| 27 de maio de 2020
Quarta-feira
Câmbio
Em 27/05/2020
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Dólar
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Fonte: BACEN
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DESCRIÇÃO DO EVENTO
Estamos na Era do pós-normal. A pandemia de Covid-19 mudou totalmente nossa forma de nos relacionarmos, de consumirmos e principalmente, mudou para sempre o mercado e a economia. A transformação digital é agora e é urgente!
E é com essa perspectiva, que estamos convidando você para uma conversa sobre o futuro do setor Metalmecânico para Curitiba e Região Metropolitana e como podemos, juntos, construir uma agenda conjunta para fortalecermos o setor através da inovação e termos um ecossistema engajado e colaborativo.
Se você recebeu esse convite, é porque acreditamos que a sua participação é fundamental, pessoal e intransferível para darmos os próximos passos.
Esperamos você.
Agenda:
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09h – Abertura e contextualização
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09h30 – Indústria 4.0 – tendências e perspectivas para o setor com Gustavo Comeli e Rafael de Tarso
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10h – Governança e próximos passos.
28 de maio de 2020, 09h-10h30
Videoconferência via
Acesse o site pelo link:
| SINDIMETAL/PR | | | | Prezados Associados:
Tendo em vista as ações que estão sendo tomadas para o combate ao Coronavírus, a FIEP e o SINDIMETAL/PR têm divulgado oportunidades e incentivado as indústrias do Paraná a se reinventarem, a apoiarem no combate à pandemia e a manterem sua saúde econômica. Abaixo, encaminhamos nova oportunidade para as indústrias ligadas ao SINDIMETAL/PR.
Hoje a oportunidade é para empresa que se interesse em produzir Ventilador Pulmonar.
Agora, com dois protótipos construídos, o projeto encontra-se em fase de refinamento e homologação e os professores que estão encabeçando o projeto estão buscando indústrias parceiras, dispostas a produzir os equipamentos.
As empresas interessadas devem manter contato com o professor Rogerio Gomes, através do e-mail rogerio.gomes@ifpr.edu.br , para obter mais informações e especificações do projeto e do equipamento.
É o SINDIMETAL/PR trabalhando em favor das empresas associadas!!!
| SINDIMETAL/PR | | | | O governador Carlos Massa Ratinho Junior considera que o Paraná será um dos primeiros estados do Brasil a retomar as atividades econômicas após a pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, se o Estado mantiver o bom controle da pandemia e houver regressão na curva de contágio, a expectativa é que em agosto todas as atividades produtivas voltem à normalidade.
Apesar disso, nas últimas semanas os casos de Covid-19 não davam sinais de queda no Estado. Até a segunda-feira (25) já eram 3.331 casos confirmados da doença com 156 óbitos, com casos avançando cada dia para mais municípios. Na segunda já eram 218 cidades com casos da doença. O Paraná tem 399 municípios.
Em videoconferência com empresários paranaenses, promovido pelo Sebrae-PR, nesta terça-feira,26, Ratinho Junior afirmou que o governo estadual já está elaborando projetos para estimular a economia, e reforçou que haverá aporte de recursos públicos em obras urbanas e de logística que vão contribuir para a retomada.
O governador também fez um balanço das ações do Estado para enfrentar a pandemia e dos resultados até o momento. “Somos o 22º estado no ranking de pessoas infectadas pela Covid-19, temos baixo grau de letalidade e uma organização da nossa rede de saúde. Nossas decisões sobre o enfrentamento são diárias”, destacou.
Ele citou ainda que muitas atividades consideradas essenciais seguiram em funcionamento e com resultados bastante expressivos, mesmo com os reflexos negativos da Covid-19. “Não paramos o nosso sistema de logística, o Porto de Paranaguá tem batido recordes históricos mesmo durante a pandemia”, disse.
O governador também enfatizou que o Paraná convive com outros problemas em paralelo ao enfrentamento da Covid-19. “Além do coronavírus, enfrentamos a dengue e a maior crise hídrica dos últimos 60 anos”, ressaltou, salientando que as avaliações técnicas diárias têm ajudado a tomar as decisões.
FOMENTO - As linhas de crédito emergenciais disponibilizadas para os empresários através da Fomento Paraná e BRDE e o incentivo para a abertura de empresas pelo programa Descomplica também foram debatidas durante conferência virtual promovida pelo Sebrae/PR.
Cuidados
Nesta semana os shoppings de Curitiba voltaram a abrir com uma série de obrigações e restrições para proteger trabalhadores e visitantes do contágio pelo novo coronavírus. Mas, a secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, adiantou que os empresários e a população precisam colaborar adotando todas as medidas preconizadas, com o risco dos casos dispararem na Capital e medidas mais duras tenham que ser tomadas.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, também alertou, na semana passada, que um lockdown, o fechamento total das atividades, não estaria descartado no Estado caso a Covid-19 saísse do controle.
| Bem Paraná ( publicado em 26-05-2020) | | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 38, de 2020, do Congresso Nacional. Prorroga, por sessenta dias, a Medida Provisória nº 930, de 30 de março de 2020, publicada, em Edição Extra, no Diário Oficial da União no mesmo dia, mês e ano, que "Dispõe sobre o tratamento tributário incidente sobre a variação cambial do valor de investimentos realizados por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil em sociedade controlada domiciliada no exterior e sobre a proteção legal oferecida aos integrantes do Banco Central do Brasil no exercício de suas atribuições e altera a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, que dispõe, dentre outras matérias, sobre os arranjos de pagamento e sobre as instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro".
Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 39, de 2020, do Congresso Nacional. Prorroga, por sessenta dias, a Medida Provisória nº 931, de 30 de março de 2020, publicada, em Edição Extra, no Diário Oficial da União no mesmo dia, mês e ano, que "Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e dá outras providências".
Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 40, de 2020, do Congresso Nacional. Prorroga, por sessenta dias, a Medida Provisória nº 932, de 31 de março de 2020, publicada no Diário Oficial da União no dia 30, do mesmo mês e ano, que "Altera as alíquotas de contribuição aos serviços sociais autônomos que especifica e dá outras providências".
Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 41, de 2020, do Congresso Nacional. Prorroga, por sessenta dias, a Medida Provisória nº 933, de 31 de março de 2020, publicada, em Edição Extra, no Diário Oficial da União no mesmo dia, mês e ano, que "Suspende, pelo prazo que menciona, o ajuste anual de preços de medicamentos para o ano de 2020".
Medida Provisória nº 972, de 26 de maio de 2020, do Poder Executivo. Abre crédito extraordinário, em favor de Encargos Financeiros da União, no valor de R$ 15.900.000.000,00, para o fim que especifica e dá outras providências.
Decreto nº 10.373, de 26 de maio de 2020, do Poder Executivo. Institui o Comitê Nacional de Facilitação do Comércio e altera o Decreto nº 9.745, de 8 de abril de 2019.
Portaria nº 2.381, de 25 de maio de 2020, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Prorroga, até 12 de junho de 2020, o prazo de vigência da Portaria nº 1.186/2020/SEI-MCTIC, de 20 de março de 2020, que regulamenta, em caráter excepcional e temporário, a jornada de trabalho remoto como medida de prevenção à infecção e propagação do novo Coronavírus (2019-nCoV) no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Institutos e Unidades de Pesquisa.
Resolução nº 210, de 11 de maio de 2020, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Dispõe sobre a realização de reuniões do Conselho Nacional de Recursos Hídricos e de suas instâncias por meio de videoconferência, enquanto perdurar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de COVID-19, e dá outras providências.
Circular nº 909, de 25 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Publica a versão 1 do Manual de Orientação às Instituições Financeiras - Utilização do Saque-Aniversário FGTS como Garantia na Modalidade de Cessão ou Alienação Fiduciária em Operações de Crédito.
Portaria nº 56, de 26 de maio de 2020, do Ministério da Economia. Altera o art. 1º da Portaria ALF/ITJ nº 43, de 30 de março de 2020, estabelece regras para o atendimento no âmbito da Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Itajaí.
Portaria nº 2.531, de 26 de maio de 2020, do Ministério da Saúde. Dispõe sobre medidas administrativas excepcionais para a garantia de continuidade dos instrumentos de repasse, decorrente do estado de calamidade pública pelo Coronavírus (COVID-19), previsto no Decreto Legislativo nº 6, de 20.03.2020 e de acordo com a Portaria nº 134, de 30 de março de 2020 e Decreto nº 10.315, de 6 de abril de 2020.
Resolução nº 102, de 21 de maio de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe sobre a prorrogação da data de vencimento da anuidade de Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas para o exercício de 2020 junto ao CREF7/DF e dá outras providências.
Portaria nº 113, de 25 de maio de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe sobre as medidas de prevenção e enfrentamento à COVID-19, além de outras providências acerca do expediente especial administrativo.
Resolução nº 521, de 26 de maio de 2020, das Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais. Dispõe sobre a realização de Sessão dos Conselhos Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em ambiente telepresencial e dá outras providências.
GOVERNO ESTADUAL
Decreto nº 4.692, do Poder Executivo. Regulamenta a Lei Estadual nº 20.189, de 28 de abril de 2020, que dispõe sobre o uso geral e obrigatório de máscaras de proteção facial no contexto da pandemia da COVID-19 enquanto perdurar o estado de calamidade pública, e medidas correlatas.
Decreto nº 4.705, do Poder Executivo. Dispõe sobre o parcelamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS devido a título de sujeição passiva por substituição tributária, declarado em Guia Nacional de Informação e Apuração - Substituição Tributária - GIA-ST, nas condições que especifica.
Deliberação nº 07/2020 - CEDI/PR, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Aprova do valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) provenientes do Fundo Estadual dos Direitos do Idoso - FIPAR, fonte 258, para ações exclusivas de garantia de proteção e atendimento às pessoas idosas, a serem executadas pela Secretaria de Estado da Justiça Família e Trabalho - SEJUF, e, prioritariamente, para a aquisição de insumos e materiais de EPI´s (máscaras, luvas, óculos de proteção, gorros, aventais e demais itens necessários para o atendimento emergencial da COVID-19), para Instituições de Longa Permanência sem fins lucrativos do Estado do Paraná, que possuam registro nos respectivos conselhos municipais de direitos.
Deliberação nº 08/2020 - CEDI/PR, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Aprova a Comissão Temporária do CEDI/PR, denominada, “Situações urgentes Covid-19”, que terá como objetivo, apreciar os encaminhamentos urgentes referentes às Instituições de Longa Permanência – ILPI’s em virtude da pandemia – COVID 19.
Deliberação nº 09/2020 - CEDI/PR, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Aprova da alteração da data da VII Conferência Estadual dos Direitos do Idoso, para os dias 08, 09 e 10 de dezembro de 2020.
Resolução Ad Referendum nº006/2020 - CEDI/PR, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Formula a política de promoção, de proteção e de defesa dos direitos do idoso, observada a legislação em vigor, atuando no sentido da plena inserção na vida socioeconômica e político-cultural do Estado do Paraná.
Resolução SESA nº 743/2020, da Secretaria da Saúde. Prorroga os prazos estabelecidos na Resolução SESA n° 338/2020 enquanto subsistirem as medidas de enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente da COVID-19, estabelecidas pelo Decreto Estadual n° 4.230, 16 de março de 2020.
Resolução CGE nº 43, de 25 de maio de 2020, da Controladoria Geral do Estado do Paraná. Prorroga o prazo estabelecido na Resolução nº 36 da CGE, publicada em 11 de maio de 2020.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 36, de Rio Negro. Altera o art. 1º do Decreto nº 027, de 30 de março de 2020 e dá outras providências.
Decreto nº 35, de Rio Negro. Quanto ao acesso aos estabelecimentos das atividades e serviços considerados essenciais em especial supermercados, bancos e lojas de material de construção, padarias, lotéricas, farmácias, cumulativamente ao previsto nos decretos municipais e estaduais.
Decreto nº 33, de Rio Negro. Altera o art. 1º do Decreto nº 025, de 20 de março de 2020 e dá outras providencias.
Decreto nº 32, de Rio Negro. Dispõe sobre autorização de determinadas atividades no município de Rio Negro, conforme especifica.
Decreto nº 31, de Rio Negro. Declara estado de calamidade pública no Município de Rio Negro, em virtude dos problemas de saúde pública e econômicos gerados pelo enfrentamento da pandemia decorrente do coronavírus SARSCoV-2.
Decreto nº 30, de Rio Negro. Declara estado de calamidade pública no âmbito da saúde pública no Município de Rio Negro decorrente do CORONAVIRUS-COVID-19 e dá outras providências.
| Sistema FIEP | | | | Até o momento, 1.016 aparelhos foram consertados e devolvidos a instituições de saúde
O Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e os ministérios da Economia e Saúde, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) firmaram parceria que já resultou na recuperação de 1.016 respiradores.
Eles foram consertados e devolvidos para instituições de saúde de diversos pontos do Brasil. Os aparelhos, que antes estavam encostados e sem uso, agora voltaram para a linha de frente no combate à covid-19.
A missão de recolher os equipamentos com defeitos teve início na última semana de março. Eles foram levados para 39 pontos de manutenção, espalhados por todas as regiões do País. Mais de 3 mil respiradores já deram entrada nos locais de manutenção.
São Paulo lidera a lista dos estados com mais equipamentos consertados. Até a segunda-feira (25/5), 382 respiradores já tinham sido devolvidos para unidades hospitalares do estado. Na empreitada, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec), estão envolvidas sete fábricas do setor automotivo.
Mais iniciativas
O Ministério da Defesa também lançou a ação “Produtos ao Alcance de Todos”. Trata-se de plataforma para cadastrar fabricantes e produtos que auxiliam instituições hospitalares no combate à covid-19. Mais de 461 empresas, localizadas em todas as regiões do aís, preencheram o cadastro para oferecer cerca de 820 produtos. Para se cadastrar ou ver mais detalhes sobre esta ação, basta acessar o site defesa.gov.br.
| Correio Braziliense ( publicado em 26-05-2020) | | | | Com a redução do isolamento no Paraná, que está em torno de 37% no Estado, de acordo com a empresa In Loco, o movimento nos postos de gasolina aumentou e o setor ensaia uma recuperação. Enquanto em abril, a queda de vendas era de 70%, agora, segundo o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Sindicombustíveis-PR), a redução é de 35% em relação ao período anterior à pandemia de Covid-19. Ou seja, de março até agora, o setor já recuperou metade das vendas.
A situação ainda não é das melhores, afinal, os postos de gasolina ainda estão vendendo apenas 65% do que vendiam antes da pandemia, segundo o sindicato dos postos. O setor também não registrou demissões em grande volume.
Novo aumento
A estatal Petrobras anunciou que aumentará os preços médios da gasolina em suas refinarias em 5% a partir desta quarta-feira (27). Já o preço do diesel será elevado em 7%, acrescentou a empresa, por meio da assessoria de imprensa.
É o quarto aumento nos preços da gasolina da Petrobras neste mês, em meio a uma recuperação nos preços do petróleo, que influenciam os reajustes da companhia. Com isso, o combustível acumula alta nas refinarias de cerca de 45% em maio. No caso do diesel, é o segundo reajuste no mês — no dia 18, o preço já havia sido reajustado em 8%, no que foi a primeira elevação desse combustível nas refinarias da estatal no ano.
Segurança
Para manter a segurança nos postos, o Sindicombustíveis-PR reforçou orientações para frentistas e todas as equipes, como utilização de álcool em gel e cuidado redobrado na limpeza de máquinas de cartão. Os postos do Paraná também seguem determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que reduziu os horários obrigatórios de funcionamento, que deve ser de segunda-feira a sábado, das 7 às 19 horas. Antes da pandemia, o horário obrigatório mínimo era das 6 às 20 horas.
Diante da queda drástica nas vendas, muitos postos passaram a trabalhar somente dentro da faixa horária exigida, reduzindo jornadas noturnas. O trabalho no domingo, vale ressaltar, já era facultativo.
| Bem Paraná ( publicado em 26-05-2020) | | | |
A confiança da indústria no Brasil apresentou leve recuperação em maio, mas a alta nem de longe compensa as fortes perdas registradas entre fevereiro e abril diante das consequências da pandemia de coronavírus, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve alta de 3,2 pontos em maio, para 61,4 pontos, o segundo menor valor da série histórica. Em abril, o índice havia tocado a mínima recorde de 58,2 pontos.
Segundo a FGV, a leitura de maio representa recuperação de apenas 7,4% em relação à queda de 43,2 pontos observada entre fevereiro e abril desse ano.
“A Sondagem da Indústria de maio sinaliza acomodação da situação atual em níveis muito baixos e alguma calibragem das expectativas para os próximos meses”, disse em nota Renata de Mello Franco, economista do FGV-Ibre.
“(...) Ainda é cedo para concluirmos se o pior momento da crise ficou para trás. Para os próximos meses, o elevado nível de incerteza e de pessimismo em relação ao futuro podem colocar em xeque uma recuperação mais consistente da confiança.”
O Índice de Expectativas (IE) — que mede a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria — teve alta de 5,3 pontos este mês, para 54,9 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA), por sua vez, subiu apenas 1,2 ponto, para 68,6 pontos. Ambos os índices mostraram leve recuperação ante mínimas históricas.
A maior contribuição para o IE em meio veio da melhora das expectativas dos empresários sobre a produção nos próximos três meses. Já o fraco desempenho do ISA é resultado da combinação de melhores níveis de estoques, da estabilidade do grau de satisfação dos empresários com a situação atual dos negócios e de piora da avaliação sobre a demanda atual.
| Reuters | | | | Grandes consumidores de energia elétrica e também distribuidoras estão buscando formas de não pagar, pelo menos neste momento, o ICMS ao governo do Paraná. Vários escritórios tributaristas emitiram pareceres recomendando ao menos adiar o recolhimento do imposto, diante das circunstâncias criadas pela pandemia de Covid-19, e algumas demandas acabaram sendo levadas à Justiça que, na maioria das vezes, tem negado a postergação.
O secretário estadual de Fazenda, Renê Garcia Junior, disse que o governo, que sente os efeitos da queda na receita, não pode abrir mão desse recurso e não há possibilidade de negociar medidas compensatórias.
A restrição no comércio e as dificuldades econômicas generalizadas levaram muitas empresas a tentar atrasar o recolhimento do imposto. Algumas alegam ter sido prejudicadas por decisões governamentais que frearam suas atividades.
Outras destacam a inadimplência, afirmando que não estão recebendo o pagamento dos devedores e que, por isso, não conseguem arcar com o repasse devido ao estado. Com a alegação de que o momento atual exige que o poder público seja mais condescendente, grandes consumidores e distribuidoras de energia estão recorrendo à Justiça.
Fabio Artigas Grillo, que preside a comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), comenta que centenas de medidas judiciais foram impetradas, sendo que a maioria foi considerada improcedente pelo Judiciário.
Ele soube apenas de duas liminares concedidas, uma para distribuidora de energia e outra para empresa que solicitou para não recolher o ICMS de mercadorias vendidas. Em São Paulo, a Justiça chegou a conceder a suspensão, mas a liminar foi revogada pelo ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), por entender que esse tipo de decisão é da esfera fazendária e não cabe ao Judiciário.
Segundo o advogado, o entendimento da OAB é de que os governos precisam compreender o momento e ceder, para que as empresas não sejam inviabilizadas. Ele cita recomendações de organismos internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apontam entre as sugestões o adiamento de impostos.
Ele chegou a publicar um artigo de opinião na Gazeta do Povo apresentando argumentos. No Paraná, no pacote de ajuda a empresas, a suspensão do recolhimento de ICMS e outros tributos se aplica apenas às inscritas no Simples Nacional, que abrange a maior parte das empresas, mas deixa de fora alguns segmentos de atuação e também as grandes contribuintes.
O advogado carioca Mauricio Faro conseguiu uma liminar no Paraná, beneficiando uma distribuidora de energia que tem atuação no estado. A decisão provisória da 4ª Vara de Fazenda Pública de Curitiba acatou os argumentos não de postergação, mas de que a empresa não tinha condições de recolher o imposto calculado sobre o total faturado tendo em vista que muitos clientes dela deixaram de pagar a conta de energia elétrica.
Ele menciona que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a possibilidade de cortar o fornecimento, que é uma medida considerada eficaz para forçar o pagamento e com isso muitos consumidores deixar de quitar a conta.
Em momentos normais na economia, o ICMS da energia elétrica representa cerca de R$ 300 milhões ao mês para o governo estadual. Com a queda na movimentação econômica, a estimativa da Secretaria de Fazenda era arrecadar ao menos R$ 150 milhões mensais, mas esse valor pode não se confirmar porque algumas empresas decidiram não recolher o imposto e outras optaram por pleitear na Justiça o direito de atrasar o pagamento, sem sofrer sanções.
O secretário afirma que o governo não pode abrir mão do recurso agora, uma vez que conta com esse dinheiro para pagar despesas inegociáveis e que, está perdendo arrecadação por causa da queda na movimentação econômica."
| Gazeta do Povo | | | Ação criada pela PR2 Group oferece baixo custo na aquisição de máquinas de corte a laser
Com a pandemia causada pelo novo coronavírus no mundo, alguns eventos importantes para a indústria nacional precisaram ser cancelados, evitando aglomerações e aumentando os cuidados com a saúde e bem-estar. Neste período, muitas empresas estão criando iniciativas de incentivo à recuperação da indústria pós-pandemia, entre elas a PR2 Group - empresa especializada em máquinas de corte a laser que criou a campanha “Vem Pro Mundo PR2”.
A ação foi desenvolvida após o adiamento do evento Feimec (Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos), considerada a maior da América Latina, e consiste em oferecer preços de custo nos seus equipamentos, como forma de compensar a elevação da taxa de câmbio atual.
Outra vantagem que está sendo oferecida pela PR2 é a inclusão do frete marítimo no preço dos equipamentos sem custo extra. Para garantir uma maior produtividade e rápido retorno sobre o investimento, a empresa também está oferecendo acessórios opcionais inclusos no preço.
“Essa campanha é uma forma de aquecer o mercado para a retomada da atividade industrial no Brasil”, comenta Reinaldo Bonilha, CEO da PR2 Group. A empresa há 15 anos é distribuidora oficial de equipamentos na área de tecnologia a laser do fabricante Han’s Laser, fornecedora de máquinas de corte laser por fibra ótica, máquinas de solda laser, gravação laser e limpeza laser, além de robôs colaborativos.
| CIMM ( publicado em 26-05-2020) | | | | Segundo levantamento da Deloitte, a maioria optou por fazer doações
Pesquisa da consultoria Deloitte com executivos de 662 empresas brasileiras indica que apenas 2% firmaram compromisso de não demitir na pandemia caso haja queda de receita. E 1% deu apoio a pequenos negócios.
Por outro lado, a maioria (55%) fez doações de alimentos e outros produtos e 22% delas destinaram recursos e trabalho voluntário para governos e organizações sociais.
Segundo a consultoria, 27% das companhias ajustaram seu portfólio de produtos para atender necessidades da sociedade durante a crise.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | | A Boeing disse nesta quarta-feira que notificará 6.770 funcionários nos Estados Unidos de que estão sendo demitidos, com “milhares de demissões restantes” planejadas para os próximos meses, disse o presidente-executivo Dave Calhoun aos empregados por e-mail.
A empresa anunciou em abril que cortaria 10% de sua força de trabalho de 160 mil pessoas em todo o mundo este ano. A Boeing também disse que aprovou demissões voluntárias de 5.520 funcionários dos EUA. A maior fabricante de aviões dos EUA está se movimentando para cortar custos, pois enfrenta uma queda na demanda por aeronaves devido à pandemia de coronavírus.
| Reuters | | | | Homem mostra carteira de trabalho enquanto espera em fila para preencher inscrição para oportunidades de emprego em São Paulo 29/03/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil fechou 763.232 vagas formais de trabalho no período de janeiro a abril de 2020, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, no pior desempenho para o período na série disponibilizada pelo Ministério da Economia, com início em 2010.
Apenas em abril, foram fechadas 860.503 vagas, pior resultado para todos os meses desde pelo menos 2000, segundo série da Refinitiv, num reflexo do agravamento da crise com o coronavírus no primeiro mês cheio das medidas de distanciamento social implementadas para frear as infecções. Em março, houve perda de 240.702 vagas.
Esta foi a primeira divulgação do Caged no ano. Em janeiro e fevereiro, houve abertura líquida de 113.155 e 224.818 postos, respectivamente.
A performance no quadrimestre fez o país encerrar o período com 38,046 milhões de empregos formais, patamar mais baixo desde 2011 (36,824 milhões).
Em nota, o Ministério da Economia indicou que o resultado teria sido ainda mais grave sem o programa do governo de pagamento de benefícios para os que têm jornada reduzida ou contrato de trabalho suspenso. A estimativa é que foram preservados 8,1 milhões de empregos por meio da iniciativa.
Na análise setorial, o setor mais atingido pela crise foi o comércio, com fechamento de 342.748 postos de janeiro a abril. Aparecem em seguida o setor de serviços (-280.716), indústria (-127.886) e construção civil (-21.837). A agricultura, por outro lado, viu abertura de 10.032 postos no acumulado do ano.
O anúncio dos números havia sido suspenso pelo governo, sob o argumento de que as empresas vinham enfrentado dificuldades no repasse de informações, depois que o governo concentrou o sistema de registro no eSocial.
No final de março, o Ministério da Economia afirmou ainda que o cenário de pandemia vinha dificultando a autorregularização pelas empresas.
| Reuters | | | | A BRF avalia que será “matematicamente impossível” manter atuais níveis de produção se fábricas da companhia forem fechadas por causa de casos de coronavírus entre funcionários, afirmou o presidente-executivo da companhia, Lorival Luz, nesta quarta-feira.
Luz afirmou que a produção até agora não foi impactada após o fechamento de algumas fábricas da empresa em Estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, porque conseguiu compensar com outras unidades em operação.
O executivo comentou ainda que a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, está contratando 5.000 funcionários, acima dos 2.000 anunciados em abril, para compensar eventuais ausências de trabalhadores em quarentena ou incapacitados por Covid-19.
| Reuters | | | | Importações e exportações recuaram, mas balança comercial tem resultado positivo, segundo BC
A pandemia do novo coronavírus fez com que o fluxo comercial do Brasil com o resto do mundo diminuísse.
Com isso, as contas externas tiveram resultado positivo pelo segundo mês consecutivo em abril, com US$ 3,8 bilhões, maior valor desde o início da série histórica, em 1995, segundo dados divulgados neta terça-feira (26) pelo Banco Central.
“Com a diminuição da atividade econômica, as exportações e as importações diminuíram, mas as importações recuaram mais que as exportações, o que explica a melhora no superávit [quando a entrada de recursos é maior que a saída]”, esclareceu o chefe do Departamento de Estatística do BC, Fernando Rocha.
A estimativa do BC é de superávit de US$3,1 bilhões nas transações correntes em maio.
A balança comercial registrou resultado positivo: as exportações superaram as importações em US$ 6,4 bilhões, saldo 25,6% maior que em abril do ano passado.
As exportações totalizaram US$18,4 bilhões em abril, recuo de 4,9% em relação a abril do ano passado. As importações, por sua vez, somaram US$ 11,9 bilhões, diminuição de 15,9%.
O fechamento do comércio e a paralisação de alguns setores por conta de medidas de restrições impostas para tentar conter a propagação do vírus, afetaram todas as contas que compõem as transações correntes (balança comercial, serviços, rendas primárias e secundárias e investimentos).
A crise fez com que empresas globais registrassem prejuízo em abril. Assim, o saldo de lucros e dividendos ficou 98,2% menor. O resultado foi negativo em apenas US$ 4 milhões, contra US$ 2,3 bilhões em abril de 2019.
“Empresas brasileiras com filiais no exterior pediram que elas devolvessem recursos, o mesmo ocorreu com empresas estrangeiras que têm instalações aqui”, avaliou o chefe do departamento de estatísticas do BC.
Em abril do ano passado, o saldo negativo se deu pelo motivo oposto, as empresas tiveram lucro e mandaram os ganhos para as filiais.
A saída de recursos pelas companhias estrangeiras com filial no Brasil foi maior que o recebimento de dinheiro de empresas brasileiras instaladas no exterior.
A conta de renda primária, que contabiliza as receitas e despesas de companhias brasileiras instaladas no exterior e estrangeiras no país, foi 59,7% menos deficitária, na comparação com abril de 2019.
Além disso, o déficit de serviços ficou 63,3% menor, puxado pela queda nas viagens internacionais.
VIAGENS
Os brasileiros gastaram US$ 203 milhões com viagens internacionais em abril, 76% a menos na comparação com o mesmo mês do ano passado. As despesas de estrangeiros no país também recuaram. Os turistas desembolsaram US$ 113 milhões, queda de 86,4%.
“Houve recuo de 91% nas despesas líquidas com viagens. Essa tendência deverá ser mantida. Vimos isso acontecer em março e provavelmente se repetirá em maio. A redução se dá por uma série de fatores, um deles o impacto da pandemia no setor de turismo e viagens, com redução dos voos, e outro é depreciação cambial”, diz o técnico do BC.
Assim, o saldo líquido na conta de viagens ficou negativo em US$ 90 milhões. O setor de viagens, principalmente internacionais, é um dos mais atingidos pela pandemia da Covid-19. Com o dólar nos patamares mais altos da história, o setor deve ter recuperação lenta.
Em abril do ano passado, os brasileiros desembolsaram US$ 1,49 bilhão em viagens internacionais. Na época, os gastos de turistas brasileiros lá fora superaram os de estrangeiros no Brasil em US$ 1,02 bilhão.
“Viagens responderam por quase metade do resultado da conta de serviços”, pontuou Rocha.
Segundo dados parciais do BC, até a última quinta-feira (21), o saldo de viagens foi negativo em US$ 79 milhões em maio. No período, estrangeiros gastaram US$ 98 milhões no país e brasileiros desembolsaram US$ 177 milhões no exterior.
Os brasileiros enviaram US$ 72 milhões para pessoas que moram fora em abril, 59% a menos que no mesmo mês do ano passado. Já o envio de dinheiro de quem mora no exterior para quem reside no país aumentou 3,5% (foram US$ 236 milhões).
Além da crise, a alta do dólar fez com que o montante enviado para fora do país ficasse ainda menor. “Se considerarmos que uma pessoa envia uma quantia fixa do seu salário para familiares no exterior, com a desvalorização de 37% do real, essa fatia, contabilizada em moeda estrangeira, diminui. Ainda assim, vemos que a quantidade de operações diminuiu no período”, afirma Rocha.
“O valor de operações de pessoas que moram fora e mandam dinheiro para o Brasil aumentou ligeiramente. A apreciação do dólar pode ter incentivado o envio já que o valor que a pessoa recebe no Brasil é maior com a variação cambial”, analisou.
Com isso, o rombo nas contas externas do país nos primeiros quatro meses do ano somou US$ 11,9 bilhões, recuo de 29,9% em relação ao mesmo período de 2019. Nos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes ficou em US$44,4 bilhões, o equivalente a 2,61% do PIB (Produto Interno Bruto).
Em março, o rombo era de US$ 50,1 bilhões (2,87% do PIB).
INVESTIMENTOS
Os ingressos líquidos de investimentos diretos no país também diminuíram significativamente. No total, o saldo foi de US$234 milhões, ante US$5,1 bilhões em abril de 2019.
Nos últimos 12 meses, os investimentos estrangeiros totalizaram US$73,2 bilhões, que corresponde a 4,31% do PIB, queda de 0,17 ponto percentual.
Em abril, o Brasil retirou US$ 4,8 bilhões investidos no exterior. Em movimento contrário, os investimentos diretos do Brasil no exterior somaram US$2,6 bilhões em abril de 2019.
“Na atual situação conjuntural, causada pela pandemia, a percepção é de que se trata de adiamento de investimento no mês. As empresas preferem permanecer mais líquidas e segurarem investimentos até que cenário seja de menos de incertezas”, ressaltou Rocha.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | | Enel reduziu leitura presencial de medidores e tem cobrado o valor médio de consumo dos últimos 12 meses
Luz apagada A distribuidora de energia Enel afirma que, após a pandemia, vai compensar a conta paga a mais por consumidores não residenciais, como estabelecimentos comerciais, que estiverem sendo cobrados pela média de consumo anterior à quarentena, ou seja, quando as atividades estavam em pleno funcionamento.
Por causa do avanço do coronavírus a empresa reduziu as leituras presenciais dos medidores na região metropolitana de SP para evitar o risco de contágio.
Contato A Enel diz que, neste momento da pandemia, só está fazendo a leitura do medidor nos casos em que não há risco para a segurança de seus clientes e funcionários, após autorização pela Aneel.
Média Nos casos em que a leitura não está sendo feita, a conta de energia tem sido emitida pela média do consumo dos últimos 12 meses ou pela autoleitura, em que o próprio cliente mensura e informa à Enel SP.
Faça você mesmo “Para os clientes faturados pela média, quando a leitura for retomada pela distribuidora ou optarem pela autoleitura, a diferença de valor entre o que foi faturado e o que realmente foi consumido será compensada na conta de energia”, afirma a empresa.
Lente Para fazer a autoleitura, o cliente deve fotografar os números no medidor e envia para a distribuidora.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | | Maior do que a estimativa inicial, crédito compensa queda nas vendas e inadimplência
O empréstimo concedido a distribuidoras de energia para socorrer o setor elétrico em meio à pandemia do novo coronavírus terá um teto de R$ 16,1 bilhões. Maior do que a expectativa inicial, o valor foi aprovado nesta terça (26) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O socorro tem o objetivo de garantir a liquidez no setor elétrico, abalada pela queda nas vendas e pelo aumento da inadimplência. A Aneel defende que o socorro alivia o bolso do consumidor, ao jogar para os anos seguintes o repasse de itens que pressionariam a conta de luz em 2020.
O empréstimo será negociado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e um sindicato de bancos privados. O banco de fomento será responsável por organizar as apresentações a investidores e entrará com uma fatia entre 20% e 25% do valor total.
"Desse modo, o setor elétrico sai na vanguarda, sendo um dos primeiros a encontrar uma solução de mercado, sem recursos do Tesouro Nacional, para superar a crise provocada pela pandemia", afirmou, em nota, a agência reguladora.
Na prática, porém, o setor elétrico já recebeu um aporte de recursos do Tesouro, de R$ 900 milhões, para o pagamento de contas de luz de consumidores de baixa renda. Foi uma das primeiras medidas adotadas pelo governo para reduzir os efeitos da crise.
Além disso, a Aneel liberou R$ 2 bilhões de saldos de negociações de energia o mercado de curto prazo para distribuidoras e empresas que operam no mercado livre. Por outro lado, suspendeu por três meses a possibilidade de corte no fornecimento por inadimplência.
Desde o início da pandemia, o nível de inadimplência no setor aumentou 10 pontos percentuais. Já o consumo de energia caiu 14%, com um impacto de R$ 5,5 bilhões na arrecadação do setor, de acordo com dados divulgados pelo MME (Ministério de Minas e Energia) na segunda (25).
"Enquanto, de um lado, a receita das empresas do setor elétrico caiu muito, de outro elas possuem obrigações financeiras em grande medida fixas, de longo prazo", diz a agência. O dinheiro do empréstimo ajudará as empresas a pagarem fornecedores, impostos e encargos setoriais.
Além disso, o processo de revisão tarifária de 2020 é pressionado pelo aumento do custo da energia de Itaipu, que é dolarizada, pela entrada de novas linhas de transmissão no sistema e pela alta na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), encargo cobrado na tarifa para subsidiar políticas públicas.
Segundo a Aneel, esses três itens provocariam um reajuste médio de 11,5% nas tarifas em 2020. "Os recursos [do empréstimo] vão aliviar o bolso dos consumidores neste momento de perda de renda de grande parte da população", defendeu a agência.
A expectativa inicial é que o valor ficasse em torno de R$ 15 bilhões, mas a agência decidiu ampliar o volume destinado a distribuidoras do Norte e Nordeste que foram privatizadas pela Eletrobras e tinha perspectivas de reajustes tarifários superiores a 20%.
Chamado de conta-Covid, o modelo do empréstimo é semelhante ao elaborado em 2014 para salvar as distribuidoras de um problema também de liquidez, mas com sinais opostos: com o aumento inesperado da demanda, as empresas tiveram que recorrer a energia cara no mercado livre.
O valor total do empréstimo na época ficou em R$ 20,1 bilhões, que foram pagos em cinco anos, como está previsto agora. As parcelas oneraram as tarifas de energia até 2019, quando a dívida foi renegociada e encerrada antecipadamente.
Desta vez, o governo defende que, com juros mais baixos e energia mais barata, as parcelas vão pressionar menos as tarifas nos anos seguintes. O custo do empréstimo será CDI (Certificado de Depósito Interbancário mais spread dos bancos, que será definido de acordo com o interesse do mercado.
As distribuidoras de energia dizem, porém, que o empréstimo resolve a situação de curto prazo. Os efeitos da queda de demanda em seus negócios só serão resolvidos em revisões tarifárias extraordinárias, cujos parâmetros ainda serão discutidos com a Aneel caso a caso.
Por isso, reclamaram de contrapartidas impostas pelo decreto que estabeleceu as bases para o empréstimo, como a renúncia a futuras ações judiciais em um contexto em que ainda há incertezas sobre a capacidade financeira futura.
O setor elétrico foi um dos setores escolhidos pelo BNDES em seu programa de socorro a grandes empresas afetadas pela pandemia. Os outros são aéreo, automotivo e varejo. Em todos os casos, a ideia é fornecer instrumentos de mercado, em parceria com bancos privados.
Às aéreas, foi oferecido um pacote de crédito e títulos lastreados em ações no valor total de R$ 2 bilhões para cada uma das três grandes do setor, valor considerado insuficiente pelas empresas. Nesta terça, a Latam anunciou pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, mas deixou de fora sua operação brasileira diante da possibilidade de negociação com o BNDES
| Folha de S. Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | | Apesar de o governo ter adotado diversas medidas emergenciais para ajudar pessoas e empresas durante a pandemia do novo coronavírus, algumas falharam parcialmente. É o caso da linha para financiar a folha de pagamento de pequenas e médias empresas e do crédito destinado a microempresas, que só saiu na semana passada e por iniciativa do Congresso. A lista inclui também as lacunas na análise do cadastro do auxílio emergencial, que permitiram que o benefício fosse pago a milhares de pessoas indevidamente.
As falhas no auxílio emergencial são as mais emblemáticas. O auxílio já foi pago a 59 milhões de pessoas (dado atualizado até sábado, dia 23), mas entre elas há milhares de casos de filhos maiores de idade de famílias de classe alta ou média, mulheres de empresários, servidores públicos aposentados e militares ou seus dependentes que obtiveram o benefício indevidamente. Muitas dessas pessoas agiram de má-fé, porém diversas podem ter sido vítimas de fraude.
É o que aconteceu, por exemplo, com Vinícius Bonner, filho do apresentador William Bonner. Ele teve seus dados pessoais roubados por fraudadores, que usaram as informações para receber em seu nome o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo federal. O cadastro, mesmo irregular e fora dos critérios de renda para participar do programa, foi aprovado pela Dataprev e, provavelmente, os fraudadores indicaram que não tinham uma conta bancária e a Caixa Econômica Federal abriu uma conta poupança específica para fazer o depósito aos fraudadores.
Os fraudadores conseguiram o auxílio porque, além de ter roubado os dados do filho de Bonner, se aproveitaram de uma brecha no sistema do programa. Segundo relatou o jornal O Globo, a Dataprev – estatal responsável por desenvolver o sistema e validar os pedidos de auxílio – não cruzou se os CPFs, embora pertencentes a pessoas sem renda própria, eram de dependentes de cidadãos com renda. Esse cruzamento deveria ter sido feito usando a base de dados da Receita Federal, o que não ocorreu.
A estatal informou, em nota enviada à Gazeta do Povo, que os cruzamentos foram realizados com as informações disponibilizadas pela Receita Federal, "resguardado o sigilo das informações fiscais". Por outro lado, a empresa reconheceu que "casos pontuais" de falhas "são passíveis de ocorrer em uma operação dessa magnitude de processamento de dados de milhões de requerimentos em bloco".
"Isso porque as bases federais não conseguem refletir instantaneamente a situação atual das pessoas e, ainda, são geridas por diversos órgãos diferentes e foram criadas para atender finalidades distintas da presente. É uma situação de anos no Brasil e não da atual gestão, que está há 18 meses no poder", reclama a Dataprev na nota.
O próprio governo identificou, em um pente-fino feito no cadastro do programa, que 73.242 os militares (ativos e inativos), pensionistas, dependentes e anistiados receberam o auxílio emergencial, o que não poderia ter acontecido, pois eles não estão dentro do critério do programa.
Os Ministérios da Defesa e da Cidadania afirmaram que estão apurando quais casos são fruto de atos ilícitos e quais aconteceram por uma falha do sistema: o programa do auxílio pode ter pago automaticamente a militares inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico).
O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o cancelamento dos cadastros irregulares dos militares e determinou que os Ministérios da Defesa e da Cidadania bloqueiem o pagamento das próximas parcelas e obtenham a devolução dos valores pagos irregularmente.
O Ministério da Cidadania, atendendo ao pedido do tribunal, criou um site para as pessoas devolverem os valores recebidos indevidamente (https://devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br/devolucao). A pasta também informou que apresentará, nos próximos dias, a relação pública de todos aqueles que receberam o auxílio emergencial para facilitar o controle social, diz que o pente-fino do governo para identificar possíveis irregularidades continua.
O TCU também fará uma auditoria completa para detectar outras fraudes e falhas no pagamento do benefício e para investigar possíveis omissões de agentes públicos na execução do programa.
Até o último sábado (23), 59 milhões de pessoas receberam pelo menos uma das três parcelas do auxílio emergencial. Segundo a Dataprev, as inconsistências identificadas, até o momento, representam menos de 1% desse universo.
Segundo a lei que instituiu o auxílio emergencial, os requerentes têm o dever legal de informar corretamente sua composição familiar, sem omissões ou utilização de dados de terceiros em cadastros públicos, sob pena de incursão no crime de falsidade ideológica e multa, conforme previsto no Código Penal brasileiro.
| Gazeta do Povo (publicado em 26-05-2020) | | | | BC pede entrega até junho de 60% das notas, e Casa da Moeda aumenta produção em 40%
Aglomerações em agências e o risco de falta de papel-moeda levaram a Caixa Econômica Federal a montar uma operação para restringir saques e digitalizar o auxílio emergencial de R$ 600. O benefício é pago pelo governo a informais.
Alterações de cronograma, bloqueio temporário de transferências bancárias e ferramentas de pagamento digital levaram a uma mudança de cenário neste mês, com redução do movimento nas agências e forte participação dos pagamentos virtuais.
Nesta segunda-feira (25), por exemplo, os beneficiários do programa sacaram R$ 102 milhões em dinheiro, valor muito inferior aos R$ 719 milhões gastos de maneira virtual.
Esse movimento pode ganhar mais um impulso até o fim desta semana, quando deve ser anunciada uma ferramenta para pagamentos em lojas por meio de QR Code.
Para tentar suprir a demanda por cédulas, o Banco Central pediu que a casa da Moeda entregasse 60% do total contratado para 2020 até julho, cerca de R$ 38 bilhões. O total contratado para o ano é o equivalente a R$ 64 bilhões em novas notas.
O BC já havia pedido, no início do mês, o adiantamento de R$ 9 bilhões até o fim de maio. Destes, R$ 6,5 bilhões estão em circulação.
No pagamento da primeira parcela do auxílio, foi liberado o saque imediato para pessoas com contas em bancos.
Beneficiários que tiveram uma conta digital aberta na Caixa precisaram esperar um segundo cronograma para sacar.
Uma brecha na medida, no entanto, permitia que o recurso na conta digital fosse transferido para outra conta bancária, podendo ser sacado imediatamente.
Na segunda parcela, além de um espaçamento maior no cronograma dos repasses, a restrição foi ampliada.
As contas já estão recebendo os recursos, mas nenhum saque está autorizado até o momento, com liberação somente a partir do dia 30. Nesse período, todas as transferências bancárias também estão bloqueadas.
Os beneficiários só podem fazer pagamentos de boletos e compras em lojas online ou estabelecimentos que aceitam um cartão digital.
Com isso, são evitados saques de papel-moeda e deslocamentos a agências.
“Ao realizar esses pagamentos e compras, milhões de pessoas deixam de ir às agências da Caixa. Essa é uma das razões de o movimento das agências ter diminuído”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
O aplicativo disponibilizado pelo banco para as contas digitais já passou por 15 atualizações.
A próxima deve ser a do QR Code, em medida ainda a ser anunciada. O beneficiário usará a câmera do celular para ler o código da loja e, dessa forma, fazer o pagamento virtual.
A medida depende da finalização de testes. A efetivação demandou parcerias com empresas das maquininhas de cartão, por meio das quais os pagamentos são feitos nas lojas.
Do início deste mês até segunda-feira (25), o BC disponibilizou R$ 20,5 bilhões em cédulas.
Além das notas antecipadas, a autoridade monetária colocou em circulação notas produzidas dentro do cronograma normal e que já estavam no estoque.
“O BC coloca cédulas e moedas em circulação ao longo do ano de acordo com as demandas da população, que são sazonais”, esclareceu em nota.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Indústria Moedeira, entidade que representa os empregados da Casa da Moeda, a capacidade de produção foi aumentada em 40% para atender o pedido do BC e os funcionários fazem horas extras e trabalham aos fins de semana.
“O programa anual de produção para 2020 é de 1,8 bilhão de cédulas. Normalmente seria até dezembro, mas com a urgência do auxílio emergencial por conta da pandemia, estão solicitando o quanto antes a entrega”, afirmou o presidente do sindicato, Aluízio da Silva Júnior.
Com o aumento da demanda, Silva conta que todos os dias saem entre três e quatro caminhões de dinheiro da Casa da Moeda. “Antes não saía todo dia porque esperavam um volume maior para enviar o que foi produzido.”
A Casa da Moeda afirmou que a produção está em dia e confirmou que trabalha aos fins de semana para garantir as entregas.
O BC afirmou que o objetivo é construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do entesouramento (quando o dinheiro fica parado na mão das pessoas), o que se observa desde o início da pandemia.
Na operação do auxílio emergencial, o governo optou por fortalecer a área digital da Caixa.
Todos os beneficiários tiveram uma conta digital aberta.
Até mesmo clientes de outros bancos que informaram suas contas tiveram a ferramenta aberta automaticamente.
De acordo com Guimarães, a Caixa abriu 42 milhões de contas digitais em 40 dias somente para os pagamentos do auxílio emergencial.
No pagamento do benefício a trabalhadores com salário cortado, mais de 1 milhão já foram abertas.
Segundo ele, outras 15 milhões de contas serão criadas para a liberação do FGTS a trabalhadores prevista para junho.
Em outra frente de digitalização, o governo prepara um sistema de liberação de crédito com garantia do Tesouro a micro e pequenas empresas por meio das maquininhas de cartão. O sistema ainda está em estudo.
A ideia é que a operação desses financiamentos seja feita por meio do uma parceria entre a Caixa e empresas que operam os aparelhos de cartão.
O objetivo é aproveitar a capilaridade das maquininhas no país, que estão nas mãos até dos menores empresários, para facilitar a concessão do crédito, especialmente diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | Apesar da explosão das vendas online, maioria das empresas vê queda no lucro
O salto do ecommerce durante a pandemia de coronavírus não tem se mostrado suficiente para sustentar os lucros das varejistas, que tiveram lojas fechadas e viram o fluxo de clientes cair.
No primeiro trimestre, a maior parte das empresas do setor teve queda no lucro líquido, apesar de um aumento no volume total de vendas.
As exceções foram B2W, que reduziu o prejuízo líquido em relação ao mesmo período do ano passado, e Via Varejo, que colheu frutos de uma reestruturação, revertendo o prejuízo anterior.
"Vendas físicas são muito importantes, o varejo online apenas minimiza o impacto no faturamento. Veremos o efeito da pandemia de forma ampla no segundo trimestre", diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos.
Nem Carrefour e GPA (Grupo Pão de Açúcar) escaparam. Ambas tiveram queda no lucro por um aumento nas despesas, apesar da alta nas vendas com a corrida aos supermercados na quarentena.
O GPA teve um prejuízo líquido de R$ 130 milhões no primeiro trimestre deste ano contra um lucro líquido de R$ 126 milhões em 2019. O Carrefour reportou lucro líquido de R$ 425 milhões (-15,8%).
Dentre as maiores quedas no lucro estão Riachuelo e Lojas Renner, que têm maior dependência das lojas físicas nas vendas, sendo mais afetadas com o fechamento comércio.
A Riachuelo teve prejuízo de R$ 47,5 milhões nos três primeiros meses do ano, ante lucro de R$ 29,3 milhões na comparação trimestral. A Renner viu o lucro cair 94% para R$ 10 milhões.
O Magazine Luiza, um dos líderes no ecommerce brasileiro, teve prejuízo de R$ 8 milhões, apesar do salto de 73% das vendas online no período, que passou a representar, pela primeira vez, a maior parte do total de vendas. Segundo a empresa, os custos em manter as lojas físicas seguem elevados, apesar de renegociação de aluguéis, por exemplo.
Outros fatores para a queda no lucro são o fortalecimento do caixa das companhias para enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19 e o investimento para aprimorar a logística de entregas.
Nesse cenário, empresas voltadas apenas ao comércio online têm vantagem, como Mercado Livre, Amazon e B2W —que opera Submarino, Shoptime, Americanas.com.
Mercado Livre e Amazon, porém, tiveram queda no lucro, mesmo com crescimento nas vendas. A B2W teve um crescimento de 27,3% nas vendas no período e conseguiu reduzir o prejuízo líquido para R$ 108 milhões, ante R$ 139 milhões no primeiro trimestre de 2019.
Já a Via Varejo viu resultado na reestruturação de sua operação, que teve início em 2018 e foi intensificada com a troca no comando da empresa, com a volta da família Klein, fundadora da Casas Bahia, como acionista majoritária.
A empresa teve sucesso em compensar as lojas fechadas com as vendas online, incluindo vendas pelo WhatsApp.
"De início, 70% das nossas vendas desapareceram. Mas, rapidamente, a performance do ecommerce somada à iniciativa do vendedor online, começaram a compensar boa parte da queda de vendas", diz o balanço da companhia.
Com aumento de 45,7% nas vendas do ecommerce, a dona de Casas Bahia e Pontofrio e Extra.com.br teve lucro líquido de R$ 13 milhões, ante prejuízo de R$ 50 milhões no começo de 2019. A empresa estima que, sem o impacto da Covid-19, teria um lucro líquido de R$ 100 milhões no período.
"Tirando empresas com ecommerce forte, os foram resultados muito ruins. Renner decepcionou bastante, assim como todas do setor de vestuário, mas as empresas estão com boa posição de caixa e se fortalecendo", diz Jorge Junqueira, sócio da Gauss Capital.
Apesar dos números negativos, as varejistas apresentam forte valorização na Bolsa de Valores. Ao contrário da maior parte do mercado de ações, elas ostentam valores recorde em plena pandemia, como Amazon, Magazine Luiza, B2W e Mercado Livre.
"Na Bolsa só temos empresas boas, as líderes de cada setor, e as opções de investimento são escassas", diz Junqueira.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | Uma venda generalizada de ações de tecnologia pressionava os índices S&P 500 e Nasdaq nesta quarta-feira, com os investidores também cautelosos sobre o aumento das tensões entre Estados Unidos e China num momento em que as autoridades estão tentando reanimar a economia global devido à crise provocada pelo coronavírus.
Amazon.com, Microsoft e Facebook, que lideraram um rali recente, pesavam sobre o Nasdaq, enquanto os setores de saúde e tecnologia — que têm se destacado em meio a uma queda no mercado causada pela pandemia — estavam entre os índices do S&P 500 operando no vermelho.
Por outro lado, as ações relacionadas a viagens, incluindo companhias aéreas, empresas de cruzeiros e operadoras de hotéis, saltavam entre 2,4% e 4,5% depois de sofrerem mais cedo este ano devido a uma virtual paralisação nas viagens globais.
A flexibilização das restrições, o otimismo sobre uma eventual vacina contra o Covid-19 e estímulos sólidos dos EUA impulsionaram uma recente recuperação do mercado de ações, ajudando o S&P 500 a fechar a terça-feira em seu nível mais alto desde o início de março.
No entanto, as preocupações com as relações EUA-China limitavam os ganhos, com o presidente norte-americano, Donald Trump, dizendo que Washington anunciará sua resposta à planejada legislação de segurança nacional da China sobre Hong Kong antes do final da semana.
Às 12:05 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,61%, a 25.149 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,721981%, a 2.970 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 2,09%, a 9.145 pontos.
| Reuters | | | | Ao menos 13 aeronaves operadas pela companhia aérea no Brasil estão bloqueadas por inadimplência
Apesar de ter deixado a filial brasileira de fora de seu pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, anunciado nesta terça-feira (26), a Latam tem enfrentado dificuldades para renegociar contratos de arrendamento de aeronaves que operam rotas no Brasil.
Por aqui, a companhia poderia ter de devolver ao menos 13 aviões a arrendadores. Atualmente, das 160 aeronaves da operação brasileira, ao menos 126 estão paradas.
Segundo pessoas familiarizadas com o caso, a arrendadora proprietária dos equipamentos recusou uma proposta inicial de renegociação dos contratos de operação feita pela Latam Brasil. A empresa teria topado continuar as tratativas, mas as aeronaves não podem ser operadas até que haja um acordo definitivo.
Das 13 aeronaves em questão, seis estariam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, três no RIOgaleão (no Rio de Janeiro), e três no centro de manutenção da Latam em São Carlos (SP). São modelos Airbus A319, A320, A321 e A350.
Nesta terça-feira, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, disse que a frota da empresa deverá ser reduzida em até 40% até o fim do ano, e que só nesta terça a empresa deveria devolver 20 aeronaves a companhias de leasing.
O grupo passa por dificuldades financeiras devido à queda de demanda causada pela pandemia do novo coronavírus. As dívidas da Latam hoje, segundo o pedido de recuperação judicial, são de cerca de US$ 18 bilhões. Em dezembro de 2019, o passivo era de US$ 11 bilhões.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | Companhia aérea pediu proteção contra a falência nos Estados Unidos
A Latam Brasil vai iniciar nesta quarta (27) uma nova negociação com os sindicatos de tripulantes e aeroviários (trabalhadores em solo) formas de reduzir o número de funcionários da companhia aérea, segundo o presidente da empresa, Jerome Cadier.
O grupo Latam, que tem dívidas de quase US$ 18 bilhões (R$ 96,35 bilhões), anunciou na madrugada desta quarta-feira (26) que formalizou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos de suas operações em Chile, Peru, Colômbia, Equador e nos EUA. As filiais da aérea em Argentina, Brasil e Paraguai não fazem parte do pedido de proteção à falência.
A Latam emprega no Brasil cerca de 21 mil pessoas, segundo Cadier. À Folha, o executivo diz que a empresa precisa reduzir de tamanho para se adequar à queda brusca de demanda resultante da pandemia do novo coronavírus.
A linha aérea opera hoje no Brasil com 5% de sua capacidade, e prevê uma retomada paulatina dos voos pelos próximos meses. A empresa fez um acordo coletivo com os sindicatos em março que previa licenças não remuneradas e cortes salários que, na prática, chegaram a 80%. Como contrapartida, prometeu não fazer demissões até o fim de junho.
“A Latam continua honrando o acordo com o sindicato [dos aeronautas]. A partir de amanhã [27], entraremos em negociação com os sindicatos para entender qual é a melhor forma da gente ajustar o tamanho da companhia à nova realidade de mercado. A demanda caiu a curto prazo violentamente e vai cair a longo prazo. Vamos operar de 30% a 40% a menos que no ano passado no fim do ano. A Latam não pode manter o mesmo tamanho”, disse Cadier.
O executivo afirma que entre os formatos possíveis de cortes estão a realização de um PDV, a extensão de licenças não remuneradas, suspensões de contrato, reduções de jornada.
A jornalistas, o presidente do grupo, Roberto Alvo disse não descartar demissões na companhia.
Sobre o pacote de socorro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao setor aéreo, Alvo disse estar confiante quanto às negociações com o banco estatal, cuja oferta prevê participação de instituições financeiras privadas e outros agentes de mercado.
“Acho que a estrutura [financeira do pacote de socorro] que o banco propôs é um pouco complexa. Acreditamos que os países em que estamos entendem a importância que tem a indústria aérea e a Latam em particular para suas economias e vamos continuar conversando tanto com o BNDES quanto com o governo do Brasil. Estou confiante de que podemos encontrar uma solução”.
Alvo diz que 95% das dívidas do grupo estão concentrados na holding chilena e o restante está dividido em filiais como a brasileira. O montante listado pelo grupo em seu pedido de recuperação judicial chega a US$ 17,96 bilhões (R$ 96,35 bilhões no câmbio atual). A empresa diz esperar que a reestruturação termine em, no máximo, 18 meses.
A concentração das dívidas fora do Brasil e a conversa em andamento com o BNDES são fatores pelos quais a empresa não pediu recuperação judicial aqui, segundo Jerome Cadier.
“Temos uma discussão na mesa há várias semanas com o BNDES que está caminhando para uma situação positiva em que o banco pode ajudar a operação brasileira e a gente daria a garantia ao banco que esse dinheiro seria usado só no Brasil. É uma das preocupações deles. Se entrássemos [em recuperação judicial] aqui também, seria mais difícil garantir que o dinheiro ficaria no país”, afirmou.
A reestruturação nos Estados Unidos já prevê uma renegociação dos contratos de leasing e uma redução de frota em todas as empresas do grupo, segundo Cadier. A companhia deverá devolver 20 aeronaves já nesta terça (26). Segundo ele, o processo de reestruturação permite a quebra de contratos de arrendamento antes do fim originalmente estipulado.
“Temos de nos preparar para reduzir entre 30% e 40% a frota durante este ano e depois, à medida que a demanda for voltando, voltarmos a crescer. O ajuste é dessa ordem de grandeza, da frota e das rotas de voo”, afirma ele.
“Precisamos negociar uma redução dos preços [de leasing de aeronaves] também. A gente tem que mirar uma redução da ordem de 30% no mínimo. É mais ou menos o que vai acontecer com o preço de mercado no geral. A companhia tem que ser capaz de capturar o preço mais baixo de mercado. Ninguém pode pagar mais o preço pré-Covid, ele não existe mais”, disse.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | | Enquanto Brasil patina no socorro às companhias, EUA e Alemanha anunciam ajuda
O setor de transporte aéreo de passageiros, um dos mais castigados pela pandemia, é a expressão do que de mais moderno e insubstituível a economia globalizada produziu.
Segmento estratégico, gigantesco e vital, pois não só permite a qualquer cidadão do mundo circular pelos continentes como é essencial para viabilizar o comércio e a logística mundiais.
No ano passado, as dez maiores companhias aéreas transportaram mais de 1,5 bilhão de passageiros, empregaram mais de 850 mil pessoas e faturaram US$ 357 bilhões.
Ante a pandemia, o governo alemão não teve dúvidas em tomar a frente para salvar a Lufthansa, pois já tinha separado € 100 bilhões para socorrer empresas do país.
Sétima maior companhia no mundo em passageiros transportados —145 milhões em 2019 —, a Lufthansa faturou US$ 43 bilhões no ano passado, dando lucro e empregando 135 mil funcionários. Mas, com a pandemia assolando a Europa, deixou no chão 95% de seus 760 aviões e começou a perder € 1 milhão por dia, ameaçando demitir milhares de funcionários.
O WSF, fundo de apoio à economia, fez um pacote de € 9 bilhões para evitar que a companhia pedisse concordata. A ajuda prevê emissão de € 300 milhões em novas ações, a serem compradas pelo governo, que assume participação de 20% na empresa e passa a ter dois assentos no conselho de administração, vetando a distribuição de dividendos e colocando limites aos salários e bônus da diretoria.
Some-se ainda uma injeção de € 5,7 bilhões, sem direito a voto, para ajudar a empresa a reposicionar o caixa.
O banco público alemão KfW ainda encabeçou a estruturação de empréstimo sindicalizado, com o prazo de três anos, para suprir capital de giro no valor de € 3 bilhões. Com essa atitude, o governo alemão deixou claro que não vai deixar a Lufthansa, antes da pandemia saudável e lucrativa, perecer ou ser comprada a “preço de banana”.
Com um volume de menos de US$ 1 bilhão a ser dividido entre as três maiores companhias aéreas brasileiras, o pacote louvável do BNDES é insuficiente, porque ainda não dá para prever o tamanho do buraco em suas contas.
Tampouco parece razoável pensar que o mercado possa colocar 40% desse valor. A que taxa? Quanto tempo vai levar para levantar esse dinheiro?
Sem dor e sem ideologia, a alternativa é fornecer o caixa de que precisam. Adicionalmente, o governo poderia dar dinheiro para capital de giro até a situação se estabilizar e se tornar sócio, saindo quando o mercado se estabilizar e as ações voltarem a crescer. A salvação dessa parte importante da logística brasileira não pode depender do mercado.
Enquanto o Brasil patina no socorro às companhias, em abril os EUA disponibilizaram US$ 25 bilhões para dez empresas aéreas. Grande parte será injetada nas companhias desde que não demitam e outra virá na forma de empréstimo de longo prazo, a taxas baixíssimas, dando ao governo americano bônus de subscrição de ações para lucrar com a alta das ações quando o mercado se recuperar.
Os casos europeu e americano ilustram bem como governos centrais decidem atuar para proteger interesses estratégicos, postos de trabalhos e a estabilidade da economia de seus países.
O que acontecerá com um país de extensões continentais como o Brasil, por exemplo, se as maiores companhias aéreas brasileiras quebrarem? Como dimensionar o impacto na economia? A população acabaria isolada do mundo até que as linhas de conexão (slots) fossem reestabelecidas, quem sabe até por concorrentes estrangeiras?
Salvar as empresas aéreas brasileiras não é uma questão de protecionismo ou ideologia. Existe tecnologia financeira comprovada e segura para agir, e rapidamente, nesses casos extremos. Não há mais tempo a perder!
Salvatore Milanese - Sócio fundador da Pantalica Partners
| Folha de S.Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | |
Câmara aprova MP que estabelece salário mínimo de R$ 1.045
Texto vai ao Senado e, se não for votado até segunda (1º), perde a validade
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26) uma medida provisória que estabelece o salário mínimo em R$ 1.045.
A MP determina que o valor começou a vigorar em 1º de fevereiro deste ano.
O texto vai ao Senado. A seguir, segue para sanção ou veto presidencial. Se não for votada até segunda (1º), perde a validade.
Em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o valor de R$ 1.045, com o objetivo de recompor integralmente a inflação de 2019. Assim, revogou uma medida de dezembro que reajustava o mínimo de R$ 998 para R$ 1.039 --esse último valor vale para o mês de janeiro deste ano.
O valor estipulado no final do ano passado (R$ 1.039) representava uma correção de 3,86% —abaixo da inflação oficial medida pelo INPC, que ficou em 4,48%.
O impacto fiscal do novo aumento foi estimado em R$ 2,13 bilhões. Isso porque o governo paga benefícios previdenciários e assistenciais que são vinculados ao salário mínimo.
Até 2019, vigorava uma lei que definia a política de reajuste do salário mínimo no Brasil. Pela regra, nos anos em que a inflação oficial ficasse maior do que a estimativa do governo, essa diferença seria incorporada no cálculo do reajuste do ano seguinte.
Neste ano, porém, essa regra não tem mais validade. Em governo anteriores, houve incentivo de reajustes acima do índice de preços.
O governo Bolsonaro em 2019 interrompeu uma política pública que permitiu 25 anos de ganhos reais aos trabalhadores. Ou seja, com aumentos que consideravam a inflação mais o crescimento da economia.
Essa política de ganho real implementada informalmente em 1994, por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), logo após a adoção do Plano Real. As gestões petistas oficializaram a medida.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabeleceu a fórmula de reajuste pela inflação medida pelo INPC mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Dilma Rousseff (PT) transformou a regra em lei.
Michel Temer (MDB), que governou durante a recessão, não mudou a legislação.
Os deputados também aprovaram medida provisória que libera R$ 892 milhões para o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional). O dinheiro será usado para socorrer vítimas das fortes chuvas que atingiram Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro em janeiro.
Os recursos também serão usados na reconstrução dos locais afetados pelas enchentes.O texto vai ao Senado.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 26-05-2020) | | | | O plenário da Câmara concluiu a votação da medida provisória 919 que define em R$ 1.045,00 o salário mínimo para 2020 a partir de 1º de fevereiro. O valor é R$ 6 a mais do que o de R$ 1.039,00, inicialmente fixado pelo governo na MP 916, de 31 de dezembro de 2019, que foi revogada ainda em janeiro.
Não houve alteração em relação ao texto do governo e a proposta segue agora para o Senado. Nenhum dos destaques foi aprovado. A medida precisa ser aprovada até segunda-feira, 1º, para não perder a validade.
| Bem Paraná ( publicado em 26-05-2020) | | | | O Instituto Internacional de Finanças (IIF) cortou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de contração de 4,1% na projeção anterior para retração de 6,9% na atual. Em relatório divulgado nesta terça-feira, 26, a instituição explica que a crise terá efeitos duradouros para o País. "A recuperação da recessão 2015-16 foi lenta e muito incompleta", destaca.
A revisão para a economia brasileira contribuiu para novo corte nas estimativas para o PIB da América Latina, que deve recuar 7,5% neste ano, frente à previsão de anterior de queda de 4,5%. "Embora a estabilização das condições financeiras seja positiva para as perspectivas na América Latina, o impacto sobre a atividade real no primeiro trimestre foi mais profundo do que esperávamos e os indicadores de sentimento devem permanecer deprimidos no segundo trimestre", explica.
Segundo o IIF, a crise na região é notável por sua velocidade, com um único trimestre custando cerca de 10% da produção total.
O instituto destaca que, em 2008, a recuperação foi rápida, sustentada por estímulos de Pequim. "Desta vez, o apoio político da China é moderado, como foi durante guerra tarifária de 2019. Isso é compatível com uma recuperação moderada na América Latina no segundo semestre do ano, supondo que a propagação do vírus esteja contida globalmente", ressalta.
| Bem Paraná ( publicado em 26-05-2020) | | | | Fábrica de Piracicaba segue operando em um turno com 700 funcionários, os demais estão afastados ou em home office
Em resposta à drástica redução da demanda causada pela pandemia de coronavírus, a Hyundai decidiu estender por mais um mês, até 25 de junho, a suspensão dos contratos de trabalho da maior parte dos funcionários da fábrica de Piracicaba (SP) e escritórios em São Paulo. Após cerca de dois meses de paralisação, a planta voltou a operar parcialmente no último dia 13, em apenas um turno com 700 trabalhadores, enquanto os demais empregados dos outros dois turnos permaneceram afastados.
Em 27 de abril a empresa fechou o acordo de layoff em negociação com empregados e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba (STMP), com a suspensão de contratos da maioria dos trabalhadores até 25 de maio, mas antecipou para o dia 13 a volta de 700 pessoas de um turno de produção para atender as encomendas de vendas on-line e as concessionárias que permanecem abertas, em cidades onde não houve restrições. Parte dos funcionários das áreas administrativas permanecem em trabalho remoto, home office.
A suspensão de contratos foi negociada com base na Medida Provisória 936, editada pelo governo federal para permitir a flexibilização de jornada de trabalho e salários durante o período da pandemia. Agora a Hyundai prorrogou o afastamento por mais 30 dias com as mesmas condições, sem redução do salário líquido, uma vez que a empresa se comprometeu a completar o valor recebido do benefício emergencial para garantir 100% dos vencimentos de todos os afastados.
Segundo comunicado distribuído na terça-feira, 26, a Hyundai seguirá monitorando o desempenho da economia e as orientações das autoridades para decidir os próximos passos da operação brasileira, com adoção de novas medidas em caso de alteração do cenário atual.
| Automotive Business ( publicado em 26-05-2020) | | | |
País quer usar crise para ser o maior fabricante de veículos elétricos e híbridos
O presidente francês Emmanuel Macron anunciou um pacote que pode chegar a € 8 bilhões para recuperar a indústria automotiva da França, que sai seriamente abalada da dura quarentena imposta na Europa para conter a pandemia de coronavírus.
Durante visita ao fabricante de componentes Valeo na terça-feira, 26, Macron delineou o plano, que inclui incentivos de € 1,3 bilhão à compra de veículos elétricos em um programa de renovação de frota, além de empréstimo de € 5 bilhões à Renault, € 1 bilhão para renovação de fábricas e € 600 milhões em participação no capital de startups e outras empresas promissoras no setor da mobilidade.
O pacote tem fortes traços nacionalistas. Em troca dos incentivos, Macron colocou sobre a mesa de negociação com os fabricantes de veículos e componentes a meta de transformar a França no maior produtor global de modelos elétricos e híbridos, bem como repatriar a capacidade de produção instalada fora do país e desenvolver em solo francês os novos produtos.
“Este é um plano histórico para uma situação histórica. Nosso país não será o mesmo sem suas grandes marcas Renault, Peugeot e Citroën”, disse Emmanuel Macron, presidente da França.
Durante a crise gerada pela pandemia, o governo francês bancou diretamente o pagamento de salários de 250 mil trabalhadores da indústria automotiva nacional. Na semana passada, autoridades francesas já vinham externando a visão de que qualquer extensão na ajuda do governo ao setor automotivo deverá estar atrelada ao repatriamento da produção que essas empresas mantém fora do país.
No anúncio do novo pacote, Macron não se referiu diretamente a essa demanda, mas disse que nenhum modelo atualmente fabricado na França deverá ser produzido em qualquer outro lugar no futuro, e que o valor adicionado aos produtos deverá ser “relocalizado” em território nacional.
AJUDA À RENAULT
É sob essas condições que está sendo tratado o empréstimo com garantia estatal de € 5 bilhões à Renault, que enfrenta problemas financeiros após registrar prejuízo (o primeiro em 10 anos) de € 141 milhões em 2019 e queda de 20% nas receitas do primeiro trimestre de 2020. O crédito está pendente de um plano de reestruturação que a companhia irá apresentar até a próxima sexta-feira, 29, que antes será examinado por líderes sindicais franceses. A empresa planeja cortar € 2 bilhões em custos, incluindo o fechamento de fábricas menores de montagem de veículos componentes na França, o que deve levantar questionamentos sobre a sustentabilidade de outras unidades industriais do grupo fora do país.
A pressão nacionalista do governo francês para manter no país os projetos de veículos eletrificados já pode ser vista em alguns movimentos recentes da indústria. A Renault anunciou que irá se juntar ao Grupo PSA (dono das marcas Peugeot, Citroën e Opel) e à Total para formar uma sociedade 100% francesa de produção de baterias para carros elétricos e híbridos.
Macron confirmou que a Renault irá desenvolver na França, em vez da Ásia, um novo motor elétrico de 100 kWh para a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Em um novo plano estratégico do grupo franco-japonês, a Renault tomaria a liderança no desenvolvimento de veículos elétricos.
O presidente francês também anunciou que o Grupo PSA vai produzir uma versão 100% elétrica do SUV 3008 sobre uma nova plataforma na planta de Sochaux – atualmente o modelo é vendido na Europa com motorização a gasolina, diesel e híbrida plug-in.
Outras medidas anunciadas na terça-feira envolvem a criação de um fundo de € 1 bilhão para apoiar investimentos na produção local, incluindo € 200 milhões destinados a financiar a modernização de fábricas de fornecedores de componentes. Em paralelo, o governo quer investir € 600 milhões em startups e outras companhias ligadas ao setor automotivo com grande potencial de crescimento na nova economia.
AMBIÇÃO ELÉTRICA
“Nosso país precisa abraçar esta vanguarda. Necessitamos não só salvar a indústria, mas transformá-la. Para isso colocamos uma meta motivacional: fazer da França o maior produtor de veículos limpos, ao elevar a produção para mais de 1 milhão de carros elétricos e híbridos nos próximos cinco anos”, disse o presidente Macron.
Ao anunciar o plano de ajuda à indústria automotiva do país, o presidente francês divulgou um ambicioso plano de incentivos para a compra de veículos elétricos e híbridos, que começa a valer em 1º de junho próximo e vai durar até 31 de dezembro.
No novo programa, a França aumentou de € 6 mil para € 7 mil o bônus para quem compra um carro elétrico de até € 45 mil. Para clientes corporativos o subsídio é de € 5 mil. Se o cliente preferir um híbrido plug-in, a ajuda do governo será de € 2 mil, válida para modelos até € 50 mil e que tenham autonomia para rodar no mínimo 50 km com tração 100% elétrica.
Em paralelo, foi lançado um programa de renovação de frota para tirar carros mais velhos e poluentes da ruas. Quem trocar seu veículo antigo por um modelo novo ou usado de última geração a gasolina ou diesel terá direito a bônus de € 3 mil, ou de € 5 mil se a troca for por um automóvel 100% elétrico.
O consumidor na França poderá ganhar bônus duplo de até € 12 mil, somando os € 7 mil dados pela aquisição do elétrico zero-quilômetro e mais € 5 mil pela migração do usado a combustão para a mobilidade elétrica. Os dois descontos cumulativos serão aplicados até que 200 mil unidades sejam vendidas.
Ao mesmo tempo, as exigências de renda para financiamentos foram relaxadas, o que segundo Macron torna 75% das famílias francesas aptas a participar do programa de renovação e eletrificação. Ao todo, a França colocou disponível € 1,3 bilhão para incentivar a demanda e fazer girar os estoques das concessionárias.
O estímulo aos veículos elétricos na França também inclui a promessa de instalação de 100 mil estações de recarga de baterias até o fim de 2021.
| Automotive Business( publicado em 26-05-2020) | | | Mercado brasileiro puxa os negócios com maior demanda no período
A Marcopolo registrou crescimento da receita verificada no primeiro trimestre ao faturar R$ R$ 919,4 milhões no período contra R$ R$ 898,6 milhões em iguais meses do ano passado. O crescimento, segundo a empresa, se deve à maior demanda dos negócios no Brasil, que representaram mais da metade do faturamento, com R$ 469,6 milhões.
Apesar disso, a produção por aqui recuou 2,7%, passando de 3,5 mil para 3,4 mil ônibus. Com isso, o lucro líquido fechou em R$ 10,7 milhões, resultado 60,3% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2019, quando a empresa anotou lucro líquido de R$ 27 milhões.
Na análise do diretor financeiro e de relações com investidores da Marcopolo, José Antonio Valiati, os resultados do trimestre retrataram um cenário que ainda era de quase normalidade da demanda e do ritmo de crescimento da indústria brasileira de ônibus, que vinha em trajetória de crescimento após a última crise, portanto, ainda não tinha sido afetada pela nova crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
“No trimestre, os impactos provocados pela pandemia de Covid-19 se referem à interrupção das atividades na controlada Marcopolo China, que registrou retração de 82,2% na produção e a variação cambial causada pela desvalorização de moedas locais em relação ao dólar. A queda de produção e entregas no Brasil aconteceu somente no fim de março, quando a empresa adotou as férias coletivas em todas as unidades no País”, comenta.
A direção da Marcopolo prevê que neste trimestre há uma tendência de menor demanda, tanto dos clientes brasileiros como de outros mercados.
“Iniciamos a crise com uma boa carteira de pedidos e houve poucos cancelamentos. Desde o fim das férias coletivas, mantemos aproximadamente 50% da mão de obra em atividade nas unidades nacionais e, apesar de em volumes menores, continuamos recebendo novos pedidos diariamente, tanto para o mercado interno, como, em especial, para o mercado externo, compondo uma carteira que, mantido o ritmo atual de produção no Brasil, teremos estabilidade até o fim de julho”, destaca Valiati.
A encarroçadora de ônibus paralisou suas operações no Brasil em 23 de março e por um período de 20 dias por meio de férias coletivas para todos os empregados. A medida afetou todas as unidades, as duas de Ana Rech, em Caxias do Sul (RS), a planta de Xerém (Duque de Caxias, RJ) e a de São Mateus (ES).
| Automotive Business ( publicado em 26-05-2020) | | |
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