| Clipping de Logística Reversa - 27-09-2019 - Ano 3 - Edição 98
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Logística Reversa
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| | FIEP | | | | Primeira pesquisa sobre o tema com abrangência nacional mostra que 60% das empresas entendem que a prática pode gerar empregos. Resultados serão apresentados em seminário nesta terça-feira (24), em São Paulo
Mais de três quartos das indústrias – 76,4% – adotam alguma prática de economia circular no país, mas a maior parte não sabe que as iniciativas se enquadram nesse conceito. É o que mostra pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI), produzida junto à base industrial brasileira, que será apresentada nesta terça-feira (24), no Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, em São Paulo . A economia circular engloba ações que resultam no aumento da vida útil de produtos e materiais, a partir do uso mais eficiente de recursos naturais.
De acordo com os números, 70% das pessoas responderam não ter ouvido falar sobre economia circular antes da pesquisa, embora a maior parte já desempenhasse práticas relacionadas ao tema em suas empresas. Um dado ressalta a importância estratégica do assunto. Como a pesquisa teve um caráter esclarecedor, ao fim do questionário, 88,2% avaliam a economia circular como importante ou muito importante para a indústria brasileira.
A indústria, por exemplo, já tem avançado em práticas como o reúso de água, a reciclagem de materiais e a logística reversa, que contribuem para o uso mais eficiente de recursos, a redução de custos e a sustentabilidade do meio ambiente e da atividade produtiva, mas ainda há um enorme potencial a ser explorado para que o país seja protagonista no uso eficiente de recursos naturais.
“Esse é o caminho para a inserção do país na economia de baixo carbono. Para isso, é imprescindível a ação articulada entre iniciativa privada, governo, academia e sociedade no sentido de criar novas formas de produzir e consumir”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
EMPREGO E COOPERAÇÃO – Segundo a pesquisa, 60% das indústrias entendem que as práticas de economia circular podem contribuir para a geração de empregos na própria empresa e/ou na cadeia produtiva do setor. Para tanto será necessária uma ação coordenada entre governo, empresas e consumidores, conforme os resultados da pesquisa: 73% consideram que a transição para a economia circular deve ser uma responsabilidade compartilhada.
Quando perguntados sobre a primeira palavra que vem a mente ao ouvir falar o termo economia circular, os empresários e representantes das indústrias mencionaram, em sua maioria, as palavras “sustentabilidade” e “reciclagem”.
EFICIÊNCIA E FIDELIZAÇÃO – A pesquisa revela também que a maioria das empresas que adotou práticas de economia circular foi motivada pela busca por maior eficiência operacional, com 47,3% das respostas. Na sequência, aparece como razão a oportunidade de novos negócios, com 22,6%. Aliar eficiência a novos modelos é imprescindível e necessário para a sociedade ser mais sustentável e acabar com o que chamamos de “lixo”, de forma a considerar todo o material utilizado no dia a dia como recurso útil e reutilizável.
“Sustentabilidade” e “reciclagem” são as primeiras palavras que vêm à mente dos entrevistados quando o assunto é economia circular
A redução de custos é outra motivação para empresas que adotam práticas de economia circular, segundo 75,9% dos entrevistados. O percentual é idêntico aos que responderam que suas empresas utilizam a matéria prima ao máximo, sem desperdícios. Outro dado interessante diz respeito à quantidade de empresários – 72,4% – que consideram que a economia circular pode ajudar a fidelizar o cliente.
“No Brasil, para que lógica circular se realize, será necessário maior investimento em educação e inovação. Em um primeiro momento, as empresas terão de investir, mas em uma etapa seguinte será possível diminuir custos operacionais, por meio de processos mais eficientes e voltados para o reaproveitamento de resíduos e utilização de bens reciclados”, destaca o presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Marcelo Thomé.
METODOLOGIA – A pesquisa realizada pela CNI usou amostra de 1.261 empresas industriais da área correlacionada ao tema, escolhidas de forma aleatória, considerando a abrangência nacional. O campo foi feito com 170 indústrias. A margem de erro é de 5,5% para mais ou para menos.
| CNI (publicado em 24-09-2019) | | | |
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 76,4% das indústrias do país desenvolvem algum tipo de economia circular, modalidade que engloba ações que visam o aumento da vida útil de produtos e materiais a partir do uso mais eficiente de recursos naturais.
Os dados, divulgados hoje (24), serão apresentados na manhã desta terça-feira, às 9h40, no Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, na capital paulista.
Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, parte da indústria brasileira já tem adotado práticas como o reúso de água, a reciclagem de materiais e a logística reversa.
Ele vê, no entanto, que ainda há muito potencial a ser explorado no uso eficiente de recursos naturais.
“Esse é o caminho para a inserção do país na economia de baixo carbono. Para isso, é imprescindível que haja uma ação articulada entre iniciativa privada, governo, academia e sociedade no sentido de criar novas formas de produzir e consumir”, disse.
Compartilhamento
Economia circular, diferente do modelo tradicional – que envolve produção, consumo e descarte – defende um ciclo que contemple o compartilhamento, a manutenção, a reutilização, remanufatura e reciclagem de materiais e produtos.
De acordo com 75,9% dos entrevistados pela pesquisa, a razão para adotar a economia circular foi a redução de custos; já 47,3% disseram que foram motivados pela busca por maior eficiência operacional. Em seguida, aparece como razão a oportunidade de novos negócios (22,6%).
Segundo o estudo, 60% das indústrias entendem que as práticas de economia circular podem contribuir para a geração de empregos na própria empresa ou na cadeia produtiva do setor. No entanto, 73% consideram que a transição para a economia circular deve ser uma responsabilidade compartilhada entre governo, consumidores e iniciativa privada.
“No Brasil, para que lógica circular se realize será necessário maior investimento em educação e inovação. Em um primeiro momento, as empresas terão de investir, mas, em uma etapa seguinte, será possível diminuir custos operacionais por meio de processos mais eficientes e voltados para o reaproveitamento de resíduos e utilização de bens reciclados”, disse o presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Marcelo Thomé.
A pesquisa realizada pela CNI usou amostras de 1.261 empresas industriais escolhidas de forma aleatória.
| Isto é Dinheiro ( publicado em 24-09-2019) | | | |
Tema foi debatido em seminário promovido pela CNI, em São Paulo. Caminho para a economia circular se tornar realidade passa pela integração de empresas, governo, academia e consumidor
O painel sobre financiamento reuniu representantes de instituições financeiras e de fomento, como o Banco Santander, o BNDES e a Finep
Um dos principais desafios ambientais do planeta é o atual modelo de produção-consumo-descarte, que tem elevado a cada ano o uso de recursos naturais e provocado o aumento do lixo em todo o mundo. O setor industrial avalia que o caminho para reverter esse cenário passa essencialmente pela economia circular, que é uma tendência mundial que engloba ações como reciclagem, reúso de água, logística reversa e medidas voltadas para o melhor aproveitamento de matérias-primas.
O tema foi debatido nesta terça-feira (24), em São Paulo, no Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação da diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, o avanço da economia circular no Brasil só será possível a partir do estabelecimento de um conjunto de políticas públicas e do aprimoramento de linhas de financiamento voltadas para estimular investimentos em inovação e novos negócios.
Mônica apontou como imprescindível a responsabilidade compartilhada entre setor produtivo, poder público, academia e consumidor. “As políticas públicas são essenciais para criarmos um ambiente propício aos negócios, com regras claras e segurança jurídica para investimentos em economia circular”, disse a diretora da CNI.
Para o primeiro-conselheiro da Delegação da União Europeia no Brasil, Rui Ludovino, o caminho para o país avançar em direção à economia circular começa pela ampliação da coleta seletiva e do tratamento de resíduos. “Se não fizermos esse elo, o resto do ciclo não vai girar. Queremos colaborar e trabalhar em cooperação com o Brasil em diversos temas, como a economia circular”, disse.
O coordenador-geral do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Tiago Braga, afirmou que a entidade tem trabalhado para adotar de forma estruturada a economia circular. “Essa discussão tem se organizado em quatro pontos: capacitação, infraestrutura informacional, financiamento e, por fim, temos trabalhado em um mapa com a perspectiva de como o Brasil pode caminhar para promover a economia circular”, detalhou.
A secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano, Adriana Melo, destacou, por sua vez, que a economia circular precisará de instrumentos de financiamento para avançar no país. “Estamos trabalhando com o fortalecimento das capacidades e pretendemos estender para as organizações da sociedade civil e para pequenos municípios uma linha de ação que promova a aproximação das universidades e instituições de pesquisa. Assim, teremos a economia circular em projetos de áreas como saneamento básico. Esta é uma oportunidade para o governo federal”, afirmou.
Marcelo Prim avalia que o programa Brasil Mais Produtivo poderia ser adaptado também para a prática de economia circular
De acordo com o gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Marcelo Prim, o programa Brasil Mais Produtivo – executado pelo SENAI em parceria com o governo federal - poderia ser adaptado também para a prática de economia circular. O Brasil Mais Produtivo leva processos de lean manufacturing e digitalização a pequenas e médias empresas. Já capacitou 3 mil indústrias, com ganho de produtividade médio de 52%.
FINANCIAMENTO – O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destacou que existe uma série de linhas de financiamento para práticas sustentáveis, mas ponderou que não há uma integração que favoreça investimentos nos diferentes setores da indústria. “As queixas em relação à dificuldade de se obter financiamentos são principalmente em relação às exigências de garantias e de elaboração de projetos complexos”, pontuou Bomtempo.
O painel sobre financiamento da economia circular reuniu representantes de instituições financeiras e de fomento, como o Banco Santander, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O gerente de Química, Metalurgia e Materiais da Finep, Henrique Vasquez, defende que as empresas sejam cada vez mais apresentadas a instrumentos de financiamento, pois muitas deixam de investir por falta de conhecimento. “O que vejo é que falta às empresas, em geral, estabelecer uma governança, ter pessoal que trabalhe exclusivamente com inteligência e dedicação aos instrumentos de financiamento”, recomendou.
“Nossas ações focam em dar mais transparência ao nosso trabalho e à importância da destinação correta do alumínio" - Cláudia Leite
CASOS DE SUCESSO – Representantes de empresas que têm iniciativas de sucesso na área de economia circular debateram formas de o país ampliar ações voltadas ao uso mais eficiente dos materiais. O painel sobre modelo de negócios reuniu os casos da Nespresso Brasil, Instituto C&A, Braskem, ArcelorMittal, Flextronics no Brasil e Signify no Brasil (antiga Philips Iluminação).
O Centro de Reciclagem Nespresso, na Grande São Paulo, por exemplo, se dedica a reciclar as cápsulas de alumínio do café. A reciclagem do material é feita desde 2011 e conta com investimentos anuais de cerca de R$ 5 milhões. Mais de 80% dos consumidores têm acesso à reciclagem e o objetivo é alcançar 100% até 2020.
“Nossas ações focam em dar mais transparência ao nosso trabalho e à importância da destinação correta do alumínio, material infinitamente reciclável, e do pó de café, que se transforma em adubo”, explicou a gerente de Criação de Valor Compartilhado e Comunicação Corporativa da Nespresso no Brasil, Cláudia Leite.
O vice-presidente da Braskem, Edison Terra, contou que a empresa se dedica há anos a ações voltadas à sustentabilidade. “A gente comprova a pesquisa que a CNI divulgou hoje. Fazíamos algumas ações e nem desconfiávamos que aquilo era economia circular”, disse Terra, referindo-se à pesquisa segundo a qual 70% das empresas não conheciam o termo economia circular, embora mais de 76% adotem em seus processos alguma prática de economia circular, como reciclagem, reúso de água e logística reversa.
O diretor-geral da Signify no Brasil, Sergio Baptista, resumiu a importância que a economia circular ganhou no dia a dia das empresas. “Em um passado remoto a economia circular poderia ser encarada como uma agenda de marketing, mas hoje cada vez mais se transforma em uma agenda de negócios”, afirmou.
A escritora canadense, Lorraine Smith, especialista em Economia Regenerativa, destacou que não há outra opção para os países senão investir na economia circular. Ela fez a palestra de abertura do evento. “O encontro da CNI foi bem importante em dois sentidos: para integrar pessoas de diferentes setores em torno do assunto e para compartilhar experiências”, avaliou Lorraine.
| CNI (publicado em 24-09-2019) | | | |
Criada com o objetivo de dar destinação ambientalmente correta a eletrônicos e pneus, campanha coletou 11 toneladas de lixo
A Campanha de Coleta de Lixo Eletrônico e Pneus, realizada pela Prefeitura Municipal de Assis Chateaubriand, resultou na arrecadação de aproximadamente 11 toneladas de materiais, entregues pela população nos cinco postos de recolha. O objetivo do movimento foi dar a destinação ambientalmente correta no descarte desse tipo de lixo e, para isso, foram envolvidos 60 servidores municipais e colaboradores.
Durante algumas semanas, o município fez ampla divulgação da ação, através da distribuição panfletos e divulgação nas emissoras de rádio, jornais impressos, som volante e pelas redes sociais. O apelo foi para que a população levasse até os locais de arrecadação equipamentos eletrônicos sem uso, como celulares, televisores, peças de computadores, aparelhos de rádio, entre outros, além de pneus velhos.
Ao final, foram entregues estimadas duas toneladas de lixo eletrônico, que foram entregues à Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Acamar). As nove toneladas de pneus serão entregues à Reciclanip, uma entidade especializada de Curitiba, gestora do sistema de logística reversa de pneus inservíveis que, posteriormente, serão encaminhados para Votorantim, onde serão utilizados como fonte de energia. Essa logística será feita por mediação da empresária Regiane Gomes Ferreira.
A Campanha de Coleta de Lixo Eletrônico e Pneus foi uma iniciativa das secretarias de Saúde, Agricultura e Meio Ambiente, e de Serviços Urbanos e Obras, tendo como parceiro o Programa Encontros e Caminhos, da Itaipu Binacional, e o Conselho dos Municípios Lindeiros.
| Revista Aldeia ( publicado em 24-09-2019) | | | | Sistema a ser implantado em Irati, no centro-sul do Paraná, transforma o lixo em madeira biossintética (MBS). Projeto pode servir de modelo para a destinação responsável de resíduos domiciliares.
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) emitiu nesta semana uma licença prévia para o início da implantação de um novo modelo de gestão ambiental em Irati, no Centro-Sul do Paraná. A empresa que venceu a licitação da prefeitura - a Atena Engenharia Industrial, vai atuar na destinação de resíduos e transformação do lixo em madeira biossintética (MBS). A cidade produz cerca de 35 toneladas de lixo por dia e o novo sistema evitará que todo esse volume seja depositado em aterro sanitário.
O projeto é inédito no Paraná e pode servir de modelo para a destinação responsável de resíduos domiciliares. A licença prévia é o passo inicial para que a empresa possa avançar na planta. A próxima etapa é a licença de instalação, que decorrerá da análise do projeto executivo e do maquinário necessário para o desenvolvimento da atividade. Se todos os aspectos ambientais forem observados, a empresa vai obter a licença de operação para atuar com carga total já a partir do ano que vem.
O secretário do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes, explica que o apoio ao projeto se dá porque o Governo do Estado busca o equilíbrio, aliando a sustentabilidade com o desenvolvimento.
“Queremos andar lado a lado com os empresários e resolver a questão dos resíduos gerados no Estado. Transformar os resíduos em emprego, renda e produto aos paranaenses”, afirma Nunes. A partir da instalação, a Atena Engenharia Industrial deve gerar 50 empregos diretos e cerca de 200 indiretos, e poderá utilizar o material orgânico por 30 anos. Serão investidos cerca de R$ 18 milhões em equipamentos.
INCENTIVADOR - Everton Luiz Costa, diretor-presidente do IAP, afirma que o projeto, pioneiro no Paraná, pode servir de modelo para a destinação responsável de resíduos domiciliares. “O Estado participa desse processo de evolução das questões tecnológicas com a preocupação da área ambiental. Somos incentivadores e fiscalizadores. É um licenciamento novo também para o IAP, que pode inspirar um modelo sustentável para o Paraná”, destacou.“Estamos viabilizando toda a segurança ambiental e mecanismos de controle, monitoramento e fiscalização, também das emissões de gases e líquidos”.
MUNICÍPIOS - Segundo Everton Costa, a iniciativa pode incentivar outras prefeituras, principalmente aquelas de cidades com menos de 50 mil habitantes, maioria no Estado, a se consorciarem para a destinação adequada de resíduos sólidos.
O Paraná produz diariamente 20 mil toneladas de resíduos de todas as origens e ainda tem 181 municípios com lixões a céu aberto. “O impacto social é gigantesco. Mais de 60% das cidades paranaenses utilizam aterros sanitários. Agora, esse aterro de Irati será desativado e a área pode ser recuperada”, complementou.
MADEIRA BIOSSINTÉTICA - A madeira biossintética tem alto valor agregado e é produzida a partir do composto biossintético industrial (CBS), que é proveniente de qualquer detrito, de embalagem plástica a lixo de banheiro. A madeira biossintética pode ser utilizada para todos os fins da madeira normal, com vida útil estimada em mais de 100 anos.
IRATI - A cidade vinha tentando encontrar uma solução para a destinação de resíduos sólidos desde 2017. O tema estava sendo discutido com diversos órgãos do Estado e com o Ministério Público. Em 2018, representantes do município fizeram uma visita a uma fábrica do Rio Grande do Sul responsável por essa tecnologia de processamento. Nesse momento, a prefeitura cogitava, inclusive, um novo aterro sanitário.
“Estavamos a procura de nova área para um novo aterro. Mas, ao mesmo tempo, tentando incluir uma proposta inovadora no processo. Fomos procurados por representantes de uma empresa gaúcha e ficamos encantados com a possibilidade”, disse a secretária de Ecologia e Meio Ambiente de Irati, Magda Lozinski. O formato do edital de licitação foi moldado para que os resíduos fossem matéria-prima para algo mais concreto, como madeira, ou outro material”, explicou.
A prefeitura vai economizar os custos que tinha com o aterro sanitário e também cedeu um terreno de dois mil metros quadrados pelo tempo em que a empresa atuar no município, onde está instalado um barracão industrial.
| SEMA | | | |
Saiba para onde vai e qual destino de cada material trocado nas lojas da marca, logística que garante o menor impacto possível ao meio ambiente
O descarte correto de materiais é fundamental para reduzir os impactos negativos na natureza e garantir que o meio ambiente permaneça preservado para as próximas gerações. O Movimento ECOnomia Verde, da DPaschoal, maior centro automotivo do país, busca garantir que esse processo seja o mais adequado possível, para isso conta com uma logística sustentável operada por um especialista nesse assunto: a Mazola Ambiental. Mas você sabe para onde vão as peças, pneus e equipamentos do seu carro depois que eles são trocados?
Todos os resíduos sólidos gerados nas lojas DPaschoal, inclusive insumos como estopa, panos, EPIs etc., são coletados pela Mazola de acordo com o volume gerado e a capacidade de armazenamento de cada loja. O transporte desse material segue rigorosamente as legislações vigentes, incluindo licenças municipais, estaduais e intermunicipais que orientam esse tipo de serviço.
Em 10 anos, já foram tratados cerca de 130 mil toneladas de resíduos automotivos. Isso reforça o compromisso da DPaschoal com a sustentabilidade, por meio de iniciativas que vão desde o momento da aquisição dos produtos, no atendimento ao cliente – quando a troca só é feita após realização de testes que mostram a real necessidade - até a destinação correta pós-uso, quando fecha-se esse ciclo virtuoso e há um contribuição real para a preservação do meio ambiente para essa e para as próximas gerações.
Todos os resíduos coletados são transportados até as unidades da Mazola Ambiental, devidamente licenciadas para receber esses materiais, onde são separados, triados e acondicionados por lotes que permitem a rastreabilidade do resíduo de acordo com a classificação de cada produto, ponto gerador e data em que os materiais foram coletados.
Os pneus, especificamente, têm a rastreabilidade realizada por meio do sistema ECOCONTROL, que verifica desde a sua geração até a chegada à Mazola. Esse processo avisa cada loja quando o pneu chega para o descarte, e essa informação é replicada aos clientes da DPaschoal, reforçando o compromisso ambiental e a transparência de todo processo.
Os pneus descartados podem seguir dois caminhos: parte vai para a reciclagem de borracha, onde pode ser utilizada em fábricas de produtos desse material, como tapetes, peças de borracha etc., e também pode ser utilizada em asfalto; outra parte é encaminhada para coprocessamento em fábricas de cimento, onde atua como combustível alternativo, substituindo o carvão mineral e/ou o coque de petróleo, retirando esse resíduo do meio ambiente.
Os filtros – de óleo, ar e combustível – são reciclados internamente por meio de um processo inovador chamado Recfil, que transforma 100% dos resíduos contaminados (Classe I) em 70% materiais recicláveis, incluindo metal para siderurgia, e óleo usado para rerrefino. Esse processo é realizado de forma automatizada e sem uso de água, contribuindo e reforçando ainda mais a preservação ambiental.
Amortecedores, molas, bandejas de suspensão e peças metálicas em geral são encaminhadas para siderúrgicas, onde são transformados novamente em matéria-prima aço para utilização na construção civil e na fabricação de novas peças. Já as baterias, após armazenamento temporário, são encaminhadas aos fabricantes, onde são recicladas e transformadas novamente em matérias-primas para fabricação de novas baterias, fechando a economia circular, tão importante na sustentabilidade.
Plásticos, papeis, papelão, alumínio e outros itens, por serem recicláveis, são encaminhados a empresas devidamente adequadas para essa finalidade. Os demais resíduos são armazenados temporariamente para serem reciclados futuramente ou para terem a destinação ambientalmente adequada.
“Nosso processo atende a política de aterro zero, ou seja, nenhum resíduo tratado pela Mazola vai para aterros. Quando não podem ser reciclados, eles são destinados para coprocessamento em fábricas de cimento”, explica Marcelo Alvarenga, diretor de Operações da Mazola Ambiental.
| CIMM (publicado em 24-09-2019) | | | |
O produtor rural paranaense já sabe: depois de utilizar um produto agroquímico, precisa lavar a embalagem três vezes (tríplice lavagem) e encaminhá-la para a reciclagem. Desde o ano 2000 essa prática faz parte da rotina do homem do campo, que consolidou o Brasil como o maior recolhedor deste tipo de embalagem no mundo.
No centro deste trabalho está o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), entidade sem fins lucrativos formada pelas associações das indústrias de agroquímicos no Brasil, para dar conta de uma legislação que obriga os fabricantes a realizarem a logística reversa das embalagens. Ou seja, as empresas precisam dar o encaminhamento ambientalmente correto destes materiais após o seu uso no campo.
De acordo com o coordenador regional de operações do InpEV no Paraná, Fábio Macul, essa história começa ainda antes do ano 2000. Na época do então governador Jaime Lerner foi criado o projeto “Terra Limpa”, que levou o Estado a se tornar o primeiro do país a manter um programa de recolhimento, armazenamento e reciclagem de embalagens de agroquímicos. “Só que o governo estadual descobriu que não tinha o que fazer com aquelas embalagens. E o volume era muito grande”, recorda.
Logo na sequência, a Lei Federal 9.974/00, promulgada em junho de 2000 e regulamentada em 2002, trouxe novidades para o setor ao atribuir a cada agente da cadeia agrícola – produtor, comerciante, fabricante e poder público – a responsabilidade pela devolução das embalagens usadas dos produtos agroquímicos. Nesse contexto, o InpEV surgiu para integrar todos os elos desta cadeia produtiva e gerenciar o sistema de logística reversa.
Desde que entrou em funcionamento, em 2002, o instituto já recolheu mais de 537 mil toneladas de embalagens. O número pode ser conferido no “Embalômetro”, sistema de contagem disponível no site do InpEV (www.inpev.org.br) que aumenta a cada minuto, conforme mais material é recolhido.
Hoje, segundo Macul, o índice de devolução das embalagens usadas no Brasil é de 94%. Para efeito de comparação, em segundo lugar no ranking mundial vem a Alemanha, com 70%, e, na sequência, o Canadá, com 65%. “Nós somos reconhecidos no mundo como excelência no tratamento desses resíduos. Recebemos visitas de outros países para entender como a gente promove a gestão desse negócio num país continental”, diz o coordenador do InpEV.
O Paraná é o segundo Estado brasileiro em volume total de entregas, atrás somente do Mato Grosso. De acordo com Macul, isso poderia se explicar pelo consumo maior destes produtos no Estado do Centro-Oeste. O índice de entregas paranaense é de 98% do utilizado, acima da média nacional.
Do total recolhido, 97% são encaminhados à reciclagem, onde se tornam novos produtos, como embalagens de produtos agroquímicos, fechando o ciclo de vida dos produtos. Os 3% restantes, que por algum motivo não podem ser reciclados, são incinerados.
Para realizar o recolhimento, o InpEV dispõe de uma rede formada por postos e centrais, presentes em diversos municípios. No Paraná são 51 postos de recebimento e 13 centrais, além de 3 mil locais de entrega.
Outra forma de destinar as embalagens é o recebimento itinerante, por meio do qual as associações especificam um calendário para o recolhimento. Desta forma, o produtor sabe que naquele dia será feita a coleta num local perto dele. Basta entrar no site do InpEV e verificar o calendário na região. Em todo Brasil são mais de 5 mil postos de recebimento.
Entrega correta
Parte da responsabilidade no processo de logística reversa cabe ao produtor rural. Antes de destinar a embalagem vazia ao InpEV, é preciso realizar a tríplice lavagem (veja abaixo como efetuar o procedimento). Esse processo é indispensável para a reciclagem e deve ser feita conforme norma específica (NBR 13.968) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
No ato de entrega das embalagens, o produtor deve retirar o comprovante de devolução. O documento, que precisa ficar guardado por cinco anos, é a prova de que o produtor fez a destinação correta da embalagem.
| Paraná Portal ( publicado em 24-09-2019) | | | |
Empresa é pioneira, no mundo, na reciclagem de embalagens plásticas de agroquímicos
Com investimentos na ordem de R$ 21 milhões, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S/A trará para Ribeirão Preto uma nova unidade para produzir embalagens plásticas a partir de resinas recicladas das embalagens de defensivos pós-consumo. O tempo de implantação da planta foi recorde, pouco mais de seis meses entre a ideia e a entrada em operação.
Normalmente, instalações como as desta fábrica são realizadas de forma modular, com implantação gradativa das linhas de produção, em processos que duram até três anos. Em Ribeirão Preto, as três sopradoras da unidade foram instaladas de uma só vez. A capacidade será total logo após a inauguração.
O projeto chegou com a velocidade exigida pelo mercado para atender as indústrias de defensivos agrícolas e outros mercados da região, com as ECOPLÁSTICAS, embalagens que possuem alta performance nas linhas de envase e especificação técnica para atender aos clientes.
A Campo Limpo S.A., integra o Sistema Campo Limpo, o mais bem-sucedido sistema de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas do mundo, que atende a uma legislação específica. A lei garante a destinação final das embalagens de defensivos usados no campo, compartilha as responsabilidades definindo o papel de cada agente da cadeia produtiva: fabricantes, sistema de distribuição, agricultores e poder público.
A unidade de Ribeirão Preto vai gerar 40 empregos diretos. Os funcionários foram capacitados e treinados na fábrica de Taubaté - SP. Foi um período de intensa imersão, sempre sob a orientação de colaboradores mais experientes. O intercâmbio deve permanecer para garantir que a qualidade e os valores da Campo Limpo se mantenham padronizados.
Sobre a Campo Limpo S/A
Criada em 2008, a Campo Limpo S/A foi pioneira, no mundo, ao produzir embalagens de alta performance provenientes de matéria-prima obtida com a reciclagem das embalagens plásticas de agroquímicos pós consumo. Com suas fábricas a empresa consegue fechar o ciclo da logística reversa da cadeia produtiva agrícola. A companhia é formada por duas empresas.
A primeira, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A., é a responsável pela produção das embalagens plásticas ECOPLÁSTICA®. Já a Campo Limpo Tampas e Resinas Plásticas LTDA, fundada em 2014, fabrica o sistema de vedação ECOCAP®. Ambas combinando alta performance e sustentabilidade, contribuindo para promover o conceito de economia circular no Brasil.
Sobre o Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo elevou o Brasil a referência mundial na destinação ambientalmente correta das embalagens de agroquímicos, encaminhando 94% das embalagens plásticas primárias para reciclagem ou incineração. O Sistema tem como base, para realizar a logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas, o princípio da responsabilidade compartilhada. Cada elo da cadeia produtiva tem seu papel - agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público.
| Agrolink.com ( publicado em 23-09-2019) | | | |
Foi lançado na última quinta-feira, 19, o livro ‘O que faço com meu lixo? Resíduos sólidos – da geração à destinação final’, escrito por dois servidores municipais, João Marques e Adelúzio Azevedo. O lançamento aconteceu no encerramento da 76ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA), no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues, em Palmas.
O engenheiro civil, lixólogo e responsável técnico pelo Aterro Sanitário de Palmas, João Marques, falou sobre o lançamento e a aceitação da obra pelos profissionais que atuam na área. “Foi de fundamental importância termos escrito esta obra e pudemos comprovar isso por meio da manifestação das pessoas de todo o Brasil que estiveram no evento e buscaram adquirir uma unidade, inclusive nos pedindo para autografar seus livros. Colegas que atuam em aterros sanitários de diversos estados como Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, além de estudantes e pesquisadores, mestres e doutores que usarão nossa obra em seus estudos. Isto nos dá a dimensão da importância deste livro”, destacou.
Ainda de acordo com Marques, no lançamento a dupla foi procurada e cumprimentada por profissionais das engenharias “do Brasil e de outros países como a presidente da Ordem dos Engenheiros de Portugal, Lídia Santiago, e engenheiros peruanos, estadunidenses, paraguaios e outros”.
Já o servidor Adeluzio Azevedo, que é economista, especialista em Limpeza Urbana, ressalta que o livro é resultado de um curso ministrado no Instituto 20 de Maio de Ensino, Ciência e Tecnologia (IVM) e aborda principalmente a Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e falou também da aceitação da obra. “Superou as nossas expectativas, a procura foi muito grande. E, para aqueles que se interessarem, é possível adquirir pela internet em e-book e no formato tradicional no site da Amazon por cerca de R$ 60,00”.
O livro ‘O que faço com meu lixo?’ foi elaborado a partir do curso de ‘Impacto Ambiental e Gerenciamento de Resíduos Sólidos’, ministrado por Marques em 2017, no Instituto 20 de Maio de Ensino, Ciência e Tecnologia (IVM), enquanto instrutor da Escola de Governo de Palmas (EGP). A publicação, que tem como mote a educação, conta com 320 páginas e oito capítulos. Entre os temas abordados estão: história da limpeza e curiosidades sobre nomenclaturas, limpeza pública com base na legislação vigente, reciclagem, lógica reversa, compostagem e suas experiências profissionais no Aterro Sanitário de Palmas.
Os autores
Marques é engenheiro civil, lixólogo e responsável técnico pelo Aterro Sanitário de Palmas, pós-graduado em Saneamento Ambiental, mestre e doutor em Educação. Ele conta que a ideia de escrever o livro surgiu quando preparava a apostila para ser trabalhada em sala de aula com os servidores-alunos do curso, e se deparou com a escassez de material didático que trata sobre o assunto.
Adeluzio Azevedo é economista, especialista em limpeza pública, gestor de Resíduos Sólidos e mestrando em Engenharia Ambiental. No Município, já atuou como diretor de Limpeza Urbana e, atualmente, é responsável pelas atividades operacionais do Aterro Sanitário de Palmas e o gerenciamento da logística reversa de pneus inservíveis da Capital.
| Surgiu (publicado em 23-09-2019) | | | |
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