planta de San Luis Potosí, no México. Enquanto isso, demais fábricas alemãs em Munique, Leipzig e Regensburg abrirão após 18 de maio, assim como a unidade da empresa que fabrica os modelos Mini em Oxford, na Inglaterra.
“As datas exatas para o reinício dependerão do desenvolvimento nos mercados e da demanda dos clientes”, disse um porta-voz da BMW.
Na China, a fábrica da BMW em Shenyang está aberta desde 17 de fevereiro. Em todas as suas unidades, a BMW pretende iniciar a retomada com apenas um turno de produção.
OUTROS RECOMEÇOS
As fábricas alemãs da Mercedes-Benz em Sindelfingen e Bremen também estão se preparando para retomar a produção.
Na Itália, a FCA Fiat Chrysler reiniciará a produção em sua fábrica de Sevel na segunda-feira, 4, com planos de retomar a uma taxa entre 70% e 80%. A montadora também pretende reiniciar a operação das novas versões híbridas plug-in de Jeep Compass e Renegade em sua fábrica de Melfi, no sul do país, também na mesma data.
Na França, a Renault agendou para terça-feira, 28, o reinício da produção em sua fábrica em Flins, onde são feitos o elétrico Zoe e o hatchback Nissan Micra (equivalente ao March). Por sua vez, a Toyota já retomou as atividades de sua unidade em Valenciennes. Já o Grupo PSA não determinou quando volta a operar na Europa. Seu diretor financeiro reforçou sua afirmação que não há sentido em acumular estoques enquanto as vendas estão inativas.
“É importante ter atividade de vendas em concessionária antes de apertar o botão”, disse Philippe de Rovira, diretor financeiro do Grupo PSA.
No mercado espanhol, a Nissan reiniciará a produção em sua fábrica de Barcelona a partir de 4 de maio e já está testando medidas de segurança em sua fábrica em Sunderland, Inglaterra, onde a Jaguar Land Rover retomará em 18 de maio a operação da planta de Solihull, mesma data para sua unidade de Nitra, na Eslováquia.
A Volvo Cars reabriu em 20 de abril sua fábrica em Torslanda, na Suécia.
| Automotive Business ( publicado em 27-04-2020) | | | | O Grupo Traton - que reúne as marcas Scania, MAN, Volkswagen Caminhões e Ônibus - divulgou comunicado na semana passada informando que a maioria de suas fábricas no mundo irão retomar a produção nesta segunda-feira, 27 de abril, incluindo as instaladas no Brasil, com exceção da unidade mexicana da VWCO, que deve retornar às atividades no próximo dia 4 de maio.
Nio Brasil, onde as atividades foram interrompidas no dia 25 de março passado, a VWCO - que produz os caminhões da MAN e da Volkswagen em Resende (RJ) - informou que o reinício será gradual, garantindo todas as medidas de segurança aos colaboradores em suas linhas de montagem.
“A prioridade sempre será a saúde de nossos colaboradores. Por isso, a retomada da produção será progressiva, nos permitindo também avaliar as condições da cadeia logística e de distribuição. Nossas áreas de Recursos Humanos e Produção têm um plano minucioso que obedece a todas as recomendações do Ministério da Saúde brasileiro e da Organização Mundial de Saúde”, diz Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Medidas de segurança - Visando à segurança dos funcionários que retornarão ao trabalho nesta segunda feira, serão tomadas as seguintes precauções: Higienização dos ônibus fretados e redução do número de usuários em cada veículo; Controle de adensamento dos colaboradores; Restrição da capacidade de utilização dos restaurantes; Uso de máscaras e equipamentos de proteção individual, específicos para cada atividade; Entrega de máscaras descartáveis para visitantes e motoristas; Reforço na limpeza das salas e locais de uso comum; Colocação de diversos pontos de distribuição de álcool gel para higienização de mãos; Disponibilização de material para a higienização de máquinas e equipamentos; Apoio médico para colaboradores e familiares; Instalação de novos lavatórios para higienização das mãos; Comunicação constante com medidas de prevenção.
Scania - No caso da Scania, o Grupo Traton informou que “a princípio a Scania Vehicles & Services (na Suécia) testará a estabilidade de sua cadeia de suprimentos e de seus processos de linha de produção em dois dias úteis (da semana passada), que serão executados em um ritmo reduzido, atendendo aos requisitos de proteção à saúde. “Já as plantas da marca na França e no Brasil começarão a acelerar suas operações uma semana depois”.
A filial brasileira da marca informou que retomará as atividades nesta segunda-feira, em dois turnos. Segundo a empresa, isso permitirá maior distanciamento entre os funcionários da linha de montagem, além de ser mais adequado ao menor ritmo de produção.
A sede do Grupo Traton, em Munique, está passando por um processo de implantação de medidas de proteção e configurações necessárias, incluindo um sistema de orientação de rotas e conceitos de limpeza, para garantir uma reabertura gradual nas próximas semanas.
| Usinagem Brasil ( publicado em 26-04-2020) | | | | Empresas têm o desafio de manter a relevância do tema em meio a assuntos urgentes
Como manter a diversidade relevante em meio a uma pandemia? Foi essa provocação que motivou os debates do 2º Encontro da Rede AB Diversidade em 2020, realizada na segunda-feira, 27. O desafio era exatamente expor as dificuldades das empresas e tentar encontrar caminhos que poderiam reafirmar a importância das ações de inclusão em um momento como este. O evento foi realizado em formato digital, uma vez que grande parte dos participantes continua em quarentena.
Ao abrir os trabalhos do evento, o gerente-geral da TE Connectivity para a América do Sul, Daniel Malufi, contextualizou o cenário atual, que virou do avesso com a crise gerada pela pandemia de coronavírus. Em sua fala, trouxe o paradigma da prioridade quando as duas grandes vertentes de toda empresa, negócio e pessoas, estão em apuros neste momento.
“Há uma pressão muito grande, quase que 100% das companhias saíram do plano estratégico de médio prazo para olhar o problema atual, que é o caixa: o business mudou. As pessoas também mudaram, elas também têm preocupações, porque precisam sobreviver diante de uma pandemia, onde há o risco com a doença, mas também o risco de perder o emprego com a crise”, sinalizou Malufi.
Para o executivo, é necessário que os comitês internos avaliem o momento da empresa, levando em consideração que ela está num momento de foco voltado para a sobrevivência no curto prazo.
“Se uma empresa nunca fez uma ação dedicada à diversidade, essa não é a hora, porque não vai conseguir chamar a atenção da liderança; é necessário calibrar as ações. Por outro lado, se já existe uma trajetória interna, é importante continuar evoluindo e reforçando a cultura sem descuidar das iniciativas de longo prazo.”
Para Carla Fabiana, head de diversidade e inclusão da Gerdau, o tema da diversidade não pode perder a dimensão de que deve continuar influenciando as decisões estratégicas das companhias.
“Este é um momento que pode catalisar as ações das empresas, o desafio é fazer com que elas contribuam para o negócio, trazendo resultados para a organização”, indica Carla, head de diversidade e inclusão da Gerdau.
A executiva também apontou que para quem já trabalha com comitês, deve pensar de forma estratégica, a fim de que a forma de engajar as pessoas com a diversidade esteja alinhada não só com o contexto atual, mas também de forma a não correr o risco de ser um tema desconectado com o negócio.
Segundo Tiago Rodrigo, data privacy manager da T-Systems do Brasil, uma experiência interna na empresa mostrou que transparência por parte da companhia é um passo importante no contexto atual.
“Como transmitir as decisões para os funcionários, que estão muito preocupados com a questão do emprego, por exemplo, e planejar essa comunicação, que deve ser coerente com o que a empresa valoriza. Depois que nosso presidente reforçou que demissão seria o último recurso, trouxe mais conforto a todos”, contou.
O consultor da MAC Diversidade, Guilherme Bara, acentua que este é um momento importante de saber ler a empresa, porque em condições normais de temperatura e pressão, o tema diversidade já sofre problemas de relevância e aceitação da liderança.
“Talvez as empresas façam menos ações, mas não deixem de fazer. Muitas serão as ações pontuais, mas também muitas serão as oportunidades de engajamento”.
| Automotive Business ( publicado em 27-04-2020) | | | | O governo federal anunciou na última quarta-feira, 22, que desenvolverá um programa de investimentos para gerar empregos e recuperar a infraestrutura do país, de modo a responder aos impactos trazidos pela pandemia do novo coronavírus e integrar ações para a retomada do crescimento da economia brasileira.
De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, as propostas ainda estão sendo estruturadas pelo governo. Não há ainda estimativas do volume total de investimentos nem o número de empregos a serem gerados.
“Seria leviano falar agora de estimativas. A finalidade é gerar empregos, recuperar infraestruturas e dar possibilidade do Brasil recuperar toda essa perda que nós tivemos", disse durante coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo federal no enfrentamento da covid-19.
O programa reunirá ações de todos os ministérios e será coordenado pela Casa Civil. Segundo a pasta, foram definidos dois eixos de ação: Ordem e Progresso.
No eixo Ordem serão contempladas medidas como o aprimoramento do arcabouço normativo, atração de investimentos privados, segurança jurídica, melhoria do ambiente de negócios e mitigação dos impactos socioeconômicos.
No eixo Progresso, estão previstos investimentos em obras públicas, custeadas pelo governo federal, e a formalização de parcerias com o setor privado.
“Na verdade, vamos dar continuidade a coisas que já estavam andando, por exemplo, o vigoroso programa de concessões”, explicou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, durante a coletiva.
Segundo ele, os projetos de concessões e privatizações coordenados pela pasta preveem investimentos de R$ 250 bilhões. “Já para o que será feito por meio de obras públicas, estimamos um valor de R$ 30 bilhões”, acrescentou Freitas.
Segundo o ministro Braga Netto, a execução dos projetos será de longo prazo, devendo durar até 2030. A primeira reunião do grupo de trabalho do programa Pró-Brasil estava prevista para a sexta-feira passada, 24. O detalhamento dos projetos e ações será feito em setembro e a implantação está prevista para começar a partir de outubro.
| Usinagem Brasil (publicado em 26-04-2020) | | | | Focada no trabalho colaborativo de pesquisadores e na integração de diversas áreas do conhecimento, a plataforma aberta Respirador Hacker reúne voluntários para o desenvolvimento de um respirador artificial e outros protótipos que possam auxiliar no atendimento de pessoas com o novo coronavírus. O objetivo é que os protótipos sejam acessíveis, de fácil produção e baixo custo.
O idealizador da plataforma virtual - que já agrega quase 1000 pessoas de diversas nacionalidades - é Rodrigo Ferraz Azevedo, mestrando do Programa de Ciência da Computação (PPGCC-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A iniciativa começou no mês de março "visando à prototipagem e montagem de um respirador para auxiliar em um possível gargalo das redes de saúde visto a rápida propagação do coronavírus, como ocorreu em alguns países da Europa".
Além do respirador artificial, os participantes da plataforma também se dedicam ao desenvolvimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), outros modelos respiradores e instrumentos que possam ser fabricados em impressoras 3D.
"O objetivo do projeto é a produção de conhecimento de forma descentralizada, algo comum no movimento maker, que aposta na capacidade das pessoas fabricarem e aprimorarem objetos de maneira colaborativa. Então temos vários profissionais especialistas de governos, grandes empresas e universidades. A iniciativa de voluntariado, porém, é pessoal, de cada um, não da instituição ao qual está ligado", conta Azevedo.
Segundo Azevedo qualquer pessoa pode participar. "Temos voluntários médicos, advogados, engenheiros etc. A demanda maior é por engenheiros, principalmente eletrônicos", destaca o idealizador da plataforma open source. "No nosso caso o único crivo será a regulação, por exemplo, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aceitará ou não a qualidade do projeto a ser certificado", detalha o mestrando.
Para participar, é preciso acessar a plataforma, escolher um projeto e começar a contribuir. A comunicação é feita pelos canais Github, Telegram, WhatsApp e Slack. Entre os principais projetos em desenvolvimento está o do respirador EAR, próximo à fase de certificação na Anvisa, e também de EPIs, como protetores faciais do tipo face shields em impressoras 3D. Os equipamentos desenvolvidos são doados para hospitais públicos.
| Usinagem Brasil ( publicado em 26-04-2020) | | | | A Taurus, uma das principais fabricantes de armas leves do mundo, recebeu dois importantes recursos para impulsionar o projeto "Excelência Revólver", que pretende produzir o revólver mais barato do mundo. A empresa informa que os dois novos centros de usinagem horizontais que vão fabricar as armações, componente fundamental de uma arma.
“Os centros de usinagem horizontais {da Heller, modelo } proporcionam economia de tempo e aumento da produtividade, quando comparados aos centros de usinagem verticais”, informa a empresa em comunicado de imprensa. “Características como a troca de ferramentas de corte em menos de 2 segundos e rotações de até 20 mil rpm garantem qualidade e precisão das peças usinadas”.
Segundo o presidente da companhia, Salesio Nuhs, com os novos maquinários, a Taurus iniciará a produção de revólveres em um novo conceito de produção, muito mais moderno, com alta qualidade e eficiência, proporcionando maior valor agregado ao consumidor final e excelente custo-benefício.
Este é o propósito do projeto "Excelência Revólver", criado pela Taurus para produzir revólveres de baixo custo, com elevado volume de produção e alta qualidade. A empresa está redesenhando sua operação e investindo no aumento da automação do processo de fabricação, visando manter e ampliar a liderança mundial na produção de revólveres.
"Mais investimentos e equipamentos estão previstos para o 2º semestre de 2020, para que em 2021 a Taurus já esteja produzindo o revólver mais barato do mundo", afirma Nuhs.
OUTROS INVESTIMENTOS - No início deste mês de abril, a Taurus já havia comunicado a aquisição de uma impressora 3D de metal DMP (Direct Metal Priting) Flex 350, equipamento fabricado e comercializado pela GF Machining Solutions, com tecnoloiga da 3D Systems. Nos últimos dois anos, a empresa adquiriu outros equipamentos para a ferramentaria de protótipos, tais como centros de usinagem CNC de 5 eixos, eletroerosão a fio multieixos e impressora 3D de polímeros.
A empresa também investiu no desenvolvimento de 50 novos produtos que resultaram em cerca de 400 modelos diferentes de armas, ampliando seu portfólio.
| Usinagem Brasil ( publicado em 26-04-2020) | | | |
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