| 03 de JUNHO de 2020
Quarta-feira
Câmbio
Em 03/06/2020
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Compra
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Venda
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Dólar
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5,042
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5,043
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Euro
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5,670
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5,671
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Fonte: BACEN
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LIVE:
PREVENÇÃO DOS PASSIVOS TRABALHISTAS
DIA 03/06/2020- das 16h às 18h
Exclusivo para associados dos sindicatos.
As Incrições para o bate-papo serão feitas pelo link abaixo:
LIVE::
OS IMPACTOS DA PANDEMIA E O FUTURO DA INDÚSTRIA
DIA 03/06/2020 - às 19h
Quais os impactos da pandemia da Covid-19 na indústria e no comércio? O futuro e as dores destes dois setores diante da crise que o mundo está passando é tema do próximo Pauta Online ADVB Paraná, que acontece nesta quarta-feira (3 de junho), às 19h.
O evento, promovido pela FIEP, contará com a participação do nosso presidente, Carlos Valter, e do vice-governador e presidente da Fecomércio, Darci Piana. A mediação será feita pela jornalista Thays Beleze e pelo diretor da ADVB Paraná, Paulo Nauiack.
WEBINAR
MOBILIZAÇÃO NAVAL E SUA INTERAÇÃO COM A BASE INDUSTRIAL DE DEFESA E SEGURANÇA
DIA 04 de junho, às 16h
O evento é realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança - ABIMDE, com o apoio da Marinha do Brasil.
Maiores informações sobre o Webinar, bem como a inscrição para o evento, seguem abaixo.
LIVE:
ENERGIA PARA SAIR DA CRISE
DIA 05/06/2020 - às 15h
A CNI, em parceria com a ABRACE, irá realizar uma live sobre como gerar energia a preços competitivos nessa sexta-feira, 5/6, às 15h.
O assunto será debatido por especialistas no Facebook e LinkedIn da CNI, em transmissão ao vivo.
Participem!
| SINDIMETAL/PR | | | Estratégia do Paraná foi apresentada pelo governador Ratinho Junior em evento online promovido pela Amcham Curitiba. A retomada passa por investimentos públicos e privados, disse ele.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta terça-feira (2) de um evento online promovido pela Câmara Americana do Comércio (Amcham Curitiba) e destacou a estruturação do Estado para o enfrentamento ao novo coronavírus e o planejamento para a recuperação econômica do Estado pós-pandemia.
O caminho para a retomada do crescimento passa por investimentos públicos e privados, ressaltou o governador, destacando que a segurança institucional do Estado e a força do agronegócio contribuem com a melhoria desse cenário. “Adotamos várias medidas para não parar o sistema econômico, ao mesmo tempo em que tomamos o cuidado com as recomendações dos órgãos de saúde”, disse ele.
A conversa foi conduzida pela CEO da Amcham, Deborah Vieitas, e acompanhada por cerca de 300 pessoas de 22 cidades e sete estados diferentes. “Nosso objetivo é estabelecer um diálogo construtivo entre os setores público e privado, para melhorar a competitividade e as exportações brasileiras”, afirmou Deborah.
O chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários de Estado da Fazenda, Renê Garcia; do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge; e da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; e o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, também acompanharam a transmissão.
SAÚDE – Ratinho Junior explicou que o governo já vinha em um processo de descentralização da saúde, o que facilitou na implantação de leitos exclusivos para atender pacientes com a Covid-19 em todas as regiões. Esse planejamento incluiu parcerias com hospitais filantrópicos e particulares que atendem pelo SUS, além da estruturação da rede estadual de saúde.
“Disponibilizamos um volume grande de leitos de UTI para atender os pacientes de Covid-19. A taxa de ocupação hoje é de 48% desses leitos, mas temos um plano B para ampliar essa estrutura caso haja necessidade”, disse Ratinho Junior.
O Estado também antecipou as obras de três hospitais regionais, que seriam entregues no final do ano. Com a implantação de uma força-tarefa para concluir mais rapidamente a construção, os hospitais regionais de Ivaiporã (Vale do Ivaí) e Telêmaco Borba (Campos Gerais) começaram a funcionar nesta semana. O terceiro, em Guarapuava (Centro), deve entrar em funcionamento até o fim do mês.
EQUILÍBRIO - Paralelamente ao investimento na saúde, o Estado atuou para não parar a economia e ter a menor desaceleração possível. “Não chegamos a decretar a quarentena, apenas recomendamos a paralisação de alguns setores mais propícios à contaminação”, disse. “Alinhamos com os prefeitos para que cada município se ajustasse à sua realidade e, assim, conseguimos um equilíbrio para que o setor econômico não parasse totalmente”, explicou o governador.
Com isso, setores como o industrial, o agronegócio, construção civil e o sistema logístico do Estado continuaram em funcionamento. “O Porto de Paranaguá tem batido recordes de movimentação todos os meses. O sistema logístico do Estado foi preservado para garantir a exportação da produção histórica na agricultura”, disse.
RECUPERAÇÃO – Ratinho Junior salientou que a boa situação fiscal e a segurança jurídica do Estado são fundamentais para garantir a retomada da economia e a preservação dos empregos dos paranaenses. Esse planejamento engloba desde as micro e pequenas até as grandes empresas, tendo como guarda-chuva para o setor econômico o programa Recupera Paraná.
O programa de recuperação econômica inclui a ampliação de linhas de crédito ao setor produtivo, com a alavancagem de recursos disponibilizados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e pela Fomento Paraná. O Estado também adotou a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) a 270 mil micros e pequenas empresas.
Outra estratégia é ampliar o incentivo aos chamados Arranjos Produtivos Locais, para alavancar o desenvolvimento tendo em vista as vocações regionais. “Também estamos finalizando o selo Made in Paraná, para fomentar a compra de produtos produzidos no Estado. Ao prestigiar as empresas paranaenses, também ajudamos na criação e manutenção dos empregos locais”, disse Ratinho Junior.
INVESTIMENTOS – Obras públicas, tanto no setor logístico como na infraestrutura dos municípios, também estão no horizonte para a retomada econômica. O Governo do Estado obteve um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de R$ 600 milhões, que integram o pacote de ações para auxiliar as cidades paranaenses.
Há ainda mais R$ 1,6 bilhão em empréstimos já autorizados pela Assembleia Legislativa e que aguarda aval federal. Os recursos deste financiamento serão utilizados em obras de infraestrutura e logística, urbanização do Litoral e também nas áreas de segurança e agricultura.
“A reforma administrativa que adotamos desde o início da gestão, que diminuiu o número de secretarias e autarquias e trouxe mais agilidade à máquina pública, também nos colocou em uma situação privilegiada”, disse o governador. “Temos uma boa capacidade de endividamento, que nos dá tranquilidade para garantir investimentos e permite que o Estado cumpra seus compromissos.”
AMBIENTE PROPÍCIO - De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia, a boa situação fiscal do Estado facilita na tomada de empréstimos e também cria um ambiente propício para investidores.
“O Paraná tem um diferencial competitivo com relação aos seus pares e as finanças organizadas”, disse. “Quando o empresário vem ao Estado ele tem não só vantagem do ponto de vista operacional e dos fatores de produção, como tem segurança institucional. Em nenhum momento o Estado vai atrapalhar ou agregar risco aos investidores”, salientou.
MOVIMENTO SOMA – A reunião virtual também marcou o primeiro mês de lançamento regional do Movimento SOMA (soma.amcham.com.br). Liderado pela Amcham, a ação conecta necessidades específicas do setor público com soluções e ofertas do setor privado, fazendo indicações em tempo real de itens prioritários para doação e compras governamentais.
Além disso, iniciativa possibilita a troca de ofertas entre empresários de todo o Brasil, divulgando oportunidade de produtos ou serviços para se adaptar à situação atual. No movimento SOMA, a Amcham Brasil representa 5 mil empresas, que juntas somam 33% do PIB brasileiro e 3 milhões de pessoas empregadas em empresas das 15 principais cidades brasileiras.
AMCHAM CURITIBA – A Amcham Curitiba faz parte de uma das maiores associações de empresas do Brasil, com 15 filiais em todo o país e mais de 5.200 empresas associadas. O objetivo da entidade é criar um ambiente favorável de negócios por meio de boas práticas de mercado, capacitação profissional e cidadania empresarial.
A instituição visa facilitar relações empresariais, gerar negócios, ser ponte no relacionamento governamental e internacional, além de prover conteúdos que amplifiquem o conhecimento de seus associados. A Amcham Curitiba completa, neste ano, 20 anos de atuação no Paraná e terá uma programação especial para seus associados.
| Agência Estadual de Notícias ( publicado em 02-06-2020) | | | Informações foram registradas no SEM Barreiras, do governo federal. Dados da CNI mostram que apenas 10% das medidas identificadas desde 2018 foram solucionadas
Quase um terço das empresas exportadoras (31%) considera baixa a eficiência do governo para a superação de barreiras
O setor industrial identificou 17 novas barreiras comerciais no exterior contra produtos brasileiros entre março e maio, mostra levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Do total, 10 dizem respeito a barreiras impostas pela China. As demais foram criadas pela Argentina, México, Arábia Saudita e União Europeia.
O setor privado inseriu essas informações no Sistema Eletrônico de Monitoramento de Barreiras às Exportações (SEM Barreiras) do governo federal. A CNI atualiza esse levantamento periodicamente, em parceria com associações e federações esestaduais da indústria, e contabiliza até agora 70 barreiras identificadas no exterior contra produtos brasileiros desde maio de 2018, quando o sistema foi criado. Os dados buscam ajudar o governo a definir estratégias para enfrentar esse problema.
No caso da China, todas as barreiras dizem respeito a subsídios. Eles afetam a produção de itens como borracha, materiais elétricos e produtos metalúrgicos. Na prática, com os subsídios, esses bens circulam com preço abaixo do praticado no mercado por artifícios muitas vezes ilegais, numa concorrência desleal com a produção de outros países, incluindo o Brasil. Pela Argentina, são duas barreiras impostas contra veículos automotores e plásticos.
O México e a Índia, por sua vez, cobram imposto de importação contra a carne de frango do Brasil. A Arábia Saudita exige licenciamento de importação também para a carne de frango. A Índia implementou ainda medidas sanitárias e fitossanitárias contra o couro brasileiro. A União Europeia levantou barreiras contra serviços brasileiros na área de tecnologia da informação.
Governo resolveu apenas 10% das barreiras identificadas
O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, diz que, embora o Brasil seja o único país na América Latina com uma ferramenta tão moderna de monitoramento de barreiras, os órgãos governamentais ainda não usam esse sistema de forma plena. Além disso, o percentual de barreiras resolvidas ainda é baixo. Do total de 70 identificadas até agora pela CNI, apenas 10% (7) foram solucionadas.
Dados da pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras de 2018, realizada pela CNI em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram ainda que quase um terço das empresas exportadoras (31%) considera baixa a eficiência do governo para a superação de barreiras em terceiros mercados.
“É importante que o governo seja mais ativo na contestação dessas medidas impostas pelos outros países, já que, com a crise desencadeada pela pandemia de covid-19, a tendência é de aumento do protecionismo no mundo em um cenário de recessão global e desemprego”, afirma Abijaodi.
Coalizão empresarial da CNI enfrenta problemas dentro e fora do Brasil
Em 2018, a CNI lançou a Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). De um lado, ela busca atacar barreiras estabelecidas em outros países contra produtos brasileiros. De outro, ela enfrenta problemas internos no Brasil. Um dos objetivos é reduzir tempos e custos dos processos de exportação e importação e, com isso, promover a agenda de facilitação do comércio exterior do país.
| CNI | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Lei nº 14.008, de 2 de junho de 2020, do Poder Legislativo. Abre aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, de Encargos Financeiros da União, de Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios e de Operações Oficiais de Crédito, crédito suplementar no valor de R$ 343.623.574.293,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente e dá outras providências.
Resolução nº 6, de 2 de junho de 2020, da Presidência da República. Institui Grupo de Trabalho para a Consolidação das Estratégias de Governança e Gestão de Riscos do Governo federal em resposta aos impactos relacionados ao coronavírus, no âmbito do Comitê de Crise da covid-19.
Portaria nº 121, de 1 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Portaria SRRF05 nº 71, de 23 de março de 2020, que disciplina o atendimento ao contribuinte no âmbito das unidades da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil na 5ª Região Fiscal, para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (SARS-CoV-2).
Portaria nº 122, de 1 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Altera a Portaria SRRF05 nº 98, de 3 de abril de 2020, que estabelece regras para o atendimento no âmbito das unidades da 5ª Região Fiscal, por meio da caixa de e-mail corporativa regional de atendimento, enquanto durar o estado de emergência de saúde pública decorrente do Novo Coronavírus (COVID-19).
Portaria nº 26, de 2 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Prorroga os efeitos e a vigência da Portaria DRF/AJU nº 21, de 24 de março de 2020, que dispõe sobre a suspensão temporária das atividades de atendimento presencial na Rede de Atendimento da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Aracaju, em função da insuficiência de servidores e com vistas a reforçar os cuidados preventivos e diminuir o risco de contágio pelo coronavírus (SARS-CoV-2).
Resolução nº 4.821, de 1 de junho de 2020, do Ministério da Economia. Altera o limite global anual para contratação de operações de crédito com os órgãos e entidades do setor público em 2020, a ser observado pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, por meio da alteração desse limite no Anexo à Resolução nº 4.589, de 29 de junho de 2017.
Resolução nº 5.893, de 2 de junho de 2020, do Ministério da Infraestrutura. Dispõe sobre as medidas a serem adotadas, no âmbito dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e dos serviços de transporte ferroviário de passageiros, para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Covid-19.
Resolução nº 1.155, de 2 de junho de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe sobre a prorrogação do prazo estabelecido no art. 1º da Resolução nº 1.154/2020 - Confere.
Portaria nº 18, de 3 de junho de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe acerca da prorrogação da suspensão de prazos administrativos no âmbito deste CRF-SP em virtude das medidas de enfretamento da pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19).
Portaria nº 36, de 1 de junho de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Estabelece o "Plano de Ação de Trabalho e Atendimento", objetivando o retorno às atividades do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, no âmbito de sua Sede e suas Seccionais, observados os critérios e medidas preventivas determinadas nos decretos estadual e municipais vigentes.
GOVERNO ESTADUAL
Resolução CGE nº 44, de 1 de junho de 2020, da Controladoria Geral do Estado. Dispõe sobre as regras de retomada de prazos nos processos e procedimentos administrativos no âmbito do Poder Executivo Estadual e dá outras providências.
Ordem de Serviço nº 005/2020-GRE, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Convalida a suspensão do curso dos prazos dos Processos administrativos no âmbito da Unioeste, no período de 20 de março a 30 de junho de 2020.
Resolução nº 143/2020-GS/SEJUF, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. A Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho – SEJUF, no interesse público que representa, delibera que as Agências do Trabalhador sob gestão Estadual, realizem atendimento às demandas do seguro-desemprego e de intermediação de mão de obra, a partir de 1º de junho de 2020, com agendamento prévio e controle de acesso nos Postos do Sistema Nacional de Emprego (SINE), tendo em vista a necessidade emergencial Nacional e Estado de Calamidade decorrente do coronavírus (COVID-19) no Estado do Paraná.
Resolução nº 17 de 28 de maio de 2020, da AGEPAR. Dispõe sobre o restabelecimento do expediente presencial na sede da AGEPAR durante o período de Pandemia do Coronavírus (COVID-19).
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 284, de Arapongas. Fica instituído, no Município de Arapongas, de forma extraordinária, em caráter emergencial e temporário, o Auxílio Alimentação Emergencial, que será concedido, na forma de “cesta básica emergencial”, aos indivíduos e/ou famílias que se encontrem em situação de vulnerabilidade social, residentes no Município de Arapongas, para enfrentamento, rápido e urgente, de situações de riscos, perdas e danos ao acesso ao direito à alimentação, tendo em vista a situação emergencial peculiar causada pela pandemia de coronavírus (COVID19), seja pela contaminação e desenvolvimento da doença, seja pelos reflexos negativos que as ações de enfrentamento à disseminação da contaminação ocasionem, de maneira direta ou indireta; bem como à necessidade de prestar o auxílio emergencial necessário, à parcela da população que dele necessite, objetivando o acesso à alimentação básica, com reflexo no fortalecimento e/ou manutenção da imunidade dos indivíduos, como forma de prevenção e combate ao coronavírus (COVID-19).
Decreto nº 289, de Arapongas. Dispõe sobre a prorrogação de vencimento do IPTU, Taxas de Verificação de Funcionamento Regular de Estabelecimento de Produção, Comércio, Indústria, Prestação de Serviços e outros, e ISSQN de Profissionais Qualificados, todos referentes ao exercício de 2020, indicados na Portaria Municipal nº. 553, de 09 de dezembro de 2019.
Decreto nº 290, de Arapongas. Dispõe sobre retorno gradual das atividades suspensas ou restritas por meio dos Decretos Municipais publicados para o enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente do COVID-19.
Decreto nº 302, de Arapongas. Dispõe sobre o retorno gradual das atividades com medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19 e dá outras providências.
Decreto nº 212, de Arapongas. Determinar novas regras referentes à realização de velórios no Município.
Instrução normativa nº 001, de Toledo. Estabelece normas relacionadas à homologação e à desconsideração de atestados médicos apresentados por servidores e empregados públicos municipais.
Decreto nº 665, de Curitiba. Excepcionaliza, em razão da pandemia de COVID-19 (Covid-19), dispositivos do Decreto Municipal n.º 1.652, de 10 de dezembro de 2019, que regulamenta o Programa Municipal de Incentivo ao Esporte de Curitiba.
Decreto nº 739, de Curitiba. Estabelece medidas complementares para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública, decorrente do novo Coronavírus (COVID-19), para permitir a realização de eventos na modalidade drive-in.
| Sistema FIEP | | | Empresas devem prevenir a disseminação do vírus no local de trabalho e guardar documentos que comprovem esse cuidado
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dá margem para a covid-19 ser considerada doença ocupacional, empresas correm o risco de responder na Justiça a pedidos de indenização por danos morais e materiais. As ações podem ser propostas por empregados atingidos na forma mais grave da doença ou por familiares.
Funcionários afastados pela Previdência Social por mais de 15 dias para tratamento, têm estabilidade de um ano e direito ao FGTS no tempo de licença. As companhias podem também sofrer impacto no caixa (leia mais abaixo) com o aumento do Fator Acidentário de Prevenção (FAP).
O conselho de especialistas às empresas é cautela. Com o fim da quarentena em diversos municípios e a volta ao trabalho presencial, as companhias devem prevenir a disseminação do vírus no local de trabalho e guardar documentos que comprovem esse cuidado, segundo advogados trabalhistas. As companhias devem seguir as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS) e protocolos governamentais sobre covid-19.
O Supremo já recebeu 2.682 processos relacionados à pandemia da covid-19. Já foram proferidas mais de 2,4 mil decisões dos mais diversos assuntos que envolvem a doença, segundo dados do Painel de Ações Covid, implementado no site do tribunal.
No dia 29 de abril, ao derrubar o artigo 29 da Medida Provisória (MP) n° 927, segundo o qual a covid-19 não é doença ocupacional, o STF possibilitou que funcionários contaminados possam responsabilizar empresas pela doença, se comprovado que ela foi contraída no ambiente de trabalho.
Caberá às empresas demonstrarem nos processos que tomaram medidas preventivas. A decisão foi proferida no julgamento de pedido de liminar em sete ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) ajuizadas contra a MP. Segundo os ministros, o artigo prejudicaria inúmeros trabalhadores de atividades essenciais e de risco que estão constantemente expostos à doença, por não considerá-la acidente de trabalho.
A advogada Cássia Pizzotti, sócia do Demarest Advogados, afirma estar preocupada com os desdobramentos dessa decisão. Segundo ela, já existem sindicatos exigindo a emissão de Comunicado de Acidente do Trabalho (CAT) nos casos de funcionários afastados pela covid por mais de 15 dias e, com isso, dá-se a entender que a empresa assumiu a responsabilidade pela contaminação.
Ela explica que na seara trabalhista ainda caberá ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) definir como será a responsabilização. O tribunal determinará se existe responsabilidade objetiva decorrente do negócio, independentemente de comprovação de culpa. Ou se há responsabilidade subjetiva. Nesse caso, se a empresa provar que seguiu todas as recomendações de saúde, como fornecimento de máscaras e álcool em gel, troca de turnos ao ar livre, cuidados na higiene do refeitório, entre outras medidas, poderá se eximir de condenação.
“A doença do trabalho está ligada a uma condição do ambiente de trabalho. Neste caso, não tem como afirmar que o funcionário pegou covid na companhia”, afirma. A advogada acrescenta que não dá para responsabilizar a empresa por algo que é pandêmico, pois as pessoas podem pegar a doença em qualquer lugar, inclusive na própria casa.
A caracterização da covid como doença do trabalho também tem ocorrido em outros países segundo Cassia. A Alemanha e a Itália consideram como doença de trabalho apenas para profissionais da saúde. Canadá também reconhece ser doença ocupacional, desde que exista laudo. A Argentina também admite como doença do trabalho de forma mais ampla.
Para evitar a responsabilização, Cassia afirma que as companhias estão desenvolvendo protocolos, com auxílio de autoridades médicas, que devem ser seguidos para evitar o contágio. O ideal, segundo ela, é existir uma iniciativa do governo federal, assim como ocorreu nos Estados Unidos, que eleja os requisitos que devem ser cumpridos pelas empresas para afastar a responsabilidade. “Nos Estados Unidos e no Reino Unido, funcionários se recusaram a voltar ao trabalho e por isso o governo criou essas medidas preventivas”, diz.
O advogado Marcos Alencar afirma que, diante da decisão do Supremo de abril e de outra decisão de 2009 que declarou a responsabilidade objetiva por acidente de funcionário de empresa de segurança, as empresas precisam de provas contundentes para se defenderem. “Passada a pandemia, teremos muitos questionamentos por parte dos que adoeceram gravemente e dos familiares dos que lamentavelmente se foram”, diz.
Entre as provas que devem ser guardadas, o advogado destaca o registro de aquisição em maior volume, se comparado a antes de março deste ano, dos produtos de higiene e o acatamento de “autodeclaração” de empregados com sintomas de covid-19, evitando assim o contágio com os demais empregados. Além disso, a demonstração de contratação de transporte individual ou específico, para evitar que os empregados utilizassem transporte público de passageiros é uma prova importante.
Os documentos de aquisição de máscaras, luvas, óculos de proteção e vídeos ou fotos de treinamentos de como utilizar os equipamentos de segurança também devem ser arquivados. Ele também recomenda reuniões semanais da Cipa (que podem ser virtuais) para esclarecer o passo a passo das medidas de contenção da doença, entre outros esclarecimentos.
| Granadeiro Guimarães/Valor Econômico | | | Afastado pela covid-19 por mais de 15 dias recebe o auxílio-doença acidentário e tem estabilidade de um ano
O número de registros de trabalhadores com covid-19 afastados do emprego pela Previdência Social para se recuperar pode elevar a carga previdenciária das empresas nos próximos anos. Segundo especialistas, esta será uma das consequências do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que abriu a possibilidade do coronavírus ser considerado doença ocupacional.
Além disso, o Ministério da Previdência emitiu orientação no mesmo sentido da decisão do STF. “As empresas devem ficar alertas para o possível aumento do valor a pagar de contribuições previdenciárias”, diz a advogada Cristiane Matsumoto, do Pinheiro Neto Advogados.
O afastado pela covid-19 por mais de 15 dias recebe o chamado auxílio-doença acidentário (em decorrência de uma doença ocupacional) e tem assegurada estabilidade de um ano e a manutenção dos depósitos do FGTS no período de inatividade — benefícios que não são gerados pelo auxílio-doença comum (sem relação com o trabalho).
A Previdência Social também poderá incluir os dados dos empregados contaminados pela covid-19 automaticamente ao apurar a alíquota do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) de 2022 e 2023. Isso aumentará significativamente o valor a ser recolhido pela empresa a título de contribuições sobre a folha de salários por dois anos, segundo Cristiane.
O FAP varia de 0,5 a 2 e é um fator multiplicador, a depender do risco de acidente da empresa e da contribuição previdenciária paga ao Risco Ambiental do Trabalho (RAT), que varia de 1% a 3%.
Para Cristiane, é possível tentar duas estratégias para evitar a carga majorada. Ou entrar preventivamente na Justiça para discutir a não inclusão dos casos de covid no cálculo do FAP, uma vez que se trata de uma doença endêmica. Ou aguardar a divulgação do novo FAP em 2022/2023 e contestar administrativamente a inclusão.
A defesa nesses casos deve ser mais difícil do que a enfrentada na área trabalhista, que vai tratar de indenização por danos morais e materiais, além de estabilidade no emprego. “Na área previdenciária, a discussão deve ser com a Receita Federal, que busca a arrecadação”, diz a advogada.
Para Cristiane, ainda é necessária a publicação do acórdão do STF. Mas, pela sessão de julgamento, ficou clara a intenção dos ministros de proteger os funcionários das atividades de risco e essenciais, segundo ela. “Só que esse julgamento acabou atingindo todo mundo e inverte o ônus da prova para o empregador, que deverá comprovar que tomou todas as medidas de segurança e saúde para evitar a disseminação do vírus”, diz.
Segundo o advogado Caio Taniguchi, do Simões Advogados, com a decisão do STF, caso a empresa não faça a prova negativa, será presumido o nexo entre o trabalho e a contaminação. “A revolta das empresas reside no fato de que a produção dessa prova negativa é muito difícil, para não dizer impossível, já que dificilmente possuem condições financeiras e sanitárias para monitorar o dia-a-dia dos seus trabalhadores, principalmente aqueles que exercem sua atividade no regime de home office, comprovando que a doença não foi contraída em razão do desempenho da atividade”, diz.
Para os casos em que a empresa não conseguir afastar a configuração da doença ocupacional, o trabalhador terá acesso ao benefício previdenciário e certamente haverá impacto no FAP, segundo advogado. De acordo com Taniguchi, o impacto negativo do FAP dependerá dos índices de afastamento em cada setor da economia — o que não é possível antecipar ou dimensionar.
Por outro lado, o advogado ressalta que o artigo 5º da Lei nº 13.982/2020 determina que a empresa poderá deduzir do repasse das contribuições à previdência social, observado o limite máximo do salário de contribuição, o valor devido ao segurado empregado cuja incapacidade temporária para o trabalho seja comprovadamente decorrente de sua contaminação pelo coronavírus.
| Granadeiro Guimarães/Valor Econômico | | | Não se trata de doação da União, mas, efetivamente, de empréstimo
Em meio a discussões, especulações e implementação de medidas sobre o financiamento dos efeitos da Covid-19, o governo federal, por meio da Medida Provisória 975, instituiu o Programa Emergencial de Acesso a Crédito.
Ainda não se trata de uma medida extrema, em que o Tesouro Nacional ou o Banco Central venham a assumir o financiamento das empresas e, por decorrência, dos postos de emprego e renda. Isso representaria a “emissão de moeda”, com repercussões no mínimo polêmicas na economia.
O referido programa mantém o fornecimento de recursos pelas instituições financeiras comerciais, contando, tais empréstimos, com a garantia do FGI (Fundo Garantidor de Investimento).
O FGI receberá até R$ 20 bilhões em aporte da União, que não assumirá qualquer encargo no caso das garantias prestadas. Isso se deve à cautela no que diz respeito ao oferecimento de garantias diretamente pela União, o que poderia criar ruídos na execução do Orçamento Público federal e na definição da relação dívida/PIB.
Com isso, a União não figurará como avalista nos contratos de empréstimos realizados pelos bancos às empresas com a garantia do FGI —conquanto, os recursos correspondentes sejam públicos.
Esse programa tem como foco pequenas e médias empresas, observados os parâmetros legais para inclusão nesses portes (faturamento em 2019 entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões).
Pesquisas apontam que o crédito inicialmente incentivado pelo Ministério da Economia chegou somente às grandes companhias brasileiras —e, na maioria dos casos, como renegociação de empréstimos anteriores.
Agora cria-se uma linha de crédito específica para a faixa de empresas que ainda não tiveram acesso a crédito durante a pandemia, seja pelo risco que apresentam, seja pelo não cumprimento de exigências burocráticas.
Além da garantia do FGI ao risco de inadimplência, as instituições financeiras não precisarão cumprir com as mencionadas exigências legais, como, por exemplo, certidão negativa trabalhista e tributária.
Um ponto é preciso ficar claro: não se trata de doação da União às pequenas e médias empresas, mas, efetivamente, de empréstimo.
Isso quer dizer que são mantidos todos os procedimentos previstos em lei para a recuperação dos créditos por parte tanto das instituições financeiras quanto do FGI. Nesse aspecto, para a garantia do FGI, as instituições financeiras deverão gerir os empréstimos como se o risco fosse delas.
Deverão adotar o mesmo rigor na cobrança da inadimplência de devedores que usualmente adotam, além de assumirem todas as despesas necessárias a essa cobrança. Portanto, efetivamente, não se trata de uma benemerência pública.
Finalmente, a MP 975 não estabelece critérios e condições próprias para os empréstimos garantidos pelo FGI, o que indica que os juros e as contrapartidas das empresas serão os mesmos de programas já existentes.
Em resumo, a medida provisória basicamente retirou dois obstáculos ao crédito para pequenas e médias empresas nesta pandemia: garantia e regularidade.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 02-06-2020) | | | A produção industrial caiu 18,8% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio perto do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de queda de 17%. O piso indicava recuo de 50,5% e a mediana, -31,7%.
Em relação a abril de 2019, a produção caiu 27,2%. Nessa comparação, sem ajuste, a queda também foi menor que a mediana das estimativas (-38,65%, em intervalo de recuo de 52,70% a 6,60%). A indústria acumula queda de 8,8% no ano de 2020. Em 12 meses, a produção acumula baixa de 2,9%, de acordo com o IBGE.
| Bem Paraná | | | A produção da indústria de bens de capital despencou 41,5% em abril ante março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Na comparação com abril de 2019, o indicador recuou 52,5%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF). No acumulado em 12 meses, houve redução de 4,4% na produção de bens de capital.
Em relação aos bens de consumo, a produção registrou queda de 26,1% na passagem de março para abril. Na comparação com abril de 2019, houve redução de 39,2%. No acumulado em 12 meses, a produção de bens de consumo diminuiu 2,5%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção encolheu 79,6% em abril o confronto com março. Em relação a abril de 2019, houve queda de 85,0%. Em 12 meses, a produção diminuiu 6,4%.
Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução de 12,4% na produção em abril ante março. Na comparação com abril do ano anterior, a produção caiu 25,2%. A taxa em 12 meses ficou negativa em 1,4%.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 14,8% em abril ante março. Em relação a abril do ano passado, houve uma queda de 17,1%. No acumulado em 12 meses, os bens intermediários tiveram redução de 2,7%.
O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou queda de 8,8% em abril.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em março ante fevereiro, de -9,1% para -9,0%. A taxa de fevereiro ante janeiro passou de 0,7% para 0,6%.
Na categoria de bens de capital, a taxa de março ante fevereiro passou de -15,2% para -15,5%, enquanto o resultado de fevereiro ante janeiro saiu de 1,2% para 0,9%.
Os bens intermediários tiveram o desempenho de março ante fevereiro revisto de -3,8% para -3,7%. A taxa de fevereiro ante janeiro passou de 0,8% para 0,9%.
A taxa dos bens de consumo duráveis em março ante fevereiro foi revista de -23,5% para -23,7%, enquanto a de fevereiro ante janeiro passou de -0,2% para -0,1%.
| Bem Paraná | | | Recuo foi de 18,8% ante março e de 27% na comparação com abril de 2019; na paralisação, caiu 11%
A pandemia da Covid-19 destruiu a produção industrial do Brasil no mês de abril, o primeiro que começou e terminou com medidas de isolamento social decretadas em todo o país.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a queda de 18,8% na comparação com março –que já havia caído 9,1%– é a pior da série histórica, que vem desde 2002.
Na comparação com abril do ano passado, os efeitos são ainda mais sentidos, com recuo de 27,2%. É o sexto resultado negativo nessa base de análise.
A projeção da Bloomberg era de 28,3% de retração com relação a março de 2020 e 36,1% de recuo na comparação com abril do ano passado.
O registro negativo divulgado nesta quarta-feira (3) pelo IBGE superou a queda de 11% de maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Porém, aquela produção foi reposta no mês seguinte, algo que não deverá ser visto agora, já que as medidas de isolamento social continuaram em maio.
A queda após a paralisação dos caminhoneiros havia sido o pior resultado desde 2008, durante a crise internacional, quando o arrefecimento da atividade econômica mundial fez a produção recuar 11,3%.
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado de abril decorre claramente das medidas de distanciamento social.
“Tivemos um número maior de paralisações das várias unidades produtivas, em diversos segmentos industriais, por conta da pandemia. Março já tinha apresentado resultado negativo. Agora, em abril, vemos um espalhamento, com quedas de magnitudes históricas”, diz Macedo.
A queda foi generalizada. Atingiu todas as categorias da pesquisa e 22 dos 26 ramos pesquisados.
A principal influência negativa veio do setor automotivo. Em abril, 64 das 65 fábricas de automóveis no Brasil suspenderam suas operações no Brasil.
O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias registrou queda de 88,5%, intensificando o recuo observado no mês anterior (-28%). Foi a queda mais intensa desde o início da série histórica.
A interrupção da produção de veículos automotores impactou outros segmentos industriais, que também caíram em abril, como metalurgia (-28,8%), produtos de borracha e de material plástico (-25,8%) e máquinas e equipamentos (-30,8%).
Outros recuos relevantes no mês vieram de atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%), pela queda expressiva na quantidade de carros circulando nas ruas, e bebidas (-37,6%), outro setor impactado pelo distanciamento social, já que bares e restaurantes foram fechados pela pandemia.
Por outro lado, também por conta das medidas restritivas à circulação, que deixaram as famílias em casa, atividades de consumo essenciais cresceram em abril, como produtos alimentícios (3,3%), farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%).
“Embora o impacto positivo dos alimentos tenha vindo, principalmente, da maior produção do açúcar, observamos aumentos também na produção de outros gêneros alimentícios necessários para as famílias, como leite em pó, massas, carnes e arroz”, analisa o gerente da pesquisa do IBGE.
O instituto também constatou o crescimento de artigos relacionados à pandemia, como é o caso da alta na produção de caixões, seringas, agulhas, artefatos de tecidos para segurança e proteção, instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue.
A evolução na produção desses itens está diretamente ligada à escalada de mortes por Covid-19 no Brasil durante a pandemia.
O instituto, porém, não abre os percentuais individuais –esses itens estão todos dentro do segmento atividade de produtos diversos.
Mesmo assim, aponta Macedo, o crescimento está associado ao distanciamento social e vem sendo registrado desde o mês de março, quando a pandemia teve início. "São itens que mostram crescimento", diz.
O primeiro óbito conhecido de Covid-19 no país ocorreu no dia 17 de março. A partir daí, com o avanço da doença, o país promoveu o isolamento social como forma de combater a pandemia. Em abril, os efeitos econômicos começaram a ser sentidos com mais intensidade, já que as medidas restritivas duraram do começo ao fim do mês.
Diante desse cenário, a Covid-19 intensificou o aumento do desemprego no Brasil, que chegou a 12,6% no trimestre encerrado em abril, e contribuiu para que 4,9 milhões de posto de trabalho fossem perdidos. A população ocupada teve uma queda recorde de 5,2% na comparação com o trimestre anterior.
| Folha de S.Paulo | | | Volume de operações notificadas ao Cade cai, mas ritmo de análise se acelera
Concentrado O volume de transações como fusões, aquisições e joint ventures que chegam ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) vinha crescendo 23% no primeiro bimestre, mas perdeu tração depois que a pandemia começou.
Em janeiro e fevereiro, foram 79 operações, ante 64 no mesmo intervalo do ano passado. A freada no ritmo apareceu entre março e maio, quando o número de transações notificadas ao órgão ficou em 99, duas a menos que no mesmo período de 2019.
Marcha A desaceleração nos negócios é vista no Cade como um termômetro da economia. Mas quem acompanha os dados na autarquia diz que o número de operações concluídas no órgão manteve o crescimento, com 170 operações nos cinco primeiros meses deste ano, ante 165 em igual período de 2019.
Cafeína O Cade ficou mais acelerado no home office. O tempo médio de análise caiu em todos os meses desde o início da quarentena. No ano, o valor total das operações notificadas ao órgão gira em torno de R$ 65,4 bilhões. O principal setor com mais negócios analisados é o de energia elétrica.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 02-06-2020) | | | Para o economista Alexandre Manoel, ex-secretário de Acompanhamento Fiscal e de Avaliação de Política Pública do Ministério da Economia, estabelecer uma meta de dívida e flexibilizar a regra do teto para acomodar algum aumento real nas despesas traz como benefícios o compromisso com uma meta crível e o alinhamento com a sustentabilidade fiscal.
Ele defende que isso seja feito amparado em um plano de privatizações, em que as receitas obtidas ajudariam a reduzir o endividamento. Segundo Manoel, os ganhos da implementação do teto em 2016, quando os investidores duvidavam da capacidade do governo em fazer o ajuste fiscal, são "incontáveis". Mesmo assim, ele argumenta que é preciso ajustar a regra. "O novo cenário econômico e sanitário impõe uma renovação desse tipo", afirma.
No ano passado, o senador José Serra (PSDB-SP) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) fiscal que propõe retirar as despesas com Previdência do teto de gastos, desde que seja fixado um limite para a dívida pública da União.
A PEC foi protocolada dias antes de o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentar um conjunto de reformas fiscais, cuja tramitação está paralisada no Senado Federal devido à pandemia.
| Bem Paraná | | | Com o dólar valorizado em relação ao real, o Brasil se tornou "barato" aos olhos do estrangeiro, o que pode se traduzir em aumento do investimento e retomada "surpreendente" do crescimento no período pós-pandemia, se o País mantiver o compromisso fiscal e a agenda de reformas. A avaliação é do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato.
"Se a discussão (sobre contas públicas) for melhor do que o cenário-base, o PIB pode surpreender. Pode começar já no 2.º trimestre uma discussão mais forte sobre as reformas tributária e administrativa, sobre as privatizações. Barato o País já ficou pela depreciação do câmbio. Agora, para a percepção de ficar barato se transformar em uma oportunidade de investimento, depende de olhar para frente e ver que a perspectiva é boa", disse.
Como o sr. avalia o resultado do PIB do 1º trimestre, de queda de 1,5%?
A gente tem separado essa crise em três pilares: de saúde pública, de impactos econômicos e de respostas de políticas públicas, de estratégias de saída. Para pensar a atividade, quanto o PIB vai cair este ano, quanto vai subir no ano que vem, ainda dependemos muito do primeiro pilar, ou seja, de saúde pública.
É o que vai determinar a profundidade e extensão do segundo, que são os impactos econômicos. E até mesmo o terceiro, sobre quais vão ser as respostas de políticas públicas necessárias para mitigar os efeitos (da crise). Então, o que estamos olhando com lupa é ainda o primeiro pilar. Quando os casos do Brasil vão se estabilizar.
Aqui, eu diria que há boas e más notícias: as boas notícias são que o Brasil conseguiu ter uma curva menos inclinada do que a maior parte dos países em que houve colapso do sistema de saúde. Isso ajudou bastante a proteger algumas vidas. A má notícia é que a nossa curva ainda não se estabilizou, ainda está crescendo. Os dados (do PIB) do primeiro trimestre e de abril e maio são muito semelhantes ao que temos visto no mundo todo.
O dado do primeiro trimestre, em particular, a parte de investimento, que cresceu ainda, é um grande retrovisor. Então, tem pouca informação contida naquele PIB que nos ajude a pensar para frente. No segundo trimestre, os indicadores tanto públicos quanto privados apontam para uma queda do PIB que pode chegar a 10%. De novo, muito semelhante à expectativa de outros países: para os EUA é 10%, para a Europa, também. Parece uma crise muito sincronizada. Não dá para evitar um impacto muito grande no segundo trimestre.
Como o sr. avalia que será o processo de retomada?
A retomada, tanto global quanto do Brasil, depende de uma resposta que a gente não tem, que é a existência do remédio. Se tiver remédio, acho que a vida volta ao normal relativamente rápido. Na ausência de remédio, me parece claro que as pessoas não vão voltar à vida normalmente, então, acho que a retomada tende a ser gradual.
As empresas vão ter de se adaptar, tomar alguns protocolos de saúde nas fábricas e nos escritórios, e isso tudo faz com que se tenha não só uma retomada mais gradual, mas custos mais importantes para empresas e a sociedade. Daí que vem nossa projeção: uma queda (do PIB) de 5,9% este ano, com alta de 3,5% no ano que vem.
Então, no fim do ano que vem ainda não teremos retomado o patamar pré-crise?
Pelo cenário-base, a gente ainda não retoma. Estamos vendo um quadro em que há um aumento da taxa de desemprego que é importante, a renda das famílias sendo impactada e o governo e as empresas saindo mais endividados dessa crise. Todo mundo sai um pouco mais endividado dessa crise. Daí vem essa ideia de crescimento de 3,5% em 2021. Dito isso, preciso fazer duas qualificações importantes, uma técnica e uma de cenário.
A técnica é que a projeção de 3,5% do ano que vem já tem embutida uma recuperação forte na margem (alta de 5,5% do PIB no 3.º trimestre e de 2% no 4.º trimestre). Tem uma aceleração importante na margem, que dá um sentimento diferente.
O segundo é se vamos ter condições de surpreender no pós-crise. Se nossa agenda de reformas avançar, se tivermos uma perspectiva de ter o teto de gastos mantido e, portanto, uma redução do prêmio de risco fiscal, temos condições de manter os juros baixos por um período longo. Aliás, é parte do nosso cenário (2,25% para Selic até o fim de 2021) e o crédito junto com as ações do Banco Central de liquidez pode ser um catalisador.
Há ainda um elemento que é chave: essa depreciação do câmbio tornou o Brasil mais barato. Então, se formos capazes de retomar a agenda de reformas nesse contexto de compromisso com as contas públicas, o Brasil tem chance de surpreender. Mas essa surpresa não é o cenário-base ainda. Precisa ver esses desenvolvimentos para que a surpresa se torne o cenário-base e possamos crescer mais do que 3,5% no ano que vem.
De que depende essa surpresa?
O cenário-base é alguma retomada de agenda de reformas, manutenção do teto e de juros baixos. Mas temos incerteza de como vai se dar a discussão disso tudo, em particular das contas públicas no próximo ano. Se a discussão for melhor do que o cenário-base, o PIB pode surpreender.
Pode começar já no segundo trimestre uma discussão mais forte sobre a reforma tributária e administrativa, sobre as privatizações. Barato o País já ficou pela depreciação do câmbio. Agora, para a percepção de ficar barato se transformar em uma oportunidade de investimento, depende de olhar para frente e ver que a perspectiva é boa. Precisa ver como vai ser o cenário pós-pandemia.
Por que o câmbio brasileiro se descolou tanto dos emergentes nos últimos meses?
Essa é uma característica que deriva, de um lado, da profundidade do nosso sistema financeiro e, muitas vezes, os investidores usam os ativos brasileiros para fazer proteção ou se defender de outros mercados. Mas tem uma segunda dimensão. Ao não crescer (o PIB) , a dívida pública continua crescendo em relação ao PIB. Não crescer gera todo tipo de tensão política que você pode imaginar.
| Bem Paraná | | | Concessões por antecipação de recebíveis caíram 61,6% em abril, menor patamar desde maio de 2018
O tombo do varejo freou também o mercado de maquininhas de cartão, e as cinco principais empresas do setor —Cielo, Getnet, PagSeguro, Rede e Stone— já reduzem o crédito via antecipação de recebíveis a lojistas e indicam preocupação com um provável aumento da inadimplência.
A Stone, por exemplo, afirmou em relatório a acionistas que o impacto negativo do coronavírus no primeiro trimestre foi de pelo menos R$ 61 milhões e que, dada a incerteza do cenário, a expectativa é de um aumento nos níveis de inadimplência da portfólio de crédito.
“Nossa política foi a de não emprestar para os setores considerados mais arriscados, como companhias aéreas, negócios sazonais, clientes que já tivessem um bloqueio em seus recebíveis e comerciantes expostos a altos níveis de estornos”, disse a companhia no documento.
"Além disso, melhoramos significativamente nosso sistema de escore e nossa gestão de preços também oferece uma proteção significativa contra inadimplência", completaram executivos da Stone
Melhora no sistema de escore e gestão de preços significam, do lado de quem concede empréstimos, crédito a menos clientes e a taxas mais elevadas. Mas protege o acionista, preocupado com a rentabilidade dos negócios na crise.
Lojistas perceberam —e reclamaram— logo no início da pandemia da maior dificuldade de acesso a financiamento.
De acordo com dados do Banco Central, as concessões de crédito por antecipação de recebíveis caíram 61,6% em abril em comparação a março, para R$ 11,9 bilhões –o menor patamar desde maio de 2018. Já os empréstimos com descontos de duplicatas tiveram queda de 44,1%, para R$ 25,1 bilhões.
Antecipação de recebível existe quando um lojista vende no cartão de crédito (à vista ou parcelado). Geralmente ele leva 30 dias para receber pela venda, mas se quiser antes o dinheiro, antecipa com a empresa de maquininha o valor, pagando uma taxa.
Essa é uma das receitas das empresas de maquininhas —as outras são a taxa paga a cada transação e a receita com aluguel e venda de aparelhos.
Mas a antecipação de recebíveis encolhe não somente pela maior seletividade na concessão do crédito, mas também pela queda nas receitas dos lojistas que, sem vendas, também não possuem recebíveis a adiantar.
Analistas que acompanham as empresas listadas em Bolsa (Cielo, PagSeguro e Stone) já haviam cortado projeções para os resultados deste ano. Mariana Taddeo e Kaio Prato, do UBS, estimaram queda de 20% no volume de transações neste ano, considerando a média das operações que passam pelas maquininhas das três companhias.
“Esperamos que os gastos do consumidor permaneçam fracos uma vez que o isolamento e o distanciamento social podem continuar naturalmente [mesmo com a reabertura da economia] e que há um aumento do desemprego, enquanto os salários diminuem”, afirmaram em relatório.
No primeiro trimestre, a queda no lucro líquido e nas receitas não foi generalizada —PagSeguro e Getnet apresentaram altas de 15,2% e 24,3% nos ganhos do primeiro trimestre ante igual período de 2019—, mas o cenário é nebuloso para o segundo trimestre.
As estimativas acompanham os demais indicadores da economia, já que atividades não essenciais tiveram o primeiro mês completo de paralisação em abril, medida que se estendeu ao longo de maio em boa parte do país.
A combinação de aversão ao risco e queda no varejo também afeta as empresas de capital fechado. A Rede, braço de maquininhas do Itaú Unibanco, e a Getnet, do Santander, sinalizavam queda de receita no primeiro trimestre.
No Itaú, as receitas com maquininhas caíram 33,4% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2019, reflexo do menor faturamento com antecipação de recebíveis, taxas de desconto cobradas de lojistas e aluguel dos aparelhos. O Itaú adotou uma estratégia agressiva de redução de taxas a partir de maio do ano passado, o que ajuda a explicar a forte queda na comparação anual.
O aumento da competição promovido pela Rede apareceu na fala de executivos do Santander, que apontaram a maior competição entre empresas do setor como causa para a queda de receita no primeiro trimestre.
“São dois comportamentos. Além da queda de transacionalidade entre 30% e 40% por causa da capacidade reduzida de consumo, há também um comportamento macro do setor com questões de competitividade e precificação do lado do crédito que colocam uma pressão negativa”, afirmaram em coletiva para falar sobre os resultados do banco no primeiro trimestre.
Segundo os analistas do UBS, o setor pode se recuperar conforme o varejo reabre. Enfrentará, porém, o risco da crise sobre os pequenos negócios.
“Uma pesquisa realizada pelo Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas] mostra que 30% dos comerciantes podem manter a loja aberta por apenas um mês e outros 36% por até três meses. Assim, vemos o volume total de pagamentos diminuindo até julho na base anual, com recuperação apenas no quarto trimestre deste ano”, dizem os analistas do UBS em relatório.
| Folha de S.Paulo | | | Sem fazer novas reformas para controlar o ritmo de avanço das despesas públicas, o teto de gastos pode estourar já em 2021, prevê o economista Gabriel Leal de Barros, do BTG Pactual.
Além do aumento nas despesas, a forte desaceleração da inflação na esteira do menor consumo das famílias acaba jogando contra a equipe econômica, ao reduzir o porcentual de correção do limite de gastos para o ano que vem.
O teto é o mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior. No envio da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, há um mês, a equipe econômica estimava que a correção do teto seria de 3,23%, equivalente a um espaço adicional de R$ 47 bilhões. Agora, a pasta prevê que a variação será menor, de 2,08%, o que resultaria numa ampliação do teto em R$ 30,3 bilhões para o ano que vem.
Mantida a dinâmica atual, Barros calcula que o governo já tem contratada uma diferença de R$ 5,3 bilhões no limite para 2021, sem contar despesa adicional de R$ 10 bilhões, caso o Senado mantenha posição da Câmara e aprove a prorrogação da desoneração da folha de salários para 17 setores. O tema pode ser votado na Casa nesta semana.
O valor cresce exponencialmente nos anos seguintes, chegando a um estouro de R$ 142 bilhões em 2026, ano em que a regra pode ser revista.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, o próprio Ministério da Economia admite uma redução de R$ 16,7 bilhões no limite de 2021 em relação ao previsto inicialmente devido à inflação menor. Economistas de mercado, porém, acreditam que a restrição pode ser ainda mais intensa.
Gastos obrigatórios com Previdência e salários de servidores, por sua vez, têm historicamente crescido em ritmo acima da inflação, o que exige da área econômica cortes em outras áreas para assegurar o cumprimento do teto - hoje, a principal âncora fiscal do governo, diante da dificuldade em fazer previsões para a arrecadação.
Para evitar um estouro do teto, que poderia acionar gatilhos que vedam determinadas despesas do governo e gerar desconfiança de investidores sobre a sustentabilidade fiscal do País, o ideal para o economista é o governo tentar acelerar a agenda de reformas estruturais, paralisada pela pandemia.
Entre essas medidas, estão a PEC Emergencial, que autoriza a redução de jornada e salário de servidores em até 25%; a reforma administrativa (prevendo revisão na forma de contratação de funcionários no setor público); a revisão do abono salarial e a melhoria do processo de compras públicas.
| Bem Paraná | | | O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, registrou deflação de 0,24% em maio, reduzindo o ritmo de queda em relação aos declínios de 0,30% registrado em abril e de 0,38% observado na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O resultado de maio ficou dentro das estimativas de 11 instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de recuo de 0,31% a baixa de 0,19%, mas acima da mediana, de -0,28%.
Com a queda de maio, o IPC-Fipe passou a acumular ligeira deflação de 0,05% no acumulado dos primeiros cinco meses de 2020. Já no período de 12 meses até maio, o índice registrou alta de 2,38%.
No último mês, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe caíram com menor intensidade ou subiram com mais força. Foi o caso de Habitação (de -0,51% em abril para -0,12% em maio), de Transportes (de -1,78% para -1,23%), de Despesas Pessoais (de -1,57% para -0,83%) e de Educação (de 0,02% para 0,03%).
Por outro lado, os itens Alimentação (de 1,26% em abril para 0,66% em maio) e Saúde (de 0,44% para 0,18%) desaceleraram, enquanto o de Vestuário ampliou deflação (de -0,01% para -1,22%).
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe em maio:
- Habitação: -0,12%
- Alimentação: 0,66%
- Transportes: -1,23%
- Despesas Pessoais: -0,83%
- Saúde: 0,18%
- Vestuário: -1,22%
- Educação: 0,03%
- Índice Geral: -0,24%
| Bem Paraná | | | Em relatório divulgado ontem, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirmou que o aumento dos déficits fiscais de economias emergentes vai representar um "desafio de financiamento" para esses países. O IIF cita o Brasil, além da África do Sul e da Turquia. No caso brasileiro e da África do Sul, a entidade diz que os bancos centrais podem ter de "auxiliar" na política fiscal. Em relação a Turquia, a avaliação é que os bancos privados devem financiar o déficit, com participação "limitada" do BC local.
O IIF acrescenta que os déficits fiscais devem aumentar "bruscamente", na medida em que a pandemia vai conter a receita tributária e criar necessidades temporárias de gastos extras. No Brasil, a previsão da entidade é de déficit de 13% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Cortisona"
Em live organizada pelo banco BTG Pactual, o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan disse que vê um excesso de otimismo nas previsões de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), e também de parte do mercado de uma recuperação na forma de "V" após a pandemia do coronavírus.
Já o economista Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central (BC), disse que os mercados estão neste momento otimistas com o que chamou de "cortisona monetária", em referência à injeção de liquidez feita em coordenação pelos maiores bancos centrais do mundo.
"O mundo está um pouco animado demais, dopado por essa cortisona", afirmou ele.
| Bem Paraná | | | A Braskem reverteu lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 928 milhões no primeiro trimestre de 2019 em prejuízo de R$ 3,649 bilhões no mesmo período de 2020. O prejuízo também é 25% maior na comparação com o quarto trimestre do ano passado, quando as perdas chegaram a R$ 2,922 bilhões. Os dados foram enviados nesta quarta-feira (3) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O relatório de resultados informa que o prejuízo ocorreu em função, principalmente, do impacto da variação cambial no resultado financeiro da empresa, que tem dívida em moeda estrangeira, além do ciclo de baixa do setor petroquímico que sofre em todo o mundo com a queda da demanda provocada pelo novo coronavírus (covid-19).
Houve no período depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida no valor de US$ 2,407 bilhões e do peso mexicano frente ao dólar sobre o saldo devedor de um mútuo da Braskem Idesa no montante de US$ 2,255 bilhões em 31 de março de 2020.
Entre janeiro e março, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da companhia atingiu R$ 1,313 bilhão, queda de 22% em relação a R$ 1,683 bilhão registrado no mesmo período do ano passado, em função de menores spreads no mercado internacional. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, quando chegou a R$ 993 milhões, houve alta de 32%.
Em dólar, o Ebitda recorrente da Braskem foi de US$ 294 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 34% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando chegou a US$ 446 milhões também em função de menores spreads no mercado internacional. Em relação ao quarto trimestre do ano passado houve alta de 22%, explicada pelo maior volume de vendas de resinas no mercado brasileiro, de polipropileno (PP) nos Estados Unidos e Europa e de polietileno (PE) no México; e por menores despesas com vendas, gerais e administrativas.
A receita líquida de vendas caiu 3% entre janeiro e março deste ano ante o mesmo período do ano passado, chegando a R$ 12,625 bilhões. Na comparação com o quarto trimestre de 2019 (R$ 12,640 bilhões) praticamente não houve alteração.
Já o resultado financeiro ficou negativo em R$ 6,254 bilhões no primeiro trimestre, ante perdas de R$ 923 milhões reportadas um ano antes. No quarto trimestre do ano passado, o resultado financeiro tinha sido negativo em R$ 923 milhões.
A alavancagem da companhia, medida pela relação dívida líquida/Ebitda em dólares, passou de 4,71x em dezembro para 5,84x ao final de março. Em março de 2019, a alavancagem da petroquímica estava em 2,09x.
| Bem Paraná | | | Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) promove série de eventos online para discutir o tema. Painel de abertura será no dia 10 de junho
A indústria 4.0 ganhará um novo status de relevância no Brasil no momento da retomada econômica pós-pandemia. Esta é a crença da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), que irá promover uma série de eventos online a partir de 10 de junho para discutir o papel da transformação digital, quais serão os novos desafios, as dificuldades de implementação e como romper estes obstáculos.
"Essa nova realidade afeta os segmentos industriais de formas muito diferentes, mas requer que todas as empresas se reinventem. E esta adaptação passa pela adoção das tecnologias ligadas à indústria 4.0 e à digitalização. Quem se mover mais cedo, mais rapidamente e de forma mais decisiva vai estar melhor posicionado, com um cenário mais favorável, comparado a quem ficar meio perdido neste processo", alerta o presidente da entidade, José Rizzo.
O painel de abertura do ABII Live Talks, que tem como tema "Indústria 4.0 e o momento da retomada", será no dia 10 de junho, às 10 horas (com duração de uma hora e meia), e pretende ajudar a indicar como será essa nova realidade industrial do Brasil pós-pandemia. A transmissão será ao vivo pelo YouTube da ABII e a participação será gratuita e aberta para todos que tiverem interesse.
Esse primeiro painel reunirá quatro grandes empresas do cenário nacional, sob as óticas de consultoria estratégica, indústria automotiva, bens de consumo e área da saúde. Estão confirmadas as participações da Accenture, empresa de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing; General Motors, que tem como principal área de negócios a produção de automóveis; BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, com mais de 30 marcas em seu portfólio; e Hospital Israelita Albert Einstein, que tem a inovação como um de seus pilares. O presidente da ABII será o mediador.
Renate Fuchs, associate director da Accenture, vai falar dos desafios atuais, como aumentar a produtividade e a segurança em tempos incertos como este, além de apontar as soluções de Indústria 4.0 para curto, médio e longo prazo.
Carlos Sakuramoto, gerente de tecnologia e inovação da engenharia de manufatura da GM; Carlos Coutinho, gerente executivo de inovação em operações industriais de BRF; e José Terra, diretor executivo de inovação e transformação digital do Albert Einstein; irão contar como estão lidando, cada um em seu segmento, com esta nova realidade no que diz respeito as suas iniciativas digitais, de indústria 4.0 e IIoT (Industrial Internet of Things). Quais as novas estratégias? O que muda neste momento: reduzir, acelerar, manter tudo como está? Quais os principais obstáculos que estão enfrentando?
"A grande premissa é de que no próximo ano todas as empresas vão operar diferente do que antes da pandemia. As empresas terão que entender como se reposicionar nesta nova realidade, que mercados e formas de trabalho deixaram de existir. E nesta adaptação que envolve mudanças profundas na logística, na forma como as pessoas trabalham e na interação com o cliente, a chave é a adoção da tecnologia. Então, acelerar a indústria 4.0 é dar maior chance para que as empresas brasileiras se reposicionem rapidamente neste novo contexto e sigam competitivas", reforça Rizzo.
Nos dias 17 e 24 de junho e 1º de julho, outros três eventos online vão se concentrar nas soluções focadas nas áreas de negócios, tecnologia e pessoas, nesta ordem. Como justificar os investimentos na aceleração digital no ponto de vista do negócio? Quais são os desafios tecnológicos e como vencê-los? Como ficam as pessoas em meio a todas estas mudanças? Como mobilizar o time para que a mudança ocorra de forma mais rápida? Estas são algumas das perguntas que farão parte dos debates.
"A missão da ABII neste momento é a de ajudar as empresas que decidiram realizar sua transformação digital. E com a realização desta série de eventos, acreditamos que será um estímulo para quem deseja dar os primeiros passos e também para quem deseja acelerar estes passos no nosso 'novo normal'. Na pós-pandemia, mais do que nunca, acelerar a IIoT e a indústria 4.0 serão fatores de sobrevivência e competitividade para qualquer empresa", finaliza Rizzo.
Serviço:
O quê: painel de abertura do ABII Live Talks
Quando: 10 de junho, às 10 horas
Onde: ao vivo pelo YouTube da ABII (https://youtu.be/QbUCmqY7anM)
Quanto: gratuito e aberto para quem tiver interesse
Convidados: Renate Fuchs, associate director da Accenture; Carlos Sakuramoto, gerente de tecnologia e inovação da engenharia de manufatura da GM; Carlos Coutinho, gerente executivo de inovação em operações industriais de BRF; e José Terra, diretor executivo de inovação e transformação digital do Hospital Israelita Albert Einstein
Mediador: José Rizzo, presidente da ABII
Sobre a ABII
A Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da indústria 4.0 e da IIoT (Industrial Internet of Things) no Brasil. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais, a partir do desenvolvimento de tecnologias e inovação. A entidade tem 47 empresas associadas. A ABII é signatária do Acordo de Cooperação com o IIC (Industrial Internet Consortium), consórcio criado em 2014, nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela IBM, GE e Intel. Buscando inserir o Brasil nesta revolução, Pollux, FIESC/CIESC e Embraco uniram-se para fundar a ABII.
| Ind 4.0 | | | Economista lança novo livro e defende que transformação da sociedade aponta para um sistema informacional que pode superar o próprio capitalismo
O economista Ladislau Dowbor está lançando O Capitalismo se Desloca: Novas Arquiteturas Sociais, livro em que discute as profundas transformações do sistema no século 21. “Um livro sobre os caminhos da sociedade”, como ele define. “Em vez de comentar ou lamentar como o capitalismo que conhecíamos vem se transformando, procuro buscar o futuro que se forma no horizonte”, diz, em seu blog. Segundo ele, as mudanças nas formas de exploração, no contexto do mundo tecnológico, sugerem que o mundo caminha para “muito além de uma indústria 4.0”.
O livro está disponível em versão on-line. “É o modo de produção no seu conjunto que se desloca. O raciocínio aqui não é econômico, é sistêmico, e procura traçar novos rumos”, explica o professor.
Na terça-feira (26), Ladislau Dowbor fez uma apresentação e discussão das ideias-chave do livro, em um debate com o jornalista Antonio Martins promovido pelo Sesc de São Paulo. O economista disse que o acúmulo de pequenas transformações nas relações de riqueza e nas relações sociais, vistas no mundo contemporâneo, pode trazer mudanças qualitativas para as pessoas. “O capitalismo pode estar sofrendo uma transformação definitiva para um sistema informacional, um novo mundo que supere o próprio capitalismo.”
De acordo com sua análise, não é que o capitalismo está mudando, mas “está nascendo outra coisa, que não é a indústria 4.0, é uma mudança tão profunda como da era feudal-agrária para a da indústria”.
Na quinta (28), ele comentou o tema de sua obra em sua coluna semanal no Seu Jornal, da TVT.
Sua análise envolve uma visão que pode ser avaliada como otimista, apesar de constatar que a concentração de renda, devido ao controle exercido pelo capitalismo financeiro, não produtivo, é enorme. Ele acredita na evolução para uma situação em que seja possível a instituição de uma renda básica universal.
Isso pode viabilizar a redução da jornada de trabalho, por exemplo, a partir da qual as pessoas possam “trabalhar menos para tralharem todos”. Ele lembra que alguns países já adotam a jornada reduzida.
É o caso da fria Finlândia, por exemplo, cuja primeira-ministra, Sanna Marin, disse em janeiro acreditar que “as pessoas merecem passar mais tempo com as famílias, entes queridos, se dedicar a hobbies e outros aspectos da vida, como a cultura”. Com 34 anos, Sanna, uma líder de centro-esquerda, é a mulher chefe de Estado mais jovem do mundo.
Soluções como essa apontam para uma mudança gradativa das relações de trabalho atuais, nas quais, diz Dowbor, “uma parte das pessoas está desesperada por trabalhar muito e outra parte por não ter emprego”.
Coronavírus e transformações
Na opinião do professor, a pandemia de coronavírus que assola o mundo provoca uma situação dramática, “mas é um prego no caixão” de um sistema que produziu a contaminação da água doce, a perda de solo agrícola pelo plantio de monoculturas como a soja e a pecuária, que, entre outras atividades predatórias, estão “liquidando as florestas”.
No caso do Brasil, Dowbor tem defendido que é urgente a instituição de uma “renda básica generalizada”, fortalecimento do Sistema Único de Saúde e “financiamento local”. O que acontece, porém, é que o governo Bolsonaro destina R$ 1,2 trilhão, ou 16% do PIB, aos bancos, e apenas R$ 98 bilhões vão para a população vulnerável.
Apesar de chefes de Estado como o poderoso Donald Trump e seu seguidor Jair Bolsonaro negarem, o sistema está transformando o clima, o que é comprovado pela ciência, rejeitada por eles e os negacionistas. O sistema está também “enchendo os oceanos de plásticos, nos enchendo de produtos químicos que causam câncer”, diz Dowbor. Segundo estimativas das Nações Unidas, o câncer mata cerca de 10 milhões de pessoas por ano.
Não vão soltar a sardinha
Para o professor, com ou sem pandemia, a elite “não vai soltar a sardinha de graça”. No entanto, “as grandes mudanças acontecem em momentos de crise”. Ele cita, por exemplo, a transformação por que passaram os Estados Unidos após a grande crise de 1929. Entre medidas adotadas pelo presidente Franklin Roosevelt, estava a cobrança de imposto sobre capital improdutivo com alíquotas que chegavam a e 90%.
Com o New Deal, Roosevelt adotou políticas de grandes investimentos em obras públicas e infraestrutura, na indústria e na agricultura, com diminuição da jornada de trabalho para incentivar a criação de empregos.
Uma das mudanças mais significativas do novo mundo que se anuncia, conforme trata Ladislau Dowbor em seu livro, é o conhecimento imaterial e a possibilidade de sua disseminação pela internet, por exemplo. É o caso dos livros. No entanto, as patentes e o copyright, como normas de controle, ainda “estão travando” o acesso de grandes populações a esse conhecimento.
| Ind 4.0 (publicado em 02-06-2020) | | | A Cummins Brasil, fabricante de grupos geradores, é a única companhia a produzir todos os componentes que compõem o equipamento: motor, alternador, filtro e controlador.
Segurança e continuidade nas operações para garantir que os sistemas continuem operando numa eventual falta de energia. Quando dimensionado corretamente, incluindo estudos de consumo em horários de pico, um grupo gerador é um verdadeiro aliado para evitar a inoperância de sistemas de controle de acesso e segurança, além de toda a operação de uma empresa .
A Cummins Brasil, fabricante de grupos geradores localizada em Guarulhos (SP), destaca-se no mercado por ser a única companhia a produzir todos os componentes (as soluções são integradas) que compõem o equipamento: motor, alternador, filtro e controlador.
De acordo com Ricardo Graciolli, supervisor de Engenharia de Aplicações da Cummins Power Generation, para determinar o melhor grupo gerador ao seu negócio, o cliente deve inicialmente definir o perfil de utilização de energia elétrica, ou seja, se busca energia de backup para situações de emergência e desabastecimento por parte da concessionária ou uma forma de economia e fornecimento de energia alternativa por períodos mais longos.
O passo seguinte é definir a potência total que necessita alimentar. “Com isso, conseguimos verificar quais os modelos de geradores disponíveis na faixa de potência e também os combustíveis disponíveis para atender essa demanda”, afirma o engenheiro.
O gerente de Power Systems da Distribuidora Cummins Brasil, Heber Jordão, acrescenta que o Diesel é sem dúvida o combustível mais acessível, com investimento inicial menor e também trata-se do mais indicado para aplicações em emergência.
“Já o gás, recomendamos para aplicações nas quais haverá geração de energia continuamente ou até mesmo cogeração, em que se utiliza os insumos térmicos do gerador para alimentar outros dispositivos como ar condicionado, caldeiras e chillers. No entanto, o uso de gás natural deve ser avaliado, pois não temos disponível em todas as regiões”, afirma Jordão.
Local de instalação - É fundamental avaliar o local da instalação de um grupo gerador, visando o correto fluxo de ar e adequando para que a entrada de ar frio na sala seja oposta à exaustão do ar quente para fora da sala. Outro ponto importante é checar o nível de ruído desejado para que não tenha problemas com os vizinhos ou dentro do próprio ambiente em que estará instalado o gerador. Acessibilidade também deve ser levada em consideração, pois neste local será necessário efetuar futuras manutenções, abastecimentos e operações do gerador.
“É indicado que em todos os casos aconteça uma visita ao local para que a equipe de engenharia da Cummins analise esses itens, além das questões logísticas por se tratar de um equipamento de grande porte, verificando o entorno da edificação, local para movimentação da carga e acesso às dependências do cliente”, reforça Jordão.
Vale acrescentar que a Cummins Brasil oferece soluções tanto para equipamentos que serão instalados em locais abertos utilizando carenagens ou para instalações dentro de edificações, com o uso de kits de atenuação de ruídos para salas, compostos por atenuador de aspiração, atenuador de exaustão, silencioso de escape e porta acústica. Nesses casos, os níveis de ruídos são reduzidos para condições aceitáveis de conforto, tornando possível utilizar geradores em ambientes críticos como hospitais e residências.
Atendimento Cummins - A companhia preza por um atendimento personalizado, já que o processo de definição de um gerador é muito particular. “Jamais uma solução se repete, pois cada cliente tem uma característica única, com um perfil de carga, local de instalação e principalmente necessidades e expectativas”, diz Graciolli.
Ainda de acordo com ele, todo o processo de atendimento da Cummins tem início com uma visita, ocasião em que serão levantados todos quesitos técnicos e também o perfil comercial da oportunidade, para que em seguida seja possível dimensionar o gerador, definir o quadro elétrico de transferência que conecta o gerador às cargas, escolher a melhor solução de acústica e só assim gerar uma proposta de fornecimento”.
A Cummins possui em sua equipe comercial, vendedores e engenheiros capacitados para fornecer a todos os seus clientes um atendimento personalizado, visando sua plena satisfação não só com produtos mas também com a excelência no atendimento. As vantagens de ter esse tipo de atendimento é que o cliente fica confortável por saber que tem uma equipe técnica e comercial suportando sua exata necessidade e onde podemos gerir o negócio e direcionar para o melhor equipamento Cummins, o que garante uma maior confiabilidade.
| CIMM ( publicado em 02-06-2020) | | | Diretora geral das marcas Peugeot, Citroën e DS no Brasil, a executiva comenta os resultados da pesquisa Liderança do Setor Automotivo
Única mulher à frente de uma marca de veículos no Brasil, Ana Theresa Borsari lidera não apenas uma, mas três operações: ela é diretora geral da Peugeot, Citroën e DS, responsável por conduzir as decisões comerciais das três empresas no País. Ser a única profissional nesta posição passa longe de assustar a executiva: em 2011 ela foi a primeira mulher do mundo a ter o comando da Peugeot em um país, a Eslovênia.
“Eu me lembro quando disse ao diretor mundial da marca que gostaria de assumir a liderança da empresa em um país. Ele quase caiu da cadeira”, lembra, dizendo que hoje ser uma mulher no topo da hierarquia de uma empresa automotiva já é cada vez mais comum – uma normalização que ela espera que siga em curso.
Com este olhar, Ana Theresa foi uma das lideranças escolhidas para conhecer em primeira mão e comentar os resultados da pesquisa Liderança do Setor Automotivo, feita por AB em parceria com a Mandalah e com a MHD Consultoria.
O levantamento é resultado de entrevistas com 673 profissionais que atuam em empresas automotivas. A conversa com Ana Theresa, realizada ainda no fim de 2019, ganha ainda mais relevância no contexto de impermanência imposto pela pandemia de coronavírus, que exige novas capacidades das lideranças.
A seguir, a executiva fala do desafio de se preparar para atuar em uma realidade volátil, da buscar por fomentar a diversidade em uma indústria tão homogênea e sobre a importância de trabalhar com propósito.
Segundo a pesquisa Liderança do Setor Automotivo, 93% das pessoas em posição de alta gestão nas empresas do segmento são homens e 87% são brancos. A maioria é formada em engenharia. Que leitura você faz deste perfil tão homogêneo?
O setor automotivo é extremamente tradicional e percebemos isso no convívio: existe um padrão e um perfil específico pré-estabelecido. Eu busco alimentar a diversidade. O meu comitê de direção é uma torre de Babel. Muito mais do que diversidade de gênero, cor, perfil, busco pessoas com atitudes diferentes, com backgrounds variados, que pensem a partir de óticas distintas.
Não tem argumento melhor pela diversidade do que os resultados que ela é capaz de gerar. Diversidade abre o foco e traz um olhar mais amplo do negócio – coisas essenciais no momento em que as empresas precisam enxergar novos horizontes.
É alavanca para ganhar performance, eficiência e rentabilidade. Com os modelos antigos em xeque, é necessário buscar pessoas diferentes para trazer transformação para os negócios.
Você percebe resistência a esta abordagem mais plural nos contextos em que transita no setor?
Antigamente era pior, eu era uma extraterrestre: mulher, advogada e brasileira. Completamente fora do padrão da indústria. Hoje as pessoas já têm mais compreensão de que é possível reunir perfis distintos e, com isso, gerar resultados muito concretos.
Eu me lembro quando disse ao diretor mundial da Peugeot que gostaria de dirigir a marca em um país. Ele quase caiu da cadeira. Fui a primeira mulher no mundo a assumir a liderança da empresa em um país, era uma ruptura. Hoje em dia é algo normal. Nos países mais desenvolvidos isso é ainda mais natural, nem é mais tema de discussão. Espero que a gente caminhe nesse sentido.
Os respondentes da pesquisa indicaram que as palavras que melhor definem o momento atual é transformação e mudança. Qual seria a sua palavra para este momento do setor automotivo? Você entende o contexto como oportunidade ou insegurança?
O setor automotivo mundial está passando por uma grande transformação em dois eixos: a eletrificação e a sustentabilidade de um lado, e de outro, a mudança de produto para serviço.
Todos os construtores automotivos estão se preparando. Do ponto de vista de liderança, este é um catalisador porque estamos em um momento de xeque do setor, em uma transformação profunda em que você precisa buscar pessoas de perfis diferentes para realmente trazer inovação para dentro do seu negócio.
A pesquisa também mostra que as lideranças não se consideram seguras para lidar com o momento de instabilidade: 60% dos respondentes se dizem moderadamente preparados para este contexto. Como você avalia este cenário?
A preparação nos dias de hoje é muito menos técnica e muito mais mental e comportamental. Principalmente quando se trata de um momento de transformação, que requer serenidade, abertura de mente e uma certa ousadia para experimentar novos modelos. Você precisa colocar a sua empresa na fluidez necessária para que as transformações aconteçam de forma natural.
Principalmente quando se trata de um momento de transformação, que requer serenidade, abertura de mente e uma certa ousadia para experimentar novos modelos. Você precisa colocar a sua empresa na fluidez necessária para que as transformações aconteçam de forma natural.
Há coisas concretas neste sentido já em prática na Peogeot, Citroën e DS?
Somos fãs do mindfullness (técnica de meditação e atenção plena). A liderança precisa ter esta oxigenação da mente. É essencial não só para gerenciar momentos de conflitos, mas também para ter a serenidade de esvaziar a cabeça para que novas ideias e abordagens surjam e você consiga aceita-las.
A liderança do futuro vai ser mais zen, capaz de criar um ambiente em que todos se sintam livres para colocar suas ideias na mesa. Entendo que é assim que a gente constrói.
A pesquisa indica que empatia é a característica vista como essencial às lideranças. Você concorda?
Quando falta empatia é sinal de que as coisas são diretivas e coercitivas. Chamamos de falta de empatia quando o trabalho acontece por pressão e, para mim, este mundo não existe mais. Podemos fingir o tempo que for, mas esta liderança da pressão, do chicote, não é verdadeira, não é perene.
Como você avalia este contexto diante do avanço das novas gerações ao mercado de trabalho?
Todo mundo diz que as novas gerações precisam de um propósito, mas a verdade é que a principal diferença em relação a nós é que eles dizem o que pensam. Nós já queríamos o mesmo, mas talvez não tínhamos a coragem de verbalizar e acabávamos aceitando a falta de propósito ou lideranças que não nos inspiravam. Os jovens não vão aceitar.
No fundo, tanto a pessoa de 20 quanto a de 50 anos querem trabalhar em um lugar que oferece a oportunidade de falarem o que pensam, de se expressarem e serem 100% verdadeiros. Se não for assim, não tem graça.
Como liderança, é difícil manter o equilíbrio entre ter empatia, saber ouvir, mas também desafiar profissionalmente as pessoas?
O presidente global do Grupo PSA, Carlos Tavares, costuma dizer que a exigência é a maior demonstração do respeito. Elevar o nível de exigência com os colaboradores é o indício mais claro de que você acredita na capacidade deles de entregar mais. Me coloco no lugar do outro e acredito que, cada vez que você extrai o melhor do trabalho de alguém, faz aquele indivíduo evoluir.
Empresas são feitas de relações humanas. Estimular o crescimento das pessoas é o melhor que podemos fazer enquanto líderes. É isso que fica quando deixamos um cargo para trás. Ninguém quer mais trabalhar em uma empresa em que o chefe manda e a gente executa sem nem saber o por quê. Não há mais espaço para isso.
Entre uma série de assuntos indicados no estudo, inovação aparece como a prioridade para os entrevistados. Já temas como diversidade, engajamento dos colaboradores e fortalecimento cultural, têm baixa relevância para a liderança. O que provoca esta falta de percepção sobre a conexão entre estes temas?
Imagino que as pessoas não tenham se dado conta do potencial que a diversidade traz. Não é uma questão de cumprir cota, de atender a uma cobrança da matriz ou de criar uma imagem cool para a empresa. É através da diversidade que conseguimos resultados concretos.
Há um viés que impede esta abordagem mais ampla da liderança?
Muita gente ainda vem de um mundo de receitas prontas, sem abertura para estes conceitos. Por outro lado, quando olhamos para a mulher sinto que falta assumir o protagonismo. Elas precisam se colocar, desenvolver a autoestima e não ter medo de ter ambição profissional. Tanto homens quanto mulheres têm papeis importantes a desenvolver. Temos muito trabalho e é importante colocar estes temas na mesa.
Nesta edição da pesquisa, 36% dos entrevistados disseram que a companhia em que trabalham tem um propósito definido, claro e capaz de orientar as estratégias. Qual é a sua visão sobre propósito?
Tivemos um movimento muito radical pela posse, de fazer com que as pessoas sejam classificadas pelos seus bens materiais. Na Europa há muito tempo a visão é outra: as pessoas se definem por aquilo em que acreditam, não pelo que têm. Este é um movimento que ganha força aqui, principalmente por esta demanda das novas gerações.
Acordamos de manhã e queremos saber por que estamos indo trabalhar, que bem vamos fazer. As empresas precisam entender que este não é um esforço apenas institucional, mas algo inerente às pessoas.
Propósito não é criar uma frase de efeito, mas sim fomentar a contribuição humana para o mundo. O ambiente de trabalho pode ser um espaço para que as pessoas realizem seu propósito.
| Automotive Business | | | | Trabalho feito após revisões e manutenções inclui utilização de ozônio e até troca do filtro de ar-condicionado
A rede de concessionárias Hyundai passa a oferecer em todo o País a desinfecção de veículos por R$ 99, preço especial com duração até 31 de julho. Chamado Hyundai Protege, o serviço ajuda no combate à pandemia de Covid-19.
O trabalho pode ser feito após as revisões e manutenções, conforme definição do cliente. O processo dura 25 minutos e é composto por três etapas: oxi-sanitização (com utilização de ozônio para livrar a cabine de fungos e bactérias), esterilização dos pontos de contato e limpeza do ar-condicionado com troca do respectivo filtro.
Os veículos também são lavados e aspirados: “O programa conta com adesão de toda a nossa rede de concessionárias, que está subsidiando parte dos custos neste primeiro momento”, afirma o diretor adjunto de pós-venda da Hyundai Motor Brasil, Luiz Estrozi.
Também como consequência da quarentena, a Hyundai prorrogou mais uma vez a garantia de seus modelos. Aquelas que expiram a partir de 10 de março contam com extensão até 30 de junho. Em março, esta e outras montadoras já haviam alterado prazos de garantia e revisões para reduzir o fluxo nas oficinas e a possibilidade de contágio pelo coronavírus.
| Automotive Business ( publicado em 02-06-2020) | | | Clientes aproveitaram preços antes de reajustes pela alta do dólar e importadores venderam 33% mais em maio
As 15 marcas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) registraram em maio crescimento porcentual expressivo de 33% nas vendas de veículos importados em relação a abril. Mas o desempenho continua bastante abaixo dos níveis pré-pandemia, com apenas mil unidades negociadas, volume três vezes menor do que os 3 mil carros vendidos pelos importadores em maio de 2019.
A evolução foi sobre base baixa de comparação e o resultado é efêmero, pois o aumento da demanda foi causado por clientes que puderam aproveitar para comprar um modelo importado antes dos inevitáveis reajustes de preços que serão aplicados a partir de junho, provocados pela disparada na cotação do dólar, que passa de R$ 5,00.
O movimento de melhora nas negociações de importados em maio já havia sido antecipado uma semana antes por João Oliveira, presidente da Abeifa, em entrevista da série Lives #ABX20 promovida por Automotive Business. Na ocasião, Oliveira previu que as vendas dos importadores associados este ano devem recuar 30%, em linha com o resto do mercado.
A Abeifa destaca em seu comunicado mensal de resultados que “o aumento de vendas em maio não alivia a pressão sobre o setor”, que segue severamente afetado pela pandemia de coronavírus, que fechou a maioria das concessionárias nos últimos dois meses e veio acompanhada por alta recorde do dólar, de mais de 45% só este ano – o real é a moeda que mais perdeu valor no mundo em 2020.
“As consequências da pandemia e a valorização de dólar e euro mostram-se devastadoras para o nosso setor. Em maio, como ainda havia estoques de unidades importadas antes dessa elevação acentuada do câmbio, as associadas puderam segurar seus preços, o que movimentou as vendas. Mas a permanecer a atual volatilidade das moedas estrangeiras, e considerando a finalização do estoque importado com câmbio menos depreciado, os reajustes nas tabelas serão em breve sentidos no varejo”, explica João Oliveira.
Mesmo com o crescimento sobre abril, as vendas de importados em maio representam baixa substancial de 67,7% antes o mesmo mês de 2019, o que aprofunda para 34,2% a queda anual acumulada nos primeiros cinco meses do ano, com 8,9 mil veículos importados vendidos, contra 13,5 mil no mesmo período um ano antes.
PRODUÇÃO LOCAL
As associadas à Abeifa que também têm produção nacional (BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki) fecharam maio último com apenas 827 emplacamentos de veículos montados no País, total que representou aumento de 17,5% em relação a abril de 2020, quando foram vendidas 704 unidades, e retração 68,9% na comparação com maio de 2019 (2.655 unidades).
No acumulado do ano, de janeiro a maio a venda da produção nacional das associadas à entidade está baixa de 19,1%: 9.673 unidades emplacadas este ano contra 11.963 em 2019.
Em maio último, ao considerar somente os veículos importados por associadas da Abeifa – total de 1.000 unidades –, o setor teve participação de apenas 1,7% no mercado total de automóveis e comerciais leves no Brasi (56.639 unidades). Com 1.827 unidades licenciadas (importados e produção nacional), a participação sobe para 3,2%.
| Automotive Business ( publicado em 02-06-2020) | | | Mudança chegará a todos os produtos, incluindo automóveis, caminhões e ônibus
A Volkswagen começa a utilizar no Brasil a sua nova logomarca, que foi apresentada ao mundo em setembro do ano passado, durante o último Salão de Frankfurt, na Alemanha. O novo design será utilizado pela marca em todo o mundo: por aqui, a mudança atinge todos os produtos da companhia e começa pela Volkswagen Caminhões e Ônibus – VWCO, que adotou o emblema desde 1º de junho. Nos automóveis, o logotipo vai estrear no Nivus, novo SUV compacto global da marca que estreia primeiro no mercado brasileiro em julho.
No caso da VWCO, esta é a primeira vez em sua história que a empresa atualiza seu emblema.
“Afinal, não é todo dia que se muda a marca que identifica a empresa em qualquer lugar, mas a nova logomarca vem para estrear uma fase conectada aos dias atuais, muito mais digital e humana. Assim como a Volkswagen Caminhões e Ônibus avança na digitalização de seus serviços de vendas, pós-vendas, processos internos e gestão de pessoas, o novo símbolo acompanha esse movimento e vai além”, afirma o presidente e CEO da VWCO, Roberto Cortes.
Na fabricante de veículos comerciais pesados, o processo de mudança será gradual, iniciando pelas campanhas publicitárias e toda comunicação online da marca, além de papelaria e documentos internos. Na sequência, a nova identidade chegará à fábrica e em sua rede de concessionárias e importadores.
Por fim, numa terceira etapaa nova logomarca vai estampar os caminhões e ônibus da VW. Segundo a empresa, a transição prevê uma mudança sutil a fim de minimizar qualquer desperdício de material, envolvendo todas as áreas nesse planejamento.
NOVA VW COM O NIVUS
Na Volkswagen automóveis, a logomarca também será introduzida de forma gradativa e por etapas, também com a otimização de custos e conservação de recursos. O Nivus será o primeiro veículo a sair de fábrica com o novo design.
Posteriormente, os demais modelos VW também ganharão a nova identidade visual. O website comercial, materiais de comunicação e redes sociais da marca já passam a adotar o novo design.
“O momento para inaugurarmos esta nova fase de nossa identidade visual aqui no Brasil é bastante propício, pois ele coincide com a apresentação do nosso grande lançamento do ano, o VW Nivus. Com ele conseguimos expressar o que queremos deste novo design de marca: uma nova atitude, mais versátil, jovem, atual, vibrante, conectada e integrada à diversidade dos tempos atuais respeitando o estilo de cada um”, comenta o vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, Gustavo Schmidt.
Além da nova logomarca, a VW também fará outras mudanças em sua forma de se comunicar com o consumidor, como a adoção de voz feminina em propagandas e materiais em vídeo, que por muitas décadas têm utilizado voz masculina para apresentar seus veículos.
Segundo a empresa, em quase todos os mercados nos quais será utilizado o novo padrão global, os materiais receberão ao final uma assinatura sonora exclusiva seguida por uma voz “agradável, acolhedora e confiante de mulher, que falará pela Volkswagen”.
| Automotive Business ( publicado em 02-06-2020) | | | Associação avalia que retomada das vendas de veículos no País depende de retorno às atividades
A associação dos concessionários distribuidores de veículos, a Fenabrave, avalia que a pequena recuperação das vendas de automóveis e comerciais leves em maio só foi possível por causa das negociações on-line, do maior número de concessionárias abertas e retomada de licenciamentos em alguns Detran – a maioria das lojas e centros de emplacamentos foi fechada em abril como medida para conter a propagação da pandemia de coronavírus.
Segundo números consolidados divulgados pela entidade na terça-feira, 2, foram emplacados 56.639 veículos leves no mês passado, o que representa alta de 10,3% na comparação com abril, mas o volume ainda está bastante abaixo dos níveis pré-pandemia, que giravam acima de 200 mil unidades/mês.
Se comparado com maio do ano passado, quando o mercado somou 234 mil automóveis e comerciais leves, o resultado aponta baixa nas vendas de quase 76%. A Fenabrave aponta que este foi o pior resultado mensal de 39 anos. Com isso, a retração anual vai se elevando: nos cinco primeiros meses de 2020 os emplacamentos de veículos leves se retraíram 38% em relação ao mesmo período de 2019, com o total de 640,5 mil unidades contra 1 milhão um ano antes. Conforme a entidade, este já é o pior desempenho acumulado de janeiro a maio em 19 anos.
Na avaliação do presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, os emplacamentos e vendas só vão atingir nível mais elevado quando as concessionárias e os Detrans de todo o País puderem retomar plenamente todas as suas atividades, ao congtrário do que acontece até agora.
“Observamos que a abertura parcial de alguns Detrans, que começaram a operar com agendamentos, as vendas não presenciais dos concessionários e a liberação de alguns municípios para abertura plena das concessionárias já resultaram nesta pequena melhora, como a primeira sinalização positiva para voltarmos à normalidade. Se o Estado e a capital paulista estivessem operando normalmente, os resultados seriam mais expressivos, já que São Paulo representava, antes da crise, mais de 26% das vendas de veículos e passou a representar apenas 0,9% em abril e 1,6%, em maio”, pontua Alarico Assumpção Jr.
Enquanto a reabertura das concessionárias não acontece plenamente e crescem as incertezas sobre a economia, a Fenabrave informa que não irá fazer projeções de vendas para o ano. O presidente da entidade diz que vai aguardar o fechamento do primeiro semestre para reavaliar o cenário.
“Ainda é prematuro, pois não sabemos quando as atividades retornarão em todos os estados e municípios, tampouco como reagirá a economia e a oferta de crédito para consumo. O que sabemos é que o ritmo será mais lento no início e neste momento não temos como prever os reais impactos. Assim como o PIB, devemos ter um resultado inferior ao de 2019, mas só teremos como projetar isso após a retomada plena de todas as concessionárias”, afirmou Assumpção Jr.
O dirigente voltou a alertar que a falta de liquidez das concessionárias segue sendo um problema grave para o setor. “Sem crédito, não temos como preservar empresas e empregos e isso é preocupante. Da mesma forma, é preciso garantir crédito e taxas de juros atraentes para o consumidor voltar à ativa”, defendeu o presidente da Fenabrave. Há um mês a entidade alertou que a interrupção do faturamento das lojas de veículos poderia provocar o fechamento de 30% das empresas do setor de distribuição de veículos novos no País, que operam 7,3 mil pontos de venda e empregam 315 mil pessoas – número que começou a ser reduzido com as demissões já ocorridas.
CONCESSIONÁRIOS PRONTOS PARA REABRIR LOJAS
A Fenabrave vem defendendo a reabertura total das concessionárias desde que a maioria foi fechada, ainda em março, por determinação de legislações estaduais e municipais para ampliar o distanciamento social e conter a pandemia. A federação dos concessionários alega que lojas de veículos não provocam grandes aglomerações de pessoas e o setor está pronto a reabrir com segurança.
Em comunicado, a Fenabrave defende a retomada gradativa das atividades em São Paulo a partir desta semana, conforme plano divulgado pelo governo do Estado em 27 de maio, que prevê a reabertura parcial de vários setores do comércio, incluindo concessionárias.
Na capital paulista a reabertura depende de autorização da prefeitura, que está recebendo pedidos e protocolos de cada setor para tomar a decisão, mas a Fenabrave confia que os distribuidores de veículos poderão retomar todas as atividades na cidade ainda esta semana.
A Fenabrave já havia encaminhado às autoridades municipais um ofício e o Guia de Orientações de Combate ao Coronavírus nas Concessionárias, elaborado pela federação. Agora a entidade enviou novo ofício e documentos ao portal da Prefeitura de São Paulo, reforçando que as medidas de proteção à saúde adotados por concessionárias já abertas em outras cidades também serão seguidas na capital paulista. No Estado do Rio de Janeiro a reabertura estava prevista para a terça-feira, 2.
CRÉDITO PARA REAQUECER VENDAS
Além da reabertura das concessionárias, a Fenabrave espera que o sistema financeiro apoie a retomada do setor com aumento de concessão de crédito ao setor, para as empresas e para os consumidores. Segundo a entidade, a aprovação cadastral para o financiamentos de automóveis está mais restritiva e as taxas de juros elevadas.
“Assim que ocorrer o retorno gradual do mercado, com crédito e renda retornando aos patamares habituais, esperamos que as concessionárias voltem a níveis sustentáveis de vendas e os empresários possam ter clareza para definir o rumo dos seus negócios. Estamos confiantes que dias melhores virão”, concluiu Assumpção Jr.
| Automotive Business ( publicado em 02-06-2020) | | | | Com alta de 21% sobre abril, maio registrou 4,7 mil emplacamentos de veículos pesados
O segmento de caminhões começou a esboçar recuperação de vendas em maio, com desempenho melhor do que o registrado para veículos leves. Segundo números consolidados divulgados na terça-feira, 2, pela associação dos concessionários, a Fenabrave, no mês foram emplacados 4.736 veículos pesados de carga (acima de 3,5 toneladas de PBT), o que representa alta de 21% na comparação com abril – o porcentual é o dobro do crescimento de 10,3% registrado nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves.
Ainda que com intensidade menor, a crise trazida pela pandemia de coronavírus também deprime as vendas de caminhões no País. Na comparação com maio de 2019, quando foram vendidos 9.197 veículos, o mês passado ficou 48,5% atrás. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a queda chega a 26,1%, passando de 39.061 unidades em 2019 para 28.870 caminhões comercializados em igual período de 2020.
Ambos os porcentuais são bem melhores na comparação com os demais segmentos do mercado nacional de veículos. A explicação para a diferença de desempenho está na consistente demanda do agronegócio, que continua comprando caminhões para escoar a safra.
“Tivemos crescimento ainda lento mas consistente de vendas de caminhões, principalmente de modelos pesados e extrapesados, em virtude da safra de grãos e do agronegócio, que representam quase 50% das exportações brasileiras”, confirma Sérgio Dante Zonta, vice-presidente da Fenabrave responsável pela área de caminhões, ônibus e implementos rodoviários.
Zonta acrescenta ainda que os caminhões estão sendo muito demandados pelo transporte de itens essenciais durante a pandemia, o que fez a procura aumentar. “As taxas de juros e prazos para financiar caminhões também estão voltando à normalidade e se tornando mais atraentes”, avalia.
ÔNIBUS TÊM ALTA EFÊMERA DE VENDAS
Entregas de pedidos feitos antes do agravamento da pandemia no País fizeram saltar 78,7% os emplacamentos de ônibus na comparação com abril. Mas o volume é muito baixo, apenas 822 veículos pesados de passageiros foram comercializados no mês passado, volume suficiente para contabilizar o crescimento expressivo sobre a base de comparação ainda mais baixa de um mês antes, quando foram registrados pífios 460 emplacamentos.
O segmento de ônibus é o mais afetado do mercado nacional. Houve forte redução de oferta de transporte público durante a quarentena e as licitações para renovações de frotas urbanas foram paralisadas. O cenário é ainda pior no transporte rodoviário de passageiros, que registra a interrupção da maioria das rotas.
Esses fatores fizeram as vendas de ônibus declinarem quase 61% em relação a maio de 2019, quando foram emplacados cerca de 2 mil veículos – número mais de duas vezes maior do que o volume do mês passado. Na soma dos cinco primeiros meses de 2020, os 6.576 emplacamentos representam retração de 37% sobre o mesmo período do ano passado.
| Automotive Business ( publicado em 02-06-2020) | | | Demanda em maio teve pequena alta sobre abril por causa dos serviços de entrega, mas queda no acumulado do ano supera os 30%
A venda de motos em maio somou 29,2 mil unidades, registrando pequena alta de 3,4% sobre abril, mas enorme queda, de 70,2%, na comparação com maio de 2019. O acumulado do ano teve 304,4 mil unidades, número que resulta em queda de 32,4% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.
“O crescimento [sobre abril] pode ser atribuído ao aumento de demanda por parte dos profissionais e empresas de entrega e pelo fato de algumas pessoas terem deixado de usar o transporte coletivo para aderir ao de duas rodas, contribuindo para o isolamento social”, afirma o vice-presidente de motocicletas da Fenabrave, Carlos Porto.
O executivo afirma que a falta de motos até 250 cc nos estoques das revendas impediu uma alta mais expressiva em maio. Como exemplo, a Honda, que detém 79% do mercado, manteve sua fábrica de Manaus (AM) parada por dois meses.
Mas a baixa média diária de emplacamentos no mês (1.460 unidades, menos de um terço dos últimos registros anteriores à quarentena) mostra que o grande problema ainda são os Detrans fechados e a dificuldade de licenciar veículos.
DESEMPENHO POR MARCA
No acumulado até maio a Honda teve 239,5 mil motos emplacadas, registrando queda de 32,6% ante iguais meses de 2019, um retrato fiel do que ocorreu com todo o segmento no período. A Yamaha, vice-líder do mercado, somou 45,3 mil licenciamentos, recuando 27,1% pela comparação interanual.
Outras duas fabricantes com quedas menores que a do mercado total nestes cinco meses foram BMW (2,9 mil unidades, -20,7%) e Kawasaki (2,3 mil motos, -20,7%).
| Automotive Business ( publicado em 02-06-2020) | | |
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