| 15 de Outubro de 2019
Terça-feira
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Em 15/10/2019
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| SINDIMETAL/PR | | | | Indicador é calculado a partir da evolução da produtividade, dos salários e da variação do câmbio. Conforme o estudo, queda registrada no Brasil só é inferior à da Argentina entre 11 países analisados
O custo unitário do trabalho (CUT) na indústria brasileira diminuiu 16,1% no ano passado em relação a 2017. Com isso, o Brasil ficou em segundo lugar na lista que compara o custo unitário do trabalho de 11 países. “Apenas a Argentina, entre os 10 principais parceiros comerciais do país, apresentou desempenho superior ao brasileiro.
Na Argentina, o CUT caiu 27,1%”, informa o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nos Estados Unidos, o CUT caiu 3,9%. No Japão, a queda foi de 1,8%. Nos demais países analisados, o custo unitário do trabalho aumentou. O maior aumento, de 3,1%, foi registrado na Alemanha. O menor, de 0,2%, ocorreu na França.
O CUT, que representa o custo em dólar com o trabalho para a produção de uma unidade de produto - por exemplo, um televisor, um carro ou um lápis -, é calculado a partir dos resultados da produtividade no trabalho, do salário médio real pago aos trabalhadores e da taxa de câmbio. “O custo com trabalho é um dos principais determinantes da competitividade de um país, pois está presente em todas as etapas da cadeia produtiva”, afirma a economista da CNI, Samantha Cunha. No Brasil, em 2018, a produtividade aumentou 0,8%, o salário médio dos trabalhadores caiu 6,6% e o real teve uma desvalorização de 10,5% frente ao dólar, o que resultou na queda de 16,1% no custo unitário do trabalho em relação a 2017.
Na Argentina, onde o custo unitário do trabalho recuou 27,1%, a produtividade caiu 3,6%, o salário diminuiu 6,9% e o peso argentino se desvalorizou 32,5% diante do dólar. “A Argentina enfrenta uma grave crise interna, o que explica a forte desvalorização do peso argentino frente ao dólar e a queda nos salários. O ganho de competitividade não está baseado na produtividade, que é necessária para garantir o aumento da competitividade de maneira sustentada”, diz Samantha Cunha.
COMPARAÇÃO COM OUTROS PAÍSES - A partir da evolução do CUT e de seus componentes, a CNI também calcula o custo unitário do trabalho efetivo (CUT-Efetivo). Esse indicador compara o custo com trabalho, em dólares, para fabricar um produto manufaturado no Brasil com o custo médio do trabalho nos 10 principais parceiros comerciais do país.
Nesta base de comparação, o CUT-Efetivo da indústria brasileira caiu 9,5% no ano passado em relação a 2017, resultado do aumento de 1,1% na produtividade, da queda de 4,3% nos salários e da depreciação de 4,4% na taxa de câmbio em relação às médias desses indicadores nos principais parceiros comerciais do país.
Entre 2008 e 2018, o CUT-Efetivo do Brasil caiu 5,1%. “Nos últimos dez anos, a indústria brasileira ficou mais competitiva”, afirma o estudo da CNI. O CUT da indústria brasileira caiu em relação à Coreia do Sul (25,1%), à Argentina (24,4%) e aos Estados Unidos (10,2%). “A queda do CUT efetivo no Brasil reflete o importante peso que a Argentina e os Estados Unidos têm na corrente de comércio brasileira”, afirma a CNI. Os maiores aumentos do indicador foram registrados em relação à França (22,8%) e à Itália (20,8%). Isso significa que o Brasil perdeu competitividade em relação a esses países.
O CUT-Efetivo caiu 5,1%, apesar do Brasil registrar aumento do salário médio real efetivo de 14,3%. O efeito negativo dos salários sobre a competitividade foi compensado pela depreciação de 14,4% do real diante da cesta de moedas dos demais países analisados entre 2008 e 2018. “Desse modo, o aumento de 3% na produtividade do trabalho foi decisivo para a queda do CUT-Efetivo”, diz o estudo.
A expectativa da CNI é que o custo unitário do trabalho efetivo mantenha a queda neste ano, contribuindo para o aumento da competitividade da indústria brasileira. “Os salários continuam em queda e a taxa de câmbio real mantém a tendência de depreciação. No entanto, a produtividade do trabalho tem perdido força, o que preocupa, pois é um fator importante para o crescimento sustentado da economia brasileira”, conclui o estudo.
| CNI | | | | Robson Braga de Andrade disse, em evento sobre o tema na BandNews, que reforma deve trazer simplificação, redução da burocracia e desoneração total das exportações e dos investimentos
A burocracia, a complexidade e as distorções do sistema tributário brasileiro são amarras que precisam ser removidas para que indústria brasileira recupere sua capacidade de competir globalmente. De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, esses entraves – além do peso dos impostos sobre as empresas – minam a capacidade de investir do setor produtivo nacional. “Dê condições à indústria para ela competir e ela puxará o crescimento do Brasil”, disse o empresário, durante o Fórum BandNews Reforma Tributária, nesta segunda-feira (14), em São Paulo.
Ao lado do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), Andrade foi um dos debatedores do evento, que reuniu os autores das três principais propostas de reforma tributária em discussão no país. Em sua fala, o presidente da CNI colocou as três premissas básicas da indústria para uma reforma tributária: a fusão de impostos num Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) pago sobre o consumo, a desoneração completa das exportações e dos investimentos.
Embora sejam condicionantes de uma reforma que reduza o peso tributário sobre as atividades produtivas, Andrade acrescentou que as mudanças no sistema tributário precisam de medidas adicionais, para que não percam sua eficácia no longo prazo. E a principal delas é a reforma administrativa. “Será impossível manter a carga tributária sem novos aumentos com as mesmas indexações que existem no Orçamento (Geral da União) e as mesmas pressões que hoje existem por reajustes salariais”, explicou.
Para o presidente da CNI, a reforma tributária deve trazer simplificação, redução da burocracia e desoneração total das exportações e dos investimentos
CONVERGÊNCIAS – O fórum reuniu os idealizadores das três principais propostas de reforma tributária em discussão. Duas delas já se encontram no Congresso Nacional: a PEC 110/2019, que tem origem em proposta do ex-deputado Luiz Carlos Hauly e está no Senado; e a PEC 45/2019, do Centro de Cidadania Fiscal, do economista Bernard Appy, que está na Câmara dos Deputados. A terceira, elaborada pelo Instituto Brasil 200, fundado pelo empresário e CEO do Grupo Guararapes, Flávio Rocha.
As duas PECs têm um comum a criação de um IVA, que unificará tributos federais. Ambas trazem medidas de simplificação e a extinção de benefícios fiscais, como forma de da isonomia tributária às empresas de um mesmo setor. A principal diferença entre elas o período de transição – que incluem prazos para teste e implantação do novo sistema –, que variam de cinco a 10 anos. A proposta do Instituto Brasil 200, por sua vez, consiste de um tributo de alíquota reduzida – possivelmente 0,1% - que incidirá sobre todas as operações financeiras.
Apesar de divergências e diferenças entre os modelos, seus idealizadores são unânimes em dizer que o sistema tributário brasileiro está ultrapassado e sua reforma é urgente. “O Brasil é injusto. O sistema mata as empresas, mata as famílias e mata o poder aquisitivo dos brasileiros”, disse Hauly. Appy destacou que os modelos com base no IVA farão com que o Brasil migre para um modelo de padrão internacional, em uso nos países desenvolvidos. “A correção das distorções tem como objetivo acabar com impactos extremamente negativos para o país, que hoje mata a competição justa entre as empresas e tributa exportação e investimento”, disse.
SOBRECARGA – Flávio Rocha, do Instituto Brasil 200, apresentou o seu modelo como sendo capaz de distribuir melhor a carga tributária. Uma vez que incidiria sobre todas as operações financeiras, segundo ele, o tributo conseguiria abranger a significativa parcela da economia – em torno de 40% - que opera na informalidade e não recolhe impostos sobre suas receitas. “Hoje quem está na formalidade responde por 35% da carga tributária do país. É um nível gigantesco de stress tributário sobre o contribuinte”, afirmou.
O presidente da CNI lembrou que a indústria responde por 22% do PIB e por 34,2% da arrecadação de tributos federais (excluindo contribuições previdenciárias) e que, considerando os impostos estaduais e municipais, a participação supera os 40%. Ele manifestou, ainda, preocupação com a proposta de criação de um tributo sobre movimentações financeiros, que apresentaria grande cumulatividade, sobretudo em grandes cadeias produtivas, como as de alguns setores da indústria.
| CNI | | | | Pesquisa da CNI mostra que prazos reduzidos para quitação da dívida e exigência de garantias reais também figuram como entraves. Esse cenário faz com que a maior parte das empresas não renove suas linhas de financiamento
As taxas de juros muito elevadas são a principal dificuldade enfrentada pelos empresários industriais na obtenção de crédito, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ao todo, esse fator foi apontado por 80% das empresas que buscaram crédito de curto prazo e por 73% das que procuraram crédito de longo prazo no primeiro trimestre de 2019.
Os dados constam da Sondagem Especial 74 - Crédito de Curto e Longo Prazos, divulgada nesta segunda-feira (14), realizada em parceria com as federações estaduais de indústria.
Considerando apenas as empresas que buscaram crédito de curto prazo, a segunda principal dificuldade enfrentada foram os prazos reduzidos para o pagamento da dívida, com 36% das respostas. Em terceiro lugar, figurou a exigência de garantias reais (34%), quando o devedor oferece o seu patrimônio para assegurar a quitação da dívida.
No caso das empresas que buscaram crédito de longo prazo, as exigências de garantias reais e o processo lento e burocrático para se conseguir o financiamento empataram como a segunda principal dificuldade. Esses dois fatores foram assinalados por 46% das empresas.
Ao todo, a pesquisa ouviu 1.770 empresas entre 1 e 12 de abril de 2019. Do total, 734 são pequenas, 634 médias e 402 grandes.
COMPETITIVIDADE COMPROMETIDA - O economista da CNI Marcelo Azevedo explica que, mesmo com a taxa básica de juros (Selic) no menor patamar histórico, os empresários ainda se deparam com juros elevados quando buscam crédito no mercado.
Para Azevedo, as dificuldades enfrentadas para se obter recursos, no caso do crédito de curto prazo, prejudicam o cumprimento de obrigações imediatas das empresas, uma vez que esse crédito é usado, geralmente, para atender a demandas de capital de giro, como pagamento a fornecedores, despesas com funcionários e compra de insumos para a produção.
O de longo prazo, geralmente, é destinado ao financiamento de investimentos, como compra de máquinas e equipamentos, investimento em tecnologia da informação e ampliação de fábricas. Assim, neste caso, é a sobrevivência futura das empresas que é comprometida.
“Num momento de atividade econômica ainda fraca, essas dificuldades podem comprometer até mesmo a sobrevivência das empresas. Elas precisam de crédito para suas necessidades imediatas e também para acompanhar as mudanças tecnológicas, se mantendo competitivas dentro e fora do Brasil”, afirma o economista da CNI.
REDUÇÃO DOS JUROS - A CNI avalia ainda que o problema do alto custo do financiamento é agravado pelo atual sistema tributário brasileiro. Hoje, muitas vezes, as empresas são obrigadas a pagar os tributos antes de receber o dinheiro pela venda final dos produtos – e precisam de capital de giro para cobrir essa diferença no fluxo de caixa.
Para Azevedo, políticas de redução do spread bancário – a diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar crédito e a que cobram do tomador final – são elementos-chave para a viabilização do maior acesso a linhas de crédito de curto e longo prazo, em especial para empresas de menor porte. “Essas políticas vão desde a promoção de aumento da concorrência no setor até a políticas de redução da inadimplência”, afirma.
A pesquisa mostra, por exemplo, que, para as empresas industriais, a melhor alternativa para lidar com o problema de crédito de sua empresa é a redução de seu custo, independentemente do tipo de crédito que se pretende (curto ou longo prazo). No caso do crédito de curto prazo, a segunda alternativa mais assinalada foi ampliar a concorrência do setor bancário, com 21% de assinalações das empresas que buscaram essa linha de crédito. Em terceiro lugar, encontra-se ampliar as linhas públicas, empatado com ampliar o prazo de pagamento de tributos, ambos com 12%.
Considerando o crédito de longo prazo, o segundo lugar entre as principais medidas é ocupado por estimular a simplificação das exigências impostas pelas instituições financeiras por meio do melhor acesso à informação, com 22%. “Tanto a redução da concentração bancária quanto a ampliação da oferta de linhas públicas convergem para o objetivo de se ter um mercado de crédito mais competitivo”, explica Azevedo.
| CNI (publicado em 14-10-2019) | | | | Participaram do evento nomes como Victorio de Marchi, da Ambev, e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco
Após participar de um evento na Fiesp nesta segunda-feira (14) em que foi ovacionado por representantes da indústria no auditório de quase 500 lugares na avenida Paulista, o ministro da Justiça, Sergio Moro, seguiu para um jantar reservado com presidentes e donos de grandes empresas.
Na lista de convidados para o jantar, também organizado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estavam Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Candido Pinheiro (Hapvida), Dan Ioschpe (Iochpe Maxion), Edgard Corona (Bio Ritmo/Smart Fit), Flavio Rocha (Riachuelo), Francisco Gomes Neto (Embraer), Frederico Curado (Grupo Ultra), Marcos Lutz (Cosan), Raúl Padilla (Bunge Brasil), Victorio de Marchi (Ambev) e Waldemar Verdi Junior (Rodobens).
Skaf também promoveu jantares com empresários nos últimos meses nas ocasiões em que recebeu na Fiesp o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente, Hamilton Mourão.
Nesta segunda, Moro e Skaf anunciaram um acordo de cooperação técnica para capacitação de detentos pelo Senai, conforme antecipou a coluna Painel S.A.
| Folha de S. Paulo (publicado em 14-10-2019) | | | | Expectativa é que valor da operação fique em torno de R$ 3 bilhões
Botijão O mercado espera que a Petrobras anuncie nesta semana o acordo final para a venda da Liquigás ao consórcio formado por Itaúsa, Copagaz e Nacional Gás Butano. A expectativa é que o valor da operação fique em torno de R$ 3 bilhões. Procurada, porém, a estatal não comenta sobre o assunto.
Cozinha O consórcio apresentou melhor proposta para a compra da subsidiária em agosto e negocia contrato desde então. É a segunda vez que a Petrobras tenta vender a Liquigás. Em 2018, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) vetou uma operação de R$ 2,8 bilhões com o grupo Ultra, que controla a Ultragaz.
| Folha de S. Paulo | | | | Fundo alerta que países ricos têm hoje munição limitada para enfrentar eventual nova crise
Prevendo um cenário de aceleração e alta do PIB brasileiro de 2% em 2020, o FMI (Fundo Monetário Internacional) rebaixou outra vez a estimativa de crescimento mundial para este ano.
Segundo o Fundo, a desaceleração sincronizada global em curso diminuirá o ritmo de aumento do PIB global em 2019 para 3%, o menor patamar desde a chamada Grande Recessão de uma década atrás.
Para 2020, o cenário é de pequena recuperação, com alta projetada de 3,4%, mas ainda abaixo do crescimento de 2018 (3,6%).
No ano que vem, as duas maiores economias do mundo (EUA e China) devem continuar desacelerando. No ano eleitoral de 2020, os EUA devem crescer 2,1%. Já o crescimento chinês cairá para 5,8%.
DESIGUALDADE GLOBAL
Mas o PIB mundial em 2020 poderá se recuperar com uma retomada mais forte da atividade na zona do euro e em outras economias menores.
O Brasil é uma delas, com a projeção de crescimento dobrando do 0,9% previsto para este ano para 2% no ano que vem. Neste cenário, a taxa de desemprego cederia dos atuais 11,8% para 10,8% ao final do ano que vem.
O Fundo alerta, no entanto, que para manter ou acelerar o crescimento, o Brasil deve persistir no ajuste das contas públicas e nas reformas em curso.
Na Europa, a Alemanha também tende a se recuperar com alguma força, seguida por Itália, Reino Unido e França.
Mas o Fundo diz que, além de não ser uniforme, a recuperação global prevista para 2020 é “precária” e poderá continuar sendo contaminada por fatores que seguraram o crescimento mundial neste ano.
Entre eles, há grande indefinição sobre um eventual acordo entre EUA e China na área comercial, o baixo crescimento da produtividade nas principais economias e o envelhecimento populacional nos países ricos.
Para o comércio internacional, importante motor do crescimento global, o FMI projeta neste ano um crescimento de apenas 1,1%, bem baixo da alta de 3,6% em 2018. A recuperação prevista em 2020 chega a 3,2%. Se frustrada, será um dos principais fatores a deprimir novamente a economia global.
Além do comércio menor, as principais economias do mundo registram quedas tanto na produção industrial quanto nos índices de confiança dos empresários.
Na indústria, houve ainda um baque adicional vindo do setor automobilístico e da menor atividade em suas longas cadeias produtivas, que representam 5,7% da produção industrial global. Parte disso deveu-se a novos padrões de emissão de poluentes adotados na Europa e na China.
Além da precariedade da recuperação prevista em 2020, o Fundo destaca em seu Panorama da Economia Mundial para o fato de os países ricos afetados pela crise global de 2008-2009 terem hoje “munição limitada” para agirem em caso de novos problemas.
Para salvar o mundo de um colapso há dez anos, os bancos centrais dos países ricos baixaram agressivamente suas taxas básicas de juro e injetaram desde então cerca de US$ 15 trilhões no mercado global comprando títulos de governos e de empresas em dificuldades.
A maior oferta de dinheiro levou o mundo a se endividar em níveis recordes, com débitos somados de governos, empresas e famílias atingindo agora US$ 250 trilhões, o equivalente a 320% do PIB.
Numa eventual nova crise, injetar mais dinheiro barato nas economias afetadas, segundo muitos especialistas, trará pouco impacto sobre a atividade e muitas dúvidas sobre a sustentabilidade de um endividamento cada vez maior.
| Folha de S. Paulo | | | | Fundo espera que reformas fiscais e estruturais sejam concluídas para país entrar em rota econômica crescente
O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou a projeção do PIB brasileiro em 2019, mas afirmou que "mais precisa ser feito" em termos de reformas fiscais e estruturais para que o país entre de vez em uma rota de crescimento econômico.
A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, afirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil "registrou alguma recuperação e melhora" nos índices econômicos este ano, com destaque para o avanço da reforma da Previdência no Congresso. No entanto, ponderou que as incertezas políticas que envolveram a negociação do projeto refletem de forma negativa nos números do país e que é preciso concluir as reformas para superar a crise.
"A reforma da Previdência está em progresso. Isso é bom mas, isso posto, mais precisa ser feito", disse Gopinath em coletiva à imprensa em Washington. "Esperamos que, com mais reformas, as perspectivas melhorem."
Oya Celasun, chefe da divisão responsável pelo documento Perspectiva Econômica Mundial do FMI, por sua vez, acrescentou que o Brasil cresceu cerca de 1% nos últimos anos e, este ano, "apenas 0,9%."
"Esperamos esse progresso nas reformas fiscais e estruturais para a confiança na economia começar a ser percebida."
Os dados sobre a atividade econômica no Brasil já divulgados para o terceiro trimestre deste ano mostram que a economia segue em trajetória errática, sem sinais de retomada consistente e ainda depende do consumo das famílias e dos setores de comércio e serviços.
Investidores nos EUA, por exemplo, afirmam que têm adiado colocar dinheiro no Brasil porque o andamento das reformas no Congresso não tem se refletido nos índices econômicos e, sem crescimento, avaliam que é melhor não apostar no país agora.
O FMI divulgou nesta terça o relatório "Desaceleração global da manufatura, barreiras comerciais em elevação", no qual aumenta a projeção do PIB do Brasil em 2019 de 0,8% —estimativa em julho— para 0,9% agora. Em 2020, a previsão passou de 2,4% para 2%.
Na esteira da guerra comercial entre EUA e China e a desaceleração da economia global, o Fundo também previu a diminuição do ritmo de crescimento mundial para 3% este ano, o menor patamar desde a chamada Grande Recessão, dez anos atrás. Para 2020, o cenário no mundo é de pequena recuperação, com alta projetada de 3,4%, mas ainda abaixo do crescimento de 2018, de 3,6%.
| Folha de S. Paulo | | | | Ações emitidas na operação terão preço unitário de R$ 35,72 para novos papéis ordinários
A Eletrobras informou que o conselho de administração da companhia aprovou a convocação de assembleia geral extraordinária de acionistas para deliberar sobre um aumento de capital por subscrição privada de até R$ 9,98 bilhões.
Um montante mínimo de R$ 4,05 bilhões deverá ser subscrito e integralizado pela União, controladora da empresa, por meio da capitalização de AFACs (Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital), informou a estatal em comunicado na noite de segunda-feira (15).
As ações emitidas na operação terão preço unitário de R$ 35,72 para os novos papéis ordinários e de R$ 37,50 para os preferenciais de classe B, definido com base na média ponderada dos últimos 30 pregões da bolsa B3 antes de 7 de outubro pelo volume de ações negociadas no período, considerando-se deságio de 15%.
Os acionistas terão direito de preferência para a subscrição das novas ações na proporção de suas participações no capital da companhia.
"O deságio justifica-se devido ao prazo estimado de cerca de 60 dias entre a data de convocação assembleia geral de acionistas e o término do período de preferência de 30 dias, visando garantir que a proposta será atrativa para os investidores, uma vez que poderá haver variação do preço atualmente praticado até a data da efetiva subscrição e integralização", afirmou a Eletrobras.
A estatal acrescentou que os novos recursos levantados com a operação "têm por objetivo reforçar o caixa da companhia" e fazer frente a seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2013, incluindo despesas com planos de desligamento, desligamento de terceirizados, reperfilamento de passivos financeiros e desalavancagem.
A Eletrobras ainda explicou que haverá possibilidade de acionistas que têm direitos a dividendos referentes a 2018 ainda não pagos pela companhia utilizarem esses créditos para subscrever ações no aumento de capital, o que "poderá evitar o desembolso de caixa pela companhia".
| Folha de S. Paulo | | | | Produto é o primeiro da nova marca global Blue Horizon para o desenvolvimento de novas tecnologias
Otimista com a retomada do mercado brasileiro de caminhões, a Meritor lança na Fenatran 2019 seu eixo elétrico 14Xe, primeiro produto desenvolvido pela nova marca global Blue Horizon, unidade de negócio recém-criada e exclusivamente dedicada ao desenvolvimento de novas tecnologias globais para a mobilidade. Um modelo de caminhão foi montado com o novo eixo na sede da empresa, no Michigan (EUA), onde está sendo testado, e está em exposição durante o evento, que acontece até a sexta-feira, 18, no São Paulo Expo.
O eixo conta com um motor elétrico central de duas velocidades e é integrado ao eixo diferencial trativo, o que libera espaço para a bateria, inversores e demais hardwares necessários ao tipo de motorização para veículos elétricos. O produto utiliza a carcaça de um modelo convencional, possibilitando fácil integração com o veículo. Desenvolvido para equipar caminhões médios, a partir de 16 toneladas de PBT, o 14Xe foi desenvolvido para as versões 4x2, com capacidade de carga de 9 a 26 toneladas e 6x4 com capacidade de 26 a 40 toneladas. Possui três faixas de motorização: 150, 180 e 200 kW.
“Este é o lançamento oficial do primeiro eixo elétrico Blue Horizon no Brasil e já estamos trabalhando com as montadoras para caminhões menores, de entregas urbanas, que acreditamos, serão os nichos que vão demandar mais veículos elétricos”, declara o diretor de vendas e marketing da Meritor, Kleber Assanti, durante a apresentação do produto à imprensa na segunda-feira, 14, na Fenatran.
O executivo confirma que uma das empresas com a qual já conversa a respeito do eixo elétrico é a Volkswagen Caminhões e Ônibus, que será a primeira montadora a produzir um caminhão elétrico no Brasil. A companhia confirmou as primeiras parceiras que farão parte do e-Consórcio, esquema fabril no mesmo molde do consórcio modular que opera em sua fábrica de Resende (RJ) e que a partir de 2020 passará a produzir o caminhão elétrico e-Delivery. A Meritor é uma dessas parceiras.
“Já somos um parceiro antigo da Volkswagen Caminhões e Ônibus e agora, no e-Consórcio, vamos iniciar com o fornecimento de eixo tradicional, mas a intenção é no futuro trabalhar com o eixo elétrico”, revela Assanti. “Além disso, a aplicação também deve ir para os ônibus escolares”, completa.
O executivo afirma que a empresa vive um novo momento de crescimento no Brasil, após perdas de volumes de vendas com a saída da Ford Caminhões do mercado. Segundo Assanti, o forte crescimento do mercado de caminhões pesados impulsionou as vendas da empresa, que cresceram 16% no fornecimento direto às montadoras no Brasil. O negócio de eixos representa 50% do faturamento da companhia no País.
Para 2020, a expectativa da Meritor é de que o mercado brasileiro de caminhões cresça mais 6%. “O mercado vai crescer, não de forma exponencial que vimos este ano, mas ainda assim é um crescimento importante e a Meritor também vai acompanhar esse avanço, com maior participação no mercado a partir dos novos negócios que estamos conquistando.”
Assanti também comemora o novo contrato com a Volkswagen Caminhões para o fornecimento de eixos para os Delivery 11.180 (PBT de 11 toneladas) que começam já na próxima semana a partir de sua fábrica localizada em Osasco (SP). Ele anuncia que o fornecimento também será feito para o Delivery 9.170 (PBT de 9 toneladas) em breve.
Atualmente, a companhia produz dez diferentes famílias de eixos e as fornece para as principais montadoras no País, como DAF, Iveco, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Volvo e Mercedes-Benz, com quem mantém negociações para fornecer aos ônibus escolares da marca. A empresa não fornece para a Scania.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | | Empresa cinquentenária comemora retomada do setor com quatro lançamentos na Fenatran
A Librelato, fabricante de implementos rodoviários que comemora 50 anos em 2019, apresentou quatro novidades na Fenatran 2019, de 14 a 18 no São Paulo Expo. Os lançamentos são o semirreboque graneleiro 12500 Pró-Nio (com Nióbio na composição do aço, o que reduz o peso e aumenta em 780 kg a capacidade de carga), o Sider Grid (furgão para cargas paletizadas), a linha Wood King de fueiros florestais e a suspensão pneumática com eixo autodirecional.
Além dos lançamentos, a fabricante revelou uma inovação: o sistema de conectividade produzido em parceria com a Sascar, empresa especializada em gestão de frotas. “Usando essa tecnologia, os frotistas elevarão o padrão de controle e monitoramento de suas cargas, até com os implementos desacoplados dos cavalos-mecânicos. Com os novos modelos e o uso da conectividade, a Librelato espera manter seu crescimento em 2020.
“Com um melhor ambiente econômico no País e produtos que entregam alta rentabilidade aos frotistas, acreditamos que fecharemos este ano com cerca de 14% de participação no mercado nacional”, diz José Carlos Sprícigo, CEO da empresa.
Em maio a Librelato anunciou investimento de R$ 25 milhões no desenvolvimento de produtos, construção de nova área fabril de 9 mil metros quadrados e ampliação da área administrativa, que incluirá uma área totalmente dedicada às mulheres.
As obras serão concluídas em março de 2020 e a capacidade produtiva atual passará de 11 mil para 14 mil implementos. Preparando-se para o esperado aumento da demanda, a empresa contratou 450 novos profissionais no primeiro semestre de 2019, aumentando para 1,6 mil o número de funcionários.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | | Empresa lança itens de sinalização e monitoramento de pressão dos pneus, além de implemento com descarga rápida
A Noma, fabricante de implementos sediada no Paraná, está apresentando na Fenatran 2019, de 14 a 18 de outubro no São Paulo Expo, duas novidades ligadas à segurança viária: o sistema Safe Light e um conjunto de sensores de pressão e temperatura dos pneus, exclusivo para o implemento. Outra atração é a carreta Smart Floor, que proporciona operações de descarga de biomassa (carvão vegetal e bagaço de cana, por exemplo) em até três minutos, seis vezes mais rápido do que com implementos similares.
O Safe Light é formado por um conjunto de luzes de LED que contribui para a segurança viária, pois inclui luzes laterais repetidoras das setas que melhoram a sinalização, principalmente nas mudanças de faixa. As lanternas – também de LED – são mais eficientes, econômicas e ainda contam com luzes de ré com maior intensidade, que iluminam a traseira do veículo nas manobras.
Outra inovação em termos de segurança apresentada pela Noma na Fenatran é o sistema de monitoramento de pressão e de temperatura dos pneus exclusivo para o implemento, independentemente do cavalo mecânico.
Esse equipamento, que estará disponível como opcional para toda a linha de produtos da marca a partir do próximo ano, vai permitir que os pneus da carreta sejam monitorados por meio de um aplicativo de celular, permitindo que tanto o frotista como o motorista possam intervir assim que qualquer anomalia em um dos pneus for detectada. Além do aplicativo, a carreta com o sistema emite avisos luminoso e sonoro, que também alertam o motorista sobre a falha.
Já a carreta Smart Floor é direcionada para o transporte de cargas como cavacos de madeira, carvão vegetal e bagaço de cana de açúcar. Apresenta como principal vantagem a rapidez nas operações de descarga.
Por meio de um sistema de abertura lateral patenteado pela Noma, ela permite que a carga seja totalmente liberada apenas com o uso da gravidade em até três minutos (dependendo da carga), o que corresponde ao ganho de até seis vezes se comparado ao processo realizado com implementos similares.
“A tecnologia age em sincronia com um método prático e descomplicado, por meio de acionamento por controle remoto. É uma quebra de paradigma no transporte de biomassa e produtos similares”, afirma Josué Araújo, gerente de engenharia da Noma.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | | Clima otimista toma conta do evento, que contou com forte presença de lideranças globais das fabricantes de veículos
Depois de altas vertiginosas e baixas profundas, o setor de caminhões parece se aproximar de acertar o passo com um crescimento mais sustentável. Ao menos é isto que demonstram as fabricantes de veículos para o segmento que participam da Fenatran.
O maior salão de transportes da América Latina acontece em São Paulo até 18 de outubro e espera 60 mil visitantes. Na segunda-feira, 14, Automotive Business conduziu a Fenatran Innovation Journey, uma visita guiada para mostrar o clima do evento, as tendências de mercado e as principais novidades apresentadas pelas fabricantes de caminhões.
OTIMISMO PARA AS VENDAS MESMO COM PIB RETRAÍDO
Há dois movimentos claros no evento. O primeiro deles é o otimismo com a expansão das vendas. Nas montadoras, a perspectiva de crescimento é unânime. Há os mais ambiciosos, como Ricardo Barion, diretor de vendas e marketing da Iveco, que apontou a expectativa de que o mercado brasileiro de caminhões cresça 15% em 2020. Por outro lado, tem quem identifique alguns riscos no horizonte. Este é o caso de Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz.
“Os dirigentes do País precisam fazer a sua parte para que o mercado continue a crescer, garantindo o expansão do PIB e as reformar necessárias para a retomada da confiança”, defendeu.
O crescimento esperado para a economia este ano é de modestos 0,87%. Apesar da forte correlação com o resultado do PIB, o mercado de caminhões não parece que vai se abalar no curto prazo mesmo com o aumento pífio do indicador. A trajetória de crescimento das vendas é reforçada pela Anfavea, associação que reúne as montadoras. A entidade avalia que o mercado de veículos pesados chegará a 123 mil unidades em 2018. Por causa da queda nas exportações para a Argentina, a produção deve avançar menos do que o esperado inicialmente, 8,2%, para 145 mil unidades.
MERCADO BRASILEIRO GANHA PROTAGONISMO GLOBAL
O segundo movimento evidente na Fenatran é que, com a melhora da performance do mercado, a indústria brasileira de caminhões voltou a atrair a atenção global – talvez até de forma inédita. Quase todas as fabricantes levaram lideranças mundiais para apresentar as novidades na Fenatran e reforçar publicamente a aposta no Brasil.
Ao contrário do que acontece no segmento de veículos leves, muitas soluções desenvolvidas para os caminhões localmente são destaque global das marcas. Este é o caso da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que anunciou no evento os parceiros para a produção do e-Delivery no Brasil, o primeiro caminhão elétrico da organização, com um formato inédito de produção para a tecnologia no mundo.
A Mercedes-Benz também se destacou com o novo Actros, que conta com uma série de recursos desenvolvidos no Brasil e um pacote tecnológico generoso, com recursos como frenagem autônoma de emergência e, entre os opcionais, a substituição dos espelhos retrovisores por câmeras.
Acompanhe as principais novidades apresentadas pelas fabricantes de caminhões na Fenatran:
DAF
Com só seis anos de operação no Brasil, a marca holandesa participa da Fenatran pela quinta vez. A empresa aproveitou o evento para anunciar investimento de R$ 100 milhões em um centro de distribuição de peças. Entre os produtos, a novidade é o CF85, com chassi rígido.
Iveco
Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América Latina, abriu a coletiva de imprensa da companhia anunciado que, depois de um período de recuo de participação de mercado, o plano é enfim recuperar espaço nas vendas a partir de agora.
Uma das apostas para isso é a nova linha Daily de comerciais leves. A gama de furgões e vans ganhou novo design, mais eletrônica embarcada, controles de tração e estabilidade, além de modo de condução com mais economia de combustível.
Mercedes-Benz
A Mercedes-Benz é responsável por uma das grandes novidades da Fenatran: o novo Actros. O extrapesado foi lançado recentemente na Europa e teve desenvolvimento próprio para o Brasil. A companhia já abriu os pedidos para o modelo e, inclusive, vendeu a primeira unidade. As entregas, no entanto, só começam a ser feitas no começo de 2020.
O veículo foi anunciado por Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz no Brasil, com o “primeiro caminhão digital do País”. O desenvolvimento da novidade consumiu parte importante do investimento de R$ 2,4 bilhões anunciado pela montadora para o período 2018-2022.
Peugeot e Citroën
A coletiva de imprensa do Grupo PSA foi a única conduzida por uma mulher: Ana Theresa Borsari, diretora geral das marcas. Ela anunciou uma ofensiva no mercado de veículos utilitários com a ambição de conquistar a liderança do segmento. A companhia apresentou na feira as versões minibus de Peugeot Boxer e Citroën Jumper, cujas vendas iniciaram em setembro.
A executiva também confirmou a chegada da Free2Move no mercado de veículos profissionais, com soluções de telemetria e gestão de frotas. A marca oferece soluções de mobilidade na Europa, incluindo o compartilhamento de veículos.
Scania
A marca sueca reforçou no evento o propósito de liderar a transição para um modelo mais sustentável. “O transporte é responsável por 18% das emissões de CO2 do planeta. Se somos parte do problema, precisamos ser parte da solução”, declarou Mathias Carlbaum, chefe mundial da área comercial da companhia.
A Scania também anunciou que começa a receber na Fenatran os pedidos para caminhões a gás, que a empresa produzirá a partir de 2020 em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP). O projeto faz parte do investimento de R$ 2,6 bilhões que a empresa programou para o País entre 2017 e 2020.
Volkswagen Caminhões e Ônibus
O presidente da companhia, Roberto Cortes, apresentou a solução da companhia para produzir o primeiro caminhão elétrico do Brasil, uma versão do consórcio modular que reúne oito fornecedores: Bosch, CATL (fabricante chinesa de baterias), Moura, Semcon, Siemens, Weg, Meritor e Eletra. O modelo, em exibição no estande da marca, começa a ser fabricado em 2020, com as primeiras entregas previstas para o segundo semestre.
Volvo
A Volvo aproveitou o evento para anunciar a produção global de caminhões elétricos a partir de 2020, mas ainda sem previsão de chegada destes modelos no Brasil. A empresa mostrou em seu estande o The Iron Knight, caminhão mais rápido do mundo, com 2.400 cv e velocidade máxima de 276 km/h. Na prática, no entanto, a companhia apresentou pouca novidade para o mercado brasileiro: o principal lançamento é a série especial FH 40 anos, que comemora as quatro décadas de produção de veículos da marca no Brasil.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | | Gerenciamento de utilização dos pneus é destaque entre serviços oferecidos
A Goodyear lança na Fenatran 2019, de 14 a 18 no São Paulo Expo, o Goodyear Total Solutions, pacote para frotistas que reúne produto, distribuição e serviços. De olho em um mercado de 6 milhões de pneus/ano, que geram R$ 10 bilhões anuais, a empresa aposta na força de sua distribuição, com 430 pontos de venda, 90 truck centers, 100 recapadoras e oferta variada de pneus e serviços. O Brasil é o primeiro país na América Latina em que o programa está sendo implantado.
“Um dos destaques do pacote é o Max Services, programa de gestão para frotas que querem estar focadas em seu negócio principal e terceirizar a gestão de pneus”, afirma Eduardo Gualberto, diretor da unidade de pneus comerciais da Goodyear do Brasil.
O Max Services é um dos pontos principais do pacote de serviços, que inclui ainda o Max Force e o Max System. O primeiro se refere à assistência técnica com uso de softwares para otimizar a prestação de serviços nas oficinas.
O Max System envolve dois sistemas com tecnologia analítica e telemetria avançada, que facilitam a tomada de decisões nas frotas com base em informações confiáveis.
Um deles é o Control Max, para gestão on-line de pneus a partir de aplicativo para inspeção de pneus, integrado via Bluetooth aos equipamentos para medição dos sulcos e da pressão dos pneus. O outro é o Tyre Scan, tecnologia que realiza o diagnóstico em segundos da pressão de ar, profundidade dos sulcos, desgaste da banda de rodagem e a realização da pesagem dos eixos por meio de sensores.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | | Governador diz que até o fim do mês situação da fábrica de São Bernardo estará resolvida
Na cerimônia de abertura oficial da Fenatran 2019 na segunda-feira, 14, a única marca de caminhões que não exibe produtos no salão chamou mais atenção do as que montaram seus pomposos estandes no São Paulo Expo.
Em seu discurso, o governador de São Paulo, João Doria, disse que a Ford estará de volta ao evento em 2021, quando acontece a próxima Fenatran. Segundo Doria, antes do fim deste mês deve ser formalizada a compra da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que a Ford decidiu fechar no início do ano e que o Grupo Caoa confirmou sua intenção de aquisição em setembro passado.
O negócio, que o próprio Doria ajudou a intermediar, dependia ainda da auditoria para ser fechado. Alguns rumores que circularam durante o último mês colocavam em dúvida a viabilidade da compra pelo Grupo Caoa, até então único a formalizar o interesse. A declaração do governador confirma, portanto, que a aquisição será efetivada e que os caminhões Ford voltarão a ser produzidos na planta do ABC paulista.
Como já é hábito em seus discursos, Doria soltou mais um balão de ensaio sob medida para o público que o assiste: disse que em breve a Anfavea, a associação nacional dos fabricantes de veículos, deverá “ganhar um novo sócio chinês”.
Acrescentou ainda que a nova fabricante a se instalar no Estado é resultado de negociações realizadas em sua recente visita à China. Talvez esta informação esteja ligada à compra da fábrica e da marca de caminhões Ford pela Caoa. Isso porque o grupo do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade também negociava representar e fabricar no Brasil caminhões de uma marca chinesa, possivelmente na mesma fábrica de São Bernardo que estaria comprando.
RENOVAÇÃO DE FROTA
Ao ouvir um discurso que o antecedeu em defesa da adoção de um programa de renovação de frota de caminhões no País, Doria aproveitou para oferecer ao público mais uma de suas iniciativas: anotou a proposta em um pedaço de papel e, quando foi sua vez de falar, disse que pretendia adotar a renovação no Estado de São Paulo. Em ato contínuo, já marcou com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, uma reunião na quarta-feira da próxima semana para discutir o assunto.
Propostas para tirar de circulação caminhões antigos, poluidores e sem segurança e substituí-los por mais novos já foram apresentadas dezenas vezes ao governo federal, mas sempre esbarrou na falta de recursos para bancar o programa.
“Devido a distorções do mercado brasileiro, o caminhão usado tem preço elevado e é preciso desembolsar uma soma inicial alta para ressarcir o proprietário do veículo que seria encaminhado à reciclagem. Outro problema é o da falta de garantias para financiar o caminhão novo para este mesmo proprietário”, aponta Moraes.
Segundo o presidente da Anfavea, Doria defende que se o governo paulista de fato adotar o programa de renovação, deverá incentivar o resto do País a fazer o mesmo. De acordo com o último levantamento feito há quatro anos, existiam cerca de 230 mil caminhões com mais de 30 anos de uso rodando no Brasil, o que por si só já justificaria um programa de renovação.
Moraes revelou que a Anfavea já encomendou a uma consultoria um novo estudo sobre a frota brasileira de caminhões, que deve ser apresentado antes do fim deste ano. “A ideia é mostrar ao governo o quanto custa para a sociedade não fazer a renovação e continuar com esses veículos em circulação, causando acidentes e poluição, com danos à saúde da população”, afirma o dirigente, que assim espera sensibilizar o governo a direcionar verbas para o programa.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | | Produto Suspensys está em fase de testes de durabilidade e chega ao mercado até 2021
As Empresas Randon aproveitam a Fenatran 2019 para reforçar sua ofensiva tecnológica para o setor de transporte de carga e apresenta entre diversas inovações seu primeiro módulo de tração elétrica e-Sys, produto que está sendo desenvolvido pela Suspensys, fabricante de eixos da companhia.
Totalmente desenvolvido no Brasil pelo Centro Tecnológico Randon (CTR) o sistema equipa a nova carreta Randon Hybrid R: um conjunto eletromecânico formado por uma unidade de controle eletrônico (ECU, na sigla em inglês), bateria, inversor e motor elétrico da Weg acoplado a um eixo desenvolvido exclusivamente para este fim.
O conceito utiliza um software, também desenvolvido localmente, que gerencia todo o sistema automaticamente e possui ainda recuperação de energia gerada durante a frenagem e descidas, capacitando a carreta a ajudar o caminhão em aclives.
De acordo com o vice-presidente e COO da divisão de autopeças das Empresas Randon, Sérgio Carvalho, dependendo da aplicação, da condição de carga e da estrada, a economia de combustível pode chegar até a 25%, além de auxiliar no menor desgaste dos componentes.
“Esta inovação reduz o TCO [custo total de operação] com economia no consumo de combustível e menor tempo nas viagens. Ao mesmo tempo em que aumenta a segurança, com adição do sistema de regeneração de frenagem, e auxilia na redução das emissões”, afirma Carvalho.
EM FASE DE TESTES
O e-Sys ainda está em fase de testes de durabilidade, após passar por avaliação de funcionamento de todo o sistema. A expectativa da Randon é de que os testes finais se concretizem até o ano que vem e que o produto esteja disponível para produção e vendas no mercado brasileiro no fim de 2020 ou nos primeiros meses de 2021.
Durante as avaliações já realizadas, o sistema se mostrou bastante eficaz. Dados da empresa mostram que em um trajeto comum, o consumo de combustível diesel oscilou entre 34 a 37 litros/hora. Com o sistema acionado, o consumo caiu para o equivalente entre 16 e 19L/h, dependendo das rotas de condições de uso e carga.
O algoritmo do sistema controla toda a sua atuação, ligando e desligando automaticamente e decidindo de forma autônoma quando é a hora necessária de utilizar a tração elétrica auxiliar, além de definir os momentos de carregar a bateria. Segundo o sistema pode adicionar algo em torno de 200 cv a mais de capacidade e força de tração ao cavalo mecânico.
“O algoritmo foi especialmente desenvolvido pela própria Suspensys, com o apoio de parceiros, para maximizar a redução de combustível e, acima de tudo, garantir a máxima segurança do conjunto”, destaca o diretor da Suspensys, Esdânio Pereira.
| Automotive Business (publicado em 14-10-2019) | | | |
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