| 29 de JUlho de 2020
Quarta-feira
- MEDIDAS EMERGENCIAIS ANUNCIADAS PELOS GOVERNOS – ATUALIZADO – 29/07/2020
- Confiança da indústria sobe 12,2 pontos em julho, para 89,8 pontos, afirma FGV
- Abertura de novas empresas cai 25% em abril
- Linha de crédito para PMEs acaba em 20 dias
- Pronampe esgota crédito e Câmara avalia ampliar recursos para pequenas empresas
- Câmara aprova MP que abre crédito para pagar salários e amplia recursos para o Pronampe
- Câmara aprova urgência de projeto que cria marco regulatório do gás
- Leprevost cobra socorro às pequenas empresas
- Mesmo com medidas do governo, empréstimos às empresas caem pelo terceiro mês seguido
- Abilio Diniz diz que solução para pequeno negócio tem de sair do BNDES
- No 1º semestre, volume total do crédito bancário tem maior alta em 7 anos
- Na crise, juro do rotativo do cartão cai em junho, mas continua acima de 300% ao ano
- Dez setores industriais cruzaram a linha divisória e estão confiantes, informa CNI
- Impacto da Covid-19 no faturamento das empresas pode ser de 10% a 25%
- Brasil completa 3 meses com transmissão acelerada de coronavírus, mostram cálculos
- 30% dos restaurantes devem fechar devido à pandemia, diz presidente da ANR
- Brasil é penúltimo em ranking de competitividade há 10 anos, diz estudo
- Custo do capital e tributação travam desempenho do Brasil frente a outros 17 países
- Fórum de Transformação Digital discute desafios e oportunidades para a indústria
- Guedes condiciona maior isenção do IR a ampliação de base com novo imposto
- Governo assina termo para produção de vacina contra Covid
- Trabalho formal cresce pelo primeiro mês no Paraná em meio à pandemia
- Paraná tem saldo positivo de empregos em junho, diz Caged
- Paraná perde 47 mil postos de trabalho, mas termina semestre com luz no fim do túnel
- Sancionada lei que isenta taxas de estada em pátios veiculares
- Para isentar motos, pedágio subiria 5% para outros motoristas
- Nova bateria de coque da ArcelorMittal terá 49 fornos
- Marca FNM renasce, agora com caminhões elétricos
- Lucro da PSA cai para € 595 milhões no 1º semestre
- Vendas de veículos usados mostram recuperação e animam o setor
- Continental investe em supercomputador para sistemas autônomos
- TE investe cerca de US$ 4,5 mi na importação de maquinário e ferramentais para nacionalizar produção de componentes
- Câmara aprova urgência de projeto que cria marco regulatório do gás
- Novo padrão de qualidade já eleva custo de gasolina importada
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Em 29/07/2020
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Fonte: BACEN
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Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
Dez setores industriais cruzaram a linha divisória e estão confiantes, informa CNI
Entre os setores que registraram mais de 50 pontos no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) estão: setores de produtos de limpeza, farmoquímicos, móveis, alimentos e plásticos.
O setor de produtos de limpeza apresentou o maior índice de confiança no mês de julho
Os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da indústria mostram o crescimento na confiança dos empresários. A confiança aumentou em 25 dos 26 setores da Indústria de transformação pesquisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A exceção é Biocombustíveis. Desses 26 setores, os empresários estão confiantes em nove, sendo que em oito os empresários passaram a ficar confiantes (indicador acima de 50 pontos) em julho; no setor de Farmoquímicos e farmacêuticos, os empresários já estavam confiantes em junho.
O ICEI da Indústria de Construção atingiu 46,3 pontos, após crescer 3,7 pontos em julho. É a terceira alta consecutiva do índice, que acumula alta de 11,5 pontos no período. Todos os três setores da Construção considerados registraram crescimento do indicador, mas seguem abaixo da linha divisória que separa falta de confiança de confiança.
Veja a pesquisa completa
O ICEI da Indústria Extrativa passou de 50,8 pontos em junho para 53,8 pontos em julho, ou seja, mostra aumento da confiança dos empresários desse segmento industrial. Esse é o décimo setor que passou da linha divisória.
O ICEI ouviu 2.305 empresas entre 1º a 13 julho, sendo 899 pequenas empresas, 845 médias e 561 grandes.
Setores confiantes: Extração de minerais não metálicos; Produtos alimentícios; Químicos; Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; Produtos farmoquímicos e farmacêuticos; Produtos de borracha; Produtos de material plástico; Produtos de minerais não metálicos; Outros equipamentos de transporte; e Móveis.
| Sistema FIEP | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 12,2 pontos em julho em relação a junho, alcançando 89,8 pontos. A elevação foi a segunda da série histórica do índice aferido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sendo que a maior, de 16,2 pontos, foi verificada entre maio e junho. Apesar dos avanços, o índice ainda está abaixo do nível pré-crise (101,4 pontos, em fevereiro).
A melhora do ICI foi generalizada, atingindo 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados. De acordo com relatório da FGV, "o resultado decorre de melhor avaliação dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, diminuição do pessimismo para os próximos três e seis meses". Houve também crescimento das médias móveis trimestrais, de 65,7 para 76,3, movimento que sucede quatro meses de queda.
Houve alta de 14,3 pontos no Índice de Expectativas (IE), que agora está em 90,5 pontos. Também subiu o Índice de Situação Atual (ISA), para 89,1 pontos, alta de 9,9 pontos. Nos três últimos meses, o IE recuperou 78% das perdas ocorridas entre março e abril, enquanto o ISA teve uma recuperação de 65%.
Na composição do IE houve retomada de grande parte das perdas passadas; produção prevista subiu 16,1 pontos e chegou a 99 pontos no total, recuperação de 99%. O indicador emprego previsto cresceu 16,5 pontos e agora está em 93,0, revendo 81% do perdido de março e abril.
"Em julho, a confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses. Porém, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado.
Nesse mês, chama a atenção os indicadores produção prevista e emprego previsto, sugerindo que, na opinião dos empresários, o terceiro trimestre tende a ser melhor do que o anterior. Contudo, o baixo patamar do indicador tendências dos negócios reflete cautela em relação à velocidade e consistência da recuperação, dada incerteza ainda muito elevada", analisa Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).
A percepção sobre a demanda, que compõe o ISA, também melhorou. Os que consideravam a demanda fraca eram 14,2% antes e são 15% agora. Os que avaliavam a demanda fraca eram 49,4% e na análise atual atingiu 33,0%. O nível dos estoques subiu 8,8 pontos, de 81,4 pontos para 90,2 pontos. O índice da situação atual dos negócios também melhorou, subindo 8,0 pontos, de 79,0 para 87,0.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) avançou 5,7 pontos porcentuais, de 66,6% para 72,3%, estando abaixo 3,9 pontos porcentuais do visto em fevereiro e inferior 7,5 pontos porcentuais da média de janeiro de 2001 a março de 2020.
A edição de julho de 2020 da Sondagem da Indústria coletou informações de 1082 empresas entre os dias 1º e 25 deste mês. A próxima divulgação ocorrerá em 27 de agosto. A prévia deste resultado será divulgada no dia 20 do mês que vem.
| UOL | | | | A abertura de novas empresas teve queda de 25,7% em abril em comparação com o mesmo mês de 2019, segundo levantamento da Serasa Experian. Foram abertas 194,8 mil empresas no mês, sendo que 84,7% na categoria de microempreendedor individual (MEI).
A maior parte das novas pessoas jurídicas é do setor de serviços (68,9%) e está na Região Sudeste (51,1%). A Região Sul foi a segunda em número de novos negócios, com 17,6% do total, seguida pelo Nordeste, com 15,8%.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o perfil dos novos empreendimentos mostra que as pessoas veem a necessidade de garantir renda com pouco investimento. “Por isso, o setor de serviços é preferível, já que nessa área podem ser criados ramos de atuação que não dependem da contratação de um espaço ou equipe de trabalho”, destacou.
| Monitor do Comércio | | | | Com os recursos para empréstimos praticamente esgotados, o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) é, até o momento, o único programa de crédito do governo bem sucedido na crise. Dos R$ 18,7 bilhões disponibilizados, R$ 18,6 bilhões - ou 99,5% do total - já foram efetivamente emprestados a empresas em dificuldades.
Nas demais linhas lançadas durante a pandemia do novo coronavírus, os porcentuais não superam os 30% e os montantes envolvidos são bem menores. Hoje, o plenário da Câmara poderá avaliar a ampliação de recursos do Pronampe.
O sucesso do Pronampe pode ser medido pela rapidez com que as micro e pequenas empresas esgotaram o crédito disponível. O programa ganhou impulso em 6 de julho, uma segunda-feira, quando o Banco do Brasil começou a operar a linha. Apenas naquele dia, o banco estatal liberou R$ 1,8 bilhão.
Desde então, o que se viu foi uma verdadeira corrida das empresas aos bancos, em todos os Estados, em busca de acesso ao crédito. Em três semanas, a linha secou.
A procura é justificada pelas condições favoráveis. A taxa de juros máxima corresponde à Selic (a taxa básica da economia, hoje em 2,25% ao ano) mais 1,25% ao ano. O prazo para pagamento é de 36 meses. Podem acessar o crédito micro e pequenas empresas que tenham até R$ 4,8 milhões de receita bruta anual.
Cada empresa pode obter recursos equivalentes a até 30% do faturamento registrado em 2019. O dinheiro pode ser usado para investimentos (compra de máquinas e equipamentos e realização de reformas) e para despesas operacionais.
| Bem Paraná | | | | Com os recursos para empréstimos praticamente esgotados, o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) é, até o momento, o único programa de crédito do governo bem sucedido na crise. Dos R$ 18,7 bilhões disponibilizados, R$ 18,6 bilhões - ou 99,5% do total - já foram efetivamente emprestados a empresas em dificuldades.
Nas demais linhas lançadas durante a pandemia do novo coronavírus, os porcentuais não superam os 30% e os montantes envolvidos são bem menores. Nesta quarta-feira (29), o plenário da Câmara poderá avaliar a ampliação de recursos do Pronampe.
| Gazeta do Povo | | | | O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) novas regras para a medida provisória (MP) 944, que criou o programa emergencial de suporte a emprego (Pese) com crédito para que pequenas e médias possam pagar salários durante a pandemia. A votação foi simbólica, já que todos os deputados concordaram em aprovar o texto. O projeto segue para sanção presidencial.
Os parlamentares também aproveitam a votação da MP 944 para repassar R$ 12 bilhões do Pese ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O Pronampe também oferece crédito a micro e pequenas empresas, mas o dinheiro pode ser usado para mais finalidades, como capital de giro e investimentos. A linha está praticamente esgotada devido ao sucesso, ao contrário do Pese, que fracassou até aqui.
Pelo texto aprovado, o programa de financiamento da folha poderá contar com até R$ 20 bilhões, metade do valor previsto originalmente. Em compensação, a União fica autorizada a repassar R$ 12 bilhões adicionais para fortalecer o Pronampe.
Dos R$ 18,7 bilhões disponibilizados para o Pronampe, R$ 18,6 bilhões já foram efetivamente emprestados. Diante do sucesso, os senadores resolveram fortalecer o Pronampe, repassando parte do dinheiro que estava empoçado no Pese. A ideia foi chancelada pelos deputados nesta quarta.
O que mudou no programa para pagar salários
Já em relação ao programa de financiamento da folha (Pese), os deputados ampliaram de R$ 10 milhões para R$ 50 milhões o teto de faturamento anual das empresas que podem contratar o crédito. Os senadores tinham mantido o teto em R$ 10 milhões, mas a opção da Câmara - que tem a palavra final sobre o teto - foi ampliar, conforme acordado com o governo.
O valor mínimo de faturamento continua o mesmo: R$ 360 mil. Os parlamentares autorizaram, ainda, que sociedades simples, organizações da sociedade civil e empregadores rurais possam aderir ao programa, desde que dentro do limite de faturamento.
Os congressistas também aumentaram o prazo de financiamento de dois para até quatro meses de até 100% da folha de pagamento. A parcela do salários dos funcionários que pode financiada permanece em até dois salários mínimos.
Outra mudança foi permitir que o dinheiro emprestado seja usado, além de pagar a folha, para quitar débitos referentes a condenações trabalhistas transitadas em julgado, inclusive acordos extrajudiciais. Também será permitido usar os recursos para pagar verbas rescisórias pagas ou pendentes de demissões sem justa causa ocorridas até a data de publicação da MP convertida em lei, inclusive eventuais débitos relativos ao FGTS.
Por fim, os congressistas retiraram a exigência de a empresa ter toda a folha de pagamentos "bancarizada". Pela nova regra aprovada, as empresas precisam apenas se comprometer a efetuar o pagamento do salário de seus funcionários por meio de transferência bancária.
Já as condições de financiamento permaneceram as mesmas da MP original. A taxa de juros é de 3,75% ao ano, com carência de seis meses para começar a pagar e prazo de 30 meses para pagamento, já incluindo a carência.
As empresas vão poder contratar o empréstimo até 31 de outubro. Pelo texto original, a linha expiraria em 30 de junho. Em contrapartida, empresa que pegar o dinheiro não pode rescindir sem justa causa o contrato de trabalho de seus empregados entre a data da contratação da linha de crédito até 60 dias após o recebimento da última parcela do empréstimo.
Porém, a vedação às demissões se aplica somente à proporção do total da folha de pagamento que tiver sido paga com recursos do empréstimo. Assim, se o empregador optar por financiar o pagamento dos salários de metade dos funcionários, a proibição de demitir será restringida a esse pessoal.
Programa da folha fracassou; Pronampe é um sucesso
Segundo dados do Banco Central, 113.383 empresas contrataram R$ 4,5 bilhões em empréstimos para bancar o salário de 1.941.399 trabalhadores. Os números ficaram abaixo da expectativa do governo, que era de até 1,4 milhão de pequenas e médias empresas viessem a contratar os R$ 40 bilhões em empréstimo.
A linha estava disponível desde abril e se encerrou em junho. Ela deve ser reativada após aprovação do Congresso e sanção presidencial.
Já o Pronampe é considerado um sucesso pelo governo. A linha se esgotou em apenas 20 dias. Por isso, o Congresso decidiu ampliar o dinheiro que pode ser emprestado pelas pequenas empresas.
O sucesso do Pronampe é explicado ao fato de o dinheiro contratado poder ser usado para capital de giro (dinheiro para pagar as contas e fornecedores) e pela baixa taxa de juros, que é correspondente à Selic (a taxa básica da economia, hoje em 2,25% ao ano) mais 1,25% ao ano. O prazo para pagamento é de 36 meses.
Podem contratar o crédito do Pronampe micro e pequenas empresas que tenham até R$ 4,8 milhões de receita bruta anual. Cada empresa pode obter recursos equivalentes a até 30% do faturamento registrado em 2019.
| Gazeta do Povo | | | | Maia quer negociar o texto e votar proposta em até três semanas
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) a urgência do projeto que estabelece o marco regulatório do gás e redesenha a produção, armazenamento, venda e outras atividades ligadas a esse mercado.
A urgência foi aprovada por 323 votos a favor e 113 contrários.
A intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é colocar o projeto em votação dentro de duas a três semanas, o que, segundo ele, daria tempo suficiente para negociar o texto com a oposição.
pilha de botijões de gás
O projeto faz parte do programa do Novo Mercado de Gás, do governo federal, que busca quebrar o monopólio da Petrobras no setor.
Segundo cálculos da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o novo marco pode trazer investimentos de US$ 31 bilhões por ano ao Brasil até 2030.
Estudo da consultoria Gas Energy indica que a abertura do mercado pode quadruplicar a produção de gás de cozinha, tornando o país autossuficiente e reduzindo o custo do gás para famílias.
Hoje, a Petrobras é a principal produtora de gás. A exploração, produção, escoamento e transporte são regulados pelo governo e pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A distribuição é atribuição dos estados e a regulamentação cabe a cada ente federativo.
As regras são consideradas assimétricas, o que inibe o mercado de empresas que consomem gás em grande quantidade (consumidores livres), segundo a Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres ).
Na avaliação da associação, o projeto ampliaria o acesso de empresas às infraestruturas de tratamento, escoamento e transporte de gás. Além disso, estados que se adaptarem às novas regras receberão mais investimentos -- a associação indica montante da ordem de R$ 63 bilhões ao ano.
Com a aprovação da urgência, a regulação do setor de gás deve sair do papel, depois de anos sem avançar na Câmara.
Segundo o texto, o transportador de gás deverá construir, ampliar, operar e manter os gasodutos de transporte com independência e autonomia em relação aos agentes que exerçam atividades concorrenciais da indústria de gás natural.
O texto proíbe relação societária direta ou indireta de controle ou de coligação entre transportadores e empresas que atuem nas atividades de exploração, desenvolvimento, produção, importação, carregamento e comercialização de gás natural.
A ANP, após consulta pública, vai estipular a receita máxima de transporte e critérios de reajuste do preço. A receita, segundo o texto, não será garantida pela União.
O projeto prevê hipóteses para revogação da autorização para a atividade de transporte de gás natural, como liquidação ou falência da empresa ou descumprimento grave das obrigações referentes às regulações aplicáveis e dos contratos de serviços de transporte.
De acordo com o projeto, quando for necessário para manter o abastecimento no país, a ANP poderá designar outro transportador para operar e manter as instalações vinculadas à autorização revogada até que ocorra a venda das instalações.
As tarifas nos sistemas de transporte de gás natural devem ser estruturadas pelos transportadores, observados os mecanismos de repasse de receita e conforme regulação da ANP.
À agência também caberá regular e fiscalizar o acesso de terceiros aos gasodutos de transporte, disciplinando a cessão de capacidade mediante a fixação de condições e critérios para sua liberação e contratação.
Conforme o projeto, a empresa constituída sob leis brasileiras poderá receber autorização da ANP para exercer as atividades de importação e exportação de gás natural.
A agência será responsável por regular a atividade de acondicionamento para transporte e comercialização de gás natural ao consumidor final por meio de modais alternativos ao duto.
A remuneração a ser paga ao proprietário de gasoduto de escoamento da produção, de instalações de tratamento ou processamento de gás natural e de terminal de GNL por uma outra empresa interessada e o prazo de duração do contrato entre ambos serão objeto de acordo entre as partes, segundo o projeto.
Consumidor livre e outros que não tiverem as necessidades de movimentação de gás natural atendidas pela distribuidora de gás canalizado estadual poderão construir e implantar, diretamente, instalações e dutos para uso.
Para isso, deverão celebrar contrato que atribua à distribuidora de gás canalizado estadual a sua operação e manutenção. Instalações e dutos serão incorporados ao patrimônio estadual mediante declaração de utilidade pública e justa e prévia indenização, quando de sua total utilização.
As tarifas de operação e manutenção das instalações serão estabelecidas pelo regulador estadual, seguindo critérios de transparência e especificidades de cada instalação.
Os responsáveis por escolher membros do conselho de administração ou da diretoria ou de representante legal de empresas que atuem no mercado de gás não poderão ter acesso a informações concorrencialmente sensíveis.
Também serão proibidos de exercer o poder para nomear ou o direito a voto para eleger membros da diretoria comercial, de suprimento ou de representante legal de distribuidora de gás canalizado.
A venda de gás natural ocorrerá por meio da celebração de contratos de compra e venda de gás natural, registrados na ANP ou em entidade habilitada pela agência, ressalvada a comercialização por distribuidoras de gás canalizado aos clientes.
O projeto prevê ainda prazo de até cinco anos para adaptação de contratos em vigor na publicação da lei. O novo acordo deverá refletir os novos regimes de contratação de capacidade, preservando a receita obtida pelos transportadores com os contratos.
Há ainda a inclusão de dois dispositivos prevendo penalidades em caso de infrações.
Se for comercializado gás natural em desacordo com a legislação, a multa vai de R$ 5 mil a R$ 2 milhões. A revogação de autorização para o exercício de atividade será aplicada quando a empresa descumprir a regulação referente às normas de independência e autonomia, editadas pela ANP, referentes ao transporte de gás natural ou à influência dos agentes da indústria na gestão das distribuidoras de gás canalizado.
| Folha de S.Paulo | | | | Pré-candidato à prefeitura de Curitiba nas eleições deste ano, o deputado federal Ney Leprevost (PSD) critica a falta de atenção da atual gestão do prefeito Rafael Greca (DEM) para a grave crise vivida pelas pequenas e micro empresas da Capital paranaense, duramente atingidas pelas restrições à atividade econômica motivadas pela pandemia do Covid-19.
Leprevost defende a aprovação de projeto em discussão na Câmara Municipal, que prevê a criação de uma linha de crédito com “juro zero” para esses setores pela administração municipal. E também a suspensão da cobrança do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbano (IPTU) para as empresas que tiveram que ficar fechadas em razão das medidas tomadas pela prefeitura.
“Considero o projeto de juro zero uma ótima iniciativa, mas o prefeito não demonstrou interesse em colaborar com as pequenas e microempresas. Ele priorizou as grandes empresas, como as de ônibus”, afirma, referindo-se ao subsídio criado por Greca para socorrer as concessionárias do transporte coletivo de Curitiba. “Seria o justo não ser cobrado de imóveis comerciais que estão com as atividades paralisadas e não estão podendo trabalhar em razão das medidas sanitárias tomadas pela prefeitura”, defende.
Para Leprevost, o enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia será justamente um dos principais problemas a serem enfrentados pela próxima administração. “Acredito que Curitiba vai sofrer muito com o desemprego. Estimular formas criativas de fomento da economia e da geração de empregos vai ser um dos desafios do próximo prefeito”, avalia. “A prefeitura falhou muito na questão do coronavírus. Fechou muito antes”, considera ele.
Leprevost, no momento, está conversando com partidos como o Solidariedade e o Patriotas, visando uma coligação para a disputa pela prefeitura. E diz não acreditar que o PSD possa abrir mão de uma candidatura própria, até pelo interesse dos candidatos a vereador em ter um cabeça de chapa forte, diante da proibição das coligações proporcionais nas eleições deste ano. “Para os vereadores e candidatos não é bom negócio o PSD não ter candidato próprio”, explica.
Fake News
O deputado espera ainda que avance na Câmara Federal o projeto de combate às “fake News”, de quem ele diz ter sido vítima nas eleições de 2016, quando chegou ao segundo turno contra Greca. “Se não houver uma forma de combater as ‘fake news’ e não for feito nada, não vamos eleger prefeitos, vamos eleger ‘prefakes’”, prevê.
| Bem Paraná | | | | Bancos emprestaram R$ 322 bilhões em junho, alta de 2,5% em relação a maio; para pessoas jurídicas, no entanto, houve redução de 2,4%
Os bancos emprestaram R$ 322 bilhões em junho, alta de 2,5% em relação a maio. Para empresas, no entanto, houve redução de 2,4% nos novos créditos, apesar das medidas do Banco Central e do governo para destravar crédito para pessoas jurídicas.
Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (29), a alta foi puxada pelos empréstimos às famílias, com aumento de 10,4%.
É o terceiro mês consecutivo com redução do fluxo de novos empréstimos às empresas.
A variação foi registrada na série com ajuste sazonal, que retira peculiaridades do período, como número de dias úteis a mais ou a menos, para facilitar a comparação.
"Em março, no início da crise, muitas empresas tomaram empréstimos para fazerem frente às dificuldades, então a base cresceu e influenciou a média do primeiro semestre", justificou o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha.
A liberação de linhas que foram mais procuradas no início da crise despencaram no mês, como capital de giro de curto prazo (-25,2%). Financiamento de exportações também teve queda drástica, de 63,7%.
Já modalidades que foram mais afetadas com as medidas de isolamento social, implementadas por conta da pandemia do novo coronavírus, como antecipação de recebíveis e desconto de duplicatas, aumentaram em 34,6% e 21,1%, respectivamente.
O aumento reflete a abertura dos comércios em algumas cidades. Essas modalidades dependem de vendas para gerar garantia e com os empreendimentos fechados, a concessão dessas linhas despencou entre março e maio.
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, os aumentos em concessões de linhas ligadas ao varejo pode não indicar retomada.
"Muitos estabelecimentos fazem desconto de duplicata futura, o que pode não refletir ainda um processo de retorno, mas que as empresas estão esgotando os meios de sustentação para garantir o funcionamento corrente, o que é natural", ponderou.
No crédito livre (a taxas de mercado), a queda foi para empresas 0,7% em junho e de 17,9% no trimestre. Mesmo no direcionado (com subsídio do governo), houve redução de 10,5%, embora tenha crescido mais de 40% no trimestre.
Para as famílias, modalidades ligadas ao consumo também aumentaram. O total concedido em cartão de crédito à vista —quando o valor total da fatura é pago— subiu 13,8%.
No mês, os brasileiros usaram 10,1% a mais o cheque especial em relação a maio. A contratação de crédito pessoal também aumentou em 13,3%. O consignado (com desconto em folha de pagamento) saltou 12,5%.
O estoque de crédito fechou o mês R$ 3,6 trilhões, 0,8% maior que em maio.
A taxa média de juros em junho alcançou 19,3% ao ano, queda de 1,2 ponto percentual no mês. O spread —diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar recursos e a taxa cobrada em empréstimos— caiu 0,9 ponto.
Para as famílias, a taxa média de juros ficou em 40,7% ao ano, declínio de 2,2 pontos no mês.
Modalidades mais caras puxaram essa queda. Cartão de crédito parcelado teve redução de 19,7 pontos, rotativo regular (quando o cliente paga algum valor entre o mínimo e o total da fatura), de 6,9 pontos e cheque especial de 5,9 pontos.
"Observamos nas taxas de juros uma queda de fato. Ou seja, os bancos cortaram juros. No cartão de crédito de pessoa física, especificamente, observamos essa redução também por efeito composição, com o aumento no volume do à vista", explicou Rocha.
Efeito composição é quando uma taxa sofre variação porque há maior volume em uma determinada modalidade ou perfil, o que puxa a média para baixo ou para cima, não porque houve corte ou aumento de fato.
Nas linhas para empresas, a taxa média de juros diminuiu 1,2 ponto percentual em junho, para 13% ao ano.
A inadimplência caiu 0,3 ponto percentual e retornou ao patamar de junho do ano passado, de 2,9%.
Entre as famílias, a inadimplência ficou em 3,6% (-0,4 p.p.) em composição de dívidas (quando há renegociação) recuou 2,1 pontos percentuais no mês.
O movimento pode ser explicado pela prorrogação de parcelas de empréstimos, realizada por algumas instituições financeiras, durante a pandemia.
| Folha de S.Paulo | | | | Empresário acha que Brasil sai forte da crise se fizer reforma e vê CPMF como fácil de arrecadar
Abilio Diniz, que desde o início da pandemia entrou em um projeto com outros grandes empresários para dar crédito aos pequenos negócios em dificuldade, diz que o movimento está crescendo, mas o dinheiro é limitado diante do tamanho da necessidade.
Ele diz acreditar que a solução vai sair mesmo é do BNDES.
"O BNDES está formatando linhas para poder chegar a esses empresários, em quantidade maior e com um funding muito maior. O que espero é que isso aconteça mais rapidamente, com uma burocracia pequena", afirma Diniz.
O empresário, que participou da série de lives da Folha, Ao Vivo em Casa, nesta terça (28) falou sobre o projeto do governo de resgatar a CPMF, que ele vê com um tributo fácil de arrecadar, mas talvez devesse ser temporário.
"Esse é um imposto pequeno, fácil de arrecadar, não dá para sonegar e não tem que ficar a Receita inventando moda. Essa é a vantagem e, na minha visão, deveria ser, talvez, temporário. Depende da forma como vai ser montado. É uma maneira de arrecadar um pouco de dinheiro, compensando a desoneração da folha que precisa ser feita", diz ele.
Como viram no começo da pandemia que os pequenos teriam dificuldade tão grande de crédito? Já vivi muitas crises. Essa é a mais grave. E é global. É uma crise sanitária e se espalhou pela economia. As pessoas são impactadas. Tem sido feita muita coisa para os chamados invisíveis, para quem o governo colocou os R$ 600. Isso é extraordinário. Está chegando às pessoas de menor renda para elas sobreviverem. Algumas estão conseguindo ganhar mais do que ganhariam normalmente, as que tinham renda muito baixa.
Além disso, tem os pequenos empresários. Aquele que tem uma pequena loja, um salão de beleza, prestadores de serviço. De repente, ficaram sem trabalhar. Essas pessoas que não têm acesso aos bancos precisam ser ajudadas.
Quando ele [Eduardo Mufarej, empresário que idealizou o projeto Estímulo 2020 para oferecer crédito com recursos próprios] falou comigo, achei excelente. Imediatamente colocamos nossa participação.
Procuramos conversar com as pessoas que estamos ajudando, com dinheiro e palavras. Fiz duas mentorias com um grupo grande, procurando dar uma palavra de resiliência neste momento.
Só que precisamos de funding, de dinheiro. Gostaríamos que mais gente estivesse contribuindo para atendermos muito mais gente.
No Estímulo 2020, tem empresários do setor de automóvel e do imobiliário. Tem banqueiros também dando recursos com vocês? Tem muita gente ajudando. Conseguimos uma verba razoável aqui em São Paulo. Estamos agora abrindo um segundo módulo. Conseguimos um sucesso muito grande em Minas Gerais. Estamos indo para Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, esperando que outros empresários ajudem.
Nessa primeira rodada em São Paulo foi quanto? Foram R$ 20 milhões, com o que conseguimos ajudar 300 pessoas. SP abrimos agora para mais R$ 20 milhões ou R$ 30 milhões. Conseguimos um funding maior em Minas, mais de R$ 100 milhões.
Agora, este crédito que estamos dando é proveniente de doações de pessoas que estão colocando o dinheiro, que não estão olhando se ele vai voltar ou não. É um dinheiro limitado, dada a quantidade de empresários que precisam.
Por outro lado, o BNDES está formatando linhas para poder chegar a esses empresários, em quantidade maior e com um funding muito maior. Espero que isso aconteça mais rapidamente, com uma burocracia pequena.
A vantagem do Estímulo 2020 é que a concessão de crédito é ágil. Não temos burocracia praticamente nenhuma. Analisamos se a pessoa vinha bem, se tinha outros débitos, se não era inadimplente em outras contas. Analisamos poucas coisas e concedemos o crédito. Esperamos que o BNDES faça isso também e aumente muito essa linha, para colocar na mão dos pequenos que precisam.
Estamos tentando atrair mais dinheiro. Mas também estou empenhado para que o governo coloque mais. O governo tem massa muito maior de funding para atender essas pessoas no Brasil inteiro.
Se o BNDES se organizar para fazer a concessão rápido, é o que o país precisa. Vamos fazer nossa parte, mas é insuficiente para atender todos.
A organização da reforma tributária vem tarde? Nunca é tarde demais para se fazer as coisas. Está sendo feito.
E a CPMF? Não é CPMF, é um imposto sobre movimentação financeira. O governo está falando em taxar o digital, não conheço os detalhes. Um imposto dessa natureza é extremamente regressivo. Acaba incidindo sobre toda a sociedade. Não pode ter alíquota grande. Nenhum imposto indireto é ideal. Esse é pequeno, fácil de arrecadar, não dá para sonegar e não tem que ficar a Receita inventando moda.
Essa é a vantagem e, na minha visão, deveria ser talvez temporário, depende de como será montado. É uma maneira de arrecadar um pouco mais compensando a desoneração da folha, que precisa ser feita e é uma aberração no nosso sistema tributário. Agora, com esse impacto no setor de serviços, não há dúvida que quem estava pagando menos de 4% e vai pagar 12% tem impacto grande. Eu acredito que a desoneração da folha virá, sem dúvida.
| Folha de S.Paulo | | | | Aumento no crédito bancário está relacionado com medidas adotadas pelo BC para liberar mais recursos para os bancos emprestarem
O volume total do crédito ofertado pelos bancos registrou crescimento de 4,2% no primeiro semestre deste ano, para R$ 3,624 trilhões, segundo números divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central. O crescimento do estoque foi de R$ 146,260 bilhões.
De acordo com os números da instituição, essa foi a maior alta do crédito bancário para esse período desde 2013, ou seja, em sete anos. Nos seis primeiros meses daquele ano, o volume total do crédito bancário avançou 6,89%, para R$ 2,531 trilhões, uma alta de R$ 163,238 bilhões.
O aumento no crédito bancário, nos seis primeiros meses deste ano, está relacionado com medidas adotadas pelo Banco Central para liberar mais "liquidez", ou seja, recursos, para os bancos emprestarem. A instituição anunciou a liberação de mais de R$ 1,2 trilhão para as instituições financeiras em março e, mais recentemente, novas ações foram divulgadas.
De acordo com o BC, o estoque de crédito livre (recursos que os bancos podem emprestar sem seguir regras pelo governo) avançou 0,6% em junho, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 1,1%.
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No crédito livre, houve alta de 0,6% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque também avançou 0,6% no período.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 49,7% para 50,4% na passagem de maio para junho.
As projeções do BC, atualizadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicam expansão de 7,6% para o crédito total em 2020. A projeção para o crédito livre em 2020 é de alta de 10,6%. Já expectativa para o crédito direcionado é de elevação de variação 3,5%. Estas projeções já levam em conta os efeitos da epidemia do novo coronavírus na economia.
Concessões
Em meio ao processo de reabertura gradual da economia, na esteira da pandemia do novo coronavírus, as concessões dos bancos no crédito livre subiram 12,3% em junho ante maio, para R$ 284,7 bilhões, informou o Banco Central. No primeiro semestre, o avanço acumulado foi de 5,4% e, nos 12 meses até junho, de 11,2%.
Estes dados, apresentados nesta quarta pelo BC, não levam em conta ajustes sazonais. Os números são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas, em especial nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda algumas linhas de crédito nos bancos. No entanto, seguem as reclamações, em especial entre empresas, de dificuldades de acesso a crédito neste momento de crise.
O BC não divulga dados sobre o quanto a procura por crédito aumentou - mas apenas o quanto foi concedido.
Em junho, no crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 14,3%, para R$ 144,1 bilhões. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões avançaram 10,3% em junho ante maio, para R$ 140,6 bilhões.
Empresas
Em meio aos efeitos da pandemia, as concessões de crédito para empresas aumentaram em diversas modalidades, embora haja reclamações recorrentes, entre as empresas, de dificuldades de acesso ao crédito neste momento de crise.
Os dados mostram que as concessões de crédito via desconto de duplicatas e recebíveis cresceram 21,1% em junho ante maio, para R$ 30,650 bilhões.
No caso do desconto de cheques, houve alta de 1,3% e, na antecipação de faturas de cartão, ocorreu avanço de 34,6%. Os dados não levam em em conta eventuais ajustes sazonais.
Os números do BC mostram ainda que, em junho, a concessão de crédito para capital de giro subiu 12,0%. Dentro desta rubrica, o capital de giro com prazo inferior a 365 dias caiu 25,2%, enquanto operações com prazo maior tiveram alta de 41,5%. Já o capital de giro na modalidade teto rotativo recuou 20,1%.
Conforme o Banco Central, no caso da conta garantida para empresas, as concessões aumentaram 6,4% em junho ante maio. Já o cheque especial para pessoas jurídicas registrou redução de 13,2% nas concessões no mês passado.
| Terra | | | |
Com a carência de recursos, famílias aumentaram a demanda por linhas de crédito nos bancos
Com as famílias em dificuldades para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, em meio à retração da atividade e ao desemprego, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 4,7 pontos porcentuais de maio para junho, informou nesta quarta-feira, 29, o Banco Central (BC). A taxa passou de 305,0% para 300,3% ao ano.
Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população, reduzindo a atividade das empresas e elevando o desemprego. Com a carência de recursos, as famílias aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.
O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta modalidade, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 248,9% para 242% ao ano de maio para junho. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 335,8% para 334% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.
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No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 138,4% para 118,7% ao ano.
Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 76,7% para 69,8%.
Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.
No geral, a taxa média de juros no crédito livre (recursos que os bancos podem emprestar sem exigências do governo) caiu de 29,6% ao ano em maio para 27,9% ao ano em junho. Em junho de 2019, essa taxa estava em 37,6% ao ano.
Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 42,9% para 40,7% ao ano de maio para junho, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 14,2% para 13,0% ao ano.
Cheque especial
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, há destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 116,1% ao ano para 110,2% ao ano de maio para junho. No crédito pessoal, a taxa passou de 33,4% para 32,7% ao ano.
Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.
Em função da ineficácia da autorregulação da Febraban, o BC anunciou a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao ano (151,82% ao ano). A nova regra começou a valer em 6 de janeiro deste ano.
Além da limitação do juro, os dados de hoje também refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.
Os dados divulgados pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 19,5% ao ano em maio para 19,0% em junho.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 20,5% ao ano em maio para 19,3% ao ano em junho. Em junho de 2019, estava em 24,8%.
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,5 ponto porcentual em maio ante junho, aos 18,7% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
| Terra | | | |
Entre os setores que registraram mais de 50 pontos no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) estão: setores de produtos de limpeza, farmoquímicos, móveis, alimentos e plásticos.
O setor de produtos de limpeza apresentou o maior índice de confiança no mês de julho
Os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da indústria mostram o crescimento na confiança dos empresários. A confiança aumentou em 25 dos 26 setores da Indústria de transformação pesquisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A exceção é Biocombustíveis. Desses 26 setores, os empresários estão confiantes em nove, sendo que em oito os empresários passaram a ficar confiantes (indicador acima de 50 pontos) em julho; no setor de Farmoquímicos e farmacêuticos, os empresários já estavam confiantes em junho.
O ICEI da Indústria de Construção atingiu 46,3 pontos, após crescer 3,7 pontos em julho. É a terceira alta consecutiva do índice, que acumula alta de 11,5 pontos no período. Todos os três setores da Construção considerados registraram crescimento do indicador, mas seguem abaixo da linha divisória que separa falta de confiança de confiança.
O ICEI da Indústria Extrativa passou de 50,8 pontos em junho para 53,8 pontos em julho, ou seja, mostra aumento da confiança dos empresários desse segmento industrial. Esse é o décimo setor que passou da linha divisória.
O ICEI ouviu 2.305 empresas entre 1º a 13 julho, sendo 899 pequenas empresas, 845 médias e 561 grandes.
Setores confiantes: Extração de minerais não metálicos; Produtos alimentícios; Químicos; Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; Produtos farmoquímicos e farmacêuticos; Produtos de borracha; Produtos de material plástico; Produtos de minerais não metálicos; Outros equipamentos de transporte; e Móveis.
| CNI | | | | A maioria dos empresários brasileiros entrevistados (25,2%) em uma pesquisa da KPMG apontou que o impacto do isolamento social provocado pela covid-19 pode gerar uma queda de 10% a 25% no faturamento deste ano das empresas. Já para 18,6% deles, essa arrecadação deve se manter próxima a do ano anterior.
Apenas 3,3% deles acreditam que deverá ter um aumento superior a 25%. Os dados são do levantamento realizado com executivos de 11 setores da economia brasileira, entre eles, agronegócio, consumo, energia e governo.
Com relação à receita, os empresários disseram ainda que, em comparação com o mesmo período do ano passado, 26,3% das empresas tiveram uma redução de 10% a 30% em maio. Por outro lado, 17,5% das companhias registraram um aumento de receita nesse mesmo mês.
"Os dados refletem o impacto da covid-19 em mais de dez setores brasileiros. Alguns deles registraram uma queda significativa no faturamento e na receita, como os segmentos de consumo e mercado industrial, mas outros acabaram ganhando lugar de destaque como tecnologia e telecomunicações.
Neste caso, houve aumento de demanda à medida que o isolamento social era mantido pelos governos", explica o sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, André Coutinho.
Ainda com relação ao faturamento para o ano que vem, a maioria dos empresários apresentou uma visão mais otimista: cerca de 34% deles esperam ter um aumento de receita de 10% a 25%. Para 30,7%, esse aumento vai ser de até 10%.
Sobre a pesquisa
A "Pesquisa nacional sobre o Impacto da Covid-19 nos negócios" foi feita no mês de junho, deste ano, com empresários dos seguintes setores: agronegócio (6%); consumo e varejo (18%); energia e recursos naturais (12%); governo (4%); saúde e ciências da vida (2%); mercados industriais (11%); infraestrutura (8%); ONGs (2%); serviços (9%); setor financeiro (19%); e tecnologia, mídia e telecomunicações (9%). Já a distribuição geográfica dos entrevistados foi 65,93% no Sudeste, 18,68% no Sul, 9,89% no Centro Oeste, 4,4% no Nordeste e 1,1% no Norte.
| CIMM | | | | Taxa de contágio cresceu da última semana para esta, segundo grupo do Imperial College que monitora epidemias
A contaminação pelo novo coronavírus entrou na 14ª semana sem estar controlada no Brasil, mostram cálculos do centro de controle de epidemias do Imperial College, um dos principais do mundo.
Desde a semana de 27 de abril, o país tem taxa de contágio acima de 1, o que significa que a transmissão está se acelerando. Na semana que começou neste domingo (26), o índice, também chamado de Rt, subiu de 1,01 para 1,08. Isso quer dizer que cada 100 infectados por coronavírus no Brasil contaminam outros 108, que por sua vez infectam mais 116,6 e assim sucessivamente, ampliando o alcance da doença.
Dos 25 países que apresentavam transmissão sem controle no começo de maio, 13 controlaram o contágio. Na América do Sul, estão nesse grupo o Chile, que reduziu o Rt para 0,91, e o Equador, que está com 0,9. Nesses dois países, cada 100 habitantes infectam outros 90, que passam o coronavírus para 81, depois 73, desacelerando a expansão da doença.
Além do Brasil, Argentina (1,42), Colômbia (1,26) e Peru (1,04) apresentam transmissão acelerada nos últimos quatro meses. Bolívia e Venezuela têm Rt de 1,16, mas estão há menos tempo sem conseguir controlar o contágio: na última semana, apresentavam índices de 0,9 e 1, respectivamente.
Especialistas em epidemias têm ressaltado que, como o Brasil é grande e diversificado, a velocidade da transmissão pode variar bastante de acordo com a região, como mostra o acompanhamento dos casos feito pela Folha: nesta quarta (29), eram 12 estados com contágio acelerado, 12 em transmissão estável, 2 desacelerados e 1 reduzido.
Há duas semanas, a OMS afirmou que o Rt brasileiro varia, geograficamente, de 0,5 a 1,5.
O Imperial College calcula a taxa com base no número de mortes reportadas, dado menos sujeito a subnotificações; como há uma defasagem entre o momento do contágio e a morte, mudanças nas políticas de combate à epidemia levam em média duas semanas para se refletirem nos cálculos.
Segundo as estimativas do centro britânico, o Brasil ainda é o país que terá o maior número de mortes por coronavírus nesta semana, 8.120, uma alta em relação à semana passada. Na Índia, são esperados 6.610 óbitos, e no México, 5.080 (os Estados Unidos não entram no relatório, pois seus dados são calculados por estado, em estudo à parte).
Com base nos óbitos relatados, o Imperial College estima também que o número de casos de contágio no Brasil seja cerca do dobro dos registrados.
| Folha de S.Paulo | | | | O presidente da ANR (Associação Nacional dos Restaurantes), Cristiano Melles, disse hoje em entrevista ao jornal O Tempo, de Minas Gerais, que cerca de 30% dos restaurantes de todo o Brasil não devem sobreviver à paralisação das atividades decorrente da pandemia do novo coronavírus.
"Eu falava que nós estávamos em torno de 18% de restaurantes que não iam abrir. Esse número já veio para 30% e, vou te falar: se a gente passar mais 10, 15 dias fechados, isso facilmente passará de 40%", disse.
"Cada dia que passa, a gente precisa lembrar que o dono do bar, do restaurante, ele vivia daquilo. E ele tem seu custo de vida próprio. E ele tá tendo que arcar com o seu custo de vida próprio sem nenhuma receita. Cada dia que passa o buraco é mais embaixo", acrescentou.
Segundo o presidente da ANR, 25% dos restaurantes de todo o Brasil já fecharam devido à pandemia, número este que representa 1,3 milhão de pessoas que perderam seus empregos.
Melles também disse que, embora existam cidades em que a reabertura dos restaurantes já foi feita, há lugares que estão mantendo os estabelecimentos fechados há mais de quatro meses.
"É uma situação muito difícil. O nosso setor é formado pelo pequeno empreendedor", lembrou.
Segundo pesquisa feita pela própria ANR no fim do mês passado, 76% dos restaurantes que buscaram novas linhas de crédito para financiar o negócio tiveram suas propostas recusadas.
A falta de receita dos estabelecimentos tem levado ao que aconteceu, por exemplo, no Rio de Janeiro, onde restaurantes tradicionais como o Hipódromo e O Navegador fecharam as portas devido à pandemia.
| UOL | | | | Há dez anos, o Brasil é o penúltimo em competitividade entre 18 países com economias parecidas, de acordo com o relatório "Competitividade Brasil 2019-2020" da CNI (Confederação Nacional da Indústria). De acordo com a última edição do estudo, lançada nesta quarta-feira (29), o país continua na parte de baixo da lista, apesar da melhora no ambiente de negócios no período, "com redução de burocracias e melhorias na legislação trabalhista".
O relatório compara o Brasil com: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, Indonésia, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia e Turquia.
Na classificação geral, o Brasil aparece em 17º lugar, na frente apenas da Argentina. Os países mais competitivos são: Coreia do Sul, Canadá e Austrália.
São nove fatores analisados: "Ambiente Macroeconômico", "Ambiente de Negócios", "Educação", "Estrutura Produtiva, Escala e Concorrência", "Financiamento", "Infraestrutura e Logística", "Tecnologia e Inovação", "Trabalho" e "Tributação".
Financiamento e impostos são "bola de ferro", diz CNI
A economia brasileira conseguiu uma classificação melhor nas categorias "Tecnologia e Inovação", "Trabalho" e "Estrutura Produtiva, Escala e Concorrência". "No entanto, 'Financiamento', em especial o custo do capital, e a 'Tributação' funcionam como uma bola de ferro que impedem o Brasil de subir à superfície, respirar e competir em pé de igualdade com outras economias", afirma nota da CNI.
O Brasil é o país com o pior desempenho no ranking do fator "Financiamento" entre os 18 países avaliados, apresentando a mais alta taxa de juros real de curto prazo (8,8%) e o maior spread da taxa de juros (32,2%) em 2018.
No fator "Tributação", o Brasil está em penúltimo lugar, à frente apenas da Argentina. Em 2017, a carga tributária no Brasil representou quase um terço do PIB (32,3%), menor apenas que a da Espanha (33,7%) e a da Polônia (33,9%), de acordo com a CNI.
"Ao longo dos últimos dez anos, que é o período do estudo, percebemos que a média geral do Brasil no ranking de competitividade cresceu. O Brasil registra, por exemplo, redução de burocracias pelo segundo ano seguido, mas os outros países também avançaram, com esforços contínuos para ampliar suas vantagens competitivas. Não estamos isolados no mundo e temos que enfrentar os nossos entraves. O importante é que sabemos quais são eles, a tributação e o spread bancário", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
| UOL | | | | O relatório Competitividade Brasil examina a performance brasileira em relação a economias com características semelhantes às nacionais desde 2010. País ficou estacionado todo esse tempo
Na classificação geral, o Brasil aparece em 17º lugar a frente apenas da Argentina
O ambiente de negócios no Brasil melhorou nos últimos dez anos, com redução de burocracias e melhorias na legislação trabalhista, mas não foi suficiente para tirar o País do penúltimo lugar do relatório Competitividade Brasil 2019-2020.
O estudo, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), compara o Brasil com 17 economias, com características similares às da economia brasileira, em 61 variáveis. Na classificação geral, o Brasil aparece em 17º lugar a frente apenas da Argentina. Os países mais competitivos são: Coreia do Sul, Canadá e Austrália.
Veja a pesquisa completa
A economia brasileira até conseguiu uma classificação mais positiva nas categorias Tecnologia e Inovação; Trabalho; e Estrutura produtiva, escala e concorrência. No entanto, Financiamento, em especial o custo do capital, e a Tributação funcionam como uma bola de ferro que impedem o Brasil de subir à superfície, respirar e competir em pé de igualdade com outras economias.
O relatório compara o Brasil com: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, Indonésia, Méxido, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia e Turquia. Em nove fatores: Ambiente macroeconômico, Ambiente de negócios, Educação, Estrutura produtiva, escala e concorrência, Financiamento, Infraestrutura e Logística, Tecnologia e Inovação, Trabalho e Tributação.
“Ao longo dos últimos dez anos, que é o período do estudo, percebemos que a média geral do Brasil no ranking de competitividade cresceu. O Brasil registra, por exemplo, redução de burocracias pelo segundo ano seguido, mas os outros países também avançaram, com esforços contínuos para ampliar suas vantagens competitivas. Não estamos isolados no mundo e temos que enfrentar os nossos entraves de frente. O importante é que sabemos quais são eles, a tributação e o spread bancário”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O presidente da CNI afirma que é necessário reduzir o Custo Brasil e aumentar a competitividade do país. “Para chegarmos à posição de nação desenvolvida, precisamos de uma indústria forte, dinâmica e competitiva, que olhe para o futuro, sendo cada vez mais inovadora, global e sustentável”, diz
É mais caro obter crédito no Brasil do que em qualquer um dos países selecionados
O Brasil é o país com o pior desempenho no ranking do fator Financiamento entre os 18 países avaliados. Ele obteve nota 2,22. Mas essa prova vale 10. O Canadá, o melhor colocado, tirou 7,65, e a China, a segunda melhor, tirou 7,16. Em duas, das três dimensões avaliadas, o Brasil não teve uma performance tão negativa. Foram elas: disponibilidade de capital e desempenho do sistema financeiro. No entanto, o custo do capital no Brasil é muito superior ao custo nos demais países.
Em 2018, a economia brasileira apresentou a mais alta taxa de juros real de curto prazo (8,8%) e o maior spread da taxa de juros (32,2%). Entre os 18 países selecionados, a Rússia apresentou a segunda maior taxa de juros real de curto prazo (5,2%) e o Peru o segundo maior spread da taxa de juros (11,9%), quase três vezes menor que o indicador brasileiro.
Carga tributária elevada e baixa qualidade do sistema tributário colocam país em penúltimo lugar
No fator Tributação, o Brasil está em penúltimo lugar a frente apenas da Argentina. Nas duas dimensões avaliadas – peso e qualidade – o Brasil situa-se no terço inferior do ranking. No subfator Peso dos tributos, o Brasil ocupa a 17ª posição, superando apenas a Argentina. Em 2017, a carga tributária no Brasil representou quase um terço do PIB (32,3%), sendo inferior apenas à observada na Espanha (33,7%) e na Polônia (33,9%), países cuja renda per capita é cerca de duas vezes superior à brasileira, segundo dados de 2018.
Além da carga elevada, o sistema tributário brasileiro tem baixa qualidade. O Brasil é o último colocado no ranking do subfator Qualidade do sistema tributário.
Chama atenção, o desempenho da Turquia, que subiu da 14ª para a 4ª posição no fator Tributação, passando do terço inferior para o terço superior do ranking. Entre 2018 e 2019, a Turquia realizou reformas que facilitaram o pagamento de impostos no país: melhorou o portal online para cumprir com obrigações tributárias e isentou do IVA (Impostos sobre Valor Agregado) certos investimentos, segundo o Banco Mundial.
Baixa produtividade faz Brasil se posicionar entre os últimos em custo da mão de obra
O Brasil é o nono colocado no fator Trabalho, situando-se no terço intermediário do ranking dos 18 países avaliados. O resultado reflete a vantagem competitiva do país no subfator Disponibilidade de mão de obra. No outro subfator, Custo da mão de obra, o país está entre os últimos colocados.
Apesar de a oferta de trabalho no Brasil situá-lo em 10º lugar, a baixa produtividade do trabalho torna o custo com trabalho no Brasil um dos mais elevados. Entre os 18 países, o Brasil apresentou a segunda menor produtividade do trabalho na indústria, superando apenas a Índia.
| CNI | | | | Ao todo, serão apresentados 11 painéis durante os meses de agosto e setembro, que vão abordar temas sobre inovações tecnológicas. O evento é promovido pela FIEC, SESI, SENAI e IEL, além da parceria da CNI, Sebrae, Gartner e ABDI. Conheça a programação que será totalmente on-line e faça a inscrição gratuita
Entre os temas estão Indústria 4.0, Inteligência Artificial, Ciência de Dados, Aprendizagem de Máquina, Big Data, Internet das Coisas, Robótica e Computação em Nuvem
A pandemia da Covid-19 acelerou diversas transformações no mundo e as empresas precisam seguir o ritmo das mudanças para se adaptarem à nova realidade. Nesse momento, é fundamental buscar informações, conhecer boas práticas e procurar orientações para enfrentar os desafios e prosperar.
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), no intuito de ajudar empresários e profissionais a se prepararem para os cenários atuais e futuros, promove a partir do dia 04/08 o I Fórum de Transformação Digital do Sistema FIEC: Desafios e Oportunidades para a Indústria Cearense no Período Pós-Covid-19.
O objetivo é desmistificar o que é transformação digital e os temas que a circundam, por meio da apresentação de exemplos práticos e ferramentas que podem ser usadas pelas indústrias cearenses, em especial pelas micro e pequenas, como meios que possibilitem a superação dos desafios impostos pela Covid-19.
Ao todo, serão 11 painéis, que vão abordar temas como Indústria 4.0, Inteligência Artificial, Ciência de Dados, Aprendizagem de Máquina, Big Data, Internet das Coisas, Robótica e Computação em Nuvem.
O evento é uma realização do Sistema FIEC, por meio de sua Diretoria de Inovação e Tecnologia, bem como SESI, SENAI e IEL, com a parceria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Sebrae, da Gartner - uma das empresas de consultoria mais respeitadas em todo o mundo - e da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
As inscrições podem ser feitas pelo formulário da FIEC.
O Fórum vai reunir as principais empresas e instituições do Ceará e de todo o Brasil orientadas para a Transformação Digital e será um rico espaço para aquisição de novos aprendizados. O evento será aberto ao público e transmitido pelas redes sociais do Sistema FIEC.
Palestrantes
Especialistas renomados vão participar do evento, entre eles: Felipe Morgado – Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI Nacional, Bruno Gellert - CEO da Peerdustry, Rizzo Hahn - CEO da Pollux, Vitor Massari – CEO Hiflex Consultoria, Ajalmar Neto – Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PPGCC) do IFCE, Diego Demétrio – Gerente Nacional de Soluções do SEBRAE, Jeferson Martins – Gerente Executivo de Manufatura da Totvs, Nei Silvério – Executive Partner da Gartner, Jaime Gama - Executive Partner da Gartner e Henrique Soárez – Management Practices da Educadora 7 de Setembro.
| CNI | | | | Ministro menciona imposto sobre pagamentos e diz que resultado final da reforma tributária não levará a aumento de carga
O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou nesta quarta-feira (29) que uma ampliação da faixa de pessoas isentas do Imposto de Renda –compromisso de campanha do presidente Jair Bolsonaro-- só será possível após a criação de um novo imposto para ampliar a base de arrecadação do governo.
Após reunião técnica no Palácio do Planalto, o ministro afirmou que a reforma tributária defendida pelo governo não levará a um aumento de impostos no país.
“Se houver uma base ampla nova, ela permite extinguir vários impostos: fogão, geladeira, máquina de lavar roupa, aumentar faixa de isenção [do Imposto de Renda], muita coisa pode ser feita se nós conseguirmos uma base ampla que tribute quem não pagava antes e permita pagar menos aqueles que já pagavam.
Quando todos pagam, todos pagam menos”, afirmou.
A ampliação de base tributária desenhada pelo governo passa pela criação de um imposto sobre pagamentos aos moldes da extinta CPMF, com foco em arrecadar principalmente de transações e serviços digitais.
Na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro defendeu a isenção de Imposto de Renda para pessoas que ganham até cinco salários mínimos, com a cobrança de alíquota única de 20% para todas as outras.
Esta não é a primeira vez que a equipe econômica condiciona benefícios à criação do novo imposto. Pelos planos de Guedes, a redução de encargos trabalhistas será colocada em prática após a implementação do tributo, que pode arrecadar R$ 120 bilhões ao ano.
Auxiliares do ministro também defendem que o novo imposto seja usado para bancar parte da ampliação do programa Bolsa Família.
“Você pode reduzir o Imposto de Renda, eliminar alguns IPIs, reduzir cinco, seis, dez impostos se tiver uma base ampla onde crie uma nova incidência para pessoas que não pagam, sejam pagamentos digitais, tem uma enorme economia digital em crescimento e o IVA foi melhor desenhado para a indústria”, afirmou.
Na última semana, o governo apresentou a primeira fase de sua reforma tributária, restrita a uma unificação de Pis e Cofins em um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que incide sobre consumo.
Membros do Ministério da Economia afirmam que desoneração da folha de salários será enviada ao Congresso ainda em agosto, junto com a proposta de criação do imposto sobre pagamentos.
| Folha de S.Paulo | | | | Acordo com o laboratório estatal chinês Sinopharm vai garantir ao Paraná participar da terceira fase da testagem e também da produção de vacina contra a Covid-19. Expectativa é que o processo de testes com a população possa começar em agosto.
O Governo do Paraná deu mais um passo na parceria de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina contra a Covid-19 no Estado, por meio do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça-feira (28), durante ato simbólico por videoconferência, o termo de confidencialidade com a empresa estatal chinesa Sinopharm que possibilitará a realização da terceira fase de testes da vacina no Paraná. A expectativa é que o processo possa começar ainda no mês de agosto.
Atualmente, apenas os Emirados Árabes Unidos, com 15 mil voluntários, participaram no momento da experiência, iniciado neste mês. “É mais um passo, mais um avanço na pesquisa em busca de uma solução para o coronavírus. Esperamos ter sucesso para ajudar o Paraná, o Brasil e os países vizinhos”, afirmou o governador.
Além de passar a integrar o processo de testagem, o acordo garante ao Estado acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Segundo o laboratório, os processos iniciais, já encerrados, tiverem 100% de positivação e sem reação adversa grave.
Agora, destacou Ratinho Junior, serão estabelecidos o termo científico regulatório e o protocolo sanitário de validação para identificar o melhor modelo de testagem a ser seguido.
E, no caso da manutenção dos resultados favoráveis, haverá repasse de tecnologia por parte do Sinopharm para que o Tecpar possa produzir a vacina. A empresa estima finalizar os testes em estágio avançado em humanos em três meses.
De acordo com o governador, a intenção é fazer do instituto paranaense um polo produtor e distribuidor do medicamento para o restante do Brasil e também para países da América do Sul. Ele afirmou, porém, que todo o processo depende da liberação do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Conversei com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello e ele se mostrou muito interessado, indicando que o Governo Federal será um grande parceiro neste projeto. São protocolos importantes que fazem a parceria avançar, ganhar velocidade”, disse Ratinho Junior.
Ministro-conselheiro da Embaixada da China no Brasil, QU Yuhui elogiou a iniciativa do Governo do Paraná de ter procurado a empresa estatal chinesa para a formalização da parceria. “Um acordo com o maior laboratório de biotecnologia da China que revela a visão estratégica do Estado”, ressaltou.
GRUPO DE TRABALHO – Um grupo de trabalho está sendo formado para definir o protocolo de validação para o início dos testes em fase III da vacina desenvolvida pelo Sinopharm.
Pelo lado paranaense, integram o grupo especialistas e técnicos do Tecpar; a Secretaria da Casa Civil; da Superintendência-Geral da Ciência Tecnologia e Ensino Superior; e a Secretaria da Saúde. O protocolo de realização da fase III deve envolver ainda as universidades estaduais e seus hospitais universitários para promover a testagem da população.
A intenção é que nos próximos 15 dias o termo seja submetido aos órgãos regulatórios. Após a aprovação, deve ser iniciada a fase de testagem da população. A expectativa é que o processo seja iniciado até o fim de agosto.
“A Secretaria de Estado da Saúde vai fazer parte desta cadeia produtiva vacinando a população para que ela possa criar uma defesa orgânica contra o coronavírus. Esse é atualmente o maior desafio da saúde pública mundial”, afirmou o secretário Beto Preto.
PRODUÇÃO – De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, estudos clínicos na fase III, que avaliam a eficácia da vacina, costumam ser feitos em torno de três a quatro meses.
Apenas após resultados satisfatórios obtidos na fase III, lembrou ele, é possível iniciar as tratativas para a produção, uma nova etapa na parceria. Inicialmente, os resultados dos estudos clínicos devem ser submetidos à Anvisa e ao Ministério da Saúde, para que seja solicitada a permissão de produção.
“Iniciada a produção, a vacina precisa ainda passar por várias etapas de validação da sua qualidade em um processo industrial. Além dos estudos clínicos, estamos trabalhando com a questão de transferência de tecnologia para o País, fortalecendo o Paraná e o Brasil na área da saúde”, ressaltou Jorge Callado.
RÚSSIA – O Paraná também pode se tornar parceiro da Rússia na produção da vacina contra o novo coronavírus que está em fase final de testes naquele país. O assunto deve ser tratado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nos próximos dias com o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.
No início desta semana, o governo russo anunciou ter concluído com sucesso a fase de ensaios clínicos do seu antivírus, desenvolvido pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. A expectativa é que esteja disponível no primeiro semestre do próximo ano.
RECURSOS GARANTIDOS – O Governo do Paraná já se antecipou para garantir recursos para a compra e distribuição de vacinas no Estado. Na segunda-feira (20), o Governo do Estado enviou uma emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2021 para alocar R$ 100 milhões no caixa da Secretaria de Saúde para aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.
OUTRAS VACINAS – Cerca de 130 vacinas contra a Covid-19 estão sendo produzidas no mundo. Em estágio avançado estão os estudos realizados pela Universidade Oxford, da Inglaterra. O Brasil tem uma parceria para a produção da vacina, por meio da Fiocruz. A expectativa é que a vacina da Oxford possa ser produzida no início de 2021. Os testes também estão na fase 3.
O Instituto Butantã, de São Paulo, está testando no Brasil a vacina produzida pela Sinovac, que tem sede na China. Esta vacina já está na fase de testagem clínica em humanos. A intenção é de que a vacina comece a ser produzida no início do ano que vem.
PRESENÇAS - Participaram do ato o secretário chefe da Casa Civil, Guto Silva; e o superintendente-geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Foi o sexto melhor resultado do País. Os setores que mais se destacaram foram construção civil e indústria de transformação.
O Paraná registrou saldo positivo de 2.829 empregos com carteira assinada em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (28). Foi o sexto melhor resultado do País, atrás de Mato Grosso, Santa Catarina, Goiás, Maranhão e Pará, e o primeiro balanço positivo após três meses de baixas, apontando certo reequilíbrio da economia.
Os setores que mais se destacaram em junho foram construção civil (saldo de 1.828 empregos criados), seguido de indústria de transformação (1.438), serviços industriais de utilidade pública (161), agricultura (77), serviços (46). O comércio foi o único grande segmento com saldo negativo, acumulando 721 demissões no mês, mas houve inflexões em transporte, armazenagem e correio (-663), alojamento e alimentação (-1.577) e artes, cultura, esporte e recreação (-309)
“Após três meses de índices negativos, resultado da pandemia e da redução na atividade econômica para controlar a disseminação do coronavírus, o Paraná voltou a apresentar saldo positivo em junho. O resultado é sinal do esforço do Governo para incentivar a abertura de novas vagas, resultado de uma política ativa de estímulos adotada no Estado”, disse o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Mauro Rockenbach.
Os municípios que conseguiram se sobressair foram Arapongas (593 empregos gerados), Ponta Grossa (450), Matelândia (371), Cascavel (319), Ortigueira (308), Curitiba (301), Cambé (185), Campo Largo (149), Palotina (147) e Andirá (139). Grandes centros como Maringá (-600), Foz do Iguaçu (-442), Londrina (-409), Fazenda Rio Grande (-183) e Colombo (-168) ainda sofrem com os impactos da pandemia.
SEMESTRE – No acumulado de janeiro a junho, o saldo do Paraná ficou em -47.070 empregos, o que o coloca em 20º no ranking das unidades federativas. Ainda assim, o Estado está acima dos demais do Sul: Santa Catarina registrou resultado de -53.592 no semestre, e o Rio Grande do Sul perdeu 94.490 empregos. Grandes centros como São Paulo (-364.470) e Rio de Janeiro (-184.928) também estão distantes de recuperar o fôlego no mercado de trabalho.
Foram três meses positivos e três negativos no ano. Em janeiro o saldo foi de 17.859 admissões e em fevereiro de 28.781, mas março (-13.277), abril (-55.008) e maio (-23.856) geraram grandes perdas no emprego formal.
O resultado semestral representa queda de 216,4% em relação aos 40.413 empregos criados entre janeiro e junho de 2019. No consolidado do ano, o Paraná aparecia em terceiro lugar no número absoluto de contratações e na quarta posição no saldo total de vagas de trabalho, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. O emprego crescia em sete dos oito segmentos analisados pela entidade ligada ao Ministério da Economia.
NACIONAL – O País registrou aumento de 24% na geração de empregos em junho, mas o saldo ainda ficou negativo: menos 10.984 vagas. Entre as regiões, Centro-Oeste, Norte e Sul tiveram resultados positivos, com saldos de 10.010, 6.547 e 1.699, respectivamente. O pior resultado foi o da região Sudeste, que fechou o mês com menos 28.521 vagas.
A agropecuária foi o setor com o melhor desempenho nacional, com a abertura de 36.836 novas vagas, seguido pela construção civil, que registrou um saldo positivo de 17.270 postos de trabalho. Comércio e serviços registram saldos negativos: -16.646 e -44.891 vagas, respectivamente.
O resultado demonstrou uma considerável melhora, porém ainda negativa, em relação ao mês passado, que registrou saldo de -331.901 postos de trabalho. Houve queda de 382,6% em relação ao acumulado de janeiro a junho de 2019 (424.051 novas carteiras assinadas).
| Agencia Estadual de Notícias | | | | A construção civil e a agricultura salvaram a geração de empregos no Paraná durante a pandemia de Covid-19
O mercado formal de trabalho registrou uma retração histórica no Paraná. No primeiro semestre deste ano, conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Economia, o estado viu fechar 47.070 postos de trabalho, resultado de um total de 541 mil admissões e 588 mil desligamentos entre janeiro e junho. Trata-se do pior resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) desde 2003, pelo menos, que é o primeiro ano com dados disponíveis na base de dados da Secretaria de Trabalho.
Apesar das marcas negativas, entretanto, os dados do Caged também trazem motivo para esperança. É que no mês de junho o Paraná conseguiu, pela primeira vez desde fevereiro, registrar saldo positivo na criação de empregos, com a abertura de 2.829 postos de trabalho. O resultado positivo se deve ao aumento das admissões (27,90%) e à redução das demissões (-14,31%) na comparação com maio.
Em sua análise dos dados do Caged, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ressaltou que o saldo positivo em junho “demonstra que a atividade econômica no estado começa a se recuperar após os impactos da crise provocados pela pandemia da Covid”.
Entre os cinco grandes grupos econômicos analisados, os destaques positivos no primeiro semestre foram a construção e a agropecuária, que criaram, respectivamente, 7.400 e 2.654 novos postos de trabalho entre janeiro e junho. Por outro lado, o comércio (-26.761) e o setor de serviços (-23.008) registraram os resultados mais negativos, seguidos pela indústria (-7.355).
Considerando somente os dados do mês de junho, temos que a construção (1.828) segue apresentando saldo positivo, enquanto a indústria (1.599) esboça reação. Em contrapartida, o setor de Comércio continua apresentando perda de postos de trabalho, sendo que no último mês fechou 721 vagas.
Evolução do mercado formal de trabalho no Paraná em 2020
Janeiro
Admissões: 116.018
Desligamentos: 98.159
Saldo: 17.859
Fevereiro
Admissões: 134.004
Desligamentos: 105.223
Saldo: 28.781
Março
Admissões: 112.703
Desligamentos: 125.781
Saldo: -13.078
Abril
Admissões: 48.666
Desligamentos: 107.406
Saldo: -58.740
Maio
Admissões: 56.897
Desligamentos: 81.618
Saldo: -24.721
Junho
Admissões: 72.771
Desligamentos: 69.942
Saldo: 2.829
Curitiba é a cidade que mais fechou vagas de empregos
Entre todas as cidades do Paraná, justamente a capital paranaense, Curitiba, foi a que mais fechou postos de trabalho (-22.262), seguida por Foz do Iguaçu (-5.691), Londrina (-5.585), Maringá (-4.541), São José dos Pinhais (-3.817), Pinhais (-1.928), Guarapuava (-1.011), Apucarana (-848), Guaratuba (-803) e Fazenda Rio Grande (-670).
Por outro lado, cinco cidades se destacaram na geração de postos de trabalho formais: Matelândia (1.822), Ortigueira (1.318), Toledo (1.288), Rio Negro (923) e Paraíso do Norte (808). Entre as cidades que mais geraram empregos neste período analisado, destacam-se os setores de Abate de aves, Obras de infraestrutura, Abate de suínos, Processamento industrial de fumo, e de Cultivo de cana de açúcar.
Dos 399 municípios paranaenses, informa ainda o Dieese, 398 tiveram movimentação de admissões e desligamentos no acumulado do ano 2020 (janeiro a junho), sendo que destes, a maioria, 217 (54,39%) tiveram saldos negativo empregos, 178 (44,61%) apresentaram saldos positivos, e por fim, em apenas três (0,75%) o saldo foi zero.
As profissões em alta no Paraná
(grupos profissionais com maior saldo entre admissões e desligamentos)
Trabalhadores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo: 4.697
Trabalhadores da Indústria Extrativa e da Construção Civil: 4.694
Profissionais do Ensino: 1.664
Trabalhadores da Mecanização Agropecuária e
Florestal: 1.156
Técnico de nível médio das Ciências Biológicas,
Bioquímicas, da Saúde e afins: 1.126
Profissionais das Ciências Biológicas, da Saúde e Afins: 1.063
| Bem Paraná | | | | Pela primeira vez desde que a pandemia do coronavírus começou a se alastrar pelo Brasil, o Paraná conseguiu fechar um mês com mais contratações do que demissões. Em junho, conforme dados divulgados hoje (28 de julho) pelo Ministério da Economia, o estado registrou um total de 72.771 admissões ante 69.942 desligamentos, com saldo de +2.829.
Desde fevereiro o Paraná não alcançava um resultado positivo no Caged. Entre março e maio foram fechados 96.539 postos de trabalho, com saldo de -13.078 em março, -58.740 em abril e -24.721 em maio. Considerando todo o primeiro semestre, o saldo ficou negativo em 47.070, com 541.059 admissões e 588.129 desligamentos.
Em todo o país, apenas cinco estados apresentaram resultado mais positivo em junho. São eles: Mato Grosso (6.790), Pará (4.550), Goiás (4.334), Maranhão (3.907) e Santa Catarina (3.721). No Brasil inteiro, houveram 895.460 contratações no último mês e 902.940 demissões, o que dá um saldo de -11.679. Rio de Janeiro (-16.801), São Paulo (-13.299) e Rio Grande do Sul (-4.851) foram os estados que mais contribuíram para o resultado negativo.
Construção e indústria foram os setores que mais abriram postos de trabalho
Os dados do Caged mostram ainda que entre os grupamentos econômicos, os principais destaques foram a construção e a indústria, que criaram 1.828 e 1.599 postos de trabalho, respectivamente. Enquanto o primeiro contratou 9.100 funcionários e dispensou outros 7.272, o segundo fechou junho com 16.471 contratações e 14.872 desligamentos.
Por outro lado, o comércio permanece em queda. Em junho, o setor demitiu 18.033 trabalhadores e contratou 17.312, saldo de -721. Já Serviços (+46) e Agropecuária (+77) fecharam com saldo praticamente estável entre demissões e contratações.
O mercado de trabalho formal no Paraná em 2020
Mês Admitidos Desligados Saldo
Janeiro 116.018 98.159 17.859
Fevereiro 134.004 105.223 28.781
Março 112.703 125.781 -13.078
Abril 48.666 107.406 -58.740
Maio 56.897 81.618 -24.721
Junho 72.771 69.942 2.829
TOTAL 541.059 588.129 -47.070
Dados por Unidade Federativa
Unidade federativa Admissões Demissões Saldo
Rondônia 6.413 5.555 858
Acre 1.535 1.423 112
Amazonas 7.853 8.126 -273
Roraima 1.668 1.596 72
Pará 19.802 15.252 4.550
Amapá 1.024 998 26
Tocantins 4.709 3 507
Maranhão 11.905 7.998 3.907
Piauí 5.061 4.755 306
Ceará 18.667 20.407 -1.740
Rio Grande do Norte 9.469 7.723 1.746
Paraíba 5.642 5.584 58
Pernambuco 17.387 20.651 -3.264
Alagoas 5.560 4.697 863
Sergipe 3.910 4.594 -684
Bahia 29.566 32.099 -2.533
Minas Gerais 99.430 97.635 1.795
Espírito Santo 17.397 17.613 -216
Rio de Janeiro 48.371 65.172 -16.801
São Paulo 302.036 315.335 -13.299
Paraná 72.771 69.942 2.829
Santa Catarina 59.980 56.259 3.721
Rio Grande do Sul 53.340 58.191 -4.851
Mato Grosso do Sul 13.934 12.501 1.433
Mato Grosso 27.475 20.685 6.790
Goiás 34.850 30.516 4.334
Distrito Federal 15.027 17.574 -2.547
Não identificado 678 56 622
TOTAL 895.460 902.940 -11.679
| Bem Paraná | | | | A promessa do presidente Jair Bolsonaro de isentar o pedágio de motociclistas nas próximas concessões, se for levada em frente, deve encarecer a tarifa cobrada dos usuários de carros e caminhões, na avaliação de representantes do setor de infraestrutura e concessões ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que foram pegos de surpresa com o anúncio.
Em média, o impacto dessa gratuidade aos motociclistas deve ser de 5% nas demais tarifas, segundo cálculos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O número muda de acordo com o trecho. Por exemplo, quanto mais perto a concessão está de um grande centro urbano, maior o impacto, já que a concentração de motociclistas é mais alta nessas regiões.
Para a entidade, a mudança seria um "retrocesso". O diretor-superintendente da ABCR, Flávio Freitas, lembrou que as primeiras concessões não previam o pagamento de pedágio por motos, mas que a regra mudou justamente para desonerar os demais motoristas.
A ideia da isenção foi lançada por Bolsonaro neste fim de semana, ao conversar com um grupo de apoiadores após um passeio de moto pela capital federal. Na ocasião, o presidente disse já ter dado a diretriz para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Questionada ainda ontem sobre o andamento da medida, a pasta não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.
O diretor-superintendente da ABCR observou que o poder público é "soberano" para definir as regras da concessão, podendo, portanto, prever esse benefício nos próximos contratos. Para ele, porém, o conceito de "usuário-pagador" deve ser mantido. De outra forma, os motoristas de caminhão e carro precisarão arcar com os custos do benefício formulado aos motociclistas.
"Pode não ser um valor representativo (de encarecimento do valor da tarifa), mas aquele custo de manutenção e mecânico e médico que as motos têm direito ao andar em rodovia concedida, alguém vai ter de pagar por isso. Nós vemos como um retrocesso", afirmou Freitas.
O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, disse, em nota, que a entidade não apoia nenhum tipo de gratuidade, justamente por acreditar que tal medida fará com que os outros usuários paguem mais caro pela tarifa.
"Lutamos, sim, pelo fim dos privilégios, e não para ter mais um grupo de privilegiados", disse Costa, lembrando que a bandeira da CNT é pelo sistema de pedágio free-flow, no qual a cobrança ocorre de acordo com o quilômetro percorrido. "Respeitamos a opinião do presidente Bolsonaro, mas pensamos diferente."
Atendimentos
Apesar de as motos gerarem um desgaste de pavimento menor do que outros veículos, quase metade dos atendimentos médicos e mecânicos prestados nas rodovias pelas concessionárias são direcionados a motociclistas, explicou o diretor-superintendente da ABCR, segundo ele, o governo não chegou a discutir a pauta com a entidade.
É o mesmo ponto destacado pelo advogado especialista em aspectos regulatórios e no equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessões comuns e PPPs, Maurício Portugal Ribeiro. A percepção desse custo com os atendimentos, observou ele, foi o que levou o governo a mudar as regras e passar a cobrar pelo pedágio de motociclistas.
| Bem Paraná | | | | Proposta pelo Executivo, lei determina que pagamento das diárias não será cobrado até o Detran retomar atendimentos presenciais, suspenso por causa da pandemia.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (28) a lei que isenta as taxas de estada dos veículos apreendidos que ficam nos pátios do Detran. O pagamento das diárias não será cobrado dos cidadãos até o órgão retomar os atendimentos presenciais, suspenso por causa da pandemia do novo coronavírus. O valor atual das diárias é de R$ 27,66.
A medida, aprovada pela Assembleia Legislativa, foi proposta pelo Executivo na terça-feira passada (21). Na mesma data, o governo também encaminhou um projeto de lei que prevê o parcelamento do Imposto Sobre a Propriedade do Veículo Automotor (IPVA) ainda devido de 2020, que foi sancionado na última quinta-feira (23).
“São propostas que dão um certo fôlego aos proprietários de veículos. Sabemos que muitos paranaenses acabaram perdendo renda por causa da pandemia. O Governo do Estado fará tudo o que estiver ao seu alcance para minimizar os impactos para os cidadãos enquanto a situação não retoma a normalidade”, afirmou Ratinho Junior.
RESTITUIÇÃO - Estão isentos os créditos gerados desde o dia 19 de março. Os proprietários que eventualmente tenham conseguido liberar os veículos no período, com o pagamento integral das taxas, poderão solicitar junto ao Detran a restituição do valor pago.
O texto sancionado pelo governador prevê, porém, o pagamento da primeira diária da estadia, que é obrigatória. A remissão, isenção e restituição da taxa valem a partir da segunda diária.
“Como parte das medidas de combate ao novo coronavírus, o Detran teve que suspender alguns serviços. Por esse motivo, propusemos o cancelamento das taxas enquanto ainda estivermos neste cenário, e também o reembolso para aqueles contribuintes que eventualmente fizeram o pagamento no período”, explicou o diretor-geral do órgão, Vagner Mesquita.
| Agência Estadual de Notícias | | | | A quarta bateria de fornos da ArcelorMIttal, composta por 49 fornos, terá capacidade produtiva de 600 mil toneladas de coque por ano. A nova unidade, que está sendo construída pela ThyssenKrupp no complexo de Tubarão (ES), será agregada às outras três baterias originais da coqueria (também projetadas pela Thyssenkrupp nos anos 1980). Quando estiver pronta, ocupará uma área construída de 7 mil m² e 20 metros de altura em seu ponto máximo.
A Thyssenkrupp informa que, em um ano e dez meses, alcançou 50% da obra da nova bateria. Foram 10 meses dedicados ao desenvolvimento de engenharia e aquisições e um ano para a construção. “O rápido andamento do projeto foi possível devido ao uso de tecnologias de engenharia civil que permitem redução de até 20% do tempo de execução, alinhando altos níveis de qualidade e segurança”, informa a Thyssenkrupp, destacando que este projeto “consolida a sua capacidade de realização de contratos EPC turnkey no setor industrial”.
A construção utiliza elementos de concreto pré-fabricados que agilizam a montagem em campo, demandando menor mão de obra (cerca de 20%) em comparação aos métodos tradicionais de concretagens in loco. Outra metodologia empregada foi a utilização de formas deslizantes para a construção de duas paredes de travamento longitudinal, conhecidas como Pinion Walls.
Essa tecnologia possibilita a concretagem contínua em um regime de trabalho ininterrupto. A construção de cada uma das paredes de 16 m de altura x 16 m de largura e espessura de 1,5 m aconteceu em cinco dias, totalizando 800 m³ de concreto em ambas.
Tecnologias digitais foram aplicadas para diminuir não-conformidades de execução em campo e eventual retrabalho. O projeto foi desenvolvido em modelagem 3D virtual, a partir de escaneamento a laser do ambiente da obra e compartilhado com as empresas subcontratadas em ambiente comum para evitar falhas e ganhar rapidez na execução.
"Quando se combina a execução de uma obra segura com a capacidade de gestão EPC e o uso de tecnologias digitais para reduzir falhas de maneira preditiva, o resultado é uma entrega de qualidade, dentro do prazo e orçamento estipulados”, diz Paulo Alvarenga, CEO da unidade Plant Technology da Thyssenkrupp no Brasil.
| Usinagem Brasil | | | | Presidente global do grupo, Carlos Tavares, ressalta a manutenção da rentabilidade apesar da pandemia
A PSA reportou lucro de € 595 milhões no primeiro semestre, representando queda de 67,5% sobre € 1,8 bilhão registrado em mesmo período do ano passado, informa o grupo em comunicado referente ao seu balanço financeiro divulgado na terça-feira, 28. Apesar do resultado ser menor do que há um ano, a companhia ressaltou a importância de continuar como uma empresa rentável durante a pandemia.
O faturamento total do grupo fechou a primeira metade de 2020 em € 25,1 bilhões, retração de 34,4% no comparativo anual, principalmente devido ao impacto negativo do mix de volume (-40,5%), à queda das vendas a parceiros (-0,5%) e ao impacto das taxas de câmbio (-0,6%). Por outro lado, a receita se beneficiou do efeito positivo do mix de produtos (+3,4%) e do preço (+0,4%) entre outros fatores (+2,3%).
A divisão automotiva diminuiu em 35,5% seu faturamento no período, para € 19,5 bi, enquanto a Faurecia, divisão fabricante de componentes, encerrou com € 6,17 bilhões, resultado 31,2% menor do que o apurado na primeira metade de 2019. Ambos são atribuídos a um volume menor de vendas devido à baixa demanda causada pela crise gerada pela pandemia em várias regiões do mundo ao longo do primeiro semestre.
“Este resultado no primeiro semestre comprova a resiliência do grupo, como uma recompensa de seis anos consecutivos de um intenso trabalho para aumentar nossa agilidade e reduzir o breakeven. O grupo está também superando essa crise graças ao comprometimento das equipes, focadas em entregar uma mobilidade limpa, segura e acessível a nossos consumidores.
Estamos determinados a alcançar uma recuperação sólida na segunda metade do ano, enquanto finalizamos a criação da Stellantis antes do final do primeiro trimestre de 2021”, declarou em nota o presidente mundial da PSA, Carlos Tavares.
A companhia prevê que em 2020 todos os principais mercados do mundo vão registrar quedas importantes nos volumes totais de venda de automóveis. O Grupo PSA trabalha com forecasts que consideram que a América Latina deverá apresentar o maior índice de retração, com entregas 30% menores com relação a 2019, considerando os mercados do Brasil, Argentina, Chile e México. A mesma proporção de queda é prevista para a Rússia.
Na Europa, o conglomerado que reúne as marcas Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall espera por entregas 25% menores neste ano, enquanto a China deve registrar a menor queda, de 10%.
| Automotive Business | | | | Projeções da Fenauto indicam que segmento deve voltar aos números pré-pandemia já no início de agosto
O mercado de veículos usados caminha firme rumo à normalização de vendas pré-pandemia, de acordo com os números divulgados pela Fenauto, entidade que representa os comerciantes independentes de automóveis usados e seminovos. Os dados mostram a evolução constante dos números do segmento, incluindo os resultados da penúltima semana de julho.
De acordo com o levantamento, a média diária de vendas realizadas entre os dias 20 e 26 de julho foi 8,02% maior (somando 54.232 veículos) do que a da semana anterior, sendo que esta também havia apresentado crescimento com relação a média da segunda semana do mês (veja tabela abaixo). Com esse resultado, a entidade aposta na recuperação do setor, que deve atingir os volumes vistos antes da pandemia já na primeira semana de agosto.
Vendas carros usados julho 2020
“Esse movimento positivo vem se repetindo há algumas semanas, praticamente sem interrupções, e isso sinaliza que o setor de seminovos e usados está em um processo de recuperação mais acelerado do que o mercado de novos”, declara Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
“Acreditamos que persistindo esse movimento positivo estaremos com o mercado normalizado já em agosto, com os números que tínhamos registrado no começo do ano e que traziam boas perspectivas para 2020, esperamos que isso prossiga” finaliza o dirigente.
| Automotive Business | | | | Equipamento de inteligência artificial prevê acelerar o desenvolvimento de programas de condução autônoma
A Continental e a Nvidia estão investindo em um novo supercomputador que será usado para desenvolver novas tecnologias de maneira mais rápida e segura focadas em condução autônoma. Utilizando inteligência artificial, o equipamento permitirá acelerar a evolução dos programas de assistência ao motorista e de direção autônoma, entre outras.
“O supercomputador é um investimento no nosso futuro”, afirma Christian Schumacher, chefe de sistemas de gerenciamento de programas da Continental. “O sistema permite reduzir o tempo para aprimorar as novas tecnologias, pois permite realizar 14 vezes mais experimentos simultaneamente”, explicou.
Os equipamentos de assistência ao motorista utilizam a inteligência artificial para auxiliar o condutor, tomar decisões e atuar de forma autônoma. Sensores como radares e câmeras captam as informações que são processadas em tempo real a fim de fornecer dados para que o veículo consiga interagir de modo seguro com o ambiente.
Com os sistemas se tornando cada vez mais complexos, os equipamentos tradicionais estão chegando ao limite, assim investir em novas máquinas, com maior poder de processamento, vem se tornando uma necessidade.
Instalado em um datacenter na cidade de Frankfurt, na Alemanha, o novo supercomputador é alimentado por energia verde certificada (de fontes renováveis) e já é considerado o mais potente utilizado em toda a indústria automotiva.
| Automotive Business | | | | A TE Connectivity, líder global de conectividade e sensores para setores automotivo, agrícola, aeroespacial, energia, industrial entre outros, anuncia a nacionalização de quatro novas famílias de terminais usados em aplicações elétricas e eletrônicas da indústria automotiva, contemplando veículos leves, pesados e máquinas agrícolas. Os novos terminais serão produzidos na fábrica da TE em Bragança Paulista, SP.
Para nacionalizar os componentes, a TE investiu cerca de US$ 4,5 milhões e importou maquinário e ferramentais da Europa. Foram cinco estampos de progressão e quatro prensas rápidas suíças com periféricos como solda por laser e sistema de visão. Cada estampo produz um produto e suas variações de seções de cabo.
Em 2019, a empresa produziu em torno de 2 bilhões de terminais elétricos somente no Brasil. Nos últimos dois anos, a TE já nacionalizou mais de 120 produtos em sua fábrica brasileira que vem passando por um grande processo de modernização. No final do ano passado, a empresa inaugurou um moderno laboratório em sua planta paulista que reforça seus planos de desenvolver e produzir localmente soluções de alta tecnologia para abastecer a indústria automotiva.
“Preparamos nossa fábrica no Brasil, investindo maciçamente em novos equipamentos e treinamento de pessoal, bem como estruturando-a para os conceitos da Indústria 4.0, para termos plenas condições de produzirmos localmente o que há de mais avançado no mundo em terminais e conectores”, comenta Fabrício Miyasato, diretor de operações da TE Connectivity.
De acordo com Fabrício, os novos lançamentos da indústria automotiva no mercado nacional, tanto automóveis como veículos comerciais (caminhões, ônibus e máquinas agrícolas), chegam com elevado índice de sofisticação tecnológica e praticamente sem qualquer defasagem com relação aos lançamentos das montadoras nos países europeus, asiáticos ou no mercado norte-americano. “Temos que dar respostas rápidas a esta tendência positiva que valoriza o mercado nacional e, sobretudo, a engenharia local”.
Tecnologia de ponta
Os novos terminais seguem o conceito de two-piece contact, onde a função elétrica é separada da função mecânica. Algumas das vantagens são alta performance, tecnologia com ponto de contato redundante e os novos terminais suportam altos níveis de vibração e temperaturas de -40 °C a 150 °C.
Para produzir os novos componentes, profissionais da TE passaram por treinamentos nas unidades da empresa na Alemanha, Espanha e Suíça. Os produtos nacionalizados também passaram por aprovação do Centro de Desenvolvimento, localizado em Bensheim, Alemanha.
“Todo e qualquer produto local é testado pelo nosso novo laboratório localizado em Bragança Paulista, SP, e deve atender as normas da TE Brasil, da matriz, onde enviamos amostras e a conclusão de testes para aprovação, e dos nossos clientes. A partir da aprovação de todos e da homologação junto aos nossos clientes, podemos iniciar a produção dos novos produtos”, explica Fabrício. O executivo afirma que para ainda este ano, mais nove terminais estão em análise de viabilidade de nacionalização.
Buscando oferecer mais rapidez no desenvolvimento de projetos especiais, particularmente para a indústria automotiva nacional, a TE investiu cerca de quatro milhões de reais, em recursos próprios, na construção de um novo e avançado laboratório de análises, que conta com sofisticados equipamentos de metrologia e testes de vibração.
| CIMM | | | | Desenvolvido na USP em São Carlos, adesivo aplicado sobre a pele poderá ser usado para monitorar o funcionamento do organismo e administrar medicamentos.
Um sensor vestível, impresso em nanocelulose microbiana, um polímero natural, foi criado por pesquisadores da USP, no campus de São Carlos, em colaboração com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara, Universidade de Araraquara, Universidade de Campinas (Unicamp) e Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas.
O dispositivo poderá substituir, com vantagens, os sensores convencionais, impressos em superfícies plásticas. Aplicado sobre a pele, permite detectar várias substâncias presentes no suor, funcionando como um sensor não invasivo de amostras.
A pesquisa, coordenada pelo professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio dos projetos “Biossensor impresso e implantável fabricado com biopolímeros para monitoramento de longa duração”; “Design e fabricação de dispositivos flexíveis nanoestruturados para detecção de biomarcadores”; “Desenvolvimento de instrumentos analíticos baseados em línguas eletrônicas para detecção simultânea de ameaças bacterianas” e um apoio da Equipamento Multiusuários.
“A nanocelulose microbiana é um polímero 100% natural, produzido por bactérias a partir do açúcar. Sua principal vantagem em relação ao plástico é que propicia uma interface muito maior com a pele e já é encontrada no mercado há alguns anos na forma de curativos. No entanto, ainda não havia sido estudada como matriz para a fabricação de sensores eletroquímicos”, diz Robson Rosa da Silva, também do IFSC e um dos dois autores principais do artigo.
Nos sensores de matriz plástica, a transpiração forma uma espécie de barreira entre a pele e o dispositivo, dificultando a detecção e constituindo também um fator alergênico. “Já o sensor em nanocelulose é totalmente respirável: o suor consegue chegar até a camada ativa do eletrodo através da matriz de nanocelulose”, explica.
O sensor tem a forma de um pequeno adesivo retangular, com 1,5 centímetro de comprimento e 0,5 centímetro de largura e a espessura de uma folha de papel de seda. E consegue detectar vários biomarcadores, como sódio, potássio, ácido úrico, ácido láctico, glicose, etc. “Esses elementos ou substâncias, que circulam na corrente sanguínea, são detectáveis também no suor. Assim, uma aplicação possível do sensor de nanocelulose é o monitoramento da diabete. Outra é o controle hormonal em mulheres, por meio da detecção do hormônio estradiol”, informa Silva.
O dispositivo poderia ser usado para detectar também a presença de poluentes atmosféricos no organismo. “Como prova de conceito, expusemos o sensor a baixas de concentrações de metais tóxicos, como chumbo e cádmio. E o resultado foi positivo”, acrescenta o pesquisador.
As unidades de detecção são impressas sobre a matriz de nanocelulose microbiana por meio de uma técnica de serigrafia semiautomatizada, com o uso de pasta com grande concentração de partículas de carbono, devido à alta condutividade elétrica desse material. “Reações químicas de oxidação ou redução produzem o sinal elétrico que indica a concentração do metabólito de interesse”, explica Paulo Augusto Raymundo Pereira, o outro autor principal do artigo, que realiza pós-doutorado no IFSC.
“Para isso, o sensor é conectado a um potenciostato, que faz as medidas eletroquímicas por meio da variação da corrente elétrica. E as informações obtidas são, finalmente, transmitidas a um computador e traduzidas por meio da curva-padrão”, detalha Pereira. Segundo ele, a conexão wireless do sensor com o aparato de medição e leitura é uma possibilidade tecnológica de fácil resolução.
Os pesquisadores estudam, agora, o uso do dispositivo para a administração de medicamentos, bem como sua viabilização comercial. A primeira fase do projeto “Fabricação de eletrodos impressos por serigrafia em substratos biodegradáveis (nanocelulose e filmes de cebola Allium cepa l) para aplicações das indústrias médica, alimentícia e agroindustrial”, desenvolvido pela Biosmart Nanotechnology, teve o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp.
| CIMM | | | | Mudança se torna obrigatória na segunda e Petrobras diz que já antecipou meta de 2022
Com a obrigação de vender gasolina de melhor qualidade a partir da próxima segunda (3), importadores de combustíveis estão pagando, em média, R$ 0,07 por litro a mais em suas compras no exterior, o que deve refletir em aumento de custo para o consumidor.
Nesta quarta (29), a Petrobras informou que suas refinarias já produzem o combustível com padrões de qualidade previstos para entrar em vigor apenas em 2022, antecipando meta estabelecida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
As novas especificações da gasolina brasileira foram aprovadas em janeiro, com o objetivo de impedir a venda de combustível de menor qualidade. Petrobras e a ANP alegam que eventuais aumentos de preço devem ser compensados por melhora no rendimento dos motores.
A mudança no padrão afeta mais a parcela do produto que é importada, já que a Petrobras vem produzindo desde o início do ano de acordo com as especificações que se tornam obrigatórias nesta segunda. Em maio, segundo a ANP, 20% do mercado brasileiro foi abastecido por gasolina comprada fora do país.
As novas regras estabelecem limites mínimos de massa específica mínima e de octanagem do tipo RON (indicador para a resistência a detonação em motor com giro baixo) e foram definidas em duas etapas: primeiro, a octanagem RON passa a ser, no mínimo, de 92. Em 2022, o piso passa para 93.
A Petrobras informou, porém, que todas as suas refinarias já produzem o combustível com a octanagem RON 93. "Ajustamos nossos processos de refino e estamos prontos para antecipar o padrão de qualidade previsto para 2022", disse a diretora de Refino e Gás Natural da estatal, Anelise Lara.
Segundo a estatal, o novo padrão dificulta fraudes na gasolina, combatendo a adulteração com solventes e nafta (um derivado de petróleo usado pela indústria petroquímica) de baixa qualidade. A empresa não detalhou qual o impacto da antecipação da meta no preço do combustível.
Desde maio, a Petrobras promoveu nove reajustes no preço da gasolina, movimento que acompanhou a recuperação das cotações internacionais do petróleo após o relaxamento de medidas de isolamento social ao redor do mundo.
O limite de octanagen RON é mais comum em países europeus e asiáticos. Nos Estados Unidos e México, por exemplo, usa-se um indicador chamado IAD (índice antidetonante), que é uma média aritmética entre a octanagem RON e a MON (definida em testes com giro alto).
Até janeiro, a legislação brasileira falava apenas em IAD e octanagem MON. Segundo a ANP, a definição de limites mínimos de massa específica e octanagem RON vai permitir a introdução no país de motores mais eficientes, com menor consumo e menos emissões.
"O ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina compensará uma eventual diferença no preço, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro", diz a Petrobras, na nota divulgada nesta quarta.
A empresa ressalta ainda que o preço do combustível é definido pela cotação no mercado internacional e outras variáveis, como taxa de câmbio e custo do frete. "Esses fatores podem variar para cima ou para baixo e são mais influentes no preço do que o custo adicional de especificação."
O valor cobrado pelas refinarias da Petrobras equivale a cerca de 30% do preço final da gasolina nos postos. O restante são impostos e margens de postos e distribuidoras. Como reflexo da sequência de reajustes dos últimos meses, o preço da gasolina nos postos vem subindo há nove semanas, com alta acumulada de 10% desde que atingiu o piso de R$ 3,803 por litro.
| Folha de S.Paulo | | | |
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