|
26 de Agosto de 2019
Segunda-feira
- Confiança da indústria avança 0,8 ponto em agosto, aponta FGV
- Produção da indústria cresce e intenção de investir aumenta, diz CNI
- Número de investidores dobra e fundo imobiliário fica caro
- XP cria área de crédito para as empresas
- CNI: Acordo entre Mercosul e países do EFTA é passo importante para abertura
- Mercosul fecha novo acordo de comércio
- Setores da indústria da transformação defendem menos burocracia e diminuição da carga tributária
- Funcionários dos Correios se opõe à privatização, mas não veem espaço para greve
- Mesmo com diploma, trabalhador aceita vaga menos qualificada
- 'Brasil exige respeito', diz Fiesp sobre ameaças contra acordo UE-Mercosul
- País deve andar em passo lento, mesmo com reformas
- Reforma tributária será tema de duas audiências na CCJ
- Equipe econômica estuda atrelar remuneração da poupança à inflação
- IPCA para 2019 passa de 3,71% para 3,65%, aponta Focus
- Focus: Selic no fim de 2020 cai para 5,25%
- Focus: Alta do PIB de 2019 passa de 0,83% para 0,80%
- Focus: câmbio para fim de 2019 sobe de R$ 3,78 para R$ 3,80
- Conheça as diferenças entre o leasing de carros no Brasil e nos EUA
- Allianz compra divisão de automóveis da SulAmérica por R$ 3 bilhões
- Maior evento de digitalização industrial da América do Sul movimenta São Paulo
- Indústria siderúrgica aposta na retomada econômica
- Sistema de transporte baseado em drones pode reduzir emissões de CO2 em até 25%, afirma Indra
- Evento: 24º Seminário Internacional de Alta Tecnologia
|
Câmbio
Em 26/08/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,152
|
4,153
|
Euro
|
4,613
|
4,614
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou 0,8 ponto em agosto, para 95,6 pontos, após três quedas consecutivas, mas ainda se manteve aquém dos 100 pontos. Além disso, em médias móveis trimestrais o índice ainda recuou, pelo quinto mês consecutivo, desta vez em 0,5 ponto.
Apesar do resultado positivo em agosto, a economista da FGV Renata Mello Franco avalia que é insuficiente para mudar a tendência de queda. “Apesar do avanço dos indicadores mais operacionais, relacionados à demanda, estoques e utilização da capacidade, a percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios se manteve estável. Em relação às expectativas, os resultados são conflitantes”, diz, explicando que, enquanto os indicadores para os próximos três meses avançaram, o sentimento em relação à evolução dos negócios nos seis meses seguintes piorou.
Por segmentos, a melhora da confiança foi observada em 12 dos 19 avaliados. O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 1,2 ponto, para 95,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,4 ponto, atingindo 95,7 pontos.
Em agosto, todos os componentes do ISA apresentaram comportamento favorável, mas a melhora na percepção sobre os estoques foi o principal condutor da evolução do indicador no mês. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente aumentou de 5,2% para 5,4% do total, enquanto a parcela das que consideram excessivo caiu de 11,8% para 10,8% do total, levando a uma alta de 2,4 pontos do indicador, para 96,5 pontos. Já a produção aumentou 0,8 ponto e a situação atual dos negócios teve variação positiva de 0,1 ponto.
No IE, houve melhora das expectativas para os próximos três meses. Os indicadores de produção prevista e evolução pessoal ocupado aumentaram em 2,0 e 2,2 pontos, respectivamente. Em compensação, o indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes caiu 3,1 pontos.
Quanto ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), houve alta de 0,3 ponto porcentual entre julho e agosto, alcançando 75,8% e acumulando 1 ponto de crescimento no ano. Em médias móveis trimestrais, o NUCI avançou pela quinta vez seguida, em 0,1 ponto, para 75,4%.
A edição da confiança da indústria de agosto coletou informações de 1.138 empresas entre os dias 1º e 22 deste mês. A próxima divulgação ocorrerá em 26 de setembro, com a prévia saindo dia 20 de setembro.
| Tribuna PR | | | | O índice de produção da indústria brasileira subiu 9,6 pontos frente a junho e alcançou 53 pontos em julho. O indicador está 5 pontos acima da média histórica e é o maior desde outubro do ano passado. As informações são da Sondagem Industrial, divulgada nesta quinta-feira (22), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mesmo assim, o emprego no setor continua em queda.
Emprego em queda
O Índice de evolução do número de empregados ficou em 48,4 pontos em julho, abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos indicam aumento da produção e do emprego.
O aumento da produção foi acompanhado do crescimento da utilização da capacidade instalada, que subiu 2 pontos percentuais em relação a junho e ficou 68% em julho. A utilização da capacidade instalada foi maior nas grandes empresas, segmento em que alcançou 72%. Nas médias, foi de 67% e, nas pequenas, de 61%.
No entanto, a indústria continua acumulando estoques. O índice de estoques efetivos em relação ao planejado aumentou para 52,8 pontos. “É o maior valor desde maio de 2018, quando ocorreu a paralisação dos transportes”, diz a Sondagem Industrial.
Perspectivas positivas
Com a melhora do cenário, os empresários se mostram mais dispostos a fazer investimentos nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimentos aumentou 1,7 ponto na comparação com julho e ficou em 54,1 pontos em agosto e está 4,9 pontos superior à média histórica. As grandes empresas são as que estão mais propensas a fazer investimentos nos próximos seis meses. Nesse segmento, o indicador de intenção de investimento é de 61,1 pontos, superior à média brasileira.
“Os empresários perceberam melhora nas condições de seus negócios, com aumento da produção e da utilização da capacidade instalada. Por conta disso, a intenção de investir aumentou. Se as expectativas hoje otimistas não se frustrarem, poderemos ter mais números positivos de atividade nos próximos meses”, diz o economista da CNI Marcelo Azevedo. “Mas é importante ressaltar que a ociosidade e os estoques seguem elevados. Isso dificulta uma recuperação mais rápida”, destaca Azevedo.
Além disso, os empresários mantêm o otimismo. Os indicadores de expectativas continuam acima dos 50 pontos, mostrando que os industriais esperam o crescimento da demanda, das compras de matérias-primas, do emprego e das exportações nos próximos seis meses. Essa edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de agosto com 1.957 empresas. Dessas, 776 são pequenas, 704 são médias e 477 são de grande porte.
| CIMM | | | | Investimento na Bolsa se valoriza acima do valor do patrimônio dos fundos
Por que comprar algo que está mais caro do que vale? Essa é uma das perguntas que um investidor deve se fazer quando receber uma oferta para investir em fundos imobiliários.
Segundo dados da B3, essa categoria de fundos fechou julho com patrimônio de R$ 62,4 bilhões, mas valor em Bolsa de R$ 70 bilhões. Na prática, se alguém quiser comprar uma cota do investimento poderá pagar mais do que vale.
Esse descasamento está ligado à recente euforia em torno do investimento, que passou a ser vendido por corretoras como um produto que tem que estar na carteira de todo investidor. O resultado desse incentivo é que o número de pessoas que aplicam em fundos imobiliários quase dobrou entre dezembro do ano passado e julho, para 390 mil.
Como comparação, no mesmo período o número de investidores em ações cresceu 53%, para 1,2 milhão.
“Pela primeira vez dá para dizer que os fundos imobiliários estão valendo mais que deveriam. Quando eu compro fundo, eu compro o patrimônio”, afirma o professor do Ibmec SP Arthur Moraes.
Fundos imobiliários são investimentos de renda variável. A cota é negociada em Bolsa da mesma forma que ocorre com uma ação —o investidor compra e vende essa cota pela plataforma de uma corretora.
Confiança de investidores faz o papel subir, o que está acontecendo agora. Turbulências, como em crise econômica, causam perdas.
“Fundo imobiliário não vai bem quando a economia não vai bem. Tem duplo efeito perverso de queda de PIB, com fechamento de lojas de shopping, galpão, sala comercial, e alta de juros”, diz José Raymundo de Faria Júnior, planejador financeiro certificado (CFP) pela Planejar.
Essas turbulências, porém, não mudam o patrimônio do fundo. E aqui está o principal diferencial de ações: 95% do lucro, ou seja, a renda gerada com aluguéis ou venda de um imóvel é distribuída aos cotistas. No caso das empresas, elas podem reter o lucro para fazer o negócio crescer.
Portanto, fundos só aumentam efetivamente quando o gestor promove um aumento de capital, apresentando um projeto e pedindo que cotistas coloquem mais dinheiro.
A expectativa é que isso ocorra com maior frequência dadas as perspectivas para a economia brasileira.
O fenômeno de crescimento dos fundos imobiliários em número e em patrimônio está ligado ao cenário de queda de taxas de juros da economia.
A taxa Selic está atualmente em 6% ao ano e analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central estimam que ela terminará o ano a 5%. Ao final de 2020, terá subido a 5,50%, segundo os mesmos economistas.
Assim como as projeções de curto prazo indicam a Selic em níveis historicamente baixos, o mercado financeiro prevê que ela deve se manter no piso por um período maior.
Com o dinheiro rendendo menos nas aplicações seguras mais conhecidas do pequeno investidor, começa a crescer a disposição a diversificação. Além disso, imóveis tendem a se valorizar com juros baixos, dizem especialistas.
“A queda da taxa de juros faz com que as pessoas tenham que se movimentar. Esse é um ativo de renda variável com características de renda fixa”, diz Moraes, do Ibmec.
Especialista em fundos imobiliários, ele vê uma migração de investidores das mais conservadoras opções do mercado financeiro: fundos DI e caderneta de poupança.
“A perspectiva de retorno de investimento é de um terço do que foi nos últimos dez anos. É lógico que o investidor vai preferindo investimentos mais arriscados”, acrescenta Faria Júnior.
O chamariz para o pequeno investidor está na possibilidade do recebimento mensal de renda, a receita de aluguéis dos imóveis em que o fundo investe, com isenção de Imposto de Renda.
Ainda assim, o investimento é de risco e não deve ser tratado como renda fixa. Se o investidor precisar do dinheiro aplicado no fundo poderá vendê-lo em Bolsa a um valor menor que o pago inicialmente.
Há um outro problema: ainda que os volumes de negócios em Bolsa tenham crescido, nem todos os fundos têm negócios todos os dias. O investidor pode tentar se desfazer de uma cota e não encontrar comprador se tiver urgência.
Armadilhas
Relatório de fundos imobiliários da XP Investimentos divulgado na semana passada traz um retrato da especulação e também dos riscos de se investir em um fundo sem estudá-lo de forma adequada.
Ao analisar o desempenho do mercado em julho, a corretora cita dois destaques. O primeiro era o fundo que mais se valorizou no mês, com alta de 13%, e investe em uma única torre corporativa na cidade de Macaé (RJ). Está desocupada e não gera renda de aluguel há mais de três anos.
Na mesma Macaé, a decisão da Petrobras de desocupar um prédio fez com que outro fundo despencasse 40% na Bolsa.
“Não é bom ter fundo monoativo. Se [o inquilino] sai e dá algum problema, pode ter performance ruim”, afirma o planejador financeiro José Raymundo de Faria Júnior.
Da mesma forma, o investidor não deveria se pautar pelas recomendações de corretoras e tampouco seguir trocas semanais de fundos, dizem especialistas.
Se quiser diversificar o investimento, o poupador pode escolher fundos com perfis diferentes: um que invista em salas comerciais e outro em shoppings, por exemplo. Mas o plano deve ser carregá-lo por pelo menos dois anos.
Para Arthur Moraes, do Ibmec SP, o investidor precisa escolher o fundo pelo patrimônio no qual ele investe, ou seja, os imóveis, depois analisar o gestor que cuida da carteira. Por fim, a rentabilidade mensal pode ser considerada.
E como é um ativo de risco, o investidor deveria ir aos poucos. Comprar uma primeira cota, ver como se comporta, e depois ampliar o portfólio.
“Um dia uma pessoa comentou que ‘o fundo imobiliário é bola da vez e que o momento é agora’. Não existe a menor urgência, mas cabe no portfólio de todo mundo”, diz Moraes.
| Folha de S. Paulo (publicaado em 25-08-2019) | | | | O grupo XP está ingressando no disputado segmento de crédito a empresas médias. Mas não de qualquer jeito: quer usar o mesmo conceito de “shopping”, que a levou a se tornar a maior plataforma de investimentos para pessoas físicas do País. A intenção é ser líder em oferta de produtos também para as pessoas jurídicas.
Chamada de XP Empresas, a nova área é comandada por Rodrigo Moreira, que trabalhou nos últimos 20 anos com crédito para empresas de médio porte no Itaú Unibanco. A instituição adquiriu 49% do grupo XP há dois anos.
Na casa nova, sua missão será criar um marketplace, plataforma na qual se encontrarão empresas que precisam de dinheiro com quem está disposto a emprestar. Assim, companhias com faturamento entre R$ 50 milhões e R$ 750 milhões ao ano terão acesso a recursos oferecidos por gestores de investimento que desejam colocar crédito em suas carteiras para melhorar o desempenho.
“Temos a ambição de democratizar o acesso a crédito e competir com os grandes bancos, por meio da desintermediação”, disse Moreira ao Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Do mesmo modo feito na plataforma de investimento para pessoas físicas e é o principal negócio da XP.”
Por isso, a operação da XP Empresas não está vinculada, inicialmente, à atividade de banco que o grupo estrutura. A operação bancária, no momento, está voltada a linhas de crédito para pessoas físicas, que poderão oferecer seus investimentos como garantia para conseguir melhores taxas.
Mais à frente, no entanto, a intenção é fazer com que a XP Empresas dialogue com o Banco XP. Já no primeiro semestre de 2020, por exemplo, está prevista a oferta de alguns serviços, como seguros, prestação de fiança e garantias e serviços de câmbio, alguns dependentes de autorização do Banco Central.
“A pessoa jurídica sempre foi uma fronteira difícil para a XP, porque não é possível abordá-las do ponto de vista de investimento, sem crédito”, disse.
Segundo ele, o mercado de crédito para as empresas de médio porte soma mais de R$ 100 bilhões. Por outro lado, os fundos de investimento têm menos de 1% de crédito em seus portfólios, contra 75% nos Estados Unidos e 20% na Europa.
Na ponta dos investimentos, a XP quer oferecer às companhias para opções deem rentabilidade ao caixa, sem a necessidade de deixar o dinheiro preso. Muitas empresas usam esses recursos para girar suas operações e a ideia é colocar inteligência de investimento. “Nem todo o caixa precisa de liquidez imediata”, diz.
Os investimentos poderão ser usados também como garantia de empréstimos, barateando o custo nessas operações.
Uma terceira vertente de atuação da XP Empresas será a estruturação de operações no mercado de capitais para esse grupo de empresas.
O economista e professor da Saint Paul Escola de Negócios, Mauricio Godói, afirma que a ofensiva da XP pode modificar o mercado de crédito para as empresas, mais pela capacidade de popularização do que pelo modelo que está utilizando para viabilizar o crédito.
Segundo Godói, bancos e especialmente as fintechs já oferecem empréstimos às empresas com crédito que utiliza recursos de terceiros. “O ponto positivo da XP, e que deve ser um diferencial, é sua capacidade de massificação, por conta de sua rede de contatos em todo o Brasil”, afirmou Godói.
Segundo ele, haverá crescimento na demanda por crédito das empresas de médio porte acima da média, em termos porcentuais, em relação às grandes companhias a partir do primeiro trimestre do ano que vem, quando a economia mostrar mais força. “Esse segmento atua na parte intermediária da cadeia produtiva e, portanto, tem demanda por crédito mais intensa”, diz.
Mecanismo
As primeiras operações de crédito começam a rodar dentro de uma plataforma ainda restrita, com 50 correspondentes bancários que buscarão empresas que precisam de crédito junto a bancos de seu relacionamento. Esses empréstimos se tornarão certificados de crédito bancário (CCBs), transformados posteriormente em cotas de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e repassados a gestores da XP Asset para distribuição junto a investidores institucionais. Esses empréstimos não serão, portanto, oferecidos às pessoas físicas clientes da XP.
A avaliação de risco do crédito estará, em última instância, com o gestor que ficará com os certificados emitidos pela empresa que pega o empréstimo. Em caso de inadimplência, a perda recai sobre os cotistas da carteira gerida pelo gestor – exatamente como acontece com qualquer fundo de crédito privado. Essa operação, portanto, não tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Entretanto, a XP afirma que poderá atrair empresas para sua nova frente de negócios por meio de muitos dos agentes distribuídos em 150 cidades brasileiras e que têm relacionamento ou até mesmo um negócio paralelo de correspondente bancário. A XP tem uma rede de 750 agentes autônomos. A expectativa da casa é alcançar 150 correspondentes bancários associados a XP Empresas até o fim do ano.
O plano de Moreira é dar escala à XP Empresas e alcançar a configuração de marketplace a partir do ano que vem, abrindo o acesso aos créditos gerados na casa para outras gestoras além da XP Asset. “À medida que esse ambiente estiver estabelecido em nossa plataforma, a demanda dos gestores pelo crédito tende a reduzir as taxas dos empréstimos para as empresas”, afirmou Moreira. Nas operações de crédito, o ganho da XP virá de uma margem do spread, a diferença entre o custo do dinheiro captado em relação ao cobrado das companhias nos empréstimos.
| Tribuna PR ( publicado em 24-08-2019) | | | | A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou, por meio de nota, a conclusão do acordo de livre-comércio entre Mercosul e os países da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) – bloco formado pela Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, países que não integram a União Europeia.
Segundo a CNI, o acordo é um “passo importante na estratégia de abertura comercial do Brasil e na maior inserção internacional da indústria”. O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, afirma que o EFTA tem economias importantes, que, juntas, importam cerca de US$ 400 bilhões, valor superior às importações do Mercosul.
“O acordo deve abrir o mercado para produtos importantes do Brasil, que atualmente enfrentam tarifas, como alumínio, laminados de ferro, produtos químicos, autopeças, além de aumentar cotas para os produtos agrícolas como carne”, diz o diretor na nota enviada pela CNI.
Abijaodi afirma que é importante manter abertura por meio de acordos comerciais, para que o País consiga abrir o mercado com previsibilidade, gerando ganhos para a exportação.
De acordo com a CNI, atualmente, as exportações brasileiras para os países do EFTA estão no menor nível da última década. Em 2014, segundo dados divulgados pela entidade, o Brasil chegou a vender US$ 3,3 bilhões, valor que caiu para US$ 1,8 bilhão em 2018. “A expectativa é de que o acordo possa reverter esse cenário. Os principais produtos com oportunidades são: carnes bovinas, preparações alimentícias, óleos de soja, autopeças, papel e cartão”, diz a CNI.
A entidade destaca ainda que o acordo entre os blocos abre espaço no comércio de serviços. Os países do EFTA, segundo a CNI, são o terceiro maior parceiro do Brasil em serviços, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia.
O presidente Jair Bolsonaro já havia feito o anúncio do acordo pelo Twitter, considerando “uma grande vitória” da diplomacia de abertura comercial.
| Tribuna PR ( publicado em 23-08-2019) | | | | O Mercoul e a Associação Europeia de Livre-Comércio (EFTA, na sigla em inglês) – formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – fecharam ontem, em Buenos Aires, um acordo de livre-comércio. Integrantes da equipe econômica consideraram esse acordo mais abrangente e ambicioso do que o firmado com a União Europeia no fim de junho.
Do ponto de vista político, a conclusão das negociações com países europeus trouxe uma conquista para o presidente Jair Bolsonaro em meio à troca de farpas com alguns líderes do bloco.
O secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse que as negociações concluídas ontem foram “bastante abrangentes” e envolvem desde redução de tarifas à facilitação de serviços e investimentos. Uma nota com os detalhes do acordo deve ser divulgada hoje pelo Itamaraty.
“É mais um passo decisivo no processo de inserção econômica internacional do Brasil e de abertura comercial. Isso não apenas expande os nossos mercados de destino como ajuda na recepção de investimentos de qualidade”, afirmou Troyjo.
De acordo com o secretário, o Brasil será beneficiado, principalmente, com o acesso privilegiado a exportações de carne bovina, frango, milho, café, frutas e suco de frutas para os países do bloco.
Para o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, o acordo é “mais ambicioso” do que o assinado em junho com a União Europeia. Cobre 98% do comércio bilateral e envolve bens agrícolas e industriais, serviços, investimentos, compras governamentais, facilitação de comércio e barreiras regulatórias.
O compromisso é que a EFTA zere imediatamente as tarifas de importação cobradas hoje de produtos exportados pelo Mercosul para a região. Já o bloco sul-americano vai levar 15 anos para chegar às tarifas zero, sendo 85% das taxas retiradas nos primeiros dez anos.
Produtos como café, frutas e soja terão tarifas zeradas imediatamente. Para alguns produtos, foram estabelecidas cotas para exportação sem tarifas, que serão adicionadas aos volumes vendidos hoje. No caso da carne bovina, a cota adicional será de 25,5 mil toneladas. Para frango, será de 78 mil toneladas e, para milho, de 77 mil toneladas.
Conclusão
As negociações com a EFTA começaram em janeiro de 2017 e chegaram a uma conclusão na décima rodada de negociações, em Buenos Aires, na sexta-feira. Ferraz ressaltou que a região da EFTA tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do mundo e tem um PIB conjunto de US$ 1,1 trilhão, duas vezes o PIB da Argentina, que é um dos principais parceiros do Brasil.
A corrente de comércio do Brasil com a EFTA foi de US$ 8,5 bilhões, entre bens e serviços. As principais exportações brasileiras para o bloco são produtos químicos, ouro, soja, café e aviões, enquanto as compras são de farmacêuticos, químicos e máquinas e equipamentos.
O Mercosul continua negociando outros acordos com diferentes países. Os processos de negociação mais avançados envolvem Coreia do Sul, Cingapura e Canadá. Ontem,o presidente Donald Trump saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro e disse que está animado com as perspectivas de futuros acordos entre eles.
Do lado político, Bolsonaro celebrou o resultado nas redes sociais. “Mais uma grande vitória de nossa diplomacia de abertura comercial”, escreveu no Twitter.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que o acordo é “um passo importante na estratégia de abertura comercial do Brasil e na maior inserção internacional da indústria”. Também destacou que as exportações brasileiras para os países da EFTA estão no menor nível da última década e que o acordo deve “reverter esse cenário”.
| Tribuna PR ( publicado em 24-08-2019) | | | | Presente no segundo painel do Congresso Aço Brasil 2019, o Secretário Especial Adjunto de Produtividade, Emprego e Competitividade do governo, Igor Calvet, reforçou projetos em prol dos industriais
O 2º painel do Congresso Aço Brasil 2019 discutiu a importância estratégica da indústria de transformação para o Brasil. Responsáveis pela evolução tecnológica de produtos brasileiros, pelo aprimoramento da mão de obra e pelo aumento em investimentos no país, a indústria da transformação enfrenta dificuldades que podem ser superadas com menos burocracia, menos impostos e mais investimento em infraestrutura e tecnologia, segundo painelistas.
Com moderação do Conselheiro do Aço Brasil / Presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Mário Baptista Filho, o painel A indústria de transformação é estratégica para o País? contou também com as presenças do Secretário Especial Adjunto de Produtividade, Emprego e Competitividade do governo, Igor Calvet; José Ricardo Roriz Coelho, Vice-Presidente da FIESP, Luiz Carlos Moraes, Presidente da ANFAVEA; e Fernando Figueiredo, Presidente-Executivo da Abiquim.
Após reconhecer a importância da indústria de transformação para o País, Calvet citou medidas já tomadas pelo governo, como a Medida Provisória da Liberdade Econômica, que reduz burocracias para criação de empresas pequenas. "A MP foi aprovada para melhorar a vida dos empresários", disse.
Durante abertura do painel, Benjamin Mário Baptista apresentou dados que mostram que a partir da década de 80, a indústria de transformação sofreu uma "queda livre" em participação do Produto Interno Bruto (PIB), caindo de 36%, em 1949, para 11,3%, em 2017. "Nosso objetivo é mostrar o que é preciso fazer para que a indústria de transformação volte a ter uma papel expressivo no desenvolvimento econômico do nosso país", afirmou.
Segundo o Presidente-Executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, a matéria-prima para a indústria química brasileira é a mais cara do mundo. Contudo, Figueiredo elogiou a iniciativa do governo de estatizar certos órgãos. "A privatização da Petrobras vai, acho que em curto prazo, se efetivada, contribuir para reduzir o custo da nafta, que é a mais importante matéria-prima para o setor", defendeu.
Tecnologia
Luiz Carlos Moraes, presidente da ANFAVEA, afirmou que, mesmo com o desalento da economia, o setor automobilístico não deixa de investir em tecnologia. "Nossas empresas estão fazendo investimentos relevantes na indústria 4.0. O Big Data, a realidade aumentada e a análise de dados já são realidade em nossas empresas", garantiu.
O vice-presidente da FIESP reforçou que a indústria brasileira só pode ser competitiva com o resto do mundo se houver, de fato investimento. "Temos que acelerar esse passo para termos uma indústria brasileira mais competitiva. Estamos avançando com muita pouca velocidade", criticou.
| CIMM | | | | Categoria terá negociações salariais no mês de setembro, após adiamento
Os funcionários dos Correios abriram frente de resistência ao projeto de privatização do governo, por meio da Adcap (Associação dos Profissionais dos Correios). Mas, por ora, nada de cruzar os braços, porque estão em momento de data-base, segundo Marcos César, vice-presidente da entidade.
As negociações de salário e condições de trabalho foram postergadas de agosto para setembro. “Não tem espaço para um movimento mais rústico de fazer greve”, afirma César.
| Folha de S. Paulo (publicado em 24-08-2019) | | | | A publicitária abriu uma creche para cães, a assistente social voltou a ser cabeleireira e a analista financeira agora é caixa de supermercado. A crise, cujos efeitos ainda são profundos no mercado de trabalho, fez crescer o número de brasileiros que concluíram a faculdade, mas que hoje ocupam funções que não exigem formação superior. Eles até estão trabalhando, mas o diploma foi parar na gaveta.
Não é pouca gente. Dados do segundo trimestre da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, mostram que 30%, pouco menos de um terço, dos trabalhadores com ensino superior estavam ocupando funções que não demandam uma formação universitária.
Outra pesquisa, divulgada em agosto pela agência de recrutamento de executivos Robert Half, indica que 92% dos desempregados com graduação aceitariam retornar ao mercado por salário e posição inferiores. A proporção é a mais alta da história do levantamento, que está em sua oitava edição.
Quando a publicitária Lorena Costa, de 30 anos, perdeu o emprego, há dois anos, não teve dúvida: transformou o trabalho esporádico, de tomar conta de cachorros em casa com anúncios em aplicativos especializados, em sua principal fonte de renda. Ela fez cursos de especialização em adestramento, para se destacar entre os cuidadores e hoje, chega a receber dez cães por vez em seu apartamento.
“A demissão foi a oportunidade de empreender. Deu para transformar vocação em uma forma de ganhar dinheiro. Antes de ser demitida, não cheguei a ganhar R$ 5 mil de salário. Hoje, faturo até R$ 8 mil por mês. Por outro lado, só consigo folgar dois dias por mês e mal tenho vida social”, diz.
Realidade distorcida
Segundo análise da consultoria iDados, dos 17,6 milhões de trabalhadores formais ou informais graduados, 5,2 milhões estavam nessa situação no trimestre encerrado em junho. Antes da recessão, em 2014, eram 3,2 milhões de graduados, ou 25%. Com a crise e o baque no mercado de trabalho, esse grupo tem crescido um ponto porcentual a cada ano.
Os dados mostram que o mercado de trabalho do País, durante os anos de crise, tem acumulado ainda mais distorções. No caso da assistente social Aline Morais, de 29 anos, até havia vagas, mas o excesso de pessoas procurando emprego fez o salário oferecido ser menor do que aquele que ela ganhava antes de se formar, trabalhando como cabeleireira.
“Terminei a faculdade e fiz mais dois cursos de pós-graduação em seguida. Só apareceram vagas pagando a metade do que eu ganhava antes. Não me arrependo de ter feito o curso, mas não penso em exercer a profissão por enquanto”, afirma. Ela também usa aplicativos e vai até a casa dos clientes.
Para Fernando Mantovani, diretor geral da empresa de recrutamento Robert Half no Brasil, com a incerteza na economia, as empresas estão esticando processos seletivos. Além da falta de oportunidades, o trabalhador encara um período mais longo de entrevistas. “Isso faz os candidatos olharem postos menores, para solucionarem o problema da falta de dinheiro. Mesmo que a solução seja temporária.”
O exemplo da administradora de empresas Kelly Nascimento, de 43 anos, é radical. Ela foi demitida do cargo de analista sênior de sistemas de um banco, após 15 anos no mercado financeiro. Tentou montar um negócio de bolos com as irmãs, que não foi adiante. No começo do ano, com dívidas e o marido também desempregado, aceitou trabalhar como caixa de um hipermercado em São Paulo. Ganhava R$ 12 mil. Hoje seu salário é de R$ 1,2 mil.
“Não podia esperar. No início fiquei muito triste. Sem desmerecer ninguém e nenhum trabalho, mas eu havia atuado em grandes instituições, tenho graduação e duas pós, coordenava projetos e pessoas. Foi difícil me ver atrás de um caixa”, afirma Kelly, que faz bolos para completar o orçamento.
O trabalhador superqualificado para a função é algo típico de crises estruturais, como esta, diz Clemente Ganz Lúcio, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “A economia não sairá do buraco com a precarização do emprego.”
Para o Brasil conseguir gerar empregos que demandem nível superior, só com a reindustrialização, afirma o economista da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro. “Uma economia baseada em serviços de baixa produtividade só vai gerar motoristas de Uber.”
“É fundamental que o governo retome as obras de infraestrutura, que aumentariam a demanda por profissionais mais qualificados. Enquanto isso não acontecer, a procura por esses trabalhadores vai continuar deprimida”, diz Oreiro.
Diploma na gaveta
É verdade que o desemprego de quem tem formação universitária, de 7% no segundo trimestre, é mais baixo do que o da média da população (12%), mas a situação dos brasileiros com maior qualificação só piorou nos últimos cinco anos. E quanto mais jovem, mais difícil de conseguir uma colocação de nível superior.
É o que apontam os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.
A crise acabou matando as melhores vagas, de qualificação mais alta, afirma a pesquisadora da iDAdos, Ana Tereza Pires. “A oferta de trabalho bem remunerado e de maior qualidade caiu e o trabalhador, que tinha acabado de se formar e estava tentando entrar no mercado depois da crise, foi obrigado a competir com os mais experientes que perderam o emprego.”
Ela diz que, apesar de a oferta de brasileiros com nível universitário ter aumentado antes da crise, sobretudo pelos programas de financiamento e de bolsas de estudo, é a baixa demanda por esses profissionais que explica essa situação.
A desocupação de quem tem nível superior aumentou quase quatro pontos porcentuais desde 2014, antes da recessão.
Os dados da Pnad Contínua, compilados pela consultoria também apontam que os trabalhadores mais jovens, que costumam ser os mais frágeis nas relações de trabalho, são também os que mais sofrem neste caso.
Entre os trabalhadores com formação superior e idades entre 25 e 34 anos, 34% estavam em funções, formais ou informais, que exigiam qualificação mais baixa. Para os que são mais velhos, esse porcentual varia entre 26% e 28%.
A contadora Mariana da Silva Gomes, de 28 anos, aprendeu a ser manicure ainda durante a faculdade. O ofício ajudava a se manter enquanto estudava, mas ao tentar procurar um emprego na área contábil, ela percebeu que as poucas vagas que apareciam pagavam menos.
“Fui procurar emprego na área e eles ofereciam R$ 1.000 para quem já estava formado. No salão, eu ganhava o dobro. Gostei de ter feito o curso e fazer faculdade era um sonho, mas não pretendo voltar para a área. Com o que ganho hoje, consegui reformar a casa. Trabalho três semanas seguidas por mês, sem registro, mas estou feliz por estar trabalhando.”
Com a crise, também cresceu a proporção de recém-formados no ensino superior que não conseguiu um trabalho, aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em 2014, 8% deles estavam desocupados após a conclusão dos cursos e outros 13% nem tentavam procurar trabalho. Cinco anos depois, eram 14% e 15%, respectivamente.
| Tribuana PR (publicado em 25-08-2019) | | | | Entidade se pronunciou após França e Irlanda ameaçarem tratado caso Brasil não reveja política ambiental
A Fiesp disse nesta sexta-feira (23) que está preocupada com as recentes ameaças de líderes europeus travarem o acordo comercial da UE com o Mercosul.
"O Brasil merece respeito", disse, em nota, o presidente da entidade, Paulo Skaf. O comunicado foi divulgado após a França e a Irlanda ameaçarem votar contra o acordo se o Brasil não proteger a Amazônia.
"A Fiesp vê com espanto as ameaças de países participantes do tratado comercial União Europeia-Mercosul, anunciado há menos de 60 dias, de recuarem no que foi acordado", diz o comunicado.
Segundo a Fiesp, todos os pontos do pacto foram debatidos pelos países ao longo de 20 anos.
"É preocupante que integrantes do tratado recorram a pretextos que não têm qualquer relação com o que foi negociado para fazer política interna e tentar atacar a imagem do Brasil. O Brasil participa de todos grandes os acordos globais sobre clima e meio ambiente em vigor e os cumpre. Sempre teve liderança nesse campo e é referência mundial quando o assunto é preservar e produzir".
A Fiesp afirmou que o agronegócio brasileiro trabalha com excelência e é respeitado por seus compromissos, produtos e resultados. "Não podemos permitir que agentes externos, com seus próprios interesses políticos e comerciais, prejudiquem os nossos empregos e o Brasil como um todo."
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro também expressou preocupação com as declarações dos europeus.
"A Firjan considera especialmente grave a interferência de setores econômicos europeus, com seus interesses, nessa discussão."
A entidade ressalta ainda a importância de que a União Europeia ratifique o acordo e mantenha as cláusulas negociadas sobre comércio e desenvolvimento sustentável, com regras claras sobre a proteção do clima.
Mais cedo, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) criticou a possibilidade de imposição de barreiras comerciais ao país devido aos incêndios em curso na floresta –embora não tenha citado especificamente as ameaças de França e Irlanda de não ratificarem o acordo entre União Europeia e Mercosul.
A ministra afirmou que não se pode dizer que o agronegócio brasileiro seja o grande destruidor da Amazônia por causa dos incêndios e queimadas que acontecem neste momento na região.
O governo francês disse na manhã desta sexta-feira que o presidente Jair Bolsonaro mentiu ao assumir compromissos em defesa do ambiente na cúpula do G20, em junho, e que isso inviabiliza a ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, concluído no mesmo mês.
A Irlanda também afirmou que vai bloquear a implantação do pacto caso o governo brasileiro não atue para combater os incêndios em curso na Amazônia.
“Não há nenhuma chance de votarmos a favor se o Brasil não honrar seus compromissos ambientais”, escreveu o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, em comunicado divulgado no fim da noite de quinta (22).
| Folha de S. PAulo ( publicado em 23-08-2019) | | | | Apesar do avanço da agenda de reformas e da queda na taxa básica de juros (Selic), a economia continua patinando e não há sinais de uma recuperação acelerada no médio prazo. Há quem projete crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem ainda abaixo dos 2% – após o 0,8% esperado para 2019.
A destruição provocada pela recessão, com empresas indo à falência e milhões de trabalhadores saindo do mercado, a perda de produtividade, as incertezas políticas que travam o investimento e o freio na economia internacional formam o cenário adverso para o Brasil.
“Nossa retomada é realmente frustrante e o ponto preocupante é que o mundo pode retardar ainda mais a recuperação”, diz o economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria. A empresa projeta alta de 2% no PIB para 2020 e 2,6% para 2021 – número superior aos 2,5% previstos pelo mercado, segundo o Relatório Focus, do Banco Central.
“Os 2,6% parecem uma luz de aceleração, considerando que são três anos (2017, 2018 e 2019) de PIB na faixa de 1%. Mas, se a gente analisa o período mais longo, vê a dificuldade para sair da crise”, acrescenta Xavier. Cálculos da Tendência apontam que, apesar de o PIB poder voltar ao patamar pré-crise em 2021, o PIB per capita alcançará esse nível apenas em 2023.
Economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani está entre os mais otimistas do mercado, com alta de 2,5% para 2020 e 2,5% para 2021 – segundo o Focus, o crescimento médio esperado para o ano que vem é 2,2%. Padovani afirma que se trata de uma recuperação lenta, mas sólida, e que ela não pode ser considerada uma retomada normal, dado o grau de devastação que a recessão deixou, principalmente em segmentos como da construção pesada e de óleo e gás.
Ainda de acordo com Padovani, estudos indicam que reformas estruturais levam até dez anos para consolidar seus efeitos na economia. “Estamos criando condições para que, no futuro, a atividade vá bem, mas não tem uma relação automática”, diz. “Temos de avançar muito no ambiente de negócios, o que inclui tributos mais simples e qualificação de mão de obra, para estar num voo de cruzeiro mais perto de 4% ao ano.”
Uma melhora no nível de investimentos também é apontada como essencial para acelerar o ritmo da economia. Hoje, os investimentos são da ordem de 15% do PIB. O economista José Luis Oreiro, professor da Universidade de Brasília, afirma que esse número teria de ir para 23% para que o País pudesse crescer entre 4% e 5%. “Vai crescer pouco nos próximos dois anos, porque falta demanda. A política fiscal é contracionista; a monetária começou a ficar levemente expansionista agora e o cenário externo é ruim”, diz.
A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getúlio Vargas, destaca que o fator mais forte para o aumento do investimento no País – e também do PIB – é um ambiente de previsibilidade e confiança.
Apesar de a incerteza ter recuado recentemente, diz ela, ainda está em patamar elevado. O índice de incerteza da economia, calculado pelo Ibre, recuou com a aprovação da reforma da Previdência na Câmara, passando de 119 pontos em junho para 108,4 em julho, ainda próximo de 110 pontos, considerado o nível de “incerteza elevada”. “Tem várias reformas em discussão, mas falta uma agenda. A reforma tributária, ninguém sabe como será. O investidor está cauteloso”, diz Silvia.
Para a economista, um dos principais entraves ao crescimento – e que pode colocar o Brasil em uma posição complexa semelhante à do México – é a perda de produtividade.
“O México conseguiu toda uma estabilidade macroeconômica, abriu sua economia, mas a produtividade não veio.” Segundo Silvia, isso ocorreu porque empresas pouco produtivas acabaram sobrevivendo devido a ineficiências microeconômicas.
No Brasil, investimentos mal alocados, subsídios e regimes tributários especiais, como o Simples, também podem limitar os efeitos das reformas estruturantes. “Para o País crescer 3%, sem o mundo ajudar, tem de ter reformas mais severas”, acrescenta Silvia, que projeta alta de 1,8% para 2020 e 2% para 2021.
Aceleração entra no debate
Diante da lentidão da recuperação econômica, medidas que acelerem o ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) – e aliviem a situação de 13 milhões de desempregados – começam a ganhar espaço no debate. O próprio governo federal adotou uma delas ao anunciar, no mês passado, a liberação do saque de R$ 500 das contas do FGTS.
Economista-chefe da consultoria LCA, Bráulio Borges defende como estímulo econômico a redução mais significativa da taxa básica do juros (Selic). Em julho, o Banco Central cortou a Selic pela primeira vez desde março de 2018, passando a taxa de 6,5% para 6%.
Segundo Borges, como o País está em seu terceiro ano consecutivo com inflação abaixo da meta e as projeções indicam que deverá continuar assim até 2020, a taxa de juros deveria estar mais baixa, impulsionando consumidores e investidores a tomarem crédito e, assim, movimentarem a economia.
“O próprio BC já reconheceu, em ata, que a incerteza na economia é contracionista e desinflacionária. Feita a constatação de que a inflação está abaixo na meta, o BC deveria ter respondido a isso”, diz Borges. Ainda de acordo com o economista da LCA, o governo agiu corretamente ao liberar o saque do FGTS, mas o impacto da medida no PIB pode ser neutralizado pela crise argentina.
O economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, também afirma que a política monetária é o grande instrumento econômico, mas diz também haver “um pouco de espaço” para medidas de incentivo no mercado imobiliário.
O professor da Universidade de Brasília José Oreiro defende um descontigenciamento do Orçamento do governo para estimular a demanda. Para ele, ainda assim, seria possível manter a relação entre dívida e PIB estabilizada ao aumentar o PIB.
O economista Thiago Xavier, da Tendências, afirma que acelerar os projetos de concessão na área de infraestrutura seria uma medida bem-vinda.
| Tribuna PR ( publicado em 25-08-2019) | | | |
Proposições legislativas
Mais duas audiências públicas serão feitas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta semana para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, que institui a reforma tributária. O texto, que prevê a extinção e a unificação de tributos, é uma iniciativa de líderes partidários e conta com as assinaturas de 67 senadores. Os debates estão marcados para terça-feira (27) e quinta-feira (29), às 14 horas.
A PEC 110/2019 extingue os seguintes tributos: IPI, IOF, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação, Cide-combustíveis e CSLL (federais); ICMS (estadual); e Imposto sobre Serviços (municipal). No lugar deles, será criado um imposto sobre o valor agregado de competência estadual, chamado de IBS, e um imposto sobre bens e serviços específicos, o Imposto Seletivo, de competência federal.
O IBS não será aplicado sobre medicamentos e alimentos. Como será de competência estadual, mas com uma única legislação federal, a arrecadação deverá ser administrada por uma associação de fiscos estaduais. Já o Imposto Seletivo incidirá sobre produtos específicos, como petróleo e derivados; combustíveis e lubrificantes; cigarros; energia elétrica e serviços de telecomunicações. Lei complementar vai definir quais produtos e serviços estarão incluídos no Imposto Seletivo, recaindo sobre os demais o IBS estadual.
Participantes
Para a primeira audiência foram convidados os presidentes das confederações nacionais da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; da Agricultura (CNA), João Martins da Silva Junior; e do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, além dos presidentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho, e da Organização das Cooperativas do Brasil, Marcio Lopes de Freitas. Também estão na lista de participantes o economista José Roberto Afonso; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, e o presidente da Associação Brasileira Advocacia Tributária (Abat), Halley Henares Neto.
Já na quinta-feira devem comparecer o secretário da Receita Federal do Brasil Marcos Cintra e o presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), Rafael Tajra Fonteles, além de representantes da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital, da Federação Nacional dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais, da Confederação Nacional dos Municípios e da Frente Nacional de Prefeitos.
| Senado Notícas | | | | A taxa básica de juros no País no piso histórico e a abertura do caminho para corrigir os financiamentos imobiliários pela inflação provocam uma nova e polêmica discussão na equipe econômica e nos bancos: a mudança das regras de remuneração da poupança.
A ideia por trás dessa eventual alteração, segundo apurou o ‘Estadão/Broadcast’, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, é desatrelar a rentabilidade das cadernetas da taxa básica de juros com o argumento de que é preciso fazer com que essas contas acompanhem os indicadores usados nos financiamentos imobiliários – o principal destino do dinheiro da poupança.
O assunto ainda está trancado a sete chaves na equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, mas o anúncio, feito pela Caixa Econômica Federal, dos novos financiamentos imobiliários corrigidos pela inflação nesta semana parece ter levado o debate para uma próxima etapa que, agora, passa a focar a rentabilidade das cadernetas. “O crédito imobiliário com IPCA é um sinal de que, se já estão desregulamentando o passivo (os empréstimos), naturalmente, é preciso desregulamentar o ativo, que é a fonte de recursos para o crédito imobiliário”, diz uma fonte a par do tema.
Hoje, a poupança é remunerada pela Taxa Referencial (TR), que atualmente está zerada, somada a 70% da taxa básica da economia. A regra, criada em 2012 pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, entra em vigor toda vez que a Selic cai abaixo de 8,5% ao ano – caso atual, em que a taxa básica de juros da economia está em 6%. Para depósitos feitos até maio de 2012, vale a regra antiga, que prevê rentabilidade fixa de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a TR. Caso os juros básicos da economia subam acima de 8,5% ao ano, volta a vigorar a norma anterior.
Agora, a equipe econômica cogita atrelar a rentabilidade da caderneta ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Hoje, a remuneração da poupança não tem nada a ver com a taxa referencial. Já há um descasamento de taxa porque o indicador de quanto os bancos remuneram os depósitos na poupança é TR mais alguma coisa, mas quando vão emprestar os depósitos atuais são remunerados a um porcentual de juros”, alerta uma fonte da equipe econômica, na condição de anonimato.
Poupador
Como a Selic está em 6% ao ano e a TR está zerada, a remuneração das cadernetas atualmente é de 4,20% ao ano. A meta de inflação do BC para este ano é de 4,25%. O Conselho Monetário Nacional (CMN) já anunciou a redução do patamar do IPCA nos próximos anos até chegar em 3,50% em 2022.
Esse quadro tem gerado distorção adicional no mercado de investimentos. Isso acontece porque a poupança tem isenção de imposto de renda e, comparativamente, já consegue render mais que alguns fundos de renda fixa dos grandes bancos de varejo. Essa vantagem das cadernetas tem influenciado até o custo da emissão de Certificados de Depósito Bancário (CDB).
Para os poupadores, o impacto da mudança na remuneração da poupança dependerá da regra a ser adotada no governo atual – se haverá ou não, por exemplo, um porcentual adicional ao IPCA.
O estudo do governo sobre eventual mudança na remuneração da poupança ocorre, ainda, em meio a crescentes saques nas cadernetas. No acumulado do ano até julho, as saídas líquidas somam mais de R$ 16 bilhões. Trata-se da maior retirada para o período desde 2016, quando o fluxo das cadernetas ficou negativo em R$ 43,721 bilhões.
Procurado, o BC informa que não há qualquer estudo nem demanda sobre mudança na caderneta de poupança. O Ministério da Economia não se manifestou.
| Tribuna PR (publicado em 24-08-2019) | | | | Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,71% para elevação de 3,65%. Há um mês, estava em 3,80%. A projeção para o índice em 2020 foi de 3,90% para 3,85%. Quatro semanas atrás, estava em 3,90%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020. Elas constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no fim de julho. Na ocasião, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano.
No Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 passou de 3,71% para 3,51%. Para 2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,90%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,81% e 3,93%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,75%, ante 3,80% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 permaneceu em 3,60%, ante 3,80% de quatro semanas antes.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,70% para 3,61%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 88 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,80%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,90% para 3,82%. Há um mês, também estava 3,90%. A atualização no Focus foi feita por 87 instituições.
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020. Elas constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no fim de julho. Na ocasião, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em agosto de 2019, de alta de 0,19% para elevação de 0,13%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,16%.
Para setembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,20% para elevação de 0,17% e, para outubro, foi de alta de 0,27% para 0,22%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,22% e 0,30%, respectivamente.
No Focus desta segunda, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,63% para 3,56% de uma semana para outra há um mês, estava em 3,68%.
Preços administrados
O relatório indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 4,80% para elevação de 4,60%. Para 2020, a mediana foi de alta de 4,40% para 4,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,90% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,42% em 2020.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020.
IGPM
O relatório do BC mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de alta de 6,28% para elevação de 5,71%. Há um mês, estava em 6,65%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,11% para elevação de 4,08%, ante 4,09% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
| Tribuna PR | | | | Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) no fim de 2019, mas alteraram a expectativa para o fim de 2020.
O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 26, que a mediana das previsões para a Selic em 2019 seguiu em 5,00% ao ano. Há um mês, estava em 5,50%. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 foi de 5,50% para 5,25% ao ano ante 5,50% de quatro semanas atrás.
No caso de 2021, a projeção seguiu em 7,00%, igual a um mês antes. A projeção para a Selic no fim de 2022 permaneceu em 7,00%, mesmo porcentual de quatro semanas antes.
No fim de julho, o Copom anunciou o corte da Selic de 6,50% para 6,00% ao ano. Foi a primeira queda após 16 encontros em que o colegiado manteve a taxa básica estável. Ao justificar a decisão, o BC reconheceu uma evolução no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação.
Além disso, sinalizou que devem ocorrer cortes adicionais da taxa. As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020 – dentro das metas estabelecidas para esses anos.
No grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 seguiu em 5,00% ao ano, ante 5,50% de um mês antes. No caso de 2020, permaneceu em 5,13%, ante 5,63% de quatro semanas atrás.
A projeção para o fim de 2021 no Top 5 seguiu em 7,00%. Há um mês, estava em 7,25%. Para 2022, a projeção do Top 5 permaneceu em 7,00% ao ano, igual a um mês antes.
| Tribuna PR | | | | A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 0,83% para 0,80%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 0,82%.
Para 2020, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do PIB de 2,20% para 2,10%. Quatro semanas atrás, também estava em 2,10%.
No fim de junho, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,0% para elevação de 0,8%.
No Focus desta segunda, a projeção para a alta da produção industrial de 2019 foi de 0,15% para 0,08%. Há um mês, estava em 0,50%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 2,50%, ante 3,00% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,50% para 56,39%. Há um mês, estava em 56,05%. Para 2020, a expectativa foi de 58,53% para 58,50%, ante 58,30% de um mês atrás.
Déficit primário/PIB
O relatório trouxe alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2019. A relação entre o déficit primário e o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou de 1,34% para 1,37%. No caso de 2020, permaneceu em 1,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,30% e 1,00%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2019 seguiu em 6,20%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2020, passou de 5,98% para 5,99%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 6,40% e 6,05%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
| Tribuna PR | | | | O relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Banco Central, mostrou alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano foi de R$ 3,78 para R$ 3,80, ante R$ 3,75 de um mês atrás.
Para o próximo ano, a projeção para o câmbio seguiu em R$ 3,81 ante R$ 3,80 de quatro pesquisas atrás.
Superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2019 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 52,00 bilhões para US$ 52,85 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 52,00 bilhões. Para 2020, a estimativa de superávit passou de US$ 48,03 bilhões para US$ 49,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 46,40 bilhões.
Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2019 ficará em US$ 46,0 bilhões. Esta projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.
No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2019 passou de déficit de US$ 21,25 bilhões para déficit de US$ 20,00 bilhões, ante US$ 22,00 bilhões de um mês antes. Para 2020, a projeção de rombo seguiu em US$ 31,47 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 32,50 bilhões.
O BC projeta déficit em conta de US$ 19,3 bilhões em 2019.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos próximos anos. A mediana das previsões para o IDP em 2019 seguiu em US$ 85,00 bilhões, igual a um mês atrás. Para 2020, a expectativa foi de US$ 84,68 bilhões para US$ 84,36 bilhões, ante US$ 85,28 bilhões de um mês antes.
O BC projeta IDP de US$ 90,0 bilhões em 2019.
| Tribuna PR | | | | Aluguel de longo prazo tem custos elevados em nosso país
Anúncios de carros nos Estados Unidos chamam a atenção pelas parcelas baixas.
O brasileiro que se depara com essas propagandas sonha em comprar um sedã de luxo mediante uma entrada de aproximadamente 10% e mais parcelas próximas do que gastaria mensalmente para colocar um compacto 1.0 na garagem. No entanto, trata-se de uma modalidade de negócio diferente.
Além do financiamento como nós conhecemos, os americanos podem optar pelo leasing operacional. Trata-se do aluguel de longo prazo, em que o locatário paga um valor equivalente à depreciação do veículo ao longo do contrato. No fim desse período, há a opção de devolver o automóvel ou efetivamente comprá-lo.
Locadoras oferecem sistema semelhante no Brasil e o público-alvo são os motoristas de aplicativo. A diferença está nos valores.
Um motorista que roda 25 mil quilômetros por ano vai pagar aproximadamente R$ 1.500 por mês para alugar um carro compacto avaliado em R$ 50 mil. Esse valor considera um período de 24 meses e inclui os gastos com seguro, manutenção e IPVA.
Os custos aumentam ou diminuem de acordo com a quilometragem permitida em contrato.
Contudo, os preços dessa modalidade no Brasil sobem de forma desproporcional ao valor do veículo. Quem quiser alugar um utilitário de luxo que custa R$ 150 mil vai pagar por volta de R$ 6.000 ao mês no mesmo plano de dois anos. Ao todo, R$ 144 mil.
Os valores mostram que o consumidor brasileiro paga muito mais nessa modalidade de aluguel quando comparado ao americano.
Nos EUA, o leasing operacional de um utilitário Mercedes GLC avaliado pelo equivalente a R$ 170 mil vai custar por volta de R$ 1.600 por mês em um contrato de três anos. Há uma entrada de R$ 18 mil nesse plano, o que totaliza R$ 75,6 mil.
Essa disparidade faz o leasing operacional ser desinteressante para os consumidores de maior renda no Brasil, os mais ambicionados pelos bancos. O Itaú já fez alguns estudos para testar a viabilidade desse tipo de plano, mas resolveu esperar.
Além das despesas —que incluem a alta margem de lucro das empresas no Brasil— e das restrições de quilometragem, o locatário não pode fazer qualquer tipo de alteração no veículo. São muitos custos para poucos benefícios.
Com a inflação sob controle e a taxa básica de juros em queda no país, há espaço para redução nos valores cobrados nas locações de longo prazo. Cabe ao mercado readequar suas margens, calcular riscos e estabelecer planos que sejam mais interessantes aos consumidores.
Eduardo Sodré - Jornalista especializado no setor automotivo.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 24-08-2019) | | | | Alemã aguarda aprovação de órgãos reguladores para fechar aquisição de seguros de automóveis e ramos elementares
A alemã Allianz comprou a operação de seguros de automóveis e ramos elementares da SulAmérica por R$ 3 bilhões. As empresas assinaram o contrato na quinta-feira (22) e o fechamento do negócio depende da aprovação de órgãos reguladores.
A área de seguro elementares cobre danos, perdas e furtos, não envolvendo o ramo de vida.
A transação resultará na segunda maior seguradora de automóveis do país, atrás da Porto Seguro. Hoje, a SulAmérica está em quinto e a Allianz em oitavo no setor de autos, segundo a Susep.
A Allianz é a terceira maior seguradora do mundo e este foi o maior investimento que já realizou no Brasil, onde está há 115 anos.
"A decisão encaixa com a estratégia de estarmos presentes nos mercados da América Latina, em especial o Brasil, diante do seu potencial de crescimento. Quando o mercado e a classe média crescem, cresce o consumo de seguros e sua importância no PIB", diz Eduard Folch, presidente da Allianz.
Apesar da indefinição no Cade, que atrapalha aquisições e fusões no Brasil, o presidente trabalha com um prazo de 12 meses para a aprovação da operação.
Somadas, as duas empresas terão 2,7 milhões de apólices de automóveis, o que representa 15% de participação no mercado.
Segundo Folch, o aporte não foca apenas no aumento da carteira de clientes, mas na possibilidade de investir em tecnologia, novos desenvolvimentos e na jornada dos clientes.
A SulAmérica diz que não haverá mudança na administração e no fornecimento de produtos até a aprovação por órgãos reguladores. As marcas trabalharão de forma independente, com corretores e assessorias de seguros oferecendo o SulAmérica Auto e Massificados aos clientes, informou em nota à imprensa.
Depois da conclusão da operação e de um tempo de transição, a ideia é que só exista a marca Allianz, segundo pessoas familiarizadas com o caso.
A empresa brasileira dá seguro a 1,6 milhão de veículos no país. Ainda de acordo com a empresa, a transação fará com que a SulAmérica concentre esforços nos segmentos de saúde, odontologia, vida e previdência, além da operação de gestão de ativos feita pela divisão de investimentos.
Tais operações combinadas representam cerca de 85% do faturamento consolidado do grupo no primeiro semestre de 2019.
A estimativa é que em 2021 a Allianz já opere todos os produtos da SulAmérica referentes a essa transação.
| Folha de S. Paulo (publicado em 23-08-2019) | | | | Evento Siemens Digital Industry Forum 2019 reuniu mais de 370 participantes em três dias de palestras, treinamentos e workshops para as áreas de engenharia, simulações e manufatura
Terminou na quinta-feira (15), com grande sucesso, a edição de 2019 do evento Siemens Digital Industry Forum, realizado em São Paulo com três dias de duração e mais de 370 participantes. O Siemens DISW Forum é o maior evento de digitalização industrial da América do Sul, e tem como objetivo principal promover debates sobre aspectos da indústria 4.0 focados em sistemas de PLM (Gerenciamento de Ciclo de Vida do Produto), CAE (Engenharia Auxiliada por Computador) e Manufatura.
“O intuito do fórum é proporcionar aos usuários destes sistemas a oportunidade de aumentar seu networking, nível de conhecimento e experiências”, afirma Daniel Scuzzarello, Diretor de Desenvolvimento de Portfólio na Siemens e palestrante no evento. “Nós conseguimos reunir representantes de gigantes do segmento, como Fiat Chrysler Automobiles e Petrobras, além da própria Siemens — maior conglomerado industrial da Europa e um dos maiores do mundo. Essa estrutura garantiu aos participantes uma troca muito rica, desde as palestras, passando pelos pitches e conversas com especialistas, até os workshops e treinamentos que foram realizados”, acrescenta.
Focado em soluções para gerenciamento e simulações na área de engenharia e manufatura, o Siemens DISW Forum trouxe para debate uma série de conceitos da indústria 4.0 e da digitalização de processos por ela preconizada. Isso porque esses segmentos possuem participação expressiva no aumento da competitividade das empresas. Durante os três dias de evento, as grandes empresas participantes compartilharam com o público presente um pouco de como a digitalização de processos vem sendo utilizada no mercado para reduzir custos, ciclo de desenvolvimento e aumentar a qualidade dos produtos.
A Siemens dividiu as atrações em seis categorias principais. As palestras em sessões plenárias mostraram um pouco de como empresas inovadoras estão implementando digitalização de processos de engenharia para otimizar sua produção. “As plenárias representaram, ao longo do evento, oportunidades únicas para que os participantes pudessem estar em contato com esses profissionais e entender melhor suas dores e soluções”, explica Daniel.
Outras categorias do evento foram as sessões técnicas e cases, em que clientes Siemens apresentaram como vêm utilizando as soluções da multinacional no desenvolvimento e manufatura de seus produtos; a Talk to the specialists, seção em que profissionais da Siemens estavam à disposição do público para esclarecimento de dúvidas e aprofundamento no uso das soluções Siemens; e o Startup Hub, que ofereceu um espaço exclusivo para startups de engenharia debaterem digitalização e indústria 4.0 com grandes nomes do mercado e entender como isso se aplica aos seus negócios.
A parte educativa e mais voltada à prática do evento se deu dentro das categorias de workshops e treinamentos avançados, que consistiram na participação do público em aulas especializadas com profissionais da Siemens, reconhecidos mundialmente nas áreas de engenharia, simulações e manufatura.
“Este evento foi muito especial para nós, pois oportunizou diversos momentos em que conseguimos compartilhar mais a fundo nossos processos e bagagem técnica com pessoas que já estão imersas nessa área, mas desejam adquirir novos conhecimentos para aplicar em seus negócios. Nós ajudamos essas pessoas e suas empresas a crescerem com a apresentação de processos mais ágeis e de cases reais de aplicação dos mesmos com êxito”, celebra Daniel.
Para maiores informações sobre a empresa e seu portfólio, entre em contato com a Siemens pelo número (11) 4228-7640 ou pelo e-mail info.br.plm@siemens.com.
| CIMM | | | | Situação atual e perspectivas para a indústria mundial do aço estiveram entre os temas discutidos no segundo dia do evento
O Instituto Aço Brasil (Aço Brasil) vai começar a divulgar, em breve, o Índice de Confiança da Indústria do Aço (Icia). A informação foi dada ontem pelo presidente do Conselho Diretor da entidade, Sérgio Leite, durante o Congresso Aço Brasil, que reúne, em Brasília, governo, empresários e especialistas para tratar da retomada do crescimento econômico do País.
Em primeira mão, o executivo revelou que a primeira versão do estudo aponta a confiança do setor no crescimento econômico brasileiro.
“A aposta se dá tanto nos próximos meses quanto nos próximos anos, senhor presidente. Temos acompanhado o importante trabalho que vem sendo feito por sua equipe para conduzir o Brasil ao crescimento, gerando emprego e renda”, disse em alusão à presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no Painel de Honra do evento.
Por sua vez, Bolsonaro disse que não interfere na economia do País, mas que medidas para estimular o crescimento brasileiro estão sendo adotadas.
“O Brasil tem jeito, e, juntos, vamos levá-lo ao local de destaque que ele merece. É só ver o nosso potencial. Eu sempre digo: ‘Olha o que temos e o que não somos, e o que Israel não tem e é’”, afirmou a centenas de empresários do setor siderúrgico nacional e internacional reunidos no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).
Dentre outros assuntos, o presidente comentou o anúncio da Caixa da linha de crédito imobiliário, com juros mais baixos, o que, segundo ele, irá beneficiar a indústria da construção civil e, consequentemente, a indústria brasileira do aço, já que a construção responde por 34,1% do consumo aparente do aço produzido no País.
Para o presidente, o País está bem encaminhado nas questões econômicas e deve se aproximar comercialmente de outras nações.
“As conversas estão em andamento no sentido de nos aproximarmos das melhores economias do mundo. Não vamos nos afastar dos países da América Latina, mas vamos dar-lhes a devida importância”, disse em seu discurso.
Competitividade – Assuntos como a situação e perspectivas da indústria mundial do aço, competitividade e abertura comercial e o papel da indústria de transformação no desenvolvimento nacional voltaram a ser temas de debates durante o Congresso Aço Brasil ontem.
A começar pela competitividade e a abertura comercial brasileira. Com moderação do executivo da Gerdau e também vice-presidente do conselho diretor do Aço Brasil, Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig, o painel expôs as preocupações e ponderações de economistas e industriais quanto aos assuntos.
Entre os destaques, a preocupação com o desequilíbrio no cenário mundial do aço, causado já há alguns anos pelo excesso de capacidade, atualmente de aproximadamente 400 milhões de toneladas.
“No caso do Brasil, ainda temos os problemas estruturais já conhecidos. Por isso, o debate de abertura comercial e como corrigir as assimetrias que aflige nossa indústria para que o crescimento econômico nacional seja reestabelecido é tão importante”, destacou Wahrhaftig.
Participaram também o economista Antonio Corrêa de Lacerda; o presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo, Jorge Gerdau Johannpeter; o economista Juan Ferres, fundador da Ferres Consultoria; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Veloso Dias Cardoso; e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Prado Troyjo.
No geral, os participantes entendem que as iniciativas de abertura comercial do Brasil podem provocar uma maior abertura comercial aos produtos importados. O presidente da Abimaq, por exemplo, argumentou que uma ampla abertura comercial traria mais vantagens para os parceiros comerciais do País do que para a economia nacional.
“Os resultados de longo prazo seriam ínfimos, mesmo com as variáveis macroeconômicas”, ressaltou.
Outro assunto bastante discutido no Congresso Aço Brasil foi, mais uma vez, o papel da indústria de transformação no desenvolvimento nacional. Nesse sentido, o segundo painel discutiu a importância estratégica da indústria de transformação para o Brasil, e os participantes citaram suas preocupações quanto à perda de participação no Produto Interno Bruto (PIB) ano após ano.
CEOs discutem o futuro do aço
O painel “Futuro da Indústria Brasileira do Aço – a visão dos CEOs” encerrou a 30ª edição do Congresso Aço Brasil, sob o comando do presidente-executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes.
O debate reuniu representantes das principais siderúrgicas instaladas no País, como o presidente-executivo da Ternium Brasil, Marcelo Chara; o diretor-presidente da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), Sergio Leite; o diretor-presidente da Villares Metals, Armin Andreas Wuzella; e o diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck.
O diretor-presidente da Usiminas, Sergio Leite, chamou atenção para o que se pode classificar como década perdida para o setor siderúrgico nacional. Isso porque, segundo ele, o País deixou de consumir mais de 50 milhões de toneladas de aço nos últimos seis anos e as empresas haviam se preparado para um Brasil que não aconteceu.
“O Brasil passou pela recessão mais longa e uma das mais profundas de sua história. A boa notícia é que o mercado já projeta recuperação com volta aos patamares pré-crise no terceiro trimestre de 2021. Mas, para isso, precisaremos das reformas e aprimoramentos institucionais”, destacou.
Já o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, falou das transformações que a indústria tem passado nos últimos anos e ressaltou que a companhia tem adotado uma série de medidas a fim de transformar também sua cultura e sua história.
“Passamos então a adotar uma agenda que contempla pessoas e cultura, digitalização e inovação, sustentabilidade e competitividade, dando nosso enfoque ao nosso propósito enquanto empresa”, afirmou.
| CIMM | | | | Com foco no potencial desses equipamentos, companhia criou o Air Drones, conjunto de soluções avançadas para gerenciamento do tráfego aéreo não tripulado de baixa altitude
A Indra, empresa global de consultoria e tecnologia, acredita que os drones têm potencial para reduzir a emissão de gases poluentes. Segundo Ingolv Bru, diretor de Desenvolvimento de Negócio da companhia, “um sistema de transporte eficiente baseado nas aeronaves não tripuladas poderia reduzir as emissões de CO2 em 25%”. Para alcançar esse objetivo, a companhia afirma que é essencial desenvolver um sistema de gestão seguro e eficiente para o tráfego de drones em locais urbanos.
Pensando nisso, a Indra firmou um consórcio com a Universidade do Sudeste (Noruega) e o Andøya Space Center para implantar um sistema de gestão de tráfego aéreo não tripulado (UTM), capaz de facilitar a mudança de transporte terrestre baseado em combustíveis fósseis para uma infraestrutura aérea não tripulada.
Chamado de Pilot-T, o projeto deve mapear corredores de tráfego para voos não tripulados, a integração de diversos sensores eletrônicos e óticos no sistema, as necessidades de comunicação, como manter a integridade e a segurança dos sistemas. A finalização da iniciativa está prevista para 2021.
A iniciativa segue a estratégia da Indra de se tornar uma das principais empresas em tecnologia para aeronaves não tripuladas. Recentemente, a companhia lançou o Air Drones, conjunto de soluções avançadas para o gerenciamento do tráfego aéreo não tripulado a baixa altitude (abaixo de 150 metros) em cidades, regiões e países.
A empresa também trabalha com a SESAR JU, a aliança público-privada europeia que tem como objetivo transformar o tráfego aéreo em algumas das principais demonstrações de voo de drones, compartilhando o mesmo espaço aéreo que as aeronaves convencionais.
| CIMM (publicado em 25-08-2019) | | | | O SINDIMETAL/PR divulga o evento abaixo:
24º Seminário Internacional de Alta Tecnologia que ocorre no dia 10 de outubro, das 9h às 18h, no Teatro do Engenho Central, em Piracicba.
Nesse ano, o tema do evento é “Digitalização da Produção e Produção Digitalizada”. Ao longo de todo o dia, serão realizadas palestras técnicas apresentadas por docentes, pesquisadores e profissionais sobre temas como Eficiência Energética e Flexibilização na Produção; Ciência de Dados na Indústria e Metrologia e Instrumentação nos Tempos da Indústria 4.0 – Oportunidades e Desafios; Integração horizontal da cadeia de valor na Indústria 4.0, dentre outros.
As informações sobre este evento: palestrantes confirmados, resumo das palestras, comitê científico, patrocinadores confirmados, organizadores, etc. podem ser consultada no nosso site: https://scpm.eng.br .
| SCPM | | | |
|
| | |
|
|