| 16 de DEZEMbro de 2019
Segunda-feira
- Risco-país brasileiro vai ao menor patamar desde 2010
- Ações de pequenas empresas têm melhor resultado
- Condições são boas para esperar um crescimento melhor que nada
- Nova redação da NR 20 deverá trazer economia de R$ 1 bi ao ano
- Inovação eleva participação de Taiwan no setor automotivo
- Desempenho da indústria de máquinas e equipamentos no ano é o melhor desde 2014
- Fenafisco critica posicionamento da Fiesp sobre sonegação de impostos
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'Vamos acabar não distinguindo mais segunda de domingo', diz Maria Cristina Peduzzi
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Fracassa nova tentativa de greve de caminhoneiros
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Após fechar fábrica, Ford demite metade dos funcionários de campo de provas
- Sem acordo sobre mercado de carbono, COP25 termina sem alcançar seus objetivos
- Eficácia do tabelamento dos juros do cheque é questionada por especialistas
- Projeção de IPCA 2019 sai de 3,84% para 3,86% e segue em 3,75% em 2021, diz Focus
- IPC-S acelera a 0,87% na segunda quadrissemana de dezembro, afirma FGV
- IGP-10 de dezembro fica em 1,69% ante alta de 0,19% em novembro, reval FGV
- Com apoio da Rede AB, IQA se compromete com Princípios de Empoderamento da Mulher
- Indústria 4.0, desafio para os sistemas de legados da produção
- Centro de peças Volkswagen em Vinhedo completa 15 anos em crescimento
- Grupo Volkswagen pode bater novo recorde de vendas
- Schaeffler e ABT vão eletrificar comerciais até 3,5 toneladas
- Com nova sede, IQA está pronto para o Rota 2030
- JBS fará investimento de R$ 8 bi nas operações do Brasil entre 2020 e 2024
- SEW vai investir R$ 10 mi na ampliação da fábrica em Rio Claro
- Compra da Ford SBC é remota, diz Caoa
- Tratamentos térmicos podem melhorar as propriedades de aços feitos por impressão 3D
- Ponta Grossa deve ganhar 2ª fábrica de caminhões em 2020
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Câmbio
Em 16/12/2019
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Euro
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Fonte: BACEN
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| | | | | CDS de 5 anos cai abaixo de 100 pontos; dólar recua para R$ 4,06
O risco-país brasileiro medido pelo CDS (Credit Default Swap) de cinco anos opera no menor nível em nove anos nesta segunda-feira (16). Depois de nove quedas consecutivas, o índice está em 98 pontos, menor valor desde novembro de 2010, queda de 2,8% na sessão por volta das 14h18.
O CDS funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias, especialmente as emergentes. Se o indicador sobe, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país, se ele cai, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país saldar suas dívidas.
Operador da Bolsa de Nova York
Em 2010, o Brasil tinha o selo de bom pagador concedido pelas agências de classificação de risco S&P, Fitch e Moody’s, outra chancela acompanhada por investidores internacionais ao decidir aplicações em países emergentes, considerados mais arriscados.
Na última quarta (11), a S&P elevou de estável para positiva a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB- (três degraus abaixo do selo de bom pagador). No mesmo dia, o Banco Central cortou a taxa básica de juros de 5% a 4,5% ao ano, mínima histórica.
Embora preveja que a relação dívida/PIB do país deva continuar a crescer nos próximos três anos, a agência americana citou a perspectiva de melhora da posição fiscal do país, após a aprovação da reforma da Previdência e com a perspectiva de continuidade da agenda fiscal em 2020, embora o risco de reveses continue material.
O CDS começou a cair de forma mais vigorosa em junho, quando a reforma da Previdência estava em discussão na comissão especial da Câmara dos Deputados. A medida é vista como crucial para estabilizar a dívida pública, o que diminui o risco de um calote no futuro. Após o término da tramitação do projeto no Senado concluir, no final de outubro, o risco-país acelerou a queda.
O que é o risco-país
Funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores globais em relação a economias, especialmente as emergentes
O “termômetro” mais usado hoje é o CDS (Credit Default Swap), instrumento financeiro que indica o risco de calote de um país
Se o indicador sobe muito, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país e desconfiam que ele não vai saldar os pagamentos regulares de sua dívida
Se o indicador cair, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país saldar suas dívidas
Indiretamente, o risco-país também aponta expectativas em relação aos demais indicadores da economia, como o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)
O movimento desta segunda é fruto de um viés mais otimista no exterior e no Brasil. Na última sexta (13), China e Estados Unidos anunciaram que chegaram a um entendimento a respeito da fase 1 do acordo comercial para cessar a disputa econômica entre os países que já dura quase dois anos. Os detalhes ainda não foram divulgados, mas a primeira etapa do acordo envolve o aumento da compra produtos agrícolas americanos por parte da China e redução, por parte dos Estados Unidos, das tarifas sobre importações chinesas.
Para se somar ao cenário positivo, dados da economia chinesa vieram melhores que o esperado nesta segunda. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), as vendas do varejo no país cresceram 8% em novembro em relação ao mesmo mês de 2018, acima da expectativa do mercado. Em outubro, o crescimento foi de 7,2%. A produção industrial também acelerou e teve alta de 6,2% em novembro com relação a 2018, ante 4,% em outubro.
"Em geral, as leituras de novembro são recebidas de bom grado por investidores, mas acreditamos que ainda é cedo para definir um movimento de recuperação sustentável da economia chinesa, uma vez que, como foi o caso em setembro, já tivemos diversos meses com crescimento isolado", diz relatório da Guide Investimentos.
O índice CSI 300, que mede o desempenho das Bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen, fechou em alta de 0,5% e índices americanos operam em níveis recordes. Dow Jones sobe 0,7%, S&P 500, 0,8% e Nasdaq, 1%.
Em Londres, a Bolsa subiu 2,5% com a vitória do líder conservador Boris Johnson na eleição de quinta-feira (12), que pode levar a conclusão do Brexit.
No Brasil, o Ibovespa também opera na máxima, a 113.025 pontos, alta de 0,4%, por volta das 12h30. A cotação do dólar recua 1%, a R$ 4,067, menor valor desde 6 de novembro. O real é a moeda emergente que mais se valoriza no pregão.
Nesta segunda, o boletim Focus do Banco Central aponta um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2019 e 2020. De 1,1% na semana anterior, a expectativa do mercado para o PIB deste ano passou para 1,12%. Para o próximo ano, a expectativa foi de 2,24% a 2,25%.
| Folha de S. Paulo | | | | Os fundos small caps foram o tipo de fundo de investimento em ações que mais rendeu no acumulado de 12 meses até novembro de 2019: 40%, segundo dados mais recentes divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Esses fundos privilegiam papéis de valores considerados baixos no mercado de ações, cuja capitalização vai de R$ 300 milhões a R$ 2 bilhões. A carteira é composta por pelo menos 85% dessas ações, que não estão listadas entre as 25 maiores companhias que compõem o índice IBrX, o Índice Brasil da Bolsa de Valores.
Em um cenário de juros baixos – a taxa básica, Selic, está no piso histórico de 4,5% ao ano – e com sinais de recuperação da economia – vide a mudança de perspectiva de nota de crédito atribuída ao País pela S&P na semana passada, com o avanço das reformas -, o mercado de ações toma a dianteira entre os investimentos com melhor rendimento.
Nesse contexto, os fundos small caps se beneficiam da pulverização da liquidez de ativos maiores listados na Bolsa, explicou o gestor da Rio Verde Investimentos Eduardo Cavalheiro. Segundo ele, quando o País estava passando pela crise econômica, o investidor privilegiou a rapidez com que um ativo poderia ser negociado. “A liquidez do mercado brasileiro está concentrada nas grandes empresas e o investidor queria estar nas coisas mais líquidas para tomar a decisão de investir ou desinvestir a qualquer momento. Agora, com a estabilidade da economia, ele já vê que não precisa disso tanto assim.”
Composição
O Índice de Small Cap (SMLL), que mede a rentabilidade de um conjunto de 75 ações, acumula alta de 50% em 2019, com trajetória similar à do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, composto por 68 ações, que subiu 28% no mesmo período.
A representatividade dos setores nos dois índices, no entanto, é diferente. Enquanto um terço do Ibovespa é composto apenas por ações de serviços financeiros, no Índice Small Cap a maior fatia, de 16,4%, é de papéis de empresas de energia elétrica. A maior variedade de setores que compõem o índice é apontada por especialistas como um ponto positivo no quesito flexibilidade de investimento.
A pedido do Estado, a consultoria Economatica compilou o desempenho de todas as ações small caps listadas na Bolsa brasileira: 14 delas tiveram retornos acima de 100% em 12 meses; 12 tiveram resultados negativos.
No topo do ranking, ficou o Banco Pan, com rendimento de 383,79%. Segundo o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman, o que pode explicar o resultado do Pan é sua carteira de crédito voltada especialmente para o financiamento de veículos, no mercado de baixa e média rendas. “Além disso, eles conseguem ter uma estabilidade relevante na carteira de crédito, muito pela participação de servidores públicos e com menor nível de inadimplência.”
Cavalheiro, da Rio Verde, mencionou as construtoras de imóveis residenciais entre os destaques do ano. “A gente está no início do ciclo de recuperação mais forte do setor, com queda de juros e maior disponibilidade de financiamento imobiliário.” A Caixa, líder nesse tipo de crédito, anunciou a redução nas taxa de juros para o crédito imobiliário no dia seguinte ao último corte da Selic.
Para os experientes
As small caps são mais indicadas para o investidor que tem familiaridade com o mercado de ações e sabe que está sujeito tanto a lucros quanto a prejuízos. “Quem investe em large caps normalmente vê seus rendimentos correlacionados ao Ibovespa. Se o índice subiu, meu fundo também, o que traz mais conforto.
Quem investe em small caps tem de saber que o retorno não é imediato ou tabelado”, explicou Cavalheiro.
Independentemente do tipo de ação, o investidor tem de estar preparado para as oscilações do mercado. As small caps costumam pertencer a empresas menos consolidadas quando comparadas àquelas que compõem o Ibovespa. Mas Arbetman lembra que algumas das grandes empresas estiveram listadas entre as small caps, como o Magazine Luiza, hoje uma das principais varejistas.
| Tribuna PR | | | | Há sinais de retomada, mesmo que precária, com desemprego ainda alto e lenta alta nos salários
Cada ano desde 2013 teve sua cota de tumulto político, o que contribuiu para arruinar a economia ou frustrar até esperanças recatadas de fim desta crise, inédita no Brasil desde o início do século 20.
Um brasileiro assim escaldado tem ainda mais medo da fria que é fazer previsão econômica. No mínimo, vai prestar atenção nas manhas da política em 2020 antes de arriscar qualquer chute sobre o PIB do ano que vem.
Como se não bastasse, há como sempre o risco de choques externos, da economia mundial, que também está especialmente sujeita a tumulto político.
Em 2020, haverá eleição no Brasil. Uma disputa municipal não seria motivo de preocupação caso a economia não estivesse ainda em convalescença, mal levantando da cama, ou se fosse normal a relação de Jair Bolsonaro com Congresso, partidos e o resto do sistema político, seu governo inclusive. Mas não é assim.
A economia depende de ajustes profundos, ora de responsabilidade quase inteira do Congresso, pois o presidente não tem coalizão política ou boa relação com os partidos. Portanto, mesmo com a boa vontade do “parlamentarismo branco”, é incerto o destino das “reformas”, ainda mais porque não se sabe como Bolsonaro vai participar da eleição. De resto, ano eleitoral é curto, com menos tempo para o Congresso votar projetos importantes, que podem ficar para 2021, futuro muito incerto.
A economia mundial desacelera, em especial por causa de outra biruta política, Donald Trump, que prejudica o comércio e o investimento pelo planeta com sua guerra comercial e tecnológica com a China. Turbulento mesmo em tempos tranquilos, Trump vai enfrentar um impeachment e uma eleição dramática em 2020. Não cheira bem.
E o PIB? Tudo mais constante, seria razoável esperar um crescimento de mais de 2%, melhor que nada, mas uma ninharia. O país continua mais pobre do que era em 2010, por causa do desastre da Grande Recessão. Mas note-se que previsões de mercado costumam estar erradas de modo estrambótico. Em dois terços dos anos desde 2002, o PIB não ficou nem no intervalo do valor máximo e mínimo das estimativas dos economistas.
Isto posto, as condições de 2020 são as melhores, desde 2014, para a retomada de algum crescimento, mesmo que precário, com desemprego ainda alto e salários crescendo bem devagar.
| Folha de S. Paulo (publicado em 14-12-2019) | | | | Norma trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. Outra regra modernizada é a NR 16
Portarias publicadas na edição desta terça-feira (10) do Diário Oficial da União (DOU) trazem a nova redação da Norma Regulamentadora (NR) 20, que trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis, e uma alteração na NR 16, que trata de atividades e operações perigosas.
Com as mudanças na NR 20, haverá melhoria nos dispositivos de proteção aos trabalhadores e redução de custo para os empregadores – a estimativa é uma economia de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano.
Aprovadas por consenso entre representantes de governo federal, trabalhadores e de empregadores, as alterações levaram em conta as diretrizes do governo de simplificar, reduzir a burocracia e harmonizar todo o normativo de saúde e segurança, além de ajustar pontos que dificultavam o cumprimento adequado das regras de proteção aos trabalhadores. As novas redações entraram em vigor com a publicação no DOU.
Laudos
Uma das mudanças na NR 20 ocorreu na análise de risco. Antes, era necessário o laudo de um engenheiro para qualquer tipo de instalação, mesmo que fosse uma farmácia ou distribuidora de bebidas. Agora, para estes casos, bastará a análise de um técnico em segurança do trabalho.
Para estabelecimentos de classe II ou III, como empresas engarrafadoras de gases inflamáveis e com atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis ou combustíveis, refinarias e instalações petroquímicas, segue a exigência de laudo produzido por engenheiro habilitado.
Padrões internacionais
O capítulo que tratava dos tanques de líquidos inflamáveis no interior de edifícios foi alinhado aos padrões internacionais. A mudança possibilita o uso de geradores para assegurar a continuidade operacional das empresas, situação proibida anteriormente; torna flexíveis as regras relacionadas a quantidade de tanques para armazenamento de diesel; e limita o volume destes tanques também de acordo com as regras internacionais, estabelecendo exigências rígidas de segurança para prevenir acidentes.
Operações de transporte
No caso da NR 16, foi incluído um subitem na regra sobre o limite de litros de inflamáveis nas operações de transporte. Pelo novo texto, “não se aplicam às quantidades de inflamáveis contidas nos tanques de combustível originais de fábrica e suplementares, certificados pelo órgão competente”. O objetivo da mudança foi deixar claro que o volume de combustível contido nos tanques para consumo próprio não deve ser considerado para caracterização de periculosidade.
No caso da NR 16, foi incluído um subitem na norma, também aprovado por consenso, para deixar claro que as quantidades de inflamáveis, independente da quantidade de litros, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não caracterizam a atividade como perigosa, desde que os tanques de combustível sejam originais de fábrica e suplementares, certificados pelo órgão competente.
Revisão
O trabalho de revisão das 37 NRs começou em fevereiro deste ano. Conduzida pela Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, a modernização ocorre a partir de discussões na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), que possui representantes do governo, de empregadores e trabalhadores. Também estão sendo levadas em conta as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Além da NR 20 e NR 16, já passaram por revisão as normas 1, 3, 12, 24 e 28, que foram alteradas para ficarem mais claras e objetivas. Já a NR 2, sobre inspeção prévia, foi revogada.
| CIMM | | | | País é um dos maiores fornecedores de componentes eletrônicos do mundo e quer estreitar laços com o Brasil
A inovação do setor automotivo a partir das tendências de eletrificação, carros conectados, autônomos e serviços de compartilhamento está elevando a relevância de Taiwan na indústria global. O país é um dos principais fornecedores de componentes eletrônicos para importantes mercados como Estados Unidos, Japão, China e Alemanha: do total exportado pelo segmento, 65% são destinados a estes países.
“O faturamento de eletrônicos automotivos aumentou 5,6% em 2018 com US$7,34 bilhões e a tendência só cresce”, afirmou Chiang Chih Wei, gerente da Taitra, Taiwan Trade Center, durante o Seminário de Autopeças de Taiwan, realizado esta semana em São Paulo.
O Brasil ainda não figura na lista dos mais expressivos importadores de autopeças de Taiwan, com pouco mais de 0,67% de participação de mercado. “Temos bons distribuidores no Brasil, alguns líderes em seus segmentos, mas precisamos reforçar a nossa presença aqui”, disse Rachel Lu, diretora da Taitra.
Para intensificar as relações comerciais com o setor de autopeças brasileiro, a Taitra pretende levar um grupo de empresários e sistemistas para a AMPA, feira do segmento no país e que acontecerá entre 15 a 18 de abril de 2020. “Queremos ampliar nossa participação no mercado de autopeças brasileiro. Nossos produtos têm reconhecimento internacional e atendem às diversas normas de certificação e estamos preparados para crescer também no Brasil”, complementou.
A fabricação de autopeças é um dos setores mais produtivos de Taiwan, onde existem mais de 2,5 mil fábricas em todo o país. Em 2018, o faturamento global alcançou U$6,70 bilhões, sendo que 85% das autopeças são exportadas. No geral, os produtos eletrônicos fabricados em Taiwan lideram o ranking global de roteadores (76%), cabos de conexão (77%), terminais xDSL (52%), terminais e módulos de conexão 4G (46%).
Para o setor de autopeças, as perspectivas são ainda mais positivas a partir do aumento significativo de componentes eletrônicos no carro do futuro, desde centrais multimídia até motores elétricos, além de itens de carroceria, como rodas com sensores, lâmpadas de LED, e de segurança, tais como sensores e câmaras para sistema avançado de assistência ao motorista, sensores de colisão, aviso de saída de faixa, câmera com visão de 360 graus, sensor de ponto cego e painel de realidade aumentada, entre outros.
| CIMM (publicado em 14-12-2019) | | | | A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) criticou o posicionamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que cita “criminalização da atividade empresarial” nos recentes julgamentos sobre sonegação de impostos. A reação da Fiesp aconteceu após o Supremo Tribunal Federal votar, na última sexta-feira, 13, que a apropriação indébita do ICMS declarado e não pago deve ser enquadrada penalmente.
O presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, alega que as declarações da Fiesp “igualam o bom contribuinte ao sonegador”. “A sonegação retira centenas de bilhões de reais todos os anos dos cofres públicos e, portanto, reduz drasticamente a capacidade do Estado de melhorar e ampliar a oferta pública de saúde, educação, segurança, assistência e previdência sociais”, afirma.
Em nota assinada pelo presidente Paulo Skaf, a Fiesp afirmou que a decisão do Supremo é “equivocada e temerária”. De acordo com a entidade, “não há como ocorrer apropriação indevida de valores” pois o ICMS seria pago pelas empresas e não pelo comprador final. A federação criticou ainda a complexidade do sistema tributário brasileiro e a guerra fiscal entre estados.
Em resposta à Fiesp, Charles Alcantara afirmou que o tributo é pago pelo consumidor final ao ser embutido no preço dos produtos, e não pelo empresário, o que tornaria o argumento de Skaf uma “falácia pronunciada por um alto dirigente empresarial”.
A Fenafisco, no entanto, se posicionou contrária à prisão como forma de combater a sonegação. “O encarceramento em massa que atinge predominante a população pobre e preta é fonte, e não solução, de parte considerável das nossas mazelas sociais”, afirmou.
| Tribuna PR ( publicado em 14-12-2019) | | | | Números foram divulgados nesta segunda-feira (9) pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) mostram que o setor registrou o melhor balanço no ano desde 2014. O crescimento nas vendas foi de 8% na comparação com 2018.
O presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan, explica que as expectativas para o ano que vem é ainda melhor. “Nós passamos um período recessivo a partir de 2014 muito sério, a indústria caiu 50% nesse período. Mas estamos retomando.”
O presidente da Abimaq cita a reforma da Previdência como um dos principais motivos para o investimento estrangeiro no Brasil e diz que, mais importante do que ela, somente a aprovação da reforma tributária.
“Com as reformas implementadas ente demos que teremos potencia para retomar os investimentos e credibilidade com uma velocidade maior.”
Para Joao Carlos Marchesan as reformas vão gerar competitividade, além de uma política de seguro de crédito e financiamento para os exportadores. Desse jeito, o Brasil tende a crescer de uma maneira mais sustentável e consciente em 2020.
| CIMM (publicado em 14-12-2019) | | | | No dia 6 de janeiro entram em vigor as novas regras para o cheque especial: haverá um teto para os juros cobrados de quem entra no vermelho, de 8% ao mês ou 151,8% ao ano, e a cobrança de uma tarifa de 0,25% para quem quiser ter limite superior a R$ 500 acoplado à sua conta corrente.
As mudanças, definidas pelo Conselho Monetário Nacional na Resolução 4.765, tiveram como objetivo reduzir o custo dessa linha de crédito que figura como uma das mais caras do mercado, com taxas médias de 12,4% ao mês ou 305% ao ano, e cada vez mais destoantes do juro básico da economia, Selic, agora em 0,37% ao mês ou 4,5% ao ano, e também da realidade econômica com a inflação oficial em níveis baixos.
Especialistas têm dúvidas sobre a eficácia das medidas e criticam algumas condições, como a cobrança de imposto sobre operações de crédito, o que acaba por encarecer o custo final para o consumidor. Sem falar das dificuldades para a compreensão e o acompanhamento da cobrança dos juros nesse tipo de financiamento, tão acessível e tão caro à população.
Mesmo com as mudanças, qual correntista terá condições de calcular os juros devidos no cheque especial? Esse cálculo é sobre o saldo devedor diário com a inclusão dos juros e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como explica o economista José Roberto Troster, da Troster & Associados. O IOF é dividido em duas parcelas: uma fixa de 0,38% ao dia e outra que varia conforme o número de dias em que o cliente está devedor.
Como efeito imediato, é possível constatar que o limite dos juros não ficará em 8% ao mês, mas bem mais alto do que isso, e com uma distorção grave: quem entra e sai do cheque especial ao longo do mês por mais de uma vez paga mais imposto do que quem fica o mês todo no negativo.
Pelas contas de Troster, quanto menos tempo o cliente fica com o saldo devedor mais ele paga de imposto e, portanto, maior o custo efetivo total do empréstimo. Para quem fica 20 dias devedor no cheque especial, a taxa sobe para 177,8% ao ano, para quem fica por 10 dias, a taxa será de 197,5%, e para quem fica por apenas um dia, de 921,4% ao ano.
Considerando um correntista que entre no cheque especial em R$ 1.500 por apenas um dia, ele vai pagar IOF de R$ 5,82. Se sair e voltar novamente por mais um dia, o IOF sobe para R$ 11,64; se ele permanecer por 30 dias, o imposto será de R$ 9,39. “São essas informações que faltam para o cliente, há pouca transparência no processo”, afirma o economista.
Para jogar um pouco mais de luz nos cálculos, ao considerar o limite de juros de 8% ao mês, o acréscimo mínimo que o cliente terá em sua dívida será de 0,6461% sobre o saldo devedor de um dia e máximo de 8,676% para o saldo devedor de 30 dias. Evidente que aí será necessário considerar o saldo devedor de cada dia, mas ao conhecer o piso e o teto de aumento da dívida o acompanhamento tende a ser mais fácil.
Tabelamento
Parece haver unanimidade entre os economistas de que o tabelamento nem sempre traz bons resultados, por ser visto como intervenção no mercado. No entanto, para a professora Cristina Helena Pinto Mello, pró-reitora nacional de Pesquisa e Pós-Graduação na ESPM, a imposição de um limite dos juros na ponta de quem precisa usar o crédito do cheque especial é uma medida acertada e já vem com atraso.
“Os juros de 8% ao mês ainda são muito altos em comparação com a Selic de 4,5% ao ano, mas considero boa a mudança”, diz ela. “A redução dos juros vai liberar recursos que poderão ir para o consumo, aumentando a demanda na produção e colocando a economia em rota de recuperação. O governo fez isso para estimular a economia.”
A questão do spread bancário – diferença entre o custo de captação dos bancos e o custo do crédito oferecido ao cliente – sempre vem à tona quando a discussão aborda os juros elevados, como os do cheque especial e o do rotativo do cartão de crédito. Há o reconhecimento de que essas linhas, por estarem à mão do consumidor, sem garantias, oferecem riscos à operação, que vão embutidos nas taxas.
No entanto, ao olhar a composição do custo final do crédito, esbarra-se em outro componente, fora da alçada dos bancos: o IOF, que também onera o bolso do consumidor. Para o professor Roy Martelanc, coordenador do MBA Banking da FIA-USP, a cobrança desse imposto acaba por encarecer ainda mais uma linha de crédito que já é cara. “Se o limite dos juros foi para proteger o correntista, é uma contradição cobrar um imposto que vai aumentar a dívida de quem ele está querendo proteger.”
Então, por que o governo cobra o IOF no cheque especial? Porque é fácil a arrecadação por meio desse expediente, na opinião do professor.
Ainda caro
O cliente não deve ter ilusões de que com o teto dos juros o cheque especial se tornará um financiamento barato. O professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas César Caselani afirma que “esse limite é ainda altíssimo, o consumidor não pode pensar que porque os juros baixaram agora ele pode usar”. Nas atuais condições, segundo Caselani, uma dívida no cheque especial pode virar uma bola de neve facilmente.
Além do tabelamento para os juros, os bancos poderão cobrar uma tarifa de quem quiser ter limite superior a R$ 500. Ela será de 0,25% sobre o que exceder esse valor. A medida vai valer a partir de 6 de janeiro para os novos contratos e a partir de 1 de junho para quem já tem cheque especial.
“Há um prazo de seis meses para quem já usa o cheque especial pensar na estratégia que vai adotar, se vai reduzir o limite para ficar isento da tarifa ou se vai manter o limite atual”, diz Cristina Helena.
| Tribuna PR | | | | Primeira mulher eleita para presidir o TST afirma que reforma trabalhista foi tímida e que CLT precisa de mais atualizações
Primeira mulher eleita para presidir o TST (Tribunal Superior do Trabalho), a ministra Maria Cristina Peduzzi se diz honrada. O feito, segundo ela, é importante para “materializar a igualdade formal prevista na lei”.
Escolhida na segunda (9) por seus pares —22 homens e 4 mulheres—, assumirá o posto em 19 de fevereiro de 2020, para um mandato de dois anos.
À Folha Peduzzi afirma que os movimentos feministas foram importantes para romper barreiras, reconhece a existência de assédio, mas diz que não foi vítima de machismo.
Segundo ela, o mundo do trabalho mudou. “No mundo todo o comércio abre aos domingos. Vamos acabar qualquer dia desses não distinguindo mais segunda de domingo”, afirma.
A ministra assumirá o cargo passados pouco mais de dois anos da reforma trabalhista de Michel Temer (MDB). “Eu penso que, se a lei foi editada, o juiz tem o dever de aplicá-la.”
Quando estiver à frente da Justiça do Trabalho, uma nova reforma entrará em discussão. O governo pretende revisar as leis trabalhistas.
Para ela, mudanças são necessárias. “[A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho] Precisa de muita atualização. A considerar a revolução tecnológica, a reforma foi tímida.”
Tribunais superiores já foram presididos por mulheres. Qual a importância de pela primeira vez uma mulher chegar a esse posto no TST?
Por uma circunstância cronológica, o TST ainda não teve uma mulher presidente, enquanto o Supremo Tribunal Federal já teve duas excepcionais presidentes [Ellen Gracie e Cármen Lúcia], e o Superior Tribunal de Justiça já teve a ministra Laurita [Vaz].
Sinto-me honrada por ser pioneira. O principal é a mulher poder mostrar a todos que é capaz de exercer seu ofício, sua arte em absoluta igualdade de condições com os homens. A importância é comprovar a igualdade, é materializar a igualdade formal prevista na lei.
Quais desafios enfrentam as juízas?
Quando me perguntam se a mulher tem uma maneira diferente de julgar, eu digo: “Eu não tenho”. O compromisso com a jurisdição, com a celeridade na prestação jurisdicional, com a efetividade da prestação jurisdicional é comum, não tem gênero.
A mulher tem particularidades que não podem ser negadas, como a maternidade.
Na iniciativa privada, se uma jovem e um jovem comparecem disputando a mesma vaga de trabalho, há uma tendência em admitir o homem porque temos uma legislação que devidamente protege a condição da mulher, dando-lhe garantia de emprego até cinco meses após o parto e até seis meses de licença-maternidade.
Como se corrigiu isso em países que têm prosperidade econômica maior? É estimular a licença-paternidade.
No serviço público, nós não temos nenhum tipo de discriminação no ingresso. No acesso a cargos de direção, quando não é por antiguidade, isso pode ocorrer, e ainda ocorre, não tenho dúvida.
A sra. já sofreu com o machismo? É feminista?
Fui durante 27 anos advogada, e advoguei intensamente. Estou há 18 anos e meio no TST. Pode ser decepcionante dizer isso, mas eu não fui discriminada, felizmente.
Sempre privilegiei na minha vida o lado profissional. Sempre fui tratada como igual pelos colegas. Mas não é comum.
Ouço muitos casos, estudo bastante sobre o tema de assédio moral nas organizações.
Acho até que se banalizou o instituto, mas, tirante alguns exageros, ocorre mesmo.
O assédio moral é uma forma frequente de discriminação da mulher, ou para a admissão, ou para uma promoção, ou muitas vezes porque se quer induzir ao fim do vínculo de emprego.
Qual sua opinião sobre o feminismo?
Se não fossem os movimentos feministas, nós estaríamos provavelmente hoje bem aquém da igualdade que nós já conquistamos pelo menos no plano formal.
Esses movimentos foram para romper com barreira, para mostrar ao mundo o papel da mulher. São fundamentais para nós, hoje, conquistarmos posições na sociedade e no Judiciário.
Saindo da questão de gênero, como estão juízes, desembargadores e ministros na relação com a reforma trabalhista?
Penso que, se a lei foi editada, o juiz tem o dever de aplicá-la, exceto se houver declaração de inconstitucionalidade.
Não posso dizer que há uniformidade, não. Há ainda muita controvérsia a respeito de alguns tópicos porque não houve tempo de o TST uniformizar divergências.
A minha opinião pessoal é a de que o juiz não pode reclamar, ele pode nos autos declarar uma inconstitucionalidade incidental.
O STF é o último a dizer sobre a matéria constitucional, que provoca efeito imediato, como no caso da contribuição sindical, que era obrigatória e a lei da reforma excluiu. O STF imediatamente instado disse: “É constitucional”. Isso promove segurança jurídica.
Associações de juízes argumentam que a reforma traz precarização. Como a sra. vê essa crítica?
Precarização pode haver, sem dúvida. Só que nós vivemos hoje a Quarta Revolução Industrial. Convivemos com modos de produção que eram impensáveis à época em que a CLT foi editada.
Hoje nós temos a economia “on demand”. Nós temos o consumidor realizando o trabalho, não é o autônomo realizando o trabalho que antes só era realizado perante vínculo de emprego.
Você faz movimentos bancários pelo celular, compra sua passagem aérea, faz a reserva do hotel. É outra realidade.
Amazon e Uber são plataformas que diversificaram o comércio. A legislação deve se adaptar.
Teletrabalho no serviço público hoje é uma realidade. O trabalho intermitente, que é tão impugnado, veio colocar no mercado de trabalho categorias que antes estavam à margem. O trabalho em tempo parcial não é uma invenção brasileira.
No principal, se objetivou atualizar a legislação às novas realidades econômicas.
A Consolidação das Leis do Trabalho, de 1943, consegue com atualizações dar respostas a essas novas realidades?
Precisa de muita atualização ainda. A considerar a revolução tecnológica, a reforma foi tímida.
Olha os litígios que existem, não só no Brasil mas no mundo, a propósito da Uber. A legislação que virá certamente vai disciplinar esses institutos.
Penso que o investimento hoje deve se centrar na capacitação dos empregados, para o exercício das novas demandas, requalificando-os. A perda de empregos tradicionais será compensada por novas modalidades de trabalho.
Uma reforma está em estudo pelo governo Jair Bolsonaro.
Está em estudo, e inclusive três ministros do TST integraram o grupo.
Não conheço o conteúdo, nem foi divulgado, mas penso que temos muitos institutos que serão disciplinados, porque a realidade é muito mais célere do que o direito, e o direito não pode pretender parar a realidade.
Por isso a importância da legislação e a importância da participação de juízes nessas comissões, porque todos os segmentos da sociedade devem levar sua contribuição.
É pouco tempo ou é tempo razoável alterar a CLT de novo?
Se é pouco, se é muito, sabe que eu já não sei. O tempo é tão relativo. Dois anos voam. E cada vez a celeridade é maior. A tecnologia é assustadoramente veloz. Presumo que essa nova proposição deverá tentar corrigir algumas questões que estão se identificando como inadequadas, vai se aperfeiçoar o que foi feito.
O governo apresentou a medida provisória do Emprego Verde e Amarelo, com a justificativa de estimular a geração de empregos para jovens. Há quem a chame de nova reforma trabalhista. A sra. vê uma reforma trabalhista?
Ela não tem nada a ver com reforma. Ela foi pontual, quis-se estimular a empregabilidade. O máximo do tempo do contrato é de dois anos, incluindo a prorrogação, e só para empregos novos de jovens, de 18 a 29 anos. E tem um limite que é 20% do total de empregados. Ela não permite substituição, despedir um empregado para admitir.
Mas nessa MP tem o trabalho aos domingos. Qual sua avaliação?
O que fez foi permitir para todas as categorias, porque não era proibido. E havia, quando não houvesse compensação, o pagamento em dobro. Hoje realmente o leque abriu, mas ainda há condicionantes. Para o comércio, o máximo são quatro semanas, tem de cair uma folga no domingo. Na indústria, são sete semanas.
O mundo mudou mesmo. No mundo todo o comércio abre aos domingos. Vamos acabar qualquer dia desses não distinguindo mais segunda de domingo. Sei lá, talvez [o trabalhador] pode até preferir.
Estou indo até adiante, porque tem outros fatores, como os religiosos aos domingos, os filhos não têm escola aos domingos, e isso pode ser fator talvez muito relevante, e o empregado não teria efetivamente como exigir [o descanso] com a medida provisória.
Concordo que não beneficia o trabalhador. Ela tem uma visão pragmática de não excluir o trabalho aos domingos porque as atividades todas funcionam aos domingos. É a realidade.
Mas, enfim, vamos testar talvez essa realidade, ver como ela funciona. Eu efetivamente não estudei o caso em termos de constitucionalidade ou não.
| Folha de S. Paulo | | | | Protestos têm pouca adesão e frustração se espalha em grupos da categoria
Fracassaram os protestos de caminhoneiros marcados para esta segunda-feira (16). Nos grupos em que a categoria organizava o movimento, o clima é de frustração.
Alguns dos líderes que articulavam uma paralisação nacional culparam, principalmente, a própria categoria pelo baixo engajamento. Pessoas que foram aos pontos de parada relataram nos grupos ter encontrado menos de quatro caminhoneiros em alguns casos.
A greve foi liderada por Marconi França, que chegou a pedir ajuda da CUT para a mobilização. Porém a decisão causou irritação em parte da categoria, que viu politização do movimento, e o motorista chegou a dizer que abriria mão da ajuda para não perder apoio dos mais próximos ao governo Bolsonaro e que seu movimento não tinha razões políticas.
A mobilização também sofria oposição de líderes mais antigos, em especial dos responsáveis pela grande paralisação de 2018. Hoje mais próximos da mesa de negociação com o governo, esses caminhoneiros vinham disparando vídeos pedindo que a categoria não aderisse.
Os motoristas que ainda insistem na paralisação neste ano apontam que, na cidade de Ijuí (RS), acontecem atos pacíficos nas estradas.
| Folha de S. Paulo | | | | A Ford está promovendo uma série de cortes de custos no Brasil para melhorar a "competitividade" e trazer novo ciclo de investimentos ao País.
Uma parte importante dessa reestruturação envolve demissões de funcionários, como os cerca de 1,8 mil trabalhadores dispensados com o fim das atividades da fábrica de São Bernardo do Campo, no fim de outubro.
Nos últimos meses, a montadora realizou PDVs (planos de demissões voluntárias) nas fábricas de São Bernardo e Taubaté, em São Paulo, e Camaçari (BA) - hoje a única unidade da empresa a produzir veículos no Brasil.
Os cortes também afetaram o campo de provas da Ford em Tatuí, no interior paulista, onde 110 funcionários, horistas na totalidade, foram dispensados a partir de meados de novembro. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Tatuí, o total de dispensas corresponde a metade de todo o efetivo até então empregado.
"Restaram 105 trabalhadores contratados, quase todos mensalistas. A tendência é que estes sejam desligados durante o ano que vem, substituídos por trabalhadores de prestadoras de serviço. Já são cerca de 50 terceirizados e a quantidade tem crescido mês a mês", diz Ronaldo José da Mota, presidente do sindicato.
Greve, acordo e terceirizações
Empresas como Global Automotive e MSX estariam concentrando o fornecimento de trabalhadores terceirizados. Em setembro, a Global disse desconhecer a possibilidade de assumir a gestão das operações em Tatuí, conforme sugere o sindicato.
De acordo com Mota, as contratações de terceiros se intensificaram após a greve de nove dias realizada entre o fim de setembro e o mês de outubro.
"As demissões seriam efetuadas apenas com pagamento das verbas rescisórias legais, sem outros benefícios, como os oferecidos nos PDVs das demais unidades. Por isso, realizamos a paralisação".
Após a greve, sindicato e direção da Ford protocolaram um acordo no Tribunal Regional do Trabalho da 15a Região, por meio do qual, além da rescisão padrão, cada ex-empregado terá direito a bônus fixo de R$ 13.350, referente ao plano de saúde, mais 3,5 a 5,5 salários, dependendo do tempo de casa de cada funcionário.
"Também serão compensados os dias de greve que tinham sido descontados pela Ford. Cerca de 90 trabalhadores já homologaram sua demissão nos termos acertados. Além disso, os que restaram terão direito aos mesmos benefícios caso sejam demitidos no período de um ano".
Conforme noticiado por UOL Carros no início de setembro, na época a Ford já tinha iniciado os desligamentos e cobriu os logotipos da empresa em placas instaladas no campo de provas, que serve para desenvolver e testar novos produtos e é um dos maiores da América Latina.
Após a publicação da reportagem, diz o presidente do sindicato, a companhia retirou até as placas, sinalizando, na sua avaliação, a intenção de vender a unidade, terceirizar totalmente o quadro de funcionários ou então de abrir as instalações para uso de outras montadoras.
Procurada, a Ford informou que "neste momento" não vai de manifestar sobre o tema.
Novos investimentos?
No começo de dezembro, Lyle Watters, presidente da Ford para a América do Sul, reuniu-se com aproximadamente 500 empregados da fábrica de Camaçari, hoje responsável por montar os modelos EcoSport, Ka e Ka Sedan, para comunicar "a necessidade urgente da melhoria do nível de competitividade da unidade".
De acordo com nota da montadora enviada à reportagem, "esta questão [maior competitividade] é fundamental para viabilizar um novo ciclo de investimentos" na fábrica baiana e "exige uma ação conjunta em várias frentes incluindo logística, manufatura, engenharia e mão de obra".
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" noticiou na semana passada, os novos aportes são condicionados aos cortes de custos e ao cumprimento de metas de todas as partes envolvidas no processo de produção, logística e vendas, em moldes parecidos com os praticados recentemente pela General Motors.
O jornal informou também que, se forem atendidas as condições de competitividade desejadas, o investimento previsto é de R$ 1,4 bilhão e será destinado à fabricação de novos SUVs na unidade baiana.
| UOL | | | | A Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 25, em Madri na Espanha, terminou na manhã deste domingo, 15, após quase dois dias de atraso, sem alcançar seus objetivos. Representantes de cerca de 200 países concordaram de modo tímido a “refletir” em 2020 sobre como aumentar a ambição “o máximo que puderem” em suas metas de redução de emissões, as chamadas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), e em financiamento climático.
O objetivo era se comprometer de modo mais incisivo a tornar mais ambiciosas as metas de combate às mudanças climáticas em 2020 de modo a conseguir cumprir o Acordo de Paris, em que os países se comprometem a impedir que a temperatura média do planeta suba neste século mais que 1,5 grau Celsius.
O acordo, intitulado “Chile-Madri, hora de agir”, falhou em seu objetivo de trazer a urgência da crise climática para dentro da implementação do Acordo de Paris. E a decisão sobre mercados de carbono, tema central da conferência, foi adiada para a COP26, em Glasgow, na Escócia.
“Não estamos satisfeitos. Queríamos fechar a questão do artigo 6 (do Acordo de Paris) para implementar um mercado de carbono robusto com integridade ambiental, focado em gerar recursos para uma transição ao desenvolvimento sustentável”, destacou.
Ela pediu que os representantes dos quase 200 países presentes no evento sejam capazes de dar uma resposta mais sólida, urgente e ambiciosa à crise climática.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também disse estar decepcionado com os resultados da Cúpula do Clima.
“A comunidade internacional perdeu uma oportunidade importante de mostrar uma maior ambição em mitigação, adaptação e finanças para enfrentar a crise climática. No entanto, não devemos nos render”, disse Guterres ao analisar o texto final da cúpula.
| Tribuna PR ( publicado em 15-12-2019) | | | | No dia 6 de janeiro entram em vigor as novas regras para o cheque especial: haverá um teto para os juros cobrados de quem entra no vermelho, de 8% ao mês ou 151,8% ao ano, e a cobrança de uma tarifa de 0,25% para quem quiser ter limite superior a R$ 500 acoplado à sua conta corrente.
As mudanças, definidas pelo Conselho Monetário Nacional na Resolução 4.765, tiveram como objetivo reduzir o custo dessa linha de crédito que figura como uma das mais caras do mercado, com taxas médias de 12,4% ao mês ou 305% ao ano, e cada vez mais destoantes do juro básico da economia, Selic, agora em 0,37% ao mês ou 4,5% ao ano, e também da realidade econômica com a inflação oficial em níveis baixos.
Especialistas têm dúvidas sobre a eficácia das medidas e criticam algumas condições, como a cobrança de imposto sobre operações de crédito, o que acaba por encarecer o custo final para o consumidor. Sem falar das dificuldades para a compreensão e o acompanhamento da cobrança dos juros nesse tipo de financiamento, tão acessível e tão caro à população.
Mesmo com as mudanças, qual correntista terá condições de calcular os juros devidos no cheque especial? Esse cálculo é sobre o saldo devedor diário com a inclusão dos juros e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como explica o economista José Roberto Troster, da Troster & Associados. O IOF é dividido em duas parcelas: uma fixa de 0,38% ao dia e outra que varia conforme o número de dias em que o cliente está devedor.
Como efeito imediato, é possível constatar que o limite dos juros não ficará em 8% ao mês, mas bem mais alto do que isso, e com uma distorção grave: quem entra e sai do cheque especial ao longo do mês por mais de uma vez paga mais imposto do que quem fica o mês todo no negativo.
Pelas contas de Troster, quanto menos tempo o cliente fica com o saldo devedor mais ele paga de imposto e, portanto, maior o custo efetivo total do empréstimo. Para quem fica 20 dias devedor no cheque especial, a taxa sobe para 177,8% ao ano, para quem fica por 10 dias, a taxa será de 197,5%, e para quem fica por apenas um dia, de 921,4% ao ano.
Considerando um correntista que entre no cheque especial em R$ 1.500 por apenas um dia, ele vai pagar IOF de R$ 5,82. Se sair e voltar novamente por mais um dia, o IOF sobe para R$ 11,64; se ele permanecer por 30 dias, o imposto será de R$ 9,39. “São essas informações que faltam para o cliente, há pouca transparência no processo”, afirma o economista.
Para jogar um pouco mais de luz nos cálculos, ao considerar o limite de juros de 8% ao mês, o acréscimo mínimo que o cliente terá em sua dívida será de 0,6461% sobre o saldo devedor de um dia e máximo de 8,676% para o saldo devedor de 30 dias. Evidente que aí será necessário considerar o saldo devedor de cada dia, mas ao conhecer o piso e o teto de aumento da dívida o acompanhamento tende a ser mais fácil.
Tabelamento
Parece haver unanimidade entre os economistas de que o tabelamento nem sempre traz bons resultados, por ser visto como intervenção no mercado. No entanto, para a professora Cristina Helena Pinto Mello, pró-reitora nacional de Pesquisa e Pós-Graduação na ESPM, a imposição de um limite dos juros na ponta de quem precisa usar o crédito do cheque especial é uma medida acertada e já vem com atraso.
“Os juros de 8% ao mês ainda são muito altos em comparação com a Selic de 4,5% ao ano, mas considero boa a mudança”, diz ela. “A redução dos juros vai liberar recursos que poderão ir para o consumo, aumentando a demanda na produção e colocando a economia em rota de recuperação. O governo fez isso para estimular a economia.”
A questão do spread bancário – diferença entre o custo de captação dos bancos e o custo do crédito oferecido ao cliente – sempre vem à tona quando a discussão aborda os juros elevados, como os do cheque especial e o do rotativo do cartão de crédito. Há o reconhecimento de que essas linhas, por estarem à mão do consumidor, sem garantias, oferecem riscos à operação, que vão embutidos nas taxas.
No entanto, ao olhar a composição do custo final do crédito, esbarra-se em outro componente, fora da alçada dos bancos: o IOF, que também onera o bolso do consumidor. Para o professor Roy Martelanc, coordenador do MBA Banking da FIA-USP, a cobrança desse imposto acaba por encarecer ainda mais uma linha de crédito que já é cara. “Se o limite dos juros foi para proteger o correntista, é uma contradição cobrar um imposto que vai aumentar a dívida de quem ele está querendo proteger.”
Então, por que o governo cobra o IOF no cheque especial? Porque é fácil a arrecadação por meio desse expediente, na opinião do professor.
Ainda caro
O cliente não deve ter ilusões de que com o teto dos juros o cheque especial se tornará um financiamento barato. O professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas César Caselani afirma que “esse limite é ainda altíssimo, o consumidor não pode pensar que porque os juros baixaram agora ele pode usar”. Nas atuais condições, segundo Caselani, uma dívida no cheque especial pode virar uma bola de neve facilmente.
Além do tabelamento para os juros, os bancos poderão cobrar uma tarifa de quem quiser ter limite superior a R$ 500. Ela será de 0,25% sobre o que exceder esse valor. A medida vai valer a partir de 6 de janeiro para os novos contratos e a partir de 1 de junho para quem já tem cheque especial.
“Há um prazo de seis meses para quem já usa o cheque especial pensar na estratégia que vai adotar, se vai reduzir o limite para ficar isento da tarifa ou se vai manter o limite atual”, diz Cristina Helena.
| Tribuna PR | | | | Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,84% para 3,86%. Há um mês, estava em 3,33%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,60%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,51% em novembro. No ano, a taxa acumulada é de 3,12% e, em 12 meses até novembro, de 3,27%.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 4,0%. No caso de 2020, está em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 3,95%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,36% e 3,55%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, ante 3,70% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, ante 3,50% de quatro semanas antes.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis foi de 3,86% para 3,92%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 38 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,35%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos cinco dias úteis foi de 3,61% para 3,60%. Há um mês, estava 3,58%. A atualização no Focus foi feita por 37 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em dezembro de 2019, de alta de 0,70% para 0,72%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,35%.
Para janeiro, a projeção no Focus seguiu em alta de 0,40% e, para fevereiro, foi de alta de 0,42% para 0,43%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,38% e 0,42%, respectivamente.
No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,90% para 3,89% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,60%.
Preços administrados
O relatório do BC indicou leve alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 5,10% para 5,11%. Para 2020, a mediana seguiu em alta de 4,00%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,75% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,05% em 2020.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,2% em 2019 e 4,0% em 2020. Estes porcentuais serão atualizados nesta terça-feira, 17, quando ocorre a divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
IGP-M
O Relatório Focus também mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de 5,79% para 6,03%. Há um mês, estava em 5,45%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,14% para 4,17%, ante 4,07% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
| Tribuna PR | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 0,87% na segunda quadrissemana de dezembro, valor 0,13 ponto porcentual acima da taxa registrada na divulgação anterior, quando havia atingido 0,74%. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O grupo de Alimentação foi novamente o que mais pressionou o indicador. A taxa do setor passou de 1,34% para 2,12%, puxada pelo comportamento das carnes bovinas, que aceleraram de 11,84% para 15,92%.
Outras três classes de despesa mostraram aceleração: Transportes (0,50% para 0,73%), por causa do comportamento da gasolina (1,54% para 2,18%); Vestuário (0,09% para 0,13%), com influência de acessórios do vestuário (-0,29% para -0,02%); e Comunicação (0,24% para 0,33%), com contribuição de pacotes de telefonia fixa e internet (0,96% para 1,43%).
Por outro lado, quatro grupos mostraram alívio nas taxas. A virada mais expressiva foi observada em Habitação (0,18% para -0,17%), com influência do comportamento da tarifa de eletricidade residencial (0,61% para -1,58%).
Também mostraram recuo Despesas Diversas (5,11% para 4,47%), puxadas por jogo lotérico (35,18% para 30,68%); Educação, Leitura e Recreação (0,86% para 0,83%), por causa do comportamento de passagem aérea (18,56% para 16,54%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,26%), com a desaceleração de medicamentos em geral (0,08% para -0,08%).
Influências individuais
Além do jogo lotérico, gasolina e passagem aérea, os itens que mais pressionaram o IPC-S para cima foram a alcatra (14,42% para 19,22%) e o contrafilé (14,48% para 20,58%).
Na outra ponta, além da tarifa de eletricidade residencial, puxaram o indicador para baixo a cebola (-11,16% para -9,64%), batata inglesa (-9,28% para -5,76%), condomínio residencial (0,19% para -0,28%) e manga (-8,99% para -10,51%).
| Tribuna PR | | | | O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,69% em dezembro, após ter aumentado 0,19% em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta segunda-feira, 16, ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 1,19% e 1,94%, mas acima da mediana positiva de 1,55%.
Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de dezembro, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 2,26% no mês, ante uma elevação de 0,25% em novembro. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram alta de 0,75% em dezembro, após o avanço de 0,03% em novembro. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 0,06% em dezembro, depois de um avanço de 0,20% em novembro.
Com a leitura de dezembro, o IGP-10 acumulou um aumento de 6,39% em 2019 e também ficou acima da mediana estimada pelos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 6,24%, mas dentro do intervalo, de 5,86% a 6,65%.
O período de coleta de preços para o indicador de novembro foi do dia 11 de novembro a 10 deste mês.
IPAs
Os preços agropecuários medidos pelo IPA Agrícola subiram 6,09% no atacado em dezembro, após uma elevação de 2,02% em novembro, dentro do IGP-10, informou a FGV. Já os preços dos produtos industriais tiveram avanço de 0,98% este mês, depois da queda de 0,33% no atacado em novembro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram elevação de 2,70% em dezembro, ante uma alta de 0,23% em novembro.
Os preços dos bens intermediários subiram 0,20% em dezembro, após avanço de 0,82% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram avanço de 4,12% em dezembro, depois da queda de 0,36% em novembro.
| Tribuna PR | | | | Entidade tornou-se signatária do documento da ONU pela equidade de gênero
O IQA, Instituto da Qualidade Automotiva, assinou na quinta-feira, 12, os Princípios de Empoderamento da Mulher (Women's Empowerment Principles – WEPs), compromisso com a ONU Mulheres pela promoção da equidade de gênero. A cerimônia para a assinatura do documento aconteceu durante o evento de inauguração da nova sede da entidade em São Paulo.
Com isso, o IQA é a Rede AB Diversidade do setor automotivo a se comprometer com os WEPs motivada pela 10ª organização, iniciativa criada em 2019 com o propósito de agregar, apoiar e catalisar atores e ações que promovam a diversidade estrutural e a inovação inclusiva no setor automotivo. O projeto trabalha para construir soluções para tornar as companhias do setor mais plurais.
“Falando de futuro, é impossível não considerar as questões de diversidade e, naturalmente, de equidade de gênero. O IQA não teve dúvidas de se juntar ao pacto da ONU Mulheres que é absolutamente coerente com o mundo atual - uma tendência sem volta - e com a própria realidade do IQA, que já tem mulheres em proporção significativa”, conta Alexandre Xavier, superintendente da entidade.
Segundo ele, a força de trabalho feminina representa mais da metade dos colaboradores da instituição, como também metade das lideranças.
“Estar desalinhado com discussões e, sobretudo, práticas que envolvem diversidade e equidade de gênero seria algo absolutamente fora de contexto no momento em que vivemos”, complementa.
O compromisso com a ONU Mulheres foi assinado por Ingo Pelikan, presidente do IQA. A cerimônia contou com a presença de Maristella Iannuzzi, consultora de Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU. Também participaram do evento Paula Braga, diretora de Automotive Business, e Tânia Macriani, CEO da MHD Consultoria – ambas acumulam a função de colíderes da Rede AB Diversidade.
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS DE EMPODERAMENTO DA MULHER?
A assinatura dos WEPS prevê o compromisso das empresas privadas com sete princípios:
1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero;
2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não discriminação;
3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa; 4. Promover a educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres;
5. Apoiar o empreendedorismo feminino e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing;
6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social;
7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da equidade de gênero.
| Automotive Business (publicado em 13-12-2019) | | | | A primeira revolução industrial introduziu a mecanização e a energia a vapor na indústria. A segunda introduziu energia elétrica e produção em massa, e a terceira introduziu eletrônicos, tecnologia da informação e produção automatizada. Hoje, a quarta revolução industrial, ou "Indústria 4.0", trata da integração usando digitalização e Internet das Coisas (IoT).
o? As fábricas podem integrar máquinas e sistemas online, melhorando a produtividade e a satisfação do cliente. Mas, muitos desafios são enfrentados até o resultado final da integração.
Bernard Marr apontou recentemente na Forbes: “Como resultado do suporte a máquinas inteligentes que ficam cada vez mais inteligentes à medida que acessam mais dados, nossas fábricas se tornam mais eficientes, mais produtivas e menos desperdiçadas”, portanto, a adaptação aos padrões da indústria 4.0 deve ser uma prioridade para as indústrias.
O rápido avanço da tecnologia deixou muitos fabricantes com “sistemas legados” e máquinas mais antigas que, apesar da idade e tecnologias anteriores, são essenciais para a produção e operação da planta. Esses sistemas podem ser pesados e caros de manter, mas o principal problema é que eles não podem fornecer uma imagem abrangente e em tempo real do que está acontecendo em sua fábrica, dificultando a tomada de decisões em tempo real.
Os sistemas legados podem ser modernizados para a Indústria 4.0?
Muitos fabricantes acreditam que seus sistemas legados são uma barreira para a indústria 4.0. Uma pesquisa de 2019 da Dell Technologies revelou que "91% das organizações de médio e grande porte enfrentam grandes obstáculos à transformação digital", resultando em relativamente poucas medidas sérias em direção à digitalização.
A verdade é que os sistemas legados, a menos que sejam modernizados, podem ser uma barreira para ingressar na revolução da Indústria 4.0.
O que os sistemas legados precisam para atender à Indústria 4.0?
Para se adaptar e competir, você pode descartar todos os seus sistemas legados e tentar criar uma nova infraestrutura a partir do zero, mas isso é impraticável. É caro e significa parar por semanas ou meses. Você pode fazer um inventário completo de seus sistemas, descartar e substituir alguns e tentar atualizar outros, mas isso também leva muito tempo e dinheiro e pode apresentar problemas de privacidade e segurança de dados. Além disso, nem toda empresa possui a experiência interna necessária para implementar essa estratégia.
Felizmente, existem outras opções. Veja o que evitar e o que implementar para modernizar seus sistemas legados:
Adote sensores de IoT que possam ser executados em qualquer máquina.
As plataformas de IoT usam uma variedade de sensores, que podem ser fixados em qualquer equipamento para coletar dados sobre diversos fatores críticos. Os sensores de IoT garantem que suas máquinas estejam funcionando corretamente, com todos os parâmetros operacionais dentro de um intervalo especificado. Os dados podem ser enviados e compartilhados por todos os dispositivos conectados, melhorando a eficácia e a funcionalidade. Os sensores de IoT permitem a coleta automática de dados de todas as máquinas no chão de fábrica e alertam sobre problemas antes que ocorra uma avaria, para a manutenção preditiva e melhor controle da produção.
Evite exclusivamente soluções de tamanho único.
Você pode tentar usar apenas um sistema ERP de prateleira para integrar departamentos e processos de máquinas em sua fábrica. Mas as soluções prontas para uso podem ser arriscadas: usualmente elas não têm a flexibilidade necessária para facilitar mudanças, adaptações e crescimento a longo prazo. Eles podem não produzir planos viáveisque levem em consideração as condições operacionais em constante mudança da sua empresa e as prioridades estratégicas. Eles podem não fornecer dados em tempo real e nunca funcionam tão bem quanto o melhor sistema específico integrado ao seu ERP.
Evite soluções internas personalizadas.
Muitos fabricantes assumem erroneamente que sua equipe de TI pode facilmente escrever, testar e implantar uma solução de integração interna personalizada. Na realidade, isso pode levar pelo menos de 6 a 12 meses. Além disso, seu sistema de integração precisará de constante monitoramento interno, atualização e manutenção, além de se adaptar às mudanças na lógica de negócios e integrar novos sistemas. Você precisará de uma equipe de suporte interno de serviço completo que crescerá junto com o sistema. Portanto, uma solução interna, embora pareça atraente, é cara, demorada e ineficiente a longo prazo.
Integre todos os dados, da área de produção, sistemas legados e todos os seus outros sistemas.
Os sensores de IoT são apenas parte da solução. Um sistema de comunicação integrado pode ser instalado para coletar e integrar dados dos sistemas CRM, ERP, SCM e PLM, bem como dos sensores nas máquinas. Os dados podem ser exibidos em consoles fáceis de ler e entender, colocados em qualquer lugar que você quiser, inclusive em um tablet ou qualquer dispositivo móvel. Isso permite coletar, visualizar e analisar dados de todas as áreas da fábrica de qualquer lugar, para que você possa controlar e otimizar a produção do início ao fim.
Portanto, otimize-se para a Indústria 4.0, mesmo com sistemas legados e equipamentos antigos. Como Willem Sundblad apontou recentemente: “A plataforma Industria 4.0 se torna uma única fonte de verdade para todas as operações de fabricação.
Os tomadores de decisão em toda a organização obtêm acesso ao mesmo conjunto de dados unificado, em vez de depender de sistemas diferentes ou de coleta manual de dados.” Só porque você está ‘preso’ a sistemas legados não significa que você precisa perder a quarta revolução industrial.
A vantagem competitiva com integração digitalizada suave de sistemas legados pode ser obtida facilmente a partir o uso de novas tecnologias, as quais podem garantir melhorar o controle, aumentar a produtividade, acelerar a entrega pontual aprimorada e muito mais.
| Ind4.0 (publicado em 15-12-2019) | | | | Área de 132 mil m2 armazena 25 milhões de partes e acessórios distribuídos para 650 concessionárias de carros, caminhões e ônibus da marca
Houve quem achasse exagero a transferência, em 2004, do centro de peças de reposição da Volkswagen da antiga Planta Anchieta para o moderno e imenso armazém de 132 mil metros quadrados (equivalentes a 18 estádios iguais ao Maracanã) em Vinhedo (SP), o maior do gênero na América Latina. Ao completar 15 anos de operação bem azeitada e faturamento em torno de R$ 100 milhões por mês, quase todo o espaço horizontal está ocupado com nada menos que 25 milhões de itens estocados – e segue crescendo, mas para cima, com a instalação de estantes mais altas.
Para atender as necessidades de manutenção e reparos de veículos com até 15 anos de idade que integram a maior frota circulante do Brasil e de 18 mercados externos para onde a Volkswagen já exportou seus automóveis brasileiros, o PA (sigla de parts and acessories, partes e acessórios) de Vinhedo só tem números superlativos: o giro é de 80 mil peças/dia do estoque de 25 milhões de 90 mil tipos de componentes (60 mil em estoque para pronta-entrega e 30 mil sob encomenda), que chegam todos os dias em 40 caminhões abastecidos por 600 fornecedores nacionais – incluindo as fábricas da Volkswagen em São Bernardo do Campo, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), que enviam partes estampadas como laterais, portas 3 capôs, e motores inteiros produzidos em São Carlos (SP). O centro também recebe itens importados de 100 fornecedores, principalmente da Alemanha, Argentina e Espanha.
De Vinhedo são despachados 25 caminhões diários de cinco transportadoras contratadas para entregas de peças no País em 650 concessionárias – 150 delas são da VWCO, que atendem caminhões e ônibus das marcas Volkswagen e MAN, que também usa o centro desde o início da operação, ocupa 30% do espaço e este ano pediu expansão de 4 mil m2 adicionais de área de estocagem.
RITMO INTENSO
O centro atualmente trabalha em dois turnos de segunda a sexta-feira e horas extras na maioria dos sábados. O PA tem 560 empregados, a maior parte da operadora logística Ceva, que executa a operação desde 2010 e já renovou contrato por mais três anos. Este ano só haverá poucos dias de parada entre Natal e Ano Novo.
“Nosso ritmo tem sido intenso para atender os planos de crescimento da empresa na região. Foram programados 20 lançamentos de 2016 a 2020 e cada carro lançado multiplica a necessidade de peças de reposição”, afirma Wilson Duaik, gerente do PAC VW Vinhedo.
Nos últimos dois anos, o centro de peças recebeu investimentos de R$ 8 milhões, aplicados principalmente na ampliação de espaços verticais de armazenagem com a instalação de novas estantes metálicas, iluminação de LED que reduziu consumo de energia em 40%, compra de novas empilhadeiras mais eficientes e adoção de novos equipamentos e processos digitais, para aumentar a produtividade do fluxo interno de componentes e sua expedição aos concessionários.
Atualmente apenas 37% da área do armazém está verticalizada, o que deixa boa margem para novas expansões em estantes de até quatro andares. “Já temos um novo plano de investimento em aprovação para fazer esse crescimento vertical de três a quatro níveis”, revela Duaik.
Como exemplo dessa expansão para cima, recentemente foram instaladas mais três linhas de estantes com cinco andares e 112 metros de comprimento cada uma, que totalizam mais 1.707 posições de armazenamento de componentes – os mais leves ficam no alto e os mais pesados embaixo.
OPERAÇÃO AZEITADA
O PA da Volkswagen trabalha com três tempos de faturamento: 70% são feitos em até 72 horas para atender pedidos regulares de estoques de peças nas concessionárias, outros 30% são em apenas 24 horas para carros que estão parados na oficina por falta de alguma peça, e para poucos casos de emergência o componente é faturado em apenas três horas e o próprio concessionário vem buscar a encomenda em Vinhedo. Cerca de 20% das concessionárias VW já usam um sistema digitalizado de pedidos, que são executados automaticamente conforme o estoque baixa.
“Conseguimos atualmente atender em 24 horas 98% dos contatos das concessionárias e solucionamos problemas em até 15 dias, na média. Efetivamos 96% dos pedidos feitos”, informa Alisson André Führ, gerente de planejamento logístico do PA VW Vinhedo. Nas capitais localizadas em um raio de 500 km, as entregas são feitas em até 24 horas. Os componentes de maior giro são os destinados a trocas para reparos de colisões, por isso os campeões de pedidos são para-lamas e para-choques – o centro tem 46 mil deles em estoque.
A localização de Vinhedo é estratégica, a 20 minutos do Aeroporto de Viracopos com ligação direta à Rodovia dos Bandeirantes e Anhanguera e fácil acesso aos principais polos de autopeças no triângulo formado por Campinas (a 15 minutos de distância), Sorocaba e São Paulo (cidades a cerca de uma hora).
As peças são recebidas dos fornecedores em sete docas e destinadas aos seus lugares em prazos de um a cinco dias, dependendo da necessidade. Os itens mais pesados ou de maior volume são etiquetados e enviados diretamente às posições nas estantes. Os componentes menores que chegam embalados em grandes quantidades passam por processo de reembalamento.
Todo o fluxo interno de componentes foi digitalizado: os embaladores registram tudo que fazem em tablets interligados na rede interna, onde podem fazer pedidos de mais peças ou de retirada das que já foram reembaladas, que são transportadas por empilhadeiras também equipadas com tablets.
Foram desenvolvidas embalagens sob medida de papelão ou madeira para cada tipo de peça. Faróis e lanternas, por exemplo, são embalados com uma espécie de almofada de plástico que se expande por reação química, para evitar deslocamentos dentro da caixa que podem danificar o componente durante o transporte.
Na área do “supermercado” as peças são acondicionadas em caixas com estrutura rígida de madeira de acordo com o pedido de cada concessionário. O processo foi todo digitalizado. Os embaladores usam impressoras portáteis de etiquetas de códigos de barra para identificar cada item. Antes de ir para a caixa, é feita a leitura do código e ao mesmo tempo uma minicâmera acoplada ao leitor captura a imagem da peça com data e horário, para evitar qualquer erro. Dali as caixas são encaminhadas para as 20 docas de expedição e seguem para os clientes no Brasil e exterior, em rotas que vão de uma dezena a alguns milhares de quilômetros – para chegar em Manaus (AM), por exemplo, a encomenda leva quase uma semana.
| Automotive Business (publicado em 13-12-2019) | | | | Empresas já desenvolvem conjuntos para utilitários Volkswagen
O Grupo Schaeffler e a empresa ABT e-Line firmaram uma parceria para eletrificação de veículos comerciais leves até 3,5 toneladas fabricados pela Volkswagen. A ABT vai eletrificar os modelos VW T6 e Caddy. O objetivo da colaboração entre o Schaeffler e ABT e-Line é desenvolver motores elétricos mais avançados e integrá-los aos veículos.
Na fase inicial, a Schaeffler vai se concentrar no gerenciamento de projetos (do conceito à homologação) e no acompanhamento de fornecedores de sistemas. A divisão Schaeffler Engineering já desenvolve sistemas de controle eletrônico para a ABT, para uso na conversão e customização de veículos comerciais leves da Volkswagen. As experiências desenvolvidas entre Schaeffler e ABT ganharam corpo na competição de carros elétricos Fórmula E a partir de 2014.
Os esforços para reduzir emissões estão se concentrando em veículos comerciais leves, sobretudo aqueles empregados no transporte urbano. Os fabricantes precisam cumprir os limites máximos regulatórios para as emissões no segmento de veículos comerciais leves separadamente, pois não é possível compensar os valores das emissões com os das frotas de automóveis de passeio.
| Automotive Business (publicado em 13-12-2019) | | | | Acumulado até novembro somou 9,94 milhões de veículos; com dezembro deve ser quebrada barreira de 10,8 milhões
As vendas mundiais do Grupo Volkswagen em novembro somaram 988,8 mil unidades, registando alta de 5,1% sobre o mesmo mês do ano passado. O resultado expressivo do mês fez com que o acumulado do ano (que anotava queda de 1,2% até outubro) passasse para o azul, com ligeira alta de 0,3% e 9,94 milhões de veículos entregues.
Foi a primeira vez em 2019 que o acumulado do grupo registrou um número positivo sobre igual período do ano passado. Se dezembro mantiver o crescimento, o grupo quebrará seu recorde estabelecido em 2018, com 10,8 milhões de veículos.
A mudança do vermelho para o azul foi possível pela alta acumulada de 3,2% na Europa (com 4,2 milhões de veículos até novembro). A porção ocidental do continente obteve crescimento de 3,8% (com 3,46 milhões de unidades). As vendas na Alemanha, berço do Grupo VW, cresceram 5,9%, com 1,26 milhão de veículos.
As entregas na China também ajudaram nessa recuperação. Até o primeiro semestre as entregas no mercado chinês acumulavam queda de quase 4%. Agora, passados 11 meses, essa retração caiu para 1,1%. A China absorveu sozinha 3,76 milhões de veículos do Grupo VW.
DESEMPENHO POR MARCA
A melhora do mercado chinês favoreceu as duas marcas de maior volume do grupo. A venda de automóveis Volkswagen somou 5,66 milhões de unidades no período e acumula discreta queda de 0,7%. A Audi mudou a chave para o azul, com 1,67 milhão de veículos e alta de 0,7%. Pela análise de novembro isoladamente, o crescimento da Audi foi de 23% sobre o mesmo mês de 2019.
A espanhola Seat anotou o acréscimo mais expressivo do grupo, 10,3%, com 542,8 mil veículos entregues no período. O desempenho da Porsche também melhorou. Sua alta no primeiro semestre era de apenas 2,2%. Com o acumulado até novembro passou a 8,5%, com 254,5 mil carros entregues no período.
| Automotive Business (publicado em 13-12-2019) | | | | Instituto da Qualidade Automotiva triplica capacidade de treinamento para até 12 mil pessoas por ano
O Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) passa a operar em uma nova sede na zona sul da cidade de São Paulo. O prédio tem quatro andares, área total de 1,4 mil metros quadrados e quatro salas de treinamento. Com as novas instalações, o instituto ganhou um espaço dedicado a startups e triplicou a capacidade atual de formação.
“Vamos passar das atuais 4 mil para 12 mil pessoas treinadas por ano até 2023”, afirma o superintendente do IQA, Alexandre Xavier. A ampliação ocorre num momento oportuno, em razão de novas demandas geradas pelo Rota 2030. Para o Rota o IQA criou o Horizonte 2030.
“A indústria está se transformando e esses desafios nos trazem várias oportunidades. Teremos em breve novas equipes dedicadas a esse tema”, afirma Xavier.
Os cursos realizados pelo IQA têm preço médio de R$ 1.000 e em regra 24 horas (três dias) de duração. Um dos principais atualmente é o EQF (Especialista em Qualidade de Fornecimento). Entre os novos cursos Xavier cita o TIC (Testes, Inspeção e Certificação).
Os principais clientes do IQA são montadoras, fabricantes de autopeças e fornecedores de insumos como aço, plásticos e borrachas. O IQA também atua no setor de logística, com curso para interpretação de normas e formação de inspetores. Para o início de 2020 o instituto promete um guia exclusivo de boas práticas em logística. Além da sede, o IQA tem um laboratório em Sorocaba (SP).
O instituto é um organismo de certificação especializado no setor da mobilidade. Atua como parceiro de órgãos internacionais e é acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro.
Recentemente, o IQA assinou compromisso com os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, da sigla em inglês), desenvolvidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para orientar práticas que promovam a igualdade entre homens e mulheres.
| Automotive Business (publicado em 13-12-2019) | | | | A JBS planeja investir R$ 8 bilhões em suas operações no Brasil entre os anos de 2020 e 2024, afirmou a companhia na quarta-feira, 4. Segundo o CEO global, Gilberto Tomazoni, os aportes não incluem aquisições de empresas, serão destinados à modernização e construção de novas unidades para ampliação de capacidade de produção com foco em aves e suínos, bovinos e negócios correlacionados – biodiesel, fertilizantes, colágeno, entre outras.
O executivo disse ao Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que os parceiros devem investir mais R$ 5 bilhões para atender a expansão decorrente dos investimentos da JBS somente no segmento de aves e suínos. Ou seja, o investimento de R$ 5 bilhões partirá dos parceiros e esse valor não faz parte dos R$ 8 bilhões que a JBS pretende investir em suas operações próprias. Os números fazem parte do plano estratégico de investimentos da empresa.
O executivo destaca que, por se tratar de uma estratégia de longo prazo, ela não é dependente de fatores externos como a continuidade da peste suína africana (PSA) na Ásia, que tem impulsionado a demanda internacional por carnes brasileiras. “Não é um aporte pontual, estamos falando de algo estrutural”, enfatiza. Para ele, o Brasil foi escolhido para receber os investimentos porque conta com uma série de vantagens industriais consideradas importantes. Até o momento, não há definição sobre aportes nas operações de outros países em que a JBS atua.
Parte dos recursos para que estes investimentos sejam realizados virá da geração de caixa da empresa e, segundo Tomazoni, existe a possibilidade de financiamento via bancos, mercado de capitais ou de crédito.
“Os números que pretendemos aplicar na operação são grandes, mas a companhia também é grande”, afirmou. Para dimensionar a JBS, o CEO comenta que, atualmente, a empresa conta com 130 mil colaboradores no Brasil e, com estes aportes, outros 25 mil postos de trabalho diretos serão gerados.
Neste contexto, Tomazoni estima que a JBS deve encerrar o ano de 2019 com faturamento em torno de R$ 200 bilhões. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a receita líquida da companhia já atingiu R$ 147,39 bilhões. O melhor desempenho financeiro do ano, até momento, foi visto no terceiro trimestre, quando a empresa faturou R$ 52,184 bilhões.
No dia
Apesar da conjuntura positiva para a companhia, os ativos da JBS estiveram entre as principais baixas do Ibovespa no pregão da quarta-feira e os papéis ON recuaram 2,82%, a R$ 27,23.
De acordo com o analista da Ativa Investimentos, Illan Arbetman, o efeito negativo pode ter vindo da decisão da CVM de rejeitar acordo com os irmãos Batista para encerrar o caso sobre o uso indevido de jatinho da JBS. Wesley e Joesley propuseram pagar, cada um, pelo menos R$ 140 mil à empresa. “O papel acaba caindo porque o mercado tem receio quanto à influência dos irmãos Batista na companhia. Isso gera incertezas em relação à governança”, diz.
| CIMM (publicado em 14-12-2019) | | | | O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, e o presidente da Câmara Municipal, André Godoy, reuniram-se na quinta-feira (12) com o diretor geral para a América latina da SEW-Eurodrive, Alexandre Reis, na sede da empresa em Rio Claro/SP. A empresa anunciou que pretende investir R$ 10 milhões na ampliação da planta em Rio Claro, com previsão de gerar 50 novos empregos. O projeto deve ser executado até 2022.
“Fomos à empresa oferecer nosso apoio, colocar a prefeitura à disposição para colaborar no que for possível neste e em outros projetos”, comenta o prefeito Juninho da Padaria. “Também agradeço a confiança da empresa em investir na cidade, gerando emprego e renda e fazendo girar a economia”, acrescenta.
Alexandre Reis agradeceu a visita e enalteceu a importância da parceria entre poder público e iniciativa privada. “A SEW-Eurodrive preza muito essa parceria entre poder público e iniciativa privada, porque acredita que esse trabalho conjunto é que alavanca o futuro de uma cidade ou de um país”, destaca.
Para André Godoy, “é importante que o município proporcione condições de investimentos para as empresas, principalmente aquelas que já estão instaladas e investem na cidade”.
| CIMM | | | | Empresário tem planos de trazer outra marca chinesa de carros ao Brasil
“Não digo que não pode acontecer mais, ainda há chance, mas [o negócio] ficou remoto.” Assim o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, chairman e proprietário do Grupo Caoa, definiu a situação das negociações com a Ford para adquirir a fábrica do Taboão, em São Bernardo do Campo (SP), fechada pela montadora no mês passado .
No início de setembro, a aquisição foi dada como certa após anúncio feito no Palácio dos Bandeirantes pelo governador paulista João Doria ao lado de Andrade e executivos das duas empresas. Mas a transação nunca foi concluída e as atividades da linha de produção foram encerradas conforme a Ford comunicou que faria ainda no início de 2019.
Ao que tudo indica, Caoa e Ford não chegaram a entendimento sobre os valores envolvidos no negócio, incluindo passivos que seriam deixados para a empresa de Andrade, após realização de auditoria que iria verificar as condições da planta do Taboão, suas potencialidades e dívidas. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC acusou o BNDES de negar o financiamento para a compra, mas o banco de fomento informou que não financia aquisições e Andrade nega que a transação dependesse desses recursos.
“Não preciso do BNDES, somos uma empresa capitalizada, mas precisamos de muito mais capital para levar adiante os grandes investimentos que planejamos nos próximos anos”, rebateu o empresário em rápida conversa com jornalistas na manhã da terça-feira, 10, quando reuniu a imprensa para divulgar os resultados e planos dos diversos empreendimentos do grupo.
“Fiquei interessado na planta da Ford porque considerei um pecado fechar uma fábrica dessas com tantos bons equipamentos lá dentro. Nossa intenção era fazer muitos projetos lá (não só os caminhões)”, afirma Andrade. “Mas não desisti do nosso plano, estive na China no mês passado negociando com muitas empresas e poderemos fazer o investimento em outro local com outro sócio”, completou.
Andrade nunca escondeu seu desejo de ter sua própria montadora – isso ele já tem desde 2007 com sua fábrica de Anápolis (GO) que monta modelos Hyundai e Chery; além de uma planta em Jacareí (SP), que mantém em sociedade meio-a-meio com a fabricante chinesa Chery –, mas também quer uma marca 100% brasileira de veículos.
“Ainda sigo com o plano de no médio prazo ter aqui uma marca [de veículos] importante não só no Brasil mas também no mundo todo. Esse é um sonho que vou perseguir”, garantiu.
| CIMM | | | | Estudo conduzido no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron mostra que é possível alterar a ductilidade de aços maraging – material ultrarresistente usado na indústria aeroespacial – obtidos por manufatura aditiva
A manufatura aditiva do aço, também conhecida como impressão 3D, é vista como uma alternativa promissora para a indústria aeroespacial, pois permite criar peças customizadas em formatos complexos.
Entretanto, sua aplicação prática ainda é desafiadora, pois a microestrutura do aço obtido por essa tecnologia é diferente daquela resultante da fabricação tradicional, o que pode comprometer as propriedades mecânicas do material.
Em artigo publicado no periódico Additive Manufacturing, pesquisadores brasileiros mostraram ser possível manipular as propriedades de um tipo de aço produzido por manufatura aditiva com tratamentos térmicos. O estudo, apoiado pela FAPESP, foi conduzido no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas.
O aço investigado no projeto foi o maraging grau 300, material ultrarresistente obtido a partir do envelhecimento da matriz martensitica – que, por sua vez, é um produto da austenita. Além da resistência mecânica, ele é dúctil, isto é, capaz de absorver deformações. Essa característica é importante em materiais submetidos a cargas intensas e ciclos de fadiga, como uma turbina de avião ou um trem de pouso, por exemplo.
“Percebemos na literatura que, quando o aço maraging é fabricado por manufatura aditiva, atinge a resistência desejada, mas a ductilidade é menor”, disse Julian Arnaldo Avila Diaz, professor dos cursos de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações e de Engenharia Aeronáutica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São João da Boa Vista, à Agência FAPESP.
Durante o envelhecimento do aço maraging, os diferentes elementos que formam sua microestrutura se agrupam. São esses grupos que determinam resistência e ductilidade do material e sua organização depende de fatores como tempo e temperatura.
Entretanto, devido à heterogeneidade da precipitação desses elementos de liga na matriz durante a manufatura aditiva, o envelhecimento tradicional – tratamento térmico em temperatura que varia conforme a liga utilizada, mas que geralmente é feito na faixa de 500 ºC por um período de até quatro horas – não traz o efeito esperado na microestrutura do aço maraging.
Os pesquisadores tentaram, então, alterar os agrupamentos de elementos com temperaturas diferentes das usuais. O objetivo era aumentar a quantidade de austenita na matriz martensítica, que tem ductilidade maior do que a martensita.
“Buscamos uma faixa de temperatura e de tempo de exposição em que parte da martensita se dissolvesse o suficiente para formar austenita e ficasse estável, ou seja, não voltasse à forma original”, disse Diaz.
Luz síncrotron
As peças de aço maraging usadas foram construídas por fusão a laser seletiva e homogeneizadas a 820 °C. Depois de fabricadas, as amostras foram submetidas a revenimento – tratamento térmico no campo bifásico – em três temperaturas, 610 °C, 650 °C e 690 °C, por cerca de 30 minutos.
Nas duas primeiras, houve transformação gradual e significativa da martensita em austenita, com alta estabilidade térmica, que seria o cenário ideal para promover a ductilidade. Já aos 690 °C, houve formação excessiva da fase austenita e conversão indesejada do material em martensita durante o resfriamento.
A determinação da quantidade de austenita e martensita medida experimentalmente foi comparada com simulações termodinâmicas. O estudo foi feito na estação experimental XTMS, associada à linha de luz XRD1 de difração de raios X do LNLS. Esse tipo de raios X consegue analisar porções bem específicas de materiais, em níveis microscópicos, e transmitir informações em tempo real sobre o comportamento da peça.
“Graças à luz síncrotron, observamos pela primeira vez ao vivo todas as fases do processo neste tipo de aço, algo que só víamos em imagens estáticas na literatura”, disse Diaz. Outra vantagem foi conseguir definir exato, nos diferentes patamares de temperatura testados, necessário para atingir esse efeito – chamado de TRIP (plasticidade induzida por transformação, na sigla em inglês).
Para Diaz, a luz síncrotron é uma ferramenta fundamental em pesquisas da área metalúrgica que podem levar a novos materiais e peças para todas as indústrias brasileiras. esta pesquisa estamos estudando manufatura aditiva de aços, mas todos os processos de fabricação e transformação de metais podem ser analisados de maneira in situ no síncrotron. Basta vincular as empresas conosco os pesquisadores para encarar os desafios.”
Possibilidades para o futuro
Em linhas gerais, a pesquisa constrói as bases para um novo tipo de aço feito por impressão 3D, com ductilidade elevada. “Conseguimos criar uma matriz que aparenta ser resistente, embora não ao ponto do aço maraging tradicional, mas com ductilidade considerável”, disse Diaz.
Os próximos passos envolvem mais análises cristalográficas, em diferentes faixas de temperatura, e, depois, submeter o material a testes mecânicos, que irão comprovar se a hipótese do grupo (de que a ductilidade pode ser melhorada) é válida na prática.
Por enquanto, a manufatura aditiva do aço só é usada em protótipos, justamente por conta da imprevisibilidade de sua microestrutura. Espera-se que, com este trabalho e os próximos que virão, seja mais fácil viabilizar seu uso efetivo em indústrias críticas. “A partir disso, poderemos criar tecnologias que mudarão a vida de várias maneiras”, disse Diaz.
O artigo Austenite reversion kinetics and stability during tempering of an additively manufactured maraging 300 steel, de F.F. Conde, J.D. Escobar, J.P. Oliveira, A.L. Jardini, W.W. Bose Filho e J.A. Avila, pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214860418308030?via%3Dihub.
| Ind4.0 | | | | Ponta Grossa, município localizado no Centro-Leste do Paraná, com cerca de 350 mil habitantes, deve ganhar sua segunda fábrica de caminhões em 2020. Desde 2013 sede da holandesa DAF, do Grupo Paccar, a cidade agora aguarda uma definição da Tatra Motors, da República Checa, fabricante de caminhões off-road, voltados para as áreas de defesa, construção, mineração, agricultura, óleo e gás e também de uso militar.
Representantes da empresa estiveram no Estado em três ocasiões ao longo de 2019, a mais recente no início de dezembro, mas ainda não houve a assinatura de um protocolo de intenções. De acordo com a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, ainda não há previsão para a assinatura de um termo de compromisso, já que a multinacional está em processo de formalização do local onde vai se instalar, mas dá como certo que as obras devem ser iniciadas no próximo ano.
José Loureiro, secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional da Prefeitura de Ponta Grossa, aponta que são vários os fatores que diferenciam o município e o tornam atrativo para novos investimentos, como o da Tatra Motors: “Ponta Grossa é reconhecida como um importante polo industrial e, nos últimos anos, mais de 45 novas indústrias se instalaram no município. Está localizada em um dos principais entroncamentos rodoferroviários do país e conta com o Porto de Paranaguá e um aeroporto em suas proximidades.”
Além disso, no mesmo município está localizada a DAF Caminhões, que detém 19% do capital acionário da Tatra. Inclusive, muitas das peças utilizadas pelos caminhões e veículos da Tatra no continente europeu (conjuntos ópticos, cabines, motores etc.) são originárias da DAF.
O Usinagem-Brasil esteve em contato com representantes da Tatra Motors no Brasil, mas a empresa prefere aguardar o início de 2020 para divulgar informações sobre a planta brasileira (investimento, capacidade de produção, tamanho etc.), que ainda está em fase de estruturação. Segundo a companhia, até o momento a única informação definida é de que a fábrica será em Ponta Grossa.
Inovação e desenvolvimento – Conforme informado pela Prefeitura de Ponta Grossa, a Tatra Motors também estaria interessada em participar de projetos de inovação e desenvolvimento do município, como “A Cidade do Conhecimento e Inovação”. Em fase de implantação, o projeto tem o objetivo de posicionar a cidade entre as protagonistas - em termos de inovação, tecnologia, competitividade e desenvolvimento – no Paraná e no Brasil.
A iniciativa está sendo desenvolvida pela Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Instituto Federal do Paraná (IFPR), Prefeitura de Ponta Grossa (PMPG) e Sebrae.
A implantação do projeto converge com o mapeamento do ecossistema de inovação de Ponta Grossa, realizado em 2018, que identificou quatro setores estratégicos para o município: agronegócio, químico e materiais, mecatrônica e tecnologias da informação e comunicação (TIC).
| Usinagem Brasil ( publicado em 15-12-2019) | | | |
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