| 25 de JUNHO de 2020
Quinta-feira
- Plenário pode votar hoje MP de ajuda a empresas na pandemia
- Em 6 anos, mais de 454 mil empresas foram fechadas no Brasil, diz IBGE
- Artigo: O que define a nova economia no mundo novo
- Desemprego e desalento avançam no Paraná enquanto renda despenca em meio à pandemia
- Recuperação econômica passa por investimento em infraestrutura
- Potencial redução de 50% no preço do gás natural impulsionará importantes setores da indústria
- Confiança da construção avança 9,1 pontos em junho, a 77,1 pontos, diz FGV
- País tem 12,5 mi de CPFs a mais que a população e TCU aponta 'irregularidade grave'
- IBGE/PNAD Covid: entre não afastados, 8,7 milhões trabalharam de forma remota
- Azul: sindicatos aprovam acordo coletivo de redução de jornada
- Como melhorar a eficiência dos equipamentos utilizando a IoT
- Huawei capacita a transformação digital no setor financeiro
- IPCA-15 fica em 0,02% em junho, ante queda de 0,59% em maio, revela IBGE
- BC: projeção para saldo total de crédito em 2020 passa de +4,8% para alta de 7,6%
- BC: risco ligado à ociosidade se intensifica caso covid provoque maior incerteza
- RTI: IPCA 2020 no cenário com câmbio e juro constantes permanece em 1,9%
- INCC-M acelera a 0,32% em junho após 0,21% em maio, revela FGV
- IPC-Fipe sobe 0,30% na 3ª quadrissemana de junho
- Eventual ajuste futuro na Selic será residual, diz BC no RTI
- Seguro 'liga e desliga' avança no mercado de carro de luxo e coleção
- VW Caminhões abre novo turno para evitar contaminação
- Produção brasileira de aço bruto tem queda de 15,9% até maio
- Metso lança no Brasil suporte técnico remoto para os mercados de mineração e construção
- Mercedes-Benz e Nvidia vão desenvolver inteligência do carro do futuro
- Ford cria recurso que permite tirar as mãos do volante com segurança
- Metas do Rota 2030 podem ser prorrogadas em 6 meses
- Fábrica da Caoa volta a operar em Anápolis
- AB transforma eventos presenciais em jornadas on-line em 2020
- Junho tende a fechar com 110 mil emplacamentos, revela a IHS Markit
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Em 25/06/2020
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Fonte: BACEN
| | | | Pauta também inclui outros seis projetos relacionados ao combate à Covid-19
Plenário da Câmara tem votações a partir das 11 horas desta quinta-feira
O Plenário da Câmara dos Deputados pode analisar hoje a Medida Provisória 944/20, que cria o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, com linha de crédito especial de R$ 34 bilhões para financiar até dois meses da folha salarial das empresas em geral (exceto sociedades de crédito) e as cooperativas. A operação será limitada ao financiamento de até dois salários mínimos (R$ 2.090) por empregado.
Segundo o texto da MP, a União bancará 85% do empréstimo, e os bancos interessados em participar do programa, os outros 15%. O risco de inadimplência será dividido na mesma proporção (85%-15%). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuará como agente financeiro da União.
Letras financeiras
Outra MP na pauta (930/20) autoriza o Conselho Monetário Nacional (CMN) a permitir que os bancos emitam letras financeiras (LFs) com prazo de resgate inferior a um ano. Esses títulos poderão ser dados em garantia ao BC em troca de empréstimos, possibilitando a injeção de dinheiro nas casas bancárias.
Na prática, os bancos vão poder vender títulos ao BC para obter mais recursos para emprestar aos clientes, operação que contribui para reativar a economia afetada pela pandemia da Covid-19. A medida beneficia, sobretudo, os bancos que não possuem uma ampla rede de varejo para captar recursos dos clientes.
Criadas em 2009, as letras financeiras são títulos de renda fixa emitidos pelos bancos com prazo de um ano ou mais. As LFs têm o mesmo papel das debêntures para as empresas: são uma forma de obtenção de dinheiro no mercado.
O texto também previa a não responsabilização da diretoria e dos servidores do Banco Central em relação aos atos praticados como resposta à pandemia, ressalvados os casos de dolo ou fraude. Posteriormente, no entanto, a proteção legal foi revogada por outra medida provisória (MP 951/20) a pedido de congressistas da base aliada.
Assembleias ordinárias
Outra MP na pauta (931/20) determina que as sociedades anônimas (S/A), as sociedades limitadas (Ltda) e as cooperativas terão até sete meses após o fim do último exercício social para realizar as assembleias gerais ordinárias de acionistas ou sócios (AGO) exigidas pela legislação.
A prorrogação do prazo independe de regras internas que prevejam a realização da assembleia em prazo inferior ao previsto na MP. No caso das S/A, a medida beneficia companhias abertas (que têm ações em bolsa) e fechadas, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias.
Calamidade pública
Além das três MPs, estão na pauta do Plenário seis projetos de lei e um projeto de decreto legislativo:
PL 1389/20, que fortalece a assistência social durante o estado de calamidade pública decorrente da emergência do novo coronavírus. O texto autoriza a transposição e a transferência de saldos dos fundos de assistência social dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Serão analisadas as mudanças do Senado ao projeto;
PL 1444/20, que determina à União, ao Distrito Federal, aos estados e aos municípios assegurarem recursos extraordinários emergenciais para garantir o funcionamento das casas-abrigo e dos centros de atendimento integral e multidisciplinares para mulheres durante a emergência de saúde pública relacionada ao coronavírus;
PL 2801/20, que dá natureza alimentar ao benefício emergencial de R$ 600 a milhares de trabalhadores afetados pela Covid-19. A proposta veda penhora, bloqueio ou desconto que vise ao pagamento de dívidas ou prestações, salvo em caso de pensão alimentícia;
PL 735/20, que cria abono destinado a feirantes e agricultores familiares que se encontram em isolamento ou quarentena em razão da pandemia de Covid-19 e que estão impossibilitados de comercializar sua produção também por medidas determinadas pelas prefeituras;
PL 1485/20, que prevê a aplicação em dobro das penas de crimes contra a administração pública praticados durante o estado de calamidade pública;
PL 1581/20, que regulamenta o acordo direto para pagamento com desconto ou parcelado de precatórios federais; e
PDC 1158/18, que contém o acordo de participação do Brasil no Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), criado em 2016 e capitaneado pela China. Seu capital subscrito já é de 100 bilhões de dólares. A adesão ao banco já foi confirmada por 75 países. Outros 25 estão com processos em andamento.
As votações desta quinta-feira terão início às 11 horas. As MPs dependem de leitura no Plenário para serem votadas.
| Câmara dos Deputados | | | Do total de empresas fechadas entre 2013 e 2018, 89,9% eram voltadas ao comércio. No mesmo período, 2,9 milhões de postos de trabalho foram fechados, 45,8% deles na indústria de transformação.
Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 454,3 mil empresas e 2,9 milhões de postos de trabalho foram fechados em seis anos no Brasil. Os dados são de 2018 e fazem parte do Cadastro Central de Empresas.
Segundo a o levantamento, em 2018 havia pouco mais de 4,9 milhões de empresas e outras organizações formais ativas no país. Em 2013, quando foi registrado recorde de empresas ativas, esse número era de mais de 5,3 milhões. A queda neste período de seis anos foi de 8,4%.
Do total de empresas fechadas neste período, 89,9% eram do segmento comercial. Segundo o IBGE, em 2013 havia cerca de 2,2 milhões de empresas voltadas ao comércio e em 2018 este número caiu para aproximadamente 1,7 milhão – uma queda de 18,6%.
Depois do comércio, em números absolutos, outras atividades de serviços foi o segmento empresarial que mais fechou empresas no período – foram cerca de 141,3 mil fechamentos, o que corresponde a uma queda de 36%.
Em terceiro lugar aparecem as indústrias de transformação, que registrou o fechamento de 63,3 mil empresas nos seis anos, uma queda de 14,2%.
Outros segmentos empresariais, no entanto, registraram aumento do número de empresas ativas entre 2013 e 2018. Saúde humana e serviços sociais é o que teve o maior crescimento – foram registradas 74,7 mil novas empresas, o que corresponde a uma alta de 46,7% no período.
O segundo segmento com maior alta no número de empresas ativas foi o de atividades profissionais, científicas e técnicas, com novas 51,7 mil unidades empresariais – uma alta de 19,11%. Em seguida, aparece o segmento de educação, que teve 44,4 mil novas empresas abertas em seis anos, um crescimento de 34,2%.
Queda de 2,9 milhões de trabalhadores
Com o fechamento das empresas, o total de empregados no setor empresarial brasileiro caiu em 5,3% entre 2013 e 2018, o que representa um contingente de pouco mais de 2,9 milhões de trabalhadores.
Embora o comércio tenha sido o segmento com maior número de empresas fechadas, foi na indústria de transformação que ocorreu a maior redução do pessoal ocupado.
Do contingente de 2,9 milhões de postos de trabalho fechados, 45,8% eram da indústria de transformação, o que equivale a 1,3 milhão de trabalhadores. Outros 1,3 milhão de trabalhadores foram cortados do segmento de construção.
No comércio, foram fechados 206 mil de postos de trabalho.
Média salarial
Ainda de acordo com o levantamento, em 2018, o salário médio mensal no Brasil foi de R$ 2 952,87.
Os maiores salários médios mensais foram pagos pelas empresas de eletricidade e gás, seguidas pelas empresas de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais aparecem em terceiro lugar.
Nestes três segmentos, o salário médio foi, respectivamente, 158,2%, 137,4% e 87,0% acima da média geral.
Já os menores salários médios mensais foram pagos pelas empresas de alojamento e alimentação, seguidas elas empresas de atividades administrativas e serviços complementares e pelo comércio, com valores, respectivamente, 48,1%, 38,6% e 34,3% abaixo da média geral.
| G1 | | | Você saberia me dizer, sem titubear, se seu negócio pode ser caracterizado como uma empresa da velha ou da nova economia? Para os que responderam rápido, um alerta: mesmo que ele tenha sido criado de forma tecnológica, não quer dizer que faça parte da "nova economia". Eu te explico.
O tempo todo temos contato com esta terminologia para indicar que algo diferente começou a partir dali, seja uma nova prática, nova estratégia, nova economia ou até mesmo um novo normal, como temos escutado com frequência.
Fato é que novos padrões não são estabelecidos assim, da noite para o dia, e muito menos significa dizer que tudo que pertence ao “velho” conceito não faça mais sentido. Assim, a transição de produtos para serviços, a tecnologia, a colaboração, o valor do usuário (ou consumidor) e a velocidade de escala cada vez maior e abrangente - tudo isso junto - poderia caracterizar uma nova economia.
Mas olha que interessante: ao mesmo tempo, se olhamos por este viés, empresas que foram criadas desde a década de 1990 se enquadram neste perfil, mas elas foram criadas no século passado. Ou seja: o que é novo na nova economia?
A meu ver, todos temos que aprender a ser nova economia. O que isso quer dizer? Basicamente que devemos colocar de agora em diante a inovação e o digital a serviço da criação de uma nova consciência em escala, capaz de pôr em prática novos modelos de negócio, novos modos de trabalho, novos modelos operacionais, novos modelos de, comercialização, novos modelos de comunicação, novos modelos de distribuição, novos modos de produção, novas redes, novas cadeias de valor, novas formas de entender o que é resultado, novas formas de cobrar e novas formas de se relacionar.
Os desafios das empresas serão, entre outras coisas, a criação de marcas que se adaptem às mudanças no negócio sem que ocorra a perda de sua essência, preservando assim o seu propósito e autenticidade. O próprio conceito de sucesso mudou, você já se deu conta disso? Ou seja, o que estamos chamando hoje de “nova economia” é composta basicamente por quatro tipos de negócios: Criativos, Sociais ou de Impacto, Escaláveis e Inovadores.
Em um mundo atual marcado por incertezas e pelos mais diversos questionamentos, a palavra que pode ajudar a definir a nova economia é disrupção, que tem como base um rompimento com o velho mercado e a abertura para o novo, mais tecnológico, flexível e prático. "
João Kepler - é empreendedor que investe desde 2008. Premiado como melhor Investidor Anjo do Brasil pelo Startup Awards. É diretor na FIESP e na ASSESPRO; conselheiro na ACE, ANPROTEC e ACSP; apresentador do Reality Show [O ANJO Investidor]. Autor de vários livros e conselheiro da Gazeta do Povo."
| Gazeta do Povo | | |
Entre os não ocupados, chama atenção o avanço da falta de perspectiva em conseguir uma vaga
Como era de se esperar, a crise causada pelo novo coronavírus atingiu em cheio o mercado de trabalho no Paraná, fazendo aumentar o número de desempregados e de desalentados (pessoas que até já desistiram de encontrar uma colocação) no estado. Além disso, também foi registrada uma queda expressiva nas horas trabalhadas e na renda da população ocupada, sendo que 320 mil trabalhadores paranaenses foram afastados do trabalho que tinham e ficaram sem renda em maio.
Os dados acima listados – e que serão detalhados na sequência – fazem parte da PNAD COVID19, estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mês de referência é maio, sendo que a divulgação da pesquisa acontece mensalmente.
No último mês, 62,8% dos paranaenses (5,86 milhões de pessoas) faziam parte da força de trabalho, ou seja, estavam ocupados ou então buscando alguma colocação no mercado de trabalho. A taxa de desemprego, contudo, chegou a 10%, o que significa que um em cada dez trabalhadores paranaenses estava sem emprego, totalizando um contingente de 585 mil desocupados.
Entre a população ocupada, 711 mil estavam afastadas de seus empregos, a maior parte delas (541 mil) em decorrência da necessidade de distanciamento social. Além disso, 320 mil desses trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, ou seja, não receberam salário por estarem afastadas. Já entre os que não foram afastados da profissão que exercem, 490 mil estão atuando de forma remota.
Além dos afastamentos, também foi notada uma redução significativa no número médio de horas trabalhadas e no rendimento médio recebido pelos trabalhadores. Antes da pandemia, os paranaenses dedicavam cerca de 40,3 horas por semana ao trabalho. Depois, esse número passou para 31,5, o que significa uma queda de 27,9%.
E isso acabou também impactando na renda da população ocupada, que passou de R$ 2.528 para R$ 2.126 (variação de -18,91%). Além disso, um terço da população ocupada (33,4% dos trabalhadores) tiveram rendimento efetivo menor que o normalmente recebido.
Entre os não ocupados, chama a atenção o avanço do desalento, ou seja, da falta de perspectiva em conseguir uma colocação, um emprego. Prova disso é que 414 mil pessoas teriam não procurado um trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade onde vive.
Nesse sentido, cabe ressaltar a importância do auxílio emergencial neste momento: 31,3% dos domicílios no Paraná tem alguma pessoa recebendo o valor pago mensalmente pelo governo federal, sendo que a média do rendimento proveniente deste auxílio é de R$ 774 nos domicílios.
Ao todo, 7,8% da população tinha sintomas de síndrome gripal
Além das questões sobre emprego e renda, os entrevistados pela PNAD COVID19 em maio também responderam se, na semana anterior a entrevista, algum deles apresentou: febre; tosse; dor de garganta; dificuldade de respirar; dor de cabeça; dor no peito; náusea; nariz entupido ou escorrendo; fadiga; dor nos olhos; perda de cheiro ou de sabor; e dor muscular. Os sintomas foram informados pelo morador e não se pressupõe a existência de um diagnóstico médico.
No Paraná, a estimativa é que 7,8% da população (898 mil pessoas) tenham apresentado algum dos sintomas listados acima, sendo que 64 mil apresentaram sintomas conjugados. Considerando ainda o total de pessoas com sintomas, 147 mil buscaram atendimento nalgum estabelecimento de saúde.
Em todo o país, os estados com mais pessoas apresentando sintomas de síndromes gripais foram Amapá (26,6%), Pará (21,3%), Amazonas (18,9%), Ceará (16,5%) e Maranhão (15,1%). Na outra ponta, os estados com menos pessoas apresentando esses sintomas foram Mato Grosso (5,4%), Piauí (5,6%), Mato Grosso do Sul (5,9%), Rio Grande do Norte (7,3%) e Goiás (7,5%) - o Paraná aparece em seguida.
A crise do coronavírus e o mercado de trabalho no Paraná
(dados do mês de maio)
- Um em cada 10 paranaenses na força de trabalho está sem emprego
- 320 mil paranaenses afastados do trabalho e que ficaram sem renda
- Um terço (1/3) dos domicílios do estado tem alguma pessoa recebendo auxílio emergencial
- 490 mil pessoas trabalhando de forma remota
- 10,2% dos trabalhadores ocupados (541 mil pessoas) foram afastados do trabalho devido ao distanciamento social
- Número médio de horas trabalhadas caiu de 40,3 para 31,5
- 33,4% da população ocupada teve queda no rendimento
- Rendimento médio das pessoas ocupadas caiu de R$ 2.528 para R$ 2.126
| Bem Paraná ( publicado em 24-06-2020) | | | Em reunião virtual de diretoria da FIESC, na última sexta-feira (19), o professor da UFSC, Pablo Bittencourt, ressaltou que após depressões, investimentos elevados na área são fundamentais, a exemplo do pacote de US$ 1 tri anunciado pelos norte-americanos nesta semana.
“No meu entendimento, há um ambiente propício para fazer políticas de estímulo de investimentos, especialmente em infraestrutura. É uma ideia muito consolidada na teoria econômica. Depois de depressões, grandes volumes de investimentos em infraestrutura levam a encadeamentos”, afirmou o professor da UFSC, Pablo Bittencourt.
Ele participou da reunião virtual de diretoria da Federação das Indústrias (FIESC), nesta sexta-feira (19), e citou como exemplo o pacote de 1 trilhão de dólares anunciado pelos Estados Unidos, que contempla rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e tecnologia 5G. “Minha mensagem é: temos um ambiente ruim. Para se desfazer desse ambiente de contração da atividade econômica, vamos precisar de resposta agressiva”, disse.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembrou que após a pandemia, percebeu-se a necessidade de o Brasil se reindustrializar. “Estamos elaborando o Projeto Travessia, que tem quatro pilares, e um deles é o investimento em infraestrutura, seja público ou privado.
O fato é que tem que haver esse investimento para termos circulação de moeda, movimentação da economia para que, assim, o país possa realmente crescer”, declarou. O Projeto Travessia consiste numa proposta para enfrentar a crise pós-coronavírus. A iniciativa, apresentada em maio pela FIESC, vai atuar em quatro frentes: reinvenção da indústria e da economia, investimento em infraestrutura, atração de capital e pacto institucional.
Em sua apresentação, o professor da UFSC destacou que o Brasil é a economia em desenvolvimento mais impactada pelo coronavírus. “O país já vinha de uma recessão econômica e estagnação produtiva. O retorno da atividade econômica tende a ser difícil”, explicou, lembrando que a economia opera em alta capacidade ociosa. “Estamos vivendo um turbilhão de mudanças e uma crise econômica completamente diferente daquelas que vivemos antes. Isso gera um nível de incerteza sobre o futuro. E essa incerteza gera contração no nível de consumo e investimentos”, completou.
Bittencourt chamou a atenção para os impactos da crise sobre o consumo e o investimento. “Há desemprego. Muitas empresas não têm para quem vender e precisam demitir. Isso diminuiu massa salarial e consumo”, explicou, salientando que no curto prazo é possível administrar, mas no longo prazo pode trazer complicações para a recuperação porque a maior parte do crescimento do PIB do Brasil é puxada pelo consumo das famílias. “Quando as pessoas reduzem o consumo, afeta o crescimento e o investimento”, afirmou.
Ainda há incerteza quanto ao processo de disseminação do vírus, que pode voltar e ter uma segunda ou terceira onda. “Passamos por um período de aprendizado dos governos e os impactos ainda não podem ser medidos com precisão. Por isso não tem como dizer com certeza o tamanho da contração do PIB. “Temos uma enorme crise de curto prazo. Incertezas no médio prazo e em relação ao vaivém da quarentena. E os governos estão agindo fortemente para combater as depressões econômicas, mas devemos ter uma guerra comercial com característica estrutural nos próximos anos”, concluiu.
Eleições: na reunião de diretoria, o cientista político da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, conversou com os industriais sobre as discussões em torno do adiamento das eleições municipais por conta da pandemia e sobre a possível unificação das eleições em 2022. "Na minha leitura, o cenário mais provável é o adiamento das eleições e não o cenário de associar o mandato de prefeito e vereador com mandatos estaduais e federais.
"É uma medida para responder ao problema da pandemia e não uma mudança de calendário eleitoral", explicou. Ele lembrou que há diversos projetos em tramitação no Congresso Nacional sobre mudanças nas regras eleitorais. "A tendência é que o Senado trabalhe num projeto de emenda constitucional para regular a questão das eleições em 2020. A proposta básica vai ser uma do senador Randolfe Rodrigues, que vai aglutinar essa discussão”, disse.
| CIMM | | | Estudo da CNI projeta que investimentos no setor poderão alcançar US$ 31 bilhões/ano em 2030 e a demanda triplicar se o valor do combustível cair para US$ 7 por milhão de BTUs
A queda do preço do gás natural no Brasil é decisiva para aumentar os investimentos e o faturamento dos setores que consomem muita energia nos processos de produção, como as indústrias química, de cerâmica, vidros, alumínio e as siderúrgicas. Em um cenário que considera a liberalização bem sucedida do mercado, com queda nas tarifas dos atuais US$ 14 por milhão de BTUS para US$ 7 por milhão de BTUs, os investimentos do setor, que chegaram a US$ 10 bilhões em 2019, poderão atingir US$ 31 bilhões/ano em 2030, com um déficit da balança comercial da indústria energointensiva dando lugar a um superávit.
“A indústria nacional tem condições de absorver a produção potencial de gás a partir do pré-sal”, destaca o estudo Impactos Econômicos da Competitividade do Gás Natural, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o trabalho, o país pode, efetivamente, orientar o esperado crescimento da oferta de gás natural para a promoção da competitividade da indústria.
Considerando o cenário de redução do preço do gás natural pela metade, as indústrias química e de papel e celulose poderiam substituir 80% do carvão por gás natural, enquanto na siderurgia esse volume poderia ser de até 50%. Como o gás natural é o combustível fóssil de menor emissão de gases de gases poluentes, essa substituição terá papel relevante na redução de emissão de gases de efeito estufa, com impacto positivo para o meio ambiente.
Brasil tem grande oportunidade com gás do pré-sal
A diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, destaca que a indústria brasileira tem potencial para se tornar uma grande consumidora de gás natural. Na avaliação dela, a utilização do gás natural do pré-sal coloca o Brasil diante de um grande desafio e de uma grande oportunidade. “Em um cenário de queda dos preços pela metade, os segmentos industriais de insumos básicos poderiam triplicar a demanda até 2030”, pontua a diretora.
O estudo também mostra que, com oferta abundante e redução dos preços, a indústria elevará o consumo de gás natural. Com a tarifa a US$ 7 por milhão de BTUS, a demanda subirá para 62 milhões de metros cúbicos ao dia em 2030. O trabalho aponta para o alto custo do gás natural como um dos principais fatores que reduziram a capacidade da indústria energointensiva brasileira de competir no mercado internacional.
No entanto, para o aumento da oferta e queda nos preços, alerta a CNI, é necessária a aprovação do Projeto de Lei nº 6.407/2013, o novo marco legal do gás natural. O PL promove a segurança jurídica necessária ao setor, ao estabelecer regras para acesso de terceiros as infraestruturas essenciais (dutos de escoamento, unidades de processamento de gás e terminais de GNL), independência do transporte, programa de desconcentração do mercado e o regime de autorização para construção de novos gasodutos.
A aprovação do projeto deve ser acompanhada ainda de ações regulatórias estaduais, para uma ampla e total abertura de mercado com impactos no aumento dos investimentos, competição e redução dos precos.
| CNI | | | O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 9,1 pontos em junho, na série com ajuste sazonal, e atingiu a marca de 77,1 pontos, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a maior variação mensal da série histórica do indicador.
Apesar da melhora, o ICST recuperou até junho 43% das perdas registradas entre março e abril. "Apesar da abertura das empresas e estandes de venda na maioria das cidades do País, a deterioração do quadro fiscal, do emprego e da renda não favorece a demanda. De todo modo, face às incertezas que ainda prevalecem, é cedo para estabelecer o início da recuperação da atividade", observa, em nota, a coordenadora de Projetos de Construção da FGV, Ana Maria Castelo.
A melhora do ICST em junho foi puxada pelo acréscimo de 13,5 pontos no Índice de Expectativas (IE) do setor, que avançou para 83,2 pontos, na sua maior alta mensal da série. A variação foi puxada por alta de 13,5 pontos na demanda prevista e de 13,6 na tendência de negócios, que atingiram, respectivamente, 83,1 e 83,5 pontos.
Apesar da alta, o Índice de Expectativas ainda está 21,0 pontos abaixo do nível observado em janeiro (104,2).
O Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de 4,7 pontos, para 71,5, rompendo uma sequência de três meses de quedas consecutivas. O crescimento foi puxado pela alta de 6,2 pontos do indicador de situação atual dos negócios, para 71,0 pontos. O indicador de carteiras de contratos subiu 2,9 pontos, para 72,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção avançou 6,3 pontos porcentuais, para 68,0%, puxado por alta de 6,6 p.p. no Nuci da mão de obra (para 69,4%) e de 4,6 p.p. no Nuci de máquinas e equipamentos (para 61,4%).
O Índice de Nível de Atividade avançou 3,4 pontos em junho, após retração de 28,1 pontos entre abril e maio, informou a FGV. "O quadro começa a melhorar, mas ainda muito lentamente", observa Ana Maria Castelo.
Na série sem ajuste sazonal, o indicador atingiu 76,7, abaixo da faixa de pessimismo moderado, de 90 a 100 pontos. O pior nível é dos serviços especializados para a construção (76,1), seguidos por edificações (76,2) e obras de infraestrutura (77,9).
| Jornal O Estado de Minas | | | Receita emitiu 11 milhões de documentos desde abril para pagar o auxílio emergencial
O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas apontou indícios de irregularidades na base de dados de CPFs da Receita Federal que comandou um recadastramento para que milhares de brasileiros pudessem receber o auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia.
É o que mostra o relatório de acompanhamento das medidas de combate ao coronavírus aprovado pelo tribunal nesta quarta-feira (24).
De acordo com o documento, o fisco emitiu 11 milhões de novos CPFs desde abril, fazendo com que a base de registros ativos ultrapassasse em 12,5 milhões o número de habitantes do país. Antes da pandemia, essa diferença, era de 1 milhão.
A Receita Federal disse ao TCU que, no final de abril havia 223,8 milhões de CPFs regulares no país, contra uma população estimada em 211,4 milhões de pessoas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa diferença foi classificada por Dantas como uma “irregularidade grave”.
Em seu voto, o ministro informou a inconsistência ao Ministério da Economia e ao Congresso Nacional e disse que esse assunto será tratado dentro de um processo específico na próxima semana.
A explosão do número de CPFs ocorreu para permitir que milhões de pessoas pudessem receber o auxílio emergencial do governo.
O pagamento, implementado pela Caixa Econômica Federal, acabou atrasando devido a inconsistências nas informações de milhares de registros cadastrados anteriormente.
A constatação se tornou assunto no tribunal porque cabe à equipe de auditores verificar se houve pagamento indevido, o que se configuraria dano ao erário. Se essa hipótese for comprovada, pode haver punição de responsáveis.
As investigações estão em curso.
O TCU vai investir nesse monitoramento porque, ao que tudo indica, o governo terá de manter o pagamento da ajuda emergencial até o final deste ano. A União também abrirá mão de tributos neste ano e ainda pode estender a ajuda a estados e municípios.
No julgamento, Dantas apontou que as evidências de irregularidades com CPFs é inadmissível diante de uma quadro de deterioração fiscal.
Ele mencionou que, com os gastos públicos para tentar conter os danos causados pela pandemia, o governo deve chegar ao final deste ano com um déficit superior a R$ 700 bilhões.
Deste total, ainda segundo projeções, ao menos R$ 167 bilhões será o peso da postergação de tributos cujo pagamento a União deverá adiar para o próximo ano. Havia, anteriormente, a previsão de que seria possível fazer o recolhimento no final deste ano.
As projeções de queda da atividade econômica, ainda segundo Dantas, já batem em 9%.
“O dobro do que se previa no início da crise”, disse o ministro que também é o relator da prestação de contas do presidente Jair Bolsonaro.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 24-06-2020) | | | O nível superior predomina entre os 8,7 milhões de trabalhadores atuando em regime remoto (home office) no País durante a pandemia da covid-19, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, em maio, das pessoas com nível superior completo ou pós-graduação, 38,3% estavam trabalhando remotamente.
Os dados mostram que apenas 0,6% das pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto e 1,7% daquelas com fundamental completo e médio incompleto estão em home office. Já dos que têm fundamental completo e médio incompleto, 7,9% trabalham remotamente.
Do total de 84,4 milhões de ocupados no Brasil em maio, 65,4 milhões não estavam afastados, o equivalente a 77,5% dos ocupados. Entre os não afastados, 13,3% estavam trabalhando de forma remota.
O grupo etário com a maior proporção de pessoas afastadas do trabalho foi o de 60 anos ou mais: 27,3%. Esse comportamento foi verificado em todas as grandes regiões e, no Nordeste, o afastamento chegou a 33,3% das pessoas de 60 anos ou mais.
| Jornal O Estado de Minas (publicado em 24-06-2020) | | | A Azul informa que sindicatos de pilotos e comissários aprovaram “em grande maioria” um acordo coletivo de redução de jornada de trabalho durante a pandemia de covid-19. A companhia aérea diz que o acordo tem duração de 18 meses, “e permite à Companhia ter total flexibilidade em termos de custos de pessoal à medida em que retoma sua malha de acordo com a recuperação da demanda.”
O CEO da Azul, John Rodgerson, declara “profunda gratidão” aos tripulantes, “por mais uma vez se unirem para apoiar a Azul.” Segundo ele, esse contrato permite manter empregos e, ao mesmo tempo, reduzir custos e preservar caixa. “Continuamos a trabalhar com todos os nossos parceiros, e estamos fazendo um claro progresso em nosso plano de retomada. Construímos uma grande empresa e estou confiante de que sairemos desta crise mais fortes do que estávamos antes”, diz no comunicado.
| Isto É Dinheiro | | | O principal índice para medir a performance fabril é o OEE (Overall Equipment Effectiveness - Eficiência Geral de Equipamento), que não somente mede o desempenho de um equipamento, mas também de uma linha, célula e até da planta fabril inteira. É composto por três subíndices: Disponibilidade (o tempo de utilização do equipamento), Eficiência (a performance da produção) e Qualidade (a porcentagem de partes boas produzidas perante o total).
Disponibilidade - É medida pelo tempo em que a máquina esteve disponível para produção e suas paradas, podendo demonstrar também como os tempos de setups, de falhas do equipamento, ausência de material, problemas com operadores ou erros de processos podem afetar sua produção.
O downtime se divide em vários subperíodos, do reporte da falha, ao tempo de resposta, reparo e teste do equipamento. Com essas informações podemos calcular outros índices e informações como por exemplo o MTBF (Mean Time Between Failures – Tempo Médio Entre Falhas) e o MTTR (Mean Time To Repair – Tempo Médio Para Reparo), os quais demonstram a viabilidade da utilização de um bem de capital devido às suas falhas e custos dessas paradas, além de analisar o dimensionamento da equipe de manutenção e o tempo dispendido para solucionar um problema. Com o advento das tecnologias de IIoT e Indústrias Inteligentes, podemos ir além da identificação dessas paradas. Será possível prevê-las.
Eficiência - A revolução industrial trouxe uma quebra no modo de produção. Saímos de processos artesanais para uma fabricação racionalizada e mecanizada. Começamos a pensar em dividir a produção em etapas e utilizamos da cronoanálise para medir o tempo necessário, criando assim o tempo estimado para produção, o qual pode ser o suficiente para que seja completada uma peça ou quantos metros, litros ou quilos devemos processar.
O desvio na eficiência pode indicar alguns problemas como: cronoanálise errada ou desatualizada; desvios nos processos como alteração de equipamento, mudança de matéria-prima ou configuração errada de um equipamento produtivo; aceleração ou desaceleração do processo pelo operador (fator humano). A solução é a informatização do monitoramento fabril com sistemas baseados em IoT que possibilitam a coleta de dados mais ampla, e, com isso, se conhece em profundidade o processo, capturando e trabalhando com o Big Data fabril.
Qualidade - Numa indústria de processo ou numa manufatura discreta o índice de qualidade é um excelente instrumento para mensurar um processo, ferramental ou operação. Existem algumas formas de calcularmos a qualidade que dependem de como o gestor deseja encarar o produto que pode ser retrabalhado.
O primeiro é considerar o retrabalho como um refugo e usá-lo na fórmula de cálculo de qualidade. Nesse caso, geralmente é aberta uma nova ordem de produção para o retrabalho, não afetando a eficiência (tempo de execução) da ordem original. Outra forma é considerar o retrabalho como uma perda de eficiência, somando o tempo de retrabalhos ao tempo total da execução da ordem de produção e mensurando a qualidade apenas com as partes refugadas.
O custo da baixa qualidade se torna visível quando somamos os custos dos insumos utilizados, do tempo de trabalho e o da fonte de energia. A realidade mostra que cada vez mais as margens de lucro são menores devido à competividade do mercado. As principais causas das falhas de qualidade são: no controle do processo e má operação; ferramental defeituoso; problemas com os insumos.
A informatização do chão de fábrica é o caminho ideal para uma análise acurada da produção. Plataformas de MES (Manufacturing Execution Systems na sigla em inglês para Sistemas de Execução de Manufatura) ajudam a ter a visibilidade em tempo real, porém a maior parte dessas plataformas são originárias da década de 1990 e restritas quanto à qualidade e quantidade de dados que podem ser coletados da fábrica e dos equipamentos.
Plataformas de IoT fornecem toda a visibilidade que um MES propicia, porém com uma conectividade aprimorada e muito mais rica em dados. Com essa obtenção ampla de dados pode-se trabalhar em conjunto com Big Data, Machine Learning e Inteligência Artificial, entregando muito mais que gráficos, ou seja, soluções de problemas como predições de falhas de qualidade e ainda prescrições de parâmetros para que a produção ocorra com o maior índice de qualidade possível.
| Ind 4.0 (publicado em 24-06-2020) | | | Estratégia terá suporte dos recursos de nuvem, IA e 5G; adesão ao princípio da mobilidade é a base para as estratégias de negócios centradas no setor.
A Huawei realizou o evento online Global FSI Summit. Com o tema "Prospere digitalmente em um futuro móvel”, diversas empresas do setor financeiro compartilharam suas experiências e opiniões para garantir a continuidade e reestruturação dos modelos de negócios.
Durante o evento, a Huawei apresentou uma estratégia global para capacitar a Transformação Digital focada em mobilidade - com suporte de recursos de nuvem, Inteligência Artificial e 5G - , a partir de soluções específicas para o setor financeiro.
De acordo Peng Zhongyang, Diretor do Conselho e Presidente da Huawei Enterprise Business Group, a empresa combinou os 30 anos de experiência técnica com as demandas dos clientes do setor financeiro, de modo a fornecer soluções que abrangem vários domínios das suas operações. “Acreditamos que as instituições financeiras prontas para o universo digital provavelmente terão maior sucesso em suas estratégias de negócios”, afirmou.
Jason Cao, Presidente da Unidade de Negócios de Serviços Financeiros Globais da Huawei Enterprise Business Group, destacou que adesão ao princípio da mobilidade é a base para as estratégias de negócios centradas no cliente do setor financeiro. "A Huawei possui vantagens exclusivas que suportam a Transformação Digital baseada em mobilidade com suporte da nuvem, além de desenvolver novos recursos de conexão e ajudar empresas no aperfeiçoamento da agilidade dos processos", explicou.
A Huawei destacou que uma conectividade forte em tempo real é essencial quando o setor financeiro entra no universo digital, no qual 5G, IoT e rede flexível são as principais tecnologias.
Segundo Joy Huang, Diretor de Estratégia da Huawei Cloud and Artificial Intelligence Business Group, alguns bancos têm um crescimento robusto e sustentado por causa das tecnologias digitais. “A Huawei aprendeu que a maneira mais eficaz é criar nuvens separadas para diferentes usuários e, simultaneamente, estar muito atenta à experiência dos clientes em serviços móveis”, disse Huang.
| Ind 4.0 (publicado em 24-06-2020) | | | O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou próximo da estabilidade, com alta de 0,02% em junho, após ter recuado 0,59% em maio, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que esperavam desde uma queda de 0,13% a alta de 0,13%, com mediana negativa de 0,05%. Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 0,37% no ano de 2020.
A alta de 0,02% registrada em junho pelo IPCA-15 foi o menor resultado do indicador para o mês desde 2006, quando havia caído 0,15%. No mês de junho de 2019, o IPCA-15 tinha subido 0,06% segundo os dados divulgados pelo IBGE.
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses passou de 1,96% em maio para 1,92% em junho, o resultado mais baixo desde fevereiro de 1999, quando a taxa foi de 1,80%.
| Jornal O Estado de Minas | | | Apandemia do novo coronavírus, que traz impactos profundos para a economia brasileira, levou o Banco Central a promover ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2020. A instituição alterou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 4,8% para alta de 7,6%.
Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 7,8% para elevação de 5,8%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 0,6% para crescimento de 10%.
Já a projeção para o saldo de crédito livre, aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES, passou de alta de 8,2% para elevação de 10,6%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 10,0% para alta de 6,5%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 6,0% para avanço de 15,6%.
A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de zero para alta de 3,5%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi mantida em alta de 5,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de retração de 8,0% para queda de 10,0%.
Desde o início da pandemia, o BC e o Ministério da Economia vêm adotando medidas para estimular o crédito a famílias e empresas neste momento de maior demanda. Na última terça-feira, o BC lançou um segundo pacote, com seis medidas, para impulsionar o crédito, com foco principal nas micro, pequenas e médias empresas.
| Jornal O Estado de Minas | | | Após cortar a Selic (a taxa básica da economia) de 3,00% para 2,25% ao ano, na semana passada, o Banco Central manteve seu cenário básico com fatores de risco para inflação em ambas as direções. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, o BC manteve, de um lado, a avaliação de que o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado.
"Esse risco se intensifica caso a pandemia se prolongue e provoque aumentos de incerteza e de poupança precaucional e, consequentemente, uma redução da demanda agregada com magnitude ou duração ainda maiores do que as estimadas".
Por outro lado, na visão do BC, "políticas fiscais de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do país de forma prolongada, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco".
O BC avaliou que, "adicionalmente, os diversos programas de estímulo creditício e de recomposição de renda, implementados no combate à pandemia, podem fazer com que a redução da demanda agregada seja menor do que a estimada, adicionando uma assimetria ao balanço de riscos". Esse conjunto de fatores, na visão do BC, "implica, potencialmente, uma trajetória para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária".
| Jornal O Estado de Minas | | | Banco Central manteve sua estimativa de inflação para 2020 no cenário de referência, que utiliza câmbio e juros constantes para o horizonte de projeções. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, este cenário indica um IPCA de 1,9% para este ano. O porcentual é o mesmo que constou na ata e no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom). No RTI anterior, de março, a projeção era de 3,0%.
Para 2021, o cenário de referência indica que o IPCA ficará em 3,0%, também igual à ata e ao comunicado. No RTI de março, o porcentual era de 3,6%. Já a projeção para o IPCA de 2022, pelo cenário de referência, está em 3,6%. No RTI anterior, o porcentual calculado era de 3,8%.
Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou uma Selic de 3,00% ao ano e um dólar a R$ 4,95.
Para 2020, a meta de inflação perseguida pelo BC é de 4,0%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Para 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 (taxa de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 (taxa de 2,00 a 5,00%).
Cenário de Mercado
Na esteira da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central alterou sua projeção de inflação para 2020 no cenário de mercado, de 2,6% para 2,4%. Para 2021, a projeção no cenário de mercado permaneceu em 3,2%. No caso de 2022, a projeção foi de 3,3% para 3,2%.
O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão.
Cenário híbrido
O BC divulgou também, no RTI, projeções para o IPCA em dois cenários híbridos - que combinam hipóteses dos cenários de referência e de mercado. Os porcentuais projetados levam em conta impactos da pandemia do novo coronavírus na economia.
No primeiro cenário híbrido - que considera a taxa de câmbio constante em R$ 4,95 e a evolução da Selic (a taxa básica de juros) conforme as projeções do boletim Focus -, a projeção de inflação para 2020 está em 2,0%. No caso de 2021, está em 3,2%. Estes são os mesmos porcentuais publicados no comunicado e na ata do último encontro do Copom. No caso de 2022, a projeção continua em 3,5%.
No segundo cenário híbrido - que considera a taxa de câmbio do Focus e a Selic estável -, a projeção de inflação para 2020 passou de 2,6% para 2,3%. Para 2021, foi de 3,2% para 3,0% e, para 2022, passou de 3,6% para 3,3%. Os porcentuais anteriores constaram no RTI de março.
| Jornal O Estado de Minas | | | O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou a 0,32% em junho após 0,21% em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (25). O avanço foi motivado pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, que variou de 0,45% para 0,68% entre os dois meses. O indicador referente à Mão de Obra, por sua vez, mostrou estabilidade pelo terceiro mês consecutivo.
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, os dois componentes aceleraram. A taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 0,81% contra 0,56% no mês anterior, com a principal influência de materiais para instalação, cuja taxa passou de 0,89% para 2,29%. Já a parte de Serviços passou de 0,02% em maio para 0,19% em junho, com destaque para taxa do item aluguel de máquinas e equipamentos, que variou de 0,20% para 0,61%.
Entre as capitais, cinco das sete analisadas registraram acréscimo em suas taxas no INCC-M de junho. São elas: Brasília (-0,04% para 0,40%), Belo Horizonte (0,02% para 0,30%), Recife (0,19% para 0,40%) e Rio de Janeiro (0,18% para 0,31%) e São Paulo (0,26% para 0,30%). Por outro lado, registraram decréscimo nas taxas de variação as cidades de Salvador (0,27% para 0,20%) e Porto Alegre (0,39% para 0,38%).
| Jornal O Estado de Minas | | | O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,30% na terceira quadrissemana de junho, acelerando em relação ao aumento de 0,20% observado na segunda quadrissemana do mês, segundo dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Seis dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força na terceira leitura de junho, seja avançando com maior intensidade, reduzindo o ritmo de queda ou migrando para inflação: Habitação (de 0,35% na segunda quadrissemana para 0,41% na terceira quadrissemana), Transportes (de -0,33% para 0,02%), Despesas Pessoais (de -0,04% para 0,19%), Saúde (de 0,33% para 0,40%), Vestuário (de -1,13% para -1,07%) e Educação (de 0,02% para 0,03%).
Por outro lado, a inflação do item Alimentação desacelerou, de 0,80% na segunda quadrissemana para 0,76% na terceira prévia de junho.
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na terceira quadrissemana de junho:
- Habitação: 0,41%
- Alimentação: 0,76%
- Transportes: 0,02%
- Despesas Pessoais: 0,19%
- Saúde: 0,40%
- Vestuário: -1,07%
- Educação: 0,03%
- Índice Geral: 0,30%
| Jornal O Estado de Minas | | | O Banco Central reiterou nesta quinta-feira, 25, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que eventual ajuste futuro na Selic (a taxa básica de juros) será apenas "residual". Na semana passada, o colegiado do BC reduziu a Selic pela oitava vez consecutiva, em 0,75 ponto porcentual, de 3,00% para 2,25% ao ano.
Profissionais do mercado financeiro avaliaram, na ocasião, que a mensagem do BC deixava aberta a possibilidade de novo corte da Selic no encontro marcado para 4 e 5 de agosto. Porém, a mensagem do BC seria de que a taxa básica poderia recuar 0,25 ponto porcentual - este seria o "corte residual".
"Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da covid-19", registrou o BC no RTI, em avaliação já publicada no comunicado e na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
"Para as próximas reuniões, o comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual."
O BC deixou claro, no entanto, que seguirá atento a revisões de cenário e expectativas de inflação. "O comitê reconhece que, em vista do cenário básico e do seu balanço de riscos, novas informações sobre a evolução da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos", registrou no documento desta quinta-feira.
| Jornal O Estado de Minas | | | Modalidade foi liberada pela Susep em 2019 e cresceu na crise do coronavírus
Após o aumento da demanda na pandemia pelos seguros da modalidade per pay use, conhecidos como "liga e desliga", cresce também a presença de empresas interessadas em oferecer o serviço.
É que o modelo funciona bem para a clientela que busca economia, mas começa a chamar atenção da alta renda.
Liberado no Brasil pela Susep em 2019, esse tipo de seguro dá ao cliente a chance de contratar coberturas pontuais, pagando somente pelo que ele usar.
A 3 SEG, corretora especializada no segmento premium, lançou apólice "liga e desliga" para carros de luxo, esportivos ou de coleção.
A alternativa vem no momento em que a desvalorização do real impacta o valor de mercado desse tipo de veículo. “A crise afeta todos os estratos da sociedade. Todos querem pagar menos”, diz Paulo Kalassa, sócio da corretora, que também diz ter negociado com as seguradoras de carros de alto padrão um desconto de 10% na renovação de apólices neste ano.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 24-06-2020) | | | A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) vai iniciar, na segunda-feira, um segundo turno de trabalho na fábrica de Resende (RJ). A produção diária será ampliada de 85 para 110 a 120 unidades, mas o principal motivo da medida é reduzir o risco de contaminação da covid-19 entre os funcionários do complexo, que inclui vários fabricantes de autopeças.
A empresa informa que metade dos quase mil funcionários que estão com contratos suspensos voltará ao trabalho. Outros mil trabalhadores já tinha retornado à fábrica no fim de abril. O complexo emprega, ao todo, cerca de 4,5 mil pessoas.
VWCO e Scania foram as primeiras montadoras a retomar atividades no fim de abril, após várias semanas de paralisações que envolveram quase todas as fabricantes de veículos do País.
Inicialmente, a empresa estava produzindo apenas 45 caminhões ao dia, volume que vem aumentando desde então em razão de novas encomendas. Antes da pandemia a fábrica produzia 180 veículos ao dia, em um único turno, mas com equipe maior, informa Jovelino Juffo, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense.
Segundo ele, a VWCO daria conta da produção de 120 veículos por dia um único turno, mas preferiu reabrir o segundo para garantir as medidas de distanciamento entre os trabalhadores.
"A empresa tem feito um trabalho muito bom nessa retomada, como a distribuição de nove máscaras para cada funcionário, álcool gel, higienização das instalações e o aumento de 80 para 160 da frota de ônibus que transporta os funcionários", afirma Juffo.
Em 2019, foram vendidos no País um total de 101,3 mil caminhões, alta de 33% ante o ano anterior. Para este ano, o setor trabalhava com nova alta de 18%, para cerca de 120 mil unidades,
Com a crise provocada pela pandemia do coronavírus, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reviu a projeção para 65 mil unidades, queda de 36% ante 2019. Empresas do setor, como a Scania, começam a avaliar medidas para lidar com o excedente de pessoal.
| Bem Paraná | | | A produção brasileira de aço bruto foi de 12,1 milhões de toneladas nos cinco primeiros meses de 2020, o que representa uma queda de 15,9% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 8,5 milhões de toneladas, 13,4% menor do que o registrado no mesmo período de 2019. A produção de semiacabados para vendas totalizou 3,3 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2020, uma redução de 11,4% na mesma base de comparação* .
As vendas internas foram de 6,8 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2020, o que representa uma queda de 12,3% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior . O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 7,6 milhões de toneladas no acumulado até maio de 2020, o que representa uma redução de 12,6% frente ao ocorrido nos cinco primeiros meses de 2019 .
As importações alcançaram 854 mil toneladas no acumulado de janeiro a maio de 2020, com uma queda de 21,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US﹩ 908 milhões, uma redução de 17,2% na mesma base de comparação.
As exportações atingiram 5,1 milhões de toneladas e US﹩ 2,6 bilhões de janeiro a maio de 2020. Esses valores representam, respectivamente, uma queda de 9,3% e de 22,4% na comparação com o mesmo período de 2019.
Dados de maio de 2020
Em maio de 2020 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,2 milhões de toneladas, uma queda de 22,6% frente ao mesmo mês de 2019. Já a produção de laminados foi de 1,4 milhão de toneladas, 29,3% menor que do que a registrada em maio de 2019. A produção de semiacabados para vendas foi de 630 mil toneladas, uma retração de 3,2% em relação ao mesmo mês de 2019* .
As vendas internas caíram 23,2% frente a maio de 2019, atingindo 1,2 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,3 milhão de toneladas, 24,8% abaixo do apurado no mesmo período de 2019 .
As importações de maio de 2020 foram de 149 mil toneladas e US﹩ 163 milhões, o que resulta em uma redução de 36,0% em quantum e de 31,4% em valor na comparação com o registrado em maio de 2019 . As exportações foram de 940 mil toneladas e US﹩ 464 milhões, o que significa queda de 23,9% e de 39,0%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês de 2019.
| CIMM ( publicado em 24-06-2020) | | | Tecnologia que adota óculos inteligentes já estava sendo introduzida no país, mas ganhou força com o cenário de restrições impostas pela Covid-19.
A consultoria técnica remota acaba de ganhar força com um pacote de serviços oferecido pela Metso. Trata-se do MRA, sigla em inglês para Metso Remote Assistance: um conjunto de soluções de suporte em ambiente colaborativo que auxilia o gestor de manutenção a tomar decisões em tempo e de forma segura.
O destaque do MRA são os smart glass – óculos inteligentes – que permitem conectividade entre os clientes e o suporte remoto. Antes testada somente pelos profissionais da Metso, a solução acaba de tornar-se uma oferta comercial. O MRA deve, inclusive, ter seu primeiro cliente efetivo até esse primeiro semestre.
“O recurso é disruptivo ao permitir que o cliente tenha contato com o Centro de Inteligência técnica da Metso, acessando remotamente especialistas, engenharia e informações técnicas em tempo real. Ao fazer isso, o gestor de manutenção aumenta a eficiência dos serviços, reduzindo o tempo de intervenção e os custos do processo”, explica Paulo Gurgel, gerente nacional de Assistência técnica da Metso. Segundo ele, o uso de ferramentas digitais, caso da realidade aumentada do MRA, vem sendo analisada pela indústria mineral há algum tempo, mas o cenário de pandemia acelerou o processo.
Com o acesso remoto em tempo real e em ambiente colaborativo, o MRA permite que a Metso faça o diagnóstico de falhas em equipamentos, sem a necessidade do deslocamento de técnicos especializados até o foco do problema. “As minerações, regra geral, estão em lugares afastados e o acesso sempre é complexo e, o que é mais complicado, são operações críticas que não podem ser paralisadas sem programação”, adianta Gurgel, destacando a principal vantagem do MRA.
Planos oferecem três versões e os óculos são cedidos em comodato
Gurgel destaca que o Metso Remote Assistance foi intensamente testado pelos próprios técnicos da Metso que, aliás, são usuários da tecnologia quando estão em campo. Agora, a oferta passa a ser uma opção comercial disponibilizada em três planos – Básico, Intermediário e Prime. O diferencial entre eles é a quantidade de atendimentos mensais e emergenciais.
Todos os planos oferecem pelo menos um deles em regime de comodato e o dispositivo foi testado pela Metso para atender as necessidades das minerações locais. Simplificadamente, o smart glass funciona como um sensor remoto do software que permite a transmissão de logs operacionais e imagens in loco e em tempo real para o Centro de inteligência da Metso, onde um comitê de especialistas está pronto para o suporte cujo atendimento varia de acordo com cada plano. Os especialistas da Metso, por sua vez, podem buscar informações em banco de dados e até mesmo outros profissionais da companhia, inclusive internacionais.
No Brasil, o MRA foi aperfeiçoado para atender todas as condições onsite. De acordo com Gurgel, as mudanças incluíram a necessidade de melhoria das imagens enviadas para o Centro de Inteligência. Para aumentar a nitidez – detalhe importante porque o especialista remoto precisa entender o problema para o correto direcionamento da solução – a Metso recomenda o uso de redes celulares em 4G. Imagens mais nítidas permitem o entendimento mais rápido dos desenhos técnicos e de fotos trocadas entre as duas pontas e a orientação – passo a passo – para a resolução das falhas.
Pandemia acelerou a oferta de soluções remotas
Outra mudança foi o comando do serviço. Antes acionado somente por voz, ele passou a ser feito também por digitação. Com essa opção, os técnicos evitam problemas de pronúncia ou de serem mal interpretados devido ao barulho comum nas plantas de processamento mineral.
A comunicação sonora também foi otimizada na versão comercial do MRA. Agora, um sistema de áudio por Bluetooth foi acoplado no protetor auricular do técnico em campo, tornando a ferramenta mais integrada, o que é outra característica das novas tecnologias digitais.
“Antes da pandemia, o mercado já discutia a Indústria 4.0, mas as restrições atuais mostraram que é necessário acelerar o uso dos recursos de digitalização como acontece com outros segmentos”, argumenta Gurgel. “O lançamento da versão comercial do MRA no Brasil acontece no timing exato para atender esse novo cenário”, finaliza.
| CIMM ( publicado em 23-06-2020) | | | Sistema de direção autônoma atualizável na nuvem irá instalar configurações cada vez mais avançadas
A Mercedes-Benz selou parceria com a Nvidia Enterprise para o desenvolvimento de um novo sistema de computação com inteligência artificial (IA) para equipar toda sua linha de automóveis a partir de 2024.
A tecnologia, segundo a fabricante alemã, vai viabilizar funções de direção automatizadas atualizáveis. As duas empresas divulgam que vão trabalhar juntas para projetar “a arquitetura de computação mais sofisticada e avançada já implementada em um automóvel”.
A nova arquitetura definida por software será construída sobre a plataforma Nvidia Drive e será padrão para a próxima geração de todos os veículos Mercedes-Benz. Um dos principais recursos será a capacidade de automatizar a condução de rotas regulares de endereço para endereço.
Além disso, haverá inúmeras aplicações futuras de segurança e conveniência. Os clientes poderão comprar e adicionar recursos, aplicativos de software e serviços de assinatura por meio de atualizações na nuvem (OTA – Over the Air) de software durante a vida útil do automóvel.
“Estamos muito satisfeitos por poder ampliar nossa cooperação com a Nvidia. A arquitetura de computação de IA nos ajudará a otimizar nossa jornada em direção a direção autônoma. Esses novos recursos e atualizações serão baixados da nuvem, melhorando a segurança, aumentando o valor e ampliando o prazer do proprietário para todos os clientes”, afirma Ola Källenius, chairman do conselho de administração da Daimler AG e chefe da Mercedes-Benz Cars.
Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, comemora: “A Mercedes-Benz é o parceiro perfeito para nós, dado seu longo histórico de inovação e nosso forte relacionamento técnico. Juntos revolucionaremos a experiência de propriedade do carro, tornando o software do veículo programável e atualizável continuamente por meio de atualizações sem fio (OTA). Todo Mercedes-Benz no futuro próximo com o sistema Nvidia Drive virá acompanhado de uma equipe de engenheiros especializados em IA e software, desenvolvendo, redefinindo e aprimorando continuamente o carro ao longo de sua vida útil”, explica.
As empresas informam que Nvidia e Mercedes-Benz desenvolverão em conjunto os aplicativos de IA e veículos automatizados que incluem os níveis SAE 2 e 3 de autonomia, bem como funções de estacionamento automatizadas até o nível 4. Com isso, os automóveis da marca alemã serão dirigidos total ou parcialmente pelos módulos de supercomputação da próxima geração do Nvidia Drive.
Com a atualização constante do software, à medida que a estrutura tecnológica e regulamentar se desenvolverem, será possível atualizar todos os automóveis através da nuvem para incorporar funções de direção automatizada cada vez mais avançadas.
| Automotive Business ( publicado em 24-06-2020) | | | Mustang Mach-E será o primeiro a contar com nova função, que integra pacote Co-Pilot360
A Ford anunciou a entrada de novos recursos no pacote Co-Pilot360 de assistência ao motorista. O destaque vai para o sistema Active Driver Assist, que permite dirigir sem as mãos na estrada. O Ford Mustang Mach-E, futuro SUV elétrico da marca, será o primeiro a oferecer a tecnologia.
Segundo a montadora, o recurso poderá ser usado em mais de 160 mil quilômetros de rodovias dos Estados Unidos e do Canadá. O modo “hands-free” permite que o motorista dirija sem as mãos no volante em determinados trechos de estradas de pistas duplas pré-mapeadas.
Uma câmera infravermelha voltada para o motorista rastreia seu olhar e posição da cabeça, para garantir que ele continue prestando atenção na estrada enquanto estiver no modo “hands-free”. O sistema gera alertas visuais no painel quando o condutor precisa voltar a atenção à estrada ou retomar o controle do veículo.
“O estresse das longas rodovias continua sendo um problema para os motoristas em todo o mundo”, diz Hau Thai-Tang, chefe de desenvolvimento de produto e compras da Ford. Segundo ele, a introdução do Active Drive Assist com câmera voltada para o motorista ajuda a aliviar a tensão ao dirigir, sem tirar dele o controle.
O recurso também avisa automaticamente se o motorista perder o foco na estrada e ainda pode diminuir a velocidade até que ele esteja pronto para se concentrar novamente.
O Mustang Mach-E terá como item de série o pacote Co-Pilot360 Active 2.0, que além do Active Drive Assist inclui um sistema aprimorado de estacionamento em vagas paralelas e perpendiculares.
Outra novidade do Co-Pilot360 2.0 é a detecção de borda da estrada, que facilita a direção em áreas rurais, identificando os limites da pista onde há linhas marcadas por elementos como grama ou sujeira.
Segundo a montadora, o funcionamento do Active Drive Assist foi testado na neve, chuva, sol forte, noites escuras e engarrafamentos por diferentes estradas dos Estados Unidos, Canadá e Europa.
| Automotive Business ( publicado em 24-06-2020) | | | Atrasar objetivos de segurança e eficiência energética atenderia a pleito da Anfavea e do Sindipeças
A indústria automotiva poderá ganhar fôlego extra de seis meses para cumprir as metas de eficiência energética e de segurança veicular do Rota 2030. A informação é de Francisco Tripodi Neto, sócio-diretor da Pieracciani Consultoria, entrevistado na quarta-feira, 24, em Live #ABX20.
Segundo ele, a prorrogação está em negociação com o governo para atender a um pleito da Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos, e do Sindipeças, entidade que reúne a cadeia de autopeças. A medida seria uma resposta à pandemia de Covid-19, que atrasou desenvolvimentos e projetos, além de reduzir drasticamente a capacidade de investimento das empresas do setor.
O especialista conta que chegar a um consenso sobre a extensão foi um tanto desafiador para as entidades, já que as fabricantes de veículos e o setor de autopeças abatem em momentos diferentes os aportes feitos em desenvolvimentos para o programa.
“Prorrogar o prazo compromete os investimentos que já foram feitos pelos fornecedores em desenvolvimentos para atender ao Rota 2030. Ao postergar, a receita esperada para abater essa massa de investimentos também atrasa”, observa Tripodi.
Segundo ele, apesar desta dificuldade, a revisão das datas em seis meses parece ser o entendimento mais razoável tanto para fabricantes de veículos quanto para os outros elos da cadeia de valor. “É o que atende minimamente a necessidade das montadoras e, ao mesmo tempo, prejudica o mínimo possível as fabricantes de autopeças e sistemas”, resume.
OS PRAZOS DO ROTA 2030
Até que a prorrogação seja aceita pelo governo, a determinação imposta pelo Rota 2030 é de que até o fim de 2022 todas as montadoras habilitadas no programa melhorem em pelo menos 11% a média de eficiência energética de todos os carros vendidos no Brasil. Este é o primeiro ciclo do programa, que traz metas ainda mais apertadas para 2027 e 2032.
Quando se trata de segurança veicular a imposição é de que as empresas cumpram até 2027 um cronograma gradual para a adoção de tecnologias de assistência à direção. Dessa forma, itens como frenagem automática de emergência e sensor para manter o veículo dentro da faixa de rolamento passarão a ser listados na etiqueta veicular.
EXIGÊNCIA BAIXA DE INVESTIMENTOS EM P&D
Tripodi lembra que, embora a extensão do prazo para cumprir os objetivos de eficiência energética e segurança estejam em discussão, não há qualquer demanda para atrasar as metas específicas de investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) impostas pelo Rota 2030.
As empresas que se habilitam ao programa podem optar por destinar parte da receita operacional para P&D, cumprindo porcentuais mínimos a cada ano. O compromisso em alcançar os objetivos gera incentivos fiscais.
“Não há qualquer discussão sobre pedir uma flexibilização para estas obrigações. A nossa leitura é de que as empresas vão conseguir alcançar porque as metas são baixas”, diz Tripodi.
Segundo ele, a maior dificuldade que as organizações enfrentam não está em cumprir o aporte em si, mas em detectar quais projetos podem ser considerados P&D pelo programa. “Tem empresa que só olha para engenharia de produto e deixa de lado uma série de investimentos em engenharia de processo, operações, assistência técnica e muitas outras atividades de P&D que acontecem nas mais diversas áreas”, avalia.
| Automotive Business ( publicado em 24-06-2020) | | | Planta voltou a produzir modelos Hyundai e Chery após três meses de paralisação
Após três meses de paralisação o Grupo Caoa reativou as linhas de produção de sua fábrica em Anápolis (GO), onde são montados modelos Hyundai (os SUVs ix35 e New Tucson e os caminhões HR e HD) e Caoa Chery (os SUVs Tiggo 5x e 7). As atividades na unidade tinham sido suspensas totalmente em 23 de março com a disseminação da pandemia de coronavírus no País, e o retorno ao trabalho só aconteceu esta semana, na última segunda-feira, 22.
“A Caoa esteve desde o início 100% empenhada na contenção da propagação da Covid-19, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Trabalhamos junto com nossos fornecedores buscando minimizar impactos em nossa cadeia produtiva e obedecendo todos os protocolos estabelecidos pelo governo.
Nesse retorno, trabalhamos em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis e estamos seguindo todas as normas estipuladas pelas organizações de saúde, readequando nossa planta e, em muitos casos, tomando providências que extrapolam as recomendações de segurança”, comenta Mauro Correia, CEO do grupo.
Até o fim de 2019 a fábrica de Anápolis empregava cerca de 1,4 mil pessoas. Os funcionários estavam com contratos de trabalho suspensos. A empresa nem o sindicato divulgaram cortes na planta até o momento.
Para o retorno ao trabalho a Caoa adotou protocolos similares aos que vêm sendo implantados pelas montadoras que voltaram a produzir. Para utilização do transporte fretado fornecido pela empresa é exigido o uso de máscaras e a entrada no ônibus só será permitida após a medição de temperatura.
A quantidade de usuários foi reduzida nos ônibus para garantir o distanciamento necessário. Os veículos serão submetidos a processos de descontaminação, sendo higienizados a cada viagem e tendo.
Nova medição da temperatura é realizada antes da entrada na fábrica, com entrega diária de máscaras protetivas, uma para cada parte da jornada.
Os principais espaços de concentração e acesso à unidade de Anápolis receberam demarcações, para que seja mantido o distanciamento entre as pessoas. Recipientes de álcool em gel foram distribuídos em toda a fábrica. Também houve ampliação dos refeitórios, com novo layout na distribuição de mesas e cadeiras, além da instalação de placas divisórias nas mesas.
| Automotive Business ( publicado em 24-06-2020) | | | Serão três encontros em plataforma digital exclusiva, com nova proposta de valor:
Diante do contexto de exceção imposto pela pandemia de Covid-19, Automotive Business traz uma nova proposta de valor para a sua agenda de eventos de 2020. Pela proteção dos participantes e compromisso de não contribuir com os ciclos de propagação do coronavírus, saem de cena os encontros presenciais este ano.
Por outro lado, jornadas digitais completas ganham o protagonismo, com muito conteúdo e ferramentas para promover o relacionamento. Serão três ao longo de 2020 – todas sinalizadas com o sufixo On:
NOVA PROPOSTA DE VALOR E FOCO NA EXPERIÊNCIA DOS PARTICIPANTES
Nos três casos, os eventos presenciais, baseados em debates e apresentações nos palcos, se transformam em jornadas on-line que oferecem lives com discussões essenciais e muito conteúdo em diversos formatos - vídeos, e-books, podcasts, infográficos e artigos.
A ideia é valorizar o tempo das pessoas que ficou ainda mais concorrido com o trabalho remoto, com uma avalanche de reuniões em vídeo. A cada dia das jornadas, uma nova camada de conteúdo é desbloqueada, o que garante aos participantes a possibilidade de acompanhar tudo no próprio tempo.
No caso do #ABPlanOn, que acontece em agosto, serão cinco dias de experiência on-line, com 1h30 de lives em cada um deles e 100 entregas de conteúdo multiformato ao longo da jornada para que os participantes aprofundem o conhecimento em suas áreas de interesse. Além de muita informação de qualidade, o evento trará ferramenta para estimular conexões e networking, algo que normalmente se perde na migração do off-line para o on-line.
“Desde que o Brasil foi impactado pela pandemia começamos a trabalhar no projeto das jornadas on-line. Foram três meses de desenvolvimento para chegar ao novo modelo porque desde o início sabíamos que não faria sentido simplesmente tentar imitar a experiência off-line”, conta Paula Braga, diretora de Automotive Business.
O desenho das jornadas digitais de Automotive Business foi feito de forma colaborativa com uma série de especialistas do setor automotivo, da mobilidade e áreas relacionadas. “Para chegar a um formato que, de fato, entregue valor às pessoas, apresentamos o projeto inicial a mais de 10 grandes especialistas da indústria. Captamos seus comentários e impressões e incorporamos ao desenho final”, conta Paula.
JORNADA ACESSÍVEL A TODA A COMUNIDADE AUTOMOTIVA E DA MOBILIDADE
O #ABPlanOn terá duas opções de acesso: gratuito e premium. Na primeira o usuário se registra e pode acompanhar parte do conteúdo, como as lives e alguns documentos. Na versão premium, por R$ 129,90 o participante tem acesso ilimitado a todas as informações e possibilidades de interação da plataforma. O valor é ao menos 10 vezes inferior ao cobrado pela inscrição em eventos presenciais.
“O novo preço reflete tanto a menor estrutura de custos do meio digital, quanto o esforço e o investimento de Automotive Business para manter o #ABPlanOn acessível aos profissionais do setor automotivo, que enfrentam limitações de caixa durante a crise e, ao mesmo tempo, precisam ter acesso a conteúdo de alta credibilidade”, conta Paula.
NOVA PLATAFORMA DE CONTEÚDO E IDENTIDADE DE MARCA
Para abrigar as jornadas com a melhor experiência possível aos participantes, Automotive Business investiu no desenvolvimento de uma plataforma digital exclusiva para os eventos e jornadas digitais. “No futuro, quando o isolamento social acabar, usaremos esta nova estrutura para apoiar e oferecer ferramentas complementares aos nossos eventos presenciais”, conta Paula.
O #ABPlanOn é o primeiro produto de Automotive Business a inaugurar novo logotipo e cores da marca, fruto de profundo projeto de branding. A nova linguagem visual, que será completamente implementada em julho, é a primeira atualização em 25 anos de marca e traduz a identidade mais ágil e acessível, além do compromisso com a qualidade e com a verdade.
| Automotive Business ( publicado em 24-06-2020) | | | Consultoria segue com projeção 10 pontos mais otimista que a da Anfavea, estima queda de 30% este ano
Em junho finalmente o volume mensal de veículos no País deve voltar a superar a casa das 100 mil unidades. Segundo acompanhamento da consultoria IHS Markit, até esta última semana do mês o ritmo apontava para 110 mil emplacamentos de automóveis e comerciais leves. Isso representa crescimento expressivo de quase 77% sobre maio, ainda que apenas metade das vendas registradas no mesmo mês de 2019, mas mostra que o mercado brasileiro retomou o curso de rampa ascendente, conforme atestaram os consultores da IHS Markit na quarta-feira, 24, em mais uma seção da série de entrevistas Lives #ABX20 (veja aqui esta e todas as já gravadas) promovida por Automotive Business
Ainda é cedo para comemorar essa possível recuperação no mês, porque parte dos licenciamentos estava represada, são de carros vendidos em março, abril e maio que não foram emplacados porque a maioria dos Detran estavam fechados.
“O volume de vendas de junho está bem alinhado à nossa projeção [para 2020, de 1,86 milhão de veículos leves vendidos e queda de 30% sobre 2019]. Mas é difícil mensurar o que é crescimento do mercado e o que é licenciamento residual [de carros vendidos antes e não emplacados]. Ainda não temos como mensurar isso, mas a boa notícia é que o número está bem alinhado à nossa previsão”, avalia Fernando Trujillo, consultor sênior da IHS Markit.
Por “boa notícia” entenda-se o fato de a projeção da consultoria ser 10 pontos porcentuais mais otimista do que a da Anfavea, a associação dos fabricantes, que no início de junho divulgou sua primeira previsão após a chegada da pandemia ao Brasil, estimando uma pesada queda de 40% na vendas este ano, que desceriam para apenas 1,6 milhão e de veículos leves vendidos em 2020.
“Achei a Anfavea pessimista demais. Espero que os nossos números estejam certos, não os deles. O patamar de 1,6 milhão é muito baixo para a indústria. Mas entendo que eles precisam ser mais cautelosos e não gerar falsas expectativas”, pondera Trujillo, explicando que as projeções influenciam nas decisões de produção e podem gerar custos fixos muito elevados às montadoras.
PRODUÇÃO E VENDAS DE VEÍCULOS LEVES 2020/2021
Pouco mudou nas projeções anuais da IHS Markit para Brasil e Argentina. A consultoria continua a estimar retração de 30% nas vendas de veículos leves este ano em comparação com 2019, o que resultará em 1,86 milhão de unidades emplacadas em 2020. A produção segue o mesmo ritmo, com recuo de quase 33%, para 1,88 milhão de unidades produzidas. “Assim como mantivemos [as previsões] para 2020, continuamos com as mesmas para 2021 também. Mas vamos aguardar para ver como se comporta a economia”, afirma Trujillo.
Para 2021 a consultoria estima a volta do mercado para volumes acima de 2 milhões de veículos leves, com venda de 2,29 milhões de unidades, o que representará alta de 23% ante o resultado estimado de 2020. A produção é projetada em 2,44 milhões, crescimento projetado de quase 30%.
PRODUÇÃO E VENDAS DE CAMINHÕES 2020/2021
Para as projeções de vendas e produção de caminhões desta vez a IHS Markit escalou o consultor especialista na área Thiago Costa. Para veículos de carga acima de 6 toneladas de PBT a projeção é de vendas de 61,7 mil este ano, o que representará queda de 35% sobre 2019 – previsão que está bastante em linha com o que prevê a Anfavea, que divulgou expectativa de queda de 36% em 2020 nos emplacamentos de caminhões acima de 3,5 toneladas de PBT.
“Para caminhões médios o impulsionador da demanda é o comércio e variáveis de consumo, mas a queda da renda do brasileiro e o comércio reabrindo agora impactaram o segmento para baixo. Nos modelos pesados o puxador de vendas é o agronegócio, que teve momento muito bom mesmo durante a pandemia. O agronegócio continua com boa demanda, é um grande impulsor, mas tem limitações [não consegue recuperar o mercado inteiro]”, explica Thiago Costa.
Esperando pela continuação dos bons resultados do agronegócio brasileiro, a consultoria estima vendas no Brasil de 79,4 mil caminhões acima de 6 t em 2021, o que representará crescimento de 28,6% sobre o projetado para 2020 e recoloca o mercado em patamar parecido com o de 2019 – ao contrário do mercado de veículos leves, que deverá demorar de dois a três anos para retornar ao patamar anterior à pandemia.
A consultoria projeta a produção de 77,3 mil caminhões no Brasil este ano, em retração de 31% sobre 2019, em número 15 mil unidades acima da expectativa de vendas domésticas. “A indústria de caminhões é mais enxuta e vive momento diferente da de leves, que já anunciou demissões. A Argentina ainda está em crise, mas Peru e Colômbia estão em abertura gradual, o que pode nos ajudar a exportar cerca 9 mil unidades este ano. O restante, na casa de 6 mil unidades, seria ainda para estoque, que é o patamar dos últimos anos”, explica Costa.
Para 2021 a estimativa é de produção de 111 mil caminhões acima de 6 t, em crescimento de 43,6%, o que também recoloca a indústria em patamar parecido com o de 2019, comprovando a recuperação mais rápida do setor.
ARGENTINA 2020/2021
Para o mercado argentino, depois de piorar suas expectativas em maio, a IHS Markit revisou um pouco para cima suas projeções de vendas, voltando ao que estimava em abril. Mas os números são bastante baixos: as vendas atingiriam 260,5 mil veículos leves em 2020 inteiro, em queda de 41,4% sobre 2019, e para 2021 a estimativa é de 285,6 mil, em expansão de 9,6%.
“A Argentina está combatendo a pandemia melhor que o Brasil, com apenas 50 mil casos e cerca de mil mortes registradas. Com isso, voltamos à projeção de abril. Os argentinos estão comprando carro como forma de proteção cambial contra a inflação, o que é comum lá”, destaca Trujillo.
Para a produção argentina não é esperado nada muito melhor: 252,4 mil carros e comerciais leves este ano, em retração de 23,5% ante 2019, e para 2021 a projeção é de 353 mil unidades, em alta de quase 40%, lastreada na esperada recuperação do mercado brasileiro, principal comprador de automóveis argentinos.
O mercado argentino de caminhões acima de 6 t deverá absorver apenas 5,5 mil unidades este ano, conforme calcula a IHS Markit, o que significa expressiva queda de 41%. É esperada a volta do crescimento em 2021, com expansão de 21,7%, mas em volume baixo, estimado em 6,7 mil caminhões.
| Automotive Business ( publicado em 24-06-2020) | | |
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