O ICEI caiu 1,9 ponto em maio, para 56,5 pontos. Este foi o quarto mês consecutivo de queda. Com o resultado de maio, o ICEI acumula recuo de 8,2 pontos nos últimos quatro meses.
Apesar disso, indicador mostra que empresários ainda estão 'confiantes'. Para economista da CNI, aprovação da reforma da Previdência aumentará a confiança do empresariado.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,9 ponto em maio, para 56,5 pontos, informou nesta segunda-feira (20) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A entidade realizou pesquisa com 2.404 empresas do país, entre 2 e 13 de maio. De acordo com a CNI, esse foi o quarto mês seguido de queda no índice de confiança do empresário, que acumula tombo de 8,2 pontos no período.
"Apesar dessa sequência de quedas, a confiança do empresário ainda pode ser considerada elevada", afirmou a entidade. Pela metodologia do indicador, os empresários estão "confiantes" quando o ICEI fica acima de 50 pontos.
De acordo com o economista da CNI, Marcelo Azevedo, o indicador costuma aumentar na passagem de dezembro para janeiro e, com mais intensidade, em períodos de mudança de governo.
"Agora passamos por um momento de reavaliação, já que os empresários estão percebendo mais dificuldades nesse início de ano em relação à avaliação feita no fim de ano", afirmou ele.
O analista disse que uma queda na incerteza melhoraria o índice. "O andamento da reforma da Previdência seria muito importante para uma recuperação da confiança e poderia sinalizar o andamento de outras reformas também importantes, como a tributária, que teria efeitos mais imediatos na economia", concluiu.
Condições atuais e expectativas
Segundo a Confederação Nacional da Indústria, a queda do indicador, em maio, é explicada principalmente pelo piora das condições atuais da economia.
"Ao se afastar da linha divisória, o índice revela que o empresário passou a perceber piora das condições de negócio. Em abril, o índice estava ainda muito próximo dos 50 pontos. Na comparação com maio de 2018, o Índice de Condições Atuais –recua 2,3 pontos", informou a entidade.
A CNI acrescentou que o Índice de Expectativas das empresas industriais recuou em 1,8 ponto em maio, para 60,8 pontos. "Mesmo com a sequência de baixas, o índice permanece longe da linha divisória dos 50 pontos, sendo 2,6 pontos superior ao registrado em maio de 2018", informou.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de maio teve uma queda de 1,6 ponto em relação ao resultado fechado de abril, para 96,3 pontos, informou nesta terça-feira, 21, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,4 ponto em maio, para 98,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,9 pontos ante abril, para 94,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou uma alta de 0,2 ponto porcentual em relação ao patamar de abril, passando de 74,5% para 74,7% este mês – mesmo nível de março de 2019, segundo a FGV.
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 785 empresas entre os dias 2 e 17 de maio. O resultado final da pesquisa será divulgado no próximo dia 28.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua projeção de crescimento global neste ano de 3,3% para 3,2%. Segundo relatório de perspectiva divulgado nesta terça-feira pela entidade sediada em Paris, a incerteza no comércio influencia negativamente o quadro. Para 2020, a expectativa é de avanço maior no crescimento, de 3,4%, patamar mantido em relação à projeção anterior.
Com as tensões comerciais, existe incerteza e piora na confiança, o que penaliza os investimentos, aponta a OCDE. Com isso, o setor manufatureiro tem sido prejudicado. Entre os principais riscos a entidade cita justamente a chance de um período prolongado de tarifas mais altas entre Estados Unidos e China; novas barreiras comerciais entre Estados Unidos e União Europeia; uma desaceleração mais forte da economia chinesa; crescimento contido na Europa; e vulnerabilidades financeiras por causa do alto endividamento.
No caso dos Estados Unidos, a OCDE projeta crescimento de 2,8% neste ano, acima dos 2,6% previstos anteriormente. Para 2020, a expectativa subiu de alta de 2,2% para 2,3%. Para a China, as projeções de crescimento foram mantidas, em 6,2% em 2019 e 6,0% em 2020.
Na zona do euro, a projeção de crescimento aumentou de 1,0% a 1,2% em 2019, enquanto em 2020 ela passou de 1,2% para 1,4%. No Japão, por outro lado, a OCDE espera crescimento de 0,7% em 2019, quando anteriormente havia previsto avanço de 0,8%.
No caso do Brasil, a OCDE espera crescimento de 1,4% em 2019 e de 2,3% em 2020.
Redução já é 12ª seguida; desempenho para 2020 continua em 2,5%
As expectativa para a economia neste ano voltou a cair em pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (20), depois que o BC apontou "probabilidade relevante" de recuo da economia no primeiro trimestre.
Para o PIB (Produto Interno Bruto ), a estimativa de crescimento para 2019 no Focus passou a 1,24%, de 1,45% na semana passada, na 12ª semana seguida de redução, com as contas para a indústria caindo 0,23 ponto percentual, a 1,47%
Para 2020 o cenário para o PIB e para a produção industrial não mudaram, respectivamente de expansões de 2,5% e 3%.
Diante desse cenário, a pesquisa mostrou ainda que o mercado passou a ver a política monetária ainda mais frouxa no próximo ano.
Na semana passada, a morosidade da economia brasileira foi abordada duas vezes pelo BC. Na ata da reunião em que manteve a taxa básica de juros em 6,5%, a autoridade monetária citou o risco de que o PIB tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores.
Dias depois, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, expressou decepção em relação ao desempenho recente da economia, mas ressaltou que o banco não pode trocar inflação controlada por crescimento econômico.
Os números do PIB relativos ao início de 2019 serão divulgados pelo IBGE em 30 de maio. No quarto trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,1% sobre o terceiro e terminou 2018 com expansão de 1,1%, de acordo com dados do IBGE.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que para a taxa básica de juros Selic, os economistas ainda a veem no atual patamar de 6,5% ao final deste ano. Mas para 2020 a conta caiu a 7,25%, de 7,5%.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 6,5% em 2019, mas calcula a taxa ainda mais baixa no próximo ano, a 7,0%, de 7,21% na mediana das projeções na semana passada.
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA passou a 4,07% em 2019 de 4,04% antes, permanecendo em 4% para o próximo ano. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
As quatro maiores instituições financeiras do País correspondem por 63,8% do estoque total de empréstimos no sistema, mas otimismo ainda depende da melhora econômica e política do País
A frustração com o crescimento econômico aquém do esperado pode voltar a travar as carteiras de crédito dos grandes bancos. Juntos, os quatro maiores bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) correspondem por 63,8% dos empréstimos.
Apesar do crescimento de 7,4% demonstrado na carteira expandida dessas instituições financeiras no primeiro trimestre deste ano contra igual intervalo de 2018 (de R$ 1,0941 trilhão para R$ 2,086 trilhões), a demora na retomada do emprego e do investimento serão impedimentos para avanços mais fortes ao longo de 2019.
De acordo com o professor da Saint Paul Escola de Negócios Maurício Godoi, o ambiente econômico e político trazendo resultados aquém do esperado podem se traduzir em um aumento nas despesas de provisões para devedores duvidosos (PDD) – créditos baixados a prejuízo – no segundo trimestre.
“É importante lembrar que a concessão de crédito, hoje, é bem menos arriscada para o banco do que era há um ano. Mas a partir do momento em que as expectativas de crescimento do País diminuem temos um sério problema. A renda continua baixa, o desemprego continua alto e o risco, que estava melhor, tende a piorar. O bom cenário do crédito que vimos nos primeiros meses ainda é muito pontual para traçar uma tendência”, diz o especialista.
Para o economista do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) Vitor Meira França, mesmo com inadimplência nos patamares mais baixos da história, todo o aumento do crédito tem um limite ante o atual ambiente. “Se a renda não voltar a acrescer em um cenário que os bancos tomaram mais risco, inevitavelmente esse espaço para expansão diminui. E se a economia continuar patinando e a inadimplência voltar para cima, a certeza é de que os bancos freiem a concessão de crédito novamente”, argumentou.
Segundo o balanço dessas instituições, mesmo que três deles tenham apresentado redução da inadimplência, os índices de cobertura continuam altos. O Banco do Brasil (BB), registrou queda de 1,04 ponto percentual (p.p.) nos níveis de calote do primeiro trimestre deste ano contra os mesmos três meses de 2018, de 3,63% para 2,59%, enquanto o Bradesco mostrou redução de 1,13 p.p. (de 4,4% para 3,27%). O Itaú teve estabilidade (3,7%) e o Santander mostrou uma leve alta de 0,2 p.p. (de 2,9% para 3,1%) na mesma relação.
Já quanto aos índices de cobertura, o Banco do Brasil mostrou aumento de 20,1 p.p. (de 193,9% para 214%) e o Bradesco, de 36,5 p.p. (de 219,3% para 255,8%). Itaú caiu 28 p.p. (de 236% para 208%) e o Santander registrou retração de 21 p.p. (de 216% para 195%).
“Não há dúvidas que o mercado de crédito cresce, mas tudo isso fica muito condicionado ao crescimento da economia. Não se cria dinheiro do nada. Mas há expectativa de que o mercado continue mostrando fôlego se esse ambiente de incertezas melhorar”, completa França.
Pequenos negócios
As carteiras que mais tem demonstrado crescimento, por sua vez, em todos os quatro maiores bancos do País, são as voltadas para pessoas físicas e para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). No primeiro trimestre deste ano, essas instituições somaram, por exemplo, R$ 268,6 bilhões no crédito. Às MPMEs, um avanço de 8% ante igual período de 2018 (R$ 248,6 bilhões).
No cenário para pessoas físicas, por sua vez, o aumento foi de 12,5%, de R$ 668,5 bilhões para R$ 752,2 bilhões. Ao mesmo tempo, a carteira das grandes companhias mostrou uma alta de 1% na mesma comparação, de R$ 624,6 bilhões para R$ 631,1 bilhões.
“No final do ano passado os bancos estavam mais otimistas de que a carteira de pessoas jurídica iria performar melhor em 2019. O que temos visto, no entanto, é que somado aos outros instrumentos de captação que as grandes corporações apresentam, o foco dessas instituições também mudou para as MPMEs”, comenta o analisa da Planner, Victor Martins.
Ele reforça, ainda, que a frustração ante o cenário econômico também já é refletido nas concessões bancárias. “Já temos uma leitura de que esse crédito está mais travado. Mas a maioria das perspectivas estão voltadas para o segundo semestre”, completa o analista da Planner Corretora.
A pesquisa também demonstra que as pessoas que ganham menos sofreram mais os efeitos da crise e estão demorando mais para se recuperar.
A desigualdade de renda dos brasileiros atingiu o maior patamar já registrado no primeiro trimestre de 2019. Segundo pesquisa do estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE), o índice que mede a desigualdade vem subindo consecutivamente desde 2015, e atingiu em março o maior patamar desde o começo da série histórica, em 2012.
O indicador estudado pela pesquisa é o índice de Gini, que monitora a desigualdade de renda em uma escala de 0 a 1 – sendo que, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. O do Brasil ficou em 0,627 em março.
A pesquisa também demonstra que as pessoas que ganham menos sofreram mais os efeitos da crise que os que possuem renda maior. Além disso, os mais pobres estão demorando mais para se recuperar na comparação com os mais ricos.
Os números que revelam isso são os da variação da renda média acumulada pelos 10% mais ricos da população e os 40% mais pobres:
Antes da crise, os mais ricos tiveram aumento de 5% da renda acumulada; os mais pobres, de 10%
Após a crise, a os mais ricos tiveram aumento de 3,3% da renda acumulada; os mais pobres, queda de mais de 20%
em 7 anos, a renda acumulada dos mais ricos aumentou 8,5%; a dos mais pobres caiu 14%
Em nota, o pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE, Daniel Duque, explicou que os mais pobres sentem mais o impacto da crise pela própria dinâmica do mercado de trabalho em tempos de economia fraca. “Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um. Quem tem mais experiência e anos de escolaridade acaba se saindo melhor do que quem não tem”.
Organização reduziu previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2019 para 1,4%
Dificuldades políticas do governo brasileiro para a aprovação de reformas podem contribuir para que a economia do país cresça menos da metade da média mundial neste ano, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris.
A organização voltou a reduzir sua previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2019, agora estimado em 1,4%, de acordo com o estudo Perspectivas Econômicas da OCDE, divulgado semestralmente.
Já a economia mundial deverá crescer 3,2% neste ano, na avaliação da OCDE.
Em março, em um relatório com previsões intermediárias, a organização havia estimado que o PIB do Brasil cresceria 1,9% neste ano. A projeção também já era menor do que a divulgada pela organização em novembro passado, no estudo semestral anterior, de aumento de 2,1% do PIB.
Para 2020, a previsão da OCDE é de expansão de 2,3% da economia brasileira, levemente abaixo das projeções de crescimento de 2,4% realizadas nos últimos meses.
No estudo divulgado nesta terça-feira (21), a OCDE destaca a importância da reforma da Previdência para a sustentabilidade das contas fiscais e afirma que permanecem as incertezas sobre sua implementação.
"A fragmentação política no Brasil (devido ao grande número de partidos) e, às vezes, a relação difícil entre diferentes alas do governo complicam a construção de um consenso político para a aprovação de reformas-chave", diz a OCDE.
A OCDE afirma que a economia brasileira continua se recuperando, mas o ritmo diminuiu, especialmente para os investimentos, "já que todos os olhos estão voltados para a capacidade do novo governo de realizar reformas".
"Se as incertezas em relação às reformas forem dissipadas, a projeção é de aceleração da demanda doméstica e diminuição do desemprego."
Para a OCDE, na hipótese de uma Reforma da Previdência "bem-sucedida e da consequente melhoria da confiança", a previsão é que o crescimento aumente em 2019 e 2020 e que o desemprego diminua, inclusive com a criação de empregos formais.
"Baixa inflação, alta dos salários e queda do desemprego vão reforçar o consumo e os investimentos irão aumentar visivelmente em 2019 com o avanço das reformas", afirma o estudo.
Outras reformas estruturais podem acentuar o crescimento em 2020, na avaliação da OCDE.
"A baixa confiança (na economia) está segurando uma recuperação mais forte da demanda doméstica e a confiança só irá melhorar se houver progressos tangíveis das reformas que asseguram sustentabilidade fiscal", afirma o estudo Perspectivas Econômicas.
A organização destaca que melhorar as finanças públicas é "crucial" para restaurar a confiança. A dívida pública brasileira atinge 77% do PIB.
O documento diz ainda que se o Congresso não aprovar "a ambiciosa agenda de reformas do Executivo", a regra dos gastos públicos deixaria de ser cumprida em 2020, provavelmente resultando em custos de financiamentos mais altos, menor crescimento e um possível retorno à recessão econômica.
A OCDE recomenda que o governo brasileiro aumente o limite de renda para permitir um acesso maior ao Bolsa Família, "que custa somente 0,5% do PIB", para tirar mais pessoas da pobreza e reduzir desigualdades.
A previsão da OCDE de crescimento de 1,4% do PIB brasileiro em 2019 é próxima do 1,5% anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na semana passada, quando declarou, em uma audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, que a economia brasileira está "no fundo do poço".
A estimativa da OCDE é mais otimista do que a do boletim Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, que caiu - pela 12ª vez - para 1,24%.
Desaceleração global
A OCDE alerta que o crescimento da economia mundial, estimado em 3,2% neste ano, permanece fraco e afirma que "há muitos riscos que obscurecem a economia global e o bem-estar das pessoas".
A organização ressalta que a "previsão medíocre de crescimento" poderia ser pior no caso de um acirramento de tensões comerciais - como a "guerra" entre Estados Unidos e China.
O comércio mundial deve crescer apenas 2,1% em 2019, nas previsões da OCDE, a taxa mais baixa desde a crise financeira mundial.
A organização afirma ainda que a possibilidade de aumento das tensões comerciais também traz riscos ao Brasil, já que a China e os Estados Unidos são os dois principais parceiros comerciais do país.
Edson Campagnolo diz não haver insatisfação com o governo Bolsonaro; parlamentares é que não ajudam porque não aprovam reformas
Edson Campagnolo: "Por que tem de levar seis meses para votar a Previdência?”
Por não agilizar as reformas das quais o Brasil precisa, o Congresso Nacional é o culpado pela atual situação do País, que pode crescer menos de 1% neste ano. É o que acredita o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Edson Campagnolo, que esteve em Londrina nesta segunda-feira (20) para participar de atividades em comemoração ao Dia Nacional da Indústria (25 de maio), realizadas no Aterro do Lago Igapó.
“Se as propostas que o governo manda para o Legislativo não são as ideais, nós deveríamos estar discutindo isso de forma aberta. Não simplesmente com ameaças de apresentar novo projeto (da reforma da Previdência). O país está parando”, declarou ele à FOLHA, em referência a parlamentares que defendem um projeto do próprio Legislativo.
Segundo o boletim Focus desta segunda-feira, a expectativa de alta para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2019 recuou pela 12ª semana consecutiva e passou de 1,45% para 1,24%.
Para Campagnolo, o Congresso está promovendo uma “queda de braço” com o governo. Com exceção de um ou outro comportamento dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o representante da Fiep não tem críticas ao governo. “Não vejo falta de habilidade como estão dizendo.”
Segundo ele, o Congresso “cria ritos que prolongam” por tempo desnecessário as discussões. “Por que tem de levar seis meses para votar a Previdência?”, questionou. Na visão do empresário, também não há motivos para os parlamentares fazerem recesso no meio do ano. “A indústria não para, a imprensa não para. Por que eles têm de parar?”
Questionado sobre os investimentos privados que os empresários prometiam fazer com a eleição de Bolsonaro, o presidente da Fiep justifica que há falta de confiança do setor produtivo. E responsabiliza novamente o Congresso. “É preciso aprovar as reformas para mostrar aos investidores daqui e de fora que o Brasil pode ser um bom lugar para investimentos.”
A aprovação da “nova previdência”, segundo ele, é suficiente para animar os investidores. “Não tenho nenhuma dúvida que aprovando a reforma as coisas voltam a andar.”
Campagnolo diz que há “bilhões de reais”, inclusive no Norte do Paraná, para serem investidos na produção.
CORTES
A única crítica que o presidente da Fiep faz ao governo Bolsonaro é quanto à proposta de corte de verbas do Sistema S, que envolve instituições como a Fiep. “Aí a gente vê uma inabilidade, uma insensibilidade deste governo”, declarou. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já falou em um corte entre 30% e 50% dos recursos do sistema. Segundo Campagnolo, o tema tem sido discutido com o governo e não há nada decidido a respeito. “Temos dialogado bastante.”
PROGRAMAÇÃO
As comemorações pelo Dia da Indústria no Aterro do Lago Igapó vão até sexta-feira (24), das 14 às 22h30. Estão no local quatro carretas da Fiep que oferecem cursos, como os de panificação e mecânica, e exames como mamografia e PSA (para detectar câncer de próstata).
Ao final do dia, são realizados shows e contação de história- atividades são gratuitas.
Entrevistados citaram ainda que as maiores preocupações referentes à gestão de talentos nas organizações são motivação e engajamento da equipe.
Pesquisa da Robert Half, empresa de recrutamento e seleção, revela que que as incertezas econômicas e as mudanças tecnológicas são as principais preocupações citadas pelos executivos brasileiros entrevistados que deverão ser enfrentadas até 2020. O resultado coincide com a média global – o levantamento abrange 13 países.
Os dados fazem parte da 7ª edição do Índice de Confiança Robert Half, estudo trimestral que mapeia o sentimento dos profissionais qualificados com relação ao mercado de trabalho atual e futuro.
Segundo a Robert Half, a incerteza econômica como a principal questão é em função dos desafios vividos nos últimos anos, e também das mudanças no âmbito político, principalmente pela troca de comando na Presidência.
O segundo item de maior incerteza diz respeito às mudanças tecnológicas, em função da velocidade com que têm impactado modelos de negócios tradicionais, o surgimento de novos competidores e a necessidade de digitalização das empresas, além da automação de processos.
Veja os resultados da pesquisa:
Quais das seguintes preocupações externas você enfrentará até 2020? (cada entrevistado citou três)
Incertezas econômicas: 43% (42% na média global)
Mudanças tecnológicas: 37% (43% na média global)
Aumento da concorrência: 36% (40% na média global)
Novo governo: 35% (Brasil foi o único que citou esse fator entre os 13 países pesquisados)
Mudanças legislativas: 27% (31% na média global)
Mudanças regulatórias: 27% (35% na média global)
Crescimento dos mercados emergentes: 25% (34% na média global)
Acesso a mão de obra qualificada: 23% (32% na média global)
Mudanças geopolíticas: 23% (31% na média global)
O levantamento ouviu ainda os executivos brasileiros para saber as preocupações referentes à gestão de talentos nas organizações. A questão da motivação/engajamento foi a mais citada.
Veja abaixo os resultados:
Quais as maiores preocupações em termos de gestão de talentos que você enfrentará até 2020 em seu departamento? (cada entrevistado citou três)
Motivação e envolvimento da minha equipe: 35% (31% na média global)
Melhora da produtividade da minha equipe: 34% (28% na média global)
Desenvolvimento de tomadores de decisão: 31% (26% na média global)
Treinamento correto para minha equipe: 29% (27% na média global)
Retenção de talentos/rotatividade de funcionários: 28% (30% na média global)
Atração de talentos: 27% (28% na média global)
Reestruturação do departamento: 25% (24% na média global)
Gerenciamento de tempo/gerenciamento de carga de trabalho: 24% (26% na média global)
Envelhecimento da força de trabalho: 22% (25% na média global)
Gerenciamento de demandas crescentes dentro da empresa: 21% (24% na média global)
Comunicação: 19% (23% na média global)
Quais as maiores preocupações em termos de gestão de talentos você enfrentará até 2020 na empresa? (cada entrevistado citou três)
Desenvolvimento de tomadores de decisão: 33% (26% na média global)
Motivação e engajamento: 32% (29% na média global)
Treinamento de habilidades: 30% (28% na média global)
Atração de talentos: 27% (29% na média global)
Melhora da produtividade da força de trabalho: 28% (29% na média global)
Retenção de talentos/rotatividade de funcionários: 25% (30% na média global)
Gerenciamento de tempo/gerenciamento de carga de trabalho: 25% (25% na média global)
Reestruturação do departamento: 25% (24% na média global)
Gerenciamento de demandas crescentes dentro da empresa: 25% (24% na média global)
Comunicação: 24% (23% na média global)
Envelhecimento da força de trabalho: 22% (26% na média global)
Apesar de considerar a proposta de reforma da Previdência do governo a mais adequada para ir à votação no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro convocou os descontentes com o texto a apresentarem suas versões. Em discurso na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Bolsonaro desafiou os parlamentares a apresentarem suas versões para solucionar a questão previdenciária.
“Se a Câmara e Senado têm propostas melhores que a nossa, que ponham em votação”, disse Bolsonaro, sendo aplaudido pela plateia. “O que precisamos agora é a reforma da Previdência”, completou.
Após o evento, o porta-voz da Presidência, Otavio Rêgo Barros, reforçou a mensagem do presidente, que não falou com a imprensa.
“A proposta que o presidente identifica como a melhor proposta é aquela que ele já levou ao Congresso Nacional. Não obstante, ele se coloca, sim, parceiro neste processo de discussão e de avaliação para, juntos, Congresso e Poder Executivo darmos um andamento àquilo que vai tirar o Brasil de um precipício que muito rapidamente se aproxima, conforme nosso ministro Paulo Guedes (Economia) já vocalizou em vários dos seus discursos”, afirmou o porta-voz.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado federal Felipe Francischini (PSL-PR) deve colocar em pauta na CCJ, já nesta quarta-feira (22), um projeto de lei que trata da reforma tributária de Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), e que foi encampada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP).
O presidente da CCJ deu a informação nesta segunda-feira (20) e disse estranhar a fala do presidente Jair Bolsonaro hoje em que afirmou que o governo enviará ao Congresso outra proposta com o mesmo tema assim que a reforma da Previdência for aprovada.
Francischini também reclamou da falta de diálogo com o governo para decidir quais pautas podem ganhar destaque na CCJ. "Faz três semanas que eu pergunto para o governo se era para pautar, mas ninguém me respondeu. Por exemplo, questionei sobre a proposta de emenda à Constituição que trata da Regra de Ouro, mandei para todo mundo e só a equipe técnica da Câmara respondeu", disse.
Para ele, o governo perde assim a chance de montar uma estratégia mais eficaz para fazer avançar as suas pautas de interesse na Câmara. O texto em análise da reforma tributária baseada nas ideias do economista Bernard Appy defende a criação de um novo tributo de bens e serviços, do tipo imposto de valor agregado (IVA), com a unificação do PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS, com transição de 10 anos.
Discussões no PSL
Francischini criticou também as recentes discussões entre integrantes do seu partido. Ele disse que "o pessoal" do PSL precisa "segurar um pouco mais a língua". Ele se referiu às recentes discussões públicas entre a líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann (SP), e a deputada Carla Zambelli (SP), ambas da mesma sigla.
Para ele, as brigas não ajudam em nada na aprovação dos projetos em tramitação na Câmara. "Fico chateado com essas brigas. Acredito que o pessoal tem que segurar um pouco mais a língua para não agredir colegas na Câmara, principalmente os colegas de bancada", disse.
Para o deputado, apesar das divergências internas, o PSL votará unido nas pautas econômicas, tanto a reforma da Previdência quanto a reforma tributária. "O partido deveria se unir para dar mais apoio ao governo no Congresso", disse.
No fim de semana, Joice e Carla divergiram publicamente sobre a convocação de manifestações em defesa do presidente no próximo fim de semana. Da divergência, as deputadas partiram para críticas pessoais nas redes sociais."
O economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central (BC), criticou nesta segunda-feira, 20, a falta de uma estratégia do governo para enfrentar a estagnação econômica, classificada por ele como “depressão” em relatório divulgado recentemente. Para Pastore, o governo deveria apresentar uma agenda de reformas para os próximos dois anos, capaz de reduzir as incertezas em torno da política econômica.
“O que eu gostaria de ver era que o governo, em vez de discutir se o Olavo tem razão, se quem tem razão é o 01 ou o 02, mostrasse a estratégia para tirar o País dessa situação”, afirmou Pastore, em seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e pelo jornal Valor Econômico, no Rio, se referindo ao escritor Olavo de Carvalho e aos filhos do presidente Jair Bolsonaro.
Para Pastore, se os economistas ficarem “discutindo se dá pra cortar 0,25 ponto da Selic ou não, vamos ficar patinando no mesmo lugar”.
Modificações na reforma da Previdência serão feitas a partir da proposta apresentada pelo governo, disse nessa segunda-feira, 20, o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Ele descartou a apresentação de projeto alternativo, como sugerido pelo presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM). Admitiu, porém, que os parlamentares seguem determinados a alterar pontos do texto enviado pela equipe econômica.
Moreira já tem discutido possíveis mudanças com técnicos do governo. Ele evita antecipar qualquer ponto, mas garantiu que seu objetivo é estabelecer um diálogo com os líderes dos partidos e com o governo para alcançar um texto capaz de garantir economia aos cofres públicos de pelo menos R$ 1 trilhão em uma década.
Nos bastidores, alguns deputados avaliam que a falta de disposição da ala política do governo Jair Bolsonaro em negociar com o Congresso pode ter um preço e deixar a economia com a reforma um pouco abaixo dessa meta. A cifra de R$ 1 trilhão vem sendo usada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como essencial para garantir o sucesso da reforma.
Congressistas decidiram tomar para si a articulação de um substitutivo para a reforma, contemplando mudanças almejadas pelos parlamentares, diante da insatisfação generalizada com a articulação política do governo Bolsonaro. Líderes partidários reclamam da falta de diálogo e da tentativa do Planalto de demonizar o Parlamento.
O vice-presidente da comissão, deputado Silvio Costa Filho (PRB-PE), acredita que o substitutivo passou a ter um “simbolismo político” diante da decisão dos partidos, sobretudo do Centrão, de imprimir sua marca na agenda de reformas. “Os partidos agora querem liderar essa agenda em vez de aguardar sinalizações do governo”, afirmou.
Na tentativa de baixar a fervura do debate, Moreira afirmou nessa segunda, ao lado de Paulo Guedes, que o próprio governo está disposto a negociar alterações.
A base do governo no Congresso também agiu para acalmar os ânimos. “O que falaram de um texto novo na verdade é um substitutivo que o relator vai fazer. Não é um novo projeto de Previdência, é um substitutivo que ele vai propor em cima das emendas dos deputados. Essa etapa deve começar daqui a duas semanas”, afirmou o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. “O Congresso terá protagonismo imenso nessa questão e modificações são necessárias para que a gente possa corrigir algumas distorções e algumas incertezas”, completou.
O discurso mais afinado entre Congresso e Executivo sobre Previdência levou o Ibovespa, principal índice da B3, a se recuperar das quedas recentes e encerrar a sessão com ganho de 2,17%, aos 91.946,19 pontos. O dólar, apesar da intervenção do Banco Central, fechou a R$ 4,1034, com leve alta de 0,08%.
Falha
O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, classificou como “falha de comunicação” a declaração de Marcelo Ramos. “O texto da reforma do governo Michel Temer foi drasticamente modificado e não houve essa celeuma quando o substitutivo foi apresentado”, rebateu. “Todo governo tem de sentar e negociar com Congresso.”
O projeto substitutivo é praxe em temas muito polêmicos e que são alvo de intensas negociações no Congresso. Ele é feito a partir de emendas de parlamentares e do próprio relator.
Na reforma da Previdência de Temer, o então relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA), apresentou um substitutivo que aproveitou emendas. Ao mesmo tempo, inovou em algumas regras, como a de transição, que foram totalmente reformuladas.
Alterações
Na mira dos parlamentares desta vez, está principalmente a exclusão de qualquer alteração nas regras de aposentadoria rural, de professores e do benefício assistencial para idosos de baixa renda, o BPC.
A exclusão desses pontos, porém, não agrada à equipe econômica e ao relator. Os técnicos se debruçam agora sobre a tentativa de chegar a um meio-termo entre a proposta original e a vontade dos parlamentares.
Uma das hipóteses aventadas é propor uma idade mínima de 58 anos para mulheres e 61 anos para homens no caso de professores e trabalhadores rurais. Mas ainda não há decisão se essa alternativa constará no relatório final a ser apresentado pelo relator até 15 de junho.
A avaliação no governo é que endurecer regras do rural é importante, já que esse tipo de aposentadoria é responsável por mais da metade do déficit do INSS (R$ 113,8 bilhões no rombo de R$ 195,2 bilhões de 2018).
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou nesta segunda-feira, 20, que o colegiado deverá votar o projeto de lei que trata da reforma tributária nesta quarta-feira, 22. O deputado, no entanto, disse estranhar a fala do presidente Jair Bolsonaro hoje em que afirmou que o governo enviará ao Congresso outra proposta com o mesmo tema assim que a reforma da Previdência for aprovada.
Francischini também reclamou da falta de diálogo com o governo para decidir quais pautas podem ganhar destaque na CCJ. “Faz três semanas que eu pergunto para o governo se era para pautar, mas ninguém me respondeu. Por exemplo, questionei sobre a proposta de emenda à Constituição que trata da Regra de Ouro, mandei para todo mundo e só a equipe técnica da Câmara respondeu”, disse.
Para ele, o governo perde assim a chance de montar uma estratégia mais eficaz para fazer avançar as suas pautas de interesse na Câmara. O texto em análise da reforma tributária é baseado nas ideias do economista Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Ele defende a criação de um novo tributo de bens e serviços, do tipo imposto de valor agregado (IVA), com a unificação do PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS, com transição de 10 anos.
Discussões
Francischini criticou também as recentes discussões entre integrantes do seu partido. Ele disse que “o pessoal” do PSL precisa “segurar um pouco mais a língua”. Ele se referiu às recentes discussões públicas entre a líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann (SP), e a deputada Carla Zambelli (SP), ambas da mesma sigla.
Para ele, essas brigas não ajudam em nada na aprovação dos projetos em tramitação na Câmara. “Fico chateado com essas brigas. Acredito que o pessoal tem que segurar um pouco mais a língua para não agredir colegas na Câmara, principalmente os colegas de bancada”, disse.
Para o deputado, apesar das divergências internas, o PSL votará unido nas pautas econômicas, tanto a reforma da Previdência quanto a reforma tributária. “O partido deveria se unir para dar mais apoio ao governo no Congresso”, disse.
No fim de semana, Joice e Carla divergiram publicamente sobre a convocação de manifestações em defesa do presidente no próximo fim de semana. Da divergência, as deputadas partiram para críticas pessoais nas redes sociais.
Período analisado foi entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2018. No fim do ano passado, 65% dos clientes que reestruturaram tinham dívidas abaixo de R$ 3 mil. Quase metade dos valores renegociados eram de crédito imobiliário.
O Banco Central informou nesta terça-feira (21) que a modalidade de crédito com o maior número de tomadores com dívidas "reestruturadas", em dezembro de 2018, foi a do cartão de crédito (27% do total de tomadores)
"Vale ressaltar a presença expressiva de tomadores de baixa renda (inferior a três salários mínimos) que recorrem ao instrumento renegocial: cerca de 70% das reestruturações de cartão são de clientes com esse perfil", acrescentou, por meio de capítulo do Relatório de Estabilidade Bancária.
De acordo com a instituição, as chamadas "reestruturações" de dívidas bancárias acontecem quando os clientes enfrentam "dificuldades financeiras evidentes e, em geral, já tem parcelas em atraso" e se caracterizam por conceder "vantagens" aos tomadores.
O cartão de crédito rotativo é uma das modalidades com juros bancários mais elevados. Em março, somou 299% ao ano, de acordo com dados da instituição.
O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado pela pessoa que não pode pagar o valor total da sua fatura no vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Para usar o crédito rotativo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.
A recomendação de economistas é de que os clientes não usem essa modalidade, ou que, se necessário, a utilize por um período muito limitado de tempo.
Pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que, a cada quatro brasileiros que fizeram compras no cartão de crédito, um deles (25%) entrou no rotativo em fevereiro.
Clientes com dívidas reestruturadas
Segundo o BC, o número de clientes bancários, pessoas físicas, com dívidas reestruturadas no sistema financeiro, ficou em cerca de 0,3% to total entre dezembro de 2016 e o mesmo mês do ano passado.
"Isso corresponde a uma média de 252 mil clientes com novas reestruturações a cada mês", acrescentou o Banco Central, por meio de capítulo do Relatório de Estabilidade Bancária.
Ainda segundo o Banco Central, dos cerca de 278 mil tomadores que reestruturaram dívidas em dezembro de 2018, 178 mil tinham dívidas em montantes inferiores a R$ 3 mil.
"O saldo total reestruturado nessa faixa de valor foi de R$ 220 milhões, ou seja, aproximadamente 65% dos tomadores reestruturaram dívidas que correspondiam a apenas 8% do saldo reestruturado total", acrescentou.
Informou ainda que maioria dos clientes que necessitam recorrer à reestruturação tem renda inferior a três salários mínimos, representando cerca de 70% do total para dezembro de 2018.
Dívidas mais altas
Por outro lado, informou a instituição, 63% do saldo da carteira reestruturada em dezembro de 2018 referia-se a dívidas acima de R$ 50 mil.
"Em dezembro de 2018, cerca de 15 mil tomadores de crédito imobiliário recorreram à reestruturação de suas dívidas. Ainda que pouco representativa em relação ao número de tomadores com operações reestruturadas (cerca de 6%), essa modalidade de crédito atinge R$1,3 bilhão de saldo na carteira (46% da carteira reestruturada)", concluiu o BC.
Efetividade da reeestruturação
Por fim, o BC avaliou que as reestruturações de operações de crédito imobiliário foram mais efetivas do que as de cartão de crédito, uma vez que 84% dos clientes (e 83% da carteira reestruturada) do crédito imobiliário conseguiram se manter adimplentes ou com atrasos até 90 dias contra 48% dos clientes (e 55% da carteira reestruturada) do cartão de crédito (dezembro de 2017).
"Esse comportamento pode estar relacionado com o fato de o crédito imobiliário ser de alto volume e envolver uma boa garantia, levando a um maior interesse tanto por parte do tomador quanto da instituição concedente em mantê-lo adimplente", acrescentou a instituição.
O Banco Central diz que a permanência dos tomadores na modalidade cartão de crédito é preocupante dado seu alto custo, que tende a levar ao aumento da inadimplência, e reforça a "importância de ações de cidadania financeira, alertando para a adequada utilização dessa modalidade de crédito ou sua substituição por outras mais convenientes e menos custosas".
Bandeiras tarifárias são cobradas na conta de luz e sinalizam o aumento do custo da energia gerada. Custo da bandeira amarela passou de R$ 1 para R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) um reajuste nos valores da bandeira tarifária amarela e da bandeira vermelha, nos patamares 1 e 2.
O maior reajuste ocorreu na bandeira amarela, que passou de R$ 1 a R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) – uma alta de 50%. O patamar da bandeira vermelha 1 passou de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh, alta de 33,3%, e o patamar 2 da bandeira vermelha passou de R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh consumidos, alta de 20%.
O reajuste servirá para adequar o valor do custo extra a ser cobrado dos consumidores em períodos em que a produção de energia ficar mais cara. O objetivo é que a arrecadação com as bandeiras fique o mais próximo possível do valor extra gasto com a geração de energia.
Sistema de bandeiras
Em vigor desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da energia gerada, possibilitando aos consumidores reduzir o consumo quando a energia está mais cara.
De acordo com o funcionamento das bandeiras tarifárias, as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
A bandeira verde significa que o custo está baixo e é coberto pela tarifa regular das distribuidoras, então não há cobrança extra na conta de luz. O acionamento das bandeiras amarela e vermelha representam um aumento do custo de produção de energia e, por isso, há cobrança na conta de luz. O aumento do custo de geração está ligado principalmente ao volume de chuvas e ao nível dos reservatórios.
O acionamento da bandeira implica em uma cobrança extra na conta de luz, valor que é usado para pagar pela geração de energia mais cara.
Antes do sistema de bandeiras, o custo da geração de energia mais cara já era cobrado do consumidor, mas com um ano de atraso. O sistema permitiu a cobrança mensal do valor e a possibilidade de avisar os consumidores que o custo da energia está mais caro, permitindo que eles reduzam o consumo.
Preço da gasolina subiu mais de 5% em menos de cinco meses
"Visitar" um posto de combustível nunca foi uma tarefa tão onerosa como nos dias de hoje. É que desde o início do ano, o preço dos combustíveis cresceu até 11,2% no Paraná, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já se considerados os últimos 12 meses, a alta chega a até 22,52%.
Segundo os dados da ANP, que constam no Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis, divulgado semanalmente, o etanol hidratado foi o produto que mais encareceu neste ano. No começo de janeiro, o combustível era vendido a R$ 2,858 por litro, em média. Hoje, está saindo por R$ 3,178, o que aponta para uma alta de 11,2%. Em seguida aparece o gás natural veícular (GNV), cujo metro cúbico era comercializado a R$ 2,895 e hoje está sendo vendido por R$ 3,199.
No caso do óleo diesel e do óleo diesel S10 as altas foram mais modestas. O primeiro ficou 6,15% mais caro neste ano, saltando de R$ 3,219 para 3,417, enquanto o segundo encareceu 5,81%, passando de R$ 3,302 para R$ 3,494.
A gasolina, por sua vez, cresceu 5,35%, passando de R$ 4,115 o litro para R$ 4,335. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP – botijão de 13 quilos) teve a menor variação, de 0,06%: é comercializado a R$ 69,852 hoje, e no começo do ano custava R$ 69,812.
Já se considerado o período de 12 meses — comparativo de maio de 2018 com maio de 2019 — temos que o valor dos combustíveis subiu até 22,52%, que é o caso do GNV. Vendido a R$ 2,611 no ano passado, o combustível hoje está sendo comercializado por R$ 3,199.
Petrobrás
Vinte e um reajustes na gasolina
Enquanto a crise econômica segue a todo vapor, minando cada vez mais o poder de compra da população, a Petrobras, por outro lado, segue aumentando o preço da gasolina. Segundo a Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, só neste ano já foram decretados 21 aumentos na gasolina, totalizando alta de 35,5% — e isso em um país cuja inflação anual prevista é de 5%.
Diante deste cenário, um número cada vez maior de motoristas tem optado pelo etanol na hora de abastecer o veículo. A prova disso é que enquanto as vendas de gasolina comum caíram 9,38% no país, a de etanol cresceu 33,68% entre janeiro e março deste ano. Só na Região Sul, o produto derivado do petróleo registrou queda de 4,47% nas vendas, enquanto o biocombustível teve alta de 34,41%. Os dados constam da Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis, divulgado pela ANP.
Um dos principais empresários do País, Rubens Ometto Silveira Mello, controlador do Grupo Cosan, defende a quebra de monopólio de gás, que está em discussão no governo. Sócio da distribuidora de combustíveis Raízen, com a Shell, e dono da Comgás, Ometto diz que a Cosan tem interesse em fazer mais investimentos no setor de gás.
O governo estuda quebrar o monopólio da Petrobrás no gás. Como o sr. acompanha o assunto?
Tenho visto uma preocupação do governo em melhorar o sistema de distribuição, não só de combustíveis, mas também de gás. No caso do gás, o governo começou a buscar alternativas para a redução do preço.
Mas ainda há resistências…
Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e o de Minas e Energia, Bento Costa Lima Leite, começaram a analisar e detalhar o programa. O custo do gás pode ser reduzido. O que acontece no Brasil é que todo o gás é produzido e majoritariamente distribuído pela Petrobrás. Isso dá poder à Petrobrás muito grande.
Como isso pode mudar?
Há planos de melhorar a infraestrutura. Há as rotas 1, 2 e 3 (de escoamento de gás natural do pré-sal), mas é preciso investir mais para que as moléculas (de gás) cheguem às distribuidoras competitivas. Na distribuição (São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados com grandes redes), é preciso criar mercado. A maioria das distribuidoras está com a Petrobrás e nas mãos dos Estados. O sistema tem de ser privatizado.
Mas muitos Estados podem perder receita. Como se resolve essa equação?
É melhor ganhar receita vendendo (o negócio) do que ficar disputando e investindo o dinheiro que não tem. Deixa para iniciativa privada. Com maior consumo, os Estados vão ter maior arrecadação.
Há interesse privado em investir em todos os Estados?
Tem de criar mercado, estimulando energia barata. É muito pior ter uma quantidade maior de gás do pré-sal e não ter o consumo. Para isso, é preciso ter a distribuição.
A Petrobrás começou a estudar mudanças. A iniciativa privada participa dessas discussões?
Não formalmente. Há conversas entre Petrobrás e o governo. O ministro Guedes tem a consultoria de (Carlos) Langoni, que mostra que o buraco é mais embaixo, (envolve) o custo da molécula e a falta de infraestrutura para distribuir esse gás. A iniciativa privada pode trazer investimentos.
A Cosan poderá investir mais e avançar para fora de São Paulo?
Sim, e pode também ampliar sua atuação no Estado de São Paulo. A Gás Brasiliano (da Petrobrás) atua em cidades importantes de São Paulo que poderiam ser grandes consumidores, mas não têm infraestrutura. Enquanto eles investem de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões por ano, a Comgás investe mais de R$ 800 milhões.
O que é preciso para levar esse assunto adiante?
Os governos estaduais e a Petrobrás têm de sair da distribuição. Os Estados não têm dinheiro, e a Petrobrás não tem interesse. É preciso investir em infraestrutura e na geração de gás. (Mas) a iniciativa privada não investe em países que não tenham segurança jurídica e não garantam a estabilidade reguladora.
Como se evita isso?
Não mudar o que foi estabelecido. Falei para o presidente (Jair Bolsonaro) que o empresário não liga quando perde dinheiro com erro de estratégia ou cálculo. Só não pode ter prejuízo por interferência política.
Mas Bolsonaro já sugeriu segurar o preço do diesel…
Apesar de as repercussões terem sido muito ruins à época, o presidente não teve problema de corrigir uma coisa que estava indo na direção errada. Ele ouve o Guedes, que é contra intervenção do Estado e a favor do livre mercado.
A economia está demorando a se recuperar. A Cosan pode rever investimentos?
Não. Acreditamos no País. Ficamos preocupados com algumas ondas políticas. Vamos deixar que as reformas sejam aprovadas e a segurança jurídica seja mantida.
As usinas de etanol no Nordeste defendem a venda do combustível diretamente no posto. Como o sr. vê esse movimento?
Quem defende isso tem a ideia errada de que a venda direta sai mais barata. É uma falácia, sem contar que a sonegação de imposto vai aumentar e arrecadação diminuirá.
Reduções incluirão 800 demissões na América do Norte, onde a montadora já promoveu 1,5 mil desligamentos voluntários
Nova York | The Wall Street Journal
A Ford anunciou que eliminará sete mil postos de trabalho executivos e administrativos, ou cerca de 10% de sua força de trabalho de colarinho branco, como parte do plano mais amplo do presidente-executivo Jim Hackett para revitalizar a montadora.
Em email enviado ao pessoal da empresa na segunda-feira (20), Hackett disse que o plano de corte incluía algumas demissões, voluntárias ou não, que já ocorreram, e que o processo será concluído em agosto. Os cortes reduzirão os custos da empresa em cerca de US$ 600 milhões (R$ 2,4 bilhões) ao ano, e são parte de uma reestruturação mais ampla, plurianual, para a qual a empresa terá de constituir US$ 11 bilhões em provisões para custos.
As reduções incluirão 800 demissões na América do Norte, onde a Ford já implementou um plano de desligamento voluntário que reduziu seus quadros em 1,5 mil pessoas, disse um porta-voz da empresa.
A Ford sinalizou no ano passado que havia começado um reordenamento mundial de sua força de trabalho que poderia resultar em demissões. Hackett assumiu o comando executivo da empresa dois anos atrás e vem trabalhando em um plano de recuperação que, segundo ele, tornará a Ford mais ágil, em meio às mudanças que vêm abalando o setor automobilístico. Elas incluem a ascensão dos carros autoguiados e da tecnologia para propulsão elétrica, e novos modelos de negócios que podem reduzir a propriedade de veículos privados.
"Para obter sucesso em nosso setor competitivo e posicionar a Ford para vencer em um futuro no qual as mudanças serão rápidas, precisamos reduzir a burocracia, aumentar o poder dos gestores, acelerar as decisões, concentrar nosso esforço no trabalho mais valioso, e cortar custos", escreveu Hackett no email.
O uso de inteligência artificialpermitiu à Zazcar, de aluguel de carros que ficam espalhados pela cidade a partir de aplicativos, automatizar o cadastro de novos usuários e zerar as fraudes em seu serviço.
A tecnologia adotada é de outra startup, a idwall. A partir dela, quem quer usar o serviço de aluguel, na hora de se cadastrar, precisa tirar fotos de seu documento, fazer uma “selfie” e informar alguns dados pessoais.
O sistema da startup compara a foto da pessoa no documento com a que ela tirou na hora e analisa bancos de dados públicos, como antecedentes criminais e pontualidade de pagamento em bureaus de crédito, para dar uma nota de risco para cada novo cliente, explica Lincoln Ando, sócio da Idwall.
A partir dessa nota, a ZazCar decide se pode confirmar o cadastro automaticamente ou se serão necessárias mais análises para confirmar a identidade do cliente.
Segundo Guilherme Mosaner, presidente-executivo da ZazCar, o desafio para sua empresa é oferecer ao mesmo tempo um cadastro simples, que não faça o cliente desistir no meio por ser muito extenso, e que também dê segurança para a empresa.
“Precisamos de um cadastro rápido, ao mesmo tempo em que oferecemos algo de muito valor. Uma fraude dá um prejuízo muito grande, de até R$ 50 mil.”
Antes, o cadastro de todos os novos usuários sempre dependia da análise de um profissional da ZazCar que recebia as informações fornecidas pelo cliente. Agora, a maioria deles é feito todo a partir de inteligência artificial.
“Tínhamos várias dificuldades para saber se a pessoa era ela mesma sem gastar muito tempo com isso. E às vezes a demanda aumentava muito. No Natal, recebíamos 10 vezes mais cadastros do que o normal”, diz.
Mosaner conta que, até antes do uso do novo sistema, havia uma perda de entre 1% e 2% da frota de carros ao ano em razão de furtos realizados com o uso de identidades falsas.
Agora, quase um ano após a implantação do sistema, não foi registrada nenhuma fraude, diz Mosaner.
A ZazCar conta com 130 carros, todos na Grande São Paulo.
A fabricante de caminhões Scania anunciou nesta terça-feira investimento de 1,4 bilhão de reais para modernizar sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), informou o governo paulista.
Os recursos, a serem aplicados no período de 2021 a 2024, se somam a outros 2,6 bilhões de reais que vêm sendo investidos desde 2016 e estão previstos para até 2020, afirmou o governo paulista em comunicado.
O recurso tem como principal objetivo adaptar as fábricas para a maior mudança de linha de montagem já realizada em toda sua história e a introdução de uma nova geração de caminhões para a América Latina, segundo o governo estadual.
No primeiro quadrimestre de 2019, a Scania foi a quarta maior montadora de caminhões do Brasil, com vendas de 3.230 veículos, alta de 31% sobre um ano antes, segundo a associação de montadoras Anfavea. A empresa estava atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volvo.
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