| 02 de SETEMBRO de 2019
Segunda-feira
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Em 02/09/2019
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| | | | | CNI alerta que a retomada efetiva da atividade depende da combinação de ações que estimulem o consumo no curto prazo e de reformas estruturais, como a tributária. Baixo nível de investimento preocupa o setor
PIB industrial cresceu 0,7% no segundo trimestre em relação ao período imediatamente anterior
O crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, liderado pela expansão de 0,7% da indústria no segundo trimestre do ano, é um sinal positivo para a economia. No entanto, a retomada do crescimento depende da combinação de ações urgentes e de reformas estruturantes.
Entre as ações urgentes, está o estímulo ao consumo, com medidas que facilitem o crédito, e, entre as reformas estruturantes, estão as mudanças no sistema tributário. A avaliação está no Fato Econômico 9, publicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avalia os dados do PIB, divulgados nesta quinta-feira, 29 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
De acordo com a publicação, o Brasil ainda não conseguiu sair da crise. “Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE), a última recessão durou 11 trimestres – entre o segundo trimestre de 2014 e o quarto trimestre de 2016.
A partir do primeiro trimestre de 2017, a economia brasileira teria iniciado um ciclo de expansão que, contudo, mostra-se muito fraco. O PIB segue 4,8% abaixo do que era há 21 trimestres, enquanto a indústria se reduziu 12% na mesma comparação”, diz o Fato Econômico. “Como o crescimento médio do PIB desde o primeiro trimestre de 2017 é de apenas 0,4% ao trimestre, seriam necessários 11 trimestres – quase três anos – para retomarmos o nível de atividade do início de 2014, caso esse ritmo se mantenha.”
A indústria está especialmente preocupada com o baixo nível de investimentos. “Mesmo com a melhora no segundo trimestre de 2019, o investimento segue 24,7% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2014”, alerta a CNI. “O longo período de baixo investimento traz preocupações sobre possível obsolescência de parte da capacidade instalada e preocupações adicionais sobre a competitividade da indústria, tendo em vista o avanço das tecnologias de automação e troca de dados na produção”, avalia a CNI.
EXPANSÃO DE 0,7% - O Fato Econômico destaca que, conforme os dados do IBGE, a indústria saiu da recessão. O setor cresceu 0,7% no segundo trimestre em relação ao período imediatamente anterior. O crescimento, que vem depois de dois trimestres consecutivos de queda do PIB Industrial, é resultado da expansão de 2% da indústria de transformação e de 1,9% da construção. “O crescimento trimestral da indústria da construção é o maior em cinco anos”, destaca a publicação.
Depois da queda de 7,5% no primeiro trimestre, a indústria extrativa recuou 3,8% no segundo trimestre, especialmente em razão do rompimento da barragem em Brumadinho e suas consequências, como a paralisação de outras unidades de mineração em Minas Gerais.
“Os dados sugerem que há uma reação positiva que deve se potencializar com os avanços que tivemos de junho para cá com a reforma da Previdência, as privatizações, a medida provisória da Liberdade Econômica, a redução dos juros e, mais recentemente, em relação à reforma tributária”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
“A consolidação desse ambiente mais favorável deve se refletir em maior confiança, mais investimento e consumo das empresas e das famílias, de tal modo que, para 2020, há expectativas de um crescimento mais expressivo do que os 0,9% esperados para este ano”, completa Castelo Branco.
SAIBA MAIS: Acesse a página de Estatísticas do Portal da Indústria e conheça as pesquisas da CNI.
| CNI (publicado em 30-08-2019) | | | | CNI, federações da indústria e associações industriais cobram celeridade na remarcação do julgamento e entendem que o retorno de tabela da Esalq é a medida mais adequada até que as ações sejam julgadas
O setor industrial lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar da pauta de julgamentos do dia 4 de setembro as três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) que tratam do tabelamento do frete.
Autora de um dos processos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera que o STF remarque com celeridade uma nova data para que as ações sejam julgadas. Na ADI 5.964, a CNI pede que o tabelamento seja declarado inconstitucional, sob o argumento de que viola os princípios da livre iniciativa, da livre concorrência e de defesa do consumidor, por provocar prejuízos na forma de aumento dos preços finais de produtos.
A continuidade do tabelamento contribui para a manutação do ambiente de insegurança jurídica, fator que afasta investimentos, que, no atual cenário, são tão importantes para a retomada da atividade econômica e a consequente criação de postos de trabalho.
Na avaliação da CNI, a demora em julgar as ações levará ao aprofundamento dos problemas enfrentados tanto por caminhoneiros autônomos quanto por embarcadores, já que a política de preços mínimos trouxe distorções para a economia. O adiamento da decisão consolidará ainda mais a tendência iniciada no ano passado de verticalização do transporte de cargas em indústrias, por meio da compra de frota própria de caminhões.
O setor industrial tem a convicção de que o principal caminho para a reversão do difícil cenário enfrentado por caminhoneiros continua sendo a retomada do crescimento econômico, com o incremento da demanda. No entanto, nas negociações entre embarcadores e caminhoneiros autônomos, conduzidas pelo Ministério da Infraestrutura, a CNI, as federações estaduais da indústria e as associações industriais se comprometeram a adotar medidas voltadas para a redução das distorções do mercado, como o aumento da contratação direta de caminhoneiros autônomos e o incentivo ao cooperativismo.
Diante do adiamento do julgamento, é imprescindível que o governo reverta a suspensão da Resolução 5.849/2019 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), conforme anunciado em reunião entre embarcadores e caminhoneiros, o que significará o retorno da tabela do frete elaborada pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP). Ainda que indesejável na medida em que a sua adoção é obrigatória, a indústria avalia que a metodologia utilizada nesta tabela traz critérios técnicos e mais próximos da realidade do mercado.
| CNI (publicado em 30-08-2019) | | | | Representantes de federações e confederações só iniciaram tratativas após confirmar que haveria maioria
Facada É baixa a chance de fracassar o acordo anunciado na sexta (30) pelo governo para reduzir a contribuição aos caixas do sistema S, segundo um dos protagonistas do acerto pelo governo. Embora ainda falte aprovação pelos conselhos das entidades, a expectativa é de êxito porque seus representantes só teriam iniciado as tratativas após confirmar que haveria maioria.
Cabeça baixa Entre as federações e confederações, houve resistência. Mas acabaram convergindo porque lideranças importantes concluíram que seria melhor chegar a um acordo do que ficar em atrito com o governo, de acordo com a avaliação de quem participou das negociações.
Cicatriz Em discurso na Firjan em dezembro do ano passado, Paulo Guedes, ainda antes de assumir seu posto no ministério da Economia, defendeu os cortes com a famosa frase de que seria preciso “meter a faca” no sistema S.
Afiado Ainda nesta sexta, Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Sesi-SP, foi recebido por Paulo Guedes. Minutos antes de entrar na reunião, ao ser questionado pela coluna sobre qual assunto trataria, ele ironizou. Disse que, com o ministro da Economia, só poderia falar sobre economia.
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-09-2019) | | | | Advogada afirma também que proibição de reserva em dólar pelas empresas pode afetar comércio exterior
Com o controle da saída de dólares da Argentina, anunciado pelo governo Mauricio Macri neste domingo (1º), o envio de dividendos de empresas brasileiras no país vizinho de volta ao Brasil fica ameaçado, segundo especialista em comércio exterior ouvida pela Folha.
De acordo com a advogada Carla Junqueira, sócia do escritório Mattos Engelberg, a medida traz entre seus pontos a necessidade de uma autorização do banco central argentino para a remissão de lucros para fora do país.
"Quando você investe um capital em um determinado país, você busca o lucro. Então se eu tenho uma empresa brasileira e investi na Argentina, eu quero trazer o lucro lá de fora de volta para o Brasil. E agora para trazer você precisa de uma autorização prévia do Banco Central."
"Isso é muito importante, porque o maior temor do investidor estrangeiro em qualquer país é não poder remeter dividendo", diz.
Na sexta-feira (30), o banco central argentino já havia anunciado que os bancos deverão pedir autorização para remeter lucros ao exterior. A intenção da autoridade monetária é dar liquidez ao sistema financeiro em momento de fuga do peso.
A especialista alerta ainda que a medida dificultará a vida de executivos brasileiros que estão no país porque eles também terão limitações para enviar dinheiro para fora.
“Agora as pessoas físicas não podem comprar mais de US$ 10 mil por mês e nem podem transferir fundos para o exterior ultrapassando esse valor. Você imagina um diretor que tem que pagar algo no Brasil e não pode. Ele terá R$ 40 mil por mês e acabou.”
Além disso, a advogada lembra que as empresas não poderão fazer reserva de caixa em dólares. O que, segundo a especialista, atrapalha os negócios em um país em que a moeda local sofre constantes desvalorizações.
"Toda empresa precisa de uma reserva de fluxo de caixa, para poder pagar os funcionários e fornecedores nos meses em que houve um mau faturamento. Em geral, as empresas argentinas fazem esse caixa em dólar porque o peso vem perdendo muito valor de mês a mês", diz.
Esse impedimento de novas reservas em dólar, junto da forte variação do peso, vai afetar as importações do país, mesmo o texto da medida afirmando que não haverá restrições ao comércio exterior, afirma a especialista.
"Certamente vai impactar, por que quem lá fora vai querer receber em peso? Então quando você for pagar a importação, você vai ter que fazer o câmbio do peso para o dólar, e nessa hora o dólar pode estar 80, 90, 100."
"Imagina isso em uma importação de US$ 1 milhão? O impacto é muito alto."
A advogada afirma que não cabe judicialização da medida porque é um decreto de ordem pública e de necessidade de urgência.
"Não tem muito o que fazer, as empresas vão ter que se adaptar a essa realidade."
| Folha de S. Paulo (publicado em 01-09-2019) | | | | País com quem o governo Bolsonaro anda às turras investiu R$ 35,6 bilhões no segundo trimestre do ano
A França, com quem o governo Bolsonaro anda às turras, investiu US$ 8,6 bilhões (R$ 35,6 bilhões) no Brasil no segundo trimestre deste ano. E é líder no ranking de investimento estrangeiro direto no país, que inclui EUA, China, Japão e Itália.
Até o final da década passada, os valores mais expressivos vinham dos EUA. Entre 2010 e 2017, a China entrou no páreo e passou e se alternar na posição de maior investidor. A partir de 2018, houve um crescimento dos franceses e italianos.
SOMA
No levantamento, feito pelo Ministério da Economia, são computados fusões e aquisições, construção de novas instalações, reinvestimento de lucros e empréstimos.
| Folha de S. Paulo | | | | Steven Neil Kaplan defende salário de CEO e brinca que dinheiro é mais importante que sua mãe
O professor Steven Neil Kaplan, chefe do centro de empreendedorismo da Universidade de Chicago, é um defensor ferrenho do livre mercado. Ele não tem receio de fazer afirmações polêmicas, como dizer que os ricos são que os mais perdem durante uma recessão.
“O mercado de ações colapsa e as pessoas perdem seus empregos. Se as ações caírem 30%, o patrimônio dos mais ricos cai 30%, enquanto os mais pobres recebem o apoio da rede de proteção do Estado. Os mais afetados, portanto, são os ricos”, afirmou à Folha.
Kaplan, que esteve no Brasil a convite do banco Rothschild para uma conversa com lideranças do mercado de capitais, também afirma que os CEOs das grandes empresas, que recebem US$ 15 milhões por ano, não ganham mais do que deveriam.
“É óbvio que não estou dizendo que ganham pouco. Todavia, se fizermos uma comparação com outras profissões bem remuneradas, não é tão diferente assim. Um bom CEO é muito valioso para uma empresa”.
Ele também brinca que tem uma regra que compartilha com seus estudantes que querem ser empreendedores de sucesso: “o dinheiro é mais importante do que a sua mãe”.
“Você pode ser bem sucedido sem sua mãe, mas uma empresa não sobrevive sem caixa”, explica.
O segundo ponto é que os alunos acham mais empolgante trabalhar numa startup do que numa grande multinacional. Existem diversos exemplos de pessoas que fizeram fortuna no Google, Facebook, Uber etc.
Por fim, se você se engajar numa startup e não der certo, é só partir para a próxima.
Em alguns países, falhar é como uma marca negra. Não é assim nos Estados Unidos.
Por exemplo: meu filho é engenheiro de software e acabou de se graduar. Ele fez um estágio de verão no Facebook, mas achou muito grande e burocrático e preferiu ir para uma startup.
E, além de tudo, há muito dinheiro indo para as startups.
Mas não é fácil criar uma empresa vencedora. Quais são as características de um empreendedor de sucesso? O mais importante é ter um modelo de negócios que faça sentido. Se não houver demanda do consumidor pelo seu produto, esqueça. A partir daí, o que faz um bom empreendedor —e isso é verdade também para CEOs— é a capacidade de tomar decisões, a persistência, a rapidez, a habilidade para atrair bons profissionais e a capacidade de delegar funções.
Fico pensando em meus alunos que se tornaram empreendedores de sucesso. Eles tiveram uma boa ideia e foram capazes de executá-la. Agora, se a ideia for ruim, nem mesmo a melhor execução será capaz de ajudar.
E quais são os principais erros que um empreendedor comete? Em primeiro lugar, óbvio, escolhem o negócio errado. Se não fizer sentido, você vai bater a cabeça na parede. Em seguida, tenho uma frase que sempre repito para os meus alunos: o dinheiro é mais importante que a sua mãe.
O que isso significa? Calcule quanto capital você vai precisar e esteja seguro de que não vão faltar recursos. Já vi empresas que estavam indo bem, mas não levantaram capital e foi tudo por água abaixo.
Só não entendi a analogia com a mãe (risos)... Você pode ser bem sucedido sem sua mãe, mas uma empresa não sobrevive sem caixa. Minha mulher sempre fala que não posso dizer isso porque não é politicamente correto, mas funciona. Meus alunos não esquecem (risos).
Outro equívoco importante que os empreendedores cometem —e talvez esse seja o pior de todos— é não entender o consumidor. Na nossa escola, orientamos os estudantes a ir a campo para conhecer quem é o seu cliente e do que ele realmente precisa.
O senhor disse que tem bastante dinheiro indo para startups, mas poucas empresas têm acesso ao fundos de capital de risco [venture capital] e ainda menos companhias conseguem abrir o capital. Por quê? Para abrir um negócio, muitos empreendedores nos Estados Unidos têm acesso ao chamado “investidor anjo”, que é um dinheiro até barato de conseguir. É só quando chega o momento de elevar a escala que precisam acessar fundos de capital de risco.
Hoje não temos tanto dinheiro disponível quanto nos anos 90, na época da bolha da internet, mas a quantidade é razoável. As empresas conseguem de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões para os estágios iniciais e a situação só fica mais complicada nas últimas rodadas, quando precisam de US$ 100 milhões.
Os banqueiros costumam acertar quais startups serão bem sucedidas? É muito difícil acertar a empresa, escolher o time certo e fazer frente à competição de outras startups. Mesmo depois de uma análise cuidadosa dos números do negócio, metade dos investimentos dos fundos de capital de risco nos EUA perdem dinheiro.
A questão é que as apostas que dão certo mais que compensam as perdas. Logo o desempenho dos fundos de capital de risco tem sido melhor do que o mercado de ações. Esses fundos aprenderam com o estouro da bolha da internet e sua performance tem sido, em média, muito boa desde 2008.
Mesmo a crise global, detonada pela quebra do Lehman Brothers, não os afetou tanto assim. Alguns dos grandes vencedores atuais, como Uber ou Airbnb, foram financiados nessa época.
Na sua avaliação, uma startup pode surgir em um país como o Brasil, que tem infraestrutura ruim, muita burocracia e impostos excessivos? Tenho a percepção de que o Brasil tem startups e fintechs indo muito bem. O aplicativo de táxi 99, que foi fundado por um ex-aluno meu, teve uma ótima performance.
É evidente que seria melhor se houvesse menos regulação, impostos mais baixos, e se fosse mais simples contratar e demitir pessoas. Numa startup, às vezes é preciso demitir gente se houver algum soluço no negócio.
O senhor escreveu um artigo mensurando o número de pessoas que ficam ricas por herança e por empreendedorismo. Atualmente, o que é mais comum? Fizemos uma análise dos 400 indivíduos mais ricos conforme o ranking da revista Forbes nas últimas três décadas. A partir de 2011, é muito mais comum as fortunas serem resultado de empreendedorismo.
Jeff Bezos [fundador da Amazon] não nasceu rico. Steve Jobs [fundador da Apple] não nasceu rico. Os meninos do Google [Larry Page e Sergei Brim] não nasceram ricos. Bill Gates [Microsoft] veio da classe média alta, mas não era rico.
Mesmo fora do mundo da tecnologia, Sam Walton [Walmart] não nasceu rico, embora seja verdade que seus filhos herdaram o império. Nas finanças, temos KKR, Carlyle, Blackstone —os fundadores desses fundos podem ter tido acesso a uma boa educação, mas não eram bilionários.
E isso é resultado da tecnologia e da globalização, que permitiram que as empresas ganhassem uma escala impressionante, gerando novas fortunas. Isso também é verdade em outros países como a China.
O senhor já disse que “se quiser reduzir a desigualdade, coloque a economia em recessão, mas, se o seu objetivo for uma economia em crescimento, a desigualdade vai aumentar”. Pode explicar melhor? É a verdade. Quando ocorre uma recessão, o mercado de ações colapsa e as pessoas perdem seus empregos. Se as ações recuarem 30%, o patrimônio dos mais ricos cai 30%, enquanto os mais pobres recebem o apoio das redes de proteção do Estado. Os mais afetados, portanto, são os ricos.
Recessões são ruins para todos, mas a desigualdade diminui. Por outro lado, se a economia vai bem, a desigualdade aumenta porque o mercado de capitais decola.
Na sua opinião, os CEOs das grandes empresas tem salários abusivos? Não. É óbvio que não estou dizendo que ganham pouco. Todavia, se fizermos uma comparação com outras profissões bem remuneradas, não é tão diferente assim.
Hoje os CEOs das empresas que fazem parte do indicador S&P 500 ganham cerca de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões por ano. É muito, mas é menos do que recebiam no início dos anos 2000, se ajustarmos pela inflação. Essas empresas têm cerca de 20 mil a 30 mil empregados. Administrar essa quantidade de pessoas não é fácil.
Agora vamos compará-los com advogados de renomadas firmas de advocacia. Nos EUA, esses advogados ganham, em média, US$ 3 milhões a US$ 4 milhões. Os mais qualificados recebem US$ 7 milhões a US$ 8 milhões. Existem milhares desses advogados. E ainda temos contadores, banqueiros de investimento etc.
Um bom CEO é muito valioso para uma empresa cujo valor do mercado é de centenas de milhões de dólares. Já estive no conselho de algumas empresas e posso atestar que faz uma enorme diferença para as companhias.
As pessoas que dizem que a remuneração de um CEO não é determinada pelo mercado, que acreditam que eles ganham muito porque manipulam seus conselhos de administração, estão equivocadas.
Outra coisa que as pessoas esquecem é que as empresas estão mais lucrativas hoje. Nos EUA, a relação entre o lucro das empresas e o PIB bateu recorde. Se estivessem pagando mais do que deveriam aos seus CEOs, isso não seria verdade.
Muitos estudos mostram que a desigualdade cresceu nos últimos anos. Na sua avaliação, é um problema? Essa questão é muito complicada. É preciso ser cuidadoso. Desde 1998, quando esse fenômeno começou, é inacreditável a queda do número de pessoas que passavam fome.
Naquela época, mais de 25% da população global vivia abaixo da linha da pobreza. Agora são menos de 10%. Toda essa mudança tecnológica e a globalização foram fantásticas para o mundo. Isso é ótimo. E as pessoas esquecem isso.
A verdade é que houve uma grande redução da desigualdade entre países. China e Índia foram importantes beneficiárias desse fenômeno, mas não foram as únicas.
Também é verdade que a desigualdade dentro dos países cresceu. Por isso, aumentou o populismo ao redor do mundo com Donald Trump, Brexit etc. A classe média não foi tão bem quanto as pessoas que estão no topo da pirâmide.
Precisamos de uma rede de proteção eficiente que não desperdice dinheiro, mas ajude essas pessoas.
Agora, se você me perguntar se eu prefiro voltar atrás e trocar a queda da fome no mundo pela solução desse problema, minha resposta é, absolutamente, não.
Qual é então a solução para os chamados órfãos da globalização? Se eu soubesse, estaria concorrendo à Presidência. O que eu sei —e neste ponto estou muito alinhado com o pensamento tradicional da Universidade de Chicago— é que a resposta não é mais regulação.
| Folha de S. Paulo | | | | Associação dos profissionais diz que atual gestão foi arrogante em acordo coletivo
Carta Funcionários dos Correios estavam evitando falar em greve, apesar do aborrecimento com o avanço nas intenções de privatização. Mas não durou uma semana. Maria Fulginiti, presidente da Adcap (associação dos profissionais), escreveu comunicado neste final de semana dizendo para a atual gestão que a arrogância no trato do acordo coletivo os levará a cruzar os braços.
Contas “A fatura pode sair cara, pois cada dia de paralisação custará aos Correios mais de R$ 5 milhões”, disse Fulginiti. Trocar a gestão é uma das saídas que a Adcap propõe.
Pare Dentro do governo, a avaliação é que uma eventual greve de carteiros não compromete o esforço em curso para a privatização. Segundo um dos envolvidos, a ideia é bater na tecla de que a estatal tem 50 mil funcionários em excesso e traumas históricos de corrupção e ineficiência.
| Folha de S. Paulo | | | | Quadro representa um custo adicional de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos
Energia elétrica
Segundo a Aneel, a bandeira vermelha deve-se à permanência do quadro de estiagem na previsão hidrológica para o mês, com vazões abaixo da média histórica, o que impacta a geração de energia no país
As contas de luz terão bandeira tarifária patamar 1 em setembro, mesmo nível vigente em agosto, o que representa um custo adicional de 4 reais para cada 100 quilowatts-hora consumidos, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira.
Segundo a Aneel, a bandeira vermelha deve-se à permanência do quadro de estiagem na previsão hidrológica para o mês, com vazões abaixo da média histórica, o que impacta a geração de energia no país, que vem predominantemente de hidrelétricas.
Com isso, é exigido um maior uso do parque de termelétricas, cuja produção é mais cara, o que leva ao acionamento do mecanismo das bandeiras tarifárias.
As bandeiras geram cobranças adicionais junto aos consumidores quando saem do verde para o patamar amarelo ou vermelho, o que acontece quando há redução da oferta de energia.
A bandeira vermelha voltou a ser aplicada em agosto após 10 meses.
| DCI (publicado em 30-08-2019) | | | | A conta de luz dos brasileiros, que já tinha aplicação da bandeira vermelha em seu patamar 1 em agosto seguirá no mesmo patamar em setembro, segundo divulgou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Assim, serão cobrados R$ 4 a mais a cada 100kWh consumidos.
Ainda assim, a bandeira vermelha patamar 1 não é o maior valor de cobrança da conta, já que existe o patamar 2 dessa mesma taxa tarifária, que acrescenta R$ 4,5 a cada 100kWh consumidos.
De acordo com a agência, as secas nas principais bacias hidrográficas do país exige a manutenção do funcionamento das usinas termoelétricas, o que encarece a tarifa de luz. “A previsão hidrológica para o mês sinaliza permanência do quadro de estiagem, com vazões abaixo da média histórica. Esse cenário requer a manutenção de parcela relevante da oferta de energia sendo atendida por meio de acionamento do parque termelétrico, influenciando o valor do preço da energia”, decretou o órgão em comunicado.
| Tribuna PR (publicado em 01-09-2019) | | | | Grandes gestores, como Softbank e TCV, devem levar a novo salto no mercado
Alheio à lenta retomada da economia, o mercado para investimentos em startups segue em expansão.
O setor partiu de um total investido pelos fundos de venture capital (capital de risco) de R$ 1,2 bilhão em 2015 e deve chegar a R$ 6,8 bilhões neste ano, segundo dados da ABVCAP (associação que reúne fundos do tipo). A base de comparação pequena ajuda na alta acelerada do setor.
Pedro Sirotsky Melzer, sócio da gestora e.Bricks, diz ver esse avanço como resultado da maturação do mercado, de um lado, e da queda de juros básicos da economia, por outro. A taxa Selic era 14,25% ao ano em 2015 e agora está em 6%, com perspectiva de novas reduções e de que esse patamar historicamente baixo permaneça por algum tempo.
Segundo o executivo, quando ele iniciou neste mercado, no início da década, não era claro se profissionais talentosos iriam se interessar por abrir startups. Agora, após casos de sucesso como 99, Nubank e Gympass, o mercado já se mostra atraente para executivos bem qualificados, diz.
Pedro Sirotsky Melzer, da gestora e.Bricks - Karime Xavier/Folhapress
Daniel Chalfon, sócio da gestora Astella, diz que a queda dos juros faz com que grandes investidores sejam levados a procurar investimentos alternativos, de longo prazo e com menos possibilidade de resgate antecipado. Essas condições tendem a ampliar o potencial de retorno.
O patamar dos investimentos no Brasil também mudou, principalmente em 2019, com a chegada do grupo japonês Softbank ao mercado.
Em poucos meses, a companhia fez grandes aportes nas empresas Loggi (US$ 150 milhões ou R$ 621 milhões) e Gympass (US$ 300 milhões ou R$ 1,2 bilhão). Já o Nubank recebeu US$ 400 milhões (R$ 1,7 bilhão) do fundo americano TCV, primeiro deles no Brasil.
"Antes, quando um empresário recebia uma proposta de R$ 100 milhões, ele vendia sua empresa. Agora, há a possibilidade de permanecer no negócio por mais tempo e buscar um crescimento maior", diz Chalfon, que está no mercado desde 2008.
Humberto Matsuda, conselheiro da ABVCAP, diz que os fundos estrangeiros vêm se interessando pelo Brasil porque, nos últimos anos, foi construída uma estrutura de investimentos para iniciar negócios no país. Isso permitiu que startups brasileiras alcançassem um tamanho atrativo para investidores internacionais.
Pequenos investidores, porém, também são atraídos pela possibilidade de aplicar dinheiro em empresas novatas. Para eles, o caminho são plataformas que permitem aportes a partir de R$ 100.
Reguladas pela CVM desde 2017, existem 24 plataformas que oferecem o serviço, que inclui seleção das startups, disponibilização de suas propostas e apoio no relacionamento após o investimento.
O valor captado por meio desses serviços foi de R$ 12,8 milhões em 2017 para R$ 46 milhões no ano passado.
Assim como grandes investidores penam para conseguir fazer o dinheiro render, o pequeno poupador também busca alternativas em cenário de juros baixos.
A ideia das plataformas é permitir o acesso de pessoas comuns a aplicações em startups, mesmo que elas tenham valores baixos para investimento nesse mercado. Na Organismo Brasil, por exemplo, é possível aplicar R$ 100.
Wesley Café Calazans, 22, formado em arquitetura, investiu em quatro startups a partir da plataforma Kria, usando parte do dinheiro que ganhou como estagiário.
Em cada aplicação foram R$ 500, que também é o valor mínimo exigido na plataforma. Entre seus investimentos estão uma fintech (empresa que usa tecnologia para inovar no setor financeiro), na própria Kria e um bar especializado em cervejas artesanais.
Ele diz que se interessou por investimentos em novas empresas por ter visto que muitas startups têm crescido e se valorizado, o que permitiria um bom retorno para quem colocou dinheiro nelas no início.
"Como dá para investir com pouco, sem se arriscar tanto, acho legal. Coloco sempre o valor mínimo, para diversificar, pois sei que elas correm o risco de falir", diz.
Brian Begnoche, sócio da plataforma de investimentos EqSeed, diz que a maior parte dos investidores são empresários que já tiveram sucesso em outras empresas, profissionais do mercado financeiro e executivos que usam o investimento em startups para conhecer sobre inovação em seus setores de atuação.
Segundo especialistas, startups são investimento de risco e devem ocupar apenas uma pequena fração do portfólio de investimentos.
Isso porque há o risco de que o investidor perca o que aplicou, caso a empresa não dê certo. Há também a dificuldade de repassar a participação na empresa a outro investidor, caso precise do dinheiro.
Em geral, ganha-se nesse mercado quando um fundo de investimento ou uma empresa grande compra ações da startup, o que costuma levar anos.
| Folha de S. Paulo (publicado em 31-08-2019) | | | | Apenas 27% querem usar a modalidade do saque-aniversário
Menos da metade dos brasileiros que têm conta ativa ou inativa do FGTS, 45%, pretende sacar até R$ 500 do fundo, segundo pesquisa do Datafolha. De acordo com o levantamento, 52% não querem retirar o dinheiro e 2% não sabem.
O saque começa no dia 13 de setembro para quem tem conta na Caixa Econômica.
Para quem não tem, o saque será de acordo com a data do aniversário, a partir de outubro, para os nascidos em janeiro e fevereiro.
Dentre as pessoas com conta, a disposição para sacar até R$ 500 é maior entre os desempregados que estão procurando trabalho (63%) e freelancers (62%).
Já para a regra que entra em vigor em 2020, que permite retirar um percentual do fundo todos os anos —o chamado saque-aniversário—, a adesão é menor.
Apenas 27% dos entrevistados com contas querem usar a modalidade, 67% não querem e 6% não sabem.
As donas de casas são as mais inclinadas a adotar o modelo de saque-aniversário (45%), dentre as pessoas com conta ativa ou inativa.
Nascidos em janeiro e fevereiro poderão sacar de abril a junho de 2020. Os nascidos em março e abril, de maio a julho de 2020, e assim por diante, até fevereiro de 2021.
O levantamento do Datafolha foi realizado entre 29 e 30 de agosto de 2019, com 2.878 entrevistados acima de 16 anos, em 175 municípios de todas as regiões do país.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa apontou ainda que a maioria dos brasileiros, 61%, não tem conta ativa ou inativa do FGTS —apenas 36% têm e 3% não sabem.
A parcela de entrevistados com conta é maior para homens, 41%, do que para mulheres, 31% —há mais homens do que mulheres no mercado de trabalho.
A taxa também é mais alta entre pessoas de 25 a 34 anos (52%) e 35 a 44 anos (47%). Já o menor índice se encontra entre os brasileiros acima de 60 anos (13%) —uma das opções para saque de todo o FGTS é na aposentadoria.
O Nordeste e o Norte são as regiões com a menor parcela de pessoas com contas, 25% e 26%, respectivamente, regiões em que a informalidade é maior do que no restante do país.
O índice aumenta de acordo com a escolaridade. Entre brasileiros com ensino fundamental, é de 23%, taxa que passa para 49% para os com nível superior.
Também segundo o IBGE, o desemprego é menor entre os mais escolarizados.
Por outro lado, os mais pobres são os que menos têm contas do FGTS —apenas 28%, entre brasileiros com renda familiar mensal menor que dois salários mínimos.
| Folha de S. Paulo | | | | O ouro fechou o mês de agosto como o ativo de maior valorização no mercado financeiro. O crescimento em relação a julho foi de 17,95%, bem acima do segundo colocado, o dólar, que subiu 8,46% no período. No acumulado do ano, o metal segue na liderança, com alta de 34,13%.
A subida acompanhou o mercado internacional, onde o ativo atingiu a maior cotação desde 2013 para os contratos futuros, sendo negociado a US$ 1.527,80 a onça-troy (unidade de medida americana que corresponde a 31,1035 gramas) para o mês de dezembro. Quem quiser aproveitar essa valorização para melhorar os rendimentos, porém, pode chegar atrasado.
“O investidor sempre é atraído pelo que subiu. O que o faz comprar na alta e vender na baixa, ao contrário do que deveria acontecer. Hoje, o ouro é um investimento arriscado, porque já se valorizou. Logo, não dá para dizer se vai continuar nesse movimento ou não”, diz o administrador de investimentos Fabio Colombo, responsável pelo ranking dos ativos mais rentáveis no mês.
Os especialistas indicam ainda que as condições para que o ouro siga em alta passam por uma relativa piora no cenário internacional. E prever se isso vai acontecer não é tarefa fácil.
“Os bancos centrais do mundo todo têm baixado as taxas de juros para tentar estimular a atividade econômica. Essa receita deu certo após a crise de 2008, mas o mundo mudou muito e ainda contamos com a tensão comercial entre Estados Unidos e China. Não tem como saber se o resultado será o mesmo”, diz Fernando Fridman, responsável pela área de produtos da Ouroinvest.
Extremo
“O queridinho do mundo para se proteger sempre foi o Tesouro americano. Com a curva de juros dos EUA no longo prazo tão baixa, porém, o ouro passa a ser uma opção”, acredita Rodrigo Franchini, responsável pela área de produtos da assessoria de investimentos Monte Bravo. O fenômeno que Franchini observa é o de inversão de curva dos juros pagos aos títulos do tesouro americano. Os papéis com vencimento daqui a dez anos estão com rendimento menor do que os que vencem em dois anos. Esse mecanismo é visto como um sinal de que os investidores projetam crescimento econômico fraco no futuro e inflação baixa.
Nesse contexto, a fuga para o ouro acontece sem perspectivas de ganho, mas sim de proteção contra grandes oscilações do mercado, um processo conhecido como hedge. “Como o ouro não está ligado diretamente a nenhuma economia, recorre-se a ele nesses momentos”, diz Franchini.
O investidor pode olhar o desempenho desse ativo como um termômetro do mercado, que, para os especialistas, se encontra em estado de atenção. “Ouro é para quando o mundo está em guerra. Hoje estamos em sinal laranja, entre o amarelo e o vermelho, para o mercado financeiro”, explica a consultora de investimentos da Órama Sandra Blanco. Ela lembra que, fora desses momentos de muitas incertezas em relação à desaceleração global, o ouro é um ativo que não rende ou se valoriza. “Ele estava parado desde 2013, só recuperou o valor agora.”
Custa caro
Como se trata de uma commodity, que não paga dividendos nem rende juros, o ouro pode custar caro para a carteira do investidor comum. “Ouro não é investimento, é reserva de valor”, diz o planejador financeiro Michael Viriato. Ele explica que o ativo só é uma opção viável para a carteira de investidores com nível de diversificação global, que separam uma pequena parte de seus montantes para esse metal.
“O investidor menor pode ter ganhos nessas janelas de insegurança, mas isso é para investidores que focam em negociações de curto prazo mais arriscadas.” Ele comenta que, como o mercado de ouro tem poucos investidores, as negociações mudam rapidamente seu preço e, para ganhar dinheiro, é preciso antecipar esses movimentos. “Os gestores profissionais de fundos conseguem aproveitar essas oportunidades com mais eficiência”, afirma Viriato.
| Tribuna PR | | | | O diretor de investimentos do Itaú Unibanco, Cláudio Sanches vem recomendando o investimento em ações na Bolsa de Valores desde o começo do ano. Segundo ele, as ações têm muito o que se beneficiar de um cenário interno favorável, que tende a ficar ainda mais interessante caso o mundo, de fato, cresça menos daqui para a frente.
Mas o problema é que o cenário que Sanches havia traçado não contava com o agravamento da crise argentina, com uma guerra comercial tão prolongada entre Estados Unidos e China, nem com as recentes polêmicas criadas por Jair Bolsonaro com países europeus. “As coisas são assim, elas acontecem, e a gente adaptou um pouco nosso cenário. Mas a Bolsa continua sendo nossa principal recomendação para 2019”, disse o executivo.
A Bolsa, que vem recebendo fortes recomendações de investimento, foi a pior aplicação em agosto. O que dizer ao investidor agora?
Continuamos apostando em Bolsa. Acho até bom que a Bolsa caia em um determinado mês para que as pessoas não se esqueçam que esse é um investimento que oscila. Mas a Bolsa continua sendo a nossa principal recomendação.
Depois de toda oscilação de agosto, vocês reduziram o peso das ações na recomendação?
Sim. Temos quatro perfis de investidores: conservador, moderado, arrojado e agressivo. Para cada um deles tem um pedaço de Bolsa. Estamos pedindo para investirem em um fundo de renda variável e não necessariamente na Bolsa, já que aplicar diretamente em ações exige um acompanhamento muito de perto. Para o cliente mais conservador, tiramos a renda variável como principal recomendação e, no lugar, colocamos fundos multimercado que ainda tenham renda variável, mas que tenham por trás um gestor que consiga se defender nesse momento de oscilação. Para os outros perfis nós continuamos tendo a renda variável como sendo o principal. Tem espaço para a Bolsa subir até o final do ano.
Vocês ainda esperam o Ibovespa com 130 mil pontos neste ano?
Diria que hoje estejamos mais com 120 mil do que 130 mil pontos (o relatório mais recente do banco projeta a Bolsa a 125 mil pontos no final do ano).
O que atrapalha mais o nosso mercado: Donald Trump ou Jair Bolsonaro?
(Risos) A volatilidade está vindo muito mais de fora do que de dentro. Há no Brasil um Congresso atuante como talvez nunca tenhamos visto, engajado em fazer reformas e mudanças econômicas. No cenário externo, a guerra comercial de Trump com a China gera muito mais volatilidade do que de fato direciona o preço dos ativos para um lado ou para o outro. Eu diria que é um problema muito mais no caminho do que no (preço) final.
Qual a avaliação sobre o futuro da economia e os impactos da política econômica do atual governo nos preços dos ativos?
No momento em que você tem reformas econômicas andando, inflação bastante controlada e uma taxa de juros básica que, espera-se, pode chegar a até 5% no final do ano, isso é muito positivo. Estamos falando de um possível juro real de 1%. Com isso, o cliente terá de tomar risco e o que está acontecendo agora é uma transformação dos clientes para buscar esse risco.
O que pode atrapalhar esse cenário positivo?
A economia precisa crescer. O Brasil não tem uma quantidade de ativos suficientes para atender a toda a demanda que possa surgir. O crescimento fará as empresas emitirem debêntures, trará mais ações ao mercado. Se isso não acontecer, não vamos conseguir gerar produtos que entreguem rentabilidade com risco adequado. Outra coisa que pode atrapalhar é ter no cenário internacional algum estresse muito grande, que saia do jogo Estados Unidos e China e passe para alguma coisa que, de fato, se torne real.
E a crise Argentina?
O mercado brasileiro reagiu com tranquilidade à declaração de reestruturação da dívida da Argentina. Um eventual impacto na economia brasileira pode ocorrer caso a crise na Argentina aumente a percepção de risco sobre os mercados emergentes em geral, mas esse não é o nosso cenário base.
O ouro fechou o mês com uma valorização próxima de 18%. Quem não comprou ouro ainda tem tempo para comprar ou a oportunidade já passou?
Aqui no Itaú não temos uma classe de recomendação de ouro. Esse é o tipo de ativo que as pessoas investem quando está tudo muito ruim. Acho que investir diretamente em contratos de ouro é para aquele cliente agressivo e que acompanha muito bem mercado. Se o mercado de ações é complexo, o mercado de commodity é ainda mais complexo.
O ministro Paulo Guedes disse que pretende acabar com a isenção para LCI (letra de crédito imobiliário) e LCA (letra de crédito agrícola). Isso sacramenta o fim desses investimentos?
Sem o benefício fiscal (da isenção do imposto de renda), esses produtos viram um CDB. Pensando no investidor, ele não tem nenhuma vantagem em comprar esse produto com o IR incluído. Esse dinheiro vai parar em um fundo DI, pode ir para o CDB, pode ir eventualmente para um crédito corporativo.
Qual o futuro da renda fixa no País?
Se o Brasil de fato voltar a crescer, se o governo encontrar o equilíbrio financeiro, a tendência da renda fixa é ficar cada vez menos interessante. No limite, temos o mercado americano, onde a taxa de juros de longo prazo de um produto de renda fixa é 0,25%, coisa pífia. Isso leva as pessoas a buscarem alternativas, basicamente a economia real. Esse é um pouco do discurso que está sendo feito: o investimento da economia real e não no dinheiro parado.
| Tribuna PR | | | | Luis Stuhlberger, dono da Verde Asset Management e gestor do maior fundo multimercado do Brasil, mostra estar surpreso com o que vem acontecendo no Brasil na área econômica. Segundo ele, se fosse perguntado, há seis meses, sobre as chances de o governo aprovar uma reforma da Previdência com economia para os cofres públicos perto de R$ 1 trilhão, diria que a probabilidade era zero.
Para o gestor, também “foi um milagre” a privatização da BR Distribuidora ter acontecido “sem greve, sem bloqueio de entrada”, uma evidência de que “coisas importantes” estão acontecendo na economia brasileira, apesar do estresse recente do mercado.
Em relação à economia global, diz não ter explicação exata para um número maior de governos emitirem papéis com taxa de juros negativa – o investidor que compra esses títulos públicos acaba perdendo dinheiro.
Mas pondera que a tecnologia promove a deflação e a consequente queda dos juros. Com isso, há a tendência de um número maior de pessoas preferirem ativos reais, como ouro e terras, enquanto o dinheiro deve perder valor. Em poucas décadas, diz, uma possível solução seria “um grande Plano Collor mundial”, em alusão às medidas do ex-presidente Fernando Collor de Mello que limitaram saques bancários pela população no início dos anos 90. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Como o sr. avalia esses oito meses de governo na economia?
Se você me dissesse há seis meses que nós íamos aprovar uma reforma da Previdência de quase R$ 1 trilhão (de economia aos cofres públicos), eu ia dizer que a chance era zero. Estão acontecendo coisas importantes no Brasil. O País vai ser solvente, há essa MP (medida provisória) da Liberdade Econômica, as ideias econômicas são boas. Já as outras ideias do governo, obviamente…
O ministro Paulo Guedes, da Economia, vai bem?
Sim. E não é só ele. O (presidente da Câmara, deputado) Rodrigo Maia também.
O sr. acredita na aprovação da reforma tributária?
Não é uma reforma fácil de passar, porque tem conflitos entre setores da economia, mas há muito tempo que a gente não via isso acontecer no Brasil. A privatização de uma BR Distribuidora aconteceu sem greve, sem ataques, sem bloqueio de entrada. Isso é um milagre. Mesmo a reforma da Previdência. Olhando o exemplo dos argentinos, em algum momento, temos de ter crescimento, a volta do PIB, emprego.
Como a crise argentina afeta o Brasil? Mostra que temos de crescer rapidamente?
Não diria rapidamente. A Argentina está numa situação muito ruim há muito tempo. Não se pode comparar o estado da economia brasileira com o da Argentina, com problemas crônicos, porque tem o peronismo desde os anos 50. A economia argentina é muito frágil, é toda dolarizada e sofre com a desindustrialização.
Mas se o Brasil não crescer, como aconteceu lá…
Temos de crescer. Por outro lado, é quase impossível esse governo argentino escapar de um default, de mais inflação, de mais controle cambial. Ou seja, a esquerda na Argentina (que deve vencer as eleições), lá em 2022, será um governo que vai piorar a situação em relação ao que está hoje, não tem como melhorar.
Há um lado bom para a gente, que cria essa imagem de “olha onde a esquerda vai nos levar se voltar ao poder”.
O que fazer para o PIB do Brasil crescer mais?
Acho que o PIB ainda não está nem mostrando seu potencial. Com uma Selic (taxa básica de juros) de 5%, inflação de 3,5% (ao ano), o benefício que teremos é imenso, em termos de desenvolvimento.
O crédito está voltando?
Lentamente. Mas é melhor que seja lentamente, porque todas as coisas que são muito rápidas (podem trazer problema). O Brasil não está crescendo muito porque a capacidade de recuperar o investimento – lembrando que o investimento era feito pelo governo, pelo BNDES, pelas empreiteiras – leva tempo para recuperar. Mas todos os indicadores do Brasil são bons.
As emissões de debêntures incentivadas (papéis de dívidas de empresas pelos quais os investidores não pagam impostos) começaram a ser emitidas com vencimento em 5, 10, 20, esse ano vai ser 50 (anos). As empresas estão se desalavancando (reduzindo seu endividamento), tomando dinheiro no mercado. Os R$ 6 trilhões que estavam no CDI (Certificados de Depósito Bancário, modelo de investimento que perde rentabilidade com a queda nos juros) vão ter de ser investidos.
Por que os juros estão em patamar negativo em um número crescente de países desenvolvidos?
Ninguém tem uma explicação exata, mas entre as razões principais estão a inflação e o crescimento baixos. As pessoas estão usando mais a tecnologia e a tecnologia é deflacionista. E mesmo com a tecnologia, porém, as economias estão gerando empregos.
Os Estados Unidos são a mais forte delas, com a criação de 150 mil vagas por mês. O Japão, por exemplo, tem o desemprego mais baixo do mundo. Há ainda os programas de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês, que é a injeção de uma grande quantidade de recursos na economia), que começaram no Japão em 2002 e se acentuaram após a crise de 2008 na Europa e nos EUA. Esse fenômeno começou a jogar o juro de longo prazo para baixo. Isso era restrito ao Japão, e aí EUA e Europa entraram forte na mesma linha.
Além da política monetária, o que os países desenvolvidos podem fazer para as economias crescerem mais?
Os países emergentes têm de equacionar suas dívidas, mas nos desenvolvidos a situação é diferente. O Japão deve 200% do PIB, mas o juro sobre isso é zero. Aí começa a ter a possibilidade de se usar estímulos fiscais, como os Estados Unidos estão pensando em fazer e a Europa também. Vamos gastar muito mais para fazer a economia crescer e, naturalmente, gastando muito mais, a necessidade de financiamento será maior. Como a gente mesmo compra os nossos títulos, então podemos gastar mais para ter um PIB maior.
Quais ativos comprar neste ambiente de juros negativos?
Os governos vão imprimir dinheiro e vão gastar mais. Os bancos centrais vão comprar títulos, até um dia que as pessoas vão acordar e entender que uma parte muito significativa do dinheiro no mundo é do próprio banco central daquele país. Aí vão se perguntar se o dinheiro vale e se é possível haver aquela teoria: ‘Não quero mais dinheiro, quero ter ativos reais, como o ouro’. No Japão, 43% da dívida está com o banco central, na Europa, é 22% e agora pode ir para 33%.
Quem são os maiores perdedores com os juros negativos?
As famílias mais ricas. Aquele 1%, 2%, 3% da população mundial que tem a riqueza. No limite, para quem não é muito rico, para a classe média mundial, que tem algum dinheiro no banco e algum patrimônio, mas tem dívidas. Então, essas pessoas são beneficiadas por conta dos juros muito baixos. O juro alto, dos rentistas, que foi praticado no Brasil por 26 anos seguidos, favorece os mais ricos. Isso não é tão ruim no curto prazo, porque é expropriado o dinheiro das pessoas ricas. Tem dois jeitos de o mundo resolver os seus problemas fiscais: a conta-gotas, perdendo um pouquinho por ano, ou em um dia. Essa história vai acabar como? Vai acabar num grande Plano Collor mundial.
Como assim?
Um dia o correntista vai acordar e vai ao banco dizer que quer tirar seu dinheiro. Os primeiros ¤ 50 mil ou US$ 50 mil ele leva. O resto vai virar um papel de 100 anos, que pode ser vendido no mercado secundário. Neste dia longínquo, haverá um QE elevado à enésima potência. Todo mundo vai perder: quem tem ouro, terra, bitcoin. Mas a questão é: quem vai ganhar ou perder menos? O dinheiro vai perder quase tudo, como sempre foi na história da humanidade, certo?
| Tribuna PR (publicado em 01-09-2019) | | | | O mercado financeiro melhorou as estimativas para o crescimento da economia brasileira neste ano, com a taxa esperada agora sendo a mais alta desde meados de junho, na esteira de dados que mostraram na semana passada que a atividade surpreendeu positivamente no segundo trimestre.
Analistas consultados pelo Banco Central para a pesquisa Focus agora estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 0,87% em 2019, ante 0,80% uma semana antes. Desde 21 de junho a expectativa de expansão da economia não era tão alta. Naquela data, estava em 0,87%. No dia 19 daquele mês, era de 0,89%.
Para 2020, a previsão foi mantida em 2,10%.
A melhora da economia em 2019 não será puxada pela indústria, já que, para os analistas consultados, o crescimento da produção industrial neste ano se manterá no já projetado 0,08%.
O mercado reduziu as estimativas para a inflação, mas manteve os prognósticos para o juro básico.
O IPCA previsto para 2019 caiu a 3,59% —quarta queda seguida—, ante 3,65% na semana anterior. Já a taxa básica de juros, a Selic, deverá cair a 5,00% ao ano ao fim de dezembro, mesma previsão da semana anterior. Ao fim de 2020, a Selic deverá estar mais alta, em 5,25%.
| Reuters | | | | Reinjeção do combustível em poço de petróleo bate recorde; ANP estuda restringi-la para ampliar a oferta do produto
Apesar do crescimento da produção de petróleo, a oferta de gás do pré-sal vem recuando, resultado de estratégia das petroleiras para ampliar a produção de óleo ou de falta de infraestrutura de escoamento.
O problema entrou no radar de autoridades em um momento em que o governo trabalha para desenvolver o mercado do combustível e reduzir o preço pago por consumidores, em um programa vendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como “choque de energia barata”.
“A prioridade é o petróleo, mas devemos esgotar as possibilidades de produção de gás também”, diz o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), Décio Oddone.
Nos últimos cinco anos, a produção brasileira de petróleo cresceu 14%, e a de gás, 30%. Mas o volume de gás que chega ao mercado avançou apenas 3%, já que parcela cada vez maior da produção tem sido reinjetada nos poços ou queimada nas plataformas.
No primeiro semestre de 2019, segundo dados do MME (Ministério de Minas e Energia), apenas 62% do gás produzido no país chegou ao mercado. É o menor volume desde 2006, quando o ministério passou a divulgar os dados.
O volume de reinjeção de gás atingiu recorde de 37,5 milhões de metros cúbicos por dia em 2019, volume superior à capacidade de importação da Bolívia. A queima do gás disparou 41% em relação a 2018, para 5,3 milhões de metros cúbicos por dia.
Na semana passada, Oddone disse que a ANP vai estudar maneiras para ampliar a oferta de gás, restringindo a reinjeção. Segundo ele, as restrições podem ser impostas durante processo de aprovação dos planos de investimentos.
Ao jogar o gás de volta nos poços, as empresas conseguem extrair mais petróleo dos reservatórios. Além disso, diz o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), o gás do pré-sal tem elevados níveis de gás carbônico e não há hoje como separá-lo em plataformas.
Oddone diz que a reinjeção de gás foi estimulada pela ANP no passado para reduzir a queima de gás nas plataformas, que é uma alternativa mais barata, já que não demanda a construção de tubulações, mas que polui e desperdiça o recurso natural.
Os níveis de queima caíram significativamente desde o início dos anos 2000, mas voltaram a crescer e podem também ser alvo de restrições. “Não queremos queima além do estritamente necessário.”
As empresas alegam que a reinjeção garante maior produção de petróleo e, consequentemente, maior renda governos e prefeituras. E que o gás pode ser utilizado depois. “O gás está lá, pode ser produzido no futuro”, diz o secretário-executivo de Gás Natural do IBP, Luiz Costamilan.
No mercado, porém, há críticas com relação ao descasamento entre a velocidade de implantação das plataformas e a construção de infraestrutura para escoar o gás.
Quarto maior produtor do país e principal polo de crescimento da produção, o campo de Búzios, por exemplo, não está interligado à malha de gasodutos. É o maior queimador de gás do Brasil.
A Petrobras diz que a queima de gás é maior no início das operações das plataformas, quando os equipamentos estão em teste. Mas Búzios só será conectado a um sistema de escoamento em 2021, quando fica pronta a terceira rota de gasodutos do pré-sal.
Até lá a tendência é que permaneça sem entregar gás ao mercado. “Atualmente, a Petrobras está utilizando toda a oferta disponível de gás. Para aumentar a disponibilidade, será necessário o aumento da infraestrutura”, diz a estatal.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 31-08-2019) | | | | O conselho fiscal da Braskem opinou favoravelmente à proposta da administração de pagamento de dividendo mínimo obrigatório e o tema agora será analisado em assembleia geral extraordinária convocada para 3 de outubro.
"Considerando os eventos subsequentes à suspensão judicial da deliberação dos dividendos relativos ao exercício findo em 31.12.2018, a administração da companhia revisou suas previsões, recomendando o pagamento do dividendo mínimo obrigatório previsto na legislação societária", afirma a ata da reunião realizada em 30 de agosto.
O pagamento de dividendos no valor de 2,7 bilhões de reais pela petroquímica foi suspenso em abril, por decisão de um desembargador de Alagoas, em meio a acusações de envolvimento da empresa em um fenômeno geológico ocorrido em bairros próximos à área de extração de sal-gema na capital alagoana.
Em junho, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, suspendeu uma decisão que impedia a Braskem de fazer assembleia para discutir a distribuição de dividendos a acionistas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a entrar com recurso, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rejeitou o pedido e manteve a liberação do pagamento de dividendos.
Também no pano de fundo está Ação Civil Pública contra a empresa proposta pelo Ministério Público Federal relacionada a afundamento e rachaduras no solo em Maceió (AL), que inclui pedido de tutela de urgência para apresentação de garantias idôneas no valor de 20,5 bilhões de reais, além da suspensão de financiamentos e incentivos governamentais.
| DCI | | | | Tribunal Superior do Trabalho (TST) propôs à Petrobras e aos trabalhadores a prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2019 por mais 30 dias a partir de 1º de setembro, enquanto petroleira e sindicatos negociam cláusulas para novo acordo coletivo, informou o tribunal nesta sexta-feira.
A prorrogação fica condicionada à continuidade da mediação pelo tribunal e ao comparecimento dos sindicatos e da empresa às reuniões a serem realizadas no período, explicou o TST em nota.
A empresa e o sindicato têm até segunda-feira para informarem se concordam com a proposta de prorrogação do acordo, que expira ao final deste mês.
O TST disse ainda que os representantes dos sindicatos informaram que, havendo a prorrogação do ACT de forma integral, não haverá greve.
A mediação do TST foi solicitada pela própria petroleira, diante de impasses encontrados com os funcionários.
Ambas as partes já vêm negociando um acordo desde maio. A primeira reunião com o órgão ocorreu na quinta-feira.
"Uma das principais preocupações da Vice-Presidência (do TST) consiste na busca de condições de diálogo, o que tem como um dos elementos importantes a garantia da vigência dos instrumentos coletivos enquanto não se chega ao consenso", afirmou o vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, na nota.
Na véspera, a Petrobras havia afirmado em nota que a proposta de mediação do TST estava condicionada a um compromisso dos sindicatos de que não haveria greve.
Procurado nesta sexta-feira, o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Deyvid Bacelar reiterou que o TST está ciente de que uma greve apenas seria realizada caso a gestão da empresa não prorrogue integralmente o atual acordo coletivo durante as negociações.
| DCI (publicado em 30-08-2019) | | | | Maior concorrência e a redução da comercialização nos últimos anos não abalaram a expectativa positiva para negócios dentro do setor de seminovos, cadeia fortemente atingida pela recessão
Em 2018, foram vendidos 2,2 milhões de automóveis seminovos, 56,43% menos que o pico visto em 2015
Mesmo diante da redução de vendas nos últimos anos e da concorrência com concessionárias, as revendedoras de automóveis projetam recuperar as vendas e reaquecer o segmento nos próximos meses. A expectativa é que neste ano o consumo de veículos usados volte a crescer entre 3% e 4%.
“O consumidor tem estado inseguro em se endividar a longo prazo”, avalia o presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), Ilídio dos Santos. Por isso, diz ele, o comércio de automóveis usados perdeu força nos últimos anos, tendo como principal causa o cenário econômico.
Nesse sentido, em 2018, foram vendidos pouco mais de 2,2 milhões de veículos usados no Brasil. Comparando com 2014, antes da crise, as vendas chegaram a 4,4 milhões, o que representa redução de 50,12% no período.
Ante a 2015 – outro ano forte para o segmento – foram 5,1 milhões de automóveis vendidos, 56,43% a mais que em 2018. Além da crise, outro fator determinante para a queda é a concorrência com concessionárias.
“Nos últimos anos as montadoras vieram mais fortes, com preços mais acessíveis e condições melhores”, afirma. Exemplo disso é que, conforme os valores de taxas de juros para aquisição de veículos compilados pelo Banco Central, a variação do percentual cobrado ao mês para os veículos zero fica entre 0,86% e 2,02%. Já o de veículos seminovos varia de 1,15% e 3,93%.
“Algumas montadoras bancam a entrada zero e um financiamento mais extenso. Isso torna o mercado mais acirrado”, diz o líder da Fenauto.
A professora de economia da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP), Ana Paula Lacovino Davila, explica que melhorar as condições de financiamento foi a forma de as montadoras manterem a atratividade. “Em tempos de crise, por ter mais opções, o mercado de carros usados tende a ser favorecido.”
Segundo ela, com a maior atratividade das montadoras, o segmento de veículos seminovos sofreu consequências. Entretanto, a especialista avalia que a disputa não está tão desequilibrada. “Quando a marca da concessionária não é confiável para o consumidor, a melhor alternativa são as revendedoras multimarcas”, diz.
Em linha com as considerações de Ana Paula, o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Paraná (Assovepar), Cesar Lançoni, avalia que, embora a concorrência seja acirrada, há espaço para as duas pontas. De acordo com ele, nos últimos meses o segmento se manteve estável, sem grande oscilações.
Além disso, lembra ele, a economia nacional deve melhorar nos próximos meses. “Se com cenário político mais estável a confiança do consumidor se restabelecer, no Paraná, esperamos o crescimento das vendas ainda este ano.”
O presidente da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg), Glenio Leonardo de Oliveira Junior, também se mostra otimista com o futuro.
Com a melhora do cenário econômico nacional, Oliveira Junior acredita que o segmento no Estado terá um crescimento na casa dos dois dígitos até o fim de 2019. O presidente da Assovemg explica que há alguns anos, a venda de seminovos em relação aos carros zero era quase três vezes maior. Hoje, a diferenciação entre os números de um segmento e de outro é muito fraca. A expectativa é que em um médio prazo isso volte a acontecer.
Aplicativos
Para os especialistas, outros fatores têm influenciado na diminuição de vendas, como o novo perfil do cliente e a transformação do mercado, que dá espaço para aplicativos de mobilidade e aluguel de carros.
De acordo com Lançoni, da Assovepar, a interferência dos Apps nas vendas é mais forte com quem mora próximo do trabalho ou em locais mais acessíveis. O presidente da entidade avalia que, neste caso, a opção de pedir um motorista pode se tornar mais forte do que a de comprar um carro.
“Não dá para pegar um Uber toda hora, em alguns casos fica economicamente inviável”, afirma o executivo.
Santos, da Fenauto, também acredita que os aplicativos estão, de algum modo, impactando as vendas. No entanto, para ele, o mercado automotivo já estão se adaptando às transformações.
| DCI (publicado em 30-08-2019) | | | | O conselho de administração da WEG aprovou na última sexta-feira reestruturação da unidade de motores (WMO), que será dividida em duas unidades —WEG Motores Industrial e WEG Motores Comercial e Appliance—, conforme ata da reunião enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira.
Tal mudança entra em vigor a partir de 1º de janeiro, quando também tem efeito a saída de Luis Alberto Tiefensee do cargo de diretor superintendente da WMO.
Alberto Yoshikazu Kuba, atual diretor superintendente China, assume a direção da WEG Motores Industrial; e Julio Cesar Ramires, atual diretor Internacional e de Novos Negócios WEG Motores, comandará a WEG Motores Comercial e Appliance.
A partir da vigência desta reestruturação, será extinta a diretoria internacional e de novos negócios na WEG Motores, enquanto Eduardo de Nóbrega, atual diretor superintendente da WEG Energia, assumirá a posição de diretor superintendente da WEG China.
De acordo com a ata, também Milton Oscar Castella, atualmente diretor de Engenharia das unidades WEG Motores e WEG Energia, deixará o cargo com efeito a partir de 31 de março de 2020. Após essa data, Rodrigo Fumo Fernandes, atual diretor de engenharia das operações na China, assumirá a respectiva função.
| Reuters | | | | Fabricante instalada em Garuva, SC, estima alta próxima a 15% sobre o ano anterior
A fabricante de máquinas LS Tractor pretende vender até o fim de 2019 cerca de 4 mil tratores, registrando alta próxima a 15% sobre o ano passado. A empresa com fábrica em Garuva (SC) mostra seus equipamentos até 1º de setembro na Expointer (feira agropecuária que ocorre em Esteio, RS).
“Temos uma rede com 62 lojas. Nossa marca se consolida como uma das grandes fabricantes de máquinas agrícolas. Quase toda a nossa linha pode ser parcelada pelo Finame porque atende aos requisitos de nacionalização”, afirma o gerente nacional de vendas da companhia, Ronaldo Pereira.
Segundo o executivo, o movimento observado até quarta-feira, 28, fazia acreditar em alta de 12% a 15% sobre os negócios fechados na edição de 2018. A expectativa de safra recorde de milho e soja no Rio Grande do Sul anima os expositores.
A LS Tractor mostrou na Expointer os tratores da série Plus com nova transmissão Power Shuttle, com 40 marchas à frente e 40 à ré. Eles são vendidos em versões de 80, 90 e 100 cavalos e recebem piloto automático hidráulico como opcional.
A LS Tractor é uma empresa do grupo sul-coreano LG. Começou a trazer os tratores em 2012 e a fábrica de Garuva entrou em operação no ano seguinte. Fornece produtos de 25 a 145 cavalos e plantadeiras. Além dos tratores há também equipamentos de pequeno porte (para corte de grama e outras tarefas) e carregadores frontais.
| Automotive Business ( publicado em 30-08-2019) | | | | Itamar de Souza assume o cargo e Maria Célia Zikan o substitui com nova função
A PSA promove mudanças na direção de seu polo industrial em Porto Real (RJ): Itamar de Souza assume a nova função em 1º de setembro no lugar de Eduardo Chaves, que deixará o grupo após 18 anos. Souza se reportará ao vice-presidente sênior de operações monozukuri na América Latina Jean Mouro.
Na empresa desde 2000, o executivo possui extensa trajetória profissional no exterior, com passagens pela França, Eslováquia, Espanha e China. Por 15 anos, percorreu esses diferentes mercados exercendo diversas funções nas áreas de qualidade, manufatura e de desenvolvimento de fornecedores. Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (UNIFEI) Souza ocupava desde 2015 o cargo de vice-presidente de qualidade do grupo na América Latina.
Para esta função, a PSA indica Maria Célia Zikan, que atualmente ocupa o cargo de diretora de projetos de veículos e de pré-projetos na América Latina.
Graduada em Engenharia Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e com pós-graduação em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Maria Célia também está na PSA desde 2000 e ocupou cargos em diversas áreas de engenharia e gestão de produtos no Brasil. Na França, liderou projetos como o desenvolvimento do SUV Peugeot 2008 para a América Latina, lançado em 2015. Neste mesmo ano, foi nomeada pela companhia como sua embaixadora mundial da diversidade de gênero para a América Latina.
Ela se reportará a Patrice Lucas, presidente do Grupo PSA Brasil e América Latina.
“Estamos promovendo importantes mudanças na nossa organização, aproveitando talentos internos que desenvolveram uma ampla experiência tanto na América Latina como internacionalmente. A nomeação de Itamar de Souza e de Maria Célia Zikan dá sequência à grande evolução que temos promovido na satisfação dos nossos clientes nos produtos e serviços de nossas marcas na região.
Continuamos, como parte de nosso plano estratégico Push to Pass, a visar a posição de Top 1 em qualidade tanto na América Latina como em todo o mundo, e essas duas nomeações em muito contribuirão nesse sentido”, declarou Patrice Lucas em nota.
| Automotive Business (publicado em 30-08-2019) | | | | CBMM trabalha para desenvolver novos usos do material e aponta os carros eletrificados como uma grande oportunidade
Esqueça todos os estereótipos sobre o nióbio que você ouviu falar nos últimos tempos. Classificado como metal de transição, é um material resistente a corrosão e um supercondutor - o que faz com que tenha aplicações tecnológicas em aços de alta resistência, lentes óticas, aceleradores de partículas, implantes ortopédicos, turbinas aeronáuticas e muito mais, segundo a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração).
A empresa é a maior produtora global de nióbio, com participação de 80%. Para divulgar o potencial do material para a indústria automotiva, a companhia está trabalhando com a organização da Extreme E, competição que quer ser o Rali Dakar dos SUVs elétricos.
Criada por Alejandro Agag, que também inventou a Fórmula E, a nova corrida acontecerá em lugares inusuais a até inóspitos do planeta em uma viagem para mostrar os problemas ambientais da Amazônia com o desmatamento, do Himalaia com o derretimento das geleiras, do Ártico, entre outros. A primeira edição da prova está prevista para fevereiro de 2021.
O DESAFIO DE LEVAR TECNOLOGIA DA COMPETIÇÃO PARA A VIDA REAL
Uma competição de motorsport é uma boa plataforma de parcerias e teste de novas tecnologias, que depois chegam ao mercado como já acontece tradicionalmente com a Fórmula 1 e Fórmula E. “Desenvolver tecnologia para a competição é o desafio de fazer um SUV competitivo, elétrico, com performance e tecnologia de ponta para atender a necessidade de menor peso, mais resistência e segurança com soluções já utilizadas pelas montadoras”, conta Rodrigo Amado, responsável pela área de Tecnologia Automotiva da CBMM.
Segundo ele, o esforço da empresa permitiu reduzir em 100 quilos a estrutura do SUV, considerando chassis e gaiola. O SUV conceito foi lançado no Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra, e o novo material está presente no chassis construído com aço microligado com nióbio, no powertrain e nos freios, estes desenvolvidos em um mês em uma parceria entre a CBMM e a Brunel University London. A próxima fronteira é colocar o nióbio na bateria do SUV e de carros híbridos e elétricos mundo afora, conta o especialista.
COMO CRIAR MERCADO PARA UM NOVO MATERIAL
Em 1955, quando foi descoberta a jazida de nióbio em Araxá (MG), não havia mercado para o metal e poucos conheciam as propriedades deste ferro liga que, com composições químicas específicas, têm inúmeras aplicações.
A jazida é a maior do mundo e pertence à família Moreira Salles, acionistas do Itaú Unibanco que investiram em um parque industrial e em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para processar o minério bruto e transformar em produtos feitos com nióbio específicos para atender a diferentes necessidades, uma delas é o ferronióbio para o setor siderúrgico, outra são as ligas com nióbio e alumínio para componentes automotivos.
Em 2011 a família vendeu 15% de participação na empresa para siderúrgicas asiáticas - um grupo que inclui a chinesa Baosteel Group e um consórcio que inclui a japonesa Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp.
A empresa calcula que atualmente tem mais de 500 clientes diretos em 50 países. Deste total, 80% das montadoras que figuram na lista das 10 que mais vendem no mundo e usam aços de alta resistência, com alemãs e suecas liderando e demanda crescente na China e na Índia.
“Regulamentações mais rígidas de redução de emissões e segurança veicular vão impulsionar o nióbio porque demandarão a utilização de aços de alta resistência.”, diz Amado.
A companhia investiu R$ 534 milhões na planta de Araxá e a capacidade produtiva saltou de 110 mil toneladas para 150 mil toneladas/ano. Em 2018 cresceu 26% em volume em relação a 2017. Para este ano a expectativa é elevar entre 10% e 12% a produção – a maior parta da liga ferronióbio. Em 2018 o maior volume de vendas da companhia foi destinado à Ásia, que absorveu 55% da produção, a União Europeia 22% e as Américas 17%.
Das receitas da CBMM, 10% vêm de aplicações fora da siderurgia com telas de cristal líquido, vidros inteligentes, materiais óticos, sistemas eletrônicos e infotainment automotivos. As vendas para o setor automotivo respondem por 26% do faturamento da empresa. “Cada vez mais a CBMM quer estar ligada ao desenvolvimento sustentável e tecnológico.”, ressalta Rodrigo Amado.
Ele prevê em 10 anos um crescimento do setor ótico, tanto nas lentes das câmeras fotográficas, quanto em óculos de realidade aumentada e realidade virtual. Outra área com potencial de expansão são os componentes de nanocristal com nióbio, uma espécie de barreira eletromagnética que impede a interferência entre os componentes de eletrônicos e os sistemas de segurança embarcados nos veículos.
OPORTUNIDADE NA ELETRIFICAÇÃO
As aplicações com nióbio podem dobrar com mais veículos elétricos, híbridos e autônomos circulando pelas ruas do mundo, estima a companhia. Para acompanhar o ritmo, a CBMM está investindo US$ 7,2 milhões na construção de uma unidade-piloto de baterias em Kashiwazaki, no Japão, junto a uma planta industrial da Toshiba. A parceria pretende aumentar a demanda por óxidos de nióbio para a fabricação de baterias de carros elétricos.
A incorporação de nióbio torna as baterias mais duráveis, seguras e com menor tempo de recarga, garante a companhia. O especialista diz que em tecnologias que, reaproveitam a energia da frenagem, a solução com nióbio garante mais eficiência e favorece a retomada do ciclos do motor.
Rodrigo Amado pondera que o desenvolvimento do material para esta aplicação é caro, demorado e precisa priorizar segurança e performance. Ainda assim, com o aumento do valor de mercado da Tesla, os novos desenvolvimentos também ganharam ritmo e hoje há mais investimentos de montadoras e da indústria de componentes para descobrir soluções com a tecnologia.
“O nióbio já é realidade para algumas aplicações e será cada vez mais relevante para sistemas de recarga rápida. Não será a única, mas é uma solução relevante”, diz Amado.
A MINERAÇÃO E O RISCO AMBIENTAL (E POLÍTICO) PARA AS EMPRESAS
Apesar do tom realista do executivo, o uso do nióbio pode avançar mais rápido no mercado de carros elétricos porque todos os fornecedores de baterias de íons de lítio estão buscando reduzir os níveis de cobalto das baterias e, de quebra, diminuir o risco político do negócio causado pela extração problemática do insumo na República Democrática do Congo. A operação é feita com explosivos, causa danos ambientais severos e há denúncias de corrupção e trabalho infantil nas minas da região.
De lá saem 60% do cobalto usado no mundo e o minério é levado para ser refinado e transformado em metal, misturas ou concentrados químicos usados em produtos como drones, motores ou baterias na China. Perguntado sobre o risco de imagem da mineração, Roberto Amado diz que não há nenhuma preocupação. Na jazida de pirocloro, o minério que resulta no nióbio, a extração é feita a céu aberto, não perfura túneis nem usa explosivos, assegura a empresa.
Os resíduos gerados no beneficiamento do minério são armazenados em barragens com o fundo revestido por um plástico de alta resistência, o que reduz o risco de contaminação do solo, diz o executivo. Os reservatórios de rejeitos foram construídos com o método a jusante, em que a elevação do dique inicial é feita na direção do fluxo da água. “O tipo de movimentação na jazida não põe em risco a mão de obra e nem agride muito a natureza”, conta.
Ele diz ainda que o parque industrial no entorno da mina segue parâmetros e normas mundiais de governança ambiental e, com isso, a CBMM foi a primeira empresa do seu setor no mundo a obter a ISO 14000. “Há 40 anos já tínhamos preocupação com o grande volume de água usada no processo. Reutilizamos 97% do líquido”, conta Amado.
Ao que parece, ouviremos ainda falar muito do nióbio, já que a empresa trabalha para que o produto ganhe escala, apresentando o material como uma solução viável para a micromobilidade urbana, com patinetes e bicicletas elétricas. Além, claro, da indústria automotiva: no ano passado a empresa fez as primeiras vendas do material para ser usado em ligas de alumínio fundidas.
| Automotive Business (publicado em 30-08-2019) | | | | Novo espaço focará em estudos de eficiência energética de motores a combustão
A Renault inaugura mais um Lab no Brasil, desta vez no campus sede da Universidade Positivo de Curitiba (PR). Seus esforços estarão concentrados nos estudos de eficiência energética para motores a combustão.
Este é o terceiro lab da montadora inaugurado este ano e passará a fazer parte do ecossistema de inovação da empresa no País, que já conta com o Lab no Cubo Itaú, em São Paulo, Lab no Sistema FIEP, em Curitiba, o Creative LAB no Complexo Industrial da empresa em São José dos Pinhais, e o America Digital Hub, também em São Paulo.
“Continuamos ampliando nossos centros de inovação buscando promover cada vez mais estudo e desenvolvimento junto ao meio acadêmico”, afirma Antonio Fleischmann, vice-presidente de engenharia da Renault para a região Américas.
“A parceria entre a Universidade Positivo e a Renault Brasil representa a união dessa nova realidade, em que academia e empresa caminham juntas, no caso específico para a busca de eficiência energética na indústria”, afirma José Pio Martins, professor, economista e reitor da Universidade Positivo.
| Automotive Business ( publicado em 30-08--2019) | | | | |
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