| 20 de mARÇO de 2020
Segunda-feira
Câmbio
Em 20/03/2020
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
5,130
|
5,130
|
Euro
|
5,519
|
5,521
|
Fonte: BACEN
| | | | | Medida provisória, publicada nesta segunda, visa combater efeitos da pandemia de coronavírus sobre a economia. Texto foi criticado por políticos antes de o presidente decidir pela revogação.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (23) que revogou o trecho da medida provisória 927 que previa a suspensão dos contratos de trabalho por 4 meses.
A medida foi publicada pelo governo nesta segunda no "Diário Oficial da União", com ações para comabter o efeito da pandemia de coronavírus sobre a economia. O governo defende a MP como uma forma de evitar demissões em massa. O trecho revogado pelo presidente foi o artigo 18.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), partidos políticos e entidades já haviam se manifestado contra pontos da MP editada pelo governo e defenderam aperfeiçoamento do texto.
"Determinei a revogação do art.18 da MP 927, que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses sem salário", escreveu Bolsonaro em uma rede social.
Uma medida provisória, assim que assinada pelo presidente, passa a valer como lei. Em no máximo 120 dias, precisa ser aprovada pelo Congresso, senão perde a validade.
Os outros pontos que não foram revogados pelo presidente seguirão para a análise de deputados e senadores.
Outros pontos da MP
Além da suspensão do contrato de trabalho e do salário (possibilidade revogada por Bolsonaro), a MP estabelece, como formas de combater os efeitos do novo coronavírus sobre o mercado de trabalho e a economia, a possibilidade de se estabelecer:
- teletrabalho (trabalho a distância, como home office)
- regime especial de compensação de horas no futuro em caso de eventual interrupção da jornada de trabalho durante calamidade pública
- suspensão de férias para trabalhadores da área de saúde e de serviços considerados essenciais
- antecipação de férias individuais, com aviso ao trabalhador até 48 horas antes
- concessão de férias coletivas
- aproveitamento e antecipação de feriados
- suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho
- adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
| G1 | | | | Após críticas do Congresso, MP que permitia suspender salários será alterada
O presidente Jair Bolsonaro editou no domingo (22) uma medida provisória com ações que podem ser adotadas pelos empregadores para manter o emprego dos trabalhadores durante o período de calamidade provocado pelo coronavírus.
A MP 927/2020 prevê medidas como suspensão do contrato de trabalho por quatro meses, teletrabalho, uso de banco de horas e antecipação de feriados e férias individuais ou coletivas, por exemplo. O texto foi publicado em edição do Diário Oficial da União.
Segundo a MP 927/2020, empregado e empregador podem celebrar acordo individual escrito para garantir a permanência do vínculo empregatício. De acordo com o texto, o contratante pode alterar o regime de trabalho presencial para teletrabalho, trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância, em que os funcionários prestam serviços por meio de tecnologias da informação e comunicação.
Caso o empregado não disponha da infraestrutura necessária para o teletrabalho, o empregador pode fornecer os equipamentos e pagar por serviços como conexão à internet, por exemplo. Mas isso não pode ser caracterizado como verba de natureza salarial.
Suspensão do contrato e FGTS
A medida provisória permite a suspensão do contrato de trabalho, por até quatro meses, para que o empregado participe de programa de qualificação profissional não presencial oferecido pelo empregador. A suspensão não depende de convenção coletiva e pode ser negociada diretamente com o trabalhador.
Durante a suspensão do contrato, o empregador pode conceder uma “ajuda compensatória mensal”, sem natureza salarial. O valor do benefício deve ser definido entre as partes por meio de negociação individual. Caso o curso de qualificação não ocorra, o empregado deve pagar imediatamente os salários e encargos sociais referentes ao período.
A MP 927/2020 também dispensa os empregadores de recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com vencimento em abril, maio e junho. A medida vale independente do número de empregados; do regime de tributação; da natureza jurídica; do ramo de atividade econômica; e de adesão prévia. O valor devido poderá ser pago, sem atualização, multas ou encargos, em até seis parcelas mensais.
Férias individuais e coletivas
O empregador também pode optar por antecipar as férias do trabalhador, que deve ser comunicado com pelo menos 48 horas de antecedência. As férias devem ser superiores a cinco dias e podem ser concedidas mesmo que o período aquisitivo não esteja completo.
As duas partes podem inclusive negociar a antecipação de férias de períodos futuros, e a prioridade deve ser para funcionários que pertençam ao grupo de risco do coronavírus. No caso dos profissionais de saúde, o empregador pode suspender férias ou licenças não remuneradas.
A medida provisória também autoriza o adiamento do pagamento do adicional de um terço de férias para o dia 20 de dezembro. Pela regra anterior, o beneficio deveria ser depositado até dois dias antes do início das férias. O empregado que deseja “vender” dez dias de férias também pode ter o pagamento adiado para 20 de dezembro. A MP 927/2020 permite ainda o adiamento da remuneração das férias até o quinto dia útil do mês seguinte ao início do período de descanso.
A medida provisória também autoriza o empregador a conceder férias coletivas, desde que haja comunicação com 48 horas de antecedência. Durante o estado de calamidade, as empresas ficam desobrigadas de respeitar limites definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que só autoriza a ocorrência das férias coletivas em dois períodos anuais, nenhum deles inferior a dez dias corridos. A MP 927/2020 também dispensa a comunicação prévia ao Ministério da Economia e aos sindicatos da categoria profissional.
Feriados e banco de horas
O texto permite que os empregadores antecipem feriados não religiosos federais, estaduais, distritais e municipais. As datas podem ser usadas para compensação do saldo em banco de horas. O aproveitamento de feriados religiosos depende de concordância do empregado, mediante acordo individual escrito.
A medida provisória também prevê um regime especial de compensação de jornada por meio de banco de horas. A medida pode favorecer tanto o empregador quando o empregado, e a compensação deve ocorrer no prazo de até 18 meses após o encerramento do estado de calamidade pública. Essa compensação deve ser feita com a prorrogação da jornada em até duas horas, mas nenhum trabalhador pode exceder o período de dez horas diárias.
Saúde e qualificação
A MP 927/202 dispensa a realização de exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto os demissionais. Os exames podem ser realizados no prazo de 60 dias após o fim do estado de calamidade, exceto se o médico da empresa considerar que a prorrogação representa risco para a saúde do empregado.
O texto também suspende a obrigatoriedade de realização de treinamentos periódicos e eventuais dos empregados, mas admite a modalidade de ensino a distância. A ações presenciais podem ser realizadas no prazo de 90 dias após o fim do estado de calamidade.
Outras medidas
A MP 927/2020 permite aos estabelecimentos de saúde prorrogar a jornada de trabalho dos profissionais, mesmo para as atividades insalubres e para quem faz jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso. O texto também permite a adoção de escalas de horas suplementares entre a 13ª e a 24ª hora do intervalo interjornada.
As horas suplementares podem ser compensadas no prazo de 18 meses após o estado de calamidade pública por meio de banco de horas ou remuneradas como hora extra. Ainda de acordo com o texto, os casos de contaminação pelo coronavírus não serão considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal.
Durante 180 dias, os auditores fiscais do Trabalho do Ministério da Economia só podem atuar “de maneira orientadora”. A aplicação de multas e penalidades só pode ocorrer se forem constatados acidente de trabalho fatal; trabalho escravo ou infantil; falta de registro de empregado; ou situações de grave e iminente risco.
A MP 927/2020 também prevê a antecipação do abono anual pago aos beneficiários da Previdência Social que tenham recebido auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. O valor pode ser pago em duas parcelas: a primeira em abril e a segunda em maio.
Tramitação
A MP já está valendo, mas, para tornar-se lei, precisa ser aprovada pelo Congresso em um prazo de 120 dias. O texto será analisado inicialmente por uma comissão mista de deputados e senadores. Depois, será enviado para votação pelos pelos Plenários da Câmara e do Senado.
| Senado Notícias | | | | Agente da PRF e bombeiros durante barreira: MP restringe ao governo federal a competência para limitação de circulação interestadual e intermunicipal de pessoas e mercadorias
O Poder Executivo editou, na noite de sexta-feira (20), medida provisória que flexibiliza regras para a aquisição de bens, serviços e insumos para enfrentar a pandemia da covid-19, com dispensa de licitação. Entre outros pontos, a MP 926/2020 também restringe ao governo federal a competência para determinar o que são serviços essenciais e para a limitação de circulação interestadual e intermunicipal de pessoas e mercadorias. O texto pretende “harmonizar as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus”.
De acordo com a MP, caberá ao presidente da República indicar quais serviços públicos e atividades essenciais não podem ser interrompidos em meio à pandemia. A intenção é evitar que a circulação de insumos necessários para a população seja afetada pelas restrições sanitárias e biológicas impostas por governos locais. Qualquer fechamento de portos, aeroportos e rodovias durante a epidemia só poderá ser feito com recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A MP proíbe a restrição à circulação de trabalhadores que possa afetar o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais e cargas de qualquer espécie que possam causar desabastecimento à população.
Licitação
O texto altera a Lei 13.979, de 2020, sancionada em fevereiro, que já trazia medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia, como a dispensa de licitação para compras de equipamentos de saúde. A regra agora vale para todas as compras e serviços, inclusive de engenharia, necessários ao combate à pandemia.
A MP autoriza até mesmo a contratação de empresa impedida de participar de licitação por irregularidades e releva a “declaração de inidoneidade”, se a empresa for a única fornecedora de bens e serviços considerados essenciais para enfrentar a doença. Também permite a compra de equipamentos usados, desde que haja garantia do fornecedor.
Também ficam dispensados de licitação os estudos preliminares quando se tratar de bens e serviços comuns. Para compras mais elaboradas, será admitido projeto básico simplificado. A autoridade poderá dispensar a pesquisa de preços e até autorizar a compra por um valor maior do que estimado diante de oscilações de mercado, se houver justificativa para a medida.
Se houver restrição de fornecedores, a autoridade poderá contratar a empresa, mesmo se ela não apresentar regularidade fiscal, trabalhista e outros requisitos hoje necessários para habilitação.
Os pregões para compra de bens necessários ao combate ao coronavírus terão os prazos reduzidos pela metade, dispensada a realização de audiência pública. Os contratos terão o prazo de duração de até seis meses e poderão ser prorrogados por períodos sucessivos, enquanto perdurar a necessidade de enfrentamento dos efeitos da situação de emergência de saúde pública. A renovação poderá ser mediante acréscimo de até 50% do valor inicial.
A MP aumenta o limite de gastos com o cartão de pagamento do governo, conhecido por cartão corporativo, quando utilizados para o pagamento dos serviços com dispensa de licitação. Ficarão autorizados pagamentos de até R$ 150 mil para serviços de engenharia e de até R$ 80 mil para compras em geral.
O Congresso precisa confirmar o teor da MP 926/2020 em até 120 dias, mas as regras estabelecidas pelo texto já estão vigorando.
Decreto
O governo também publicou o Decreto 10.282 para detalhamento das atividades e dos serviços públicos considerados essenciais e indispensáveis ao atendimento das necessidades da comunidade, estabelecidos pela MP 926. O texto diz que, se tais serviços não forem atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde e a segurança da população.
São listados a assistência à saúde (incluídos os serviços médicos e hospitalares); o transporte intermunicipal e interestadual de passageiros e os serviços de táxi ou de aplicativo; segurança pública e privada, incluídas a vigilância, a guarda e a custódia de presos; serviços relacionados a captação, distribuição e oferta de água, luz, gás, esgoto e lixo; telecomunicações e internet; produção, distribuição, comercialização e entrega, presenciais ou pela internet, de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; serviços funerários, entre outros.
O decreto também inclui o transporte internacional de passageiros na lista de serviços que não podem ser interrompidos. E proíbe restrições à circulação de trabalhadores que possam afetar os serviços e as atividades e à circulação de cargas de qualquer espécie que resultem em desabastecimento de gêneros necessários à população.
| Senado Notícias | | | | Novo decreto emitido neste domingo regulamenta o funcionamento de atividades econômicas essenciais. Todos os comércios não enquadrados devem suspender as atividades para evitar a propagação do novo coronavírus.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou neste domingo (22) a orientação para que todos os tipos de comércio que não precisam funcionar neste momento suspendam as atividades, como forma de colaborar com o enfrentamento ao novo coronavírus.
Neste final de semana o Governo do Estado emitiu decreto estabelecendo as 33 atividades essenciais que precisam manter o funcionamento. Basicamente, são serviços de interesse público.
Assim, lojas de produtos não necessários ao cotidiano das pessoas devem fechar as portas, até porque a sociedade entendeu os apelos do poder público e está evitando circulação e aglomerações.
“O governo está adotando todas as medidas para proteger a sociedade paranaense desta pandemia. Muito importante contar com a participação de cada pessoa e empresa neste processo. Só assim as ações serão efetivas”, destacou o governador Ratinho Junior.
Neste domingo, o governo emitiu decreto (4.318/20) para ampliar a regulamentação do funcionamento de serviços essenciais e ajustar o texto de outros segmentos.
A nova medida amplia a autorização de funcionamento para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de gás; iluminação pública; produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados; vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias; prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais; inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal; vigilância agropecuária; transporte de numerário; e serviços de manutenção, assistência e comercialização de peças de veículo automotor terrestre.
Pelo decreto, são considerados serviços e atividades essenciais, que não podem ser interrompidos:
- captação, tratamento e distribuição de água;
- assistência médica e hospitalar;
- assistência veterinária;
- produção, distribuição e comercialização de medicamentos para uso humano e veterinário e produtos odonto-médico-hospitalares, inclusive na modalidade de entrega delivery e similares;
- produção, distribuição e comercialização de alimentos para uso humano e veterinário, inclusive na modalidade de entrega delivery e similares, ainda que localizados em rodovias;
- agropecuários para manter o abastecimento de insumos e alimentos necessários à manutenção da vida animal;
- funerários;
- transporte coletivo, inclusive serviços de táxi e transporte remunerado privado individual de passageiros;
- fretamento para transporte de funcionários de empresas e indústrias cuja atividade esteja autorizada ao funcionamento;
- transporte de profissionais da saúde e de coleta de lixo;
- captação e tratamento de esgoto e lixo;
- telecomunicações;
- guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
- processamento de dados ligados a serviços essenciais;
- imprensa;
- segurança privada;
- transporte e entrega de cargas em geral;
- serviço postal e o correio aéreo nacional;
- controle de tráfego aéreo e navegação aérea;
- compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais nas instituições financeiras;
- atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social;
- atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência;
- outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico, indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade;
- setores industrial e da construção civil, em geral;
- geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de gás;
- iluminação pública;
- produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
- vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;
- prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;
- inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal;
- vigilância agropecuária;
- transporte de numerário;
- serviços de manutenção, assistência e comercialização de peças de veículo automotor terrestre.
| Agencia Estadual de Notícias (publicado em 22-03-2020) | | | |
O documento propõe medidas restritivas mais severas sobre a atividade econômica busca reduzir a circulação de pessoas e, desta forma, reforçar o enfrentamento contra a pandemia do novo coronavírus.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou neste sábado (21) um decreto (4.317/2020) que orienta pela suspensão de serviços comerciais e atividades não essenciais e lista 25 segmentos que devem continuar a funcionar normalmente
O texto que propõe medidas restritivas mais severas sobre a atividade econômica busca reduzir a circulação de pessoas e, desta forma, reforçar o enfrentamento contra a pandemia do novo coronavírus.
A decisão se soma ao fechamento de shopping centers, academias, escolas públicas e privadas. “Estamos avaliando as necessidades diariamente, seguindo orientação das autoridades sanitárias do Estado. Nesse momento, essa recomendação é imperativa”, afirmou Ratinho Junior. “Todos os esforços estão direcionados na contenção da circulação do coronavírus, pedimos essa colaboração da iniciativa privada”.
Segundo Ratinho Junior, o governo estadual divulgará um pacote de medidas para reduzir o impacto da pandemia sobre a atividade econômica, atendendo necessidades de empresas, segmentos econômicos e pessoas atingidas pelas perdas financeiras decorrentes da desaceleração da economia.
O decreto considera normativas estabelecidas pela lei federal 13.979/20, regulamentada pelo decreto 10.282/20, a Medida Provisória 926/20 e o decreto estadual 4.230/20. Pelo texto, são considerados serviços e atividade essenciais, que não podem ser interrompidos:
- tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
- assistência médica e hospitalar;
- assistência veterinária;
- produção, distribuição e comercialização de medicamentos para uso humano e veterinário e produtos odonto-médico-hospitalares, inclusive na modalidade de entrega delivery e similares;
- produção, distribuição e comercialização de alimentos para uso humano e veterinário, inclusive na modalidade de entrega delivery e similares;
- agropecuários para manter o abastecimento de insumos e alimentos necessários à manutenção da vida animal;
- funerários;
- transporte coletivo, inclusive serviços de táxi e transporte remunerado privado individual de passageiros;
- fretamento para transporte de funcionários de empresas e indústrias cuja atividade esteja autorizada ao funcionamento;
- transporte de profissionais da saúde e de coleta de lixo;
- captação e tratamento de esgoto e lixo;
- telecomunicações;
- guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
- processamento de dados ligados a serviços essenciais;
- imprensa;
- segurança privada;
- transporte de cargas de cadeias de e fornecimento de bens e serviços;
- serviço postal e o correio aéreo nacional;
- controle de tráfego aéreo e navegação aérea;
- compensação bancária;
- atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social;
- atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência;
- outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico, indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade;
- setores industriais;
- setores da construção civil.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 22-03-2020) | | | |
O Governo do Estado publicou diversos decretos e medidas emergenciais entre sexta-feira (20) e sábado (21) para evitar aglomerações e conter os avanços do novo coronavírus (Covid-19) no Paraná. As medidas se somam a inúmeras já adotadas na última semana.
O Governo do Estado publicou diversos decretos e medidas emergenciais entre sexta-feira (20) e sábado (21) para evitar aglomerações e conter os avanços do novo coronavírus (Covid-19) no Paraná. As medidas se somam a inúmeras já adotadas na última semana. Entenda as últimas mudanças:
MEDIDAS DE GOVERNO
Requisição administrativa
Um decreto regulamentou o instrumento da requisição administrativa, medida emergencial e extraordinária prevista na Constituição para casos como o Covid-19. O dispositivo permite ao Estado utilizar bens móveis, imóveis ou serviços particulares. O secretário da Saúde poderá autorizar o recolhimento de materiais essenciais para os hospitais nas sedes ou locais de armazenamento dos fabricantes, distribuidores e varejistas.
Redução de jornada
Houve redução de jornada para os servidores. O decreto estabelece que os titulares dos órgãos e entidades da administração pública direta, autárquica e fundacional deverão fixar expedientes presenciais diários apenas entre 13 horas e 17 horas. As chefias também poderão, após análise justificada da necessidade administrativa e dentro da viabilidade técnica e operacional, suspender total ou parcialmente o expediente.
Licenças
O Governo do Estado optou por conceder licença especial para 56,2 mil servidores do quadro funcional como ação de emergência relacionada à saúde pública. Deste total, 54 mil (96%) são vinculados à Secretaria da Educação e do Esporte. A iniciativa é compulsória. De acordo com o decreto, as licenças serão de até 90 dias, com possibilidade de interrupção após 30 ou 60 dias.
Contratação de terceirizados
O Governo do Estado conseguiu decisão favorável no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9) para contratar funcionários terceirizados para funções de natureza técnica ou administrativa no Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba. Com a decisão, a Secretaria da Saúde fica autorizada a fazer contratações emergenciais, sendo 184 profissionais de maneira imediata e 153 no desenrolar dos próximos meses.
Essa decisão se soma a 362 novos servidores para reforçar os quadros da saúde, 788 bolsistas para orientar a população e 30 estudantes de medicina para atendimento ao cidadão na Ouvidoria-Geral de Saúde do Paraná.
Produção própria de álcool
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) iniciou nesta semana toda a preparação para a produção de álcool antisséptico 70%. Os insumos começam a chegar já na semana que vem. Como o produto não faz parte do portfólio do instituto, um Grupo de Trabalho foi instituído para delimitar três frentes – a técnica, a regulatória e a logística – com o objetivo de ativar uma área produtiva na empresa.
Distribuição de álcool em gel para municípios
O Governo do Estado vai distribuir 52 mil litros de álcool doados pela Associação de Produtores de Bioernergia do Estado do Paraná (Alcopar). O produto será destinado a hospitais, ambulâncias do Samu e Siate, centros de socioeducação, casas de semiliberdade, instituições de acolhimento e outras entidades assistenciais do Paraná.
Farmácias
A Secretaria de Saúde adotou um novo sistema de entrega de medicamentos pelas farmácias do Estado. A primeira medida pretende ampliar o serviço Remédio em Casa. Ele já é ofertado a cerca de 3,5 mil usuários em Curitiba, e a intenção é estender, num primeiro momento, para unidades que tenham maior número de usuários. Também foi autorizada a renovação automática dos tratamentos dos pacientes já cadastrados; a entrega antecipada dos remédios para usuários já cadastrados; e cadastramento de novas pessoas no Paraná Inteligência Artificial (PIÁ).
Vacinação ampliada contra a gripe
Começa na segunda-feira (23) a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Houve mudanças em decorrência da pandemia. Além da antecipação do período, que normalmente tem início em abril, a campanha será ampliada para além dos postos de vacinação, com participação de empresas, universidades, escolas, comércio e instituições, dependendo do planejamento de cada município. O objetivo é evitar a aglomeração de pessoas e aumentar a cobertura vacinal.
Distribuição de merendas
Os alimentos adquiridos pelo Estado para compor a merenda escolar serão distribuídos para famílias de estudantes beneficiários do Bolsa Família. São cerca de 230 mil alunos inscritos no programa no Paraná. O Programa Leite das Crianças, que atinge 110 mil crianças entre 6 meses e 3 anos de idade e envolve 5 mil produtores rurais, será mantido.
A entrega dos alimentos vai acontecer quinzenalmente, com início previsto para 26 de março. Respeitando a restrição dos grupos de risco, a direção vai organizar uma escala de trabalho de plantão para o recebimento e distribuição dos alimentos nas regionais com a presença do diretor, diretor-auxiliar, e agentes educacionais I e II.
Comunicação
O Governo do Estado também estabeleceu canal direto com as emissoras de rádio e televisão, além de jornais, sobre a importância da divulgação das notícias sobre o novo coronavírus. A iniciativa ajuda a manter a população bem informada sobre a evolução dos casos e as medidas de contenção.
MEDIDAS RESTRITIVAS
Atividades comerciais
O Governo orienta pela suspensão de serviços comerciais e atividades não essenciais e fixou 33 segmentos que devem continuar a funcionar normalmente porque são primordiais para a garantia da saúde, da segurança e da vida. O texto propõe medidas restritivas mais severas para evitar a circulação de pessoas no âmbito do enfrentamento global contra a pandemia do novo coronavírus.
Punição
Um decreto estabelece as penalidades para quem não colaborar com as autoridades sanitárias na comunicação imediata de possíveis contatos com agentes infecciosos e circulação em áreas críticas. Os casos poderão ser enquadrados em crime contra a saúde pública e crime de desobediência.
Fechamento da Ilha do Mel
Os embarques e desembarques na Ilha do Mel foram suspensos a partir deste sábado (21). A medida permite o trânsito apenas de moradores ou em situações essenciais, como abastecimento ou socorro médico.
Supermercados
As lojas de redes associadas à Associação Paranaense de Supermercados (Apras) vão abrir às 7 horas para a entrada de idosos e gestantes. A abertura para o público geral continua sendo às 8 horas. Também às 8 horas os caixas começam a funcionar para que as compras sejam pagas e os clientes preferenciais deixem as lojas. O termo de cooperação tem participação do Governo e também limita a venda a 12 unidades de leite, 2 fardos de papel higiênico e 5 litros de álcool líquido 70% por cliente.
MEDIDAS DE SAÚDE
Hotéis
O Governo do Estado viabilizou com hotéis uma rede de proteção aos profissionais de saúde diretamente ligados ao controle e tratamento do coronavírus. Unidades de diferentes municípios, de maneira voluntária, serão transformados em alojamentos a partir da próxima semana. Dois hotéis em Curitiba, dois no Litoral (Guaratuba e Pontal do Paraná) e um Medianeira, na Região Oeste, já disponibilizaram seus espaços, totalizando 250 quartos. Durante o período, esses locais serão dedicados exclusivamente para o isolamento dos profissionais da saúde, deixando de receber hóspedes comuns.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 22-03-2020) | | | | Dentre as ações estão a fiscalização e monitoramento das fronteiras com outros estados, a restrição de atendimento presencial nas delegacias, Instituto Médico Legal e quartéis, além de suspensão das visitas em unidades prisionais por 15 dias.
A Secretaria da Segurança Pública editou a Resolução nº 064, de 20 de março de 2020 – baseada no Decreto 4.230/2020 – que regulamenta medidas a serem tomadas pelas forças de segurança pública, bem como o atendimento à população, durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Dentre as ações, estão a fiscalização e monitoramento das fronteiras com outros estados, a restrição de atendimento presencial nas delegacias, Instituto Médico Legal e quartéis, além de suspensão das visitas em unidades prisionais por 15 dias.
“Neste momento tomamos medidas de segurança para proteger a sua saúde, por isso, peço a todo cidadão paranaense que fique em casa, siga as recomendações dos órgãos de saúde e de segurança, pois nós estamos nas ruas para proteger cada um de vocês. Se cada um fizer sua parte vamos passar por este momento com mais tranquilidade”, destaca o secretário de Estado da Segurança Pública, Rômulo Marinho Soares.
As orientações para prevenção da doença devem ser cumpridas por todos os servidores e pessoas que buscam atendimento ao entrarem nas unidades da secretaria. O documento também suspende a autorização de viagens a serviço, com exceção dos deslocamentos necessários para atender demandas relacionadas a operações de repressão qualificada ou situações emergenciais.
CIRCULAÇÃO - A secretaria vai fiscalizar, monitorar e fazer cumprir as ações pertinentes ao decreto governamental em relação a shoppings, galerias e estabelecimentos congêneres, que persistirem em ficar abertos. Vai, ainda, orientar a população para que fique em casa e evite aglomerações, utilizando o sistema de som das viaturas e caminhões das unidades policiais.
SERVIÇOS - Os serviços essenciais oferecidos por telefone, como o 190 da Polícia Militar, o 181 Disque denúncia e o 193 do Corpo de Bombeiros continuarão normalmente. O cidadão pode ainda acionar a Polícia Militar pelo aplicativo 190 PR. Também fica determinado que as aeronaves das polícias militar e civil permanecem disponíveis para atendimento em casos de emergência relacionada ao coronavírus.
FRONTEIRAS - As forças policiais iniciaram na sexta-feira (20/03) o trabalho de orientação, fiscalização e monitoramento das fronteiras interestaduais, para restringir a entrada de ônibus com origem de todos os estados do País. Há 40 pontos monitorados. Participam a Polícia Rodoviária Federal, Batalhão de Polícia Militar de Fronteira (BPFron), Polícia Civil, Batalhão de Polícia Militar Rodoviária. Em alguns locais as ações ocorrem em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Há também a participação de profissionais de enfermagem, que deve se ampliada gradativamente.
SISTEMA PRISIONAL - Estão suspensas por 15 dias, a partir de 20 de março, as visitas em carceragens das unidades da Polícia Civil e do Departamento Penitenciário do Paraná. Entrega de sacolas para presos também estão suspensas
Com os devidos cuidados de higiene poderão ser entregues aos remédios de uso contínuo e para o combate de doenças crônicas, não sejam fornecidos pelo Depen, e produtos de higiene básica, seguindo regras de cada unidade.
Os atendimentos de advogados também estão suspensos, sendo implementada a videoconferência, mesma situação adotada para audiências de custódia e instrução. Também foi aberto o parlatório virtual, onde os advogados podem agendar consultas online. Transferências e escoltas de presos custodiados nas penitenciárias e cadeias públicas do Estado também ficam em suspensão por 15 dias.
As atividades desenvolvidas pelo serviço social e as de trabalho no interior das unidades serão mantidas, seguindo criteriosos protocolos de higienização e distanciamento.
Pelo prazo inicial de 30 dias, sujeito à alteração pelo Comitê Temporário de Prevenção ao Coronavírus no Tribunal de Justiça do Paraná, fica suspenso ainda o comparecimento de pessoas aos Escritórios Sociais e Patronatos. Os atendimentos telefônicos não serão interrompidos. Os atendimentos nos Postos Avançados de Monitoração continuam.
POLÍCIA MILITAR - As equipes policiais deverão garantir a adequada ventilação no interior das viaturas e higienização interna a cada troca de turno. Haverá policiamento ostensivo, priorizando pontos estratégicos e de maiores índices de criminalidade, a fim de reduzir o contato físico com terceiros.
CORPO DE BOMBEIROS - Os bombeiros militares estão orientados a indeferir todo e qualquer pedido de licenciamento de eventos temporários abertos ao público e com aglomeração de pessoas. O atendimento ao público se dará, preferencialmente, de forma virtual (através de e-mail e telefone) ou, em caso de necessidade da presença física do bombeiro militar, por meio de agendamento. Neste período está suspensa a portaria nº 14, de 22/02/2019, a qual estabelece prazo para fiscalização em estabelecimentos.
Ficam limitados os serviços de normatização, análise, vistoria, licenciamento, fiscalização e demais medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em edificações, estabelecimentos e áreas de risco. Também estão suspensos os recursos administrativos de sanções aplicadas pelo Corpo de Bombeiros, assim como os prazos para pagamentos de multas e celebração de compromisso de ajustamento de conduta relativos vistorias técnicas.
POLÍCIA CIVIL - O atendimento presencial nas delegacias de todo o Estado foi restringido. A orientação para a população é que só vá a uma delegacia nos casos de homicídios, feminicídios e latrocínios; violência doméstica e contra crianças e adolescentes; estupro, sequestro e cárcere privado; roubos de veículos e cargas.
Também serão lavrados autos de prisão em flagrante e atendidos casos em que possa ocorrer o perecimento da prova, demandando imediata intervenção policial. Para as demais demandas, a orientação para a população é de que faça os registros de Boletins de Ocorrência (BO) através do portal da Polícia Civil (http://www.policiacivil.pr.gov.br/Servicos ).
CARTEIRA DE IDENTIDADE - Está suspenso, a partir de 24 março, o atendimento para emissão e entrega de carteiras de identidade (Registro Geral - RG) pelo prazo inicial de 30 dias.
POLÍCIA CIENTÍFICA – Fica limitada a duas pessoas a entrada e permanência no Instituto Médico Legal (IML) para realização de exames ou liberação de corpos. Nas recepções da instituição em que não há divisórias de vidro, também haverá uma distância mínima de dois metros durante o atendimento. Máscaras cirúrgicas serão oferecidas às pessoas que estiverem com algum sintoma respiratório de gripe. O uso é obrigatório para familiares de vítimas com suspeita de coronavírus, ou de outras doenças como sarampo e H1N1.
Os exames de lesão corporal estão suspensos, com exceção em casos de vítimas de violência sexual e das análises clínicas em presos, que continuarão acontecendo no IML de maneira que não haja aglomerações de pessoas.
Enquanto persistir o período de pandemia do coronavírus, não acontecerá nenhum atendimento pessoal para fornecimento de informações. Se necessário, consulte o site (http://www.policiacientifica.pr.gov.br/). Ficam suspensas as visitas acadêmicas. As solicitações de documentos deverão ser requeridas e fornecidas digitalmente pelo e-mail imlcwbarq@policiacientifica.pr.gov.br.
CAPACITAçÕES - As capacitações realizadas pela Escola Superior da Polícia Civil (ESPC), pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (ESPEN), e algumas coordenadas pela Academia Policial Militar do Guatupê (APMG) foram suspensas. Solenidades, eventos, aulas, atividades culturais e educacionais, bem como coletivas de imprensa, também estão em interrompidas por tempo indeterminado, em todas as instituições da Segurança Pública.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 22-03-2020) | | | | Haverá aumento da quantidade de testes para coronavírus e uma nova logística para o transporte de amostras. Lacen aumentará a quantidade de exames realizados por dia.
O Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde reuniu-se neste domingo (22) para alinhar novas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus e outras situações que impactam a saúde pública no Estado.
O secretário da Saúde, Beto Preto, esclarece que o regime intenso de trabalho é necessário para enfrentar a pandemia. “Na Secretaria da Saúde tomamos a iniciativa de não fechar no fim de semana. Definimos mais detalhes técnicos do funcionamento do nosso Laboratório Central, o Lacen, as questões das provisões de material e equipamento de proteção individual (EPI) tanto para as unidades próprias do Estado como para os hospitais e municípios”, explicou. “Vamos trabalhar em caráter permanente até o final da pandemia”.
MAIS TESTES - O Paraná entrou em acordo com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o Ministério da Saúde para a aquisição de mais insumos para exames de detecção do novo coronavírus.
Para a logística mais rápida, o Governo do Estado disponibilizou a frota de aviões para buscar a carga no Rio de Janeiro. O diretor-geral da Secretaria da Saúde, Nestor Werner Junior, comentou sobre a articulação entre o Paraná, Ministério da Saúde e os outros estados do Sul.
“O governador Ratinho Júnior disponibilizou as aeronaves do Estado para buscar a carga do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Quando a aeronave retornar, representantes de Santa Catarina virão buscar o material em Curitiba e nós vamos levar os testes até Porto Alegre, ajudando os gaúchos e ampliando a capacidade de testagem dos três estados do Sul”.
“Pensamos no Paraná como um todo e precisamos viabilizar a testagem do maior número de pessoas com sintomas da Covid-19. Por isso a metodologia utilizada, a quantidade de testes e a logística para coletar as amostras foi revista”, disse o secretário.
COLETA DE AMOSTRAS – A coleta das amostras para os exames do coronavírus serão realizadas, também, via transporte aéreo. A partir dos próximos dias, um dos aviões do Estado decolará de Curitiba e fará uma rota pousando em pontos estratégicos para a coleta do material e entrega no Lacen.
AGILIDADE E AMPLIAÇÃO - O Laboratório Central do Estado informou que incluiu o exame para o novo coronavírus na Pesquisa de Vírus Respiratórios. Agora serão pesquisados 21 vírus de uma só vez. Até o sábado, as amostras passavam por um exame de 20 vírus e caso nenhum fosse detectado, seguia então para o teste específico de coronavírus.
Além desta alteração, o Lacen aumentará a quantidade de exames realizados por dia, considerando que haverá mais insumos para o laboratório. O local tem alta capacidade de processamento. Dessa maneira, com mais insumos, mais agilidade no transporte, a tendência é que possam ser identificados os pacientes que estão com Covid-19 e adotar medidas de contenção localmente, de forma ainda mais rápida.
INTERNAÇÕES – A agilidade no processamento dos exames impacta diretamente na disponibilidade de leitos em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva. Com mais testes, a estratégia adotada pela Secretaria da Saúde é otimizar o diagnóstico comprovando quem está ou não com a Covid-19 para que as medidas de precaução sejam seguidas na conduta dos pacientes ou já possam ser dispensados alguns cuidados, como o isolamento.
“Essa é uma forma de regular melhor os leitos. Além disso, fizemos um levantamento dos possíveis novos leitos para que não faltem espaços adequados para os paranaenses”, avalia Beto Preto.
CADASTRO DE PROFISSIONAIS – Diversas instituições que representam hospitais e médicos participaram de reunião, no Palácio Iguaçu, para alinhar e debater estratégias. O secretário Beto Preto afirma que está em desenvolvimento um cadastro de profissionais de reserva que serão acionados, caso seja necessário.
“Conversamos com representantes da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde o Paraná, Federação das Santa Casa de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná do Paraná, Associação Médica do Paraná, Conselho Regional de Medicina, Sociedade Brasileira de Infectologia. Estamos todos juntos para alinhar um programa de voluntariado para as necessidades que podem advir. A possibilidade é criar um cadastro de reserva de médicos de diversas especialidades que possam atuar como clínicos nas nossas unidades”, explicou o secretário Beto Preto.
O presidente da Associação Médica do Paraná, Nerlan de Carvalho, falou sobre a aproximação das instituições e a Secretaria. “Essas reuniões foram importantes para alinhar e estabelecer um raciocínio de atuação e centralizar as informações concretas ao invés de muitas informações desconexas e não verdadeiras que recebemos constantemente.”
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 22-03-2020) | | | | A situação é grave, mas se há um lugar no Brasil preparado para enfrentar a pandemia do novo coronavírus é Curitiba. A avaliação é da vice-diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Galvão Simão, que participou ontem de uma videoconferência com a equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Com apoio de outros cientistas brasileiros, a Prefeitura de Curitiba tem definido estratégias para proteger a população.
Outros parceiros da Prefeitura nas orientações para decisões de enfrentamento ao novo coronavírus são o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns e a presidente da Associação Brasileira de Infecção Hospitalar, Viviane Maria Carvalho Hessel Dias. Os especialistas participam do Centro de Operação de Emergência.
"Sabemos que a situação é grave e tende a piorar, mas estamos prontos, tomando decisões a cada dia e temos apoio dos nossos especialistas, seja no Paraná, seja em Genebra (Suíça). Se a população colaborar com a medidas de prevenção e de isolamento o impacto da propagação e consequencias do coronavírus será menor".
Desde janeiro, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde acompanha o avanço da pandemia no mundo, e nesse período já começou a adotar estratégias e desde a confirmação do primeiro caso na cidade, uma série de medidas vem sendo implantadas tantos para os espaços públicos do município como para as atividades privadas.
Medidas tomadas pela Prefeitura de Curitiba até o momento
SAÚDE
- Reforço no estoque de medicamentos e de equipamentos de segurança
- Reforço nas compras de álcool gel, luvas, máscaras
- Cada Região da cidade terá uma Unidade de Saúde exclusiva para vacinação de gestantes, recém-nascidos, crianças e de outras pessoas não idosas. (medida começa na quarta-feira)
-Fluxo de atendimento separado nas Unidades de Saúde e nas UPAs para isolar melhor pessoas com quadro respiratório de outros pacientes.
- As UPAs terão barracas para atendimento separado de quadros respiratório
-Toda a Rede Hospitalar foi organizada
- Três grandes hospitais estão preparados
-5.620 leitos gerais na rede hospitalar
-760 de UTIs
- 240 leitos de UTIs estão sendo preparados, que serão abertos gradativamente
-Cirurgias eletivas foram paralisadas
-Atendimento ambulatorial foram parados
-Atendimentos odontológicos de rotina suspensos (só emergências)
-Todas as atividades em grupos (ioga, canto, etc) com idosos suspensas
- Um profissional na porta de cada unidade para orientar quem procura atendimento e avaliar se tem sintoma de coronavírus e separar o atendimento
- Receitas de medicamentos de uso contínuo serão renovadas automaticamente por mais 90 dias. Para usuários a partir de 70 anos ou com qualquer condição crônica (diabéticos, hipertensos e imunodeprimidos), a entrega será domiciliar ou algum familiar pode fazer a retirada.
- Capacitação de profissionais de saúde de serviços públicos e privados para atendimento
Vacinação para H1N1
Descentralização das US para 42 pontos externos. Em 5 pontos será vacinação drive thru para idosos
ESCOLAS, CMEIS E FARÓIS DO SABER
Suspensão das aulas nas escolas e nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs)
Fechados todos os Faróis do Saber, em praças e nas escolas
Cancelada a Prova Brasil
ATIVIDADES CULTURAIS
Cancelamento de todos os espetáculos e apresentações culturais e cursos da Fundação Cultural de Curitiba e fechamento dos espaços
ESPORTE E LAZER
Cancelamento de todos os programas, atividades e espaços como Centros de Esporte e Lazer e Clubes da Gente. Paralisados o Pedala Curitiba, Lazer na Rua XV, Passos na História, etc. Os Jogos Escolares e as demais competições esportivas programadas para março também estão canceladas.
AÇÃO SOCIAL
Suspensas as atividades de os serviços para crianças e adolescentes que acontece nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que estão atendendo apenas situações de emergência.
Canceladas as atividades de qualificação profissional e atendimento nos postos do Sistema Nacional de Emprego (Sines).
Suspensos os cursos e programas
Liceus de Oficio
Mobiliza
Primeiro Emprego
Empregotech
FAS Aprendiz
PARQUES
Fechados o Museu de História Natural Capão da Imbuia e o Zoológico Municipal, estufa e jardim das sensações no Jardim Botanico, Memorial Polonês do Bosque do Papa, Memorial Ucraniano do Parque Tingui e o Bosque Reinhard Maack e o Passeio Público.
TURISMO
A Torre Panorâmica está fechada, assim como os postos de atendimento ao turista na rodoferroviária, Jardim Botânico, Torre Panorâmica, aeroporto e Palacete Wolf.
Feira do Largo da Ordem
A tradicional feirinha do Largo da Ordem, no Centro Histórico, foi suspensa e canceladas as feirinhas de Páscoa nas praças
RODOFERROVIÁRIA
A ala interestadual da Rodoviária de Curitiba está desativada para desembarque de ônibus de outros estados
MERCADO MUNICIPAL E SACOLÕES
Foi fechado para o público bem como o Mercado Regional do Cajuru
Redução das atividades nos Sacolões da Família
BOM NEGÓCIO
Suspensa a Aula Inaugural do Bom Negócio e também as aulas presenciais do programa.
As capacitações sobre empreendedorismo e cidades inteligentes da Prefeitura e Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação passam a ser EAD (à distância)
VALE DO PINHÃO
Os Worktibas Cine Passeio e Barigui permanecerão fechados
SMART CITY EXPO
O Smart City Expo Curitiba 2020, edição brasileira do maior evento de cidades inteligentes do mundo, teve a data da sua terceira edição adiada.
REUNIÕES PÚBLICAS - FALA CURITIBA
As reuniões presenciais do programa Fala Curitiba serão canceladas. As consultas estavam marcadas para começar neste mês de março. A votação pode ser feita on-line até o dia 5 de abril
ATENDIMENTOS PRESENCIAIS DOS SERVIÇOS DA PREFEITURA
Vários órgãos como Finanças e Urbanismo paralisaram o atendimento presencial tanto nas Ruas da Cidadania como nas sedes das secretarias e no prédio central da Prefeitura
RECOMENDAÇÕES PARA ATIVIDADES DA INICIATIVA PRIVADA
Fechamento de atividades não essenciais, tais como:
- Casas noturnas, espetáculos, boates
- Cinemas e teatros
- Academias de ginástica, natação e esportes em geral
- Salões de beleza
- Escolas de música, artes, línguas e congêneres
- Autoescolas
- Tabacarias
Manter em funcionamento atividades essenciais como:
(evitando aglomerações e outras regras para revitar o coronavírus)
Supermercados e hipermercados
Feiras livres
Padarias
Farmácias
Postos de gasolina
Lojas de conveniência
Eventos, comemorações e confraternicação
Recomendação é que sejam suspensos
Celebrações religiosas
A recomendação é que sejam feitas por sistema on-line
ATIVIDADES PROIBIDAS
Visitação de idosos nas instituições de longa permanência.
Visitação a pacientes internados (acompanhantes estão permitidos)
Venda e uso de Narguilés, Arguilés e Hookah
DISTANCIAMENTO SOCIAL
Crianças com até um ano de idade e pessoas com 60 anos ou mais devem se deslocar apenas para atividades necessárias, evitando transporte coletivo, excussões, evitando eventos com concentração de pessoas.
| Bem Paraná (publicado em 22-03-2020) | | | | Avaliação é de que a paralisação da economia é irreversível, mas a decisão pode acelerar a retomada
Ninguém sai Empresários passaram a pedir aos governos estaduais e ao comitê de crise do governo federal que determinem o confinamento da população como medida fundamental para a crise do coronavírus. Eles partem da avaliação de que a paralisação da economia é irreversível, mas avaliam que a decisão pode acelerar a retomada. Eles pedem a continuação dos serviços essenciais para abastecimento, mas usam a China como exemplo para defender a necessidade do isolamento.
Mão única Os pedidos têm sido feitos desde a semana passada e foram reforçados na reunião com o presidente Jair Bolsonaro, na sexta (20). O empresário Abílio Diniz foi um dos mais enfáticos. Representantes de outros setores produtivos também defendem a ideia, como única alternativa para a turbulência passar rápido.
| Folha de S.Paulo | | | | Confinamento pode elevar conta de luz e água; é hora de repensar hábitos de consumo, dizem analistas
Os consumidores que tiverem redução da renda mensal como reflexo das medidas que o governo Jair Bolsonaro deverá autorizar nos próximos dias precisarão fazer nova faxina no orçamento familiar e reforçar os cuidados com as despesas.
Com mais tempo em casa, há ainda o risco de aumentar gastos domésticos como água, luz, gás e telefone. A quarentena também tem o potencial de atingir quem tem o salário complementado por comissões ou atividade extra.
Especialistas dizem que, mesmo nos casos em que os cortes ocorram no salário de apenas um dos membros da família, o momento é propício para cortar excessos e repensar hábitos de consumo.
"Para alguns, é hora de uma operação de guerra. Muitas pessoas podem até não ter dívidas, mas também não têm reservas, e, em um momento no qual a renda mensal pode ser cortada pela metade, muitos hábitos também terão de ser repensados", diz Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros).
Os últimos anos já vinham exigindo limpeza dos gastos. Ainda assim, é importante pensar em outras economias, pois, segundo Domingos, há sempre um extra. "Seja mudando assinaturas, fazendo trocas de produtos ou abrindo mão de certo padrão de vida."
Para entender a situação das contas, o diretor de crédito da Bom pra Crédito, Felipe Lemos, recomenda listar todas as despesas e receitas em uma planilha ou caderno. Feito isso, quem estiver bem financeiramente pode considerar quitar dívidas caras, mas Lemos diz que é melhor esperar um pouco antes de tentar uma negociação.
"É importante rever gastos com cartão de crédito e cheque especial, mas é preciso estudar as opções para que, lá na frente, não haja um novo problema em mãos."
A facilitação no corte de jornada ou salário, anunciada na semana passada, ainda não está valendo. A equipe econômica deve editar uma medida provisória ou projeto lei permitindo a redução em até 50% como auxílio às empresas no enfrentamento da crise.
A redução na renda mensal, no entanto, não se limitará apenas àqueles que estão empregados com carteira assinada. Afetará também os trabalhadores autônomos que, em meio à quarentena, têm seus clientes reduzidos e, em alguns casos, a atividade totalmente paralisada.
Para Angela Nunes, do conselho de administração da Planejar, para além do corte de gastos, uma das saídas para os consumidores e profissionais autônomos é a criatividade.
"As pessoas podem precisar pensar quais são suas qualidades e atributos para tentar se desenvolver profissionalmente nesse período. Se eu sei fazer algo muito bem, posso pensar em aulas a distância, por exemplo, para gerar algum tipo de renda", afirma.
Os especialistas destacam também a necessidade de as famílias não descuidarem dos gastos básicos, que podem sair do controle com todos em casa. Contas de água, luz, gás e telefone precisam de atenção redobrada.
"Prestar atenção em luzes acesas em cômodos que não estão sendo usados ou em várias pessoas vendo o mesmo canal de televisão em quartos diferentes podem ser importante para limitar o aumento dos gastos nesse período", afirma Angela.
Com o fechamento de escolas, academias, clubes, cursos de idiomas e outros tipos de prestação de serviços dos quais se espera continuidade, o consumidor pode avaliar a possibilidade de negociar condições e preços mais atrativos ou mesmo cancelar algumas mensalidades.
O que fazer com o plano anual da academia, por exemplo? Enquanto escolas, do ensino regular ou de idiomas, podem substituir a presença por módulos online, essa atividade não pode ser executada a distância.
O advogado Luiz Felipe Silveira, especialista em direito contratual do Finocchio & Ustra, diz que, nesses casos, o consumidor tem o direito de colocar fim ao contrato, considerando a impossibilidade de a academia cumprir a parte dela no combinado.
As academias, porém, estão sendo orientadas a buscar um caminho do meio nas conversas com os clientes. A Acad (associação que representa o segmento) divulgou um parecer jurídico orientando seus associados quanto à necessidade de fechar as portas, considerando a pandemia do coronavírus.
No documento, recomenda que as academias negociem a exclusão do período em que ficarem fechadas ou a concessão de um crédito futuro, quando não houver a possibilidade de suspender o pagamento das mensalidades.
Os cursos de idiomas e de atividades como ioga estão oferecendo a manutenção das aulas com tutoria e atividades online, em um esforço para não ter que parar completamente. A substituição é bem-vinda, mas o aluno pode optar pela suspensão ou cancelamento se achar que não conseguirá acompanhar ou se optar por mais austeridade nos gastos.
O advogado afirma que, do ponto de vista do consumidor, sempre que houver mudança na maneira como o serviço é prestado, em relação ao que foi contratado, é possível discutir o compromisso de pagar. Em geral, o entendido judicial é favorável ao consumidor.
O ensino a distância costuma ser mais barato, e isso permitiria ao cliente cobrar a diferença. Para quem está prestando o serviço, diz o advogado, viabilizar esse novo modelo vai gerar custos imprevistos.
"Manter o mesmo preço ajudaria a equilibrar esse custo", afirma Silveira.
As condições atuais, porém, exigem parcimônia, e a tendência é que todos estejam mais dispostos a negociar condições melhores.
No caso das escolas regulares –as do ensino formal– e de faculdades, o Procon-SP diz que o funcionamento em situações adversas, como a atual, segue regras do Ministério da Educação.
A apresentação de conteúdo deve ser mantida sem a perda de qualidade. É possível usar as plataformas online ou definir um calendário de reposição das aula.
Tudo isso deve ajudar as famílias a organizar melhor o orçamento e, com isso, estarem mais preparadas para momentos de crise mais aguda. Ainda assim, os planejadores financeiros dizem ser necessário não descartar a possibilidade de que alguns consumidores terão de aceitar padrões de vida menores.
Para o planejador financeiro CFP (sigla em inglês para planejador financeiro certificado) Caco Santos, muitos brasileiros correm o risco de mudar de classe social. A crise econômica causada pela pandemia terá escala mundial, e diversos países já revisaram suas expectativas de crescimento para este ano.
"A tendência é termos uma queda brutal da renda, da economia e do PIB e uma migração da população para classes mais baixas acaba sendo inevitável", afirma.
Angela Nunes, da Planejar, diz que apenas alguns setores, como saúde e alimentação, não serão tão afetados pelo momento econômico delicado. "Muitas empresas ficarão em situação financeira difícil e correm sério risco de fechar. O mundo vai empobrecer e, com ele, uma fatia considerável dos cidadãos também", afirma.
Para Domingos, da Abefin, porém, o brasileiro não pode jogar a toalha. "Será um aprendizado para muitas pessoas, mas é preciso manter a calma e ter a disciplina necessária para enfrentar momentos como este", diz.
PREPARE-SE PARA OS EFEITOS DO CORONAVÍRUS NO ORÇAMENTO FAMILIAR
Renda menor
Governo vai autorizar corte de até 50% nos salários e jornada de trabalho
A medida busca reduzir as chances de demissões nos setores afetados pela crise
Sem carteira assinada
Autônomos e informais ficarão sem trabalhar ou praticamente parados
Quarentena
Em São Paulo, o governador estabeleceu quarentena em todo o estado a partir desta terça (24)
Inicialmente, por 15 dias, determina o fechamento de lojas, restaurantes e bares
Os restaurantes poderão funcionar para delivery
Supermercados, farmácias bancos e lotéricas funcionarão
Outros estados também têm medidas similares para reduzir a circulação de pessoas e o risco de contaminação
Hora de economizar
Com a família toda em casa, gastos fixos podem subir
Contas de energia elétrica, água e gás podem aumentar
Redobre os cuidados com luzes acessas e TVs ligadas
Evite desperdícios
Além de ficar de olho em banhos longos, use bem o que está disponível
Aproveite bem os alimentos disponíveis
Equilibre as refeições em casa
Analise as despesas
Coloque no papel todos os gastos fixos e despesas variáveis já contratadas
Dívidas de longo prazo, como financiamentos e mensalidades, devem estar nessa relação
Gastos suspensos no momento, como atividades de lazer e idas ao cabeleireiro, também contam
Considere novos cortes
Com tudo listado, comece a ver o que pode ser cortado ou suspenso até a situação melhorar
Pacotes de TV a cabo, mensalidades de academia e clubes ou marcas de preferências são gastos que podem ser reduzidos
Negocie contratos
Planos semestrais ou anuais podem ser negociados
Tente suspender as cobranças ou peça um crédito para o futuro
Não tome decisões ainda
É importante pagar dívidas longas, mas espere um pouco
A recomendação é não antecipar pagamentos, pois o futuro é muito incerto
| Folha de S.Paulo | | | | O que farão essas famílias dos futuros desempregados, que certamente se unirão aos 12 milhões já existentes?
Desde muito ouço que a melhor medicina é a preventiva e sempre aceitei essa máxima como verdade. Neste momento dramático do novo coronavírus, acompanho vivamente as recomendações, iniciativas e medidas dos diversos níveis governamentais.
Penso que o Ministério da Saúde tem agido bem, estrategicamente buscando conter ou reduzir a velocidade da disseminação ou propagação desse vírus devastador.
Os governos estaduais e municipais, de maneiras distintas e algumas até pouco ortodoxas, a meu ver, seguem essa mesma linha.
Isolar todos em casa, restringir o acesso da população às ruas, às praias e a logradouros públicos e a grandes aglomerações, fechar bares, restaurantes, hotéis, cinemas, teatros, shoppings e o comércio em geral. Reduzir o transporte público e a circulação de pessoas.
Recomendar o trabalho a distância para todos e a cessação das operações para aquelas atividades que não comportem o trabalho remoto.
Já vi notícias de grandes indústrias dando férias coletivas ou suspendendo suas atividades até abril, pelo menos.
Enfim, a bem da saúde pública, os governos também decretaram o shutdown das empresas. Pararam tudo!
Seria essa solução radical a melhor opção?
Já surgem opiniões divergentes, e eu me incluo entre elas, com todo o respeito.
Na verdade, acredito que cuidar das empresas é cuidar, na essência, preventivamente, da saúde das pessoas.
Prosseguindo a escalada de medidas dos estados e municípios, suspendendo as atividades empresariais em geral, teremos rapidamente muito mais empresas em estado falimentar no país do que mortes pelo coronavírus. Não duvide disso.
Já há estudos publicados, mostrando que as empresas brasileiras, principalmente as pequenas e médias, definitivamente não resistirão a um shutdown, e isso a curtíssimo prazo!
Deverão começar demitindo seus empregados. Cada empresa que fecha representa a “morte”, no sentido figurativo, de dezenas, centenas ou milhares de famílias.
O que farão essas famílias dos futuros desempregados, que certamente se unirão aos 12 milhões já existentes?
Difícil prever, mas sem dúvida teremos um caos social, porque estaremos falando de um contingente de cerca de 20 milhões de pessoas, aproximadamente, também considerados dois agregados ou dependentes, em média, para cada trabalhador.
O país não resistiria a isso!
Para mim, essa conclusão é tão óbvia e inquestionável que não tenho dúvidas em proclamá-la, do alto da minha ignorância, pois estaremos “matando a galinha e vão faltar ovos”.
Embora não seja médico, aprendi com eles que não adianta termos um diagnóstico preciso sem sabermos qual o tratamento aplicável e eficaz.
Na minha modesta opinião, temos que urgentemente repensar o tratamento a ser dispensado às empresas brasileiras, neste momento de grave crise.
Fechá-las e deixá-las com seus problemas seria a morte da economia brasileira a curto prazo.
Os governos em todos níveis deveriam ser o pronto-socorro das empresas, de maneira até prioritária às pessoas individualmente, porque os efeitos multiplicadores mediatos de uma política voltada para as empresas seriam exponencialmente maiores e mais abrangentes que novas CTIs ou respiradores em hospitais.
Não defendo que não se trate das vítimas do coronavírus, nada disso, mas que se priorize a coletividade, preservando o maior bem econômico da sociedade, que é a empresa.
Governos federal, estaduais e municipais, formulem políticas urgentes de apoio às nossas empresas, não as deixem falir!
Ordélio Azevedo Sette é advogado, fundador do Azevedo Sette Advogados; representou a CNI (Confederação Nacional da Indústria) no Biac/OCDE (conselho empresarial da OCDE) de 2013 a 2019
| Folha de S.Paulo | | | | Em função das mudanças ocasionadas por causa coronavírus é necessário racionar recursos, evitando o colapso do sistema e a paralisação dos serviços.
A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba – Comec informa que nesta segunda-feira (23) os horários de linhas metropolitanas sofrerão ajustes. Em função das mudanças ocasionadas por causa do coronavírus é necessário racionar recursos, evitando o colapso do sistema e a paralisação dos serviços.
A Comec informa que neste momento não é possível determinar e informar como serão os novos horários das quase 200 linhas que atendem a Região Metropolitana de Curitiba durante toda a semana, mas acompanhará constantemente o comportamento de demanda para garantir reforços nos atendimentos que se fizerem necessários.
O transporte coletivo deve ser utilizado por aqueles que realmente precisam, como profissionais da área de saúde, segurança e serviços essenciais.
Confira o atendimento desta segunda-feira:
AGUDOS DO SUL
Linha I21-FAZENDA/AGUDOS tabela de sábado
ALMIRANTE TAMANDARÉ
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Ligeirinho 702-CAIUÁ/CACHOEIRA tabela de dias úteis
ARAUCÁRIA
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linha I32-ARAUCÁRIA/CAMPO LARGO não operará
BALSA NOVA
Tabela de sábado
BOCAIUVA DO SUL
Tabela de sábado
CAMPINA GRANDE DO SUL
Tabelas de sábado com reforço nos picos
Linha I35-JD.PAULISTA/ROÇA GRANDE tabela de sábado
CAMPO LARGO
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linha I32-ARAUCÁRIA/CAMPO LARGO não operará
CAMPO MAGRO
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
COLOMBO
Tabelas de sábado com reforço nos picos
Ligeirinho 607-COLOMBO/CIC tabela de dias úteis
Linha I20-COLOMBO/SÃO JOSÉ com tabela de sábado
Linha I35-JD.PAULISTA/ROÇA GRANDE tabela de sábado
CONTENDA
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
FAZENDA RIO GRANDE
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linhas F72-FAZENDA/MANDIRITUBA e F73-FAZENDA/AREIA BRANCA não operarão
ITAPERUÇU
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linha I71-ITAPERUÇU/CAIC tabela de sábado
MANDIRITUBA
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linha G12-AREIA BRANCA/FAZENDA RIO GRANDE não operará
PINHAIS
Tabelas de sábado com reforço nos picos
Ligeirinho 304-PINHAIS/CAMPO COMPRIDO tabela de dias úteis
Linha I20-COLOMBO/SÃO JOSÉ com tabela de sábado
PIRAQUARA
Tabelas de sábado com reforço nos picos
Linha I40-Q.BARRAS/PIRAQUARA tabela de sábado
Linha I60-PIRAQUARA/SÃO JOSÉ tabela de dias úteis
QUATRO BARRAS
Tabelas de sábados com reforço nos picos
Linha I40-Q.BARRAS/PIRAQUARA tabela de sábado
QUITANDINHA
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
RIO BRANCO DO SUL
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linha I71-ITAPERUÇU/CAIC tabela de sábado
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
Tabelas de dias úteis com ajustes nos picos da manhã e tarde, e adequação à demanda fora dos picos
Linha I20-COLOMBO/SÃO JOSÉ com tabela de sábado
Linha I60-PIRAQUARA/SÃO JOSÉ tabela de dias úteis
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 22-03-2020) | | | |
Pandemia de coronavírus 'acelera' com 100 mil casos em 4 dias e soma 300 mil infectados em quase todos os países, diz OMS
Organização Mundial da Saúde alertou que as transmissões estão se acelerando e reforçou a necessidade de testes em massa em todo o mundo, principalmente nos próximos dias.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou nesta segunda-feira (23) que apenas nos últimos 4 dias os novos casos de coronavírus subiu em 100 mil, levando o total de pessoas infectadas a mais de 300 mil espalhadas em quase todos os países do mundo.
"A pandemia está se acelerando", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, informando que o vírus está em circulação "quase todos os países do globo terrestre."
Para comparar a velocidade que a pandemia ganhou nos últimos dias, a Organização informou que os primeiros 100 mil casos de Covid-19 levaram 67 dias para serem registrados, enquanto que o segundo 100 mil casos ocorreram em 11 dias.
O diretor geral voltou a reforçar a necessidade dos países testarem "todos os casos suspeitos de Covid-19, isolando e cuidando de todos os casos confirmados e rastreando e colocando em quarentena todos os contatos próximos."
O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, também advertiu a importância da testagem em massa. "Testes são importantes agora e ficarão mais importantes nas próximas semanas."
A diretora técnica, Maria van Kerkhove, afirmou que os testes precisam ser feitos de forma rápida "e mais laboratórios precisam estar disponíveis para fazê-los."
Tedros também afirmou que a solução para conter a pandemia requer "coordenação política em nível mundial. Vou conversar com chefes de estado dos países do G20. Pedirei que trabalhem juntos para aumentar a produção, evitar proibições de exportação e garantir a equidade da distribuição [de equipamentos, testes e remédios] com base na necessidade [de cada país]."
Governo anuncia compra de seis mil testes rápidos para identificar coronavírus
Profissionais da saúde infectados
Ainda durante a coletiva desta segunda, a OMS alertou para o aumento de infecção entre os profissionais de saúde que estão na linha de frente.
"Mesmo se fizermos tudo certo, se não priorizarmos proteger os profissionais de saúde, muitas pessoas morrerão porque o profissional que poderia ter salvo sua vida, estará doente", alertou Tedros, reforçando que os profissionais necessitam de equipamentos de segurança adequados contra a infecção.
| G1 | | | | Empresa será obrigada a dar curso online a empregados e a manter benefícios, como plano de saúde. MP foi publicada no domingo
A medida provisória (MP) editada na noite deste domingo pelo presidente Jair Bolsonaro com ações na área trabalhista permite a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses, por conta da crise causada pelo novo coronavírus.
No período, o empregado deixa de trabalhar e não receberá salário. A empresa é obrigada a oferecer curso de qualificação online ao trabalhador. A empresa também deve manter benefício voluntários ao trabalhador, como planos de saúde.
Recessão: Economista diz que Brasil não ficará imune à recessão global
O texto também facilita o uso do regime de home office nas empresas, permite a antecipação de férias e flexibiliza as regras para decretação de férias coletivas, entre outras medidas.
“Durante o estado de calamidade pública, o contrato de trabalho poderá ser suspenso, pelo prazo de até quatro meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional não presencial oferecido pelo empregador, diretamente ou por meio de entidades responsáveis pela qualificação, com duração equivalente à suspensão contratual”, diz o texto da MP.
Sem dinheiro:Epidemia de coronavírus ameaça renda de 46,8 milhões de trabalhadores informais
A medida não havia sido anunciada anteriormente pelo governo. A suspensão não dependerá de acordo ou convenção coletiva; poderá ser acordada individualmente com o empregado ou o grupo de empregados; e será registrada em carteira de trabalho física ou eletrônica.
Durante a suspensão do contrato, caso curso ou programa de qualificação profissional não seja ministrado ou o empregado permanecer trabalhando para o empregador, a empresa deverá voltar a pagar os salários e os encargos sociais referentes ao período.
O empregador poderá conceder ao empregado “ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual, com valor definido livremente entre empregado e empregador, via negociação individual”.
Não haverá concessão de bolsa-qualificação por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Compartilhe por WhatsApp: Clique aqui e acesse um guia completo sobre o coronavírus
Outras medidas que constam na MP já haviam sido anunciadas pelo Ministério da Economia na última quarta-feira, no terceiro pacote de ações divulgadas pela pasta para enfrentar a pandemia. O objetivo, segundo a pasta, é evitar o desemprego.
Corte de jornada e salário não está na MP
Na semana passada, o governo também informou que permitiria que empresas reduzissem a carga horária de funcionários, com corte proporcional de salários. Este ponto do anúncio, no entanto, não está contemplado pela MP publicada neste domingo.
Além da flexibilização das regras trabalhistas, o texto também formaliza uma promessa anunciada na última segunda-feira, que permite que empresas atrasem o pagamento do FGTS por três meses.
Pandemia: Empresários pedem 'Plano Marshall' para salvar país do 'caos social' provocado pelo coronavírus
Também está no texto a previsão de antecipação do abono salarial, já anunciada como medida anticrise pelo ministro da Economia Paulo Guedes. O benefício, pago a trabalhadores formais que receberam até dois salários mínimos no ano passado, será depositado de forma parcelada, entre abril e maio.
Ao todo, são sete ações para flexibilizar a relação entre patrão e empregado. Todas valem enquanto durar até 31 de dezembro deste ano, prazo em que o país está em estado de calamidade pública, como reconhecido pelo Congresso na última sexta-feira. A MP entra em vigor imediatamente e tem força de lei.
A nova legislação dá validade às ações já tomadas por empresas nos últimos 30 dias. Ou seja, empresas que já tomaram medidas previstas na MP nesse período não serão alvo de contestação na Justiça.
Home office sem mudança no contrato
No caso do home office, empregadores poderão determinar que funcionários trabalhem de casa sem que seja necessário firmar um aditivo de contrato, como prevê a legislação trabalhista. A empresa precisará notificar o empregado sobre a mudança no prazo de 48 horas.
Crise nas prefeituras.Paralisação de empresas afeta arrecadação
No caso das férias, a empresa poderá concedê-las a empregados que não tenham ainda trabalhado tempo suficiente para adquirir o direito ao descanso anual.
A prioridade será de pessoas no grupo de risco da Covid-19, como idosos. Também será permitido decretar férias coletivas sem informar órgãos do Ministério da Economia ou o sindicato da categoria.
Antecipação de feriados
O texto permite ainda a antecipação de feriados não religiosos, medida para auxiliar a dar folgas para empregados no período de crise. Também será possível usar o sistema de banco de horas para ampliar o número de dias de descanso e compensar a jornada depois da crise, permitindo que empregados trabalhem duas horas a mais, até dez horas por dia.
A MP traz ainda pontos que não haviam sido destacadas pelo governo na divulgação das medidas, como uma flexibilização da fiscalização do trabalho. Segundo o texto, no período de calamidade, os auditores terão uma ação "orientadora" junto às empresas.
Risco de depressão?Economistas já veem impacto prolongado da Covid-19 na economia
As exceções, que continuam passíveis de penalidades, são as seguintes: trabalho sem registro, situação de grave e iminente risco, acidente de trabalho fatal e trabalho análogo à escravidão.
O texto possibilita ainda que estabelecimentos de saúde estabeleçam jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, mesmo para atividades insalubres. Na legislação normal, esse tipo de regime precisa ser firmado por meio de acordo com a categoria.
Veja o que prevê a MP
Suspensão de contrato por quatro meses
Possibilidade de empresas atrasarem recolhimento do FGTS
Flexibilização do regime de office
Antecipação de férias individuais
Flexibilização de férias coletivas
Flexibilização do banco de horas
Antecipação de feriados não religiosos
| Jornal O Globo | | | | Têm prioridade na primeira etapa idosos e trabalhadores da saúde
Começa nesta segunda-feira (23) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. De acordo com Ministério da Saúde, nesta primeira etapa os públicos prioritários são idosos e trabalhadores da saúde. Mais duas etapas serão realizadas para públicos diferentes.
Ao todo, a campanha pode atingir cerca de 67,6 milhões de pessoas em todo o país. A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos até o dia 22 de maio. Para alcançar esse público foram investidos R$ 1 bilhão na aquisição de 75 milhões de doses da vacina.
O dia “D” de mobilização nacional para a vacinação acontece em 9 de maio (sábado). Nessa data, os 41 mil postos de saúde ficarão abertos para atender a todos os grupos prioritários. Neste ano, a campanha foi antecipada de abril para março para reforçar a proteção aos públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe.
Novo coronavírus
A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus. No entanto, em virtude da pandemia de coronavírus, poderá auxiliar profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para o covid-19, já que os sintomas são parecidos.
Segundo o ministério, casos mais graves de infecção por coronavírus têm sido registrados pelo mundo em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a 20,8 milhões de pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contempla esse público.
Próximas etapas
A etapa seguinte da campanha terá início no dia 16 de abril, com o objetivo de vacinar doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e profissionais das forças de segurança. A última fase, que começa no dia 9 de maio, dará prioridade a crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
Até o momento, o Ministério da Saúde enviou aos estados 15 milhões de doses e mais 4 milhões serão distribuídas até o fimde março.
A vacina, composta por vírus inativado, é trivalente e protege contra os três vírus que mais circularam no Hemisfério Sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2).
| Agência Brasil | | | | Medidas são adotadas devido à pandemia de coronavírus
O Banco Central (BC) reduziu depósitos compulsórios e anunciou linha de empréstimos a instituições financeiras nesta manhã (23). A decisão faz parte do conjunto de ações adotadas pelo BC para minimizar os efeitos do coronavírus (covid-19) sobre a economia brasileira.
O BC reduziu a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo de 25% para 17%. Segundo o BC, a medida é temporária. “A medida tem o objetivo de aumentar a liquidez do Sistema Financeiro Nacional”. A redução de compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC, pode levar à injeção de até R$ 68 bilhões na economia, a partir do dia 30 deste mês.
“Em 14 de dezembro, caso a economia tenha atravessado a pandemia do covid-19, a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo será recomposta ao patamar anterior de 25%”, diz o BC, em nota.
Empréstimos
O BC anunciou ainda que o Conselho Monetário Nacional (CMN) o autorizou a concessão de empréstimos a instituições financeiras garantidos em debêntures adquiridas entre 23 de março e 30 de abril de 2020. Segundo o BC, é uma Linha Temporária Especial de Liquidez (LTEL).
“O objetivo da linha é prover liquidez ao mercado secundário de dívida corporativa, fortemente afetado pela recente turbulência verificada nos mercados financeiros internacional e nacional, fruto dos reflexos da propagação do coronavírus (covid-19).”
Além das debêntures, o BC manterá, como garantia adicional, os recolhimentos compulsórios do banco no mesmo montante da operação.
“Com a medida, o BC espera aumentar a liquidez no mercado secundário de dívida privada, minimizando os efeitos da crise sobre o mercado de capitais”, destacou.
“A adoção de linhas especiais de liquidez lastreadas em títulos de dívida privada vem sendo um instrumento amplamente usado pelos principais BCs do mundo em reposta à crise provocada pela propagação do coronavírus (covid-19), dentro de seus arcabouços e competência”, finalizou o BC, em nota.
Captação de recursos
O BC também informou que “as incertezas ocasionadas pela crise sanitária mundial sobre a economia têm aumentado a aversão ao risco e podem interferir negativamente na captação de recursos pelas instituições financeiras”. “Para reforçar a capacidade de resposta ao regular funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje a Resolução nº 4.785, que autoriza a captação de Depósito a Prazo com Garantia Especial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)”.
“Conhecido no mercado como DPGE1, essa modalidade de depósito a prazo é garantida pelo FGC até o limite de R$20 milhões por titular e foi um instrumento utilizado com sucesso para dar liquidez ao mercado no momento de stress provocado pelos efeitos da crise mundial de 2008 no Brasil”.
| Agência Brasil | | | | Pandemia pelo novo coronavírus provoca desaceleração global
Com o impacto da pandemia do novo coronavírus, o ambiente econômico para países emergentes, como o Brasil, rapidamente se transformou de favorável a desafiador. A conclusão é do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que decidiu, na última semana, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, para 3,75% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual.
Na ata da reunião, divulgada hoje (23), o Copom avalia que, no cenário externo, “a pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities [produtos primários com cotação internacional] e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros”.
“Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulo monetário [redução dos juros] pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador”, destacou.
Segundo o Copom, antes da pandemia, a economia continuava seu processo de recuperação gradual. “O comitê entende que as informações disponíveis já são suficientes para evidenciar que a pandemia terá efeito contracionista extremamente significativo sobre a atividade global. As medidas fiscais e monetárias adotadas pelas principais economias tendem a mitigar apenas uma pequena parcela desses efeitos. Para os países emergentes, o ambiente rapidamente se transformou de favorável para desafiador”, disse.
O Copom destacou que a pandemia afeta a economia brasileira de três formas. Uma delas é o “choque de oferta, derivado da interrupção das cadeias produtivas”. Mas, afirma que esse feito “terá pouca importância quantitativa, devido à pouca interligação da economia brasileira com as cadeias de produção mundiais”.
O segundo efeito é um “choque nos custos de produção, mensurado pela variação de preços das commodities e de importantes ativos financeiros”.
“O segundo efeito provavelmente implicará forte impacto desinflacionário no curto prazo. Contudo, sua importância deve ser relativizada, devido à sua natureza temporária e à volatilidade dos preços das commodities medidos em moeda local.”
E o terceiro efeito é a “retração de demanda, proveniente do aumento da incerteza e das restrições impostas pela pandemia”.
“O terceiro efeito tende a ser bastante significativo no horizonte relevante para a política monetária, porque os efeitos da pandemia sobre a atividade podem ser expressivos. De acordo com simulações apresentadas na reunião do Copom, para compensar este terceiro efeito, seria necessário reduzir a taxa básica de juros superior a 0,50 ponto percentual.”
Entretanto, acrescentou o Copom, “uma redução da taxa básica de juros além de 0,50 ponto percentual poderia tornar-se contraproducente e resultar em apertos nas condições financeiras, com resultado líquido oposto ao desejado”.
Inflação
O Copom avalia que “diversas medidas de inflação” indicam o cumprimento da meta, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2020, a meta é 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
No cenário com taxa Selic encerrando 2020 em 3,75% ao ano e subindo até 5,25% ao ano em 2021, e taxa câmbio constante em R$ 4,75, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai encerrar neste ano em 3% e chegará a 3,6% em 2021. No cenário, a inflação de preços administrados são 1,5% para 2020 e 3,9% para 2021.
Segundo a ata, as projeções mais recentes para a inflação foram “influenciadas significativamente pelos movimentos recentes nas cotações de commodities, em particular pelas expressivas retrações dos preços internacionais de petróleo, que repercutem rapidamente sobre os preços domésticos de combustíveis”.
“As implicações da pandemia sobre o segmento de serviços, notadamente sobre os preços de passagens aéreas, provavelmente irão se refletir nas leituras mensais de inflação, sobretudo a partir de maio”, diz o Copom.
O Copom avaliou ainda que o nível de ociosidade da economia pode levar a inflação a ficar abaixo do esperado. “Esse risco se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque aumento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado.”
Por outro lado, acrescenta, o aumento da potência da política monetária (redução de juros), a deterioração do cenário externo ou frustrações em relação à continuidade das reformas podem levar a inflação a ficar acima do esperado.
Próximos passos
Na ata, o Copom ressalta que "a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária e, neste momento, vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar”. No entanto, o comitê reconhece que será preciso aguardar novas informações sobre a conjuntura econômica.
"O comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos."
Segundo o Copom, embora neste momento os efeitos da redução da Selic sejam limitados, quando as restrições impostas pela pandemia começarem a arrefecer, os cortes serão relevantes para acelerar a recuperação econômica.
Arsenal
O BC destacou que continuará a usar todas as ferramentas disponíveis para enfrentar a crise gerada pela pandemia.
"O Banco Central do Brasil ressalta que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.”
A ata do comitê normalmente é divulgada na terça-feira seguinte à reunião do grupo. Desta vez, foi adiantada. Nesta manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concede entrevista coletiva sobre as medidas de combate à Covid-19, por meio virtual.
| Agência Brasil | | | | Previsão de expansão do PIB caiu de 1,68% para 1,48%
Em meio à pandemia de covid-19, pela sexta semana seguida as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa de crescimento da economia do país em 2020. De acordo com o boletim Focus, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – para este ano caiu de 1,68% para 1,48%.
O boletim semanal do BC traz as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos nos próximos anos. As previsões do mercado para o PIB de 2021, 2022 e 2023 continuam em 2,50%.
Já a cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 4,50. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana continue no patamar alto e encerre o ano em R$ 4,29.
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – caiu de 3,10% para 3,04%.
Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,65% para 3,60%. A previsão para os anos seguintes, 2022 e 2023, não teve alterações e permanece em 3,50%.
A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja mantida nesse patamar até o fim de 2020.
A manutenção da Selic, como preveem as instituições financeiras, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para atingir a meta de inflação.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 5,25% ao ano. Para 2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6% ao ano e 6,25 ao ano, respectivamente.
| Agência Brasil | | | | Se você ou sua empresa tem projetos para a produção de equipamentos (como respiradores e/ou ventiladores mecânicos), EPIs ou o desenvolvimento de testes rápidos para a detecção do vírus, procure o Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem. O Senai colocou sua rede de 27 Institutos de Inovação e 60 Institutos de Tecnologia a serviço do combate ao novo Coronavírus, como lançamento nesta quarta-feira (18), no Edital de inovação para a Indústria, de chamada para receber propostas de soluções contra os problemas causados pelo vírus que tenham aplicação imediata e com resultados em até 40 dias.
A instituição também criou um canal de contato com empreendedores que precisem de apoio tecnológico. Distribuídos em todas as regiões brasileiras, os institutos do Senai possuem pesquisadores qualificados, equipamentos e infraestrutura de vanguarda para desenvolvimento de produtos e processos inovadores, assim como para a oferta de serviços de consultoria e metrologia. As proposições podem ser realizadas por WhatsApp no número (61) 99628-7337 ou pelo e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
“O Senai possui hoje a maior rede de apoio à inovação e ao aumento de produtividade na indústria, que está sendo colocada à disposição de toda a sociedade brasileira neste momento em que o Brasil e o mundo enfrentam um grave problema”, explica Rafael Lucchesi, diretor-geral da instituição. “Cumprindo com a missão que possui desde 1942, o Senai reafirma seu compromisso de ajudar o país em seus momentos mais decisivos”, completa.
Requisitos - Os R$ 10 milhões de recursos serão aplicados em soluções apresentadas por empresas com os institutos do Senai. Os projetos podem ser em temas como: ampliação do número de respiradores; desenvolvimento de testes rápidos e de equipamentos de proteção individual (EPIs) que possam substituir máscaras, luvas e sabonetes; reposição de peças e componentes utilizados em unidades de terapia intensiva (UTIs), entre outros.
Os projetos poderão ser de até R$ 2 milhões, não necessitando de contrapartida financeira ou econômica. A implantação e seus efeitos devem ocorrer no prazo máximo de 40 dias.
O Edital de Inovação para a Indústria é uma iniciativa do Senai e do Sesi - Serviço Social da Indústria. Desde que foi criado, em 2004, foram selecionados mais de mil projetos inovadores, nos quais foram investidos mais de R$ 680 milhões. As propostas selecionadas recebem recursos e apoio para desenvolvimento de uma prova de conceito, passando por processos de validação, de protótipo e de teste na rede de inovação e tecnologia do Senai e do Sesi.
A rede de Inovação do Senai possui infraestrutura inovativa de ponta, composta por 27 áreas temáticas, entre as quais tendências globais como biotecnologia e sustentabilidade; fábricas inteligentes; materiais avançados; manufatura aditiva e tecnologias produtivas. Desde que foi criada, em 2013, mais de R$ 1 bilhão foram aplicados em 1.086 projetos concluídos ou em execução. Atualmente, 12 Institutos são unidades Embrapii e contam com verba diferenciada para financiamento de projetos estratégicos de pesquisa e inovação. Os centros possuem mais de 700 pesquisadores, sendo que 44% deles possuem mestrado ou doutorado.
| Usinagem Brasil ( publicado em 22-03-2020) | | | | A Mercedes-Benz, a General Motors e a Volkswagen do Brasil distribuíram comunicados na quarta e quinta-feira da semana passada comunicando a suspensão das atividades de todas as suas unidades no País. A Volks, a partir desta segunda-feira, 23 de março, por três semanas; e a Mercedes a partir do dia 25 de março até 20 de abril; e a GM a partir do dia 30.
Na quinta-feira (19), à noite, a Anfavea - a entidade que reúne as fabricantes de veículos - divulgou nota à imprensa informando que naquele momento todas as 26 montadoras associadas à entidade estavam analisando e se preparando para a interrupção de suas atividades de produção no País. De fato, logo em seguida a Volvo comunicou a suspensão da produção na fábrica de Curitiba por quatro semanas, a partir de 30 de março. Na sexta-feira novos comunicados foram divulgados, desta vez da FCA, da Renault e, já no final da tarde, o do Groupe PSA.
VW - A Volkswagen informou que “a medida visa preservar a saúde de seus empregados e familiares em decorrência do avanço da COVID-19”. Segundo o comunicado, até o dia 30 de março de 2020, os empregados da área administrativa continuam em trabalho remoto e os empregados da linha de produção em folgas administradas por banco de horas. A partir de 31 de março de 2020, os empregados estarão em férias coletivas por duas semanas. “Ambas as medidas são parte das ferramentas de flexibilização previstas em Acordo Coletivo de Trabalho”, informa a montadora.
FCA - A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) anunciou na sexta-feira, 20, que irá promover a diminuição gradual da produção em suas fábricas no Brasil (Betim-MG, Goiana-PE e Campo Largo-PR) a partir de 24 de março, com a paralisação total prevista para 30 de março. As atividades fabris serão retomadas em 21 de abril.
A montadora informa que “a continuidade da produção até a paralisação total se dará mediante as rigorosas medidas preventivas já adotadas para garantir a saúde e integridade dos funcionários”. Além disso, anunciou também o adiamento imediato de todos os eventos e ações de produto (lançamentos, apresentações, cursos e treinamentos, etc.) previstos no Brasil. Os mesmos serão reagendados oportunamente.
GM - A General Motors informou na quarta-feira, 18, que dará férias coletivas para todos os seus funcionários do Brasil a partir de 30 de março. De acordo com a nota, a medida tem como objetivo “ajustar a produção à demanda”, já que a pandemia do novo coronavírus deve prejudicar toda a cadeia de consumo. As fábricas de São José dos Campos, Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC) ficarão paradas entre 30 de março e 12 de abril, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Renault - Na tarde de sexta foi a vez da Renault do Brasil informar que suspenderá a produção no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), no período de 25 de março a 14 de abril de 2020 em função do crescente impacto do Coronavírus (Covid-19).
Groupe PSA - As linhas da Peugeot e da Citroën, em Porto Real (RJ), também serão paralisadas de 23 de março a 21 de abril de 2020. “A produção será então reiniciada dependendo da futura situação no país”, diz o comunicado da empresa. “As equipes de gerenciamento da unidade implementarão estes procedimentos localmente, sendo todos conduzidos em coordenação com nossos parceiros sociais”.
Mercedes-Benz - “Pensando nos cuidados com todos os seus colaboradores e familiares e com o objetivo de prevenção ao Covid-19”, a Mercedes-Benz adotará as seguintes medidas negociadas com sindicatos em todas as suas unidades no Brasil:
- Folgas debitadas em banco de horas nos dias 25, 26 e 27 de março, além de 20 de abril;
- Férias coletivas durante 20 dias, de 30 de março a 19 de abril.
De acordo com o comunicado, está previsto o retorno das atividades em 22 de abril, dependendo da situação do país.
A montadora informou ainda que desde quarta-feira (18) e até 24 de março, ntecipará a sua campanha de vacinação contra a gripe. A medida não tem relação direta com o coronavírus, mas ajuda a tranquilizar os colaboradores em casos de sintomas gripais.
A empresa frisa que “os serviços essenciais serão mantidos, com todos os cuidados necessários, a fim de atender os nossos clientes que possuem veículos em circulação”. E conclui: “Com todas essas alternativas, a Mercedes-Benz entende que está contribuindo para que as pessoas evitem ao máximo a circulação, atendendo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS); estamos todos muito atentos em relação ao Covid-19 e atuando para preservar a saúde e o bem-estar da nossa população”.
| Usinagem Brasil ( publicado em 22-03-2020) | | | | Na quinta-feira passada, a Abimaq divulgou nota à imprensa para informar “que está em contato permanente com o gabinete de crise do Ministério da Economia, a fim de apresentar sugestões com medidas econômicas emergenciais voltadas às pequenas e médias empresas (máquinas e equipamentos) no sentido de mitigar os efeitos deletérios da crise do coronavírus”.
De acordo com a nota, a entidade já encaminhou três documentos ao governo com iniciativas que visam manter as empresas financeiramente saudáveis e consequentemente ativas durante o período mais crítico da pandemia de coronavírus, além de visar a manutenção do emprego. Veja abaixo as principais sugestões da entidade.
MANUTENÇÃO DAS ATIVIDADES - No que se refere à manutenção das atividades das empresas, propõe a utilização dos R$ 140 bilhões que tem no caixa do BNDES para financiar capital de giro e assim facilitar o pagamento das principais obrigações das empresas, sendo salários, impostos, os bancos e seus fornecedores.
A entidade sugere ainda ao BNDES a criação de uma linha de capital de giro sem que sua liberação tenha que passar por banco intermediário, além de uma flexibilização do FGI - Fundo Garantidor para Investimentos para que as empresas não precisem apresentar garantias exigidas pelas instituições financeiras que são difíceis de serem atendidas, como os prazos de carência e amortização, taxa de juros e valor de entrada.
Para as empresas que possuem financiamentos no BNDES ou no Banco do Brasil, a associação solicitou uma moratória de 90 a 120 dias.
Outra ação sugerida pela entidade foi a liberação de depósito compulsório que está depositado no Banco Central no sentido de aumentar a liquidez das pequenas e médias empresas, além de reduzir os altos spreads cobrados nos empréstimos para capital de giro.
A Abimaq propôs a liberação da obrigatoriedade de CND - Certidão Negativa de Débito, por seis meses, para empresas que procurarem bancos oficias a fim de renegociar financiamentos.
A entidade também solicitou a prorrogação por pelo menos 90 dias de impostos federais (PIS, COFINS, IPI, INSS, Imposto de Renda pessoa jurídica) e sugeriu ainda ao Governo Federal que peça ao Congresso Nacional autorização para ampliação do deficit público autorizado pelo orçamento.
A Abimaq informa que está enviando correspondências para todos os Governadores solicitando às Secretarias de Fazenda Estaduais, a liberação de créditos acumulados de ICMS, a flexibilização da burocracia para liberação destes créditos e a postergação em 90 dias do recolhimento do ICMS.
EMPREGO - Com relação à manutenção do emprego, a entidade informou que está em contato direto com o governo, assim como o Sindimaq - Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas, para negociar com 94 sindicatos no Estado de São Paulo e no Paraná. Entre as medidas propostas estão parcelamento do salário, lay off, banco de horas de 24 meses, férias coletivas, redução da jornada de trabalho com a redução proporcional do salário e jornada flexível.
Outra sugestão é a postergação por 90 dias dos encargos trabalhistas que incidem sobre a folha de pagamentos, ainda que o empregador possa colocar seus funcionários em férias sem pagar o bônus de férias, ou seja, um terço do salário e também metade do décimo terceiro salário.
ESTIMULO À DEMANDA - Para estimular a demanda, a Abimaq propõe que o governo reative as obras paradas desde o tempo da Lava Jato, assim como priorizar junto ao Legislativo a aprovação no Senado da votação do marco do saneamento e também da aceleração do Projeto de Lei que trata da PPP - Parceria Público Privada e das concessões públicas.
“A Abimaq acredita que a crise do coronavírus seja passageira e temporária. No entanto, não se sabe exatamente quando termina esse cenário de instabilidade e se ele pode piorar a situação da economia brasileira. Então se faz necessário adotar medidas para os próximos 90 a 120 dias”, conclui a nota da entidade.
| Usinagem Brasil (publicado em 22-03-2020) | | | | Indústrias da cadeia metal-mecânica começam a adotar medidas preventivas para impedir a proliferação do coronavírus, principalmente dentro de suas instalações.
A WEG, por exemplo, anunciou na última segunda-feira, 16, a suspensão de viagens de seus colaboradores por 30 dias e a alteração do regime de trabalho para home office onde for possível.
A empresa também se comprometeu a acompanhar diariamente a evolução da situação em todas as unidades do grupo e intensificar a comunicação sobre o tema com os colaboradores. A WEG irá ainda respeitar os períodos de quarentena estabelecidos pelo Ministério da Saúde e postergar workshops e treinamentos internos com grande concentração de pessoas, além de limitar o acesso de visitantes ao mínimo necessário.
A Gerdau também passou a restringir visitas de negócios à empresa, mas apenas para profissionais que estiveram no exterior. Irá, por enquanto, seguir recebendo clientes e fornecedores brasileiros. A ação, que vale para todo o Brasil, não possui ainda um prazo de duração.
A Vitor & Buono, distribuidora de máquinas com sede na capital paulista, comunicou ao mercado que irá aderir ao expediente da equipe em home office a partir desta segunda feira (23). O atendimento da equipe de vendas permanecerá normal nesse período, através dos telefones, emails e WhatsApp. Para entregas e retiradas de material deverão ser devidamente agendadas.
Já a OSG Sulamericana, fabricante de ferramentas com sede em Bragança Paulista (SP), informou que está disponível para prestar atendimento remoto ou via telefone para todos os clientes. “Em casos emergência, o atendimento também poderá ser presencial, seguindo todas as regras de proteção necessárias. Para tanto, caso necessário, contate nosso vendedor de seu contato que diligentemente os atenderá”, informa.
Internamente, a empresa adotou vários procedimentos como o cancelamento de viagens internacionais. Já as viagens nacionais não estão proibidas, “porém deverão passar por análise do gestor da área e devem ser evitadas ao máximo (principalmente deslocamento entre interestaduais e viagens de avião)”. Visitas a empresas/clientes não estão proibidas, “porém o visitante deverá ficar atento às recomendações da empresa visitada e verificar anteriormente se seu acesso será liberado para evitar perda de viagens”, entre outros.
A OSG informa ainda que até o momento as entregas de produtos e serviços não foram paralisadas, “estamos acompanhando a evolução da doença e, caso seja necessário, novas ações serão tomadas. Considerando a demanda atual, temos recursos de estoque e de insumos para operarmos os próximos três meses”.
A Tupy comunicou ter adotado como prioridade a preservação da saúde das pessoas, dos empregos e a manutenção do abastecimento de seus clientes. “Acreditamos que todos devem se unir em prol da prevenção, evitando o aumento da proliferação da pandemia do Coronavírus (Covid-19). Diante disso e em alinhamento com o Decreto Nº 515, promulgado em 17 de março pelo Estado de Santa Catarina, a Companhia irá conceder 10 dias de férias coletivas, colaborando com os esforços promovidos pelos governos federal, estadual e municipal para evitar a propagação da doença”, informou.
As montadoras de veículos também estão se mexendo, existindo a hipótese de muitas delas decretarem férias coletivas para combater o coronavírus (Veja matéria nesta edição).
A Randon e Marcopolo, a exemplo de outras empresas, anteciparam a campanha de vacinação contra a gripe H1N1. As empresas gaúchas, que divulgaram comunicado conjunto, informam também que vêm adotando gradualmente medidas de precaução desde os primeiros alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda no mês de janeiro.
Desde a última quarta-feira, 18, gestantes, pessoas que tenham mais de 60 anos, sejam imunodeprimidas, asmáticas, hipertensas, cardíacas, diabéticas ou apresentem quadros de câncer, estão sendo avaliadas. As duas empresas cumprirão as determinações médicas.
Para colaboradores que não tenham com quem deixar seus filhos, nos casos de escolas que não estejam funcionando, as empresas avaliarão cada caso. A ampliação do home office é outra medida tomada para evitar a proliferação do vírus.
Outras providências são o isolamento domiciliar aos profissionais que retornaram de viagens internacionais, ou de cidades brasileiras em que já existe transmissão comunitária (com acompanhamento médico conforme a necessidade), cancelamento de viagens internacionais e restrição de viagens nacionais e regionais.
Encontros presenciais, como reuniões e treinamentos, estão sendo substituídos por videoconferências, e eventos internos e externos, cancelados ou postergados. As visitas presenciais também foram restringidas.
A higienização dos espaços compartilhados, como banheiros, vestiários, restaurantes e veículos de transporte de colaboradores, também está sendo reforçada, e aumentada a oferta de álcool em gel em pontos estratégicos das unidades.
| Usinagem Brasil ( publicado em 22-03-2020) | | | | Bright Consulting calcula impactos da pandemia de coronavírus na indústria automotiva brasileira
Será grande e multifacetado o impacto do agravamento da pandemia de coronavírus na indústria automotiva brasileira. Trabalho dos consultores Paulo Cardamone e Cassio Pagliarini, da Bright Consulting, divulgado na sexta-feira, 20, indica que a produção de veículos leves (automóveis e utilitários) deverá recuar a patamar pouco inferior ao de 2017, para 2,67 milhões de unidades em 2020, ou 4% abaixo de 2019, revertendo a expectativa do fabricantes, que era de crescimento de 7%, para 2,8 milhões.
Os consultores ponderam que o desempenho poderá ser ainda pior se as paralisações já anunciadas de linhas de produção no País entre este mês e o próximo forem estendidas por mais tempo. Eles fizeram a projeção de redução da produção considerando que o pico da disseminação do coronavírus vai acontecer nos próximos 30 a 45 dias e estabilização da propagação só viria no último trimestre de 2020.
Mesmo sem as interrupções nas fábricas, o desempenho da produção brasileira de veículos já estava prejudicado pelas exportações reduzidas em função da recessão dos mercados com os quais o Brasil se relaciona, além da provável falta de peças importadas.
A paralisação nos últimos meses de empresas em Wuhan, epicentro da pandemia do Covid-19 e sede de grande parte dos fornecedores chineses de autopeças, já se fez sentir nas fábricas mais próximas, com falta de componentes para montadoras na Coréia do Sul e Japão. No Brasil, onde a maioria das operações deverá parar nas próximas semanas, os efeitos dessa quebra de fornecimento continuarão a ser sentidos nos próximos dois ou três meses, dizem os consultores.
“A busca pela recuperação futura da produção perdida está fora do radar neste momento e será dependente de improvável retomada mais acelerada das vendas e de custos maiores causados principalmente pela desvalorização cambial”, dizem os consultores da Bright.
BRASIL ENTRA EM RECESSÃO, VENDA DE CARROS CAI 3%
Os consultores da Bright avaliam que a recessão econômica global causada pela pandemia afetará com força o mercado brasileiro de veículos leves. As vendas de carros novos ou usados vão cair tanto pela perda de produção quanto pela falta de compradores. Levando em conta o cenário atual, a consultoria estima que serão vendidos este ano no País 2,61 milhões de veículos leves, nível próximo ao de 2018 e 3% menor em relação a 2019, também revertendo as expectativas dos fabricantes, que esperavam mercado 9% maior este ano.
O resultado positivo previsto de aproximadamente 600 mil emplacamentos no primeiro trimestre, que representa alta de 5% na comparação com os mesmos três meses do ano passado, deverá ser revertido ao longo dos próximos meses de queda.
Primeiro, a aplicação de quarentena e regimes de emergência para conter o contágio já faz cair naturalmente a demanda por automóveis, pois as pessoas não sairão de casa e grande parte da rede de concessionárias estará fechada. Mas depois disso os estragos continuam, com tendência de crescimento do desemprego e consumidores inseguros em fazer compras de alto valor ou financiamentos neste momento.
A Bright avalia que a situação deverá acelerar o movimento disruptivo que já afetava o modelo de distribuição de veículos. Os concessionários serão mais impactados pela aceleração da aplicação de soluções de vendas digitais, que serão utilizadas para amenizar os impactos da atual crise e do acesso à rede. O risco dessa tendência cresce exponencialmente para a sobrevivência das grandes concessionários, pontuam os consultores.
O DESAFIO DE CUSTOS MAIS ALTOS E RECEITAS REBAIXADAS
Cardamone e Pagliarini alertam que no momento o grande desafio da cadeia automotiva será o de gerenciar um fluxo de caixa extremamente fragilizado por impactos no suprimento, produção, vendas e distribuição de veículos. Enquanto os custos aumentam, as receitas estão sendo rebaixadas pelo efeito da queda dos negócios.
O choque econômico pela paralisação de tantas atividades será gigantesco. Grandes corporações conseguem calcular e gerenciar o prejuízo gerado em uma semana sem produção, que possivelmente será seguida de cortes de custos e demissões. Mas empresas de pequena escala como lojas, prestadores de serviço e trabalhadores autônomos podem simplesmente não sobreviver ao período de portas fechadas, que representará uma redução dramática de seus recursos e, provavelmente, muitas falências.
A desvalorização cambial, como consequência da percepção de aumento de risco do Brasil, tem grande impacto nos custos e, por consequência, nas vendas de veículos. O mercado financeiro já precificou que o câmbio que deve se manter na casa de R$ 4,80 a R$ 5,00 por dólar por um longo período.
O efeito direto dessa alta é o aumento do custo dos veículos produzidos no País, tendo em vista que hoje o conteúdo importado, dependendo da montadora, varia de 30% a 70%, por conta do aumento de conteúdo tecnológico dos carros e das decisões dos fabricantes de importar esses sistemas e componentes nos últimos anos.
A consultoria calcula que aumentos de preços entre 10% e 20%, adicionais aos reajustes já praticados no período, terão de ser repassados ao mercado rapidamente, o que irá impactar ainda mais severamente as vendas de veículos no varejo.
| Automotive Business ( publicado em 20-03-2020) | | | | Maior parte das montadoras e fabricantes de autopeças vai paralisar as linhas de produção no Brasil
Com o agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, que ganhou dimensões exponenciais na última semana, as empresas automotivas começaram a adotar medidas de prevenção, sendo que a maioria optou pela paralisação da produção de veículos e demais componentes em suas linhas de montagem. Todas elas têm como objetivo ajudar na tentativa de contenção da propagação do Covid-19 e preservar a saúde dos funcionários, terceiros e seus familiares.
Desde a quinta-feira, 19, quando a Anfavea confirmou que todas as suas associadas estavam analisando e se preparando para adotar as recomendações orientadas pela OMS, Organização Mundial da Saúde, e pelo Ministério da Saúde do Brasil, 13 fabricantes de veículos já divulgaram interrupções de produção.
A maior parte das linhas vai parar na última semana de março e seguir assim por quase todo o mês de abril. Algumas fabricantes de autopeças também se juntaram à maior parte da população brasileira e optou pela suspensão de suas atividades para permitir o maior isolamento social das pessoas, forma mais eficaz de contenção da multiplicação de contágios pelo Covid-19 até o momento.
A equipe de Automotive Business seguirá no esforço de atualizar todas as medidas anunciadas pelas empresas automotivas durante todo o período de contenção da propagação do vírus no Brasil, fazendo atualizações constantes deste conteúdo ao longo dos próximos dias.
Veja abaixo o que cada empresa automotiva já decidiu e os períodos de paralisação de cada fábrica
MONTADORAS
BMW: suspendeu a produção de sua fábrica de Araquari (SC) a partir de férias coletivas entre os dias 30 de março e 22 de abril. A unidade vai operar normalmente até o início da paralisação. Funcionários das áreas administrativas já estão em regime de trabalho remoto. Na fábrica de motocicletas em Manaus (AM) a empresa mantém reuniões diárias da diretoria e ações de contingência específicas de acordo com a realidade local.
CAOA CHERY: após cancelar as demissões em sua fábrica de Jacareí (SP), a empresa decidiu pelo layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho) para todos os funcionários da unidade entre os dias 1º e 30 de abril. Os trabalhadores readmitidos (70 no total) passam a cumprir licença remunerada a partir da sexta-feira, 20. Funcionários das áreas administrativas adotaram home office.
FCA FIAT CHRYSLER: as três fábricas do grupo localizadas em Betim (MG), Goiana (PE) e Campo Largo (PR) vão paralisar as atividades a partir de 27 de março e assim permanecem pelo menos até 27 de abril. A empresa também anunciou o adiamento de todos os eventos na América Latina, incluindo o lançamento da picape Strada, que estava agendado para o início de abril.
GENERAL MOTORS: a interrupção da produção na fábrica de Gravataí (RS) já ocorreu na sexta-feira, 20. Na segunda-feira, 23, serão suspensas as atividades das plantas de Joinville (SC), São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, além do campo de provas em Indaiatuba, todas em São Paulo. A fábrica de São José dos Campos, também paulista, vai parar na terça-feira, 24.
HONDA: as fábricas paulistas de Sumaré e Itirapina terão suas operações suspensas inicialmente por 20 dias, a partir da quarta-feira, 25 de março, e com retorno previsto para 14 de abril. A depender da situação, as plantas poderão estender as férias coletivas até 27 de abril. Já a fábrica de motos em Manaus (AM) segue em operação, mas poderá parar se epidemia se agravar no estado.
MERCEDES-BENZ: os 10 mil trabalhadores que atuam nas fábricas de São Bernardo do Campo, Iracemápolis, Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG) terão férias coletivas entre 30 de março e 19 de abril, além de folgas previstas por banco de horas nos dias 25, 26 e 27 de março e em 20 de abril. O retorno está previsto, a princípio, para 22 de abril.
PSA PEUGEOT CITROËN: a fábrica de Porto Real (RJ) vai parar sua produção no período de 23 de março a 21 de abril. A montadora informa que a produção será retomada dependendo da futura situação no País.
RENAULT: (atualizado às 12h50 em 23/03/2020) o complexo industrial Ayrton Senna, localizado em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba, adiantou a suspensão de sua produção para a segunda-fera, 23. A interrupção estava agendada para a quarta-feira, 25. A princípio, as linhas de montagem ficam paradas até 14 de abril e afetam 7,5 mil trabalhadores.
SCANIA: a suspensão da produção de caminhões e ônibus na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que emprega 3,5 mil pessoas, começa em 30 de março e vai até 13 de abril.
TOYOTA: as quatro fábricas da empresa todas localizadas em São Paulo (São Bernardo do Campo, Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz) vão interromper as atividades entre a terça-feira, 24 de março, e a princípio até 6 de abril.
VOLKSWAGEN: a produção das unidades Anchieta, em São Bernardo do Campo, bem como a de Taubaté, São Carlos (SP) e de São José dos Pinhais (PR) vai parar na próxima segunda-feira, 23, enquanto os empregados da área administrativa continuam em trabalho remoto (home office) até 30 de março. A partir do dia 31, todos os trabalhadores entram em férias coletivas por duas semanas. Na Argentina, a montadora também suspendeu as atividades das fábricas de Córdoba e Pacheco até o dia 30 de março. Os funcionários da administração adotaram trabalho remoto.
VOLKSWAGEN CAMINHÕES E ÔNIBUS: desde a quinta-feira, 19 de março, a empresa cortou horas extras e cancelou os expedientes aos sábados. A partir de 30 de março os 4,5 mil funcionários da fábrica de Resende (RJ) entrarão em férias coletivas. O setor administrativo adotou home office. O retorno dos empregados está previsto para o dia 20 de abril.
VOLVO: a fábrica de Curitiba (PR) onde são feitos os caminhões, ônibus, motores e caixas de câmbio, vai paralisar as operações com férias coletivas para todos os 3,7 mil empregados a partir de 30 de março e vai até 30 de abril.
EMPRESAS DE AUTOPEÇAS
PIRELLI: as três fábricas no Brasil em Gravataí (RS), Campinas (SP) e Feira de Santana (BA) vão parar na próxima segunda-feira, 23. Além disso, a unidade argentina interrompeu as operações já a partir da sexta-feira, 20. A medida afeta todos os 8 mil funcionários na América do Sul.
TUPY: a planta de Joinville (SC) adotou férias coletivas por 10 dias para os 8,5 mil trabalhadores.
IMPLEMENTOS E ENCARROÇADORES
MARCOPOLO: a paralisação será adotada a partir de férias coletivas e terá início na segunda-feira, 23, com duração prevista para 20 dias. A medida vale para todos os 10 mil funcionários das fábricas de Caxias do Sul (RS), Xerém/Duque de Caxias (RJ) e São Mateus (ES).
BUSSCAR: a princípio, a fabricante de carrocerias de ônibus anunciou que vai suspender a produção de sua fábrica de Joinville (SC) por uma semana a partir da segunda-feira, 23. A medida, que abrange os 1,2 mil funcionários da unidade, pode ser ampliada dependendo da situação no País.
RANDON: a paralisação dos 8,5 mil funcionários das empresas do grupo começa na segunda-feira, 23, e deve durar 20 dias. A medida vale para as fábricas de Caxias do Sul (RS).
EVENTOS
ABX20 – AUTOMOTIVE BUSINESS EXPERIENCE: o maior evento B2B do setor automotivo foi adiado para 13 de outubro, no São Paulo Expo. Estava previsto para acontecer em 27 de maio. As inscrições foram estendidas. Veja mais informações aqui.
AGRISHOW E FEIMEC: as tradicionais feiras de máquinas agrícolas e a de máquinas industriais foram adiadas, mas ainda não têm novas datas definidas. A Agrishow estava agendada para ocorrer entre os dias 27 de abril e 1º de maio, enquanto a Feimec ocorreria entre 5 e 9 de maio.
AINDA NO BRASIL
IMPACTOS NO MERCADO: já saíram as primeiras possíveis projeções para o setor automotivo e seu mercado considerando os profundos impactos que a pandemia pode causar no Brasil. Os dados da consultoria Bright Consulting apontam que a produção de veículos leves pode registrar queda de 4% em 2020, voltando a um nível inferior ao de 2017.
INTERNACIONAL
MONTADORAS NA EUROPA: na segunda-feira, 16, algumas empresas iniciaram a paralisação da produção de suas fábricas na Europa, o que ocorreu ao longo de toda a semana, gerando a pior crise de todos os tempos da indústria automotiva local.
MONTADORAS NOS ESTADOS UNIDOS: a ajuda do governo norte-americano prometida ao setor automotivo pelo presidente Donald Trump pode não ser o suficiente para impedir o grande estrago que a pandemia poderá fazer à indústria local.
BOAS AÇÕES PELO MUNDO: MONTADORAS AJUDAM NO COMBATE AO COVID-19: as fabricantes e empresas do setor oferecem auxílio à entidades assistenciais e estudam adaptar fábricas de veículos para produzir equipamentos médicos.
| Automotive Business ( publicado em 20-03-2020) | | | | Empresas param a produção em 30 de março, assim como as concorrentes Mercedes-Benz e Volvo
As fabricantes Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) vão interromper suas linhas de produção a partir do dia 30 de março como medida para conter a propagação da Covid-19, causada pelo coronavírus. Com isso, cerca de 8 mil trabalhadores entrarão em férias coletivas, 3,5 mil da fabricante sueca e 4,5 mil da alemã.
As empresas seguem o caminho já tomado pela Mercedes-Benz, com cerca de 10 mil funcionários, e pela Volvo, com outros 3,7 mil trabalhadores. Juntas, as quatro empresas respondem por mais de 95% da produção de caminhões no País. Na Scania, as linhas de montagem ficam paradas em São Bernardo do Campo (SP) até 13 de abril.
“Nos últimos dias, medidas para conter a disseminação do Covid-19 impactaram parte da cadeia de fornecimento, o que nos leva a interromper a produção temporariamente”, afirma o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski.
Na VWCO, a produção em Resende (RJ) tem retorno programado para 20 de abril, mas desde 19 de março a companhia cortou horas extras e cancelou expedientes aos sábados. O setor administrativo da empresa vai adotar o home office como forma de reduzir a circulação de pessoas pela fábrica.
| Automotive Business ( publicado em 20-03-2020) | | | | Fabricantes e empresas do setor darão auxílio a entidades assistenciais e estudam adaptar plantas para produzir equipamentos médicos
Boas notícias também aparecem em meio à crise global que a pandemia do coronavírus está provocando. O Banco FCA, em parceria com a Leasys (empresa de mobilidade que também pertence ao grupo Fiat Chrysler) comunicou que vai oferecer 300 veículos Fiat e Jeep, além de cinco ambulâncias Ducato de biocontenção, para a Cruz Vermelha Italiana, a fim de que sejam utilizados como apoio durante a situação de emergência naquele país.
Graças à ampla rede de lojas da Leasys na Itália, os voluntários da Cruz Vermelha poderão contar com um importante apoio no trabalho diário de entrega de material de primeira necessidade e de medicamentos nas cidades italianas, assistindo pessoas que necessitam de ajuda.
Desde o início da crise, a Cruz Vermelha Italiana vem fornecendo apoio logístico, de saúde, psicológico e transporte seguro para pessoas que precisam de hospitalização ou assistência domiciliar. A entidade decidiu transformar essa emergência em um “momento de bondade”, intensificando os serviços destinados às pessoas mais vulneráveis, como entrega de alimentos, remédios e refeições em casa, além de transporte.
Na Alemanha, o grupo Volkswagen anunciou que vai doar 200 mil máscaras de proteção ao governo alemão, por meio do ministério da saúde. Além disso, a cidade de Wolfsburg, onde se localiza a sede do grupo, vai receber mais material médico. “A solidariedade tem prioridade na Volkswagen e esse princípio também se aplica além dos portões da fábrica”, declarou Gunnar Kilian, membro do conselho de RH da empresa. “Estamos certos de que essas máscaras terão a melhor utilização possível”, acrescentou.
”ESFORÇO DE GUERRA”
No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson entrou em contato com mais de 60 empresas pedindo que contribuam com a produção de até 20 mil sistemas de ventilação mecânica auxiliar, equipamento essencial no tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus.
De acordo com o jornal inglês “The Guardian”, Johnson realizou teleconferências com empresas como Rolls-Royce, Airbus e Jaguar Land Rover, as quais o governo acredita terem condições de ajudar. “Ele pediu às fabricantes que enfrentem esse desafio, oferecendo tecnologia e conhecimento, além da fabricação dos equipamentos. As empresas poderão se envolver em qualquer parte do processo: design, montagem, testes e remessa”, explicou um porta-voz do governo britânico ao jornal. O Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido possui 5,9 mil ventiladores, mas pode necessitar de mais que o triplo disso, caso o pior cenário de disseminação da Covid-19 se concretize.
As equipes da Airbus já estão trabalhando em maneiras de construir os ventiladores, assim como na estratégia para distribuí-los por todo o Reino Unido. “Estes são tempos sem precedentes e a Airbus ajudará como e onde puder”, afirmou um representante da companhia. Da mesma forma, técnicos da Rolls-Royce estão envolvidos na missão. “Estamos empenhados em fazer o possível para ajudar o governo e o país neste momento e vamos procurar fornecer qualquer ajuda”, declarou a tradicional montadora, por meio de nota.
Ainda segundo o “The Guardian”, a Vauxhall, hoje pertencente ao Grupo PSA, anunciou que também está interessada em contribuir com o esforço e está em contato com representantes do governo. “Quando tivermos mais detalhes, vamos analisar em que e como poderemos ajudar”, disse Stephen Norman, diretor administrativo da montadora. Já a Jaguar Land Rover comunicou: “Como empresa britânica, naturalmente faremos o que pudermos para apoiar nossas comunidades durante esses tempos sem precedentes”.
AMERICANAS TAMBÉM SE MANIFESTAM
Sistemas de ventilação mecânica também serão necessários nos Estados Unidos. Assim, Ford e GM já conversam com o governo americano sobre a possibilidade de modificar suas fábricas para permitir a produção dos equipamentos respiratórios. “Como maior produtor de veículos da América e principal empregador da indústria automotiva, a Ford está pronta para ajudar da maneira que puder, incluindo a possibilidade de produzir ventiladores e outros equipamentos”, afirmou a montadora em comunicado.
A General Motors, por sua vez, afirmou que pretende contribuir para encontrar soluções para o país durante esse período difícil e se ofereceu para ajudar, estando, inclusive, estudando como pode apoiar a fabricação de equipamentos médicos, como ventiladores. Da mesma forma, Elon Musk, da Tesla, assegurou que sua empresa também pode participar do esforço. “Faremos ventiladores, se houver escassez”, escreveu em uma mensagem no Twitter.
Se toda essa contribuição realmente se concretizar, será um feito similar ao realizado durante a Segunda Guerra Mundial, quando montadoras e outras fabricantes deixaram de produzir seus itens principais para se dedicar à fabricação de armas, munição e veículos blindados, além de outros materiais para apoiar os soldados no front. O então presidente americano, Franklin D. Roosevelt, descreveu o esforço como parte do “arsenal da democracia”.
ESFORÇO NO BRASIL TAMBÉM
Por aqui, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP) e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) anunciaram que vão distribuir álcool 70% para os pontos onde o produto será processado para ser transformado em gel ou envasado. De acordo com o comunicado emitido na sexta-feira, 20, a Unica ficará responsável pela produção do álcool, enquanto as empresas associadas ao Sindicom doarão o diesel necessário para o transporte, que será realizado pelos veículos da ABTLP.
Ainda segundo o comunicado, após o processamento, o álcool 70% será enviado para as unidades públicas de saúde e a operação não terá custos para os cofres públicos. “Vivemos um momento que demanda união e com essa parceria conseguiremos criar uma operação adequada para superar os desafios impostos pela Covid-19 e contribuir com diversos Estados da Nação”, afirmou Evandro Gussi, presidente da Unica. José Maria Gomes, presidente da ABTLP, segue o mesmo raciocínio: “Diante do impacto socioeconômico que a Covid-19 poderá provocar, temos de nos unir com os governos para ajudar a combater a propagação do vírus”, disse.
| Automotive Business ( publicado em 20-03-2020) | | | |
|
| | |
|
|