| 16 de Outubro de 2019
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Em 16/10/2019
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| | | | | Nova norma, publicada no Diário Oficial, traz regras mais claras para o trabalho temporário, mas já gera polêmica
O presidente Jair Bolsonaro publicou nesta terça-feira (15) um decreto que regulamenta o trabalho temporário. Para especialistas, a norma tenta trazer mais segurança jurídica a essa relação trabalhista, mas tem pontos que podem ser questionados como ilegais.
O decreto presidencial regulamenta uma lei de 1974 e que foi alterada com a reforma trabalhista, em 2017.
Essa modalidade inclui apenas quem é contratado por uma agência de trabalho temporário registrada no Ministério da Economia e que presta serviços a outras empresas.
“A principal mudança do decreto em relação à lei é que a nova norma especifica que a empresa para quem o trabalhador presta o serviço pode dar ordens a ele, como se empregado fosse, mas isso não gera vínculo empregatício. Era a essência do trabalho temporário, mas não estava explícito na lei antes”, diz Caroline Marchi, do escritório Machado Meyer.
“A tomadora do serviço pode dar ordem direta ao prestador de serviço sem criar o vínculo. É uma maior segurança que ganha o tomador do serviço”, afirma Alessandra Wasserman Macedo, do Melcheds Advogados.
O decreto mantém a redação dada pela reforma de 2017, que ampliou a possibilidade da contratação de temporários. Pela norma, uma companhia pode contratar os serviços de empregados temporários, sempre por meio de uma empresa intermediária, para atender “demanda oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, que tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.
“Essa redação elimina incertezas que antes eram comuns, como a contratação para atividade fim em períodos em que a demanda de produção de uma indústria, por exemplo, tem picos sazonais. Alguns juízes entendiam que a situação não permitia uso de temporários”, diz Marchi.
A norma também dá ao empregado temporário direitos similares aos do contratado direto, afirma Adriana Caribé, sócia do Siqueira Castro.
“Os benefícios quanto ao local de trabalho e ao acréscimo de remuneração a ser pago por hora extra, de 50%, passaram a estar esmiuçados.”
Segundo Marchi, o decreto aumenta de 30% para 50% o adicional pago por hora extra ao trabalhador temporário. Na prática, porém, os trabalhadores já precisam receber os 50% a mais nesses casos, segundo Antônio de Freitas Júnior, professor da USP.
“A lei original fala em um percentual menor, mas a Constituição já estabelecia os 50%, e ela prevalece”, afirma.
O texto estabelece também que o trabalhador temporário tenha remuneração equivalente à recebida por funcionários da empresa que atuem na mesma categoria.
Desde 2017, os contratos temporários podem ter duração de até 180 dias, renováveis por mais 90. Antes, o prazo máximo era de 90 dias. Agora, o decreto especifica que esse prazo deve ser contado em dias corridos. “É um esclarecimento importante, porque havia quem defendesse que o cálculo era feito por dias trabalhados”, diz Freitas Júnior.
Sobre o pagamento de férias proporcionais, o decreto estabelece que “será considerada como mês completo a fração igual ou superior a quinze dias úteis”. Para Freitas, o cálculo prejudica o trabalhador.
“Para receber o mês completo, o temporário terá de trabalhar bem mais que a metade do mês. A prática em geral é fracionar pela metade do mês. É algo inusual”, afirma.
Outro ponto polêmico, segundo ele, está nas obrigações de capital social mínimo que o decreto estipula às agências de trabalho temporário.
Após as mudanças de 2017, a lei passou a exigir que as agências tivessem um capital de ao menos R$ 100 mil. “Era uma forma de garantir que elas tivessem musculatura para fazer as contratações e evitar negócios de fundo de quintal.”
A nova norma passa a permitir a formação de agências com capital social a partir de R$ 10 mil, escalonados até R$ 250 mil, a depender do número de empregados temporários contratados.
O decreto igualou as exigências de capital social às das empresas de prestação de serviços terceirizados. “É uma flagrante ilegalidade porque o decreto, nesse ponto, fere uma exigência da lei, quando deveria apenas discipliná-la. Não se pode exigir nem mais nem menos que os R$ 100 mil de capital mínimo”, diz Freitas.
Para Marchi, o escalonamento conflitante com o previsto na lei do trabalho temporário pode gerar problemas para as empresas. “Se alguém contratar uma agência com capital inferior a R$ 100 mil, pode ser questionada, e isso gerar vínculo”, afirma.
Mudanças mais importantes
Ordem de empresa tomadora do serviço não forma vínculo
Antes essa relação de trabalho não estava especificada na lei; para especialistas, a mudança legal pacifica uma controvérsia e dá mais segurança para empresas que buscam trabalhadores temporários
Capital social mínimo da empresa de trabalho temporário cai para R$ 10 mil
Pela regra anterior, o capital mínimo exigido era de R$ 100 mil; mudança amplia muito o mercado de ofertantes e pode ser questionados na Justiça
Definição do cálculo de pagamento de férias proporcionais a temporários
Só será considerado mês completo fração igual ou superior a 15 dias úteis; antes se adotada informalmente o critério de dias corridos por falta de regulamentação
| Folha de S. Paulo | | | |
Texto pontua regras da modalidade de trabalho
O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para regulamentar o trabalho temporário no país. A norma foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (15).
O decreto regulamenta lei de 1974 que dispõe sobre o trabalho temporário. Nessa modalidade, a pessoa é contratada por uma empresa que coloca os serviços de trabalho temporário à disposição de outras companhias.
Os contratos têm prazo de até 180 dias, com possibilidade de renovação por mais 90 dias.
De acordo com a advogada trabalhista Alessandra Wasserman Macedo, do Melcheds Advogados, o decreto confirma e deixa mais claras normas e práticas já existentes.
Ela destaca o trecho do documento que deixa claro que a empresa tomadora desse serviço tem poder técnico, disciplinar e diretivo sobre esses trabalhadores, sem que seja criado vínculo empregatício entre eles.
“A tomadora do serviço pode dar ordem direta ao prestador de serviço sem criar vínculo. É uma maior segurança que ganha o tomador do serviço”, disse.
Segundo ela, não há mudança em relação aos pontos centrais do trabalho temporário. A jornada diária é limitada a oito horas, com pagamento adicional em caso de hora extra ou trabalho noturno.
É garantido o pagamento de férias, calculado proporcionalmente em relação ao período trabalhado, bem como o direito a seguro de acidente de trabalho, benefícios previdenciários e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O texto ainda estabelece que o trabalhador temporário tenha remuneração equivalente à recebida por funcionários da empresa que atuem na mesma categoria.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 15-10-2019) | | | | Nascidos em janeiro que poderão sacar R$ 500 de cada conta ativa ou inativa
A Caixa Econômica Federal vai iniciar na sexta-feira (18) uma nova etapa da liberação do saque imediato do FGTS, medida criada pelo governo em julho como forma de tentar aquecer a economia. A previsão é que R$ 1,8 bilhão sejam liberados a 4,1 milhões de pessoas.
Na nova etapa do saque imediato, os trabalhadores nascidos em janeiro que não possuem conta do banco poderão sacar R$ 500 de cada conta ativa ou inativa.
Para obter os recursos, o trabalhador deve comparecer a agências da Caixa com o documento de identidade.
Para quem possui senha do cartão cidadão, os saques de até R$ 500 estarão disponíveis também nas casas lotéricas e nos terminais de autoatendimento. Quem tem cartão cidadão e senha pode sacar também nas unidades Caixa Aqui apresentando documento de identificação.
Saques de até R$ 100 poderão ser feitos em unidades lotéricas, com apresentação de documento de identificação original com foto. A Caixa orienta o trabalhador a levar também sua carteira de trabalho para agilizar o atendimento.
Dúvidas sobre valores e direito ao saque podem ser consultadas no aplicativo FGTS, pelo site da Caixa ou pelo telefone 0800 724 2019 (disponível 24 horas).
O saque imediato libera até R$ 500 por conta ativa ou inativa do trabalhador. A retirada do valor não significa adesão à outra modalidade criada pelo governo em julho, a do saque aniversário (que permitirá a retirada parcial do saldo do FGTS anualmente).
A Caixa afirma que já pagou, em um mês, R$ 15 bilhões em crédito em conta para quase 37 milhões de trabalhadores. Ou seja, quase 40% dos 96 milhões de brasileiros que têm direito já receberam os valores.
Quem tem conta-poupança na Caixa ou optou pelo crédito em outro tipo de conta do banco recebeu o dinheiro automaticamente.
Ao todo, os saques do FGTS podem resultar em uma liberação de cerca de R$ 28 bilhões para a economia neste ano. Para 2020, o valor adicional previsto é de R$ 12 bilhões. Mais de 96 milhões de brasileiros têm direito ao saque
| Folha de S. Paulo | | | | Pesquisa mostra que aumento da desigualdade coincidiu com queda no atendimento do Bolsa Família
O rendimento médio mensal do 1% mais rico da população brasileira atingiu, em 2018, o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres. No topo, o rendimento médio foi de R$ 27.744; na metade mais pobre, de R$ 820.
A diferença entre os rendimentos obtidos pelo 1% mais rico e dos 50% mais pobres no ano passado é recorde na série histórica da PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua) do IBGE, iniciada em 2012.
A desigualdade aumentou porque o rendimento real da metade mais pobre caiu ou subiu bem menos do que o dos mais ricos, sobretudo nos últimos anos.
De 2017 para 2018, por exemplo, o ganho dos 10% mais pobres caiu 3,2% (para R$ 153 em média) enquanto o do 1% mais rico aumento 8,4% (para R$ 27.774).
Desde o início da pesquisa, e coincidindo com o aumento na desigualdade, houve ainda uma diminuição no total de domicílios atendidos pelo Bolsa Família, de 15,9% no total do país em 2012 para 13,7% em 2018.
Vista de outro ângulo, a extrema concentração de renda no Brasil revela que os 10% da população com os maiores ganhos detinham, no ano passado, 43,1% da massa de rendimentos (R$ 119,6 bilhões). Na outra ponta, os 10% mais pobres ficavam com apenas 0,8% da massa (R$ 2,2 bilhões).
A disparidade de renda no Brasil tem ainda forte aspecto regional, com o Sudeste –com pouco mais de 40% da população– concentrando uma massa de rendimentos (R$ 143,7 bilhões) superior à de todas as outras regiões somadas.
Já o Sul, com cerca da metade da população do Nordeste, tem massa de rendimentos maior do que a dos nove estados nordestinos (R$ 47,7 bilhões ante R$ 46,1 bilhões).
Os dados de 2018 mostram ainda que o índice Gini, que mede a desigualdade numa escala de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração) aumentou em todas as regiões do Brasil e atingiu o maior patamar da série, chegando a 0,509.
A exceção foi o Nordeste, onde a desigualdade de rendimentos caiu porque as pessoas no topo perderam renda –e não porque os mais pobres ganharam mais.
Pelos cálculos da PNADC, o rendimento médio mensal de todos os trabalhos (de pessoas de 14 anos ou mais) em 2018 ficou em R$ 2.234, ainda abaixo do maior valor da série, os R$ 2.279 apurados em 2014.
O Nordeste é a região com o menor rendimento médio: R$ 1.497. O Sudeste, com o maior: R$ 2.572.
Apesar da extrema concentração de renda mostrada na pesquisa, ela não revela outros aspectos da questão.
Como se trata de uma pesquisa domiciliar, a partir de um questionário, as pessoas mais ricas e com outras fontes de renda –sobretudo de aplicações financeiras e aluguéis– tendem a não mencionar esses ganhos quando abordadas.
Já o Relatório da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris e que agrega pesquisas domiciliares, contas nacionais (onde constam subsídios e incentivos a grupos) e declarações de imposto de renda, sustenta que a concentração de renda no Brasil é ainda maior: o 1% mais rico se apropria de 28,3% dos rendimentos brutos totais.
Na outra ponta, os 50% mais pobres ficam com apenas 13,9% do conjunto de todos os rendimentos.
Por esses cálculos, o Brasil é o país democrático mais desigual do mundo, atrás somente do autocrático e minúsculo Qatar.
Diferentemente de outras pesquisas que captam melhor ganhos de capital, na PNADC a renda do trabalho é preponderante para o cálculo do rendimento médio (representa 72,4% do total), seguida por aposentadorias e pensões (20,5%). O item “outros rendimentos” responde por apenas 3,3%.
Segundo especialistas, a desigualdade de renda no Brasil é alta e persistente por conta de fatores históricos e estruturais, como a herança escravocrata, o patrimonialismo que se apodera de recursos estatais e empregos públicos, políticas sociais voltadas a grupos que menos precisam e uma estrutura tributária regressiva, que cobra proporcionalmente mais impostos de quem ganha menos.
| Folha de S. Paulo | | | | CDC Flexibility é voltado a caminhões novos e usados e CDC Decrescente, para comerciais leves e autos
O Banco Mercedes anunciou na Fenatran 2019, de 14 a 18 no São Paulo Expo, duas novas modalidades de crédito para aquisição de veículos: CDC Flexibility para caminhões novos e usados e CDC Decrescente para comerciais e automóveis.
Com os lançamentos, o banco espera ampliar ainda mais suas captações, que em setembro atingiram R$ 4 bilhões, o melhor mês de 2019. No acumulado do ano, o Banco Mercedes captou R$ 11,4 bilhões, crescimento de 47% em relação aos nove primeiros meses de 2018 e melhor resultado entre janeiro e setembro da história do banco.
Com o CDC Flexibility a intenção é facilitar a compra dos modelos Atego e Accelo zero-quilômetro e também os caminhões usados da divisão SelectTrucks. Nesta modalidade, o comprador contrata o financiamento com entrada mínima (20% para pessoa física e 10% para pessoa jurídica), parcelas fixas de 24 a 60 meses reduzidas ao fim do contrato e uma parcela final correspondente ao valor de recompra do bem.
No fim do financiamento, se o veículo se enquadrar em um conjunto de condições, é possível revendê-lo à SelectTrucks por um valor previamente definido ou ficar com o caminhão. Para veículos seminovos o prazo é de 36 meses, com entrada mínima de 30% para pessoas físicas e jurídicas.
“Com o CDC Flexibility a ideia é que o cliente tenha a opção de devolver o caminhão após a última prestação do financiamento para comprar o novo e assim renovar o ciclo. Nessa modalidade, as parcelas chegam a ser 55% menores que em um CDC tradicional”, afirma Diego Fernando Marin, diretor comercial do Banco Mercedes.
“A parcela do financiamento em 36 meses de um Accelo pelo CDC Flexibility custaria R$ 2,2 mil, enquanto um financiamento no mesmo período pelo CDC tradicional sairia por R$ 4,2 mil”, compara Marin. Segundo o executivo, o novo produto é mais flexível que o Finame e com a taxa fixa o comprador pode se planejar no período do financiamento. “A tendência é que passe a ser mais procurado”, declara.
Outro produto lançado na Fenatran é o CDC Decrescente. Como sugere o nome, as parcelas diminuem a cada mês. Ao fim do financiamento, o comprador terá pago menos juros que em um CDC tradicional.
O produto conta com o mesmo sistema de amortização constante do Finame e está disponível para todos os veículos comerciais e de passeio da Mercedes. Os prazos de financiamento estão entre três e 60 meses e a entrada minima é de 20% para pessoa física e 10% para pessoa jurídica.
CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA LINHA ACTROS EM OUTUBRO
Toda a linha Actros será oferecida em outubro com taxas de 0,77% ao mês para financiamento em 60 meses e de 0,79% ao mês para o prazo de 72 meses. Ambas as condições contam com três meses de carência.
| Automotive Business (publicado em 15-10-2019) | | | | Um movimento de realização de lucros sustentou os juros futuros em alta durante a maior parte desta terça-feira. Como as taxas caíram por quatro sessões seguidas na semana passada e fecharam segunda de lado, houve espaço para a recomposição de prêmios neste dia de agenda sem destaques e que também marca o retorno de investidores estrangeiros após o feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos.
O andamento do projeto sobre a partilha dos recursos da cessão onerosa no Senado é considerado boa notícia, mas sem força para estimular a montagem de novas posições vendidas. O texto foi aprovado no começo da tarde pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sem alterações em relação à Câmara e deve passar ainda nesta terça no plenário.
No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,61%, de 4,567% segunda no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 5,550% para 5,63%. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,32%, de 6,241%.
“É mesmo uma realização, já que nos últimos dias tivemos sessões muito boas. Não tem nada forte no âmbito doméstico nem externo”, disse o economista da Mongeral Aegon Investimentos Breno Martins.
O ajuste, contudo, é visto como bastante moderado em relação ao tamanho do alívio de prêmios registrado desde a divulgação da deflação do IPCA de setembro, de 0,04%, na última terça-feira. “Um dia antes, o DI para janeiro de 2022 tinha fechado em 5,5% e ontem (segunda) quase beliscou 5%. Hoje (terça) fechou nos 5,11%, ou seja devolveu muito pouco”, destacou Martins.
As taxas até chegaram a renovar máximas na última hora da sessão regular em linha com a piora do câmbio, mas nada que indique tendência. Mesmo com o dólar pressionado – a moeda voltou a ficar acima dos R$ 4,16 -, a correção do DI tem fôlego limitado pela perspectiva de queda da Selic, num cenário inflacionário bastante benigno e de retomada muito gradual da atividade.
As apostas do mercado por ora parecem caminhar para Selic a 4,5% no fim do ciclo de afrouxamento monetário, mas vem crescendo a corrente dos que esperam patamar de 4% e sem descartar o rompimento deste “piso”. Para o Copom de outubro, há consenso em torno de uma redução de 0,50 ponto porcentual, mas a chance de uma decisão mais agressiva, de queda de 0,75 ponto, também não pode ser ignorada.
| Tribuna PR (publicado em 15-10-2019) | | | O real teve novo dia de piora forte ante o dólar nesta terça-feira e foi, novamente, a moeda com a maior queda no mercado internacional, considerando uma cesta de 34 divisas, emergentes e fortes. A valorização da divisa dos Estados Unidos ante emergentes, a perspectiva de mais quedas de juros no Brasil e questões políticas em Brasília foram apontados pelos especialistas como os fatores primordiais para o dólar mais caro no Brasil. Há dois meses que a moeda americana fecha acima de R$ 4,00. Hoje, no mercado à vista, a divisa terminou o dia com valorização de 0,87%, a R$ 4,1641, a maior cotação desde o dia 24 de setembro.
O dólar operou em alta o dia todo, com operadores relatando fluxo de saída. A moeda americana destoou pelo segundo dia de outros ativos domésticos. O Ibovespa subiu e o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil foi negociado em queda, a 129 pontos nesta tarde, ante 133 do fechamento de segunda, de acordo com cotações da IHS Markit.
Para o gestor da Paineiras Investimentos, David Vaisberg Cohen, o real não vem acompanhando a melhora em outros ativos por dois fatores: o dólar tem se valorizado no exterior e pela mudança estrutural nos juros no Brasil, que estão em mínimas históricas e podem cair ainda mais. Pesquisa do Bank of America Merrill Lynch feita com investidores mostra que 37% deles já veem a Selic em 4,5% ou abaixo no final de 2019.
Com os juros baixos, além de o Brasil ficar menos atrativo para estrangeiros, Cohen ressalta que empresas trocaram emissões externas por captações domésticas, o que reduziu a entrada de dólares no país, e aumentou a procura de investidores por operações de hedge no País, por conta dos custos mais baixos. Há ainda um outro desdobramento, que é o investidor brasileiro comprando mais dólares para fazer investimentos lá fora, em busca de retornos mais altos. “O dólar está mais caro no Brasil, mas por um bom motivo, que é o juro baixo”, ressalta ele.
A pesquisa do Bank of America mostra que aumentou de 22% no levantamento feito em setembro para 40% neste mês os investidores que acreditam no dólar acima de R$ 4,00 no final de dezembro. Ao mesmo tempo, não há profissionais prevendo a moeda americana acima de R$ 4,20 em dezembro nem abaixo de R$ 3,60. Outros 50% projetam a moeda entre R$ 3,81 e R$ 4 em dezembro. Desde 16 de agosto que a moeda americana não fecha abaixo de R$ 4,00.
Mais cedo, não repercutiu bem no mercado de câmbio o episódio envolvendo o presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), que foi alvo hoje de operação da Polícia Federal. O temor é que isso atrapalhe a votação da reforma da Previdência em segundo turno no Senado. A executiva nacional do PSL diz que excessos contra o partido serão apurados. Os agentes ainda aguardavam no final da tarde a votação pelos senadores da partilha dos recursos da cessão onerosa no plenário.
| Tribuna PR (publicado em 15-10-2019) | | | A líder mundial em impressão 3D Stratasys está auxiliando a MWM, fabricante de Motores Diesel e Geradores de Energia, a rever processos de fabricação, com o objetivo de diminuir prazos e custos. Para isso, empresa adquiriu recentemente uma impressora 3D Stratasys F170, que integra agora a “MWM Digital Lab”, área de iniciativa para a inserção de tecnologias de Indústria 4.0.
“Para chegarmos à escolha do modelo F170, realizamos alguns trabalhos com a LWT Sistemas, revenda autorizada da Stratasys no Brasil, para verificar o grau de precisão e qualidade da impressão. Após o resultado satisfatório, iniciamos o estudo para aquisição”, afirma Michael A. Ketterer, Diretor da Unidade de Negócios de Contratos de Manufatura - Operações & Qualidade da MWM
A empresa já havia realizado uma tentativa com impressora 3D do tipo “maker”, geralmente voltada para aplicações domésticas, mas não para aplicações que envolvem projetos industriais e prototipagem. A falta de adequação dessa impressora foi um dos fatores que motivaram a empresa a buscar uma solução profissional e eleger o modelo Stratasys F170, uma impressora 3D de entrada e com melhor custo.
Michael explica que a gama de ferramentas desenvolvidas e confeccionadas para as linhas de montagem e usinagem é muito alta. Para que a montagem de cada item ocorra sem defeitos e sistematicamente, a MWM fabrica “poka-yokes”, dispositivos de controle que asseguram que as peças que formam os produtos sejam aplicadas no ângulo e posicionamento corretos. Além destes dispositivos para a produção, a MWM também usa a impressora 3D para confecção de peças protótipo para a Engenharia de Desenvolvimento.
Estes dispositivos eram desenvolvidos internamente na MWM, mas usinados em ferramentaria interna ou com fornecedores externos. Como resultado, os custos e prazos para a aplicação de ações para melhorias de processo eram muito elevados. Com o uso da manufatura aditiva, a empresa pôde contornar esses problemas.
“Precisávamos de um processo que fosse mais rápido e ágil, e que nos garantisse o nível de precisão que nossas aplicações exigem. Conseguimos isso com o sistema de impressão 3D. Também tivemos redução do custo médio de desenvolvimento”, explica Michael. “Além disso, o processo de impressão 3D nos permite a construção de dispositivos mais enxutos e com geometrias complexas, por meio de design generativo”, diz, citando método em que a modelagem final do produto é realizada por algoritmos.
Os “poka-yokes” impressos em 3D pela MWM são mais leves do que os fabricados pelos métodos convencionais. Mas uma vez que a impressora 3D permite a escolha dos níveis de densidade do material que será utilizado, torna-se possível obter peças com a rigidez esperada. “Realizamos um estudo de caso em que mesmo imprimindo a mesma peça com 100% de densidade, tivemos uma redução de 35% do peso comparado à mesma peça usinada em Nylon”, explica o executivo. Uma das vantagens é a melhor ergonomia para o operador dos “poka-yokes”
Para a impressão em 3D desses dispositivos, podem ser utilizados diversos tipos de plásticos. O PLA é usado em provas de conceito, em razão de seu preço menor. O material mais utilizado é o ABS, por oferecer dureza e possibilidades de acabamento adequadas aos processos utilizadas pela MWM. Já o ASA é o polímero de escolha para a fabricação de protótipos de peças funcionais.
Antes do uso da impressora 3D, os dispositivos eram fabricados em alumínio, aço ou mesmo outros tipos de polímeros (Nylon ou PET). O projeto das ferramentas era realizado internamente, mas sua produção era terceirizada. “O processo total, entre término do projeto, cotação, colocação de pedido e tempo de entrega do fornecedor girava em torno de 30 a 45 dias. Hoje, esse tempo caiu para de 2 a 3 dias. O custo atual, com o uso de impressão 3D, é também menor do que o custo de fabricação dos processos convencionais de usinagem”, compara Michael Ketterer.
“Os executivos brasileiros estão atentos às demandas por inovação e já estão implementando tecnologias alinhadas ao contexto da Indústria 4.0. em seus negócios. A impressão 3D, que é uma delas, permite ganho de agilidade e reduções drásticas de custos dos processos de fabricação e de desenvolvimento de produtos. O case da MWM é um excelente exemplo de como as empresas brasileiras estão usando essa tecnologia para inovar, tornando seus processos mais enxutos e adquirindo maior produtividade para se adequar a um cenário cada vez mais competitivo de um mercado global em constante mudança”, diz Anderson Soares, Territory Manager da Stratasys.
| Ind.4.0 | | | A Blaser Swisslube do Brasil está incorporando um novo produto ao seu portfólio, o B-Cool GR 620.
O produto vem sendo testado nos últimos dois anos, de forma contínua, em regime de produção, com excelentes resultados em retificação de eixos comando e virabrequins, aplicação para a qual foi desenvolvido.
O produto, de base semissintética, possui um excelente desempenho em retificação, evitando queimas e produzindo peças com qualidade consistente, adicionalmente o produto apresenta um excelente comportamento em máquinas que possuem alta pressão, não formando espuma mesmo em condições extremas.
Alessandro Alcantarilla, diretor geral da Blaser Swisslube do Brasil ressalta que a companhia, desde sua fundação, desenvolve seus produtos de acordo com a necessidade de seus clientes com extremo respeito à saúde e segurança das pessoas e o meio ambiente”.
| CIMM (publicado em 15-10-2019) | | | As amostras são nada menos do que 42% mais fortes do que o metal mais forte já produzido até hoje.
Por Inovação Tecnológica 15/10/2019
Dentro de um grânulo de prata, os átomos de cobre (em verde) foram segregados em um limite de grão e em defeitos internos (cordas longas, fluindo para baixo).
Metais superfortes
Dá para tornar os metais mais fortes do que eles são normalmente.
Foi o que descobriu Xing Ke e seus colegas da Universidade de Vermont, nos EUA, ao trabalhar com a prata.
Ke sintetizou amostras de prata que são nada menos do que 42% mais fortes do que a prata mais forte já produzida até hoje. E o mecanismo não se limita a esse metal.
"Nós descobrimos um novo mecanismo operando em nanoescala que nos permite fabricar metais muito mais fortes do que qualquer coisa já feita antes - sem perder a condutividade elétrica," confirmou o professor Frederic Sansoz, coordenador da equipe.
A técnica poderá ser aplicada a vários metais e ligas.
Repensando os defeitos
Todos os metais têm defeitos em sua estrutura cristalina. Muitas vezes, esses defeitos levam a qualidades indesejáveis, como fragilidade ou amolecimento. Isso levou os engenheiros de materiais a criar várias ligas metálicas para torná-los mais fortes. Mas, à medida que se fortalecem, essas ligas perdem a condutividade elétrica, um grande inconveniente para grande número de aplicações.
Misturando uma quantidade minúscula de cobre na prata, a equipe descobriu que é possível transformar dois tipos de defeitos inerentes em nanoescala em uma poderosa estrutura interna. "Isso ocorre porque as impurezas são diretamente atraídas por esses defeitos," explica Sansoz.
Em outras palavras, a equipe usou uma impureza do cobre - uma forma de dopagem ou "microliga" como os cientistas chamam esse processo - para controlar o comportamento dos defeitos da prata e tirar vantagem desses defeitos, usando-os para fortalecer o metal e manter sua condutividade elétrica.
O mecanismo funciona porque os átomos de cobre, que são ligeiramente menores do que os átomos de prata, movem-se para os defeitos existentes entre os grânulos de prata. As minúsculas impurezas de cobre inibem a movimentação dos defeitos, mas são quantidades tão pequenas de metal - menos de um por cento do total - que a excelente condutividade elétrica da prata é mantida. "As impurezas dos átomos de cobre correm ao longo de cada interface e não no meio," explica Sansoz. "Então eles não perturbam os elétrons que estão se propagando".
A equipe está confiante de que essa técnica possa ser aplicada a muitos outros metais. Além disso, a ciência básica revelada neste estudo pode levar a avanços em várias tecnologias - de células solares mais eficientes a aviões mais leves:
"Quando você consegue tornar um material mais forte, você pode usar menos dele ou fazê-lo durar mais. E ser eletricamente condutor é crucial para muitas aplicações," finalizou Sansoz.
| CIMM (publicado em 15-10-2019) | | | Resultado divulgado nesta quinta-feira, 10, sucede uma alta de 2,9% que havia sido registrada em julho
A demanda por bens industriais em agosto foi menor que a registrada em julho no Brasil. O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apontou recuo de 1,4% na comparação entre os dois meses, com ajuste sazonal. O indicador é definido como a produção industrial interna não exportada, acrescida das importações.
Em relação a agosto de 2018, a demanda por bens industriais caiu 2% - resultado superior ao da produção industrial, que teve queda de 2,2%, de acordo com o IBGE. Com isso, Indicador Ipea fechou o trimestre terminado em agosto de 2019 com um recuo de 2,1% frente ao mesmo período do ano passado. A variação do consumo aparente no acumulado de 12 meses encerrados em agosto também foi negativa (-1,7%).
Entre os componentes do consumo aparente, a demanda por bens nacionais retrocedeu 0,3% em agosto deste ano frente a julho, enquanto as importações de bens industriais caíram 4,6% no mesmo período.
As grandes categorias econômicas apresentaram desempenho heterogêneo em relação ao mês de julho, com crescimento de 1% na demanda por bens de consumo e recuo dos bens de capital (-1,3%) e bens intermediários (-0,7%). Já na comparação com agosto de 2018, a queda foi generalizada em todas as categorias, com destaque negativo para os bens de consumo duráveis (-9,4%).
A análise dos grandes grupos econômicos mostra que a indústria extrativa mineral teve variação negativa de 7,8% em agosto, frente a julho, enquanto a de transformação recuou 0,2%. Doze dos 22 segmentos da indústria de transformação avançaram. Entre os que têm peso relevante, os segmentos “máquinas e equipamentos” e “petróleo e derivados” cresceram 12,4% e 3,8%, respectivamente.
| CIMM (publicado em 15-10-2019) | | | A Mitsubishi Electric vai promover treinamentos gratuitos sobre Indústria 4.0 e outros temas em Santa Catarina e na Bahia. Com o apoio dos distribuidores locais (HS Automação em Santa Catarina e Maxus na Bahia), os evento serão realizados nos dias 25 de outubro, 5 e 7 de novembro.
O conteúdo é voltado aos gerentes e diretores de companhias locais, engenheiros e profissionais de automação industrial em geral.
Assuntos como manufatura avançada, energia regenerada e células robotizadas serão abordados por profissionais da Mitsubishi Electric durante o treinamento.
“Levar nosso conhecimento para a região é um motivo de orgulho para a companhia. Preparamos esse treinamento com muita dedicação e esperamos que os profissionais locais possam aproveitá-lo da melhor maneira possível em seu dia a dia. Além disso, trata-se de ótima oportunidade para troca de experiências e networking”, afirma Valmir Trindade, Coordenador comercial da companhia.
Programação e Inscrições
Dia 25/10 – Timbó (SC)
Treinamento: “Indústria 4.0, Economia de Energia e Segurança na indústria”
Data e Horário: 25/10/2019. Sexta-feira, das 09h00 às 15h00
Local: Timbó Park Hotel
R. Blumenau, 141 – Centro, Timbó – SC, 89120-000
Link para Inscrição Gratuita
Dia 05/11 – Feira de Santana (BA)
Treinamento: “Indústria 4.0 e Gerenciamento de Energia na Indústria”
Data e Horário: 05/11/2019. Terça-feira, das 18h00 às 22h00
Local: Hotel Atmosfera
R. São Domingos, nº 588 – Santa Monica, Feira de Santana – BA, 44076-200
Link para Inscrição Gratuita
Dia 07/11 – Salvador (BA)
Treinamento: “Indústria 4.0 e Gerenciamento de Energia na Indústria”
Data e Horário: 07/11/2019. Quinta-feira, das 18h00 às 22h00
Local: Hotel Catussaba Business
Alameda Dilson Jatahy Fonseca, 105 – Stella Maris, Salvador – BA, 41600-100
Link para Inscrição Gratuita
| Ind4.0 (publicado em 15-10-2019) | | | | A WEG anuncia fornecimento de estações de recarga para veículos elétricos para o projeto VEM DF (Veículos para Mobilidade), desenvolvido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
O fornecimento contempla 35 estações de recarga semirrápidas, modelo WEMOB Parking, voltadas para uso externo, para aplicações públicas ou comerciais, que serão instaladas em Brasília. O grande diferencial é que cada estação possui a capacidade de recarregar dois veículos elétricos, o que permitirá a recarga de 70 veículos elétricos.
Cada ponto de recarga disponibiliza 22kW. As estações de recarga WEMOB possuem um sistema de comunicação completo que permitirá o gerenciamento da rede para integrar a iniciativa que está sendo desenvolvida junto ao Governo do Distrito Federal para o compartilhamento de 16 veículos elétricos modelo Renault Twizy.
Previstas para entrar em operação de forma escalonada até dezembro deste ano, as estações ficarão espalhadas pela cidade e, além, de abastecerem a frota destinada aos servidores públicos distritais, poderão ser usadas para recarregar qualquer carro elétrico, de qualquer montadora. A iniciativa visa incentivar o uso desse tipo de veículo pela população em geral.
Em Brasília, o projeto é destinado aos servidores públicos distritais - definidos pelo governo do DF - e tem como um dos objetivos reduzir os custos com a manutenção e combustíveis da frota oficial. As estações de recarga e os veículos serão cedidos pela ABDI ao governo distrital em forma de comodato, com cláusulas sobre operação, manutenção, taxas e seguros. Brasília tem vantagens para o uso de carros elétricos, tais como o relevo predominantemente plano, o que reduz o consumo de bateria e a temperatura favorável. O investimento da ABDI nos carros e nas estações é de R$ 2,3 milhões.
Para a WEG, tradicional fornecedora de sistemas de tração elétrica para ônibus, caminhões, trólebus, trens, navios e embarcações, a construção de redes de estações de recarga é de fundamental importância. “Os veículos elétricos são uma tendência mundial, e ter estações de recarga adequadas para todas as necessidades será indispensável nesse novo cenário. Estamos ampliando nosso portfólio de soluções para este segmento e nos preparando para atender as principais necessidades da mobilidade elétrica”, enfatiza Manfred Peter Johann, Diretor Superintendente da WEG Automação.
Desenvolvida especialmente para atender as necessidades de potência, velocidade de recarga e segurança que os usuários de veículos elétricos necessitam, a linha de Estações de Recarga WEMOB – WEG Electric Mobility, está disponível em três diferentes modelos: Wall, projetada para residências e condomínios e com instalação em parede, Parking, desenvolvida especialmente para uso compartilhado em estacionamentos públicos e privados, como shoppings e praças, e Station, voltada para postos de recarga rápida.
A linha WEMOB está disponível para recarga lenta, semirrápida e rápida, com potências de 7,4 a 150 kW.
| CIMM (publicado em 14-10-2019) | | | | A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) reviu suas projeções para o 2019. Os novos números apontam expectativa de crescimento na produção e, sobretudo, nas vendas ao mercado interno. De acordo com o levantamento da equipe econômica da entidade, as vendas internas deverão fechar o ano com 2,8 milhões de unidades vendidas, 9,1% acima do resultado obtido em 2018.
“As estimativas feitas no início do ano levavam em conta um crescimento maior do PIB, câmbio mais estável e maior agilidade na aprovação das reformas da Previdência e Tributária. Além disso, o cenário na Argentina ficou pior do que o imaginado.
Na revisão feita agora, 85% da redução da expectativa de produção se deveu à queda de embarques aos nossos vizinhos argentinos”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “O mais importante é que manteremos o terceiro ano seguido de crescimento no mercado interno e na produção, com boas expectativas para 2020”.
As exportações devem fechar o ano com 420 mil unidades, volume mais de 30% menor que o total de unidades exportadas no ano passado. “No entanto, a produção total de veículos no Brasil terá crescimento de 2%, o que indica que deve atingir 2.940 mil veículos produzidos no País, número relevante, indicando que o ano de 2020 também será um ano muito bom para a industria”, avaliou.
Caminhões e Ônibus - A entidade estima que o segmento de caminhões e ônibus deve fechar o ano com crescimento de 35%, ultrapassando a marca das 100 mil unidades vendidas, número que não era alcançado desde 2014. Já a produção deverá crescer menos, em função da queda de 33,2% nas exportações. De janeiro a setembro, as vendas de caminhões somaram 74 mil unidades, praticamente o mesmo volume atingido em todo o ano de 2018.
De acordo com Gustavo Bonini, vice-presidente de Veículos Pesados da Anfavea, a expectativa é que as vendas do segmento de caminhões e ônibus mantenham o ritmo atual até o final do ano (em setembro foram vendidos 9.100 caminhões). Este fato levou a entidade a rever para cima as vendas e a produção previstas para o ano.
| Usinagem Brasil ( publicado em 13-10-2019) | | | | Produto global, novo Actros pode gerar exportações de autopeças brasileiras
A Mercedes-Benz premiou os melhores fornecedores de 2018 na terça-feira, 15, durante a Fenatran 2019 (de 14 a 18 no São Paulo Expo), aproveitando a apresentação no evento do novo Actros, o seu produto mais importante, tecnológico e global já lançado no País.
A empresa agradeceu o empenho dos parceiros no trabalho de desenvolvimento da nova geração do veículo no Brasil nos últimos quatro anos, que inclui a operação brasileira na plataforma mundial de produção e vendas da companhia, acenando com a possibilidade de também tornar globais alguns dos fornecedores locais.
Mathias Kaeding, que recém-assumiu a direção de compras da Mercedes-Benz no Brasil, afirmou aos presentes no Prêmio Interação que ter uma plataforma global desenvolvida no País abre novas oportunidades de negócios aos fornecedores brasileiros, com a inclusão deles na base global de compras do Grupo Daimler.
“É hora de investir em novos negócios e ampliar os atuais. Teremos muitas novas possibilidades de expansão no nosso portfólio futuro, com mais produtos globais que não serão só para o Brasil. Oferecemos contratos de longo prazo e a oportunidade de fazer parte da escala global do Grupo Daimler”, acenou Mathias Kaeding.
Segundo o executivo, atualmente “é irrelevante” o número de fornecedores da Mercedes no Brasil que também fornecem autopeças para outras unidades do grupo no mundo. Ele avalia que isso pode mudar nos próximos anos, com a maior abertura comercial do Brasil, redução de tarifas e câmbio em nível competitivo (como ocorre atualmente). “Precisa ser um negócio bom para os dois lados, mas os fornecedores precisam aceitar os riscos de exportar, com contratos de longo prazo que tenham tolerância a certas variações cambiais”, diz Kaeding.
O novo diretor de compras reconhece que componentes mais sofisticados, “como a mirror cam (câmeras que substituem os espelhos retrovisores externos e equipam o novo Actros)”, terão muita dificuldade em ser nacionalizados no Brasil, “mas existem muitos itens que os fornecedores brasileiros podem ser competitivos globalmente”.
SIMBOLISMO DE NOVA ERA
Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, disse aos fornecedores que a premiação deste ano simboliza uma nova era da companhia no País, com a colaboração no desenvolvimento de um produto global como é o novo Actros. “O importante é que entraremos em 2020 com investimento realizado de R$ 1,4 bilhão em novos produtos, do total do programa de R$ 2,4 bilhões no período 2018-2022”, disse.
“É o final de uma maratona que começou há quatro anos quando começamos a desenvolver junto com vocês o novo Actros brasileiro. Estamos no quilômetro 40, mas ainda não chegamos. Por isso peço atenção à qualidade neste momento. Não podemos estragar tudo nesta reta final”, afirmou Philipp Schiemer.
O presidente da Mercedes também confirmou que a nova geração do modelo produzido em São Bernardo do Campo (SP), com cabine e configurações diferentes do Actros europeu, será exportada para diversos países, incluindo mercados fora da América Latina.
O executivo deu aos parceiros visão otimista sobre a evolução da produção no Brasil, que deverá seguir aquecida pela alta das vendas no mercado doméstico. “Este ano mais de 100 mil caminhões devem ser vendidos, é um bom número, mas existe potencial para evoluir bem mais. Para 2020 um novo crescimento já está praticamente contratado, com o encaminhamento de privatizações, retomada do setor de construção civil e juros baixos que devem animar o consumidor a comprar e com isso aquecer também a distribuição urbana de mercadorias”, avalia Schiemer.
PRÊMIO INTERAÇÃO
A Mercedes-Benz premiou nove fornecedores de materiais diretos aplicados à produção de veículos, três provedores de serviços e itens indiretos e mais três empresas foram premiadas por seus projetos de responsabilidade ambiental. Veja todos os premiados abaixo:
MATERIAIS DIRETOS
EXCELÊNCIA EM QUALIDADE
• Kromberg & Schubert do Brasil
• Schulz
EXCELÊNCIA EM LOGÍSTICA
• Iochpe Maxion
• Michelin
EXCELÊNCIA EM CUSTOS
• Voestalpine Meincon
• Maxiforja Componentes Automotivos
EXCELÊNCIA EM TECNOLOGIA
• Sumitomo Riko Automotive Hose Tecalon Brasil
• Modine do Brasil Sistemas Térmicos
CATEGORIA ESPECIAL
• Fastplas Automotive
MATERIAIS INDIRETOS
EXCELÊNCIA OPERACIONAL
• Embalatec Industrial
EXCELÊNCIA COMERCIAL
• Cosan Lubrificantes e Especialidades
CATEGORIA ESPECIAL
• Construcione Engenharia e Construções
PRÊMIO RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
• Basf (Programa Mata Viva)
• Bridgestone (Projeto Água de Reúso)
• Henkel (Eficiência Energética)
| Automotive Business (publicado em 15-10-2019) | | | | Sistema de conectividade multimarca oferece funcionalidades na nuvem e serviço de gestão de frota
O RIO, dispositivo e plataforma de conectividade de veículos comerciais e uma das quatro marcas do Traton Group, faz sua estreia comercial no Brasil este mês na Fenatran 2019 (de 14 a 18 no São Paulo Expo) no estande de sua parceira de grupo, a Volkswagen Caminhões e Ônibus, onde todos os modelos apresentados estão equipados com o módulo RIO Box. A unidade nasce como um novo negócio da VWCO, mas o sistema de telemetria funciona em veículos de qualquer fabricante.
“O cliente instala o RIO Box nas concessionárias da marca e pode baixar da nuvem as aplicações que precisa, que fazem sentido para sua operação. É tudo muito simples e flexível, sem barreiras de entrada ou saída”, explica Jan Kausmann, CEO global da divisão RIO.
Algumas funcionalidades básicas, como rastreabilidade, são gratuitas. Outras podem ser contratadas sob demanda por períodos que vão de um dia ao infinito. É possível até mesmo contratar funções de segurança por apenas um trecho da rota sujeito a assaltos, por exemplo. “É como um smartphone do veículo. O cliente que tem o RIO Box pode baiuxar os aplicativos que quiser e pelo tempo que achar necessário”, compara Roberto Cortes, CEO da VWCO, que desde o lançamento do RIO viu a oportunidade de trazer a plataforma para o Brasil.
“É um novo negócio de rápida expansão, porque os números de aumento de eficiência com o uso do sistema são impressionantes, com até 28% de redução no custo operacional. Começamos a testar o RIO no Brasil este ano com alguns clientes e no lançamento este mês partimos com mil caminhões conectados, porque os ganhos para os frotistas são muito altos, todos querem isso”, destaca Roberto Cortes.
A plataforma RIO foi lançada em 2017 pelo então VW Truck & Bus, que também integra os fabricantes e caminhões e ônibus MAN, Scania e VWCO. No ano passado a empresa se tornou independente do Grupo VW e passou a se chamar Traton Group. O RIO Box foi instalado inicialmente em caminhões MAN em circulação na Europa, enquanto a Scania seguiu com seu próprio sistema. Hoje existem mais de 120 mil veículos e 8,7 mil clientes conectados pelo RIO, em 30 países. O número de unidades conectadas cresce em média 25% ao ano.
NO BRASIL
No mercado brasileiro, o RIO nasce instalado em mil caminhões Volkswagen com mais de 15 serviços contratáveis. Existem parcerias com mais de 20 fornecedores de sistemas que podem ser integrados a uma só plataforma de conectividade, como as funções de rastreamento e segurança, logística, contratação de fretes, desempenho e monitoramento.
Todos os cavalos mecânicos MAN TGX e VW Constellation fabricados em Resende (RJ) a partir de janeiro de 2020 vão sair de série com o RIO Box instalado. Segundo Cortes, a ideia é começar com os produtos de maior valor agregado e depois oferecer em toda a linha de veículos, inclusive para ônibus.
Os clientes que comprarem caminhões com contratos de manutenção e instalarem o RIO Box também terão acesso sem custo aos serviços básicos do VolksCare, uma unidade de consultoria de gestão de frotas, que oferece análise de dados gerados pelo RIO e fornece relatórios e sugestões de ações para aumentar a rentabilidade de frotistas.
Com o uso combinado das aplicações do RIO e a consultoria e serviços do VolksCare, segundo a VWCO a redução de custos ao cliente pode chegar a 28%, considerando maior produtividade com a diminuição do tempo parado ocioso do veículo ou em manutenção corretiva, aumento da segurança com queda no número de acidentes e roubos – reduzindo também o preço do seguro –, economia de combustível com monitoramento do comportamento do motorista e evitando fraudes no abastecimento.
A redução de custos operacionais foi confirmada em testes realizados com dois clientes que instalaram o RIO Box em parte de suas frotas e usaram a gestão do VolksCare. A Drogaria São Paulo usou o sistema em caminhões leves Delivery e a Braslog em dois pesados Constellation e um MAN TGX.
| Automotive Business (publicado em 15-10-2019) | | | | Empresa leva à Fenatran chassi bem mais leve que os convencionais fabricados com aço
Redução de peso é o tema no estande da Iochpe-Maxion na Fenatran 2019, que ocorre de 14 a 18 de outubro no São Paulo Expo. Uma de suas atrações da feira é o chassi desenvolvido pela divisão Maxion Structural Components, adequado a um veículo de dez toneladas (caminhão médio).
De acordo com a empresa, esse componente pesa aproximadamente metade de um similar feito de aço. O segredo para isso está nas longarinas de alumínio e nas travessas, feitas de fibra de vidro e fibra de carbono. A redução de peso se traduz em maior eficiência energética e menor índice de emissões.
De acordo com Marco Túlio Ricci, gerente regional de inovação e de transformação digital da divisão, o chassi exibido no evento é apenas demonstrativo, mas os novos materiais podem ser utilizados em veículos de maior capacidade. Ricci, porém, faz uma importante observação: “Não existe um material único para todas as aplicações, existe o material certo para determinadas aplicações.”
Com relação ao custo reconhecidamente mais alto dos componentes feitos de fibra de carbono, o gerente da Maxion explica que a relação custo-benefício está mudando. “O benefício que você consegue com o menor peso da estrutura é muito grande e pode representar maior autonomia de um veículo elétrico ou a adoção de um motor menor e mais econômico.” Já o custo vem diminuindo por conta da "popularização" do material (muito usado em componentes de usinas eólicas). “Já existe grande interesse na utilização dos novos materiais por parte das fabricantes de veículos”, garante Ricci.
Os modelos elétricos, aliás, devem ser os principais utilizadores das estruturas produzidas com novos materiais. “As empresas estão investindo muito em baterias a fim de conseguir armazenar mais energia, então também é preciso investir em estruturas mais leves para aproveitar melhor essa energia”, conta Marco Túlio Ricci, que acrescenta: “Já estamos trabalhando em parceria com uma montadora no desenvolvimento de um produto que será totalmente concebido como elétrico, não será um modelo convencional adaptado para a eletricidade.” O executivo não deu detalhes sobre o projeto, mas garante que o veículo estará à venda no País.
Outra inovação destacada pelo executivo da Maxion Structural Components é a solução encontrada para a união de materiais diferentes. Como não é possível soldar fibra de carbono com alumínio, por exemplo, estão sendo desenvolvidos novos adesivos. “A indústria aeronáutica já usa adesivos de alta eficiência há muito tempo”, lembra Ricci. “Procuramos produtos que, além de eficientes, tenham custo acessível e permitam processos produtivos mais rápidos”, conclui Ricci.
| Automotive Business (publicado em 15-10-2019) | | | | Sistema U-ABS Safety Module contribui para a segurança ao prevenir rolamento de implementos
Uma solução inovadora para ajudar na prevenção de rolamento de implementos é um dos destaques da Haldex do Brasil na Fenatran 2019, de 14 a 18 no São Paulo Expo. Trata-se do U-ABS Safety Module, que atua como controle de estabilidade e pode ser instalado em veículos dotados de ABS da marca.
A principal vantagem, de acordo com a fabricante, é o preço acessível. Até pouco tempo, quem procurasse uma solução de controle de estabilidade teria apenas o EBS (Electronic Braking System) como alternativa. Para implementadoras que querem contar apenas com a função de controle de estabilidade, a Haldex desenvolveu o Safety Module.
Ele também gera economia no investimento, que pode chegar a 75% em relação à instalação do EBS, diz Luiz Stopa, gerente de engenharia e vendas OEM da Haldex do Brasil.
A Haldex também está apresentando duas soluções conceituais de freio para os futuros veículos autônomos e semiautônomos. O primeiro é o Fast Acting Brake Valve (FABV), conjunto de válvulas de alto desempenho instalado próximo das rodas do veículo. Segundo a fabricante, esse sistema oferece respostas dez vezes mais rápidas que as de sistemas convencionais, possibilitando maior estabilidade, redução até 15% na distância de parada e mudança da direção do veículo usando apenas os freios.
O segundo é o Electromechanical Disc Brake (EBM), que também possibilita aumento de desempenho com redução de 15% na distância de parada em relação aos sistemas pneumáticos atuais, além de proporcionar significativa redução no consumo de combustível, de acordo com a empresa.
MUDANÇA NO COMANDO GLOBAL É CELEBRADA
O grupo Haldex anunciou no mês passado que a ZF, até então uma das controladoras da empresa, vai vender sua participação acionária. “Foi um movimento na direção correta, pois a ZF estava se tornando um competidor nosso”, explicou Walter Frankiewicz, presidente da Haldex Americas, referindo-se ao fato de a empresa alemã estar adquirindo a Wabco, uma das principais rivais da Haldex.
O dirigente, que esteve presente na Fenatran, disse ainda que o fato de a gigante alemã adquirir outras empresas que atuam no mesmo segmento da Haldex vinha deixando os demais parceiros em dúvida. “Acreditamos que a Knorr-Bremse, nossa outra investidora, também vá seguir um caminho similar e, com isso, poderemos retomar nosso caminho”, completou Frankiewicz.
O Brasil tem importância estratégica para a Haldex, já que o País é um dos oito nos quais a empresa tem fábricas (os outros são Suécia, Estados Unidos, México, Alemanha, Índia, China e Hungria). “Muitos de nossos clientes europeus atuam no Brasil, então queremos estar aqui para trabalhar globalmente com esses clientes, isso é importante para nós”, afirmou Walter Frankiewicz. A participação da Haldex no mercado de ajustadores automáticos de freios – seu principal produto atualmente – é superior a 40%. Além de produzir, a unidade brasileira atua como centro de distribuição para outros mercados do continente.
| Automotive Business (publicado em 15-10-2019) | | | |
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