| 17 de fevereiro de 2020
Segunda-feira
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Em 17/02/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | Presidente passou a falar de preços após ser alertado por equipe de redes sociais sobre queixas em relação à gasolina
Alertado por assessores para o fato de que o preço do gás e dos combustíveis afeta sua popularidade, o presidente Jair Bolsonaro passou a incluir o tema em suas falas públicas, entrevistas e postagens nas redes sociais. A avalanche de propostas, porém, causou desconforto no setor, que resiste a algumas delas.
O presidente colocou o tema em seu radar após receber monitoramento informal de sua equipe nas redes sociais, que detectou aumento no número de publicações questionando as altas de preços, em especial da gasolina, que tem se mantido acima dos R$ 4 por litro na maior parte do país.
O tema passou a ser abordado por políticos da oposição e apoiadores, que circulam memes comparando os preços nos governos Dilma e Bolsonaro. Na última semana, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) publicou em uma rede social uma espécie de pesquisa “informal”: “Quanto está a gasolina na sua cidade?”.
Diante de reações como essa, o presidente foi aconselhado a intensificar o discurso de que não tem autonomia para influenciar preços. Tem falado sobre isso com apoiadores que o esperam diariamente na porta do Palácio da Alvorada e, na sequência, reforça a mensagem aos jornalistas.
Há duas semanas, disse em entrevista que estava "fazendo papel de otário" ao baixar o preço da gasolina nas refinarias, já que o repasse não chegava aos consumidores, mesmo após quatro cortes de preços promovidos pela Petrobras.
Desde o início do governo, o preço da gasolina nas bombas subiu 5,77%; o diesel teve alta de 9,79%; o etanol avançou 14,84%; e o botijão de gás ficou estável. Considerando a inflação, as variações são de 1,10%, 4,89%, 9,80% e queda de 3,59%, respectivamente.
Os aumentos foram influenciados principalmente por crises internacionais, com a guerra comercial China-EUA, no início de 2019, o ataque a refinaria na Arábia Saudita, em setembro, e o assassinato do general iraniano Qassim Suleimani, no início do ano.
Depois, a cotação do petróleo despencou com temores sobre impactos econômicos do surto de coronavírus.
"Se não chega ao consumidor [a queda dos preços], a gente está dando varada na água. Eu estou mostrando que a responsabilidade do preço do combustível é minha e dos governadores também", reclamou o presidente.
"Eu zero o federal se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito. Tá ok?", disse ele, detonando uma campanha de cobranças aos governadores em redes sociais.
Em reunião na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou acalmar os ânimos ao propor que o debate seja levado ao Congresso na discussão da reforma tributária e do pacto federativo.
Mas a estratégia tem gerado desconforto também entre as empresas do setor, que vêm discutindo medidas com a área técnica do governo desde o início do mandato. A percepção é que as declarações de Bolsonaro atrapalham o debate e colocam também distribuidoras e postos de combustíveis na lista dos vilões.
O presidente tem declarado apoio a medidas regulatórias que não são unanimidade, como a venda direta de etanol das usinas para os postos –projeto patrocinado por produtores do Nordeste, mas com oposição no centro-sul.
Em janeiro, levados pelo presidente da Embratur, Gilson Monteiro, representantes dos produtores nordestinos estiveram com Bolsonaro e saíram com a percepção de que a decisão por liberar a venda direta já foi tomada. Na quinta (13), o empresário Rubens Ometto, um dos maiores do setor e opositor da ideia, também esteve com Bolsonaro.
A proposta esbarra em questões tributárias, já que a venda direta eliminaria a parcela dos impostos cobrados na distribuição. Os efeitos, porém, são visto como limitados, já que beneficiaria apenas postos próximos a usinas.
PROPOSTAS DE BOLSONARO
Gasolina e diesel
Cobrança de impostos apenas nas refinarias, em reais por litro, em vez de percentuais sobre preço final, como é hoje. Mudança tem apoio do setor, mas enfrenta resistências de estados, e deve ficar para a reforma tributária Efeitos esperados: repasse mais rápido ao consumidor em períodos de preço baixo. Bolsonaro queria reduzir ICMS, mas estados são contra
Etanol
Venda direta das usinas para os postos. Medida enfrenta resistência de usinas do Sudeste e grandes distribuidoras, mas tem apoio no Nordeste e já foi aprovada em comissão na Câmara Efeitos esperados: Bolsonaro fala em queda de até R$ 0,20 por litro, mas medida só beneficia postos próximos a usinas
Gás de cozinha
Presidente falou em ampliar o total de engarrafadoras, para evitar viagens dos botijões. ANP estudou enchimento parcial de botijões e liberação para encher vasilhames de outras marcas Efeitos esperados: medida reduziria preço ao eliminar necessidade de viagem de botijões vazios para centros de destroca, mas setor defende que isso aumenta riscos
Na semana passada, o presidente disse que o mercado de gás de botijão também entrará no foco. Afirmou ter determinado estudos para permitir o aumento no número de engarrafadores de botijões no país, para evitar as viagens dos vasilhames até as engarrafadoras.
Bolsonaro não deixou claro se apoia a proposta de permitir o enchimento parcial ou o uso de botijões de outras marcas, medidas que têm oposição de grandes empresas.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 16-02-2020) | | | | O Senai abriu inscrições para empresas do setor automotivo interessadas em ter seus projetos de inovação incluídos no programa Rota 2030. As empresas também podem candidatar-se a receber consultorias gratuitas em produtividade que utilizam técnicas de digitalização e de manufatura enxuta. As inscrições podem ser feitas na plataforma do Edital de Inovação para Indústria.
Por meio do Rota 2030, o governo federal isentou o imposto de importação de autopeças que não são produzidas no Brasil e, em troca, as indústrias depositam 2% do valor importado em um programa prioritário escolhido pelo governo.
Caberá ao Senai selecionar os projetos para o desenvolvimento de novos produtos, assim como as empresas que serão beneficiadas com os recursos. A instituição também irá oferecer cursos de pós-graduação em Indústria 4.0 para funcionários das companhias que depositaram valores.
“A agenda de inovação sempre foi decisiva na indústria automotiva e ganhou ainda mais relevância diante da Revolução 4.0”, afirma o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. “Nada mais natural do que o Senai participar deste processo, já que se constitui na maior infraestrutura de apoio à inovação na indústria, com domínio profundo das novas rotas tecnológicas”.
Os projetos de inovação devem ser apresentadas por um grupo de pelo menos três empresas e um dos 26 Institutos Senai de Inovação. Podem ainda fazer parte do grupo startups, universidades, centros de pesquisas e Institutos Senai de Tecnologia.
Os projetos devem ter um custo de R$ 2 milhões a R$ 8 milhões e abordar temas relevantes para a produtividade da indústria automotiva. O financiamento será de 59,5% do valor total, com o consórcio de empresas devendo custear o restante, sendo que 20,5% serão recursos financeiros e 20%, econômicos.
Indústrias interessadas em lançar desafios a startups também podem submeter temas para os quais desejam soluções inovadoras. As propostas de solução devem ter um custo entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, dos quais 59,5% serão cobertos pelo Senai, 35,5% serão custeados pela empresa-âncora e 5% pelas startups selecionadas. Estão disponíveis R$ 24 milhões para as duas categorias.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-20202) | | | | A maioria dos indicadores industriais do mês de dezembro foi negativa na comparação com novembro, confirmando o fraco desempenho da atividade no ano passado. É o que mostra a pesquisa Indicadores Industriais referente àquele mês, divulgada no início de fevereiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a CNI, o faturamento da indústria caiu 1% em dezembro frente a novembro, a segunda queda consecutiva do indicador depois de cinco altas consecutivas. Com isso, o faturamento fechou 2019 com queda de 0,8% em relação a 2018.
As horas trabalhadas na produção também caíram 1% em dezembro na comparação com novembro. Em 2019, as horas trabalhadas registraram altas mensais em apenas três meses e queda em oito. No ano, o indicador acumulou queda de 0,5%.
O nível de utilização da capacidade instalada também caiu em dezembro, na comparação com novembro: 0,5 ponto percentual, ficando em 77,5%. No entanto, apesar da queda, a utilização da capacidade instalada de dezembro de 2019 foi 0,4 ponto percentual superior à registrada no mesmo mês de 2018. O índice médio no ano também registrou alta, de 0,1%, na comparação com a média de 2018.
De qualquer forma, apesar do resultado de dezembro, a expectativa da CNI para 2020 é que a indústria apresente uma tendência mais clara de recuperação. “O fraco resultado de dezembro lembra que, apesar dos avanços observados em relação a 2018, a indústria enfrenta dificuldades para manter um ritmo mais forte e sem interrupções de retomada da atividade”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Para Azevedo, a reação da indústria conduzirá naturalmente à reação do mercado de trabalho, cujo desempenho também não foi bom em dezembro. O emprego diminuiu 0,1% frente a novembro, contribuindo para que no acumulado do ano o indicador tenha registrado uma queda de 0,3%.
Já a massa real de salários teve uma pequena alta de 0,1% em dezembro diante de novembro, embora tenha encerrado o ano com redução de 1,9% na comparação com 2018. Por sua vez, o rendimento médio real do trabalhador caiu 1,3% em dezembro em relação ao mês anterior. No ano, acumulou queda de 1,5% na comparação com 2018.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-2020) | | | | Coronavírus e economia fraca tiram ímpeto da Bolsa, e analistas veem ano complexo para aplicações
Em pouco mais de um mês, riscos internacionais e domésticos mudaram o cenário positivo que a Bolsa de Valores brasileira vivia.
O Ibovespa —que se valorizou em 32% em 2019 e ganhou outros 2,53% já no primeiro dia de pregão deste ano— chega ao meio de fevereiro com queda de 1% no ano. Já o dólar, que subiu 4% em 2019, acumula quase o dobro de avanço em pouco mais de 40 dias.
O ano que era tido para as corretoras como de otimismo e de recuperação dos principais indicadores econômicos do país, com inflação controlada e juros em mínimas históricas, passou a ser descrito com afirmações menos calorosas e mais cautelosas.
Um dos motivos são os dados econômicos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para dezembro, que vieram piores do que o esperado pelo mercado.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) caiu 0,27% em dezembro. No ano, avançou 0,89%, após expansão de 1,34% em 2018. O boletim Focus esperava alta de 1,12%.
De acordo com a Modalmais, os dados deram fim ao momento positivo que se construía até outubro.
“Os fundamentos continuam favoráveis à continuidade da recuperação da atividade econômica, mas esses dados mais recentes colocam dúvida quanto ao ritmo dessa recuperação a curto e médio prazo”, afirma relatório da corretora.
Além dos números fracos, analistas levam em conta nos cenários possíveis impactos de declarações polêmicas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente Jair Bolsonaro na aprovação de reformas, como a administrativa e a tributária.
Somam-se às preocupações internas dúvidas sobre a economia global: os impactos do novo coronavírus e as incertezas com os Estados Unidos em ano de eleição presidencial.
Segundo o diretor de renda fixa e multimercados da BNP Paribas Asset Management, Gilberto Kfouri, o principal cenário brasileiro conta com uma redução nas expectativas de crescimento da atividade econômica e da inflação e um aumento da incerteza.
“De um lado, há um efeito de política monetária que demora para acontecer. De outro, os dados [econômicos] que saíram no início do ano foram abaixo da expectativa, e ainda há outras questões internacionais, como o coronavírus, que não deixam o investidor saber o que pode acontecer.”
O risco mundial também influencia a saída de estrangeiros —maior fatia dos investidores na Bolsa. No ano, há um déficit de R$ 25,3 bilhões de investimento estrangeiro em ações brasileiras.
“Essa incerteza internacional já traz indicadores negativos para o mundo. Para o Brasil, ainda somam-se as falas desgovernadas de Guedes, que atrapalham ainda mais as reformas, que já estão mais lentas do que o esperado. Até os fundos imobiliários, que eram o charme do ano passado, se desvalorizaram. A vida do investidor está mais complexa”, diz William Eid, coordenador do centro de estudos de finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O Ifix (índice de fundos imobiliários) da B3 desvalorizou 4,6% em 2020. Em 2019, subiu 36%. Já o índice de renda fixa S&P/B3 Inflação —que subiu 11,45% em 2019— acumula ganho de 1,25% neste ano.
Para Rodrigo Assumpção, planejador financeiro da Planejar, este ano deve ser mais difícil para os investimentos no geral, principalmente porque grande parte do otimismo de 2019 veio pelas medidas de controle da dívida pública e pela aprovação da reforma da Previdência.
“O investimento na Bolsa neste ano vai ter que ser mais selecionado. Agora, precisamos ver a economia crescer de fato e investir em empresas mais bem preparadas.”
Ele afirma, também, que o ambiente de juros impulsiona o investidor de perfil mais conservador para a renda variável como forma de abranger mais risco a fim de ter maior rentabilidade.
“O perfil de risco [do investidor] não deve mudar conforme o cenário [econômico], mas tendemos a seguir muito o mercado e acaba que, quando o mercado sobe, o investidor vira agressivo, e, quando cai, vira conservador”, afirma.
Já segundo o diretor-geral da Fator Administração de Recursos, Paulo Gala, há o risco de a Selic, hoje na mínima histórica de 4,25% ao ano, cair mais, mas são baixas as chances de a Bolsa subir em 2020 com a mesma intensidade do ano anterior.
“Agora, é preciso escolher as ações certas”, diz o diretor, sugerindo os fundos de ações “stock picking” [papéis selecionados] para os investidores que aceitam mais risco. Esses fundos são geralmente mais caros —entre 1,5% e 2% de taxa de administração ao ano—, pois o gestor é mais criterioso na escolha dos papéis.
Para a renda fixa, Gala recomenda títulos do Tesouro Direto indexados à inflação. “Escolher o [papel com vencimento em] 2045 ou 2055 e deixar por cerca de 20 anos. Caso o dólar vá a R$ 6 e a inflação volte a 6% ao ano, esse investimento protege o capital.”
Segundo o economista Alan Ghani, não basta ter o conhecimento sobre o que está acontecendo no mercado e no ambiente econômico brasileiro e mundial. Outros fatores como entender o objetivo do investimento, os prazos, o perfil de risco e as taxas também são importantes.
“O investidor que entra agora na Bolsa sem ter o conhecimento certificado não pode buscar o “day trading” [operações arrojadas na Bolsa, que buscam rendimentos com a compra e a venda de ativos no mesmo dia ou de um dia para o outro]. É importante ter em mente que, quanto maior for o horizonte de tempo, maior poderá ser o ganho”, afirma.
De acordo com Ghani, um prazo razoável para deixar o dinheiro investido vai de cinco a dez anos.
Para se proteger dos riscos, especialistas recomendam diversificar todos os tipos de investimento, tanto renda fixa quanto variável.
Dentre as opções com menos risco e ganho real (acima da inflação) estão títulos de dívidas privadas (debêntures), CRIs (certificado de recebíveis imobiliários) e CRAs (certificado de recebíveis do agronegócio). Já os ETFs (fundos baseados em determinados índices de ações, com cotas negociadas em Bolsa) e os fundos multimercado e de ações oferecem mais retorno, porém são mais arriscados.
Para especialistas, contudo, eles são preferíveis ao investimento direto em ações, pois são geridos por profissionais.
| Folha de S.Paulo | | | | Esse é o quinto trimestre consecutivo em que o indicador supera os 110 pontos
A confiança do agronegócio brasileiro registrou alta no 4º trimestre. O Índice de Confiança (IC Agro) do setor subiu 8,7 pontos, fechando o período em 123,8 pontos, marcando o melhor resultado desde o início da série.
"Os números demonstram alinhamento entre as expectativas geradas e a agenda prioritária do Executivo e Legislativo federais", observa Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Como consequência, mesmo que as reformas não tenham avançado tanto quanto o esperado, os principais indicadores econômicos mostravam ao fim do ano sinais de recuperação mais consistente. As projeções para o crescimento do PIB em 2019 passaram de 0,82% em meados do ano para 1,17% em dezembro.
Dados do relatório mostram que o otimismo atingiu praticamente todos os segmentos pesquisados. Segundo a metodologia do estudo, os resultados indicam otimismo quando ficam acima de 100 pontos - abaixo disso, o sinal é de pessimismo. O IC Agro é um indicador medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Houve boas razões para manter os ânimos elevados. As entrevistas foram realizadas em dezembro, num momento em que as negociações para encerrar a guerra comercial entre Estados Unidos e China levaram a melhora nos preços de algumas das principais commodities agrícolas - sem acarretar, num primeiro momento, perdas substanciais das exportações brasileiras para o mercado chinês, salvo em casos isolados. O acordo foi assinado em 15 de janeiro.
A confiança das indústrias ligadas ao agronegócio chegou a 122,2 pontos, alta de 3,5 pontos em relação ao trimestre anterior e o melhor resultado da série histórica, superando o recorde anterior, registrado no terceiro trimestre de 2019.
A confiança das empresas de insumos agropecuários (122,5 pontos) superou em 3,2 pontos o resultado do trimestre anterior e foi apenas 0,4 ponto menor que o recorde registrado há um ano. "As indústrias de fertilizantes, por exemplo, começaram a fechar negócios para a safra 2020/21 com antecipação raramente vista. Fabricantes de defensivos agrícolas também fecharam o trimestre com a expectativa de confirmar o segundo ano consecutivo de crescimento de mercado, deixando definitivamente para trás um período de estagnação que se estendeu de 2014 a 2017", explica Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB.
Já o Índice da Indústria Depois da Porteira chegou a 122,0 pontos, alta de 3,6 pontos em relação ao levantamento anterior. O resultado foi em boa parte puxado pelas indústrias de alimentos - especialmente as de carnes, favorecidas pela alta dos preços e das exportações no fim do ano.
O setor sucroalcooleiro também teve motivos para melhorar o ânimo: no fim do ano passado, os preços do açúcar começaram a se recuperar no exterior e as cotações do etanol se mantiveram em alta no mercado doméstico. Algo parecido aconteceu com os exportadores de café, que viram os preços aumentarem no último trimestre de 2019. Para as empresas de logística, 2019 foi um ano de elevada movimentação de cargas, em razão dos grandes volumes de soja e de milho destinados à exportação.
Quanto aos Produtores Agropecuários, o entusiasmo foi mantido, refletindo numa alta de 16 pontos no índice de confiança, que marcou o recorde de 126,2 pontos. Pela primeira vez, desde que o levantamento começou a ser realizado, tanto os produtores agrícolas quanto os pecuaristas compartilharam níveis elevados de entusiasmo na variável que avalia as Condições do Negócio.
Entre os produtores agrícolas, a confiança no 4º trimestre de 2019 chegou a bater 125,7 pontos, alta de 13,5 pontos. Uma das razões foi a recuperação dos preços de alguns dos principais produtos agrícolas no mercado externo, como soja, milho e café. Foi consequência, em parte, à reação positiva do mercado às negociações entre americanos e chineses que culminaram com a assinatura de um acordo comercial parcial em 15 de janeiro, afastando o que era, até recentemente, grave ameaça ao crescimento da economia mundial.
Freitas, da OCB, explica que a alta dos preços contribuiu para melhorar a relação de trocas de produtos por insumos, estimulando os agricultores a antecipar as compras de fertilizantes para a próxima safra (2020/21). Internamente, deve-se destacar também o bom momento para o crédito rural, com juros baixos e aumento nos recursos disponíveis. Do 3º para o 4º trimestre de 2019, a taxa Selic foi reduzida, mantendo trajetória de queda.
O resultado poderia ter sido ainda melhor, não fosse uma relativa diminuição na confiança no que diz respeito à produtividade das lavouras. "O clima demorou mais do que o esperado para se regularizar em regiões produtoras importantes, tornando o período de plantio da safra de verão um pouco mais atribulado do que no ano anterior - chegou a faltar chuva em partes do Paraná, do Mato Grosso do Sul e do interior de São Paulo", completou Freitas.
Entre os pecuaristas, em nenhum outro momento da série histórica esse grupo esteve tão otimista. A faixa de confiança se mantém por quatro trimestres consecutivos, sequência inédita na série histórica para o segmento, que era notadamente pessimista até o terceiro trimestre de 2018. Os resultados se sustentaram pelos bons ânimos relacionados ao crédito, à produtividade e aos preços - o que é, nesse último caso, corroborado pelos indicadores de mercado tanto para as carnes quanto para o leite.
O índice de confiança dos pecuaristas aumentou 23,3 pontos do 3º para o 4º trimestre de 2019, fechando o ano a 127,7 pontos. O principal aspecto por trás do otimismo são os preços: as cotações do boi gordo dispararam no fim do ano, com a elevação das exportações de carne para atender a demanda de proteína pela China, onde a Febre Suína Africana dizimou rebanhos. O índice que avalia a variável preços bateu em 149 pontos, alta de 49 pontos sobre o 3º trimestre e bem acima do recorde anterior, que foi de 114 pontos no 2º trimestre de 2016.
Para Skaf, as reformas estruturantes perseguidas pelo governo apontam para um ciclo de recuperação com crescimento do PIB, juros baixos, inflação contida e progressiva melhora da situação fiscal do País por um período duradouro. "O cenário impactará positivamente a dinâmica do agronegócio, que deve apresentar uma reação mais acentuada do consumo no mercado doméstico, que é vetor do crescimento da produção brasileira para vários produtos do setor", disse.
| CIMM | | | | Alta incidência de impostos atrapalha mais que competição desleal e falta de capital de giro
A carga tributária é o principal problema enfrentado pelas pequenas indústrias extrativa, de transformação e de construção.
IMPOSTOS
A informação é do Panorama da Pequena Indústria, que será divulgado nesta segunda (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o estudo, a alta incidência de impostos atrapalha mais que a baixa demanda, competição desleal e falta de capital de giro.
| Folha de S.Paulo | | | | A quantidade de dinheiro emprestado via crédito rotativo no cartão aumentou. Em dezembro do ano passado, foram R$ 41,1 milhões concedidos, ante R$ 34,2 milhões no mesmo período de 2018 – o que significa um aumento de 20% do crédito concedido nesta modalidade.
O cliente entra no “rotativo do cartão” quando não efetua o pagamento completo da fatura e quita apenas o valor mínimo ou atrasa a data de vencimento da conta. Dentro disso, o que também aumentou foi a inadimplência: do valor total emprestado no rotativo, R$ 25,1 milhões dizem respeito a faturas atrasadas. Em 2018, esse valor era de R$ 19,9 milhões. Os dados são do Banco Central.
Na busca de conhecer melhor os hábitos de quem usa regularmente o cartão de crédito e de entender o que leva o brasileiro a continuar adquirindo esse tipo de empréstimo emergencial, o Guiabolso – aplicativo de gestão financeira – realizou uma pesquisa com seus usuários.
O estudo concluiu que quanto menor a renda do consumidor, mais ele usa, proporcionalmente, o limite disponível. A pesquisa dividiu os cartões em três grupos: Gold, relativo aos usuários que têm renda de R$ 1 mil a R$ 7 mil; Platinum, de R$ 7 mil a R$ 15 mil; e Black, acima de R$ 15 mil. Para a faixa salarial mais baixa, chega a 13% o grupo de pessoas que usaram mais de 50% do limite. Já para a mais alta, essa porcentagem é de 10%.
“A diferença pode parecer pequena, mas estamos falando de 30% a mais de pessoas na faixa salarial mais baixa que comprometem acima de 50% do seu limite no cartão de crédito”, diz o diretor de Produto e Tecnologia do Guiabolso, Julio Duran.
Ele explica que o crédito liberado pelo emissor do cartão é o resultado da análise da renda do cliente somado ao seu relacionamento com o banco e seu histórico de pagamento. O problema no orçamento, no entanto, costuma acontecer quando o consumidor passa a contar com o crédito do cartão para dar conta dos seus gastos.
“O risco de ter um limite muito grande é ‘ter corda para se enforcar’ e cair no rotativo, que é um crédito caro”, diz Duran.
Custa mais. De fato, essa modalidade de empréstimo pesa no orçamento. A taxa de juros média do crédito rotativo subiu 0,6 ponto porcentual em dezembro em relação a novembro. Assim, ela fechou 2019 em impressionantes 318,9% ao ano. No ano, o crescimento foi de 33,5 pontos porcentuais.
“O banco avalia os riscos de emprestar o dinheiro e não o risco para o orçamento do cliente. A instituição espera que, uma vez que o cliente é considerado bom pagador, se houver uma emergência, ele vai parcelar a fatura. Essas empresas contam, sim, que uma hora o cliente vai extrapolar e cair no rotativo”, diz o planejador financeiro pela Planejar, Janser Rojo.
Para ele, o maior uso proporcional do limite por pessoas que têm renda mais baixa mostra que, como neste caso a quantidade de crédito oferecida também é menor, é mais fácil consumi-la. Além disso, ele pontua que, em geral, quanto mais baixa é a faixa salarial, menor costuma ser a educação financeira dessas famílias. “Quem ganha menos pode acabar sendo mais dependente do uso do cartão”, concorda Julio Duran. Essa dependência, em geral está ligada à falta de conhecimento dos reais custos de um crédito que está, literalmente, à mão.
Facilidade
É consenso entre os especialistas que a rapidez em acessar os créditos emergenciais como o rotativo do cartão e o cheque especial é o que mais contribui para o seu uso irresponsável. “Hoje os gastos com o cartão de crédito são muito rápidos e parecem inofensivos. É uma corrida no aplicativo de transporte, um pedido de delivery em outra plataforma e, quando você vê, a fatura do mês te surpreende”, diz Duran, do Guiabolso.
Para aprender a lidar com as armadilhas que o crédito dessa modalidade traz para o consumidor, o planejador Janser Rojo indica que, na hora de estabelecer o orçamento do mês, o consumidor divida seus gastos por categorias, indicando o quanto ele pode gastar em cada área da sua vida como alimentação, diversão, vestuário, aluguel, entre outras.
Sendo assim, o ideal é que só se use o cartão de crédito quando houver dinheiro disponível para aquela parte do orçamento. “Quando o cartão de crédito é usado desta maneira, só há vantagens e o risco de cair no rotativo fica longe. É possível aproveitar as milhas, os programas de cashback e ainda ter a vantagem de manter o dinheiro em conta até o vencimento da fatura”, diz Rojo.
Já para quem tem problemas recorrentes com as faturas do cartão, a solução pode ser um pouco mais agressiva. Nesse caso, os especialistas recomendam que o consumidor peça ao banco para reduzir o seu limite disponível, de maneira a forçá-lo a reduzir seus gastos.
| Tribuna PR (publicado em 17-02-2020) | | | | A estudante universitária Dennyse Sousa, 24, mora em Belém (PA) e trabalha desde os 16 anos. Nunca teve a carteira assinada. Ela estagiou, foi babá, atendente em uma gráfica e freelancer em eventos como demonstradora de produtos em supermercados. Há três anos, vende brincos e acessórios artesanais. “Como não conseguia um emprego fixo, com carteira assinada, eu tive que tentar várias maneiras de conseguir alguma renda. Queria aliviar as despesas da família”, diz.
A história de Dennyse ilustra a informação divulgada ontem pelo IBGE de que a melhora na qualidade do emprego gerado no País ainda está concentrada em poucos locais, especialmente em São Paulo, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
No ano de 2019, a taxa de informalidade alcançou recorde em 19 Estados, além do Distrito Federal. Na média do Brasil, a taxa de informalidade foi de 41,1%, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas entre os trabalhadores ocupados. Mas esse porcentual subia a 62,4% no Pará, onde reside Dennyse. No Maranhão, 60,5% dos trabalhadores ocupados eram informais. No Estado de São Paulo, a taxa de informalidade média foi de 32,0% no ano passado, também o nível mais elevado da série iniciada em 2016.
“O ano de 2019 é importante, porque é o terceiro ano seguido com aumento na ocupação. Mas outros indicadores mostram que a qualidade desse trabalho que está sendo gerado ainda carece de uma melhora”, ponderou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Na passagem do terceiro trimestre de 2019 para o quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo – ou seja, superou a margem de erro – em apenas nove das 27 Unidades da Federação. Em São Paulo, a taxa de desemprego desceu de 12,0% para 11,5%, movimento semelhante ao da média nacional, que saiu de 11,8% para 11,0% no período.
Foram abertas 593 mil vagas com carteira assinada no setor privado em todo o País no último trimestre do ano passado, sendo mais da metade delas em São Paulo, que gerou 324 mil postos formais a mais no período. Em todo o Brasil, apenas quatro Estados tiveram avanço significativo na carteira assinada no último trimestre do ano: São Paulo, Rondônia, Paraíba e Sergipe.
O Estado de São Paulo abriu 473 mil vagas formais no setor privado no período de um ano. “A gente não vê nenhuma atividade se destacando. Tudo indica que foi uma soma de pequenas reações setoriais. Não foi a indústria que reagiu em São Paulo e começou a contratar com carteira na região. Não parece ser isso”, disse Adriana.
No quarto trimestre de 2019, o País ainda tinha 11,632 milhões de desempregados, sendo 2,910 milhões deles em busca de emprego há pelo menos dois anos.
E entre esses desempregados está Dennyse, a estudante do início deste texto, que segue vendendo brincos por ,meio das redes sociais e em eventos. Sem emprego formal são essas vendas que ajudam com as despesas da faculdade, tarifa de transporte público, produtos de higiene, entre outras.
| Tribuna PR (publicado em 15-02-2020) | | | | Quando o segurado não resolve seus problemas no INSS, o caminho natural é procurar a Justiça, especialmente nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez. Quando há uma resposta negativa do INSS e é preciso saber quem tem a razão, o trabalhador busca uma decisão judicial para receber o benefício em paz.
Se o juiz entende que o segurado tem direito, concede ou restabelece a renda em decisão definitiva ou provisória. E o que fazer quando o próprio INSS “atropela” a decisão do magistrado?
Não têm sido incomuns os casos de o instituto mexer com aqueles que tiveram o crivo da Justiça. Benefícios por incapacidade estão sujeitos a serem reavaliados, mesmo se houver uma doença grave.
Não é comum, mas a medicina já justificou a reversão de um inválido ao mercado de trabalho. O INSS tem se valido dessa prerrogativa de passar o pente-fino nesses “protegidos”. A Justiça aposenta por invalidez e, em seguida, a Previdência desmancha a concessão.
A lei autoriza essa revisão pericial. Em tese, quem perde o benefício é porque não merecia. Na prática, nem sempre é assim. A perícia do INSS é, em muitos casos, superficial.
E depois que a Turma Nacional de Uniformização (tema 164) decidiu que não era ilegal o INSS mexer nos benefícios ganhos na via judicial, aumentou o número de rendas cortadas. Nesse caso, a dica é o segurado sempre deixar atualizados os laudos e exames médicos para mostrar que a incapacidade não desapareceu.
E, por mais bizarro que seja, será a mesma Justiça a responsável por julgar novamente o ato, que pode ser no mesmo processo judicial (caso não concluído) ou em nova discussão. Essa providência pode se repetir quantas vezes o INSS resolver cessar o benefício por incapacidade.
| Folha de S.Paulo | | | |
Plano tem ponto negativo tragicômico, ao recomendar certificado digital monopolizado
Na semana passada, o governo federal editou medida que estava atrasada havia 15 anos: criou um decreto que define a estratégia nacional de segurança cibernética.
Esse tema andava à deriva havia décadas. O país ocupa o 70º lugar no Índice Global de Cibersegurança da ONU, perdendo para países como México, Quênia e Paraguai.
São muitos os casos vexatórios: vazamento de dados de autoridades, lista de todas as senhas de sites do governo publicadas na internet, espionagem industrial de empresas estatais etc.
Logotipo do Whatsapp
Como sempre, a ocasião faz o ladrão. Praticamente todo o primeiro escalão do governo usa celulares e aplicativos convencionais. Com isso, estão sujeitos ao monitoramento constante dos seus dados, além de vulneráveis ataques comuns.
O certo seria que ocupantes de cargos públicos que lidam com informações sensíveis passassem a usar aparelhos especiais criptografados e imunes à captação de dados por terceiros.
O plano da semana passada não vai resolver isso. No entanto, ao menos traça princípios que podem orientar o país. Nele há pontos positivos e pontos negativos.
Um destaque positivo é o fato de o plano tratar a segurança cibernética como questão pertinente a todos os setores da sociedade. Faz sentido. Para lidar com esse desafio, é fundamental juntar o setor público, o setor privado, a comunidade científica, o terceiro setor e assim por diante.
A razão é simples. Segurança digital é tema tão complexo que precisa da mobilização de toda a sociedade para ter eficácia. Há muito pouco que o governo sozinho (ou só os militares) pode fazer sem a cooperação de outros setores. O plano vai nesse sentido e acerta.
O documento valoriza também o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados, dois pilares legais da internet no país. Valoriza também o CERT.br, entidade que monitora e responde a incidentes de segurança no país, gerido pelo Comitê Gestor da Internet.
Já com relação aos pontos negativos, há falhas graves. A primeira é um ponto cego imperdoável. Uma das maiores ameaças globais à segurança na rede é a compra de programas-espiões por governos, capazes de devassar a vida digital de qualquer pessoa, incluindo autoridades. Um desses programas escancarou há pouco a vida do bilionário fundador da Amazon, Jeff Bezos.
O Brasil deveria deixar bem claro se adquire programas-espiões como esse e quem os adquire (há rumores de que sim). E qual a estratégia que o país possui para defender seus cidadãos contra esse tipo de ataque. O plano brasileiro não traz uma palavra sobre isso.
Há outro ponto negativo tragicômico. O texto inclui nas medidas recomendadas para aumentar segurança digital no Brasil “ampliar o uso do certificado digital”. Não qualquer certificado, mas sim o vergonhoso certificado digital que é monopolizado pelo próprio governo federal (por meio do órgão chamado ITI) que custa até R$ 250 por ano para ser emitido.
Aqui a recomendação não tem nada a ver com cibersegurança, mas sim tudo a ver com o lobby de quem vende esse sistema vergonhoso, que jamais terá escala para ser solução para a segurança digital no país. Alguém me conte, por favor, como esse jabuti foi parar no texto de um documento tão importante, minando sua credibilidade.
Reader
Já era Mundo só com apps
Já é Superapps (apps dentro de apps)
Já vem Dapps (descentralized apps)
Ronaldo Lemos
Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
| Folha de S.Paulo | | | | A Fertilizantes Heringer teve seu plano de recuperação judicial homologado pela Justiça, informou a companhia em fato relevante divulgado na noite da sexta-feira, 14. A decisão foi proferida pela 2ª Vara Cível da Comarca de Paulínia (SP).
O plano já havia sido aprovado pelos credores da empresa em Assembleia Geral, realizada em 3 de dezembro do ano passado, mas ainda aguardava a homologação.
O quadro de credores da Heringer é predominantemente composto por fornecedores e instituições financeiras. O valor dos créditos de todas as classes arrolados na recuperação judicial é de R$ 2,045 bilhões.
Como parte da estratégia de reestruturar o seu passivo, levantar capital de giro e saldar os débitos com seus credores a empresa suspendeu as atividade de nove unidade produtivas no fim de janeiro, são elas: Rondonópolis (MT), Dourados (MS), Três Corações (MG), Uberaba (MG), Rio Verde (GO), Porto Alegre (RS), Rio Grande (RS), Paranaguá (PR) e Rosário do Catete (SE).
Segundo a companhia, estas unidades vão ficar em processo de hibernação com licenças e manutenções necessárias para operação. Agora, a Heringer opera com sete unidades de mistura com uma capacidade instalada total de 2,9 milhões de toneladas ao ano.
Representantes jurídicos da Heringer temiam pela não homologação do plano em virtude do interesse da russa Uralkali em adquirir o controle da companhia brasileira.
A empresa russa deflagrou uma ofensiva para evitar a homologação do plano da Heringer, alegando que o balanço da brasileira está inflado e apresenta inconsistências contábeis.
A estratégia da Uralkali irritou a Heringer que pediu à Justiça que os russos sejam investigados por crime falimentar e classificou-a como “postura reprovável”.
No ano passado, a Uralkali fez uma oferta de US$ 115 milhões para comprar o controle da Heringer, mas o negócio não foi concluído por divergências entre as empresas.
“Desde então, mantendo a postura questionável adotada durante o período de negociações, o Grupo Uralkali vem atuando, judicial e extrajudicialmente, de forma retaliatória para, de maneira absolutamente injustificada, prejudicar a companhia”, afirmou o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Heringer, Dalton Heringer, em comunicado aos investidores.
| Tribuna PR (publicado em 15-02-2020) | | | | Segundo presidente, proposta será discutida nesta segunda (17) com Guedes; expectativa é de que seja encaminhada nesta semana
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (17) que a reforma administrativa está "madura" para ser enviada ao Poder Legislativo e ressaltou que, neste momento, não pode ser irresponsável em abrir novos concursos públicos.
Na entrada do Palácio da Alvorada, onde cumprimentou um grupo de eleitores, ele disse esperar que a iniciativa seja finalizada "o mais rápido possível". A expectativa do Palácio do Planalto é de que ela seja enviada até o final desta semana. E, até ser aprovada, a ideia da equipe econômica é evitar concursos públicos "desnecessários".
"Espero que o mais rápido possível eu encaminhe. Hoje vou conversar com [o ministro da Economia] Paulo Guedes. A reforma administrativa está madura para ser apresentada. Faltam algumas alterações ainda e a questão da estabilidade é daqui para a frente", afirmou.
O presidente ressaltou que não travará os concursos, mas que só pretende realizar aqueles que sejam "essenciais". E acrescentou que a proposta de reformulação da máquina irá extinguir algumas profissões que não são mais necessárias para o poder público.
"Não é travar. Os concursos públicos só os essenciais. Essa é que é a ideia", disse. "Há concursos que foram feitos no passado e que nós demos prosseguimento agora. Se tiver necessidade, a gente vai abrir concurso, mas não podemos ser irresponsáveis a tempo de abrir concursos que poderão ser desnecessários", emendou.
Em janeiro, Bolsonaro disse que enviaria a iniciativa neste mês. A pressão do núcleo político do Palácio do Planalto, no entanto, tem travado até agora a apresentação da medida. O projeto modifica as regras de contratação e remuneração de servidores públicos de todo o país.
A iniciativa é considerada sensível porque atinge uma categoria de trabalhadores que tem forte poder de lobby sobre os políticos. A frente parlamentar do serviço público do Congresso, por exemplo, tem 255 deputados. Isso corresponde a quase metade dos 513.
Outro ponto levado em consideração é o fato de as mudanças de regras atingirem não apenas os servidores do Executivo mas também os do Judiciário, grupo bem organizado, e do Legislativo, que atuam diretamente em contato com os congressistas.
A reestruturação das regras do serviço público é elaborada desde o governo Michel Temer (MDB). Embora o Ministério da Economia já tenha toda a estrutura das medidas pronta, o pacote está em aberto e, segundo membros da pasta, pode ser alterado até o momento da apresentação.
| Folha de S.Paulo | | | | Em greve, empregados da Araucária Nitrogenados (Ansa), em processo de desligamento pela Petrobras, participaram de uma manifestação ontem pela manhã durante a qual queimaram telegramas enviados pela estatal. Eles foram convocados a comparecer em hotéis para assinar as rescisões dos seus contratos de trabalho.
Ao todo, a Ansa possui 396 funcionários diretos. Segundo Gerson Castellano, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade que lidera a paralisação, cerca de 80 pessoas permanecem trabalhando, alguns deles no processo de “hibernação” da Ansa.
“A gente entende que essa convocação dos empregados é uma pressão para acabar com a greve”, avalia Castellano. No plano de desligamento, a Petrobras prevê três etapas de demissão – neste mês, em março e em abril. Mas, segundo o diretor da FUP, o departamento jurídico da federação sugeriu aos trabalhadores que não assinem a rescisão porque, em greve, eles estão com os contratos suspensos.
Castellano destacou ainda que, dessa vez, a Petrobras optou por marcar com os funcionários para oficializar as demissões em hotéis da cidade e não no sindicato, como acontece tradicionalmente. Procurada, a Petrobras não se manifestou até a noite desta sexta-feira.
| Tribuna PR (publicado em 15-02-2020) | | | | A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos informa que o plano de Recuperação Judicial do aeroporto foi aprovado nesta sexta, 14, em assembleia geral de credores, com 99,9% dos votos, entre os quais o da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No plano, a concessionária concorda em requerer, no prazo de 15 dias após a homologação do Plano pela Justiça, a relicitação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Em nota, a concessionária diz que após o requerimento de relicitação, o pedido precisará ser qualificado pela Anac, Secretaria de Aviação Civil (SAC) e pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), órgão do Ministério da Economia, onde será avaliada a conveniência da medida. “Após este enquadramento pelos órgãos do governo federal, as partes estarão aptas a assinar o Termo Aditivo que prevê a relicitação do aeroporto”, informa a empresa.
A concessionária informa que, na relicitação, terá direito a uma indenização antes da entrega do ativo para o próximo concessionário. A companhia também permanecerá com o direito de discutir a indenização calculada de acordo com a legislação, os pleitos de reequilíbrio econômico-financeiros por via arbitral.
“Após a homologação, os credores começam a ser pagos com recursos liberados das contas reservas. Os credores financeiros (bancos) serão pagos conforme contrato original. Os créditos da ANAC serão pagos no âmbito da reliticação”, afirma.
A previsão é de que a homologação do Plano de Recuperação pela Justiça ocorra dentro de uma semana. A partir da assinatura do Termo Aditivo à Relicitação, há um prazo de 60 dias para que a concessionária deixe o processo de Recuperação Judicial, que foi iniciado em 2018.
A concessionária destaca que, durante todo o processo, continua com a prioridade de manter a prestação dos serviços públicos e os níveis de excelência apresentados desde o início da concessão, em 2012.
A concessionária reafirma na nota que “a opção pelo pedido foi a única saída diante da relutância da procuradoria da Anac em reconhecer os desequilibrios financeiros gerados pelo Poder Concedente desde o primeiro dia da concessão”.
| Tribuna PR (publicado em 15-02-2020) | | | |
Previsão de inflação deste ano passou de 3,25% para 3,22%. Economistas reduziram de 2,30% para 2,23% ao ano previsão de alta do PIB em 2020.
Boletim Focus: projeção de crescimento do PIB em 2020 cai para 2,23%
Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para este ano e também passaram a prever um crescimento menor da economia brasileira.
As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). Os dados constam de um levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com o boletim, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 3,25% para 3,22%. Foi a sétima queda consecutiva do indicador.
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,5% a 5,5%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, fechou em 4,31%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4,25%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em 3,75%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Produto Interno Bruto
O mercado financeiro também baixou a previsão de crescimento para a economia brasileira em 2020 de 2,30% para 2,23%. Para o próximo ano, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 2,50%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Outras estimativas
Taxa de juros: o mercado manteve a previsão para a taxa Selic no fim de 2020 em 4,25% ao ano. Atualmente, a taxa de juros já está neste patamar. Para o fechamento de 2021, a expectativa do mercado para a taxa Selic continuou em 6% ao ano.
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 permaneceu em R$ 4,10 por dólar. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 4,10 para R$ 4,11 por dólar.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 caiu de US$ 36,40 bilhões para US$ 35,42 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado continuou em US$ 35 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, permaneceu em US$ 80 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas subiu de US$ 84,50 bilhões para US$ 84,75 bilhões.
| G1 | | | Na sexta-feira, moeda norte-americana recuou 0,79%, vendida a R$ 4,2997, acumulando queda de 0,47% na semana.
Real é a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar; entenda o mercado
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (17), com os investidores atentos a medidas de estímulo anunciadas pelo banco central da China para conter os impactos do coronavírus e em dia de volumes reduzidos por um feriado nos Estados Unidos.
Às 9h36, a moeda norte-americana subia 0,32%, a R$ 4,3133. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,79%, a R$ 4,2997, acumulando recuo de 0,47%. Numa semana marcada por recordes e intervenções do Banco Central, o maior patamar de fechamento foi registrado na quarta-feira (R$ 4,3505). Na quinta-feira, chegou a ser negociada durante o pregão a R$ 4,3830.
Na parcial do mês, a moeda norte-americana tem alta de 0,34%. No ano, já subiu 7,23%. Segundo um levantamento da Tendências Consultoria, o real é moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar no acumulado de 2020, dentre as 31 principais divisas globais.
O Banco Central ofertará neste pregão até 13 mil contratos de swap tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020.
O dólar mais valorizado nas últimas semanas tem refletido principalmente as preocupações em relação aos impactos do surto de coronavírus na China e na desaceleração da economia global, e também os juros em mínimas históricas no Brasil.
A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 diminuiu o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar. Isso elevaria a cotação da moeda.
Desde 2010 o real não tinha um começo de ano tão negativo.
Perspectivas
O mercado brasileiro manteve a previsão para a taxa Selic no fim de 2020 em 4,25% ao ano, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira. Atualmente, a taxa de juros já está neste patamar.
Analistas do mercado baixam estimativa de inflação para 2020 e veem alta menor do PIB
Enquanto Legislativo e Executivo expõem ruídos sobre o curso da agenda reformista, departamentos econômicos e gestoras começam a reduzir as projeções para o crescimento da economia, citando potenciais efeitos do surto de coronavírus e a divulgação de indicadores que sinalizaram um fim de 2019 menos animador para a economia.
A reforma tributária, a administrativa (que mexe com o funcionalismo público) e a PEC emergencial (a qual aciona gatilhos para evitar o descumprimento de regras fiscais) são as três principais propostas no radar do mercado para 2020. Privatizações e mais concessões também estão no cenário.
"Se as reformas passarem, ainda que tenhamos juros baixos, isso pode atrair investimento estrangeiro, o que ajudaria a valorizar o real", disse à Reuters Helena Veronese, economista-chefe na Azimut Brasil Wealth Management.
| G1 | | | | Produção deveria ter retornado no começo do mês, mas surto do novo coronavírus adiou a volta das atividades. Governo chinês tenta amenizar danos à economia.
A Toyota anunciou neste sábado (15) que planeja retomar a produção em três de suas quatro principais fábricas de automóveis na China na próxima semana, informou a agência Reuters.
A retomada da produção estava inicialmente prevista para 3 de fevereiro, após feriado do Ano Novo Lunar da China, mas foi adiada devido ao surto de novo coronavírus na China.
As operações na fábrica da Toyota em Changchun, província de Jilin, e outra fábrica em Guangzhou, província de Guangdong, serão reiniciadas na segunda-feira. Uma fábrica na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, retomará as operações na terça-feira, informou a Toyota.
Ainda não foi estabelecido quando a fábrica da Toyota em Chengdu, na província de Sichuan, reiniciará a produção, disse a montadora japonesa.
Segundo a agência Reuters, o regulador bancário e de títulos da China anunciou novas medidas para sustentar empresas, indústrias e pequenos e médios negócios que foram afetados pela epidemia do coronavírus. A instituição pediu aos bancos que forneçam taxas e serviços financeiros melhores para fabricantes de equipamentos de proteção.
O novo coronavírus tem causado prejuízos também em países do Sudeste Asiático, largamente dependentes do turismo. Dados dos governos locais estimam queda brusca no número de visitantes em meio à emergência global.
Novo coronavírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, neste sábado (15), um novo boletim sobre a situação do novo coronavírus no mundo. Segundo o documento, já são 50.580 casos confirmados por exames de laboratório, sendo 50.054 na China. Até agora, foram 1.526 mortes, sendo 1.524 na China.
A OMS considera a situação como uma epidemia dentro da China e que o risco internacional ainda é alto, e que é impossível dizer para onde a epidemia vai se espalhar. Enquanto os casos avançam, autoridades da China e dos Estados Unidos já mostram preocupação e dúvidas sobre os impactos econômicos do Covid-19.
No balanço deste sábado, a OMS afirmou que 25 países apresentam algum caso de infecção pelo vírus. A morte registrada pela França ainda não foi contabilizada pelo documento da OMS.
| G1 ( publicado em 15-02-2020) | | | | A impressão 3D convencional envolve a construção de um objeto a partir do zero, camada por camada, através de um processo conhecido como manufatura aditiva. É eficaz, mas também bastante entediante. Além disso, a resolução ou nível de detalhe geralmente não é tão boa assim.
Um método de impressão 3D inovador
Esta nova técnica é baseada nos princípios da tomografia. Começa com uma cuba de líquido transparente (plástico líquido ou gel biológico, dependendo da saída desejada) que é inserida na impressora. Ele começa a girar e, quase como que por mágica, o objeto começa a aparecer no recipiente. Em cerca de 30 segundos, está tudo pronto.
Damien Loterie, CEO da Readily3D (a empresa criada para ajudar a desenvolver e comercializar a tecnologia), disse que tudo se resume à luz. Assim, um laser é usado para endurecer o líquido no tanque através de um processo chamado polimerização. Ele acrescentou:
Dependendo do que estamos construindo, usamos algoritmos para calcular exatamente onde precisamos direcionar os feixes, de quais ângulos e em que dose.
Atualmente, a nova técnica pode fabricar objetos de dois centímetros com uma precisão de 80 micrômetros ou o diâmetro do cabelo. Porém, no futuro, eles esperam poder imprimir estruturas de até 15 centímetros.
Por fim, é evidente que os casos de uso potenciais são abundantes. Por exemplo, Christophe Moser, chefe do LAPD, disse que pode ser útil na criação de pequenas peças de silicone ou acrílico que não precisam de acabamento após a impressão. Além disso, existem promessas nas áreas de medicina e biologia, pois essa técnica poderia ser usada para objetos macios, como aparelhos auditivos e protetores bucais.
| Ind 4.0 | | | | Os fabricantes de máquinas e equipamentos pretendem ampliar seus investimentos em 2020. É o que revela a pesquisa realizada pela Abimaq com seus associados no início deste ano. Conforme o levantamento, a maioria dos investimentos (35,5%) será destinada a modernização tecnológica.
A pesquisa confirma a expectativa otimista do setor, que espera crescimento de dois dígitos no faturamento no mercado interno em 2020, de acordo com outro levantamento realizado pela entidade no final do ano passado, desta vez com as suas câmaras setoriais.
Um dos responsáveis pelo levantamento, Leonardo Silva, analista de Economia e Estatística da Abimaq, informa que a pesquisa é realizada anualmente pela entidade há mais de duas décadas. Até 2012, a média de investimentos do setor girava em torno de 10% da receita líquida de vendas (RLV). A partir de então, com o início da crise econômica, a taxa de investimento caiu para cerca de 3% da RLV.
“A pesquisa realizada no ano passado já havia revelado um aumento na intenção de investimentos do setor, com uma previsão de investimento de 4,6% da RLV. O realizado, porém, superou o previsto em 30,1%”, informa o analista. “A pesquisa de 2020 aponta para um novo aumento, agora de 22,9%”.
Para Leonardo Silva, o aumento dos investimentos do setor é um reflexo do aumento da demanda. Em 2018 e 2019, após vários anos de retração, o faturamento do setor voltou a crescer. “E os fabricantes, que reduziram seus níveis de investimento durante a crise, precisaram voltar a investir para estar preparados para o aumento da demanda”, diz. E complementa: “a percepção de que a retomada irá continuar em 2020 justifica o aumento na previsão de investimentos para este ano”.
De acordo com a pesquisa, o maior volume de investimento dos fabricantes de máquinas e equipamentos em 2020 será destinado à modernização tecnológica: 35,5%; em seguida vem Reposição de Máquinas Depreciadas, com 28,2%; em terceiro está Ampliação da Capacidade industrial, com 24,3%; Outros Investimentos respondem pelos 12% restantes.
Os investimentos realizados em 2019 tiveram distribuição muito semelhantes às previsões para 2020: Modernização Tecnológica, 33,9%; Reposição de Máquinas Depreciadas, 31,5%; Ampliação da Capacidade Indústrial, 23,2%; e Outros, 11,4%.
A pesquisa mostra também que o maior volume de investimento previsto para 2020 (e realizado em 2019) se concentra nas empresas de médio porte, com quase 60% do previsto. São também as médias empresas que prevêem maior aumento nos investimentos em 2020: 51,2%. Já o volume a ser investido pelas micro e pequenas empresas deve crescer 8,3%, enquanto nas grandes empresas a previsão é de queda de 5% no total a ser investido.
A pesquisa “IBKM Investimento: Previstos e Realizados” foi feita em janeiro de 2019. Dos cerca de 1.600 associados da entidade, pouco mais de 10% responderam aos questionários enviados pela Abimaq.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-20202) | | | | Atenta ao mercado de produção de ferro grafite vermicular (CGI) no Brasil, a fornecedora de componentes automotivos WHB Automotive recentemente realizou testes com uso de tecnologia de controle do processo SinterCast.
Nos anos de 2018 e de 2019, a WHB fez propostas comerciais de blocos em CGI para seis potenciais clientes (mantidos em sigilo). Metade destes clientes solicitaram alguns testes para comprovar a capacidade da empresa de produzir a liga metálica. “Então, fizemos um acordo com a SinterCast para instalar os equipamentos na WHB Automotive, em Curitiba, para a realização de testes”, detalha José Cláudio Macedo Cardoso, diretor de Fundição de Ferro da WHB.
No final do ano passado, a Sintercast instalou um sistema de controle de processo System 4000 (lançado na GIFA 2019) na fundição da WHB. Os testes - realizados em dezembro, por duas semanas - permitiram que a companhia estabelecesse um processo robusto de produção de CGI. “Em dezembro planejamos e executamos, com sucesso, testes em um cabeçote e um bloco. Neste mês (fevereiro), vamos divulgar os resultados para estes clientes”, diz Cardoso.
O valor investido para os testes não foi divulgado. Porém, a WHB informou ao Usinagem Brasil que arcou com todas as despesas de transporte e instalação do System 4000, matéria-prima e materiais auxiliares utilizados.
A intenção da WHB é adentrar o mercado de CGI como uma alternativa aos atuais players. A meta da empresa é obter, ainda em 2020, pelo menos dois grandes pedidos de blocos e cabeçotes. A WHB irá concorrer diretamente com a Tupy que, em dezembro passado, anunciou a compra da Teksid Fundição de Ferro. “Atualmente, somos as únicas empresas com capacidade de produzir CGI no Brasil”, destaca o diretor.
O inicio da produção vai depender das negociações com os clientes, mas a previsão é que aconteça no segundo semestre de 2021. Segundo o diretor de fundição, o ano de 2019 foi de muito desenvolvimento, de clientes e de novas peças. “Embora tenhamos mantido uma estabilidade de faturamento em relação ao ano anterior, as perspectivas são muito boas, pois foram fechados bons negócios que passarão a gerar frutos a partir deste ano de 2020, assim como em 2021 e 2022”, conclui Cardoso.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-2020) | | | | A Lamina Technologies, fabricante suíça de ferramentas de metal duro, entra em 2020 com várias novidades: a empresa acaba de contratar Fábio Iwamoto, ex-Walter do Brasil, que assumiu o cargo de gerente de Produtos; contratou três novos distribuidores para atuar no mercado paulista e está incrementando a linha de produtos, incluindo a recém-lançada linha da Fanar no mercado brasileiro, que amplia o escopo da empresa e marca a sua entrada no segmento de rotativas.
“Em 2019, superamos o crescimento projetado no início do ano, de 40%, e estamos muito otimistas com as perspectivas de 2020, já que os investimentos na filial serão ainda maiores do que ano passado”, observa Thomaz Franco, gerente Nacional de Vendas da Lamina Technologies do Brasil.
Franco aponta vários fatores que contribuíram para o bom desempenho da empresa em 2019, a começar da reestruturação na rede de distribuição no Brasil e na América Latina e dos investimentos realizados no setor de atendimento a clientes finais. Cita ainda a contratação de novos colaboradores, o lançamento da linha de torneamento para materiais dedicados, a nova linha de insertos CBN e o aperfeiçoamento da Classe Multi-Mat, com a apresentação da linha Alpha +.
Denilson Misiti, diretor-geral da Lamina no Brasil, destaca ainda a participação da empresa na Expomafe 2019. “Na nossa avaliação, esta feira marcou a consolidação da Lamina no Brasil”, comenta. “Muitos clientes importantes vieram nos procurar, assim como muitos distribuidores (alguns até que já havíamos procurado) nos contataram durante o evento e passaram a trabalhar com a nossa linha. Foi onde também apresentamos pela primeira vez a linha da Fanar no Brasil, parceira de negócios da Lamina, de origem polonesa, que tem seu forte na linha de rosqueamento”.
O diretor se mostra confiante que a filial irá obter resultado positivo também em 2020. “Além dos invstimentos que estão sendo realizados pela matriz, já obtivemos muito bons resultados em janeiro e fevereiro e estamos com vários projetos na mão”, diz, acrescentando que “nossa expectativa é a de crescer entre 30 e 40% em 2020”.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-2020) | | | | No dia 24 de janeiro, o Usinagem-Brasil publicou matéria sobre a parceria da italiana Coord 3 com a CPV Metrologia, de São José dos Campos (SP). A notícia dizia que desde 2008, ano que a Coord3 parou de operar diretamente no Brasil, a empresa também deixou de ter representantes nacionais.
Noticiamos que após muitos anos, a Coord3 voltava a ter um representante exclusivo - conforme as informações que nos foram cedidas pela CPV Metrologia - no país. Porém, uma terceira empresa, a Metrica Latino Americana, de São Paulo (SP), entrou em contato conosco e contestou as informações publicadas, alegando que representava a Coord3 desde 2008 - contrato, aliás, renovado em dezembro de 2019, segundo documento apresentado ao site.
Após conversarmos com os dois lados envolvidos - Metrica Latino Americana e CPV Metrologia -, entramos em contato com a Coord3 (Itália) e pedimos que a empresa nos informasse quem são seus distribuidores oficiais no país. Apesar de inúmeras tentativas feitas pela reportagem, não obtivemos resposta.
Existe um documento (apresentado por ambas empresas) que prova o acordo de representação com a Coord3. Porém, em nenhum deles há menção sobre exclusividade na distribuição de produtos. A CPV também se prontificou a entrar em contato com a italiana, mas até o momento não tivemos retorno.
Nós, do site Usinagem-Brasil, pedimos desculpas aos leitores pelas informações publicadas e pelos transtornos causados às empresas envolvidas.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-2020) | | | | A Romi fechou o exercício de 2019 com aumento no volume na entrada de pedidos. No quarto trimestre, a alta registrada foi de 19,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No ano, a expansão foi de 9,7%, na comparação com 2018, de acordo com o balanço divulgado pela empresa na semana passada.
No quarto trimestre, a entrada de pedidos na Unidade de Máquinas Romi apresentou crescimento expressivo, de 68,5% acima do mesmo período de 2018. O aumento se deve principalmente ao mercado doméstico, “o que demonstra, em 2019, a continuidade da recuperação econômica e um bom nível de otimismo, encorajando o investimento”, segundo a empresa. No acumulado de 2019, a entrada de pedidos dessa unidade cresceu 14,4%.
"O ano de 2019 demonstrou uma recuperação da economia doméstica, principalmente, a partir do segundo semestre, quando se pode notar uma maior consistência dessa recuperação com melhoria do otimismo e da confiança, refletindo positivamente no volume de oportunidades de negócios”, comentou Luiz Cassiano Rosolen, diretor-presidente da Romi. “Essa melhora nos dados macroeconômicos e no ambiente geral da economia começa a se materializar, principalmente, na unidade de negócio Máquinas Romi, que, diante de um cenário mais estável, encoraja os clientes a retomar os seus investimentos”.
De acordo com o presidente da companhia, “o segmento de Fundidos e Usinados também demonstrou importante evolução na entrada de pedidos, com a retomada da demanda por peças de grande porte para o segmento de energia”. O aumento no volume de pedidos desta unidade foi de 38,9% no quarto trimestre, em relação ao quarto trimestre do ano anterio; no ano de 2019, em comparação a 2018, a alta foi de 17,9%.
Já a subsidiária alemã B+W, registrou queda na entrada de pedidos em 2019 de 27,9%. Na avaliação da Romi, essa retração reflete a desaceleração da economia mundial. “Por outro lado, o volume de projetos continua em bons níveis, demonstrando que, para 2020, ainda há diversas oportunidades a serem concretizadas”, informa a empresa.
| Usinagem Brasil ( publicado em 16-02-2020) | | | | Em 2019, as perdas somaram € 141 milhões; faturamento teve queda de 3,3% no período
Pela primeira vez em 10 anos, o Grupo Renault registrou um prejuízo anual: em 2019, a companhia anotou perdas de € 141 milhões contra lucro de € 3,3 bi em 2018. A companhia apurou queda de 3,3% no faturamento de 2019, ao registrar € 55,5 bilhões, valor que espera repetir em 2020, conforme relatório de seu balanço financeiro divulgado na sexta-feira, 14.
Em seu relatório, o grupo destaca que as menores vendas globais e a menor contribuição das empresas associadas levaram à queda do faturamento, além das perdas cambiais, principalmente por causa do peso argentino e libra turca. Com isso, o faturamento da divisão automotiva recuou 4,2% em 2019, para pouco mais de € 42 bilhões, excluindo a russa Avtovaz.
No ano passado, as vendas de veículos em todo o mundo pela companhia fecharam em 3,8 milhões de unidades, uma queda de 3,4% sobre 2018. Esta retração do volume se explica pelo efeito negativo nos mercados da Argentina, Turquia e Argélia.
Também se explica pelas vendas menores para os parceiros em 3,4%, como a Nissan e a Daimler, além da desaceleração da demanda por motores a diesel na Europa, pela forte queda de CKD na China e pelo encerramento das atividades no Irã.
Em nota, a empresa reforça que parte dos resultados era esperada desde outubro, quando revisou suas previsões para o ano.
"Apesar de um ano conturbado, o Grupo Renault conseguiu obter resultados de acordo com sua orientação revisada. A visibilidade para 2020 se mantém limitada pela volatilidade dos mercados, principalmente na Europa, devido à regulamentação CAFE e os possíveis impactos do coronavírus. Entretanto, o fortalecimento da equipe de direção, a renovação da aliança e o sucesso dos novos modelos fazem com que eu tenha total confiança na capacidade do grupo de ser bem-sucedido em sua recuperação”, declarou em nota Clotilde Delbos, CEO adjunta da Renault.
Por outro lado, o grupo registrou alguns efeitos positivos, como a política de elevação de preços feita para compensar as desvalorizações já citadas e a alta dos custos na Europa.
Em 2020, a companhia diz esperar por uma queda no mercado automotivo mundial, com retração de pelo menos 3% na Europa, mesma proporção de queda esperada para a Rússia. O Grupo Renault acrescenta que espera uma alta de 5% no mercado brasileiro.
| Automotive Business ( publicado em 14-02-2020) | | | | No entanto, tentativa de acordo empaca nos € 50 milhões pedidos por advogados
O Conselho de Administração do Grupo VW propôs na sexta-feira, 14, o pagamento de € 830 milhões a fim de encerrar um processo que responde na Alemanha pelo dieselgate, o escândalo que envolveu a venda de milhões de veículos diesel dotados de software que enganavam os testes e poluíam mais do que o permitido pela legislação. O pacto seria firmado com a Federação das Organizações Alemãs de Consumidores (VZBV). O acordo, no entanto, fracassou, ao menos por ora, porque os advogados envolvidos estariam pedindo honorários elevados, de € 50 milhões.
Segundo o Grupo Volkswagen, houve várias solicitações aos consultores jurídicos da VZVB para que fornecessem justificativas para a quantia, mas os pedidos não foram atendidos. Os advogados também se recusaram a permitir que terceiros independentes revisassem a solicitação.
Ao todo haveria 400 mil consumidores alemães pleiteando indenizações por terem comprado veículos equipados com motores dotados de softwares capazes de reduzir momentaneamente as emissões sempre que fossem plugados a analisadores. O escândalo envolveu a venda de milhões de veículos mais poluentes do que o permitido por legislações ambientais não só na Alemanha, mas em diversos países.
“Dissemos desde o início que uma solução justa e prática para nossos clientes era uma das principais prioridades nessas negociações. Por isso agora queremos oferecer os termos de liquidação negociados com nossos clientes. A demanda injustificada dos advogados por € 50 milhões era inaceitável”, afirma o membro do conselho de administração para assuntos jurídicos do Grupo VW, Hiltrud Werner.
| Automotive Business ( publicado em 14-02-2020) | | | | Item pode substituir molas de chapa metálica em caminhões, ônibus e implementos
A Continental passa a produzir no Brasil molas pneumáticas para aplicação em veículos comerciais pesados, como caminhões e ônibus, bem como em implementos. Os produtos serão dedicados ao fornecimento tanto para OEM quanto para o mercado de reposição do setor.
As molas pneumáticas de borracha e plástico estão se tornando uma tendência no mercado como alternativa às molas de chapa metálica, que são amplamente difundidas no segmento de veículos pesados.
“Queremos estar mais próximos de nossos clientes brasileiros, fornecer e apoiar suas operações com mais rapidez e eficiência. No aftermarket, em particular, precisamos atender à demanda muito rapidamente e as novas capacidades de produção garantirão isso”, afirma Alexander Papadimitriou, responsável pelo negócio de aftermarket da Continental para veículos comerciais nos sistemas de molas pneumáticas.
| Automotive Business ( publicado em 14-02-2020) | | | | Empresa de locação para turismo Pedra Azul adquire duas unidades
A Volvo vendeu duas unidades de ônibus rodoviários equipados com a nova geração do SSA, Sistema de Segurança Ativa. Os dois chassis, um do modelo B420R 6x2 e outro do B450R 6x2, foram comprados pela empresa Pedra Azul, empresa de locação de ônibus de turismo com sede no Espírito Santo.
Segundo o diretor comercial da Pedra Azul, Moacyr Borsoi, os veículos com o sistema foram adquiridos para atender a demanda de um de seus principais clientes, que responde por cerca de 30% das viagens da companhia.
“A segurança impacta diretamente nos resultados financeiros. A imagem tem relação direta com veículos confortáveis e seguros. Um incidente pode destruir vidas e a nossa imagem”, argumenta Borsoi.
Lançado em novembro passado, o novo SSA, vendido como opcional pela Volvo, oferece funções como radar anticolisão, frenagem autônoma de emergência e aviso de mudança de faixa, agregando tecnologias que ajudam a evitar acidentes e manter a atenção do motorista durante o trajeto.
Com 19 ônibus na frota, dos quais 17 são Volvo, a Pedra Azul realiza em média 80 viagens por mês e roda cerca de 250 mil quilômetros no período. As principais rotas são para Rio de Janeiro e São Paulo, mas os veículos viajam para todo o Brasil, além de Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
| Automotive Business ( publicado em 14-02-2020) | | | | Sistema AMT pode ser aplicado em diferentes caixas de câmbio manuais
A Wabco alcançou a marca de 5 milhões de unidades de controle de transmissões automatizadas (Automated Manual Transmission – AMT), consolidando sua liderança mundial para esse tipo de equipamento para veículos comerciais.
A partir de módulos personalizados de software e hardware, a AMT da Wabco automatiza as mudanças de marcha levando em consideração a operação do motorista, o torque do motor, a carga do veículo e a inclinação da estrada.
Isso é realizado por uma unidade de controle eletrônico, uma unidade de controle de engrenagem e um atuador de embreagem. Chamado Optidrive, o sistema permite a automação personalizada de diferentes transmissões manuais.
A Wabco acumula mais de 30 anos de experiência nessa tecnologia. Transmissões automatizadas reduzem a fadiga do motorista, diminuem disparidades entre motoristas menos ou mais experientes podem baixar em até 5% o consumo de combustível quando comparadas a transmissões manuais.
A introdução da tecnologia Wabco AMT para veículos comerciais ocorreu em 1985, a partir de uma parceria com a Daimler. A Wabco também fornece sistemas de controle de frenagem e tecnologias que aumentam a segurança e eficiência de veículos comerciais.
| Automotive Business ( publicado em 14-02-2020) | | | | Segundo B3, vendas de carros de luxo envolvendo a operação financeira avançaram 4%
Motor O uso de financiamento para a compra de carros de luxo cresceu 4% no ano passado, alcançando 25,6 mil empréstimos na categoria, segundo informações da B3.
Farol A marca de luxo com maior número de financiamentos foi a BMW, com 7,7 mil, alta de 20% em relação ao ano anterior. Enquanto os empréstimos para comprar carros da Volvo e da Porsche também cresceram, em marcas como Mercedes-Benz, Audi, Landrover e Jaguar a modalidade teve uma retração.
| Folha de S.Paulo | | | |
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