| Clipping de Logística Reversa - 14-02-2020 - Ano 4 - Edição 114
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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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| | | | Meta é aumentar para 5 mil pontos de coleta em todo o país
O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje (12) o decreto que regulamenta a logística reversa de produtos eletroeletrônicos, que obriga empresas do setor a implantarem sistemas de coleta desse tipo de resíduo e dar sua destinação correta. Uma solenidade no Palácio do Planalto marcou a assinatura da norma, além de oficializar a assinatura de convênios com prefeituras para a compra de equipamentos de coleta de lixo reciclável e compostagem de resíduos orgânicos.
Em outubro do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente assinou um acordo setorial com entidades que representam as principais empresas de eletroeletrônicos do país como forma de fazer cumprir a logística reversa. O termo consta na lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), e prevê o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
Atualmente, existem, segundo o governo, 173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no Brasil. O acordo, agora regulamentado em decreto, prevê que esse número aumente para 5 mil pontos até 2025, abrangendo os 400 maiores municípios do país, com mais de 80 mil habitantes, e representam, no total, 60% da população brasileira.
"Esse 60% da população brasileira, que, ao final de 2025, vai ser contemplado, representa uma parcela muito significativa dos resíduos de eletroeletrônicos que temos no Brasil", disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em coletiva de imprensa após a cerimônia. Segundo a lei, a logística reversa deve ser implantada na forma de regulamento ou de acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial.
Medicamentos
Salles disse que o próximo setor que deve fechar um acordo com o governo federal é o de medicamentos. Segundo o ministro, é a área em que um acordo está mais avançado.
"Tudo aquilo que a gente tem de medicamento já vencido, fora de uso, em casa, e que não sabe o que fazer com ele, não se deve jogar no lixo comum, tampouco no vaso sanitário. O correto é devolver para o setor, que incinera, ou faz o co-processamento e, em última análise, manda para um aterro especializado em produtos controlados, que é o medicamento, nesse caso", disse o ministro.
Também foi anunciada, durante a solenidade, o lançamento de uma campanha nacional recolhimento de resíduos eletroeletrônicos. A iniciativa está prevista para durar até o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho.
Lixão Zero
A cerimônia no Palácio do Planalto marcou ainda a assinatura de 21 convênios, envolvendo 57 cidades, para financiar a compra de equipamentos de coleta seletiva de lixo reciclável, coleta e compostagem de resíduos orgânicos e instalação de centrais de triagem e tratamento de resídios de construção civil.
Ao todo, o governo federal vai repassar R$ 64 milhões, que também serão usados para a compra de biodigestores, contentores e instalação de ecopontos. Os investimentos devem beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os recursos que serão repassados fazem parte do Fundo de Direitos Difusos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
"Nós vivemos um caos no lixo do Brasil, de norte a sul, todas as regiões, infelizmente, com muitos problemas, e as prefeituras, sobretudo as pequenas, realmente, com uma dificuldade muito grande de encaminhar soluções que sejam ambientalmente corretas, viáveis economicamente e que empreguem mais tecnologia", disse Salles.
| Agência Brasil ( publicado em 12-02-2020) | | | | Meio Ambiente
Foi publicado no Diário Oficial da União de hoje, 13-2, o Decreto 10.240/2020, que estabelece normas para a implementação de sistema de logística reversa obrigatória de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes.
A logística reversa se caracteriza por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos (material descartável, lixo eletrônico) ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
As empresas e entidades gestoras deverão, por meio do Grupo de Acompanhamento de Performance, apresentar e manter permanentemente atualizada junto ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama a relação dos produtos eletroeletrônicos, contida no Anexo I do Decreto, que será publicada no sítio eletrônico do Sinir (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos) e pelos responsáveis pelo sistema de logística reversa.
Na operacionalização do sistema de logística reversa, o gerenciamento dos produtos eletroeletrônicos descartados obedecerá às seguintes etapas:
– descarte, pelos consumidores, dos produtos eletroeletrônicos em pontos de recebimento;
– recebimento e armazenamento temporário dos produtos eletroeletrônicos descartados em pontos de recebimento ou em pontos de consolidação, conforme o caso;
– transporte dos produtos eletroeletrônicos descartados dos pontos de recebimento até os pontos de consolidação, se necessário; e
– destinação final ambientalmente adequada.
Fica proibida a comercialização, a doação, a transferência ou outra ação de destinação dos produtos eletroeletrônicos descartados ou armazenados nos pontos de recebimento ou nos pontos de consolidação a terceiros não participantes do sistema de logística reversa.
Integrarão o sistema de logística reversa somente os recicladores que:
– obtiverem licença dos órgãos ambientais competentes integrantes do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente);
– forem habilitados pelas empresas ou pelas entidades gestoras e, quando necessário, pelos órgãos do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária) e do Suasa (Sistema Unificado de Atendimento à Sanidade Agropecuária); e
– atenderem às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 16156:2013 e NBR 15833:2018, quando cabíveis.
A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos resultantes dos processos de reciclagem será realizada pelos provedores habilitados pelas empresas ou pelas entidades gestoras, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes integrantes do Sisnama, do SNVS e do Suasa.
As diretrizes e os critérios técnicos básicos de operacionalização do sistema de logística reversa de produtos eletroeletrônicos estarão descritos no manual operacional básico que será disponibilizado no sítio eletrônico do Sinir.
| COAD ( publicado em 13-02-2020) | | | | Atualmente existem 173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no Brasil. Objetivo é que número aumente para 5.000 até 2025
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta quarta-feira (12/02/2020) decreto para implantação do sistema de logística reversa de eletroeletrônicos em todo o país. O objetivo é que estados e municípios contemplem de uma gestão adequada de resíduos sólidos no Brasil.
Logística reversa é um instrumento caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos – sobretudo, itens tecnológicos.
A medida faz parte do Programa Lixão, inserido no âmbito da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana. O programa tem como objetivo acabar com os lixões em todo o país, fazendo com que estados e municípios os substituam por soluções mais sustentáveis de destinação de resíduos sólidos, como aterros sanitários.
Segundo o governo, atualmente existem 173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no Brasil. Pelo Acordo Setorial de Logística Reversa de Eletroeletrônicos, assinado em outubro do ano passado, é previsto que esse número aumente para 5.000 até 2025.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o comércio, junto à indústria, irá se organizar para espalhar pontos de coleta em cidades com 50 mil habitantes cada.
Além disso, pelo acordo, todos os produtos coletados deverão ser enviados para a destinação final ambientalmente adequada, preferencialmente a reciclagem, reinserindo os materiais na cadeia produtiva, reduzindo os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado.
Durante a cerimônia desta quarta, ainda foram assinados 21 convênios pelo ministro Ricardo Salles e por representantes de consórcios e municípios de dez estados. São eles: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Ceará, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso e Goiás.
| Metrópoles (publicado em 12-02-2020) | | | | No segundo semestre, a administração federal deve inaugurar uma grande estação de processamento de resíduos
Para muitos países desenvolvidos, o lixo tem grande valor: os rejeitos são transformados em gás para o aquecimento das casas e em eletricidade. O Brasil quer seguir o exemplo. No segundo semestre, a administração federal deve inaugurar uma grande estação de processamento de resíduos na Região Centro-Oeste, que tem um dos piores indicadores de coleta e reciclagem de lixo do país.
A iniciativa contará com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics. “É preciso resolver o passivo ambiental gerado com os aterros sanitários e o lixo com urgência”, disse a EXAME Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.
O governo vai construir novas usinas e conceder à iniciativa privada sua gestão. Em Copenhague, a usina Copenhill, inaugurada em 2019, deve processar neste ano 40.000 toneladas de lixo, gerando energia para mais de 220.000 residências. No Brasil, 10 milhões de toneladas de lixo vão para os aterros ou têm destinação errada todos os anos.
| Exame (publicado em 13-02-2020) | | | | Modelo movido à biodiesel vai rodar na Europa, onde postos selecionados vão fornecer o combustível.
A Europa adotou metas rigorosas para reduzir as emissões dos veículos novos, abrindo espaço para a introdução dos carros elétricos. Mas o mercado continua a investir em outras opções para substituir os derivados de petróleo.
A Ford anunciou que a sua linha de vans Transit foi aprovada para rodar com HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), um tipo de diesel renovável que, além de óleo de cozinha usado, pode incluir gordura animal, óleo de peixe e subprodutos de processos industriais em sua composição.
Vantagens do HVO
Por usar hidrogênio como catalisador no processo de produção, o HVO queima mais limpo e tem uma vida útil mais longa que o biodiesel convencional. Ele reduz em até 90% os gases de efeito estufa, emite menos NOx e partículas e também facilita a partida do motor em baixas temperaturas.
Há empresas na Europa dedicadas à coleta de óleo de cozinha usado em restaurantes, indústrias e escolas, e a União Europeia mantém um programa, chamado RecOil, para aumentar o seu reaproveitamento na produção de biodiesel.
A Ford testou o uso do HVO no motor EcoBlue 2.0 da Transit para garantir seu desempenho e durabilidade, sem a necessidade de nenhuma modificação no combustível.
Combustível é encontrado em postos selecionados
O HVO é vendido em postos de combustível selecionados da Europa, principalmente na Escandinávia e nos países bálticos, tanto na forma pura como adicionado ao diesel comum. Em outros mercados, ele também é adotado por frotistas que precisam melhorar sua pegada ecológica, adquirido diretamente de fornecedores especializados.
Se o veículo precisar abastecer em uma região onde o HVO não é disponível, o motorista pode usar diesel convencional – os combustíveis podem se misturar no tanque sem problemas.
“Permitir que nossas vans funcionem com combustível feito de resíduos, como óleo de cozinha usado, pode parecer absurdo, mas o HVO é, de fato, uma solução para os motoristas e frotistas ajudarem a melhorar a qualidade do ar para todos”, diz Hans Schep, gerente geral de Veículos Comerciais da Ford Europa.
Biodiesel no Brasil
Junto com a Europa, o Brasil é um dos maiores produtores de biodiesel do mundo. No ano passado, a ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis autorizou o aumento de 10% para 11% da mistura de biodiesel no diesel. A meta é elevar a mistura para 15% (B15) até 2023. Atualmente, cerca de 80% do biodiesel no Brasil é produzido a partir do óleo de soja.
| Editora Expressão ( publicado em 06-02-2020) | | | | Com 10 anos de prazo para os países cumprirem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), foi lançada uma nova ferramenta online e gratuita de gerenciamento de impacto das empresas globalmente.
Facilitar o estacionamento de veículos, otimizar o transporte de pacientes para tratamento de saúde e implantar semáforos autossustentáveis. Estes são alguns dos projetos criados por estudantes de 9 a 16 anos de todo o estado e que serão avaliados por jurados do torneio de robótica da First Lego League (FLL). A nova temporada da competição (batizada em inglês como City Shaper) desafia os participantes a criar soluções sustentáveis e inteligentes para a vida na cidade. A etapa regional teve início nesta sexta-feira (7), no SESI de Jaraguá do Sul.
O vice-presidente regional da FIESC, Celio Bayer, salientou na abertura do evento que a competição é um processo de aprendizagem colaborativo. “Os estudantes têm uma experiência criativa e metodologias ativas, aplicando o conceito maker. O desafio deste ano vai ao encontro das nossas demandas. Em breve, vamos dar início às atividades do Instituto SENAI de Tecnologia na área de mobilidade elétrica e energia renovável”, comentou.
Projetos de inovação
Em linha com o desafio da temporada, os competidores precisam propor soluções para situações reais vividas nas cidades. Estudantes de Blumenau prototiparam um telhado verde, feito com bandeja de madeira plástica, para reduzir o desconforto térmico causado pelas “ilhas de calor”, comuns em grandes centros urbanos. A ideia custa R$ 100/m2 e pesa 60 kg/m2, enquanto um telhado verde convencional custa R$ 150/m2 e chega a pesar 150 kg/m2. Ao comparar a temperatura de uma casa com o telhado verde a uma casa sem essa estrutura, a variação chega a 13% em alguns horários.
A equipe contou com o apoio da Carbo Brasil, de gestão de resíduos sólidos, que cedeu o maquinário e o termoplástico para produzir a bandeja. Os estudantes inseriram no processo a fibra de coco e de madeira, que inclusive passou a ser utilizada pela empresa.
Outra proposta, desenvolvida por estudantes de Lages, é o semáforo ecológico solar, feito de material reciclável e com sistema de alimentação elétrico e autossustentável, por meio de placas solares instaladas nos cruzamentos. A pesquisa apurou que para manter os semáforos funcionando nos 45 cruzamentos de Lages, o município gasta R$ 70 mil/ano. Com o semáforo ecológico solar, a geração de energia extrapola esse valor, chegando a R$ 82 mil/ano, possibilitando que a energia “excedente” seja aproveitada pelo município de outra forma.
Já a equipe de Criciúma desenvolveu projeto de inovação que visa identificar alternativas para a pintura das faixas de pedestres, pois a falta de manutenção da tinta dessas áreas potencializa a ocorrência de acidentes.
Os melhores times desta etapa garantem vaga na disputa nacional, que será realizada em São Paulo de 6 a 8 de março. Em Santa Catarina, 37 equipes de escolas públicas, privadas e da rede SESI SENAI participam do torneio, representando 23 municípios. Durante o evento, crianças de 7 a 10 anos e jovens de 11 a 15 anos poderão participar gratuitamente de oficinas de robótica e de tecnologia e inovação.
| Editora Expressão( publicado em 07-02-2020) | | | |
Daqui a 10 anos será proibida a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel. É o que estabelece projeto de lei que institui uma política de substituição de automóveis movidos a combustíveis fósseis a partir de 1º de janeiro de 2030, aprovado nesta quarta-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, ou os carros elétricos continuarão liberados.
O PLS 304/2017, que segue agora para votação na Comissão de Meio Ambiente (CMA), determina ainda que a partir de 2040 ficará proibida a circulação de qualquer automóvel de tração automotora por motor a combustão. São abertas, no entanto, algumas exceções à regra. Pelo projeto, automóveis de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros poderão continuar circulando no país, ainda que usem combustíveis fósseis.
Segundo o autor da proposta, senador Ciro Nogueira (PP-PI), outros países estão tomando decisões semelhantes. O Reino Unido e a França querem proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040, a Índia, a partir de 2030, e a Noruega, já em 2025. Ele afirma que esse tipo de veículo é responsável por um sexto das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, gás proveniente da queima de combustíveis fósseis e importante agente causador do efeito estufa, que leva ao aquecimento global.
Ciro sustenta que já se encontram disponíveis soluções tecnológicas que permitem o enfrentamento dessa questão. As principais são os automóveis movidos a eletricidade, carregados pelas tomadas da rede elétrica, como já ocorre em outros países, e, sobretudo no Brasil, os automóveis movidos a biocombustível
O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), observa que a reorientação do mercado de uma cadeia produtiva insustentável é permitida pela Constituição.
“Segundo nossa Lei Maior, a ordem econômica tem como princípio, entre outros, a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação”, aponta no relatório.
| Senado notícias ( publicado em 12-02-2020) | | | | IHU
Segundo os dados apresentados no novo Relatório sobre a Lacuna Circular, a proporção de materiais e recursos que se reusam e reciclam a nível global diminuiu de 9,1% do total a 8,6%, enquanto que a humanidade usou mais materiais do que nunca, chegando às 100 bilhões de toneladas de recursos em apenas um ano.
O artigo é de Eugenio Fernández Vázquez, consultor ambiental do Centro de Especialistas e Gestão Ambiental no México, publicado por CPAL Social, 03-02-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Se o mundo retroceder nas medidas para reduzir a crise climática e ambiental que vivemos as coisas irão ainda pior, apesar de como já arderam em chamas a Austrália, Amazônia e Califórnia. Assim mostra o novo Relatório sobre a Lacuna Circular que acaba de ser publicado (disponível em inglês, neste link).
Segundo os dados apresentados, a proporção de materiais e recursos que se reusam e reciclam a nível global diminuiu de 9,1% do total a 8,6%, enquanto que a humanidade usou mais materiais do que nunca, chegando às 100 bilhões de toneladas de recursos em apenas um ano.
Princípios da Economia CircularPrincípios da Economia Circular
O novo relatório é elaborado pela Plataforma para Acelerar a Economia Circular, uma iniciativa abrigada pelo Instituto de Recursos Mundiais (WRI, em inglês) e liderada por Royal Philips e o Fundo para o Meio Ambiente Mundial.
O que mostra essa nova publicação é um mundo que não tomou medidas de contundência necessária para reduzir os impactos da economia em dois flancos fundamentais: a extração de recursos e seu descarte.
Pelo lado da extração, esse relatório encontrou que entre 2015 e 2017 os recursos extraídos passaram de 84,4 bilhões de toneladas de materiais para 92 bilhões de toneladas, um aumento de 9%.
Ademais, o total de desperdícios no mundo passou no mesmo período de algo abaixo de 20 bilhões de toneladas para quase 33 bilhões de toneladas. Ainda que o relatório demonstre que grande parte do aumento pode ser um artifício da mudança de metodologia, o crescimento está aí, ainda que seja um pouco menor que o aparente, e isso segue sendo uma notícia muito ruim.
Enquanto isso, os recursos reutilizados, a duras penas, alcanças as 9 bilhões de toneladas, e ainda que neste item o relatório registre um aumento de quase 1,5 bilhões de toneladas, essa melhora é enfraquecida diante dos retrocessos que ocorreram.
A economia se fez menos sustentável, apesar dos esforços de muitos e da enorme quantidade de promessas e salivas gastas pelos líderes do mundo.
Apesar de o relatório em si mesmo ser um avanço, porque põe o tema da economia circular sobre a mesa e permite entender o que ocorre na matéria, tem um problema visível: que seus autores seguem esperando que o crescimento econômico possa ser feito sem destruir o mundo.
Assim é aparente, na forma em que catalogam os países, usando entre outros indicadores esse. O uso desse índice não é ruim em si – é um dos mais compreensivos dos que dispomos a nível global – porém o informe destaca como algo positivo que um país tenha uma economia “poderosa e em crescimento”, e isso é como pedir a alguém que perca peso ao mesmo tempo que lhe receitamos mais açúcar.
O problema em pedir às economias que cresçam – em lugar de, por exemplo, gerar maior igualdade e prosperidade para todos, independentemente de seu tamanho – é que para conseguir necessita-se ganhar em escala, concentrar a riqueza e explorar os de baixo para ter maiores excedentes a investir e aumentar o que se faz.
Uma economia que cresce, ainda, necessariamente necessita consumir mais materiais, com poucos incentivos para busca-los entre o reusáveis ou reciclados.
A alternativa, ainda, está em imaginar um novo caminho e um novo destino para as economias do planeta.
Mais que pensar em crescer, há de se pensar em redistribuir; mais que aplaudir uma enorme corporação global se compromete a não usar sacolas plásticas ou a comprar este ou outro material orgânico, há que se fortalecer as economias locais, as pequenas empresas ou as cadeias curtas.
Fazer isso é, sem dúvida, difícil. Levará tempo e um trabalho descentralizado e muito plural para construir novos laços, apesar das investidas de governos e transnacionais.
No entanto, já se registraram alguns avanços como os das iniciativas de comércio justo e das cooperativas de consumo. Esses triunfos, ainda que tímidos, mostram que outro mundo é possível. O Relatório sobre a Lacuna Circular mostra que, ainda, é necessário.
(EcoDebate, 10/02/2020) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
| EcoDebate ( publicado em 10-02-2020) | | | | Ciclo de vida de plásticos é favorável quando comparado com outros materiais
A lei que suspende a utilização de canudos plásticos já está em vigor em Porto Alegre. É uma lástima. Sob todos os pontos de vista técnicos, canudos plásticos são a melhor opção em relação às alternativas que se existem.
A análise de ciclo de vida é muito mais favorável aos plásticos quando comparada com os sucedâneos apresentados. Para o processo de reciclagem, não é necessário lavá-los. Para higienizar canudos de outros materiais (vidro e alumínio), utiliza-se água potável — que é devolvida ao meio ambiente suja e com detergente. Canudos de papel, ou mesmo os produzidos com aditivos não aceitos pelo Ministério do Meio Ambiente, esfarelam-se, deixando resíduos de adesivos e de produtos químicos usados na fabricação.
Proibição de canudos plásticos em Porto Alegre entra em vigor em meio à popularização de versões biodegradáveisProibição de canudos plásticos em Porto Alegre entra em vigor em meio à popularização de versões biodegradáveis
Já os canudos de metal são trazidos da China. Vale lembrar que não existe controle de qualidade e regulação específica no quesito meio ambiente para estes produtos importados. Não temos controle sobre o impacto ambiental causado pelo processo produtivo em outro país, nem sabemos se o material que estamos comprando é de fato o anunciado pelo fabricante.
Independente do material que forem produzidos, os produtos terão que ser destinados adequadamente. Ou só porque o canudo é de papel poderá ser largado em parques e calçadas? O de vidro, ao quebrar, será destinado onde? O de metal será esterilizado nos ambientes comerciais? Não vemos a regulação disto.
Leia outra visão sobre o tema
Creio que o vereador autor da lei tivesse à época uma boa intenção, entretanto, o setor plástico brasileiro em momento algum foi convidado ou quiçá convocado para esclarecimentos técnicos e científicos, bem como para contribuir para uma solução eficaz. Não me parece democrático ouvir apenas um dos lados envolvidos no tema.
Independente do material que forem produzidos, os produtos terão que ser destinados adequadamente.
Porto Alegre perde a oportunidade de avançar em termos de educação através dos diversos programas que o setor plástico brasileiro desenvolve e atua em termos de economia circular.
Países como o Japão, por exemplo, não possuem leis para a proibição. Aquele país possui um grande incentivo de educação, cidadania e fomento ao esclarecimento. Precisamos nos espelhar nos fortes e nos bons.
Assim, e para que não se alegue desconhecimento, posso citar aqui os nomes do Instituto SustenPlást, Abiplast, Sinplast, Simplas, Sinplavi, Plastivida, entidades ligadas ao setor plástico brasileiro dispostas a dar informações corretas e verdadeiras sobre os temas pertinentes.
| GauchaZH ( publicado em 12-02-2020) | | | | Termo de compromisso que rege a cadeia produtiva será reformulado para ampliar atendimento
O nível do óleo do motor é um item que sempre preocupa os motoristas. O que muita gente não sabe é que as Embalagens plásticas de OLUC (Óleos Lubrificantes Usados e Contaminados) são consideradas perigosas. Para discutir a reformulação do Termo de Compromisso que rege a logística reversa desta cadeia produtiva, no Distrito Federal, a Secretaria de Meio Ambiente realizou uma reunião nesta quinta-feira, (06/02), com representantes de instituições que fazem parte da logística reversa do setor.
O objetivo foi promover a articulação e discussão da celebração do Termo de Compromisso que terá como metas ampliar o atendimento para recolhimento de embalagens de óleos lubrificantes em comércios varejistas como supermercados e oficinas mecânicas; realizar a coleta das embalagens de óleos lubrificantes no DF em conformidade com as metas estabelecidas no Plano Distrital de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PDGIRS.
Ficou acordado que a Sema enviará a minuta do Termo de Compromisso para que todos possam ler e fazer sugestões até o dia 18, depois disso o documento deve ser assinado. “É importante que os sindicatos relacionados à cadeia se engajem para que o varejo consiga cumprir a sua parte na logística reversa”, disse o coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Sema, Glauco Amorim.
No Distrito Federal apenas em 2019 foram recolhidas de forma ambientalmente adequada, 83 toneladas de embalagens, das quais 98,3% foram destinadas para a reciclagem, de acordo com dados do Instituto Jogue Limpo – Logística Reversa para Lubrificantes. Mas o montante representa apenas 44% do que é disponibilizado pelo mercado.
O Jogue Limpo disponibiliza oito Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) no DF. A média de coleta mensal foi de 75 kg de embalagens, no ano passado. O material é recolhido por caminhões do Instituto e encaminhado para empresas de reciclagem. O diretor executivo do Jogue Limpo, Ezio Camillo Antunes, diz que o Jogue Limpo quer implantar pelo menos um PEV em cada região administrativa.
Logística reversa
A logística reversa é um dos instrumentos para aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A PNRS define a logística reversa como um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”
De acordo com Jair Tannus, a Sema vai trabalhar esse ano no sentido de implantar a Logística Reversa em todos as cadeias produtivas em que estão previstas. O DF tinha acordo assinado apenas com a cadeia de OLUC, expirado em 2018.
De acordo com a PNRS, a responsabilidade legal da logística reversa é compartilhada por toda uma cadeia, onde cada agente, consumidor, comerciantes varejistas e atacadistas, fabricantes e importadores, têm participação fundamental para o êxito do sistema de logística reversa.
Risco para os catadores
A assessora especial do SLU, Andrea Portugal, compartilhou sua preocupação com as embalagens OLUC que vão para as centrais de triagem mantidas pelo órgão onde atuam cerca de 1,2 mil catadores. “Essas embalagens não podem ser coletadas. Elas contaminam os outros tipos de plástico e inviabilizam o retorno financeiro dos trabalhadores”, alerta. De acordo com Andrea, o SLU já promove capacitações nesse sentido e vai intensificar o trabalho junto aos catadores.
Para a representante do Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema), Luciana Bertini Leitão, questionou a possibilidade de atrelar o planejamento de logística reversa à licença dos estabelecimentos. Para tanto, “é importante envolver o Ministério Público para haver uma melhor comunicação entre as partes”, afirmou.
O representante do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal (Sincovid/DF), Rodrigo Gertrudes, destacou que as oficinas montadas em concessionárias são diferentes das demais e têm uma política rígida de reciclagem, alvo até mesmo de fiscalização. “Mas nos colocamos à disposição para colaborar com os termos do Termo de Compromisso. Por enquanto posso afirmar que as concessionárias do DF fazem a coleta e o descarte corretos do produto”, disse.
Também participaram da reunião a gerente de Resíduos, Isadora Lobão, e o gestor de Políticas Públicas, Dálio Filho, da Sema, e a representante do Sincovid/DF.
* Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
| Agência Brasília (publicado em 06-02-2020) | | |
Em janeiro, a Malásia devolveu 42 contêineres de lixo plástico importados ilegalmente do Reino Unido.
Startup brasileira apresenta na Bélgica solução para descarte ilegal de lixo após escândalo europeu
Com taxas muito baixas de reciclagem, o mundo vive um colapso quanto ao descarte de resíduos. Como “solução”, países de primeiro mundo têm enviado seu lixo para o exterior por ser economicamente viável, assim como fez o Reino Unido que exportou ilegalmente -- e teve devolvidos -- 42 contêineres de lixo plástico para a Malásia, tornando evidente a falta de gestão e inserção de sistemas de controle que garantam um sistema de logística reversa eficiente. Em uma declaração recente, a ministra do Meio Ambiente da Malásia, Yeo Bee Yin, afirmou: "O que os cidadãos do Reino Unido acreditam que enviam para reciclagem é realmente jogado em nosso país".
A startup brasileira Green Mining, acelerada pela Ambev, foi convidada pela EURADA (Associação das agências de desenvolvimento da Europa) para participar do Brokerage Event for Innovation Agencies para apresentar sua iniciativa de coleta e rastreabilidade de recicláveis, chamada de logística reversa inteligente. No Brasil, a startup já coletou mais de 720 toneladas de resíduos e evitou mais de 120 toneladas de emissões de CO2. O evento reuniu no mês de janeiro, na Bélgica, especialistas no campo da inovação para compartilhar as melhores oportunidades de negócios promissores.
A startup coleta embalagens pós-consumo em estabelecimentos, como bares, restaurantes e condomínios, de maneira ambientalmente correta, por meio de triciclos e sem emissão de gás carbônico. Entre as empresas parcerias da Green Mining, a Cervejaria Ambev, permite que o vidro recolhido seja levado direto à fábrica da própria cervejaria, devolvendo o material à cadeia produtiva da empresa. Em menos de 1 ano, a Green Mining -- que iniciou com um bairro de São Paulo, já expandiu sua operação para 18 bairros da cidade, Osasco, Rio de Janeiro e Brasília, e pretende levar o projeto para outros países.
Como funciona o sistema de logística reversa da Green Mining
A eficiência dessa economia circular colocada em prática pela startup é baseada em um sistema de rastreabilidade que é feito em todas as fases do processo, garantindo que todo o material coletado chegue ao seu destino de maneira correta. “Todas as informações são registradas no aplicativo da Green Mining por cada coletor, desde o local onde o material foi gerado. Com informações como data e local da coleta, peso e destino dos recicláveis, o sistema faz o rastreamento do percurso de cada triciclo, garantindo a transparência da informação”, finaliza o presidente da Green Mining.
Sobre a Green Mining
Startup fundada em 2018 para criar soluções em reaproveitamento de embalagens, a Green Mining detém um sistema inteligente de logística reversa que consegue identificar os locais de maior geração de resíduos pós consumo, além de capacitar e contratar catadores de rua para uma coleta sustentável, que evita a emissão de gás carbônico.
A Green Mining é uma das 21 empresas selecionadas em todo o mundo pela cervejaria Ambev, por meio do programa 100+ Accelerator, que visa impulsionar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e os Objetivos de Sustentabilidade 2025 da multinacional, que inclui dez desafios, lançados a cientistas, especialistas e startups de tecnologia.
| O Debate ( publicado em 11-02-2020) | | | Com um olhar para a importância do reaproveitamento de resíduos sólidos será realizado, no dia 18 de fevereiro, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), o “Seminário Economia Circular do Plástico”. O evento apresentará experiências de sucesso realizadas pela indústria de Plásticos para estimular a reciclagem, além de abrir um espaço para o debate sobre o tema e marcar a assinatura de um Termo de Compromisso entre o setor de Transformados Plásticos, a Assembleia Legislativa e a Findes.
O Termo de Compromisso tem como objetivo a troca de informações para subsidiar o trabalho de conscientização das instituições e a elaboração de leis envolvendo o tema no futuro. Assinarão o documento, o presidente da Ales, Erick Musso, o presidente da Findes, Leonardo de Castro, e o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES), Jackley Maifredo.
O seminário acontecerá a partir das 8h30, reunindo assessores técnicos e jurídicos de deputados, e representantes do setor de Plásticos, de órgãos envolvidos com a logística reversa e a economia circular e da sociedade civil organizada. Para participar, é necessário preencher formulário disponível no site do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES), por meio do link www.sindiplastes.org.br/economia-circular-do-plastico. A expectativa é de que cerca de 100 pessoas participem do evento.
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast-ES) estará representada no seminário, apresentando os principais números do setor e a sua relação com a economia circular no Brasil e no mundo, além de iniciativas já desenvolvidas pelas indústrias para estimular a reciclagem do plástico.
O Instituto Socioambiental do Plástico (Plastivida), que articula e ativa uma rede de cooperação que integra produção, consumo e pós-consumo nas cadeias em que os plásticos estão inseridos, será outra entidade nacional presente no evento, responsável por abordar o tema “Plástico, Ciência e Sociedade”.
A Braskem destacará temas como cadeia produtiva dos plásticos, realidade, gargalos e soluções para a reciclagem, educação ambiental e descarte correto. A apresentação das boas práticas de reciclagem e reaproveitamento de resíduos realizadas no Espírito Santo pela Indústria do Plástico ficará a cargo do Sindiplast-ES, que falará de projetos como a Gincana Tampinha Legal, a Semana do Plástico, as soluções desenvolvidas pela Escola Senai do Plástico e o Projeto do Fórum Mini-indústria de Reciclagem (Frasson).
Após as apresentações, o espaço será aberto para debates e ocorrerá a assinatura do Termo de Compromisso.
O presidente do Sindiplast-ES, Jackley Maifredo, avalia que o setor começa o ano de forma otimista com a participação no seminário.
“A iniciativa da Assembleia Legislativa com a realização do evento, em parceria com o setor produtivo, para debater temas tão relevantes para a sociedade, é muito positiva. A assinatura do Termo de Compromisso sinaliza que o Espírito Santo dará um exemplo para o Brasil, na medida em que deseja fazer com que as leis futuras considerem tanto o viés do setor produtivo quanto o da defesa do meio ambiente”, ressalta.
O Seminário Economia Circular do Plástico é uma realização da Ales e da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), com a organização do Sindiplast-ES, do Conselho Temático de Assuntos Legislativos (COAL), do Fórum de Logística Reversa e da Câmara de Alimentos e Bebidas da Findes.
| Pérola Capixaba ( publicado em 12-02-2020) | | | |
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