| 26 de JUNHO de 2020
Sexta-feira
- Rafael Greca descarta lockdown em Curitiba e fala em cortar 'transmissão familiar' do coronavírus
- Coletivo Fechados pela Vida protocola pedido de lockdown em Curitiba com 15 mil assinaturas
- Relações de comércio internacional aumentaram cooperação entre países durante pandemia
- Ou inova ou desaparece: os caminhos para a indústria impostos pela pandemia
- FecomercioSP: confiança do empresário tem 3ª queda consecutiva e chega a 61 pts
- Empréstimos às empresas têm queda pelo segundo mês seguindo e diminui 6,1% em maio
- Quase metade das empresas não consegue extrair valor dos dados que acumula
- Falta de confiança nas análises dos dados afeta metade das empresas no Brasil
- Senado analisará MP que alterou regras de assembleias gerais de empresas
- Na retomada, mercado precisará de profissionais atualizados
- FGV: Confiança do Comércio sobe 17 pontos em junho ante maio, para 84,4 pontos
- ONS projeta queda de 0,4% na carga de energia no Brasil em julho
- Conta de luz vai ter redução de preço para consumidores residenciais no Paraná
- Câmara libera demissão em programa de crédito para empresas
- Pedidos de seguro desemprego chegam a 3,6 milhões e desaceleram no início de junho
- O Brasil tem grande possibilidade de recuperação, afirma FHC
- Recuperação econômica passa por investimento em infraestrutura
- Estoque de crédito no Brasil sobe 0,3% em maio por apetite de empresas, aponta BC
- Trabalhadores dos Correios decretam greve ambiental por Covid em cidade da RMC
- Funcionário em home office pode abdicar de benefícios ou parte do salário se quiser, diz presidente do Santander
- Detalhes sobre socorro ao setor elétrico serão anunciados até quarta, diz BNDES
- Meta de inflação de 2023 será de 3,25%, a menor em 20 anos
- Retração no 2º trimestre será a maior em 40 anos, e reação virá ainda mais lenta
- Volkswagen vê recuperação lenta no Brasil
- BMW do Brasil implanta atualizações automáticas de sistemas e softwares
- Fiat lança nova Strada com expectativa de elevar vendas de picapes em 20%
- Mercedes e NVIDIA constroem arquitetura de computação definida por software para condução automatizada
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Câmbio
Em 26/06/2020
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Compra
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Dólar
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Euro
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Fonte: BACEN
| | | | | A Fiep, por meio da Casa da Indústria de Londrina, em parceria com a Caixa Econômica Federal (agência Pé Vermelho), realiza na terça-feira, 30 de junho, às 9h30, a Live Linhas de Crédito Emergenciais. A transmissão será pela plataforma Microsoft Teams. O objetivo é detalhar as soluções financeiras para apoiar as indústrias durante a crise provocada pela pandemia da Covid-19.
A intenção é orientar as indústrias para o acesso às linhas de crédito. Na Live, o gerente da Caixa agência Pé Vermelho, Luiz Gastão Pinto Junior, vai explicar em detalhes e esclarecer dúvidas sobre os programas anunciados pelo governo federal para o atendimento às pequenas empresas. As linhas de crédito disponibilizadas incluem recursos para capital de giro e financiamento da folha de pagamento.
A Live terá a mediação do analista do Núcleo de Acesso ao Crédito da Fiep, João Baptista Guimarães.
Serviço
Live Linhas de Crédito Emergenciais
Data: 30 de junho (terça-feira)
Horário: 9h30
Transmissão: Plataforma Microsoft Teams
*Não é necessário se inscrever previamente. Basta acessar este link no horário do evento.
| Sistema FIEP | | | Em entrevista à emissora CNN na manhã desta sexta-feira (26 de junho), o prefeito de Curitiba Rafael Greca descartou a adoção na capital paranaense do famigerado lockdown. Segundo o político, neste momento o município concentra esforços para tentar 'qubrar a cadeia de transmissão' do novo coronavírus, trablahando com a população 'para que o isolamento social não seja doloroso'.
Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem trabalhado com um sistema de bandeiras para informar a população sobre o estágio da pandemia na cidade. Hoje estamos na bandeira laranja. A bandeira vermelha, mais grave, seria o lockdown. Todas as sextas, na live transmitida na página do Facebook de Curitiba, é informado aos cidadãos se haverá alguma alteração na bandeira da cidade. O prefeito, no entanto, já descarta a possibilidade da cidade adotar a bandeira vermelha a partir de hoje.
"Os casos [de Covid-19 em Curitiba] triplicaram porque nossa situação por quase 90 dias foi muito confortável. Houve um outono seco, sem umidade, e com isso o vírus não foi transmitido. Com a umidade, com o frio, as síndromes respiratórias se intensificaram e houve maior ocupação de leitos, mas não há colapso do sistema de saúde de Curitiba, que é extremamente robusto e muito bem equacionado", declarou Rafael Greca na entrevista.
Ainda segundo o prefeito, enquanto no interior do Paraná a transmissão do vírus tem acontecido em frigoríficos, ambientes úmidos no ambiente de trabalho do agronegócio, em Curitiba a transmissão tem sido familiar.
"A turma resolve visitar a vovó, fazer almoço de família, que é coisa vedada pelas autoridades sanitárias. Numa família, infelizmente, os jovens tinham ido a balada na véspera e foram almoçar com a vovó. Em três dias as vovó estava morta e cinco pessoas da família estavam doentes. Então essa transmissão familiar tem de ser cortada".
| Bem Paraná | | | | O Coletivo Fechados para a Vida entregou nesta quinta (25) um abaixo-assinado com 15.806 assinaturas para a Prefeitura, o governo do Estado e o Ministério Público do Paraná (MPPR) pedindo a adoção do lockdown em Curitiba. O movimento Fechados pela Vida, que reúne pequenos empresários do ramo da gastronomia e do entretenimento, pede que sejam adotadas medidas mais amplas e efetivas para conter a pandemia do coronavírus. Representantes do grupo tentaram uma audiência na Prefeitura, mas não conseguiram.
"Abrimos o protocolo e esperamos sermos chamados", diz Janaina Santos, uma das coordenadoras do movimento. As assinaturas foram coletadas online através da plataforma change.org desde o dia 16 de junho e até a data de hoje. Segundo Janaina, 10.656 assinaturas são de curitibanos e as demais de moradores de outras cidades que querem contribuir para o bem-estar socioeconômico da cidade.
O coletivo reúne 200 estabelecimentos comerciais – principalmente do setor gastronômico e de pequeno porte – e foi organizado no dia 17 de abril do ano de 2020. "Nossa união aconteceu por observarmos que nossas entidades representativas, sindicatos patronais e associações, bem como outros grandes empresários do setor não compartilhavam da visão de que nossa retomada econômica só se daria através do controle da epidemia.
Nosso objetivo, desde a fundação do coletivo, é realizar pressão no sentido oposto àqueles que desejam abrir às forças, somos um movimento pró-vida e compreendemos que saúde e economia andam lado a lado. Com medidas sanitárias, podemos controlar a epidemia e teremos o menor impacto financeiro, com medidas econômicas mais pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, podem realizar o isolamento social sem o peso de uma possível falência sob seus ombros", diz Janaina.
Sobre os próximos passos do movimento, Janaina, diz que espera que os representantes sejam recebidos pelas autoridades. "Esperamos realmente conseguir dialogar para construção de políticas melhores tanto para o combate do coronavírus, quanto para o socorro de pequenas empresas.
Desde a criação do movimento, ainda não fomos recebidos pelo governo ou pela prefeitura, apesar de entidades que pediam abertura na marra terem sido recebidas. Esperamos poder equilibrar as forças e mostrar que esse abre e fecha sem planejamento não vai ajudar ninguém a salvar seus negócios e vai tornar combate ao vírus mais longo, aumentando ainda mais os problemas financeiros, que já são enormes", diz ela à reportagem do Paraná.
| Bem Paraná ( publicado em 25-06-2020) | | | | Quarta maratona de lives promovida pelo Smart City Expo Curitiba teve como tema o “novo normal” das câmaras de comércio
Escritórios fechados, mas lives e videoconferências a todo vapor. Essa é a realidade de diversas câmaras de comércio mundiais que intensificaram seus trabalhos para atender às demandas de governos e empresas durante a pandemia – aumentando, também, a colaboração entre elas.
Foi essa a mensagem que a 4ª Maratona de Lives promovida pelo Smart City Expo Curitiba, realizada nesta quinta-feira (25), transmitiu durante quatro conversas com representantes de Israel, Estados Unidos, Reino Unido e países árabes. A temática que uniu os debates foi o ‘novo normal’ das câmaras de comércio. Confira abaixo um resumo das discussões.
Promover conexões online é o ‘novo normal’ para relações entre empresas
Promover conexões que possam alavancar negócios entre empresas brasileiras e norte-americanas é o objetivo da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio) desde sua criação, em 1919. Mas, em plena pandemia do novo coronavírus, como superar o desafio do isolamento social e continuar com essa atuação e auxiliar os negócios a permanecerem em pé?
Gustavo Silvino, gerente regional da Amcham Brasil, comentou que a balança comercial entre EUA e Brasil movimentou, no último ano, US$ 106 bilhões, e a meta para 2025 é superar os US$ 200 bilhões. Só o primeiro trimestre de 2020 teve aumento de 6% em investimentos norte-americanos no Brasil com relação ao mesmo período do ano passado. Para ele, esse é um bom momento comercial entre os dois países, o que deve ser aproveitado.
“A Covid-19 é comum ao mundo inteiro – alguns países entram na crise antes e saem antes, outros depois. Enquanto isso, a gente precisa fazer a lição de casa enquanto Brasil e promover conversas estruturantes junto ao governo, como reformas tributária e administrativa”, pontua.
Já no relacionamento entre empresas brasileiras, a lógica da Amcham não é pensar com as empresas como a retomada deve ser feita, mas sim o convívio com a nova situação de presença do vírus. “Vamos viver isso por mais alguns meses, quiçá até termos vacina. Por isso, não pensamos na retomada como um interruptor que liga para o modo normal - esse normal não existe mais. Então oferecemos um racional de convívio, de como perpetuar a saúde da empresa na situação sanitária atual”, relata.
Relação comercial entre Brasil e países árabes
Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, enfatiza a importância da instituição para estabelecer boas relações econômicas e culturais. “Hoje a Câmara trabalha cada dia mais para consolidar as relações economias entre o Brasil e o mundo árabe. Nossas relações cresceram dez vezes na ultimas décadas, graças ao trabalho do Brasil mas também da Câmara, de mostrar ao empresário árabe como fechar negócios com empresários brasileiros”.
Segundo o secretário, algumas relações comerciais já estão fortes e estabelecidas. Os países árabes, por exemplo, estão no topo do ranking de importação de proteína animal brasileira. Algumas das grandes empresas do Brasil como a multinacional do ramo alimentício BRF, a mineradora Vale do Rio Doce e a fabricante de carrocerias Marcopolo, já têm indústrias estabelecidas em países árabes.
A ideia é que os negócios se concretizem ainda mais, para além das exportações de subsistência e da economia baseada em derivados do petróleo. “A Câmara começa a ver nos últimos anos a necessidade de levar a relação para outro patamar. Dentro do nosso planejamento estratégico nós temos dois desafios fundamentais. O primeiro é como colocar as informações corretas para criar parcerias a longo prazo, que geram oportunidades de investimentos. Também promover parcerias de empresas brasileiras que possam se concretizar nos países árabes, como espaços para hubs logísticos", enfatiza.
A receita do sucesso do ecossistema de inovação israelense
Israel é um dos países com ecossistemas mais fortalecidos do mundo: com aproximadamente nove milhões de habitantes, ele conta com 250 startups ligadas a tecnologias para cidades inteligentes, além de se tornar o berço de gigantes do mercado da mobilidade como a Moovit, recém-adquirida pela Intel, e a Waze. A força do ecossistema do país se dá por conta da união entre investimentos governamentais, empresas privadas e universidades. Foi o que contou Ester Peceniski, diretora executiva da Câmara Brasil-Israel do Paraná.
"Israel acredita que a inovação e tecnologia só vêm com incentivo em pesquisa e desenvolvimento. O país tem ambientes inovadores que trabalham em um triângulo entre empresas privadas, universidades e o governo", explica.
Segundo Ester, o vínculo de mercado entre o Brasil e Israel já existe, mas pode ser ampliado. No Paraná, a câmara tem recebido demandas de empresários tanto paranaenses quanto israelenses para traçar estratégias para criar uma ponte entre os países e importar tecnologias.
“Temos três demandas importantes. A primeira é o interesse do Brasil em testes rápidos de Covid-19. A segunda demanda é na área de telemedicina, em um projeto maior do que o atendimento a distância, com objetivo de mudar a saúde otimizando os atendimentos e possibilitando que pessoas longe dos grandes centros possam ser assistidas. Outra demanda do Paraná é o setor de agronegócio, irrigação por gotejamento e controle de pestes” conta.
Reino Unido investe em cidades inteligentes no Brasil
São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) são as três cidades escolhidas pelo departamento de Smart Cities do Departamento de Comércio Internacional (DIT) do Reino Unido para implementar projetos de desenvolvimento sustentável, que totalizam um investimento de 13 milhões de libras (R$ 87 milhões) por parte do Prosperity Fund, iniciativa do governo britânico.
Enquanto as capitais paulista e mineira desenvolvem projetos voltados à otimização da mobilidade urbana, Recife trabalha na área de integração de dados públicos e redução da perda de água tratada. Os projetos foram iniciados em 2018 e têm previsão de serem implantados até 2022.
“Os projetos tentam promover uma agenda de desenvolvimento urbano mais sustentável ajudando cidades a incorporar soluções inteligentes na gestão pública”, contou João Rampini, head de Smart Cities no DIT.
Rampini explicou que o Properity Fund tem como objetivo a redução da pobreza e do crescimento econômico inclusivo através de um sistema de cooperação. Para promover essa agenda, o Reino Unido firma parcerias com países de em desenvolvimento, mas com grandes índices de pobreza, como o Brasil.
"“A ideia é apoiar esses países com programas de energia, educação, saúde, cidades inteligentes. Tudo isso numa lógica de prosperidade compartilhada, na qual o crescimento desses países também beneficia o sistema internacional”, pontua."
| Gazeta do Povo ( publicado em 25-06-2020) | | | Em webinar realizado pela FIEG, a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, apontou as ações desenvolvidas para tornar a indústria brasileira mais inovadora e competitiva
Iniciativa reuniu 31 instituições para discutir os impactos e perspectivas para o setor
Disseminar a cultura da inovação. Esse foi o mantra que permeou a palestra da diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gianna Sagazio, a empresários e representantes de instituições que trabalham pesquisa e desenvolvimento em Goiás. A apresentação foi promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), nesta quarta-feira (24), com participação de 31 instituições.
Durante uma hora, Gianna elencou as diversas ações desenvolvidas no âmbito da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) com foco em tornar a indústria brasileira mais inovadora e competitiva. A atuação envolve a proposição de políticas públicas e instrumentos de apoio à inovação; a articulação para o fortalecimento da inovação empresarial e melhoria do ambiente de negócios; e a produção e difusão de conhecimento sobre ciência, tecnologia e inovação.
De acordo com a diretora da CNI, o atual contexto de pandemia deixou ainda mais clara a necessidade de as empresas investirem em tecnologias inovadoras e, principalmente, em aperfeiçoarem metodologias de gestão. "É extremamente importante ajudarmos as empresas a se inserir nessa revolução industrial, sobretudo as de pequeno porte. É um caminho sem volta. Quem não se inserir, corre o risco de desaparecer em um futuro próximo", avaliou.
Segundo Gianna, os empresários, sobretudo os pequenos, têm a percepção de que é preciso grandes investimentos para se inserir no contexto da Indústria 4.0. Entretanto, a especialista alerta que o importante é dar passos nesse sentido e, para isso, as empresas contam com diversas ações articuladas pela MEI, inclusive em parceria com as federações estaduais da indústria e sindicatos patronais, para ajudá-las nessa jornada pela inovação.
Gianna Sagazio: "Quem não se inserir, corre o risco de desaparecer em um futuro próximo"
Publicações da CNI auxiliam empresas no processo de inovação
Para tanto, são disponibilizadas diversas publicações gratuitas com orientações, além do MEI Tools, um compilado com o detalhamento de 113 instrumentos vigentes de apoio à inovação e indicação de mais de 50 instituições parceiras em todo o Brasil que podem auxiliar as empresas a implantarem processos inovadores.
"Nesse momento de pandemia, temos boletins semanais do MEI Tools. A publicação ajuda as empresas a entender em que momento podem usar esses instrumentos e programas e o que pode ser financiado", explicou Gianna.
Paralelamente, a MEI também busca conectar a indústria brasileira aos mais importantes centros de inovação do mundo. Por meio de programa de imersões em ecossistemas de inovação, quase 250 empresas e instituições de ensino já realizaram intercâmbio com organizações no exterior.
"Muitos países não conhecem o ambiente de inovação que temos no Brasil. A iniciativa busca expor e permitir que as empresas e instituições de ensino no Brasil possam acompanhar as políticas públicas para inovação implantadas em outros países", afirmou a diretora da CNI. Segundo ela, o benchmarking abre os olhos do empresário para as vantagens de se investir em inovação.
Investimentos em inovação
"Apesar de sermos a 9ª economia do mundo, estamos na 66ª posição no ranking global de inovação, que avalia 129 países", disse Gianna Sagazio, externando sua preocupação com as sistemáticas quedas nos investimentos em P&D no Brasil. Em nove anos, o Brasil caiu 19 posições no Índice Global de Inovação (IGI).
"O cenário é de retração nos investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento e diminuição do apoio público", acrescentou. Segundo a especialista, enquanto os EUA e a China investem, respectivamente, US$ 590 bi e US$ 520 bi, o Brasil destina somente US$ 40 bi para inovação.
De acordo com a diretora da CNI, o Brasil precisa de uma política robusta para toda área de ciência e inovação, com uma visão macro, que demanda também investimentos em educação básica e superior de forma sistêmica, visando, lá na frente, à qualidade de vida das pessoas.
“A pandemia causada pelo novo coronavírus revela a importância da P&D e da inovação para a retomada do crescimento. É preciso ter uma visão do que o Brasil quer se tornar. O futuro depende de inovação", afirmou.
Para Gianna, a pandemia mostra a importância de tais investimentos, fundamentais para enfrentar desafios contemporâneos, como doenças, questões climáticas e crises econômicas. "Se trata de uma questão de soberania nacional", observou.
| Brasil 4.0 | | | | Mesmo diante da crise internacional gerada pela pandemia do novo coronavírus este ano, o Paraná manteve as exportações em ritmo de crescimento. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Mdic, ligado ao Ministério da Economia, embora num ritmo mais lento, o valor das exportações paranaenses, de janeiro a maio, fecharam em US$ 6,5 bilhões, crescimento de quase 1% em relação ao mesmo período de 2019. Já as importações somaram US$ 4,4 bilhões, com redução de 14% na comparação com o ano passado.
Com isso, o saldo da balança comercial do Paraná fechou os cinco primeiros meses deste ano com saldo positivo de US$ 2,1 bilhões, valor 50% maior que o registrado de janeiro a maio do ano anterior, que foi de US$ 1,4 bilhão. “O que explica a alta significativa no saldo da balança não é o aumento das exportações, mas a queda acentuada nas importações. É preciso ter cautela na avaliação”, alerta o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe.
Segundo ele, dois fatores explicam a forte redução nas importações este ano. A começar com os primeiros sinais da pandemia na China e na União Europeia, afetando a atividade comercial em todo o mundo.
Uma vez instalada a crise causada pelo coronavírus houve a dificuldade de encontrar matéria-prima. Quem tinha estoque de insumos para produção, optaram por reduzir a importação devido à pouca garantia de venda dos produtos. A burocracia, o desembaraço aduaneiro e a liberação de produtos em portos e aeroportos também ficaram extremamente prejudicados com o fechamento dos países.
E a segunda explicação destacada pelo economista para a diminuição das importações foi a grande oscilação do dólar no Brasil. A moeda americana depreciou 37% de janeiro a maio, passando de R$ 4,15 em janeiro para R$ 5,64 em maio. “Ficou mais caro importar bens e serviços porque a variação do câmbio é um impeditivo que pesa para as empresas. Como não conseguem repassar todo o custo de importação adiante, elas tendem a reduzir o faturamento dos seus produtos”, avalia.
“Com a instalação da crise também no Brasil, a partir da metade de março, o consumo interno também redução imediata e a estratégia das empresas foi de segurar os gastos e utilizar o que tinham de matéria-prima em estoque, sem fazer novas aquisições, para não correrem o risco de ficar com mercadoria parada e com orçamento em desequilíbrio”, analisa Felippe.
Mesmo com crescimento modesto, a alta nas exportações é um bom sinal, garante o economista. “Considerando o momento da economia mundial, ter saldo positivo na atividade de comércio exterior é um fator importante. Mostra que a diversificação da pauta de produtos exportados pelo Paraná faz a diferença e mostra que, mesmo diante de um cenário de dificuldade, o estado tem potencial para superar a crise nos próximos meses, quando tudo retomar a normalidade”, afirma.
O aumento expressivo de 24% nas exportações de soja (US$ 2,6 bilhões) e de produtos mecânicos (US$ 263 milhões), e de 13,4% de papel e celulose (US$ 253 milhões) foram determinantes para a manutenção do equilíbrio nas exportações do Paraná. Já o que causou maior impacto nas importações foi a queda de 51% na compra de material de transportes, ligadas ao setor automotivo, de 13% em produtos químicos, e de 4,4% de petróleo.
Desde o início e sua gestão, o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro tem reforçado a importância do comércio internacional e de ampliar o acesso a novos mercados para fomentar negócios, desenvolver as indústrias e aumentar a competitividade do estado no mercado externo.
E, neste sentido, o gerente executivo de Relações Institucionais e Assuntos Internacionais da Fiep, Reinaldo Tockus, avalia que o resultado acumulado da atividade de comércio exterior mostra, mais uma vez, que a indústria paranaense segue caminhando, devido à firmeza de suas bases nos mercados internos e externos.
“Apesar dos números do comércio internacional terem desabado nos últimos meses em razão da Pandemia, e dos estudos da ONU apontarem para mais uma redução de 27% no 2º semestre, o Paraná consegue, ainda, manter-se em situação favorável, frente aos demais estados exportadores.”, conclui.
| Sistema FIEP ( publicado em 22-06-2020) | | | A confiança do empresariado paulista caiu 35% entre maio e junho, o que fez o índice atingir os 61 pontos neste mês, ante os 93,8 pontos observados no mês anterior. Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foi a terceira queda consecutiva do indicador durante a pandemia do novo coronavírus e o pior resultado de toda a série histórica, iniciada em março de 2011.
Empresas do setor de comércio com até 50 funcionários são as que apresentam a pior taxa de confiança e a maior queda em junho, com 60,4 pontos. Em maio, essas empresas haviam registrado pontuação de 93,4 no índice. Já companhias com mais de 50 colaboradores pontuaram 86,7 em junho, ante 113,9 no mês passado.
Com este cenário, o Índice de Expansão do Comércio (IEC), que mede a intenção de investir e contratar do empresariado, recuou 28,3% neste mês em relação a maio, passando de 87,5 para 62,8 pontos, também o menor nível da série histórica que teve início em 2011. Comparando este junho com o mesmo mês de 2019, a queda é de 40,8%.
Seguindo a tendência de quedas, o Índice de Estoque (IE) medido pela FecomercioSP recuou 15% entre maio e junho deste ano. A proporção de empresários que consideram seus estoques adequados caiu 8,3 pontos porcentuais na última pesquisa. O índice de empresários que afirmam que seus estoques estão acima do adequado avançou 5,9 pontos, enquanto aqueles que dizem ter reservas abaixo do ideal cresceu 2,2 pontos.
Em nota, a FecomercioSP afirma que não há expectativa de recuperação do setor a curto prazo, uma vez que as famílias tiveram seus poderes de compra reduzidos por conta da alta do desemprego. "Assim, a intenção de realizar financiamentos e adquirir bens também caiu, uma vez que os consumidores estão majoritariamente em busca de itens essenciais, como alimentos e remédios. Por isso, a estimativa é que o fechamento de 2020 registre o pior desempenho da história", diz a instituição.
A entidade recomenda aos empresários que mantenham um planejamento financeiro estruturado, negociem com fornecedores e tenham controle rígido dos seus estoques. A FecomercioSP também sugere digitalizar os processos e trabalhar com etiquetas para facilitar a gestão, o que auxilia a monitorar o momento de fazer novos pedidos e realizar promoções.
| UOL | | | |
Mesmo com as medidas do governo para destravar crédito para empresas, pelo segundo mês seguido houve queda na concessão de novos créditos
Mesmo com as medidas do Banco Central e do governo para destravar crédito para empresas, pelo segundo mês seguido houve queda na concessão de novos empréstimos para pessoas jurídicas, com redução de 6,1% em maio. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo BC.
Já as famílias tomaram 1% a mais de empréstimos em maio, em relação a abril. A variação foi registrada na série com ajuste sazonal, que retira peculiaridades do período, como número de dias úteis a mais ou a menos, para facilitar a comparação.
As concessões de novos financiamentos tiveram queda de 3,3% no mês. Em abril, as empresas tinham recebido 21,1% menos empréstimos e as famílias, 13,2%.
O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, explica que a dessazonalização atenua volatilidades excessivas de um certo período. A autoridade monetária analisa séries mais longas com a finalidade de identificar discrepâncias e faz o ajuste.
Com a crise, no entanto, há dificuldades para ajustar flutuações bruscas. “Mesmo depois da dessazonalização, as taxas se mantém muito voláteis. Por isso, destaco a importância de se comparar também números absolutos, não só as variações no mês", justificou.
Os bancos concederam R$ 143,4 bilhões em novos empréstimos no mês às empresas, 5,3% abaixo do volume registrado em maio de 2019, de R$ 151,5 bilhões.
No acumulado do ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, no entanto, as concessões totais (empresas e famílias) cresceram 7,6%, com alta de 17,7% para pessoas jurídicas e queda de 0,9% para pessoas físicas.
O estoque de crédito fechou maio com R$3,6 trilhões, alta de 0,3% no mês. O saldo aumentou 0,7% na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$1,6 trilhão) ficou estável para as famílias (R$2 trilhões). Em doze meses, o crescimento da carteira foi de 9,3%, com aumento de 10,3% para empresas e 8,5% para as famílias.
Novos empréstimos em modalidades ligadas ao varejo cresceram no mês. Antecipação de recebíveis, por exemplo, cresceu 15,6% em relação a abril. Desconto de duplicatas teve leve alta de 0,7% no mês.
Os números são resultado da flexibilização do isolamento social em algumas cidades. Essas modalidades dependem das vendas para gerar garantia.
Com o comércio fechado, em abril, esse tipo de crédito tinha sofrido redução drástica, de 61,6% para antecipação de recebíveis e 44,1% para desconto de duplicatas.
Em compensação, as concessões de crédito para capital de giro caíram 25,9% no mês, com prazo abaixo de um ano, a redução foi de 40,3%.
O valor de novos empréstimos na modalidade, no entanto, ficaram acima da média dos meses anteriores à crise, com R$ 33,1 bilhões. Em fevereiro, por exemplo, eram R$ 15,6 bilhões.
“Capital de giro, no saldo, responde por cerca de um terço do crédito total para pessoas jurídicas”, destacou Rocha.
Segundo ele, as demandas por esse tipo de crédito estão sendo atendidas, mas não integralmente.
“O aumento no volume de concessões dessa linha mostra que as empresas estão, estão acessando capital de giro, mas em nenhum momento da conjuntura todas as demandas que são feitas são atendidas”, explicou.
Novos empréstimos relacionados ao comércio exterior também despencaram em maio. O financiamento às exportações diminuiu 10,9% e às importações, 25,5%. O ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) diminuiu 17,3%.
Por conta da valorização do dólar, houve aumento muito grande dessas linhas em março.
"Ainda assim os níveis estão bem acima do observado antes da crise", pontuou o técnico do BC.
Os dados mostram que as famílias consumiram mais no período. O uso de cartão de crédito aumentou 10,5% na modalidade à vista, quando o consumidor paga o valor total da fatura.
Também houve alta de 12,6% no rotativo regular, no qual o usuário paga mais que o mínimo da fatura, mas menos que o valor total.
Já em cheque especial e crédito pessoal (não consignado), houve queda de 10,9% e 10,6%, respectivamente.
No crédito livre, em que são cobradas taxas de mercado, a média de juros atingiu 29,5% ao ano, com queda de 1,8 pontos percentuais no mês e 8,4 pontos nos 12 meses.
Para as famílias, os juros atingiram 42,7% ao ano, redução de 1,9 pontos no mês. A queda foi puxada por modalidades ligadas ao consumo, como cartão de crédito rotativo regular, aquele que o consumidor para acima do mínimo da fatura, mas abaixo do valor total, com -25,1 pontos. e cartão parcelado, (-10,3 pontos).
As empresas também tiveram redução na taxa de juros, em 1,5 ponto.
O spread —diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar recursos e a taxa cobrada em empréstimos— caiu 0,8 ponto percentual no mês e 2,4 ponto percentual nos últimos 12 meses.
BASE MONETÁRIA
A base monetária, que é a quantidade de dinheiro na economia, atingiu o maior patamar da série histórica, com R$ 368,1 bilhões em maio, crescimento de 9,3% no mês e de 32,5% em doze meses.
No mês, o papel-moeda emitido cresceu 8,2% e as reservas bancárias, 16,4%.
Segundo o BC, as operações do Tesouro Nacional, contribuíram com acréscimo de R$ 108,2 bilhões na base monetária.
A Folha mostrou que o auxílio emergencial aumentou a demanda por cédulas.
Para tentar suprir, o BC pediu que a Casa da Moeda entregasse 60% do total contratado para 2020 até julho, cerca de R$ 38 bilhões. O total contratado para o ano é o equivalente a R$ 64 bilhões em novas notas.
Com isso, a base monetária atingiu o maior valor da história.
| Folha de S.Paulo | | | | Análise incorreta ou imprecisa dos dados desperdiça tempo e dinheiro das organizações, e ainda causa prejuízos à eficiência das operações
Cerca de 45% dos profissionais de TI ainda acredita que suas empresas não conseguem extrair o total valor dos dados na rotina de trabalho. Além disso, 63% dos entrevistados da pesquisa anual da ASG Technologies Group afirmam que suas operações utilizaram dados imprecisos, desatualizados ou ruins como fonte de informação para a tomada de decisões no último ano.
Produzido em escala global, o estudo sobre o uso de dados nas organizações ouviu mais de 150 profissionais de TI de companhias com mais de 500 funcionários.
“Os dados são os ativos mais valiosos e regulamentados da maioria das organizações. Apesar disso, muitas empresas ainda têm um entendimento incipiente em relação à origem e ao grau de confiança de seus dados”, afirma Paulo Padrão, Vice-Presidente Sênior & General Manager LATAM da ASG Technologies.
O executivo avalia que a falta de políticas e estruturas para a análise correta de dados é, cada vez mais, um dos principais fatores para o desperdício do tempo e dinheiro, além de causar prejuízos à eficiência das modernas operações baseadas em informações e processos digitais.
De fato, 64% dos entrevistados dizem que a utilização de dados incorretos adicionou custos à empresa, gerando repercussões como a perda de oportunidades de negócios (53%), perda de tempo em um projeto (43%), multas por falta de conformidade (37%) e necessidade de reverter uma decisão comercial anterior (29%).
Segundo os entrevistados, a principal barreira que as organizações enfrentam atualmente é em relação ao acesso dos dados corretos. Para os analistas da empresa, isso aponta para a necessidade de criação e automatização dos processos de inventário e gestão de dados, elevando o potencial de uso dos registros.
Além disso, os profissionais também apontaram o risco de manterem suas estruturas em desconformidade com os regulamentos de privacidade – ressaltando que essa dificuldade, por sua vez, pode causar um efeito em cadeia nos processos de gerenciamento de dados.
No geral, 34% dos entrevistados dizem que gastam de 16 a 20 horas por semana apenas para localizar, gerenciar e colher manualmente as informações dos dados registrados. De acordo com a ASG, esse excesso de trabalho manual indica que os usuários não têm as ferramentas necessárias para um ecossistema automatizado e cada vez mais digital.
“Sem um inventário de dados, 4 em cada 10 organizações não sabem quais dados possuem. Além disso, apenas metade (52%) das organizações atualmente praticam governança de dados, o que significa que elas não possuem o uso e modelagem dos dados sob controle”, diz Padrão. Menos de um terço (29%) das empresas pratica a linhagem de dados, o que significa que não sabem o suficiente sobre suas informações para confiar nelas.
Segundo o relatório, esses dados mostram que a maioria das organizações ainda não possui a inteligência de dados necessária para extrair todo o valor dos registros. Elas precisam de boas práticas para administrar esses dados, permitir o seu compartilhamento e depois extrair valor deles – sabendo que são confiáveis e acessíveis –, recomenda a empresa.
Por outro lado, a pesquisa indica que os dados estão em evidência como forma de gerar novas oportunidades. De acordo com os entrevistados, não há mais dúvida sobre a importância dos dados. A questão, agora, está em como obter o valor máximo de seus investimentos em gerenciamento de informações.
Democratização e a alfabetização de dados
Democratização e a alfabetização de dados são duas chaves para aproveitar o valor dos dados, segundo a empresa. O estudo da ASG Technologies revela, entretanto, que essas são duas áreas em que as empresas não estão progredindo rápido o suficiente. Apesar da popularidade do tema, a democratização dos dados ainda está em sua fase inicial, uma vez que o departamento de TI continua sendo, de longe, o principal foco de uso dos dados nas empresas.
Menos de um quarto (23%) dos entrevistados afirmam que os cientistas de dados ou usuários de negócios de fora da área de tecnologia já exploram os recursos dos dados para obter informações em suas organizações.
Além disso, a alfabetização de dados é uma grande barreira para as empresas. Menos de 40% dos entrevistados acreditam que apenas metade de sua equipe possui as habilidades necessárias para fazer uso dos dados. Embora muitas dessas habilidades sejam voltadas ao gerenciamento técnico de dados, o levantamento indica que ainda há várias oportunidades totalmente abertas em relação à tomada de decisões de negócios.
| Brasil 4.0 | | | | Levantamento feito com mais de mil profissionais indica que, no mundo, a qualidade dos dados impacta nos investimentos e recursos das companhias.
Um alto nível de imprecisão e dificuldade no entendimento dos dados mostram que 50% das empresas brasileiras afirmam que têm a confiabilidade das análises prejudicadas. De acordo com a Pesquisa Global de Gestão de Dados 2020 da Experian, outro problema apontado pelos mais de mil profissionais entrevistados é a perda de recursos e gastos adicionais gerados pela má qualidade nas informações – 42% localmente e 41% na média global.
Estes custos associados a má governança nas companhias são um desafio para 78% dos negócios, com 28% dizendo que este é um problema significativo. O Brasil fica acima da média global, com 87% afirmando ser um problema. A pesquisa indica que duas em cada cinco organizações dizem que os funcionários não estão convictos de que os insights gerados são eficazes.
A pesquisa entrevistou 1.100 pessoas no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Austrália, representando empresas dos setores de variedade de indústrias, incluindo TI, telecomunicações, manufatura, varejo, serviços comerciais, serviços financeiros, saúde, setor público, educação, utilities e outras. Os entrevistados tinham cargos de analista de dados, analista financeiro, engenheiro de dados, administrador de dados, gerente de riscos, CDO (Chief Data Officer) e CMO (Chief Marketing Officer).
Segundo o Gerente Sênior de Soluções de Marketing da Serasa Experian, Thomas King, “Dados precisos e confiáveis permitem um aumento na vantagem competitiva, refletindo na oferta de uma melhor experiência para o cliente, melhores decisões de negócio, mais inovação e práticas comerciais eficientes.
Na última década, esta frente ajudou os negócios a prosperarem, mas ainda vemos organizações que não possuem habilidades e os recursos necessários para aproveitar ao máximo os dados que possuem. Uma boa saída para empresas que enfrentam dificuldades para se estruturarem, é buscar parceiros e fornecedores que tenham expertise em tratamento de dados e que consigam auxiliar na transformação dos insights gerados em ações práticas”, orienta King.
Apesar do aumento da consciência e das ações a serem tomadas, muitas companhias ainda não traduziram isso nos resultados esperados e veem as informações insuficientes e imprecisas influenciando negativamente as iniciativas: 76% delas afirmam não ter uma estratégia em andamento para endereçar os problemas com os custos, ainda que 64% afirmem que planejam fazer isso rapidamente. O relatório descobriu que 90% das empresas nacionais ainda lutam para incorporar insights significativos em seus processos, colocando os dados à disposição de mais pessoas, enquanto a média global é de 77%.
Thomas diz que “para direcionar o desafio, os negócios devem investir em qualidade dos dados usando uma abordagem transversal entre as áreas, que evite o acúmulo de informações em um só grupo. Sem padrões de qualidade, checagem e processos para gerenciar como estes insumos são capturados, mantidos e alavancados, os custos continuarão a crescer”.
Ter conhecimento em dados será fundamental nos próximos cinco anos
De acordo com a pesquisa, os profissionais precisam melhorar suas capacidades de ler, trabalhar e analisar os dados, algo que será fundamental nos próximos cinco anos para 84% dos negócios em todo o mundo. No Brasil, este número chega a 90% – o mais alto entre os entrevistados.
A grande maioria das companhias globalmente (85%) diz que os dados são um dos ativos mais valiosos que possuem e 36% dizem que o conhecimento para extrair o máximo deles é crucial para inovar e preservar o futuro da empresa. Para direcionar esse tema, 30% das empresas têm programas em andamento para capacitar os funcionários e 36% dizem que estão planejando estabelecer algo do tipo no próximo ano.
“Apesar de enfrentar algumas dificuldades, já observamos que as organizações começam a desenvolver melhores práticas para qualificar as informações e incrementar a performance, como treinar funcionários e criar posições estratégicas”, comenta Thomas.
| Ind 4.0 | | | |
O Senado vai analisar a Medida Provisória (MP) 931/2020, que estende o prazo de realização das assembleias gerais ordinárias de sociedades anônimas, sociedades limitadas e cooperativas para até sete meses após o término do exercício social.
A medida foi aprovada na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (25) na forma de um projeto de lei de conversão (PLV 19/2020) apresentado pelo relator, deputado Enrico Misasi (PV-SP). O texto aprovado mantém as linhas gerais da MP original em vigor desde março. Para serem aprovadas, as alterações foram negociadas com diversos partidos.
A principal novidade é a extensão, em até sete meses, dos prazos para realização de assembleia geral e de duração do mandato de dirigentes em entidades como associações, fundações, conselhos profissionais e entidades desportivas. O texto também prevê a possibilidade de realização de assembleias gerais virtuais.
Outra mudança prevista na MP é a suspensão, durante a pandemia de covid-19, da necessidade de empresas que possuem contratos de dívida com covenant (exigências que se aplicam aos tomadores de crédito) de efetuar o pagamento de forma antecipada da dívida no caso de descumprimento de obrigações pactuadas com os credores.
O objetivo é evitar que empresas que emitiram debêntures tenham a dívida executada por não conseguirem atingir metas acordadas por causa da queda geral da atividade econômica.
| Senado Notícias | | | | Na retomada, mercado precisará de profissionais atualizadosSenai no Paraná e Faculdades da Indústria estão com matrículas abertas para cursos técnicos, de qualificação, aperfeiçoamento, graduação e pós-graduação
Um estudo realizado pelo Senai aponta que o país terá que capacitar até 2023 cerca de 10,5 milhões de trabalhadores em nível superior, técnico, de qualificação profissional e aperfeiçoamento. A pesquisa trouxe grandes números ainda no ano passado, quando foi divulgada. Com a inesperada crise causada pela pandemia do Novo Coronavírus, é fato que as indústrias precisarão de colaboradores atualizados para ajuda-las na retomada.
Por outro lado, apostar na qualificação será um grande diferencial para profissionais que estão buscando recolocação, assim como colaboradores que almejam alavancar suas carreiras. Para quem está de olho no futuro, o Senai no Paraná está com vagas abertas para cursos em diversas áreas, como mecânica, eletrônica, logística, administração, informática, entre outras. No total, são mais de 28 unidades do Senai no estado que ofertam aproximadamente 30 mil vagas para cursos no 2° semestre.
São cursos técnicos e rápidos – de qualificação e aperfeiçoamento. “Com a retomada, certamente aquelas pessoas que tiverem conhecimento mais especializado terão possibilidade maior de recolocação no mercado”, comenta Giovana Chimentão Punhagui, gerente executiva de Educação do Sistema Fiep.
Ensino superior
Se num mundo pré-Covid a tecnologia já estava presente em quase todas as atividades cotidianas, a pandemia comprovou que ela pode ser a peça-chave para o desenvolvimento da sociedade. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2024 o mercado deve demandar 70 mil profissionais de tecnologia por ano, número bem acima dos 46 mil formados na área anualmente.
Com o foco nas demandas atuais e futuras do setor industrial, as Faculdades da Indústria preparam profissionais nas áreas de tecnologia, além de engenharia, design e gestão. São mais de 1.300 vagas abertas nos cursos de graduação em Curitiba, São José dos Pinhais e Londrina.
Entre os cursos oferecidos destacam-se as Engenharias Mecânica, Mecatrônica, Elétrica, Química, de Produção, de Software, de Energias e de Meio Ambiente e Energias Renováveis. Também são ofertadas as graduações em Design de Moda, Design de Interiores e os tradicionais cursos de Fabricação Mecânica, Automação Industrial e Processos Gerenciais. Para manter o isolamento durante o período de quarentena, o vestibular será totalmente online e as inscrições podem ser feitas até 21 de agosto.
Já quando o assunto é pós-graduação, as Faculdades da Indústria ofertam a Pós Unique, um modelo com estrutura curricular 100% flexível e online, que permite ao estudante personalizar sua jornada de formação, além dos cursos na modalidade lato sensu em Curitiba, São José dos Pinhais e Londrina, como Cibersegurança, Engenharia de Veículos Híbridos e Elétricos, Engenharia de Automação Industrial, especialização em Finanças e em Gerenciamento de Projetos, entre outros.
Para mais informações sobre os cursos, matrículas e inscrições, acesse sistemafiep.com.br/educação."
| Gazeta do Povo (publicado em 25-06-2020) | | | | O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 17,0 pontos na passagem de maio para junho, para 84,4 pontos, informou nesta sexta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a FGV, a segunda alta consecutiva na confiança do comércio sugere que o pior momento para o setor na crise provocada pela pandemia do novo coronavírus pode ter sido em abril.
"Apesar da melhora do setor nesses dois últimos meses, esse resultado ainda precisa ser visto com cautela por dois motivos: a recuperação representa 60% do que foi perdido entre março e abril; e ainda tem sido muito mais influenciada pela evolução mais forte das expectativas, o que é normal dado o baixo nível de comparação. Para os próximos meses, a elevada incerteza e a fragilidade do mercado de trabalho não permitem observar um cenário de consistente retomada", avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em junho, houve melhora na confiança em todos os seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 12,7 pontos, para 82,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 20,6 pontos para 87,5 pontos.
A despeito dos avanços em maio e junho, a forte queda na confiança em abril ainda fez o indicador de confiança encerrar o segundo trimestre com um recuo de 24,3 pontos, o mais agudo da série histórica.
Segundo a FGV, o índice mostrava recuperação gradual desde o final de 2019, aproximando-se mais dos 100 pontos. Ao fim do primeiro trimestre de 2020, as expectativas já começaram a ser afetadas por conta da pandemia, "dando indícios do que estava por vir".
"Como os dados pontuais dos últimos dois meses mostraram recuperação, a expectativa para o terceiro trimestre é de uma melhora marginal, mas ainda potencialmente abaixo do patamar observado no primeiro trimestre", completou Tobler.
A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1º e 24 do mês, com informações de 708 empresas.
| Bem Paraná | | | | A carga de energia no Brasil em julho deverá cair 0,4% ante o mesmo período do ano passado, previu nesta sexta-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indicando um recuo menor no consumo de eletricidade na comparação com meses anteriores, nos quais a queda foi mais acentuada por efeitos da pandemia.
Em algumas regiões, como Nordeste e Norte, o ONS chegou a projetar aumento no consumo no próximo mês, de 1,9% e 1,4%, respectivamente.
O operador ainda prevê queda de 0,6% na carga de energia no Sudeste, principal consumidor de eletricidade do país, enquanto apontou redução de 2,8% no Sul.
| Reuters | | | | A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que regula o sistema no Brasil, determinou reajuste médio de 0,41% para os consumidores atendidos pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Contudo, para a categoria de clientes residenciais, que representa 81% da base da empresa, haverá redução de 0,95% na tarifa. O benefício alcança 3,8 milhões de famílias. Para comércio e serviços atendidos em baixa tensão, a redução é de 0,83%. Por fim, para a iluminação pública, a redução é de 0,93%.
O anúncio foi feito pela ANEEL nesta quinta-feira (25), em reunião ordinária transmitida por rede social de vídeos. Consideradas as demais classes consumidoras, a ANEEL definiu um reajuste médio de 0,41% para a área de concessão da Copel. Os clientes atendidos em alta tensão terão reajuste médio de 1,13%.
A redução para a grande base de clientes, assim como o reajuste abaixo da inflação dos últimos 12 meses para os demais, foram possíveis a partir da adoção, pela ANEEL, da chamada Conta-Covid. O IGP-M do período foi de 6,51%.
COVID - A Conta-Covid é uma medida estrutural, possível graças a uma operação de mercado desenhada pelos Ministérios de Minas e Energia e Economia, além da própria ANEEL, com dois objetivos claros. O primeiro é aliviar o bolso dos consumidores neste momento de crise.
O segundo objetivo é garantir que as empresas fornecedoras de energia elétrica tenham liquidez para superar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, como a queda no consumo e o aumento na inadimplência.
DÓLAR - A alta do dólar influencia no cálculo. A moeda americana é utilizada para calcular o valor da energia gerada pela usina de Itaipu. Outros fatores são a composição de custos, do sistema de transmissão e demais encargos setoriais. A revisão tarifária anual de cada distribuidora é estabelecida para a data em que a concessão federal foi originada - no caso da Copel, 24 de junho.
ISENTOS - Hoje, 295.915 famílias não pagam pela energia elétrica no Paraná. Elas estão incluídas nos programas para atenção à população em situação de vulnerabilidade e são diretamente beneficiadas pelas medidas adotadas para o setor pelo Governo Federal e pela ANEEL durante a pandemia do novo coronavírus. Desse total, 160 mil já faziam parte do programa Luz Fraterna, mantido pelo Governo do Paraná. As demais integram cadastro federal.
| Bem Paraná ( publicado em 25-06-2020) | | | |
Empresa que quiser contratar empréstimo para pagar 30% da folha de pagamento terá que manter 30% dos funcionários
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (25) o texto-base da medida provisória que permite que pequenas e médias empresas tomem crédito para financiar sua folha de pagamento, desde que mantenham proporcionalmente o mesmo número de funcionários do percentual contratado.
O texto foi aprovado em votação simbólica. Os deputados começaram a analisar sugestões de mudanças à proposta, mas ainda precisarão concluir a análise das alterações na próxima semana. A seguir, a MP segue para o Senado. A medida provisória perde validade em 31 de julho.
A medida representa uma flexibilização em relação ao texto inicialmente enviado pelo governo, que exigia que as empresas contratassem 100% da folha de pagamento por dois meses, limitado a dois salários-mínimos por funcionário (R$ 2.090). Quem aderisse ao programa não poderia demitir por dois meses após o recebimento da última parcela da linha de crédito.
O texto aprovado, relatado pelo deputado Zé Vitor (PL-MG), prevê que as empresas possam contratar até 100% da folha de pagamento. O parlamentar dobrou o tempo para contratação do crédito, que passou de dois para quatro meses, mas manteve o limite de duas vezes o salário-mínimo por empregado.
Gabriel Cabral/Folhapress
Na prática, isso significa que uma empresa que quiser contratar empréstimo para pagar 30% da folha de pagamento terá que manter 30% dos funcionários. A proibição de demissão foi mantida em dois meses após o recebimento da última parcela da linha de crédito.
A proibição de demitir os funcionários era apontada como um dos motivos para o fracasso da linha de crédito. Desde que foi lançada, em 27 de março, a linha teve uma adesão bem aquém da esperada pelo governo.
Segundo dados do Banco Central atualizados até a última segunda (22), 107.461 empresas haviam contratado o empréstimo para financiamento de folha de pagamento, o equivalente a R$ 4,085 bilhões. Ao todo, 1.828.322 empregados foram beneficiados.
A estimativa inicial para o programa de R$ 40 bilhões era de que alcançasse 12 milhões de pessoas e contemplasse 1,4 milhão de empresas.
O relator incluiu a possibilidade de os recursos contratados serem usados para quitar verbas trabalhistas devidas pelas empresas, como dívidas de condenações transitadas em julgado na Justiça do Trabalho. As linhas de crédito poderão ser usadas para acordos homologados com valor de até R$ 15 mil.
Para isso, a instituição financeira participante depositará o valor do financiamento contratado em conta judicial à disposição do juízo. No entanto, estabeleceu que não poderão ser pagas verbas trabalhistas que tenham como fato gerador o trabalho escravo ou o infantil.
Se o dinheiro for usado para pagar verba rescisória de demissão sem justa causa no limite de até R$ 15 mil por contrato de trabalho, o recurso só será liberado caso seja comprovada a recontratação do mesmo funcionário.
O relator fez outras alterações para tentar destravar a linha de crédito. Ele aumentou de R$ 10 milhões para R$ 50 milhões a receita bruta anual máxima para que a empresa possa tomar crédito pelo programa. Também incluiu a possibilidade de que produtores rurais possam contratar o crédito.
No entanto, manteve um ponto que era contestado por alguns parlamentares, que queriam 100% do aval da União para os empréstimos. Zé Vitor deixou o risco compartilhado proporcionalmente ao percentual de recursos que serão aportados. Pela MP, o governo entra com 85% dos recursos (R$ 34 bilhões) e os bancos, com 15% (R$ 6 bilhões).
O relator também prorrogou o prazo para que as instituições financeiras participem do programa. A adesão passou de 30 de junho para 31 de outubro.
Na linha, a taxa de juros é de 3,75% ao ano, com carência de seis meses para pagar e em 36 parcelas.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-06-2020) | | | | Na primeira quinzena do mês, houve aumento de 35% em relação a 2019, mas queda de 23% na comparação com maio de 2020
O número de pedidos de seguro-desemprego registrou alta de 35% na primeira quinzena de junho, se comparado com o mesmo período de 2019. Foram 351 mil requerimentos nas duas primeiras semanas deste mês, informou nesta quinta-feira (25) o Ministério da Economia.
Apesar da forte alta em relação ao ano passado, os dados apontam que os pedidos perderam força quando observado o período imediatamente anterior. O volume de solicitações apresentou um recuo de 23% na comparação com a segunda quinzena de maio deste ano, quando foram liberados 455 mil benefícios.
Dados da pasta mostram que os requerimentos começaram a subir no fim de março, quando se intensificaram as medidas restritivas nos estados por conta do novo coronavírus, com fechamento de lojas, comércios e outras empresas nas cidades.
Os pedidos aceleraram ao longo do mês de abril, atingindo o pico em maio. Em seguida, começaram a descer.
No acumulado do ano, cerca de 3,6 milhões de pessoas já fizeram solicitação. O saldo é 14,2% maior do que o observado no mesmo período de 2019.
O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
A pessoa demitida tem quatro meses de prazo para requerer o auxílio no Sine, no portal “gov.br” ou no aplicativo de celular “Carteira de Trabalho Digital”.
O Ministério da Economia afirma que, uma vez feita a solicitação pelo trabalhador, não há fila de espera para concessão do benefício.
Membros do governo afirmam que a medida colocada em vigor em abril que permite corte de jornadas e salários está surtindo efeito. Sem ela, dizem, o número de demissões durante a crise seria muito maior.
O programa autoriza empresas a fazerem acordos com seus funcionários para suspender integralmente contratos por até dois meses ou para reduzir jornadas e salários por até três meses. Nesses casos, o governo entra com uma compensação em dinheiro para os trabalhadores atingidos.
Mais de 10 milhões de trabalhadores formais tiveram contratos suspensos ou salários e jornadas reduzidos até o momento.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-06-2020) | | | | O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avaliou que o Brasil apresenta fatores positivos para a superação econômica da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, mas ressalvou que, com sorte, levará dois ou três anos para que o País retorne a níveis anteriores à crise causada pela emergência sanitária. "E vai levar mais tempo se não atuarmos contra a epidemia e se perdermos a esperança. Essa é a função principal de quem está no comando", completou o ex-presidente.
"Temos mão-de-obra, que vai ficar sem emprego, abundante e trabalhadora, temos capacidade empresarial e temos alguns setores nos quais podemos atuar e que vão continuar com epidemia ou sem epidemia porque são necessários", disse FHC. Entre as atividades, o ex-presidente citou a participação do agronegócio e do setor financeiro.
Fernando Henrique defendeu também atenção aos gastos públicos. "É claro que nesse momento de aflição as regras de controle fiscal diminuem, então pode haver um descontrole. Você tem que sempre ter presente que é preciso ao mesmo tempo olhar com atenção o custo de tudo isso, que será elevado. Esse custo vai se traduzir em impostos, e, no Brasil, o imposto quem paga é geralmente mais o mais pobre que o mais rico", afirmou o ex-presidente.
FHC ainda disse que "a dívida do Brasil é grande e vai aumentar" mas defendeu que o aumento do débito seja feito através do endividamento interno. O ex-presidente participou nesta quinta-feira, 25, de transmissão ao vivo promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) de Ribeirão Preto (SP).
Bolsonaro
Fernando Henrique Cardoso defendeu que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, exerça um papel de diálogo e de liderança durante a pandemia do novo coronavírus. "Eu acho que nosso presidente (Jair Bolsonaro) precisa ser menos afoito. Eu entendo a aflição dele", afirmou o ex-presidente.
Segundo FHC, "o fato do Supremo Tribunal Federal ter decidido que a responsabilidade é dos governadores, e dos prefeitos em certas matérias, não elimina que a responsabilidade política de quem vai pagar o preço maior é de quem está no comando geral da nação".
Criticado pela condução do combate ao vírus, Bolsonaro tem respondido com ataques a governadores e prefeitos, uma vez que o STF decidiu por garantir a autonomia dos entes federativos em decisões de saúde pública como medidas de isolamento social e fechamento do comércio.
O ex-presidente também não descarta que a democracia brasileira se torne "menos eficaz". "Não acho que seja uma palavra de ordem razoável aspirar ao impeachment. Tem que se buscar o bom governo", declarou.
"Quando acontece uma coisa como agora, uma pandemia desse tipo mais uma crise econômica, os outros Poderes passam a ter peso. Não quer dizer que estão invadindo a área do Executivo - eventualmente invadem -, mas é porque o Executivo não está assumindo a direção", defendeu o ex-presidente.
| Bem Paraná | | | | Em reunião virtual de diretoria da FIESC, na última sexta-feira (19), o professor da UFSC, Pablo Bittencourt, ressaltou que após depressões, investimentos elevados na área são fundamentais, a exemplo do pacote de US$ 1 tri anunciado pelos norte-americanos nesta semana.
“No meu entendimento, há um ambiente propício para fazer políticas de estímulo de investimentos, especialmente em infraestrutura. É uma ideia muito consolidada na teoria econômica. Depois de depressões, grandes volumes de investimentos em infraestrutura levam a encadeamentos”, afirmou o professor da UFSC, Pablo Bittencourt.
Ele participou da reunião virtual de diretoria da Federação das Indústrias (FIESC), nesta sexta-feira (19), e citou como exemplo o pacote de 1 trilhão de dólares anunciado pelos Estados Unidos, que contempla rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e tecnologia 5G. “Minha mensagem é: temos um ambiente ruim. Para se desfazer desse ambiente de contração da atividade econômica, vamos precisar de resposta agressiva”, disse.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembrou que após a pandemia, percebeu-se a necessidade de o Brasil se reindustrializar. “Estamos elaborando o Projeto Travessia, que tem quatro pilares, e um deles é o investimento em infraestrutura, seja público ou privado. O fato é que tem que haver esse investimento para termos circulação de moeda, movimentação da economia para que, assim, o país possa realmente crescer”, declarou. O Projeto Travessia consiste numa proposta para enfrentar a crise pós-coronavírus. A iniciativa, apresentada em maio pela FIESC, vai atuar em quatro frentes: reinvenção da indústria e da economia, investimento em infraestrutura, atração de capital e pacto institucional.
Em sua apresentação, o professor da UFSC destacou que o Brasil é a economia em desenvolvimento mais impactada pelo coronavírus. “O país já vinha de uma recessão econômica e estagnação produtiva. O retorno da atividade econômica tende a ser difícil”, explicou, lembrando que a economia opera em alta capacidade ociosa. “Estamos vivendo um turbilhão de mudanças e uma crise econômica completamente diferente daquelas que vivemos antes. Isso gera um nível de incerteza sobre o futuro. E essa incerteza gera contração no nível de consumo e investimentos”, completou.
Bittencourt chamou a atenção para os impactos da crise sobre o consumo e o investimento. “Há desemprego. Muitas empresas não têm para quem vender e precisam demitir. Isso diminuiu massa salarial e consumo”, explicou, salientando que no curto prazo é possível administrar, mas no longo prazo pode trazer complicações para a recuperação porque a maior parte do crescimento do PIB do Brasil é puxada pelo consumo das famílias. “Quando as pessoas reduzem o consumo, afeta o crescimento e o investimento”, afirmou.
Ainda há incerteza quanto ao processo de disseminação do vírus, que pode voltar e ter uma segunda ou terceira onda. “Passamos por um período de aprendizado dos governos e os impactos ainda não podem ser medidos com precisão. Por isso não tem como dizer com certeza o tamanho da contração do PIB. “Temos uma enorme crise de curto prazo. Incertezas no médio prazo e em relação ao vaivém da quarentena. E os governos estão agindo fortemente para combater as depressões econômicas, mas devemos ter uma guerra comercial com característica estrutural nos próximos anos”, concluiu.
Eleições: na reunião de diretoria, o cientista político da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, conversou com os industriais sobre as discussões em torno do adiamento das eleições municipais por conta da pandemia e sobre a possível unificação das eleições em 2022. "Na minha leitura, o cenário mais provável é o adiamento das eleições e não o cenário de associar o mandato de prefeito e vereador com mandatos estaduais e federais.
"É uma medida para responder ao problema da pandemia e não uma mudança de calendário eleitoral", explicou. Ele lembrou que há diversos projetos em tramitação no Congresso Nacional sobre mudanças nas regras eleitorais. "A tendência é que o Senado trabalhe num projeto de emenda constitucional para regular a questão das eleições em 2020. A proposta básica vai ser uma do senador Randolfe Rodrigues, que vai aglutinar essa discussão”, disse.
| CIMM ( publicado em 25-06-2020) | | | | O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,3% em maio sobre abril, a 3,596 trilhões de reais, num movimento inteiramente puxado pelos financiamentos a empresas, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.
Enquanto o estoque de financiamentos às pessoas jurídicas cresceu 0,7% no período, ele ficou estável para famílias.
Nos cinco primeiros meses do ano, a alta do crédito geral no país foi de 3,4% e em 12 meses de 9,3%.
Na véspera, o BC melhorou sua projeção para o crescimento do crédito a 7,6% este ano, ante 4,8% de cálculo feito em março, aumento puxado pelos financiamentos às empresas em função da necessidade de caixa diante da queda nas vendas em meio à pandemia de coronavírus.
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 5,8% em 2020, contra expectativa anterior de 7,8%. Para as empresas, a alta foi calculada em 10%, ante 0,6% anteriormente.
O BC reconheceu que a expansão do crédito às pessoas jurídicas também vem na esteira dos financiamentos fechados por grandes empresas, que antes da crise estavam optando por captações no exterior e no mercado de capitais doméstico.
Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram a 29,5% ao mês em maio, contra 31,3% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.
Com isso, foram ao menor patamar registrado pelo BC desde dezembro de 2012 (28,9%).
O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, caiu a 24,6 pontos no mesmo período, sobre 26,2 pontos no mês anterior.
Por sua vez, a inadimplência em recursos livres ficou estável em 4%.
| Reuters | | | | Os 33 trabalhadores do Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios, no centro de São José dos Pinhais, decretaram greve ambiental na manhã desta quinta-feira (25) por risco de contágio de coronavírus na unidade. Uma carteira testou positivo na segunda-feira (22) e outros três já apresentam sintomas. A esposa de um carteiro também comprovou estar infectada há duas semanas.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), "A direção da Empresa se recusa a afastar todos para quarentena preventiva de 14 dias e a realizar testes em massa nos funcionários da unidade. É nesse local que as cartas e encomendas são separadas por endereços para entrega diária na casa das pessoas e comércio", diz o sindicato em comunicado.
Ainda segundo o Sintcom, medidas de precaução, como fornecimento de máscaras individuais para serem trocadas a cada duas horas, distanciamento de um metro entre trabalhadores internos, fornecimento de luvas descartáveis e álcool gel de uso individual para os carteiros não estavam sendo cumpridas.
O Sintcom-PR já notificou a Vigilância Epidemiológica do município. Até que as medidas sejam tomadas pela Empresa, a orientação do Sintcom-PR é que os trabalhadores permaneçam em greve ambiental, evitando novos contágios, inclusive, entre a população atendida pelos carteiros.
A Superintendência dos Correios no Paraná foi procurada para comentar a greve dos trabalhadores da unidade. No começo da noite encaminhou a nota a seguir:
"Não procedem as informações prestadas pelo sindicato. Desde o mês de março, os Correios vêm adotando sucessivas medidas de proteção à saúde de seus empregados, clientes e fornecedores, em função da pandemia do novo Coronavírus. Além de intensificar as orientações ao efetivo quanto aos cuidados básicos de higiene e procedimentos de limpeza dos ambientes e equipamentos, todos os empregados têm acesso a álcool em gel e máscaras laváveis. Foram instalados, ainda, painéis de acrílico em mais de 5 mil guichês de atendimento e também será providenciada a vacinação contra gripe para todos os empregados. Dessa forma, a estatal tem garantido a prestação dos serviços postais, considerados essenciais pelo Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República.
Os Correios estão acompanhando a situação de saúde dos seus empregados, prestando o apoio necessário e, também, atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais. As orientações da empresa relacionadas a casos suspeitos de Covid-19 permanecem válidas, segundo as orientações sanitárias. Além disso, a empresa tem realizado ações de sanitização nas unidades.
O centro de distribuição localizado na região central de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, está passando por sanitização nesta quinta-feira (25). As atividades operacionais serão retomadas nesta sexta-feira (26)", diz a nota.
| Bem Paraná ( publicado em 25-06-2020) | | | | Segundo Sergio Rial, trabalho remoto merece discussão mais profunda; banco estuda como implementar o seu modelo
O presidente do Santander, Sergio Rial, afirmou que o banco estuda qual a melhor maneira de implementar o home office para seus funcionários, e que uma das condições em avaliação para o modelo seria a “abdicação voluntária” de benefícios ou de uma porcentagem do salário por parte dos funcionários.
Entrevistado pelo estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, em uma transmissão ao vivo, promovida pelo próprio banco, Rial disse que essa abdicação voluntária de benefícios ou parte do salário faria sentido para o funcionário que optasse pelo trabalho remoto, uma vez que gastaria menos tempo e dinheiro para ir até a empresa.
“Se tudo isso te poupa tempo, você deixa de gastar com combustível, tua vida fica mais fácil até sob o ponto de vista econômico, por que não dividir algumas coisas dessas com a empresa? Por que não pode ser um voluntário com a abdicação de algum benefício, de algum salário? Desde que seja voluntário”, afirmou o presidente do banco no video.
Segundo Rial, o novo “caminho” para o home office no banco, que ainda está em análise, será construído em conjunto, por meio de diálogo entre direção e funcionários.
A íntegra da transmissão está disponível no canal do Santander Brasil no Youtube. O trecho da entrevista que trata sobre o home office pode ser visto aos 24 minutos e 31 segundos de vídeo.
A assessoria de imprensa do banco disse, por meio de nota, que a redução na remuneração de trabalhadores em home office está fora de questão.
“O Santander esclarece que, embora o sistema de home office a ser adotado pela organização esteja em definição, a hipótese de reduções na remuneração dos funcionários está absolutamente fora de questão neste contexto", diz o texto.
Para a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, a declaração de Rial foi absurda.
“Quer dizer que o trabalhador reduz seus custos para a empresa, tendo de pagar sua internet, energia elétrica e toda a estrutura para trabalhar em casa e ainda tem de abrir mão de parte de seu salário e benefícios? A ganância dos bancos não tem limite”, afirmou.
Segundo Rial, mesmo com o enorme universo de funções dentro da indústria bancária que permite o home office, ainda há um aprendizado nesse modelo de trabalho, e sua implantação em escala precisa de uma discussão mais ampla.
“Primeiro, é preciso diferenciar o que é estar ocupado e ser produtivo. Estar ocupado não é necessariamente começar uma call [teleconferência] às 7h da manhã e terminar às 8h da noite, porque pode ser que, em alguns casos, você não tenha realizado nada relevante para o cliente. Essa esteira tática não é sustentável”, afirmou.
O executivo disse também que ainda considera como definir índices de produtividade que façam sentido ao trabalho remoto, bem como escolher em quais as áreas o home office pode ser implementado. Rial afirmou que também avalia colocar um prazo mínimo de dois anos para os funcionários que optarem ao trabalho remoto.
“Mas neste caso, [o funcionário] também tem que estar no escritório pelo menos uma vez por semana, porque senão você terceirizou a sua cultura. E nós não queremos terceirizar nossa cultura, queremos que a pessoa permaneça conectada”, disse.
| Folha de S.Paulo | | | | Segundo banco, apetite de investidores é grande e recursos serão desembolsados em julho
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, disse que as condições do empréstimo ao setor elétrico devem ser conhecidas na próxima quarta (1º). Segundo ele, a demanda dos bancos pelo financiamento foi superior ao valor projetado, de R$ 16,1 bilhão, o que pode melhorar o custo do crédito.
"Estamos otimistas porque até agora a demanda e o apetite dos bancos é bastante satisfatória", afirmou, em evento virtual promovido pela XP Investimentos. O BNDES atua como coordenador da operação e nesta quinta (25) enviou aos bancos interessados aviso para a abertura das ofertas finais.
O valor do empréstimo foi aprovado esta semana pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Os recursos serão entregues às distribuidoras de energia para garantir liquidez ao setor, que sofre com queda nas vendas e aumento da inadimplência após o início da pandemia.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, durante anúncio de medidas econômicas para tentar conter a crise do Coronavírus, no Palácio do Planalto. - Pedro Ladeira/Folhapress
O financiamento reduz a necessidade de reajustes tarifários em 2020, diluindo os custos extras em um período de cinco anos. O modelo, chamado de Conta-Covid, repete solução adotada pelo governo em 2014, quando a necessidade de comprar energia cara para atender o mercado gerou desequilíbrios nas finanças das distribuidoras de energia.
Montezano afirmou nesta quinta, porém, que as condições do financiamento atual serão melhores do que as daquele período, quando a taxa de juros estava em patamares bem mais altos. "Com a queda de juros, essa operação vai sair com um custo bem mais barato para o consumidor", comentou, sem detalhar valores.
O presidente do BNDES disse esperar que os recursos sejam desembolsados durante o mês de julho. Como em 2014, o financiamento será tomado pela CCEE (Câmara Comercializadora de Energia Elétrica), para evitar impactos na dívida das empresas.
De acordo com projeções do MME (Ministério de Minas e Energia), o impacto da pandemia no setor elétrico já chega a R$ 8,6 bilhões, sendo que R$ 3,4 bilhões referem-se ao aumento da inadimplência no pagamento das contas de luz. Desde 18 de março, a inadimplência acumulada é de 8,12%, contra uma média de 2,4% no primeiro semestre de 2019.
No evento desta quinta, Montezano repetiu que o BNDES tem dinheiro disponível para investir em projetos de saneamento, setor que precisará de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões para cumprir metas de universalização previstas no marco regulatório aprovado pelo Senado nesta quarta (24).
"A gente reconhece que são volumes expressivos", afirmou. "Mas é um processo de amadurecimento, esse recurso não é desembolsado todo de uma vez." Ele acrescentou que vê grande interesse de financiadores privados, como fundos de pensão ou mesmo bancos, em colocar recursos nesse setor.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-06-2020) | | | | Governo diz que pandemia tem efeito desinflacionário e permite perseguir IPCA mais baixo
"A crise causada pela pandemia da Covid-19 afeta a economia brasileira por diversos canais, com um resultado líquido sobre os preços altamente desinflacionário, de forma que uma redução da meta para 2023 não implica custos adicionais aos já provocados pela pandemia", diz a nota divulgada pelo Ministério da Economia, uma das duas instituições que formam o CMN, ao lado do Banco Central.
"A perspectiva de redução estrutural da inflação foi beneficiada pela consolidação fiscal da economia, obtida a partir de medidas como a aprovação e preservação do teto de gastos e da Nova Previdência, que produziram expectativas de uma redução na trajetória de gastos, criando um ambiente favorável para uma redução estrutural da inflação e dos juros de equilíbrio", diz a nota.
Desde 2019 a meta, medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor do IBGE), vem sendo reduzida em 0,25 ponto percentual ao ano.
A última vez em que o Brasil teve uma meta de 3,25% foi em 2003, com intervalo de dois pontos de tolerância. Esse objetivo foi fixado dois anos antes, em 2001, mas acabou sendo revisto duas vezes, até chegar a 8,5% (sem margem). Naquele ano, no entanto, a inflação acabou em 9,3%.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 25-06-2020) | | | | Segundo projeção do Ibre/FGV, PIB vai encolher 9,8% entre abril e junho
O distanciamento social provocará neste segundo trimestre o maior tombo na economia brasileira em 40 anos. A volta ao patamar anterior à epidemia também deve ser a mais lenta em quatro décadas.
Projeções do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) apontam para uma contração de 9,8% no PIB entre abril e junho de 2020 em relação a janeiro e março.
A maior queda trimestral nas últimas quatro décadas até então havia sido de 4,7%, no quatro trimestre de 1990.
Naquela época, no governo Fernando Collor (1990-1992), a recessão se estendeu por 11 trimestres e causou perda acumulada de 8,2%. Mas ela foi seguida de um período expansivo de 12 trimestres, com crescimento de 19,4%.
A retração recorde em 2020 ocorrerá com o Brasil sem espaço fiscal para políticas contracíclicas, com informalidade e desigualdade em alta e ainda longe de ter se recuperado de sua última recessão, de 2014 a 2016.
É a primeira vez que o Brasil entra em um novo ciclo negativo sem ter se erguido totalmente das perdas do anterior. Quando a Covid-19 chegou ao país, a economia havia recuperado apenas 5,3% do tombo de 8,1% da última recessão.
No primeiro trimestre de 2020, com apenas 1/6 do período afetado pelo isolamento, o PIB já havia caído 1,5%. Somando isso à nova queda projetada para maio e junho, o encolhimento será de 11,9% nos dois primeiros trimestres.
Esse é o maior tombo de uma série inédita, que abrange os últimos 40 anos, elaborada pela Superintendência de Estatísticas Públicas e pela área de Economia Aplicada do Ibre/FGV (ver quadro).
“O cenário atual é bem mais difícil do que o de recessões anteriores por causa da tendência insustentável de crescimento da dívida pública e do déficit fiscal, recorrente há sete anos”, diz Luana Miranda, pesquisadora do Ibre/FGV.
Sem considerar uma eventual segunda onda da Covid-19 que possa obrigar o país a adotar novo distanciamento mais radical, o órgão projeta a volta do crescimento no terceiro trimestre. Mas ele será lento e não deve encontrar apoio em gastos estatais, no mercado de trabalho ou nos investimentos das empresas.
O Ibre/FGV estima em 6,4% a contração do PIB em 2020, seguida de uma recuperação de 2,5% em 2021, insuficiente para recuperar nem metade das perdas deste ano.
Além disso, como o setor de serviços —que emprega 2/3 dos trabalhadores, sobretudo informais— sofreu retração recorde, continuará forte a pressão para que o governo federal estenda o prazo da ajuda emergencial mensal criada na pandemia, ampliando o rombo nas contas públicas.
Com os R$ 300 pagos por três meses a milhões de brasileiros, o auxílio já custou cerca de R$ 150 bilhões.
Na quinta (25), o presidente Jair Bolsonaro disse que ele pode ser estendido por mais três meses —com parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. O gasto total subiria a cerca de R$ 230 bilhões.
O ajuste emergencial, no entanto, resolve apenas temporariamente o problema dos trabalhadores, pois eles devem conviver em uma economia de baixo crescimento e com taxa de desemprego média de 18,7% neste ano, segundo as projeções do Ibre/FGV.
Até a pandemia, e em razão das dificuldades fiscais, o governo sustentava que a recuperação viria dos investimentos e dos empregos privados, que cresciam lentamente e apoiados na informalidade.
Para Juliana Trece, pesquisadora do Ibre/FGV, será muito difícil, no entanto, o setor privado sustentar a recuperação com um quadro macroeconômico e político atual pouco atraente aos investimentos.
Ao contrário de outros países que estão elevando o endividamento público para combater os efeitos da pandemia, o Brasil poderá encontrar dificuldade também em financiar o aumento de sua dívida em um cenário de juro baixo em todo o mundo.
Com a taxa básica do BC (a Selic) hoje em 2,25% ao ano, bastaria o Brasil crescer mais do que isso para conter o aumento do endividamento como proporção do PIB —que deverá atingir quase 100% ao fim deste ano, o maior patamar entre os emergentes.
No caso brasileiro, o problema é que a insegurança política e econômica vem empurrando para cima o dólar, que já subiu mais de 30% neste ano.
Mesmo que não pressione a inflação via preços de importados porque a demanda interna está baixa, o dólar caro pode obrigar empresas que usam componentes de fora (como fabricantes de eletrodomésticos e eletroeletrônicos) a produzir menos para atender apenas os consumidores de maior renda, para quem conseguiriam repassar os aumentos.
Em junho, embora a prévia da inflação oficial (IPCA-15) tenha mostrado estabilidade, artigos de residência, como equipamentos de TV, informática e eletrodomésticos, subiram acima da média.
“Em um cenário como esse, o dólar alto não vira inflação, mas piora a atividade à medida que as empresas diminuem a produção e perdem margem de lucro”, diz José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator.
Segundo ele, isso pode reforçar um ciclo de insegurança e baixo crescimento que acaba pressionando ainda mais o câmbio.
Se isso ganhar força, não só a inflação tende a ser afetada pelo dólar mas o BC poderá se ver obrigado a elevar o juro para convencer o mercado a financiar seu endividamento crescente e para atrair dólares de investidores de fora para tentar conter o câmbio.
Nesse cenário de aumento dos juros, a relação dívida/PIB aumentaria ainda mais.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, outro fator fundamental a limitar uma eventual recuperação é a insegurança provocada pelo governo de Jair Bolsonaro e as dúvidas que hoje existem sobre a sua permanência na Presidência.
Segundo ele, a imagem do Brasil vem se deteriorando rapidamente no exterior, e dificilmente o país poderá contar com investimentos externos que sustentem um pouco mais a recuperação no segundo semestre.
| Folha de S.Paulo | | | |
Pablo Di Si avalia que será necessário usar por mais tempo medidas de flexibilização do trabalho
Apesar de obter desempenho pouco melhor do que a média do mercado nos últimos meses, a situação da Volkswagen também requer cuidados diante da queda abrupta da produção trazida pela pandemia de coronavírus desde março passado, seja por causa das restrições de operação para obedecer medidas de isolamento social, seja por causa da pesada crise econômica que acompanha a Covid-19. Pablo Di Si, presidente da companhia na América Latina, ressalta que todas as fábricas do grupo na região (duas na Argentina e quatro no Brasil) já voltaram a operar, mas o ritmo ainda é muito lento.
“Ao contrário do que aconteceu na China e nos Estados Unidos, aqui a recuperação do mercado não será em ‘V’. Por isso vamos precisar por mais tempo de todas as medidas de flexibilização de trabalho, que já estamos usando, mas vamos precisar estender pelo resto do ano e talvez até em 2021”, avalia Pablo Di Si.
O executivo adiantou alguns números que mostram o desempenho do mercado este mês. Segundo ele, até a quarta-feira, 25, as vendas de veículos em junho mostravam queda de 37% em relação ao mesmo mês de 2019, enquanto a Volkswagen caia menos, 31%. Já no acumulado de janeiro até esta última semana do primeiro semestre, a retração é de 38%, contra 34% da VW.
“Estamos caindo menos, significa que ganhamos participação. Voltamos a produzir em todas as fábricas, mas mesmo assim precisamos reduzir o ritmo de produção e flexibilizar a jornada de trabalho dos empregados que voltaram este mês”, afirma Di Si.
Das fábricas brasileiras, ele informa que a única que trabalha em dois turnos é São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, que vem apresentando bom resultado de vendas, liderando o mercado de SUVs este mês. Nas plantas paulistas, em Taubaté (Up!, Voyage e Gol) e São Bernardo do Campo (Polo, Virtus, Saveiro e o Nivus desde o começo de junho) a operação é de só um turno no regresso após a quarentena, enquanto a unidade de motores em São Carlos opera parcialmente em um turno em algumas áreas e dois em outras (principalmente para atender contratos de exportação).
Com a entrada em produção do Nivus, que começou a ser vendido esta semana e deverá ser distribuído às concessionárias no País até agosto, a expectativa é que a novidade possa aumentar o ritmo na planta Anchieta. “Estamos prontos a atender a demanda pelo carro rapidamente e sem problemas”, afirma Di Si.
| Automotive Business ( publicado em 25-06-2020) | | | |
Downloads podem ocorrer direto no computadBMW do Brasil implanta atualizações automáticas de sistemas e softwaresor de bordo do carro ou com ajuda do smartphone
Os clientes da BMW do Brasil passam a contar com atualizações automáticas dos sistemas digitais e softwares. O benefício se tornou possível pelo Remote Software Upgrade (RSU), sistema de atualização remota da montadora que utiliza a internet embarcada nos modelos da marca para fazer o download, em processo similar ao que ocorre com smartphones.
As atualizações trazem melhorias de forma gratuita. O motorista só precisa deixar o veículo habilitado para atualizações automáticas no menu ‘Melhoria de Produto’. Há duas maneiras de atualização a partir da RSU. A primeira é diretamente no veículo, pelo computador de bordo, acessando as configurações de Remote Software Upgrade.
A outra é pelo aplicativo BMW Connected. Neste caso o pacote de atualizações é baixado no smartphone do usuário e transferido ao veículo assim que houver conexão entre o aparelho e o veículo (por sistema operacional iOS ou Android).
O recurso estará disponível num primeiro momento para veículos BMW com sistema 7.0 (iD7): Série 1 (exceto o modelo 118i); Série 2 Gran Coupé (com exceção ao modelo 218i); Série 3 (exceto o modelo 320 Sport); Série 7; Série 8 Coupé; os X3 produzidos a partir de agosto de 2019); os X4 fabricados a partir de agosto de 2019; X5; X6; X7; Z4 e M8 Gran Coupé.
Os dois métodos oferecidos para atualização remota de software utilizam a tecnologia Over the Air (OTA), o que significa que a atualização estará disponível no próprio aparelho para ser baixada e instalada automaticamente. O primeiro passo para atualização diretamente no veículo é certificar-se de que a opção “BMW Remote Software Upgrade” esteja ativada. Pelo computador de bordo o usuário precisa acessar o menu e seguir as opções: configuração > configurações gerais > proteção de dados.
Para atualização diretamente no veículo, o caminho pelo menu é: configurações > configurações gerais > remote software upgrade. Durante a realização do download, o veículo pode ser utilizado normalmente, ligado e desligado. Caso o download não tenha sido concluído e o veículo seja desligado, o download continuará automaticamente de onde foi interrompido na próxima vez que o veículo for acionado.
A segunda opção é executar a atualização a partir do aplicativo BMW Connected em um smartphone. Neste caso o usuário receberá uma notificação push informando sobre a disponibilidade do novo pacote de atualização. Após abrir a notificação ele será direcionado para efetuar o download. O pacote de atualização será baixado no dispositivo para que seja instalado quando houver conexão entre o aparelho e o veículo.
Segundo a BMW, independentemente do método utilizado para as atualizações, o procedimento para instalação do pacote é o mesmo: o menu do veículo indicará que foi baixada a atualização e que esta se encontra pronta para ser instalada.
Será exibida uma mensagem informando que o veículo não poderá ser utilizado por cerca de 20 minutos até que a atualização do software seja finalizada. O usuário deverá pressionar ok assim que optar pela instalação das atualizações ou cancelar e efetuar a instalação, a partir do mesmo passo, no momento oportuno.
DA CÂMERA PARA A CENTRAL MULTIMÍDIA
Pela primeira vez na indústria brasileira, as imagens geradas a partir das câmeras que equipam alguns BMW serão gravadas em formato de vídeo e disponibilizadas para os clientes. O recurso permite a gravação de vídeos com até 40 segundos, incluindo os 20 segundos imediatamente antes da ativação e os 20 segundos posteriores. Os vídeos podem ser gravados para entretenimento em viagens e também há opção de configurar para ativação automática em caso de acidente.
Esse recurso estará disponível inicialmente para modelos com sistema operacional BMW 7.0 (iD7) e que tenham Parking Assistant Plus: 330i/330e M Sport; M340i xDrive; 745Le M Sport; M760Li xDrive; M850i xDrive; X3 M40i produzidos a partir de agosto de 2019; X4 M40i fabricados a partir de agosto de 2019; X5 xDrive45e M Sport; X5 M50i; X6 xDrive40i M Sport e X7 M50i.
AVISOS DE RECALL POR APP
Outra novidade é o aviso de recall por aplicativo BMW Connected agora também para usuários de smartphones com sistema operacional Android. Até então, a notificação por app só era possível para aparelhos com sistema iOS. A função ampliada estará disponível para veículos BMW com sistemas operacionais iD7, iD6, iD5 e iD4++ (no caso do iD4++, com restrição de 255 caracteres por mensagem). De acordo com a BMW, o aviso também é sinalizado na central multimídia do veículo, independentemente do sistema operacional utilizado pelo cliente.
| Automotive Business ( publicado em 25-06-2020) | | | | A Fiat lança nesta sexta-feira uma versão completamente remodelada de sua picape leve Strada, um dos principais modelos da marca no Brasil, com expectativa de elevar as vendas no segmento em 20% nos próximos anos e avançar com exportações no mercado latino-americano, apesar dos impactos da pandemia sobre a economia da região.
A companhia integrante da ítalo-americana FCA lançou a nova Strada baseada no modelo de maior porte Toro, que começou a ser vendido no Brasil em 2016 e se consolidou como a segunda picape mais vendida do país atrás apenas da versão anterior Strada.
Atualmente, a Strada é responsável por cerca de 21% das vendas de veículos da Fiat no Brasil e a companhia decidiu manter estratégia concebida para outros modelos e manterá a produção da versão antiga da picape, lançada em 1998 e que já passou por uma série de remodelagens. Apesar da idade, em 2019 a Strada vendeu 76,2 mil unidades, liderando o segmento, enquanto a Toro teve licenciamentos de 65,6 mil veículos, segundo dados da associação de concessionários Fenabrave.
“A Fiat decidiu manter a produção da geração anterior do modelo como veículo de entrada de gama, em função da grande aceitação do consumidor para uso de trabalho”, informou a companhia.
A montadora havia iniciado a produção da nova Strada no primeiro semestre deste ano em sua principal fábrica na América Latina, em Betim (MG), mas a chegada da pandemia interrompeu a produção, que só voltou em meados de maio. “Com o novo modelo, pretendemos consolidar ainda mais o primeiro lugar, crescendo as vendas em cerca de 20%”, afirmou a empresa.
A apresentação da picape da Fiat ocorre perto do lançamento do crossover compacto Volkswagen Nivus, que teve pré-vendas iniciadas nesta semana pela internet.
Os modelos chegam em meio a um processo ainda frágil de flexibilização de medidas de quarentena, que deixaram concessionárias fechadas em todo o país durante a maior parte do segundo trimestre.
A Fiat espera que o lançamento ajude a compensar a queda nas vendas do mercado brasileiro neste ano, estimada pela empresa como da ordem de 40%.
| Reuters | | | | A Mercedes-Benz e a NVIDIA planejam entrar em cooperação para criar um sistema de computação em veículo revolucionário e infraestrutura de computação em IA. A partir de 2024, isso será implementado em toda a frota de veículos Mercedes-Benz da próxima geração, permitindo-lhes funções de direção automatizadas e atualizáveis.
Trabalhando juntas, as empresas planejam desenvolver a arquitetura de computação mais sofisticada e avançada já implantada em um automóvel.
A nova arquitetura definida por software será construída na plataforma NVIDIA DRIVETM e será padrão na frota de próxima geração da Mercedes-Benz, permitindo funcionalidades de direção automatizadas de ponta. Uma característica principal será a capacidade de automatizar a condução de rotas regulares de endereço para endereço. Além disso, haverá inúmeras aplicações futuras de segurança e conveniência. Os clientes poderão comprar e adicionar recursos, aplicativos de software e serviços de assinatura por meio de atualizações de software aéreas durante a vida útil do carro.
“Estamos entusiasmados por trabalhar com a Mercedes-Benz. É o parceiro perfeito para nós, dado seu longo histórico de inovação e nosso forte relacionamento técnico. Está claro em nossas extensas discussões com Ola e sua equipe, que compartilhamos uma visão comum do automóvel do futuro. Juntos, revolucionaremos a experiência de propriedade do carro, tornando o software do veículo programável e atualizável continuamente por meio de atualizações sem fio. Todo futuro Mercedes-Benz com o sistema NVIDIA DRIVE virá com uma equipe de engenheiros especializados em IA e software, desenvolvendo, aprimorando e aprimorando continuamente o carro ao longo de sua vida útil”, disse Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA.
“Estamos muito satisfeitos por podermos ampliar nossa cooperação com a NVIDIA. Jensen e eu nos conhecemos bem e passamos muito tempo conversando sobre os objetivos e o potencial da arquitetura de computação de veículo da próxima geração. Essa nova plataforma se tornará um sistema eficiente, centralizado e definido por software em nossos futuros veículos Mercedes-Benz.
A arquitetura de computação de IA da NVIDIA nos ajudará a otimizar nossa jornada em direção à direção autônoma. Esses novos recursos e atualizações serão baixados da nuvem, melhorando a segurança, aumentando o valor e ampliando a alegria da propriedade para todos os clientes da Mercedes-Benz", disse Ola Källenius, Presidente do Conselho de Administração da Daimler AG e Mercedes-Benz AG.
Uma nova arquitetura de computação
As funções de direção automatizada nos futuros carros Mercedes-Benz serão equipadas com a plataforma DRIVE da próxima geração da NVIDIA. O SoC (sistema em chip de computador), chamado Orin, é baseado na recentemente anunciada arquitetura de supercomputação NVIDIA Ampere. A plataforma NVIDIA DRIVE inclui uma pilha de software de sistema completa projetada para aplicativos de IA de direção automatizada.
A NVIDIA e a Mercedes-Benz desenvolverão em conjunto as aplicações de veículos automatizados e de IA, que incluem os níveis SAE Nível 2 e 3, bem como funções de estacionamento automatizadas (até o Nível 4).
Os recursos de última geração do novo sistema serão aproveitados com foco total na segurança. À medida que a estrutura regulamentar e de tecnologia se desenvolver, será possível atualizar todos os carros através do ar para permitir novas funções de direção automatizadas. Conveniência e outros recursos de segurança também estarão disponíveis.
Para desenvolver os novos modelos, as duas empresas utilizarão as soluções NVIDIA DRIVE Infrastructure para permitir o desenvolvimento orientado a dados e o desenvolvimento de redes neurais profundas para atender aos requisitos das regiões e domínios operacionais em que os carros estarão disponíveis.
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