| 19 de SETEMBRO de 2019
Quinta-feira
- Confiança do empresário industrial permanece elevada em setembro, mostra pesquisa da CNI
- Índice de Confiança do Empresário Industrial fica estável em setembro, diz CNI
- ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial
- Confiança de empresários alemães no Brasil cai sob Bolsonaro
- Gestão de negócios: Barreira de competência
- Maioria de novos empregos paga até dois salários mínimos, diz Ipea
- Dúvidas sobre retomada da economia e queimadas atrasam investimento no Brasil, dizem analistas
- Com indefinição no governo, Senado dá mais um passo na análise da reforma tributária
- Relator rejeita emendas e Previdência caminha para votação na próxima semana
- Vamos procurar alternativas, diz Guedes sobre CPMF
- Copom reduz taxa básica de juros para 5,50% ao ano e fala em novos cortes
- Petrobras sobe gasolina em 3,5% e diesel, em 4,2%
- Toyota anuncia investimento de R$ 1 bilhão em Sorocaba
- Hyundai quer lançar híbrido em 2020
- Usiminas assina com governo MG compromisso de investimento de R$ 219,8 milhões
- Exportação de autopeças à Argentina cai 32,8%
- GM e Tata Consultancy Services firmam acordo para atuar em projetos de engenharia
- Volkswagen chega a 100 mil Virtus produzidos no Brasil
|
Câmbio
Em 19/09/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,138
|
4,139
|
Euro
|
4,570
|
4,572
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | ICEI mantém-se em 59,4 pontos. Resultado segue 4,8 pontos acima de sua média histórica e 6,6 pontos acima do registrado no mesmo mês de 2018. Empresários de médio porte estão mais otimistas
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) manteve-se inalterado na passagem de agosto para setembro de 2019, em 59,4 pontos. Essa estabilidade interrompe uma sequência de três meses consecutivos de alta, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os números mostram que, com a estabilidade, a confiança do empresário brasileiro segue elevada: o ICEI segue 4,8 pontos acima de sua média histórica e 6,6 pontos acima do registrado em setembro de 2018.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
“A confiança se mantém elevada por uma combinação de perspectivas futuras otimistas, entre elas a de aprovação da reforma da Previdência e a de avanços na discussão da reforma tributária, e em função de uma percepção de melhora na atividade corrente das próprias empresas”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.
VARIAÇÕES – A estabilidade do ICEI em setembro se deve à variação em sentidos opostos de seus dois componentes. Um deles, o Índice de Condições Atuais cresceu 0,8 ponto na comparação com agosto e alcançou 51,9 pontos em setembro. É a segunda variação positiva consecutiva do índice, que havia subido 4,1 pontos no mês anterior.
O segundo, o Índice de Expectativas, registrou leve queda em setembro, de 0,4 ponto. A redução interrompe uma sequência de três meses de alta e deve-se, exclusivamente, ao que se espera da economia brasileira, uma vez que as expectativas relativas à própria empresa se mantiveram estáveis no mês.
“A elevação nesse índice aponta que o empresário vem percebendo melhora nas condições correntes dos negócios. Eles têm uma percepção não apenas que a situação de suas empresas melhorou, mas também da economia brasileira como um todo”, afirma Azevedo. “A queda no Índice de Expectativas, por sua vez, foi modesta, e não muda o fato que os empresários mostram grande otimismo para os próximos meses”, ressalta.
ICEI POR PORTE – Os empresários de empresas de médio porte registram melhora de sua confiança em setembro. Para eles, o índice aumentou 0,7 ponto e chegou a 60,2 pontos. O de empresas de pequeno porte registrou queda de 0,2 ponto, para 58,6 pontos. Para os empresários de empresas de grande porte, o indicador também caiu: redução de 0,3 ponto, para 59,4 pontos.
No que diz respeito ao segmento industrial, as variações foram pouco significativas. Enquanto a confiança da indústria de transformação manteve-se estável, as extrativa e da construção registraram variação positiva inferior a 0,5 ponto.
DIFERENÇAS REGIONAIS - A região Centro-Oeste, que havia sido a única a mostrar queda do ICEI em agosto, registrou o maior aumento da confiança em setembro, de 1,3 ponto. As regiões Norte e Sudeste também registraram crescimento da confiança em setembro, de 0,7 e 0,2 ponto, respectivamente. A confiança da região Sul não se alterou, enquanto na região Nordeste a confiança caiu 0,8 ponto. Todos os índices seguem elevados, bem acima dos 50 pontos e dos valores registrados em setembro de 2018.
| CNI | | | | Índice de Confiança do Empresário Industrial fica estável em setembro, diz CNI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) manteve-se em 59,4 pontos em setembro, mesmo índice de agosto, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 19, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A estabilidade no índice interrompe uma sequência de três meses consecutivos de alta. Apesar disso, a confiança do empresário continua elevada.
Segundo os dados da CNI, o Icei está 4,8 pontos acima de sua média histórica e 6,6 pontos acima do registrado em setembro de 2018.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Os índices acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
De acordo com a pesquisa, essa estabilidade do Icei é resultado de variações em sentidos contrários dos seus componentes. O Índice de Condições Atuais cresceu 0,8 ponto na comparação com agosto e alcançou 51,9 pontos em setembro.
Essa é a segunda variação positiva consecutiva do índice, o que afasta o indicador da linha divisória dos 50 pontos, apontando que o empresário vem percebendo melhora nas condições correntes dos negócios, destaca da CNI.
O Índice de Expectativas aponta leve queda em setembro, de 0,4 ponto, interrompendo a sequência de três meses de alta. Essa queda no índice, segundo a pesquisa, deve-se exclusivamente às expectativas com relação à economia brasileira, já que as expectativas relativas à própria empresa se mantiveram estáveis no mês.
“A confiança se mantém elevada por uma combinação de perspectivas futuras otimistas, entre elas a de aprovação da reforma da Previdência e avanços na discussão da reforma tributária, e em função de uma percepção de melhora na atividade corrente das próprias empresas”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela entidade.
| Tribuna PR | | | | Confiança inalterada em setembro
O ICEI manteve-se inalterado na passagem de agosto para setembro de 2019, em 59,4 pontos. Não obstante, o ICEI segue 4,8 pontos acima de sua média histórica e 6,6 pontos acima do registrado em setembro de 2018.
| CNI | | | | Número de empresas que dizem acreditar que não terão nenhum crescimento em 2019 subiu de 5% para 26%
A confiança dos empresários alemães na economia e no ambiente de negócios do Brasil caiu nos oito primeiros meses no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A conclusão é da pesquisa de conjuntura realizada pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, divulgada esta semana durante a realização do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Natal.
O levantamento, que ouviu cerca de 1.200 empresas filiadas à entidade, revela que o otimismo dos empresários com o avanço da economia brasileira caiu entre janeiro e setembro deste ano. As expectativas são um fator considerado crucial para empresas decidirem se investem ou não no Brasil.
Segmentos o químico, automobilístico e de biogás são considerados em baixa por empresários alemães
Segmentos o químico, automobilístico e de biogás são considerados em baixa por empresários alemães - Danilo Verpa - 13.nov.2010/Folhapress
Os números mostram que o número de empresas que dizem acreditar que não terão nenhum crescimento em 2019 subiu de 5% para 26%. Já o percentual de empresários que acredita o seu segmento de atuação se desenvolverá positivamente no Brasil caiu de 84% para 61% nos últimos oito meses.
Os setores com maior potencial de crescimento no país, segundo os alemães, são os de tecnologia da informação, óleo e gás, farmacêutico e energias renováveis. Por outro lado, segmentos o químico, automobilístico e de biogás são considerados em baixa.
A pesquisa também mostra que caiu o otimismo dos empresários em relação à situação política do Brasil. Em janeiro, 74% deles achavam que o cenário político iria melhorar, número que caiu para 31% em setembro. Atualmente, 42% dos empresários acham que a situação política está piorando.
Na relação com o governo brasileiro, os empresários consideram como prioritárias pautas como avanço da reforma tributária e a retomada das negociações para um acordo de bitributação entre o Brasil e a Alemanha.
“O avanço das reformas previdenciária, fiscal e tributária vai começar a gerar equilíbrio fiscal para o futuro. E as privatizações podem ajudar a trazer investimento estrangeiro”, diz Martin Duisberg, representante do DZ Bank e vice-presidente da Câmara Brasil-Alemanha.
A queda na confiança entre os alemães acontece em um momento em que o Brasil já vinha perdendo espaço na atração de investimentos germânicos. Entre 2016 e 2018, o Brasil acumulou perdas de R$ 1,3 bilhão em aportes da Alemanha.
No mesmo período, concorrentes diretos na América Latina tiveram ganhos em aportes dos alemães, caso do México que atraiu o equivalente a R$ 6,4 bilhões.
“Ainda temos muito investimento freado no Brasil porque as condições do ambiente econômico ainda não são aquilo que as empresas consideram como o ideal”, afirma Thomas Timm, também vice-presidente da Câmara Brasil-Alemanha.
Mesmo com a queda no otimismo, os empresários alemães consideram positiva a atuação da equipe econômica do governo Bolsonaro e celebram a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e a o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Para 81% dos empresários, o acordo será benéfico para os negócios de suas respectivas empresas.
Os alemães ainda revelaram preocupação com a agenda ambiental do Brasil. Em discurso durante o encontro dos empresários em Natal, o presidente da BDI (Federação das Indústrias Alemãs), Dieter Kempf, destacou a importância o fator meio ambiente como fundamental para o sucesso do acordo entre Mercosul e União Europeia.
“Os incêndios afetam os brasileiros, mas dizem a respeito a todos nós. A proteção da floresta amazônica é um tema da humanidade. [...] Não normal é a dimensão das queimadas que estão acontecendo”, afirmou Kempf, fazendo coro ao discurso de líderes como o presidente da França Emmanuel Macron.
Ele ainda fez referência à postura de confronto do governo Bolsonaro e defendeu um clima de cooperação: “Falar com os outros é melhor do que falar sobre os outros”.
| Folha de S. Paulo | | | | O acompanhamento do ciclo de vida do produto tem se tornado cada vez mais um diferencial entre empresas consideradas de classe mundial.
Existem duas maneiras de se estabelecer barreiras de entrada, a primeira que é a mais comum, através de barreiras tarifárias e a outra, menos comum a barreira de competência, onde a empresa está alinhada com as melhores práticas de eficiência e eficácia, com uma base competitiva compatível com os melhores indicadores (KPI) de desempenho da cadeia de suprimentos global.
A barreira de competência se destaca, justamente por estabelecer estratégias com diferenciais difíceis de serem copiadas, uma delas, por exemplo, é “matar” o produto ainda na fase de crescimento, antes que o concorrente possa copiar. Essa estratégia toma como princípio que na fase de maturidade o projeto e o processo podem ser melhor assimilados pela concorrência e a cópia será inevitável. Porém, o novo produto consegue diferenciais que podem tornar obsoleto a cópia.
O acompanhamento do ciclo de vida do produto tem se tornado cada vez mais um diferencial entre empresas consideradas de classe mundial.
Aliado a estratégia da administração do ciclo de vida de produtos, acrescenta-se o diferencial na execução do processo, se a empresa tem alta tecnologia na manufatura, mas, tem um produto considerado de média ou baixa tecnologia, então, está em um campo relativamente seguro, como mostra a figura 2.
A utilização de alta tecnologia na manufatura, como preconiza os fundamentos da Indústria 4.0, onde conectividade, flexibilidade, velocidade, sincronismo e inteligência, dificultam muito a ação de novos entrantes. O negócio, passa então, operar localmente com indicadores de empresas globais, isto se a empresa não quiser participar da própria concorrência na cadeia global de suprimentos.
Aprender a competir em ambientes altamente turbulentos, globais, aumenta a musculatura do competidor.
A era do conhecimento, produto da era da digitalização, onde informações em tempo real, passam a ser o grande ativo de uma empresa competitiva.
É exatamente a Gestão do Conhecimento, e seu correto armazenamento das melhores práticas de mercado, é que se torna o grande diferencial, e se constitui em uma Barreira de Competência. Esta barreira se estabelece de fora para dentro da organização, onde estão exatamente as informações chaves da competição, a inteligência, e o próprio conhecimento a ser dominado. É no mercado onde a competição é levada a cabo, e não dentro da organização.
As empresas que operam a partir de uma visão de mercado, dominam, e criam o que se chama de Barreira de Competência. Normalmente é uma empresa difícil de ser batida.
| Ind4.0( publicado em 16-09-2019) | | | | Apenas nas duas primeiras faixas salariais o número de contratações supera o de demissões
Em contrapartida ao recuo do desemprego no Brasil, a grande maioria das novas vagas geradas no país possui uma remuneração máxima de até dois salários mínimos, aponta análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira (18), apenas as duas primeiras faixas salariais possuem saldos positivos, ou seja, o número de contratações supera o de demissões.
"Para todos os demais níveis salariais acima, a dispensa de trabalhadores é maior que o total de admissões", diz o relatório do Ipea.
De acordo com a documentação do instituto, nos últimos doze meses, os quatro maiores setores empregadores do país —indústria de transformação, construção civil, comércio e serviços— mostram uma criação maior de empregos com remuneração entre um e dois salários mínimos e uma destruição de vagas com salário superior a esse patamar.
"Em 2015 e 2016, com a crise batendo mais forte, não conseguíamos remunerar nem dois salários mínimos. Em 2019, mesmo começando a se recuperar, em 2010 e 2013 a diferença entre um e dois salários mínimos era muito maior", explicou Maria Andreia Parente, técnica de planejamento do Ipea.
"Por mais que a gente gere vagas que remuneram de um a dois salários mínimos, ainda estamos em uma proporção menor do que aquela que vivemos no período pré-crise", acrescentou a técnica.
Ela assina o estudo junto com Sandro Sacchet de Carvalho (técnico de planejamento e pesquisa) e Carlos Henrique Corseuil e Lauro Roberto Albrecht Ramos (ambos da diretoria de estudos e políticas sociais).
O levantamento do Ipea indica que, a partir do segundo semestre de 2018, a geração de novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil apresentou maior dinamismo, chegando a 521,5 mil novos empregos criados no acumulado de 12 meses até julho deste ano.
"Junto a esse bom resultado, as estatísticas também mostram, na margem, uma recuperação dos salários médios de contratação, embora estes, historicamente, mantenham-se abaixo dos salários de demissão", escrevem os pesquisadores do Ipea.
Para finalizar, a análise do Ipea diz que a grande maioria dos trabalhadores demitidos são aqueles que possuem menos permanência no cargo. Já a menor parcela dos dispensados é formada por aqueles que tinham mais de cinco anos no emprego.
No fim de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a taxa de desocupação no Brasil caiu para 11,8%, o que representa 12,6 milhões de pessoas desempregadas, contra 12,5% no trimestre imediatamente anterior (fevereiro a abril de 2019).
A taxa de desemprego recuou no país, mas devido em especial à criação de vagas no mercado informal, que bateu novo recorde. O total de empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada teve um aumento de 3,9% (441 mil pessoas), enquanto o número de trabalhadores por conta própria subiu 5,2% (1,2 milhão de pessoas).
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-09-2019) | | | | Especialistas reunidos em evento do BTG em Nova York falam que risco de recessão global piora cenário
Investidores estrangeiros esperam resultados objetivos da agenda econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL) antes de colocar dinheiro no Brasil, mas a crise da Amazônia está atrasando ainda mais a aposta no país.
Analistas afirmam que, nas últimas semanas, dúvidas sobre as queimadas e o desmatamento na floresta —com repercussão internacional— estavam presentes em pelo menos 70% das conversas com investidores nos EUA e na Europa. O baixo crescimento da economia brasileira, porém, ainda é o principal motivo para afastar o aporte de recursos no país.
"O Brasil tem boas perspectivas, mas o fato é que a economia ainda não reagiu. Muita gente pensa que esperou até agora [para investir], que o Brasil parece um emergente melhor, mas os números não estão lá para provar isso. Quando aparecerem, talvez a gente consiga se destacar dos outros emergentes e receber um pouco mais de fluxo", afirma Carlos Sequeira, chefe de pesquisa de ações para a América Latina do BTG Pactual.
Apesar do avanço da reforma da Previdência no Congresso —aprovada na Câmara e com previsão de chancela do Senado—, as previsões do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil estão abaixo de 1% para este ano e, para 2020, o índice está em torno de 2%. Os dados estão acompanhados de baixa produtividade e pouco estímulo fiscal, o que afugenta investidores externos.
De acordo com os especialistas, a mensagem aos donos do dinheiro hoje é que o Brasil vai crescer devagar, mas continuamente, e que logo as reformas e abertura de mercado propostas pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) vão ter reflexo nos números macroeconômicos.
A avaliação é que a confiança dos investidores em relação ao país têm aumentado mas, com a escalada da crise da Amazônia, foi preciso acrescentar à retórica otimista mais explicações para tentar manter o quadro.
Nesta quarta-feira (18), por exemplo, 230 fundos de investimento —que juntos administram cerca de US$ 16 trilhões (R$ 65 trilhões)— pediram ao Brasil que adote medidas eficazes para proteger a região da floresta.
Chefe de renda variável para a América Latina do BTG Pactual, Will Landers afirma que os esclarecimentos recorrentes servem para dissipar as preocupações e evitar qualquer impacto maior em possíveis investimentos.
Durante evento nesta semana em Nova York, diversos analistas fizeram uma avaliação uníssona de que não haverá uma enxurrada de capital estrangeiro no Brasil —como era esperado após a eleição de Bolsonaro— mas que o cenário de crescimento pequeno, porém, constante pode se converter logo em investimentos.
Nenhum deles arrisca uma data para que isso aconteça, mas Landers, por exemplo, diz que o Brasil deve recuperar seu grau de investimento entre 2021 e 2022, o que seria mais um estímulo para o aporte de capital externo.
Os especialistas dizem ainda que a possibilidade de recessão global —agravada com a guerra comercial entre EUA e China e a imprevisibilidade do Brexit— é outro ingrediente na carteira de investidores que evitam o Brasil.
Quando o mundo entra em desaceleração, países emergentes são os mais afetados e, de acordo com os analistas, essa percepção é maior do que qualquer agenda liberal que agrade a empresários e investidores.
"Na hora que o investidor estrangeiro fala que tem que tirar o risco da mesa, [investir no] mercado emergente é justamente aumentar esse risco. Não importa que o Brasil está melhor que os outros, se tem agenda melhor que os outros. O fato é que o Brasil entra na categoria 'mercados emergentes', que está menos em voga porque as pessoas estão com medo [de arriscar diante da iminência de uma crise global]", conclui Sequeira.
| Folha de S. Paulo | | | |
Senador Roberto Rocha (PSDB-MA) apresentou relatório da proposta à CCJ; votação deve ocorrer em outubro
Sem esperar a proposta do governo, o Senado deu mais um passo nesta quarta-feira (18) na análise da reforma tributária.
O relator do projeto, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), apresentou o voto à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A votação, no entanto, só deve ocorrer na primeira semana de outubro.
O protagonismo na discussão da reforma tributária é alvo de disputa entre o Senado e a Câmara, que instalou uma comissão para trabalhar numa proposta de restruturação de impostos e contribuições.
Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes (Economia) ainda finaliza o formato da reforma tributária a ser defendido pelo governo. Esse processo sofreu um revés na semana passada com a demissão do ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra.
Para sair desse imbróglio, Rocha tenta despontar na discussão da reforma e entregou nesta quarta-feira o relatório sobre o tema.
A proposta do Senado cria uma espécie de IVA (imposto sobre o valor agregado), chamado de IBS (imposto sobre operações com bens e serviços). Essa cobrança é uma fusão tributos federais (IPI, Cofins, Pis/Pasep, IOF e o salário-educação).Inicialmente, a ideia era incluir a Cide-Combustíveis na unificação, mas o relator deixou esse tributo de fora.
Outro IBS reúne o ICMS e o ISS, respectivamente de competência dos estados e dos municípios.
As alíquotas serão definidas em projeto de lei posterior a eventual aprovação da reforma tributária. A transição para que o IBS seja implementado é de cinco anos.
Rocha não prevê a criação de um tributo nos moldes da extinta CPMF, que incidia sobre as movimentações financeiras. A insistência nessa ideia, criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, desencadeou na exoneração de Cintra.
Ainda em setembro, em meio à disputa pelo protagonismo na reforma, Rocha chegou a declarar que iria prever a criação de uma nova CPMF. Com a queda de Cintra, o senador recuou.
O relator também retirou do texto a ideia de desonerar a folha de pagamentos. Essa medida é defendida pela equipe econômica como forma de incentivar a geração de empregos. Guedes argumenta que a contribuição patronal para a Previdência eleva o custo da mão de obra.
A proposta do Senado mantém benefícios fiscais a micro e pequenas empresas e o tratamento especial para a Zona Franca de Manaus.
A PEC (proposta de Emenda à Constituição) prevê ainda a criação de um novo tributo, o IS (imposto seletivo), incidente sobre energia, veículos e derivados do petróleo e do tabaco.
“O objetivo central da PEC redistribuir a carga tributária sem aumentá-la, a fim de preservar a saúde do setor produtivo, mas também sem reduzi-la, em razão do risco para as contas públicas”, disse Rocha.
Para tentar evitar embates regionais, a proposta inclui uma fórmula de repartição das receitas tributárias com coeficientes baseados na divisão observada em 2016.
O texto determina ainda a criação de fundos com o objetivo de reduzir as diferenças da receita per capita. Um fundo terá foco nos estados e outro, nos municípios. Não há, porém, uma definição clara da fonte de recursos para os fundos. Isso deve ser detalhado em lei após eventual aprovação da reforma.
Uma alteração feita por Rocha beneficia sua base eleitoral. Ele defende a criação da Zona de Processamento de Exportações do Maranhão (ZEMA), que funcionaria por 30 anos, daria incentivos fiscais para empresas instaladas na capital do estado e que destinarem a produção ao mercado internacional.
Após a leitura do relatório, a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), deu um prazo de 15 dias para que os membros da comissão possam estudar o parecer de Rocha.
Por ser uma PEC, a proposta tem que passar pela CCJ para seguir para o plenário.
No plenário, é necessário o apoio de 49 dos 81 senadores. A votação é feita em dois turnos. Só então, o texto irá para a Câmara.
Mas a Câmara já discute uma proposta de reforma tributária encampada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e líderes do centrão –grupo de partidos independentes ao governo e que, juntos, representam a maioria dos deputados.
Para que as mudanças no sistema tributário passem a valer, Câmara e Senado precisam entrar em consenso e aprovar a mesma versão da reforma.
Líderes da Câmara estão incomodados com a tentativa do Senado em assumir a dianteira na tramitação da restruturação tributária.
Rocha defende que seja criada uma comissão mista – formada por deputados e senadores – para discutir o tema.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que vai conversar com a Câmara sobre a comissão mista.
O Ministério da Economia acredita que essa é uma boa oportunidade para as ideias do governo deslancharem, pois a disputa entre as duas Casa é um dos fatores para o atraso da apresentação da proposta de reforma da equipe econômica.
A indefinição do governo sobre uma proposta própria deixa o cenário ainda mais incerto.
Nesta terça (17), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo deve enviar um projeto de reforma tributária para o Congresso somente na próxima semana diante da possibilidade de Bolsonaro participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
O ministro não soube informar se a proposta será encaminhada para a Câmara ou para o Senado, mas descartou a ideia de criação de uma nova CPMF.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-09-2019) | | | | Agora, os membros da CCJ vão analisar o novo parecer do tucano
O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), rejeitou fazer novas alterações à proposta, que caminha para ser votada na terça-feira (24).
Senadores, principalmente de oposição ao governo, apresentaram 77 emendas quando a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma chegou ao plenário da Casa.
Jereissati analisou as sugestões e, nesta quinta-feira (19), apresentou um novo relatório na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), no qual rejeitou todas as emendas que poderiam desidratar a proposta.
Agora, os membros da comissão vão analisar o novo parecer do tucano.
A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), prevê para terça-feira (24) a votação do texto no colegiado. No mesmo dia, a PEC deve começar a ser votada no plenário do Senado.
Além de rejeitar emendas, Jereissati fez ajustes no texto para não dar margem para que o processo legislativo da reforma seja questionado.
Técnicos do Congresso alertaram o relator sobre uma possibilidade de mudanças feitas na PEC serem questionadas e a proposta ter que voltar para análise da Câmara, que aprovou a reforma em agosto.
O governo calcula que a PEC em discussão poderá gerar uma economia de R$ 876,7 bilhões em dez anos nos gastos previdenciários.
Quando o texto foi aprovado pela Câmara, a estimativa de economia era de R$ 933 bilhões.
Para aprovar a reforma no Senado, Jereissati fez ajustes, como impedir que a pensão por morte seja inferior a um salário mínimo (R$ 998).
O tucano também excluiu o artigo que colocava na Constituição o critério para receber BPC (benefício assistencial). O governo esperava redução nas ações judiciais sobre o tema.
Outra alteração feita pelo relator no começo do mês foi a previsão de uma regra mais benéfica de aposentadoria para trabalhadores expostos a agentes nocivos, como mineiros.
Ao rejeitar as emendas apresentadas no plenário, o senador argumentou que a reforma é necessária para ajustar as contas públicas.
“Sem a reforma da Previdência, as despesas com benefícios de natureza previdenciária que hoje são da ordem de 60% do orçamento primário chegariam a quase 80% em 2026. Haveria um evidente sufocamento do resto de nosso orçamento, diante do espetacular processo de transição demográfica de nossa sociedade”, disse Jereissati.
Para evitar atrasos na reforma, o relator criou uma PEC paralela à principal. Assim, o Congresso ainda vai analisar outra proposta com alterações nas regras de aposentadoria de trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos.
Na PEC paralela, foram incluídas sugestões de senadores e que ainda precisam passar pela Câmara, como a inclusão de estados e municípios na reforma.
A estratégia de Jereissati foi garantir que a PEC principal, já aprovada pelos deputados, comece a valer assim que o Senado concluir a votação. Enquanto isso, a PEC paralela seria apreciada pelos senadores e, depois, pela Câmara.
Esse projeto –separado– representaria uma economia adicional de R$ 92 bilhões em dez anos para a União.
Para estados e municípios, é esperado um corte de gastos de R$ 350 bilhões em uma década com o endurecimento das regras de aposentadorias para servidores.
O texto paralelo prevê a inclusão de estados e municípios na reforma, medidas de aumento de arrecadação –que vêm sendo criticadas por parlamentares– e alterações em pontos do projeto original do governo, como aposentadoria por invalidez e redução, de 20 anos para 15 anos, o tempo mínimo de contribuição para homens que ainda vão entrar no mercado de trabalho.
| Folha de S. Paulo | | | | Ministro da Economia afirma que vai discutir com Congresso criação de grupo sobre reforma tributária
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (18) que vai procurar alternativas, após o governo descartar a criação de um imposto sobre transações financeiras na reforma tributária.
Na última quarta-feira (11), o então secretário da Receita Federal Marcos Cintra foi demitido após um subordinado apresentar proposta de imposto sobre pagamentos. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro disse ter determinado que uma CPMF fique fora da reforma.
Nesta quarta, Guedes afirmou que sua equipe trabalhava em proposta baseada em um tripé, que agora está incompleto: unificação de tributos federais, reformulação do Imposto de Renda e desoneração da folha de pagamento através do imposto sobre transações.
“O imposto de transações permitiria que nós baixássemos os encargos trabalhistas. Como isso foi descartado agora, temos que procurar alternativas, vamos procurar alternativas”, disse.
Desde o descarte por Bolsonaro de um imposto aos moldes da extinta CPMF, a equipe econômica avalia alternativas para compensar uma desoneração na folha. Ainda não há definição sobre o que será feito.
Na noite de terça (17), Guedes havia voltado a defender o imposto sobre transações. Segundo ele, o tributo amplia a base de arrecadação, permite a substituição de outros impostos e tem potencial para gerar empregos.
Guedes afirmou ainda que vai se reunir nesta semana com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para falar sobre eventual formação de um comitê que discutirá propostas de reforma tributária.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-09-2019) | | | | Foi o segundo corte anunciado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL)
O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (18) um novo corte na taxa básica de juros. Em decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária), a Selic caiu de 6% para 5,50% ao ano.
Esse é o menor patamar desde que a taxa passou a ser utilizada como instrumento de política monetária, em 1999. Foi também o segundo corte anunciado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
No comunicado da decisão, o BC reduziu projeções de inflação e indicou que a alta do dólar não impedirá novos cortes de juros, o que foi interpretado pelo mercado como sinal de que a Selic pode cair abaixo de 5% ao ano.
Em julho, o Copom cortou a taxa de 6,50% para 6% ao ano, logo após a aprovação da reforma da Previdência na Câmara, e afirmou que faria novas reduções.
O novo corte de 0,5 ponto percentual já era esperado pelo mercado, de acordo com a pesquisa Focus do BC.
Em seu comunicado, o Copom reafirmou que a economia se recupera lentamente e que é necessária uma política monetária que estimule a atividade.
“O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo [a taxa básica]”, diz o comunicado.
A expectativa dos analistas é de outra redução dos juros, para 5% ao ano, na reunião do Copom marcada para os dias 29 e 30 de outubro. Algumas instituições projetam que a Selic possa chegar a 4,50% no último encontro do comitê neste ano, em 10 e 11 de dezembro.
Outro destaque do comunicado foram as projeções de inflação. O Copom diz que, mantida a taxa de câmbio e considerando a expectativa do mercado de queda dos juros para 5% ao ano, a inflação ficará em torno de 3,4% neste ano, abaixo da meta de 4,25% (com variação de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima).
Para 2020, cuja meta é de 4%, o comitê projeta inflação de 3,8% nesse cenário.
Em relação ao cenário internacional, o Copom afirma que a adoção de “estímulos monetários adicionais nas principais economias, em contexto de desaceleração econômica e de inflação abaixo das metas, tem sido capaz de produzir ambiente relativamente favorável para economias emergentes”.
A afirmação foi vista como sinal de que, neste momento, a desaceleração da economia mundial não impedem o BC brasileiro de seguir cortando juros.
“Entretanto, o cenário segue incerto e os riscos associados a uma desaceleração mais intensa da economia global permanecem”, afirma o Copom.
O BC afirma que uma eventual frustração em relação à continuidade das reformas e à “perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira” pode afetar a trajetória da inflação.
“O risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes”, diz a instituição.
A nova rodada de cortes da taxa básica se dá em um contexto de fraco de crescimento da economia, inflação abaixo da meta, desemprego elevado e queda de juros em países desenvolvidos e emergentes.
A depreciação recente do real em relação à moeda norte-americana é um dos riscos para a política monetária, mas a avaliação do mercado é que não haverá repasses significativos para os preços.
A expectativa de normalização da produção de petróleo na Arábia Saudita também afasta o risco de que uma eventual alta dos combustíveis contamine o índice de preços, que acumula alta de 3,43% em 12 meses, para uma meta de 4,25%.
Mais cedo, o Federal Reserve (banco central dos EUA) também anunciou um novo corte de juros, de 0,25 ponto percentual.
Com isso, a diferença entre as taxas nos dois países caiu a 3,50 pontos percentuais, patamar inédito desde que a Selic passou a ser instrumento de política monetária do BC.
Nos últimos dois anos, o diferencial de juros caiu mais de 40%, enquanto o risco país recuou cerca de 15%.
A taxa básica serve de referência para as operações com títulos públicos e para o mercado interbancário. Nos empréstimos bancários para pessoas físicas e empresas, as taxas médias estão em 44% e 19% ao ano, respectivamente, de acordo com o Indicador de Custo do Crédito do BC para o mês de julho.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-09-2019) | | | | Repasse às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidora
Dois dias após a disparada no preço do petróleo provocada por ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, a Petrobras anunciou a seus clientes nesta quarta (18) reajustes nos preços da gasolina e do diesel.
O preço de venda da gasolina nas refinarias da estatal vai subir 3,5%, ou R$ 0,0596 por litro. Já o preço do diesel terá alta de 4,2% (R$ 0,0916 por litro). Os novos valores entram em vigor nesta quinta (19).
O repasse às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. O valor cobrado pela Petrobras na venda de gasolina equivale a cerca de 30% do preço final. No caso do diesel, o valor de venda da empresa equivale a 50% do preço de bomba.
Na segunda (16), após aumento de 13% nas cotações internacionais —a maior alta diária desde 2008— a estatal havia informado que esperaria o mercado se acalmar para definir por reajustes, com o objetivo de evitar repasses das volatilidades ao consumidor brasileiro.
Na terça (17), após entrevista em que o governo da Arábia Saudita anunciou que a retomada da produção seria mais rápida do que o esperado, a cotação do petróleo tipo Brent, negociado em Londres e usado como parâmetro internacional, caiu 6,5%. Nesta quarta, caiu mais 1,8%.
Os ataques levaram à interrupção de uma capacidade de produção de 5,7 milhões de barris por dia, o maior corte da história, superando o ocorrido no segundo choque do petróleo, no fim dos anos 1970, quando o Irã suspendeu sua produção em meio à revolução islâmica.
No primeiro momento, gerou uma corrida por contratos futuros de petróleo, pressionando os preços. No domingo (15), o governo dos Estados Unidos chegou a autorizar o uso de reservas estratégicas para tentar conter a escalada.
Na segunda, depois que analistas disseram que o cenário representava um teste para a autonomia da política de preços da estatal, a empresa divulgou nota dizendo que não faria ajustes à espera de melhor clareza sobre a situação.
A decisão foi anunciada primeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à TV Record. Bolsonaro disse que recebeu a informação do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
É o terceiro reajuste no preço do diesel este mês —o combustível já havia sido reajustado nos dias 5 e 13 de setembro. A gasolina não era ajustada desde o último dia 5.
| Folha de S. Paulo (publicado em 18-09-2019) | | | | Unidade passará a fabricar um modelo ainda inédito no mercado brasileiro
A Toyota anunciou nesta quinta-feira (19) que vai fazer um investimento de R$ 1 bilhão em sua fábrica de Sorocaba (SP) para produzir um novo veículo.
A unidade, que já produz os modelos Etios e Yaris, passará a fabricar também um modelo ainda inédito no mercado brasileiro.
A montadora, no entanto, não deu detalhes sobre o novo veículo durante a cerimônia do anúncio do investimento, no município de Toyota, onde fica a sede da companhia, na província japonesa de Aichi. Participaram do evento o governador de São Paulo João Doria e o secretário da Fazenda paulista, Henrique Meirelles.
Nem a data exata do lançamento do veículo nem as informações sobre a motorização foram reveladas nesta quinta, mas a previsão é que seja comercializado em 2021.
Segundo Masahiro Inoue, presidente da empresa para as regiões de Caribe e América Latina, o projeto deve oferecer cerca de 300 novos postos de trabalho em Sorocaba.
A criação de vagas tem sido capitalizada por Doria, que neste mês participou de um evento da Volkswagen, na Alemanha, em que a montadora reiterou um recurso prometido em 2016.
"Nós não estamos anunciando um veículo que já foi anunciado. Não se trata do Corolla híbrido, que é um investimento já realizado. É adicional", disse Doria, afastando críticas de que comemora geração de vagas definidas antes de sua gestão.
Outra fábrica da Toyota, em Indaiatuba, recebeu há cerca de um ano, um investimento, também de R$ 1 bilhão, onde está sendo produzida a nova geração do Corolla, que abrange a última inovação de energia da montadora, em parceria com a indústria de cana de açúcar, para um carro híbrido flex, ou seja, que trabalha com um motor a combustão flex e um elétrico.
Doria gosta de exaltar que, em seu governo, a GM desistiu de fechar fábricas no estado. No início do ano, ele lançou um pacote de incentivos fiscais para ajudar o setor, chamado de Incentivauto, oferecendo desconto de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a quem investir mais de R$ 1 bilhão e gerar 400 empregos.
O novo investimento da Toyota não está contemplado no Incentivauto porque não atinge a quantidade mínima de empregos diretos. Segundo Doria, porém, se a montadora ainda elevar de 300 para 400 o número de vagas, ela pode receber os benefícios do programa.
O mistério da Toyota sobre o novo veículo levanta no setor especulações de que será um utilitário esportivo compacto, produto que ainda não faz parte do portfolio da empresa no Brasil. Os executivos da montadora não confirmam.
Também evitam responder perguntas sobre a participação do etanol no projeto. Marcelo Ometto, presidente do conselho da Unica (entidade da indústria da cana), foi ao Japão participar do anúncio.
Quando questionados sobre se a presença da Unica no evento sinaliza que o novo veículo será um híbrido flex, os executivos da Toyota voltam a mencionar o Corolla. O carro na versão gasolina vai começar a ser exportado a partir de novembro para a Colombia e depois Paraguai, Uruguai, Argentina, Peru, Chile e Equador. A versão flex foca o mercado doméstico.
A intenção da Toyota de abrir exportações para a Argentina acontece em um momento de estoques elevados no país vizinho. A Volkswagen anunciou há poucos dias a suspensão temporária de sua exportação de carros feitos no Brasil para lá.
| Folha de S. Paulo | | | | Ionic apresentado no último Salão de São Paulo já foi visto rodando no Brasil; Grupo Caoa deverá importar
A Hyundai pretende lançar um modelo híbrido elétrico no Brasil em 2020. A informação foi confirmada por Eduardo Jin, presidente da fabricante no para América do Sul e Central. O carro provavelmente é o Ionic, que foi apresentado pela marca em seu estande do último Salão de São Paulo, em novembro de 2018, e já foi flagrado rodando em testes por ruas brasileiras.
Segundo Jin, o carro virá da Coreia e a importação deverá ser feita pelo Grupo Caoa, que tem contrato de exclusividade para importar carros da marca no mercado brasileiro.
Outra grande possibilidade é que o modelo vendido aqui poderá ter motor bicombustível etanol-gasolina, assim como fez a Toyota ao lançar este mês a nova geração do Corolla como motorização híbrida flex, o primeiro do gênero do mundo.
“Já produzimos na Coreia os motores flex que usamos nos Hyundai HB20 e Creta produzidos em Piracicaba (SP), portanto podemos aproveitar esse conhecimento”, disse Jin. A Caoa também importa da Coreia propulsores bicombustível que usa em alguns dos Hyundai que vende no País, como o ix35 montado pelo grupo em Anápolis (GO).
Desde o ano passado ficou mais atraente importar híbridos e elétricos para o Brasil e mais ainda se usarem motores a combustão flex. Isso porque o imposto de importação deste tipo de veículo foi reduzido de 35% para 0%, 2%, 4%, 5% ou 7%, dependendo da eficiência energética. Se tiver motor flex, ainda pode obter desconto de três pontos porcentuais do IPI, segundo dispositivo aprovado ano passado no Rota 2030. Portanto, parece ser vantajoso a Hyundai aproveitar o desconto tributário.
| Automotive Business ( publicado em 17-09-2019) | | | | A Usiminas assinou com o governo do Estado de Minas Gerais nesta quarta-feira, 18, compromisso de investimentos no valor de R$ 219,8 milhões. O documento, um protocolo de intenções, foi celebrado em conjunto com as controladas Mineração Usiminas S.A. (Musa) e Unigal para atividades de siderurgia e mineração.
A previsão é de gerar 330 empregos diretos em 2019, preferencialmente recrutados nos municípios onde os investimentos serão realizados, como explica a companhia em comunicado ao mercado na noite desta quarta-feira. A nota frisa, ainda, que o montante não altera as projeções para investimentos da Usiminas neste ano.
| Tribuna PR | | | | Queda nos negócios com país vizinho reduz em 36,7% o déficit da balança brasileira de autopeças
A exportação de autopeças à Argentina no acumulado de janeiro a agosto caiu 32,8% ao somar US$ 1 bilhão, ante US$ 1,5 bilhão em iguais meses do ano passado. A retração é causada pela crise econômica do país vizinho, que reduziu as vendas locais de veículos pela metade.
Como consequência, os Estados Unidos se consolidam como principal destino dos componentes brasileiros: US$ 1,06 bilhão em itens enviados e 21,6% de participação no acumulado até agosto. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.
Por causa da diminuição das importações brasileiras de peças que seguiriam para a Argentina em forma de veículos montados (e também reexportadas para lá), o déficit na balança comercial de autopeças no acumulado até agosto soma US$ 2,8 bilhões, valor 36,7% mais baixo que o anotado em iguais meses do ano passado.
Nesse período o Brasil trouxe US$ 7,7 bilhões em componentes, 20% a menos pela comparação interanual. As exportações também permaneceram em queda no período ao somar US$ 4,9 bilhões. O valor é 5,5% mais baixo que em iguais meses de 2018.
A China permanece como principal fornecedor de autopeças ao Brasil, US$ 1,1 bilhão no acumulado dos oito meses. O valor é 8,8% menor que o de iguais meses do ano passado, mas representa quase 15% de todos os itens comprados pelo Brasil. A Alemanha mantém a segunda colocação, com US$ 1 bilhão em vendas. O valor recuou 11,6% pela comparação interanual, mas responde por 13,2% das compras totais.
| Automotive Business ( publicado em 17-09-2019) | | | | Parceria prevê trabalhos conjuntos pelos próximos cinco anos
A GM e a Tata Consultancy Services, empresa especialista em negócios, consultoria e serviços de TI que pertence ao conglomerado Tata Group, firmaram um acordo para colaborarem juntas na área de engenharia. As empresas, que já possuem um relacionamento há 16 anos, vão trabalhar juntas nos projetos globais automotivos da GM pelos próximos cinco anos.
Entre os termos acordados, a TCS vai adquirir ativos do centro técnico da GM-Índia em Bengaluru, e se associará à montadora com serviços de design de engenharia. Também está prevista a transferência de mais de 1.300 funcionários do GMTC-I para a TCS, incluindo engenheiros das equipes de sistemas de propulsão, engenharia de veículos, desenvolvimento de controles, testes, design criativo e projetos especiais.
“Temos o prazer de promover a evolução dessa parceria e juntos trabalhar para cumprir nosso compromisso de criar um mundo com zero falhas, zero emissões e zero congestionamento”, disse o vice-presidente de eletrificação, controles, software e eletrônica da GM, Dan Nicholson.
O GMTC-I foi criado em 2004 em Bengaluru e já contribuiu para os programas globais da GM nas áreas de sistemas de propulsão, engenharia de veículos, desenvolvimento de controles, testes, design criativo e projetos especiais. O local abriga um estúdio de design e um centro de engenharia com infraestrutura de testes e validação e equipamentos eletrônicos e software de última geração.
“A nova geração de pesquisa e desenvolvimento automotivo é uma área fundamental para a TCS em função da relevância da inovação de produtos e da conectividade no mundo business 4.0, que é inteligente, ágil, automatizado e na nuvem. Essa nova parceria com a General Motors é uma evidência da nossa disposição para investir em relacionamentos de longo prazo”, comenta o chefe global de negócios de manufatura da TCS, Susheel Vasudevan.
| Automotive Business ( publicado em 17-09-2019) | | | | Sedã compacto fabricado na planta do ABC Paulista é exportado para dez mercados
A Volkswagen celebra na terça-feira, 17, o marco de 100 mil unidades do Virtus produzidos em sua fábrica Anchieta, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O sedã compacto é derivado do hatch Polo, ambos montados sobre a plataforma MQB. O Virtus foi apresentado no fim de 2017 e suas vendas começaram por aqui no início do ano seguinte.
Desenvolvido pela equipe de engenheiros da VW no Brasil, atualmente o modelo é exportado para dez mercados da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai, Curaçau, Costa Rica e mais recentemente começou a ser enviado para o México.
O Virtus trouxe inovações tecnológicas importantes para o portfólio da VW, como o manual cognitivo, que oferece interatividade ao consultar o manual do proprietário, além de ter sido o primeiro carro do mundo a utilizar a inteligência artificial IBM Watson para responder perguntas e dúvidas sobre todos os detalhes do veículo.
No quesito segurança, o carro recebeu nota máxima do Latin NCAP quando foi submetido aos testes de colisão.
O presidente e CEO da Volkswagen do Brasil e América Latina, Pablo Di Si, já projetava a liderança do modelo no segmento dos sedãs compactos e os números atuais comprovam a projeção: de janeiro a agosto deste ano, foram emplacadas pouco mais de 30,1 mil unidades do modelo, volume que confere ao Virtus uma participação acima dos 46% no segmento, à frente de Toyota Yaris (27,7%), Honda City (14,5%) e GM Cobalt (13%), de acordo com o levantamento mais recente da Fenabrave, entidade que reúne os concessionários no País.
“Todas essas conquistas refletem o trabalho de uma equipe dedicada e inovadora, que tem sido fundamental para o sucesso da nossa ofensiva de produtos”, comemora Pablo Di Si.
| Automotive Business ( publicado em 17-09-2019) | | | |
|
| | |
|
|