| 01 de oUTUBRO de 2019
Terça-feira
- Coordenação de Relações Governamentais - nº 34. Ano VIII. 27 de setembro de 2019
- Indústria cresce em agosto, mas resultado é concentrado em petróleo, etanol e minério
- Produção industrial cresce 0,8% e tem melhor agosto desde 2014
- Faturamento e horas trabalhadas na indústria crescem 0,6%, informa CNI
- Trabalhador já pode aderir ao saque-aniversário do FGTS; veja como
- Após 3 meses de queda, atividade industrial sobe 0,6% em agosto, diz CNI
- Atividade da indústria paulista fica estável em agosto ante julho, diz Fiesp
- Indústria brasileira pode deixar ranking das dez maiores do mundo
- OMC reduz ainda mais projeção para crescimento do comércio global em 2019
- Aumento da dívida pública pode comprometer a estabilidade econômica, alerta CNI
- Indústria cria hub de inteligência artificial no Paraná
- 80% das pessoas já viram discriminação no trabalho, mas só 1 em cada 3 relatou à empresa, diz pesquisa
- Blindagem de patrimônio de sócio não vale em causa trabalhista, diz OAB
- Sindicato dos Metalúrgicos fecha venda de sede em São Paulo por R$ 140 mi
- Metalúrgicos recuperam direito de fazer assembleia dentro da Embraer
- Ao vender sede por R$ 140 mi, metalúrgicos podem comprar prédio de R$ 12 mi da Força
- Após perderem arrecadação, centrais sindicais articulam reforma com a Câmara
- Maia e centrais se antecipam à reforma sindical
- Reforma da Previdência: CCJ aprova relatório e texto segue para o plenário do Senado
- Governo usará fase final da Previdência para tentar recompor economia com reforma
- Artigo: As receitas para sair da crise
- Hyundai é multada em R$ 1,7 milhão por não corrigir falhas em Creta, HB20 e HB20S
- CNH Industrial teme volatilidade nos mercados de caminhões e máquinas
- Fusões e aquisições globais entre montadoras e startups somam US$ 5,6 no 1º semestre
- Maserati terá carros eletrificados e autônomos
- Volkswagen enfrenta processo coletivo pelo dieselgate
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Câmbio
Em 01/10/2019
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Compra
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Venda
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Dólar
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4,167
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Euro
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4,555
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Fonte: BACEN
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| | | | Coordenação de Relações Governamentais - nº 34. Ano VIII. 27 de setembro de 2019
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| Resumo do Diário Oficial
Poder Executivo
Decreto nº 2742
"Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – RICMS, tratando de alterações Das Operações Com Aparelhos Celulares; Das Operações Com Artigos De Papelaria; Das Operações Com Bebidas Quentes; Das Operações Com Cosméticos, Perfumaria, Artigos De Higiene Pessoal E De Toucador; Das Operações Com Ferramentas; Das Operações Com Lâmpada Elétrica; Das Operações Com Materiais De Construção, Acabamento, Bricolagem Ou Adorno; Das Operações Com Materiais Elétricos; Das Operações Com Mercadorias Destinadas A Revendedores Para Venda Porta-A-Porta; Das Operações Com Produtos Alimentícios; Das Operações Com Produtos Farmacêuticos; Das Operações Com Tintas, Vernizes E Outras Mercadorias Da Indústria Química; Medicamentos De Uso Humano E Outros Produtos Farmacêuticos Para Uso Humano Ou Veterinário; Produtos Alimentícios; Produtos De Papelaria; Produtos De Perfumaria E De Higiene Pessoal E Cosméticos; Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônicos E Eletrodomésticos E; Venda De Mercadorias Pelo Sistema Porta A Porta.
Fonte: Doe 19.09.2019
Decreto nº 2870
"Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, prorrogando incentivos fiscais dos itens 6 (Amido de Mandioca), 8 (Fermentos Químicos), 12 (Café Torrado em Grão, Moído ou Descafeinado), 21, 22 e 23 (Farinha de Trigo), 34-A (Metais Sanitários), 35 (Misturas para Bolos e para Produtos de Panificação), 52 (Trigo em Grão), 54 (Vegetais e Carnes) e 59 (Tubos e Reservatórios de Polímeros) do Anexo VII.
Fonte: DOE 24.09.2019
| Coordenação de Relações Governamentais - Sistema FIEP (publicado em 27-09-2019) | | | | Avanço foi de 0,8%, após três meses de queda, segundo IBGE
Puxada pela extração de minério e petróleo, a produção industrial brasileira interrompeu três meses de queda e registrou alta de 0,8% em agosto, na comparação com o mês anterior. O resultado, porém, foi concentrado e mostra desaceleração da atividade ao longo dos últimos meses.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a indústria brasileira acumula queda de 1,7% no ano. Em 12 meses, a perda acumulada também é de 1,7%, superior aos 1,3% registrados no mês anterior.
"Apesar da melhora na comparação com o mês anterior, quando a gente compara com 2018, fica evidente o tamanho da perda", diz o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo. "E essa melhora se dá em cima de uma base de comparação mais baixa e com característica muito concentrada."
Segundo o IBGE, o crescimento em agosto foi o mais intenso desde junho de 2018, mas ficou concentrado em uma das quatro atividades econômicas pesquisadas pelo instituto: a produção de bens intermediários, com alta de 1,4%.
Apenas 10 dos 26 ramos pesquisados pelo instituto apresentaram alta no mês, em comparação com julho. É o pior desempenho desde maio, quando oito ramos mostraram resultado positivo.
A influência mais importante para o resultado de agosto veio da indústria extrativa, que avançou 6,6%. Foi a quarta taxa positiva após os tombos registrados no início do ano com a suspensão de atividades mineradoras após a tragédia de Brumadinho (MG).
A melhora reflete a retomada das operações em minas da Vale e a redução no número de paradas para manutenção de plataformas de produção de petróleo. Ainda assim, a indústria extrativa está 5% abaixo do patamar de janeiro, antes da tragédia.
Com o impulso da extrativa, a produção de bens intermediários, que representa 55% da indústria brasileira, subiu 1,4% no mês, em comparação com o mês anterior.
Também contribuíram para o desempenho o setor de produção de combustíveis e a indústria alimentícia — nos dois casos, com grande influência de bens intermediários, como a produção de açúcar, disse Macedo.
Já a produção de bens de capital caiu 0,8% e a de bens de consumo, 0,7% —com destaque negativo para os bens de consumo duráveis (-1,4%), puxados pela queda na produção de automóveis (-3%), que reverteu a expansão registrada no mês anterior.
"Há um movimento errático na produção de automóveis. Ora com crescimento, ora com queda, em tentativa de adequar a produção à demanda", diz o gerente da pesquisa.
Também influenciaram negativamente os ramos de confecção de artigos de vestuário (-7,4%), máquinas e equipamentos (-2,7%) e produtos farmoquímicos (-2,7%).
"Mesmo avançando em relação a julho, esse resultado está longe de significar uma reversão das perdas do passado", avalia Macedo. Nos oito meses de 2019, em cinco a indústria teve resultado negativo.
No ano, a perda acumulada é de 1,7%, também com forte impacto dos os efeitos de Brumadinho —a indústria extrativa acumula queda de 10,7%, puxando o setor de bens intermediários a queda de 2,6%. As demais categorias ficaram próximas da estabilidade.
Para Macedo, o ambiente de incerteza das famílias e no comércio exterior continua impactando o desempenho da indústria brasileira. "São 12 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, a qualidade do trabalho também é menor. E isso não contribuiu para o aumento da demanda doméstica", afirma.
Em relação a agosto de 2018, a produção industrial brasileira recuou 2,3%, informou o IBGE. Nesta base de comparação, houve queda em todas as grandes atividades pesquisadas.
Em 12 meses, a indústria registra queda de 1,7%, o que indica perda de ritmo da atividade, de acordo com Macedo. Em julho, o recuo era de 1,3%. Nessa base de comparação, 16 dos 26 setores estão no terreno negativo, o pior espalhamento desde abril de 2017.
"A entrada de agosto nos dá uma ideia de aumento da intensidade de perda da indústria", disse o gerente da pesquisa. "É uma produção industrial que opera abaixo de 2018, acentuando as perdas do início do ano."
| Folha de S. Paulo | | | | Indústria volta a crescer após 3 quedas seguidas, mas ritmo de recuperação ainda é menor que o registrado em 2018. No ano, setor ainda acumula queda de 1,7%.
Depois de três meses em queda, a produção industrial brasileira cresceu 0,8% em agosto, na comparação com julho, segundo divulgou nesta terça-feira (dia 1º) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do melhor resultado para meses de agosto desde 2014, quando a alta foi de 0,9%.
O crescimento registrado em agosto é também o melhor resultado mensal desde junho do ano passado, quando houve avanço de 12,6%, na comparação com o mês imediatamente anterior.
Segundo o IBGE, a recuperação em agosto de 2019 foi puxada pela indústria extrativa, que cresceu 6,6% no mês, impulsionada pelo aumento na extração de minério de ferro, petróleo e gás.
"Esse é o crescimento mais intenso desde junho do ano passado e interrompe uma sequência de três meses de queda da produção industrial, que acumularam perda de 0,9%. Portanto o avanço observado neste mês elimina uma parte importante daquela queda acumulada", destacou André Macedo, gerente da pesquisa.
Setor ainda tem queda de 1,7% no ano
Apesar de a indústria ter voltado a crescer, o ritmo de recuperação ainda é menor que o registrado no ano passado.
Na comparação com agosto de 2018, a produção caiu 2,3%. No acumulado nos nove primeiros meses do ano, o setor ainda tem queda de 1,7%. Em 12 meses, a produção industrial mostra uma perda ainda maior de ritmo, ao passar de -1,3% em julho para -1,7% em agosto, permanecendo na trajetória descendente iniciada em julho do ano passado.
"Este resultado está longe de recuperar as perdas acumuladas no ano e também não significa que o setor industrial esteja começando uma trajetória de crescimento, até porque a alta de agosto está concentrada em poucas atividades”, afirmou André Macedo.
Em termos de patamar de produção, Macedo destacou que a indústria opera 17,3% abaixo do pico de produção, alcançado em maio de 2011. É como se o setor operasse no ritmo em que se encontrava dez anos atrás.
Para iniciar uma trajetória de crescimento, a indústria também depende, segundo o pesquisador, de uma recuperação efetiva do mercado de trabalho.
"Embora venha sendo captada uma melhora no mercado de trabalho, a gente ainda tem um contingente grande fora dele. Além disso, a qualidade dos postos gerados caminha mais para informalidade, com salários mais baixos, o que não traz aumento da massa salarial e acaba não contribuindo com a demanda doméstica para que tenhamos impulso na retomada da produção industrial", observou.
Informalidade avança e atinge 38,8 milhões de brasileiros
16 dos 26 ramos pesquisados registraram queda
Segundo o IBGE, apenas 10 dos 26 ramos pesquisados registraram alta na produção, o que mostra que a recuperação registrada em agosto foi concentrada em poucas áreas, com destaque para as indústrias extrativas – elas avançaram 6,6%.
Foi a quarta alta seguida na produção do setor extrativo, acumulando ganho de 25,2% no período e eliminando a perda de 24,2% acumulada nos três meses anteriores, em meio aos impactos da tragédia de Brumadinho (MG) na produção da Vale.
Os outros impactos mais relevantes no resultado de agosto vieram a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,6%) e de produtos alimentícios (2%).
Na outra ponta, as maiores quedas foram registradas pelos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%), máquinas e equipamentos (-2,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,9%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários foi a única que registrou alta (1,4%), sustentada pelo crescimento das indústrias extrativas.
O pior resultado foi o do setor de bens de consumo duráveis, que recuou 1,8%, pressionado pela queda na produção de automóveis. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis e de bens de capital também ficaram no negativo, ambos com queda de 0,4%.
Recuperação lenta e perspectivas
A indústria tem sido afetada em 2019 pelo ritmo mais fraco de recuperação da economia e também por fatores adicionais, como a queda das exportações para a Argentina, devido à crise econômica no país vizinho.
Indústria perde peso no PIB e vê ano de estagnação
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o excesso de estoques foi reduzido em agosto, mas que os índices de expectativa de demanda, de quantidade exportada e de investimentos permanecem em queda.
Para o consolidado de 2019, os economistas das instituições financeiras projetam uma queda de 0,54% na produção industrial, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Para o resultado do PIB de 2019 do Brasil, a previsão atual do mercado é de uma alta de 0,87%.
Segundo Gabriela Fernandes, economista-chefe da Gauss Capital, a expectativa é de "recuperação gradual da economia ao longo do último trimestre do ano, impulsionada pelo consumo e beneficiada por uma redução da incerteza após a aprovação final da reforma da previdência e da liberação dos saques do FGTS ao longo dos próximos meses".
| G1 | | | | Indicadores Industriais mostram que, mesmo com desempenho positivo, a atividade no setor continua fraca. Emprego ficou estável e massa real de salários e rendimento médio do trabalhador diminuíram em agosto
A atividade da indústria brasileira melhorou em agosto. O faturamento do setor aumentou 0,6% em relação a julho na série livre de influências sazonais. Foi o terceiro aumento consecutivo do índice. As horas trabalhadas na produção também cresceram 0,6% em agosto frente a julho na série de dados dessazonalizados. A utilização da capacidade instalada cresceu 0,1 ponto percentual e alcançou 78,1%, informa a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira (1º), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mesmo com o desempenho positivo de agosto, os índices de atividade estão próximos aos de 2018, ano que foi fraco para a indústria, observa a CNI. “Os índices de faturamento, horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada seguem inferiores aos registrados em agosto do ano passado”, afirma a pesquisa. Na comparação com agosto do ano passado, o faturamento teve queda de 5,7%, as horas trabalhadas na produção recuaram 1,3%. A utilização da capacidade instalada ficou 0,2 ponto percentual menor do que a do mesmo mês do ano passado.
Os indicadores de mercado de trabalho também são negativos. Em agosto, o emprego aumentou apenas 0,1%, a massa real de salários diminuiu 0,7% e o rendimento médio real dos trabalhadores recuou 0,4% na comparação com julho, considerando as séries com ajuste sazonal. Em relação a agosto do ano passado, o emprego teve queda de 0,2%, a massa real de salários encolheu 1,2% e o rendimento médio do trabalhador caiu 0,9%.
“A expectativa é que o ritmo atual de recuperação se mantenha nos próximos meses. Não há, contudo, perspectiva de aceleração desse movimento, de forma que o resultado da indústria para 2019 dificilmente irá se descolar muito do de 2018. A indústria ainda tem estoques em excesso e não há expectativa que a demanda se acelere muito até o fim do ano, limitando o ritmo de atividade do setor”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.
| CNI | | | | Modalidade opcional permite sacar percentual do saldo todos os anos
A partir desta terça-feira (1º), os trabalhadores que desejarem aderir ao saque-aniversário dos recursos de contas ativas e inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deverão comunicar à Caixa Econômica Federal sobre a opção.
A modalidade, opcional, permite ao trabalhador sacar um percentual do saldo do FGTS todos os anos.
Todo ano o trabalhador poderá sacar parte do saldo da sua conta do FGTS no mês do seu aniversário observados os valores constantes de uma tabela.
Quanto menor for o saldo, maior o percentual do saque, podendo a alíquota variar de 5% até 50% do saldo.
No novo modelo, as outras formas de saque existentes hoje, como para compra do primeiro imóvel e doenças graves, continuam em vigor.
Quem optar pelo saque aniversário, no entanto, terá algumas restrições em relação ao trabalhador que não fizer. Em caso de demissão sem justa causa, por exemplo, não será possível resgatar o valor integral da conta, somente a multa rescisória.
A modalidade seguirá o mesmo formato do saque imediato, que segmenta os trabalhadores por mês de nascimento. Em 2020, a liberação começa em abril, por causa do atual calendário de pagamento do saque imediato, que termina em março do próximo ano.
A partir do ano seguinte, o dinheiro começará a ser depositado na conta de quem optar pela modalidade no próprio mês de aniversário do beneficiário.
O trabalhador deverá, então, escolher a data em que deseja que o valor seja depositado, se no dia 1º ou 10º do mês de aniversário –quem optar pelo 10º dia terá o valor corrigido por juros e correção monetária do mês de saque, segundo a Caixa.
O dinheiro estará disponível para saque por três meses. Se o trabalhador não retirar os recursos, eles voltam automaticamente para a conta no FGTS. Para aderir à modalidade, é preciso informar ao banco.
Isso pode ser feito pelo aplicativo FGTS, pelo internet banking ou pelo site fgts.caixa.gov.br. Quem não quiser receber o dinheiro não precisa fazer nada.
O crédito poderá ser feito em conta da Caixa ou de outros bancos, ou sacado nos canais físicos, como lotéricas e terminais de autoatendimento. Quem quiser transferir os recursos para outra instituição financeira pagar uma taxa, conforme tabela do banco.
Não é possível fazer a adesão de apenas uma conta. O saque-aniversário vai valer para todas as contas que o trabalhador tiver.
O banco também fez um balanço do saque imediato, que começou em 13 de setembro para nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril.
Já foram liberados R$ 10 bilhões para 24 milhões de trabalhadores, segundo dados do banco.
No saque imediato, quem não quiser receber o dinheiro pode pedir a devolução às contas do FGTS até abril de 2020.
Nesse caso, o banco vai estornar os recursos, que serão corrigidos como se não tivessem sido sacados, afirmou a Caixa.
Aderir ao saque imediato, ressaltou o banco, não significa optar pelo saque-aniversário, segundo o banco.
Quanto poderei sacar do PIS/Pasep?
Quem tem recursos do PIS/Pasep poderá sacá-los integralmente.
Como faço para sacar PIS/Pasep?
Cotistas do PIS deverão fazer os saques nas agências da Caixa Econômica Federal, e os do Pasep, no Banco do Brasil. Não há data limite. O prazo começa em agosto e não há data limite para término.
Quanto poderei sacar do FGTS?
Todos os titulares de contas podem sacar até R$ 500.
No governo Michel Temer foi possível sacar apenas em contas inativas. E agora?
O governo Jair Bolsonaro libera saques nas contas ativas (ligadas a contratos de trabalho ainda vigentes) e inativas (de contratos de trabalho já encerrados).
Esses R$ 500 são um teto?
Não. Serão R$ 500 por conta. Se for uma conta: R$ 500. Se o trabalhador tiver duas contas: R$ 1.000. E assim sucessivamente.
Quando poderei sacar o FGTS?
Os saques serão liberados entre setembro deste ano e março de 2020.
Se o trabalhador tiver conta poupança na Caixa, os recursos serão depositados automaticamente (é necessário avisar à Caixa caso não haja interesse).
Se tiver conta em outros bancos, será necessário obedecer a um cronograma a ser detalhado pelo banco.
Essa transferência para outro banco tem algum custo?
A tarifa da Caixa é de R$ 22 por operação.
Segundo o Ministério da Economia, o trabalhador pode sacar o FGTS na boca do caixa da instituição e levar o dinheiro, em espécie, ao seu banco para fazer o depósito. O saque do dinheiro não será tarifado.
O governo disse que está fazendo uma mudança estrutural no FGTS. Que mudança é essa?
A partir do ano que vem, o governo adota uma nova modalidade de saque do FGTS, que ele batizou de saque-aniversário.
É um sistema diferente do atual, que existe desde a criação do fundo, e que o governo agora chama de saque-rescisão.
Como funciona o novo saque-aniversário?
O trabalhador que aderir ao novo sistema poderá retirar um percentual específico do seu FGTS todo ano, a partir de abril de 2020.
Para quem nasceu em janeiro e fevereiro, o saque poderá ser feito em abril de 2020. Para aniversariantes em março e abril, em maio. E para aqueles que nasceram em maio e junho, em junho.
A partir de julho de 2020, o calendário segue o mês de aniversário.
Quem sacar os R$ 500 em 2020 poderá também fazer retiradas pelo saque aniversário?
Sim. São programas distintos. O saque imediato não impede a retirada de recursos do saque-aniversário, caso o trabalhador decida optar pelo novo sistema.
O percentual do saque-aniversário será fixo?
Não. O percentual seguirá uma tabela. Quanto maior for o volume de recursos no FGTS do trabalhador, menor será o percentual.
O que o trabalhador ganha e perde caso migre para o saque-aniversário?
O trabalhador que migrar para o saque-aniversário vai abdicar do saque do FGTS na rescisão. Em caso de demissão, terá direito apenas a multa de 40%.
A mudança é obrigatória?
Não. É uma escolha do trabalhador.
Qual é o procedimento para adotar o saque-aniversário?
O trabalhador poderá comunicar à Caixa a partir de outubro de 2019 o interesse em migrar.
A mudança é definitiva?
Não. O trabalhador poderá retornar ao saque-rescisão, mas vai precisar cumprir um prazo de carência de dois anos a partir da data de solicitação de retorno. Segundo o governo, a condição visa dar previsibilidade ao fundo.
Como ficam os outros tipos de saque, como o saque para fazer ou abater crédito imobiliário?
Não há mudanças. Saques relativos a financiamento imobiliário ou para custear tratamentos de saúde previstos em lei, por exemplo, estão mantidos.
O presidente Bolsonaro criticou a multa dos 40% do FGTS na demissão. Houve mudança?
O governo não mexeu no valor da multa a que o trabalhador tem direito a receber da empresa em caso de demissão sem justa causa.
Por isso, o patrão continua precisando pagar 40% ao empregado sobre o valor total depositado em caso da dispensa.
Qual foi a mudança em relação à remuneração das contas do FGTS?
Além da rentabilidade, que hoje é de TR + 3%, a distribuição dos resultados dobra: passa de 50% para 100%.
Essa regra se aplica na distribuição de resultados referente a 2018, com crédito nas contas em agosto de 2019.
Como funcionará o uso do FGTS para empréstimos pessoais?
Pelo texto da MP, o trabalhador que optar pela modalidade saque-aniversário poderá contratar empréstimos para antecipar os recursos a receber, como hoje é possível fazer, por exemplo, com a restituição do Imposto de Renda ou com o 13º salário.
Esse tipo de crédito deverá ter juros menores porque oferece menos riscos de inadimplência às instituições financeiras.
Por que o governo está liberando o PIS/Pasep e o FGTS agora?
O objetivo é principalmente estimular o consumo das famílias em meio à lentidão na retomada da economia.
Quanto o governo espera movimentar com essas liberações?
O governo espera movimentar R$ 30 bilhões na economia neste ano e R$ 12 bilhões no ano que vem com as medidas ligadas ao FGTS e ao PIS/Pasep.
Com isso, a projeção oficial é de um impacto de 0,35 ponto percentual no PIB em 12 meses.
Como ver o saldo do FGTS?
Para ver o valor disponível no FGTS, basta acessar o site da Caixa ou por meio do aplicativo "FGTS", disponível no Google Play e AppStore.
| Folha de S. Paulo | | | | Horas trabalhadas na produção, que indica ritmo da atividade industrial, avançou no mês retrasado, segundo a Confederação Nacional da Indústria. Faturamento e emprego industrial também subiram.
As horas trabalhadas na produção, indicador do nível de atividade da indústria de transformação, registrou crescimento de 0,6% em agosto, após três meses de queda, informou nesta terça-feira (1º) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na comparação com agosto de 2019, porém, houve queda de 1,3% nas horas trabalhadas na produção e, no acumulado dos oito primeiros meses do ano, foi registrado um recuo de 0,2% frente ao mesmo período de 2018.
IBGE: Produção industrial cresce 0,8% e tem melhor agosto desde 2014
Os números da entidade também mostram um pequeno crescimento do emprego industrial (+0,1%) e do faturamento do setor em agosto. Já a utilização da capacidade instalada (nível de uso do parque fabril) avançou 0,1 ponto percentual no mês retrasado, para 78,1%.
De acordo com o economista da CNI, Marcelo Azevedo, a expectativa é que o ritmo atual de recuperação se mantenha nos próximos meses.
"Não há, contudo, perspectiva de aceleração desse movimento, de forma que o resultado da indústria para 2019 dificilmente irá se descolar muito do de 2018. A indústria ainda tem estoques em excesso e não há expectativa que a demanda se acelere muito até o fim do ano, limitando o ritmo de atividade do setor", acrescentou.
De acordo com a entidade, porém, a massa real de salários diminuiu 0,7% em agosto e o rendimento médio real dos trabalhadores recuou 0,4% na comparação com julho, considerando as séries com ajuste sazonal. Em relação a agosto do ano passado, o emprego teve queda de 0,2%, a massa real de salários encolheu 1,2% e o rendimento médio do trabalhador caiu 0,9%.
| G1 | | | | A atividade da indústria paulista ficou estável (0%) em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, mostra o Indicador de Nível de Atividade (INA), divulgado nesta terça-feira, 1º de outubro, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem ajuste, houve alta de 3,1% ante agosto de 2018.
De acordo com a Fiesp, a estabilidade foi composta pela variação positiva das vendas reais (+0,1%) e pelos resultados negativos nas horas trabalhadas na produção (-0,2%) e no nível de utilização da capacidade instalada (Nuci), de -0,2 ponto porcentual.
Para setembro, o Sensor ficou abaixo da linha de estabilidade, marcando 49,5 pontos, indicando queda moderada da atividade industrial paulista.
As variáveis que mais contribuíram para o recuo do Sensor foram os estoques que atingiram 46,5 pontos, permanecendo acima do nível desejado e a variável de vendas, marcando 49,3 pontos, ao qual indica retração das vendas para o mês.
"Alguns estímulos dados, como a liberação de recursos do FGTS e PIS-Pasep, não serão suficientes para uma retomada mais consistente da atividade econômica em razão da deterioração do quadro externo", avaliou, em nota, o segundo vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho.
Dos demais indicadores que compõem o Sensor, a variável emprego avançou para 52,6 pontos em setembro, por ficar acima dos 50,0 pontos, há a expectativa de admissões no mês. Houve alta também para a variável que capta as condições de mercado, que marcou 50,5 pontos. Acima dos 50,0 pontos demonstra a expectativa de melhora das condições de mercado.
| DCI | | | | Desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras caiu 15%
Enquanto a produção industrial no resto do mundo cresceu 10% desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% no mesmo período - e não recuperou o patamar em que estava antes da recessão. Se nada for feito, de acordo com economistas, o Brasil corre o sério risco de deixar de estar entre os dez maiores países industriais do mundo.
Para além dos efeitos negativos da recessão no Brasil, de 2015 a 2016, sobre confiança e emprego, os variados choques que a atividade industrial sofreu no País e os problemas estruturais que o setor enfrenta explicam a disparidade do desempenho local frente a países vizinhos, dizem especialistas. E o pior: esses fatores devem levar a indústria, que tem peso de cerca de 11% no Produto Interno Bruto (PIB), a uma nova retração este ano, após registrar crescimento em 2017 e 2018, influenciada também pela desaceleração global.
O pico de participação da indústria no PIB foi em 1976, com 22,3% (a preços constantes de 2010).De acordo com a economista Laura Karpuska, da BlueLine Asset - que sistematizou os dados sobre produção industrial no mundo, nos países emergentes, excluindo a China -, a atividade das fábricas cresceu 8% desde 2014, enquanto na América Latina o desempenho foi de queda de 4%. E o destaque negativo entre os maiores países da região foi o Brasil.Dentre os motivos que ajudam a explicar o desempenho mais fraco do Brasil em relação aos vizinhos, Laura cita primeiro os diferentes choques que vêm tendo impacto na economia do País.
A queda nas exportações para a Argentina, que afeta os manufaturados, pode ter tirado até 0,7 ponto porcentual do PIB em 2017 e 2018. Também pesaram a tragédia o rompimento da barreira da Vale, em Brumadinho (MG) e a greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado."À exceção da Argentina e dos problemas gravíssimos da Venezuela, a crise industrial do Brasil foi uma das mais profundas da América Latina, e a recuperação tem sido das mais frustrantes possíveis também", reforça o economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Vem da entidade o alerta de que o Brasil, que ocupa a nona posição entre os maiores países industriais, pode deixar, em breve, de aparecer entre os dez primeiros desse ranking.O desempenho fraco da indústria, na avaliação de Cagnin, reflete tanto a demanda fraca quanto problemas estruturais de competitividade e produtividade, como a complexa estrutura tributária, o baixo investimento e o parque produtivo obsoleto. O economista reforça que é cada vez maior o risco de a atividade fechar 2019 com queda na produção.
Depressão
"Se a situação em que a indústria brasileira está não é uma depressão, eu não sei mais o que poderia ser", afirma o economista e ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore. "A indústria nacional e a do resto do mundo seguem a mesma trajetória até 2012. Em 2013, a do Brasil começou a fraquejar e nunca mais se recuperou, enquanto a produção mundial continua crescendo e, hoje, está 40 pontos porcentuais na frente.
"Ele avalia que foram cometidos uma série de erros em anos recentes, que criaram uma espécie de armadilha para o setor, como a recriação da indústria naval, que não se sustentou. "Além disso, diversos empresários foram atrás de proteção, de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e esqueceram de investir para aumentar a competitividade das empresas."O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em economia industrial, David Kupfer, avalia que não há uma solução de curto prazo para reverter o quadro atual, que classifica como "anemia industrial".
"Há uma questão estrutural, de falta de competitividade, e conjuntural, de falta de dinamismo na economia, que impede a indústria de crescer."Ele completa que seria possível tentar estratégias, envolvendo empresas e política econômica, para que a indústria recuperasse mais dinamismo em um horizonte de médio a longo prazos, com resultados demorando pelo menos cinco anos para aparecer.
"O que se pode pensar é em uma reformulação da política econômica atual, que abra algum espaço para investimentos."Para Kupfer, políticas usadas por governos anteriores, como o fomento aos chamados campeões nacionais e a desoneração da folha de pagamento de diferentes setores produtivos, não serviram para fortalecer a indústria, mas para tentar melhorar o ambiente macroeconômico. "Ainda assim, esses instrumentos não devem ser demonizados, apenas não foram bem utilizados à época."
| PEGN | | | | OMC reduz ainda mais projeção para crescimento do comércio global em 2019
Organização Mundial do Comércio estima agora crescimento de 1,2% no ano, ante previsão anterior de alta de 2,6%. Para 2020, projeção de alta caiu de 3% para 2,7%.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) reduziu ainda mais a projeção de crescimento do comércio mundial para 2019 e 2020, citando a escalada das tensões comerciais e a desaceleração da economia global.
Para 2019, a OMC passou a projetar um crescimento de 1,2%, abaixo da estimativa anterior de 2,6% feita em abril. Já para 2020, a previsão é de avanço de 2,7%, ante estimativa anterior de alta de 3%.
Em 2018, o comércio mundial de produtos cresceu 3%, segundo dados da OMC.
De acordo com relatório publicado nesta terça-feira (1) pela entidade, "os riscos negativos permanecem altos", uma vez que conflitos como a guerra comercial entre Estados e China aumentam as incertezas e têm levado empresas a adiarem investimentos.
A OMC cita também como fatores para uma maior desestabilização a mudança das políticas monetária e fiscal em curso em vários países e o risco de um 'Brexit desordenado".
Entenda a piora das tensões entre China e EUA e as incertezas para a economia mundial
Desaceleração global
No dia 19, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também reduziu de maneira considerável as previsões de crescimento da economia mundial, passando a projetar um crescimento de 2,9% em 2019 e 3% em 2020, após uma expansão de 3,6% em 2018.
Segundo a OCDE, confirmadas as previsões, serão as taxas de crescimento anua mais fracas desde a crise financeira de 2008/2009.
| G1 | | | | Publicação Competitividade em Foco mostra que o Brasil está em 16º lugar no ranking que compara o endividamento público entre 18 países com economias similares à brasileira
A dívida pública brasileira não para de crescer. Conforme dados do Tesouro Nacional, aumentou 2% em relação a julho e atingiu R$ 4,074 trilhões em agosto deste ano. “O endividamento público é uma das principais razões do ambiente macroeconômico desfavorável para a competitividade”, alerta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A deterioração fiscal do país contribui para a perda de estabilidade macroeconômica, para a manutenção de juros elevados relativamente aos nossos competidores e para a menor capacidade de investimento do Estado”, diz a publicação mensal Competitividade em Foco, divulgada pela CNI nesta segunda-feira (30).
Conforme a publicação, o tamanho da dívida do governo brasileiro em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) está em 16º lugar no ranking que compara a dívida de 18 países de economias similares. Nesta lista, a dívida brasileira, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), alcançou 87,9% do PIB em 2018 e só é menor do que a do Canadá, onde atinge 90,6% do PIB, e da Espanha, que é de 97% do PIB. “O endividamento do Brasil é maior do que o observado em outros países latino-americanos e emergentes, como Chile (25,6%), Peru (26,8%), Turquia (29,1%) e Indonésia (29,2%)”, avalia a CNI.
Além disso, o custo da dívida pública é mais alto no Brasil do que nos demais países analisados. A despesa do Brasil com juros incidentes sobre a dívida equivale a 5,16% do PIB. O primeiro lugar do ranking é da Coreia do Sul, onde o custo da dívida é negativo em 0,80% do PIB. Embora tenha a dívida mais elevada, de 90,6% do PIB, o Canadá, que aparece em segundo lugar na lista da despesa com juros, tem o segundo menor custo (0,37% do PIB). No Chile, o custo da dívida também equivale a 0,37% do PIB.
“O equilíbrio macroeconômico é a base da previsibilidade e fundamental para a competitividade de um país, pois contribui para um ambiente de negócios seguro, previsível e propício ao investimento”, afirma o Competitividade em Foco. A publicação mensal, que é feita com base no estudo anual Competitividade Brasil 2018-2019, é uma contribuição da indústria para o debate sobre as condições do Brasil em competir com economias similares nos mercados interno e externo.
SAIBA MAIS: Acesse a página de Estatísticas do Portal da Indústria e conheça as pesquisas da CNI
| CNI ( publicado em 30-09-2019) | | | | Fruto de parceria entre CNI, SENAI e FIEP, centro vai promover adoção de tecnologias em empresas do estado e do país
Londrina ganhou, nesta segunda-feira (30), o Hub de Inteligência Artificial para promover o uso de novas tecnologias, como computação em nuvem, big data e machine learning, para impulsionar a competitividade na indústria do país. A criação do centro é fruto de uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com a Federação de Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, explicou que o hub de Londrina se junta à rede de Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia e reiterou o compromisso do Sistema Indústria no fomento à inovação, sobretudo com a chegada da Indústria 4.0. "É consenso que não há futuro para a indústria brasileira sem inovação. Tornar a inovação acessível para todas as empresas, independentemente do segmento e do porte, é uma grande questão que estamos enfrentando. O SENAI tem sido fundamental nesse processo", complementou.
Robson Andrade explicou que a cidade paranaense foi escolhida por ter um ecossistema de inovação em ascenção. “O Paraná tem uma tradição forte nas áreas de tecnologia e inovação e Londrina tem um ambiente favorável para o desenvolvimento da inteligência artificial”, disse, na inauguração. Londrina tem densidade crescente no número de empresas de TI e startups ligadas à indústria 4.0, além de ser importante polo universitário, com mais de 40 mil alunos e pesquisadores em áreas conectadas ao tema inteligência artificial.
"A ideia do Hub é impulsionar esse ecossistema de tecnologia de Londrina, estabelecendo parcerias com startups, pequenas e grandes empresas na área de desenvolvimento de inteligência artificial, machine learning e cloud computing, que são as competências essenciais e portadoras do futuro”, afirmou Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI Nacional.
CONEXÃO INDÚSTRIA - O Hub de Inteligência Artificial terá o desafio de promover a adoção da tecnologia pelas indústrias, criando conexão entre as demandas das empresas, a academia e startups, desenvolvendo um ambiente único de inovação e gerando impacto em várias esferas da sociedade. Osmar Alves, vice-presidente do Sistema Fiep, acredita que a iniciativa consolida o potencial da região na área da tecnologia da informação. “O empreendimento vai trazer desenvolvimento e tecnologia de ponta para a cidade, além de atrair novas empresas do setor de TI para cá”, completa.
Segundo Jared Andrade, CEO da QExpert – empresa que vai usufruir da estrutura do Hub –, o mercado o espaço ajudará a responder as demandas do mercado por novos desenvolvimentos em inteligência artificial. "A indústria vai ser beneficiada com o Hub ao preparar profissionais qualificados, trazer desafios para serem resolvidos aqui dentro e até mesmo ao criar novas tecnologias” conclui.
Marcelo Belinati, prefeito de Londrina, acredita que o Hub complementa a estrutura tecnológica da cidade, composta por mais de 2 mil empresas na área de tecnologia de informação, 400 startups e uma legislação avançada na área. “O Hub veio para agregar todo esse ecossistema que existe e vai consolidar a cidade de Londrina como um importante polo de referência em soluções tecnológicas para o Brasil e para o mundo”, diz.
| CNI (publicado em 30-09-2019) | | | | Levantamento foi feito pela Kantar com trabalhadores de 24 setores diferentes em 14 países - incluindo o Brasil.
Uma pesquisa feita com mais de 18 mil pessoas revela que, se presenciar situações de discriminação não é algo incomum no ambiente de trabalho, o mesmo não se pode dizer em relação a relatar esse tipo de caso à empresa. Segundo o levantamento, a proporção de pessoas que dizem já ter visto ou vivenciado discriminação no trabalho é de 80%. Ao mesmo tempo, 1 em cada 3 pessoas dizem se sentir encorajados a levar o assunto ao departamento de Recursos Humanos (RH).
O levantamento foi feito pela Kantar com trabalhadores de 24 setores diferentes em 14 países - incluindo o Brasil. Entre os entrevistados, 25% responderam que se sentiram assediados ou intimidados no ambiente de trabalho nos últimos 12 meses, mas a maioria (67%) aponta que não se sente confortável para reportar comportamentos negativos para a liderança ou aos gestores de RH.
Negros na liderança: debates sobre desigualdade racial crescem, mas falta de referências ainda é barreira para profissionais
O estudo também apresenta os dados divididos por gênero, orientação sexual e etnia. Entre as mulheres, 27% apontam que foram induzidas a sentir que não pertenciam ao seu local de trabalho. Já a proporção das que acreditam que ganham menos que colegas homens em posições semelhantes é de 20%.
Entre os trabalhadores LGBTQ+ ouvidos pela pesquisa, 24% dizem ter sofrido bullying no trabalho no ano passado. Além disso, 36% acreditam ter enfrentado obstáculos em termos de ascensão profissional devido à sua orientação sexual. A pesquisa mostra ainda que as pessoas LGBTQ+ ocupam apenas 2% das posições dentro do conselho de administração das empresas, contra 9% da força de trabalho global estimada.
Mulheres na Liderança: as barreiras que ainda prejudicam a ascensão feminina no mercado de trabalho
Já na divisão por etnia, os dados mostram que 11% que se identificam como minoria acreditam que são tratados de forma muito diferente no trabalho por causa de sua etnia. Já 13% se sentem excluídos e 28% se sentem ansiosos com frequência.
No Brasil
Considerando apenas os entrevistados brasileiros, o levantamento aponta que 35% observaram discriminação negativa em relação a outras pessoas dentro da empresa. Já a proporção dos que dizem enfrentar obstáculos em suas carreiras relacionados ao gênero, idade, etnia, orientação sexual etc é de 34%.
| G1 | | | | Parecer da entidade contesta dispositivo da Lei da Liberdade Econômica que limita desconsideração da pessoa jurídica
A OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo) emitiu um parecer técnico em que defende que as restrições à tomada do patrimônio de sócios de empresas impostas pela Lei da Liberdade Econômica não devem valer para casos trabalhistas.
Na prática, o texto pode ser utilizado por advogados e juízes trabalhistas como argumentos para que o confisco de bens de sócios seja possível sem as travas da nova lei.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 20 de setembro, a norma restringiu a possibilidade de acesso aos bens de sócios caso a empresa não tenha patrimônio para pagar suas obrigações.
O texto especifica que a situação, chamada de desconsideração da personalidade jurídica, só pode acontecer em casos em que o empresário tenha se beneficiado de alguma fraude ou tenha ocorrido confusão entre o patrimônio dele e o da empresa.
Entre as hipóteses que permitiriam a cobrança direta ao sócio estão a intenção de lesar credores ou uso de dinheiro da companhia para pagar contas do sócio.
Em nota técnica, o presidente da comissão de direito do trabalho da OAB-SP, Jorge Pinheiro Castelo, afirma que os dispositivos da norma não valem no âmbito trabalhista.
“A regulamentação [que a lei nova faz] está errada porque a norma não trata de matéria trabalhista no seu cerne, está fora do âmbito da CLT e, apesar disso, quer ter efeitos trabalhistas”, diz Adriana Calvo, coordenadora da comissão de direito do trabalho da OAB-SP.
“A nota não entra no mérito de se estar certa ou errada a regulamentação, mas diz que há vícios formais. A forma está errada, a lei que não reforma a CLT não deve tratar de matéria trabalhista”, afirma.
“A aplicação de lei nova que elimine, restrinja ou agrave a efetividade dos direitos trabalhistas compromete e atinge o próprio direito de acesso à justiça (...), gerando o cancelamento de direitos materiais do trabalhador protegidos constitucionalmente”, diz o parecer.
O texto argumenta que a lei não valeria para os contratos antigos porque quando foram celebrados, a regra não levava em consideração essas restrições, e nem para os novos, porque a lei não é legislação trabalhista, segundo Otavio Pinto e Silva, professor da USP e sócio do escritório Siqueira Castro.
“Essa linha de raciocínio pode ter repercussão na Justiça do Trabalho. Até antes da lei, se houvesse execução de uma dívida trabalhista e a Justiça não encontrasse o patrimônio da empresa, o juiz poderia ir atrás dos bens de sócios sem passar pela etapa de comprovar fraude, por exemplo”, afirma Pinto e Silva.
“A OAB critica que alterações do Código Civil tenham repercussões no âmbito do trabalho, mas na prática isso não significa muito. O TST [Tribunal Superior do Trabalho] é que vai ter de disciplinar isso”, diz o advogado trabalhista Marcelo Fortes.
| Folha de S. Paulo | | | | Negócio depende da aprovação do conselho fiscal; dívida do sindicato chega a R$ 20 milhões
Com dívida de R$ 20 milhões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes fechou a venda de sua sede, no bairro da Liberdade, por R$ 140 milhões.
O negócio já havia sido autorizado pelos trabalhadores em assembleia. Miguel Torres, presidente do sindicato, afirma que a venda depende ainda de aprovação do conselho fiscal da entidade, o que deverá ocorrer dentro de dois dias.
Torres diz que o sindicato ainda analisa as garantias oferecidas pela compradora —uma empresa do setor de logística-- para fechar o negócio.
O prédio está ocioso. São 14 andares, mais três intermediários e os do subsolo. Tentamos alugar, mas não conseguimos”, disse.
O edifício tem também heliponto, auditório com capacidade para 900 pessoas e três andares de subsolo capazes de abrigar até 250 carros. Símbolo de tempos de bonança para o sindicalismo, o edifício tem duas torres de elevadores, somando nove compartimentos e espaço para exposições.
Em reunião nesta segunda (30), a diretoria do sindicato foi informada que toda a receita obtida nas da negociação coletiva foi consumida até setembro.
O custo de manutenção do sindicato é de R$ 3,5 milhões mensais.
Além da sede, o sindicato —que é filiado à Força Sindical— vai vender sua subsede em Mogi das Cruzes, um clube de campo, uma colônia de férias e outros imóveis.
Após deixar a sede, os Sindicato dos Metalúrgicos passará um tempo instalado na Força Sindical. Com o dinheiro arrecadado na venda, o plano dos sindicalistas é comprar um imóvel menor.
Uma das possibilidades em estudo é a compra da sede da própria Força, que também está à venda e é avaliada em R$ 16 milhões. A Força Sindical também é presidida por Miguel Torres.
A central não é a única a enfrentar severa crise financeira.
O fim do imposto sindical obrigatório, associado ao alto índice de desemprego, derrubou a receita de todas as centrais. Maior delas, a CUT (Central Única de Trabalhadores) chegou a negociar a venda de sua sede, no Brás, além de elaborar um plano de redução de secretarias e corte de pessoal.
| Folha de S. Paulo (publicado em 30-09-2019 | | | | Os metalúrgicos da Embraer recuperaram nesta segunda-feira o direito de fazer suas assembleias no pátio da fábrica, após reunião do sindicato da categoria com representantes da Embraer e da Polícia Militar ocorrida na sexta-feira (27), no Ministério Público do Trabalho (MPT), em São José dos Campos.
Em nota, o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos e Região (SindMetal) informa que a Embraer assumiu no MPT um Termo de Compromisso de Conduta (TCC) em que se obriga a permitir a realização de assembleias no bolsão de estacionamento da matriz. Desde a década de 1990, o sindicato estava proibido de realizar assembleias no local.
O MPT também determinou que a Embraer emita um comunicado aos trabalhadores, reafirmando o compromisso assumido junto ao Pacto Global da ONU de "apoiar a livre associação e reconhecimento ao direito das negociações coletivas."
Enquanto negociam um reajuste salarial, na quarta-feira passada, dia 25, o trabalhadores da Embraer suspenderam a greve anunciada no dia anterior, de acordo com o SindMetal, por medo de represálias. A paralisação é atribuída à recusa da empresa em aplicar aumento real aos salários e insistir na redução de direitos previstos na Convenção Coletiva da categoria. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 6,37%, que corresponde à inflação do período mais 3% de aumento real, além da renovação da convenção coletiva na íntegra. Conforme o sindicato, a Embraer não aplica aumento real de salários há quatro anos.
| | | | | Edifício da central sindical em São Paulo foi a leilão em maio mas não foi arrematado
Casa nova Prestes a vender sua sede por R$ 140 milhões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes já procura novo endereço para comprar. Uma alternativa seria o prédio da Força Sindical, central à qual é filiada, segundo Miguel Torres, presidente da entidade. Localizado a poucos metros, no mesmo bairro da Liberdade, na capital paulista, o edifício da Força é menor e mais barato —foi a leilão em maio avaliado em cerca de R$ 12 milhões, mas não teve negócio.
| Folha de S. Paulo | | | | Depois de perderem até 80% da arrecadação com a reforma trabalhista, as centrais sindicais articulam com o Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que possibilite a reestruturação das entidades, tanto dos trabalhadores quanto dos patrões.
Entre as propostas está a adoção de taxa negocial pela qual só os trabalhadores e empresas sindicalizados ou que aceitem pagar a taxa serão beneficiados pelas negociações salariais.
Na terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou de reunião em São Paulo com representantes das principais entidades sindicais e patronais. Estavam no encontro Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Foi colocado na mesa a necessidade de o Congresso apresentar uma proposta de reestruturação das entidades que se antecipe ao projeto elaborado pelo governo Bolsonaro, a cargo, segundo participantes do encontro, do secretário especial da Previdência, Rogério Marinho. "O debate sobre reforma sindical deve ter protagonismo do Congresso, é um tema de grande interesse social. E assim ficamos livres das propostas draconianas do Executivo", disse o deputado Orlando Silva (PC do B-SP), que estava na reunião.
A ideia é criar um Conselho Nacional do Trabalho, composto de forma paritária por patrões e trabalhadores. O governo ficaria de fora. A proposta inicial prevê mudanças no artigo 8.º da Constituição, que fala sobre a unicidade sindical, e o fim da necessidade de a Secretaria Nacional do Trabalho emitir a carta sindical para criação de novas entidades.
"Por que trabalhadores e empresários, que são protagonistas do processo, não podem com o Parlamento criar uma proposta que ajude os sindicatos que trabalham", questionou o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna. Segundo ele, hoje cerca de 30% dos sindicatos não fazem acordos coletivos e até a reforma trabalhista do governo Temer recebiam mesmo assim parcelas do imposto sindical.
Segundo os sindicalistas, o projeto é inspirado em modelos adotados há vários anos por outros países. O objetivo é valorizar o conceito do "negociado sobre o legislado", mas para isso é necessário fortalecer, inclusive financeiramente, as entidades responsáveis pelas negociações. Nos EUA e em alguns países da Europa, os sindicatos são financiados por contribuições dos trabalhadores associados ou pela taxa negocial.
"A CUT sempre defendeu essa liberdade mas bom seria uma representação única", disse Sergio Nobre, secretário-geral da CUT. "Em lugar nenhum do mundo o movimento sindical vive só de mensalidade. Em alguns países da Europa as entidades dos trabalhadores praticam atividades econômicas para financiar as atividades sindicais."
Procuradas, Febraban e CNA não comentaram. CNI afirmou que ainda não existe proposta concreta sobre a qual possa firmar posição.
| UOL | | | | Presidente da Câmara acerta com entidades apresentação de uma PEC para discutir tema
Em mais uma disputa de protagonismo com o governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acertou com centrais sindicais, confederações patronais (como CNI, CNC, CNA e CNT) e federações, como a Febraban, a apresentação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) para discutir a reforma sindical.
A intenção dos trabalhadores, ao procurar Maia, é se antecipar à reforma sindical em elaboração pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (PSDB) - principal responsável pela reforma trabalhista, que acabou com a contribuição sindical obrigatória e a tornou opcional.
Marinho montou um grupo de juristas, economistas e técnicos do governo para elaborar uma proposta até o fim do ano e deixou de fora sindicatos. O coordenador do grupo, o secretário do Trabalho, Bruno Dalcomo, prometeu aos sindicalistas ouvir sugestões, mas eles não terão direito a decidir na confecção do texto.
Marinho estaria se espelhando no modelo americano, de um sindicato para cada empresa, estrutura completamente diferente da brasileira, onde as entidades representam categorias por município ou região, como os metalúrgicos de São Paulo ou os motorista de ônibus do ABC. No modelo dos Estados Unidos, os funcionários do Banco do Brasil se uniriam em um sindicato exclusivo, por exemplo, sem a participação dos empregados de outros bancos.
“O governo sinalizou com o pluralismo por empresa. No Brasil vai haver milhões de sindicatos, vai ser pior do que era antes, e com um sindicalismo muito mais enfraquecido”, disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que tem preferência pelo modelo alemão, de sindicatos nacionais por categoria.
Ainda não há uma definição consensual sobre o modelo a ser adotado, mas o fim da unicidade sindical (de um sindicato por município/ região), antes rechaçado no meio, agora já é aceito. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) já defendia a mudança nesse modelo, mas suas bases resistiam.
A Força Sindical, antes contrária, agora é favorável a disputa entre sindicatos na mesma base. “Todo mundo está percebendo que, se não atualizar a legislação, tornar as estruturas mais democráticas, não há solução”, disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o “Juruna”.
As grandes confederações patronais, como a da Indústria (CNI), da Agropecuária (CNA), do Comércio e Serviços (CNC) e dos Transportes (CNT), além de entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), enviaram representantes para a reunião com Maia e tem participado das discussões com os trabalhadores, mas também não fecharam uma posição.
Uma proposta em discussão, apurou o Valor, é autorizar mais de um sindicato da categoria por cidade, mas só permitir que sentem na mesa de negociações, para firmar os acordos coletivos, os que tiverem um percentual mínimo de filiados em relação ao conjunto da categoria. O percentual exato ainda está em debate, mas teria uma transição de dez anos, com aumento gradual. Se mais de um sindicato alcançar essa representação mínima, ambos terão direito de negociar com o sindicato patronal os benefícios dos trabalhadores.
A representatividade seria medida a cada três anos e a categoria, por plebiscito, poderia delegar a um deles o direito de falar em nome de todos pelo período. Para evitar “concorrência desleal” entre os sindicatos, haveria regras para impedir taxas muito baixas de modo a esvaziar um sindicato em detrimento de outro.
Toda essa estrutura deixaria de ser gerida pelo governo federal, que hoje decide quando há disputas entre sindicatos - como, por exemplo, se deve ser autorizada a criação de uma entidade para representar os lojistas de shopping onde já existe um sindicato dos lojistas em geral. A proposta em geral é que essas disputas passem a ser arbitradas por um novo órgão, bipartite, com representantes dos sindicatos laborais e empresariais, que também ficaria responsável por medir a representatividade e regulamentar as taxas pagas.
Um dos grandes objetivos do movimento com a PEC é estabelecer formas de financiamento, que despencou desde o fim do imposto sindical obrigatório. Ainda há divergências, mas uma ideia é retomar o desconto na folha de salário dos empregados e o pagamento de uma taxa quando for fechado com o sindicato patronal o acordo coletivo da categoria, com a definição do reajuste salarial e dos demais benefícios. Uma hipótese em avaliação, mais impopular, é que o acordo coletivo só tenha validade para os filiados do sindicato.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse, em nota, que não existe proposta concreta de reforma sindical para tomar posição. CNT e CNA não responderam. Febraban disse que não comenta projetos em discussão.
| vALOR eCONÔMICO (publicado em 30-09-2019) | | | | Comissão analisou novo relatório do senador Tasso Jereissati e rejeitou todas as sugestões de mudanças no texto. Votação em plenário está prevista para ocorrer ainda nesta terça-feira.
Aprovada na CCJ do senado a proposta do relator para a reforma da Previdência
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta terça-feira (1º) por 17 votos a 9 o relatório sobre a reforma da Previdência, proposto pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
A previsão é que a proposta de emenda à Constituição (PEC) seja levada ainda nesta tarde para votação em primeiro turno no plenário do Senado.
No dia 4 de setembro, a CCJ do Senado já havia aprovado um primeiro relatório sobre a reforma. Depois da aprovação pela comissão, o texto foi enviado ao plenário para a apresentação de emendas à proposta.
Das 78 sugestões apresentadas, Tasso havia acolhido apenas uma emenda, além de fazer um ajuste de redação no texto. Posteriormente, o autor da emenda, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), retirou a sugestão para tratá-la como emenda de redação.
Com o fim do prazo para a apresentação de emendas, o texto teve de ser analisado novamente nesta terça pela CCJ, de acordo com as regras para a tramitação de PECs. Agora, com a aprovação pelo colegiado, é que o texto poderá ser analisado em primeiro turno no plenário.
Entenda a reforma da previdência ponto a ponto
Segundo o relator, a proposta mantém a previsão do governo federal de economia para a União de R$ 876,7 bilhões em dez anos, caso a reforma seja aprovada.
O relator do texto defende que eventuais mudanças na proposta, como a inclusão de estados e municípios no regime previdenciário, sejam tratadas por meio de uma PEC paralela, que já está em tramitação no Senado.
Isso evitaria que o texto voltasse para a Câmara já que, pelo regimento, qualquer mudança no texto original exigiria uma nova análise dos deputados.
Após reunião de líderes partidários antes da votação no colegiado, o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que a previsão é que a proposta de emenda à Constituição (PEC) seja levada ainda nesta tarde para votação em primeiro turno no plenário da Casa.
"Diversos líderes colocaram algumas preocupações em relação à condução das matérias relativas ao pacto federativo, outros senadores trataram também sobre questões pendentes no Senado Federal, em relação entre o Senado e o governo federal", afirmou o líder do governo.
"Mas ao final todos concordaram com a importância da deliberação da votação na CCJ da reforma da previdência e ainda hoje a votação em primeiro turno", complementou.
Segundo turno
De acordo com o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a previsão de votação em segundo turno da matéria, prevista para o dia 10 de outubro, está mantida.
“Mas é preciso conversar muito com as lideranças. A gente sai daqui dessa reunião com muitas solicitações de superações de questões que foram apresentadas aqui por diversos líderes.”
Para o líder do PSL, senador Major Olímpio (PSL-SP), porém, a votação em segundo turno no dia 10 “não está de pé”.
Segundo Major Olímpio, os senadores reclamam de “anseios” que não foram atendidos pelo governo. “Desde concretização de ações em relação ao pacto federativo até demandas regionais”, ele afirma.
"Agora a água passou do umbigo, porque não foi com ameaça, foi uma alerta da maioria dos senadores dizendo: nós vamos votar hoje pelo Brasil, mas, se não acontecer compromissos assumidos pelo governo, não haverá a votação no dia 10."
Votação adiada
Inicialmente, um calendário estabelecido por lideranças partidárias previa que o texto fosse votado em plenário no dia 24 de setembro, mas foi adiada duas vezes na semana passada.
Na última terça-feira (24), o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocou uma sessão do Congresso para análise de vetos presidenciais.
No dia seguinte, um acordo com líderes partidários adiou pela segunda vez a votação. Dessa vez, para que senadores participassem de uma audiência pública com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.
A reunião ocorreu após operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso que teve como alvo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
| G1 | | | | Expectativa é a de que texto seja aprovado na CCJ nesta terça (1) e siga no mesmo dia para o plenário
O governo quer tentar reverter mudanças feitas pelo relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), que reduziram o impacto da medida nas contas públicas. A votação da proposta deve começar nesta terça-feira (1).
Ainda é possível aprovar alterações na versão apresentada pelo tucano. A equipe econômica pretende aproveitar a análise do texto na CCJ (comissão de Constituição e Justiça) e no plenário do Senado para recuperar trechos aprovados na Câmara, mas que foram derrubados por Jereissati.
A expectativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é que a reforma seja aprovada na CCJ na manhã desta terça e siga, à tarde, para o plenário —onde a votação pode se estender até o dia seguinte. Ele calcula que 60 a 63 senadores são favoráveis ao projeto na Casa. É necessário o mínimo de 49 para aprovar o texto.
O segundo turno de votação está previsto para meados de outubro.
Para reduzir a resistência ao projeto de restruturação das regras de aposentadoria, o relator fez, por exemplo, uma alteração para garantir que a pensão por morte não seja inferior a um salário mínimo (R$ 998).
Apesar de reconhecer a dificuldade em reverter isso, o Ministério da Economia quer mostrar posição contrária à decisão do relator.
Por meio de senadores aliados, o governo planeja colocar em votação uma emenda para que a pensão possa ser menor que um salário mínimo quando não for a única renda formal da viúva, como foi aprovado pelos deputados, em agosto.
Técnicos alegam que o gasto com pensões no Brasil é um dos mais elevados do mundo e que a regra negociada com a Câmara busca cortar privilégios.
A equipe econômica também quer reincluir na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma a previsão de critérios mais rígidos para que gratificações permanentes recebidas por funcionários públicos sejam incluídas no valor das aposentadorias.
Jereissati retirou essa parte da PEC principal e incluiu ideia semelhante na PEC paralela, que reúne ajustes na reforma defendidos por senadores, mas que ainda não tem prazo para ser votada.
Se a PEC paralela não avançar no Congresso, servidores públicos cuja carreira tem um programa permanente de gratificação por desempenho ficariam poupados de regras mais duras e que considerariam a produtividade num prazo mais longo.
Atualmente, há casos de servidores que se aposentam com base nas gratificações do último ano, que pode incluir, por exemplo, uma bonificação recente por mestrado ou doutorado.
A última estimativa de economia com a PEC principal da reforma da Previdência é de R$ 876,7 bilhões em dez anos para a União. Mas o governo ainda deverá divulgar uma nova previsão após as mudanças mais recentes feitas no Senado.
Interlocutores do governo no Senado estão otimistas em relação à votação do texto principal da PEC. Mas, diante de pressões por mais mudanças que podem desidratar a reforma, a equipe econômica deve ir a campo para conter esse movimento.
Maior bancada na Casa, o MDB defende regras mais vantajosas para que o trabalhador receba o abono salarial do que as aprovadas na Câmara. O abono funciona como um 14º salário para trabalhadores de baixa renda. A oposição também apresentará emendas para modificar a reforma.
| Folha de S. Paulo (publicado em 30-09-2019) | | | | Racionalizar os gastos e mudar sua composição é sempre importante
Há algumas semanas se reacendeu o debate a respeito do problema fiscal brasileiro. As discussões têm girado em torno das causas do problema e como superá-lo.
Enquanto alguns economistas apontam o “crescimento acelerado dos gastos obrigatórios” como explicação para a crise fiscal, outros apontam que o problema na verdade foi a queda das receitas, dado que o gasto público real na verdade vem desacelerando desde 2010 (Os dados mencionados no texto estão em valores reais de 2018, deflacionados com o deflator implícito do PIB).
Segundo um outro colunista, a queda da receita total seria responsável por somente 36% da piora do resultado primário, enquanto o crescimento dos gastos explicaria 53% do déficit de R$ 217 bilhões observado entre 2014-18 [1]. Essa conta, contudo, só considera o componente de queda da receita de 2014 em diante, desconsiderando a reversão da sua tendência de crescimento entre 1997-2013. Ao incorporar esse componente, as contas mudam drasticamente.
A perda de receita líquida tendencial entre 2014-2018 foi de R$ 269 bilhões. A receita líquida em 2018 seria de R$ 1,602 trilhão caso tivesse seguido a tendência observada entre 1997-2013, frente a uma receita líquida de R$ 1,333 trilhão verificada em 2013.
Ao considerar a perda dessa receita fica claro que se ela tivesse seguido sua tendência após 2013 não haveria déficit. Ou seja, a principal explicação para o déficit fiscal brasileiro é a drástica reversão da receita líquida observada entre 2014-2018 e ilustrada na figura abaixo.
A trajetória tendencial da despesa total entre 2014-2018, por sua vez, teria variação de R$ 185 bilhões. A despesa total projetada para 2018 seria de R$ 1,421 trilhão se seguisse a tendência de 1997-2013, frente a uma despesa de R$ 1,236 trilhão verificados em 2013. Essa estimativa indica que a variação efetiva de R$ 115 bilhões observada entre 2014-2018 foi consideravelmente inferior à tendência projetada da despesa.
Isso deixa claro o enorme esforço de contenção de gastos realizado entre 2014-2018. Apesar disso, a situação fiscal do país melhorou muito pouco nos últimos 5 anos. A explicação para isso é o fato de que as políticas implementadas nesse período tiveram efeito muito pequeno sobre as receitas.
As estimativas mencionadas acima indicam ainda que se após o déficit de 2014 o governo tivesse adotado políticas econômicas voltadas para motivar a retomada do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e da receita em seu nível tendencial, em 2018 a variação da receita em relação a 2014 teria sido de R$ 334 bilhões, saindo de R$ 1,268 trilhão efetivos em 2014 para R$ 1,602 trilhão projetado em 2018, com larga margem para financiar o crescimento tendencial da despesa de R$ 185 bilhões.
Mesmo que a variação da receita fosse 40% inferior a sua variação tendencial citada, ainda assim essa variação permaneceria acima da variação tendencial da despesa.
Racionalizar os gastos e mudar sua composição é sempre importante. É crucial privilegiar gastos com elevado multiplicador, como investimento público, em detrimento de gastos regressivos e com menor multiplicador, como o pagamento de elevados salários e benefícios ao judiciário e ao legislativo.
Além disso, gastos com saúde, educação e assistência são fundamentais para mitigar a elevada desigualdade brasileira, e por isso devem ser garantidos. A reforma da Previdência, apesar de ainda ter problemas, será menos dura com os mais pobres do que a proposta inicial, e contribuirá para reduzir o ritmo de crescimento dos gastos. Subsídios e deduções regressivas do imposto de renda com saúde e educação poderiam também ser reduzidas.
Entretanto, o que se verificou após a aprovação do teto de gastos foi o inverso. Aumentos foram concedidos ao judiciário e investimentos e gastos com saúde e educação foram reduzidos.
A solução para o quadro fiscal do país passa por adotar reformas que busquem gerar crescimento, elevar a arrecadação, e melhorar a composição dos gastos.
Do lado das despesas, a revisão do teto de gastos é fundamental, como alguns economistas já vêm defendendo [2]. É preciso mudar a regra do teto para permitir crescimento real do gasto, como é feito em todos os países que adotam regra semelhante.
Seria importante também retirar do teto investimentos públicos e gastos com ciência, e retomar a vinculação de receitas para saúde e educação. Diversos estudos indicam que esses gastos têm elevado multiplicador, além de serem fundamentais para reduzir desigualdade e gerar produtividade.
Do lado das receitas, é preciso avançar no debate sobre a mudança do padrão de tributação brasileiro.
O país tem elevados impostos sobre consumo e produção, que incidem mais sobre os mais pobres, e baixos impostos sobre renda e patrimônio, que incidem mais sobre os mais ricos. Além do objetivo de justiça social e melhora na distribuição de renda, uma mudança desse padrão de tributação aproximaria o Brasil da estrutura tributária dos países desenvolvidos.
Reduzir impostos sobre consumo e produção, e aumentar impostos sobre grandes heranças e renda (com mais faixas e tributação de dividendos), poderia ainda colaborar para motivar maior demanda com a mesma carga tributária.
Como a propensão a consumir dos mais pobres é maior do que a dos mais ricos, o efeito multiplicador positivo da redução de impostos sobre consumo, ao aumentar a renda disponível dos mais pobres, tenderia a ser maior do que o efeito multiplicador negativo do aumento de impostos sobre a renda e o patrimônio dos mais ricos. É fundamental introduzir esses pontos no debate sobre a reforma tributária.
A revisão do teto, a melhoria na composição dos gastos, e uma reforma tributária progressiva colaborariam para a retomada do consumo, do investimento e do crescimento, motivando assim a retomada do crescimento da receita. Isso permitiria financiar a ciência e os gastos sociais que estão atualmente ameaçados e que são fundamentais para mitigar a escandalosa desigualdade de renda brasileira.
[1] Schwartsman: Ao enganador, as batatas
[2] Romero: É preciso rever o teto de gastos
João P. Romero - Professor do Departamento de Economia da UFMG e do Cedeplar, PhD pela Universidade de Cambridge e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas e Desenvolvimento
| Folha de S. Paulo | | | | Procon-SP afirma que montadora desrespeitou o Código de Defesa do Consumidor.
O Procon-SP anunciou nesta terça-feira (1) uma multa de R$ 1.707.160 à Hyundai Motor Brasil por não corrigir falhas em veículos comercializados pela empresa.
De acordo com a entidade, a montadora não reparou e não substituiu o estepe de um Creta 1.6 MT; não consertou falhas na pintura de veículo HB20 Comfort, a bomba de combustível de um modelo HB20S e a embreagem de um HB20 Comfort Plus.
Desse modo, a Hyundai "desrespeitou o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, que prevê que os fornecedores são responsáveis por consertar os problemas que seus produtos venham a apresentar", afirmou o Procon-SP.
O G1 entrou em contato com a marca para um posicionamento, mas a Hyundai ainda não se pronunciou sobre o caso.
A autuação da Hyundai foi motivada por reclamação de consumidores e aplicada no último dia 25 de setembro.
| G1 /Auto Esporte | | | | Presidente Vilmar Fistarol avalia o cenário atual e o desempenho de cada setor
O mercado de veículos pesados e bens de capital como caminhões e máquinas agrícolas vem apresentando um bom desempenho ao longo deste ano, grande parte graças à demanda do agronegócio, que no Brasil segue pujante.
No entanto, uma avaliação mais profunda pode apontar alguns gargalos que dependem de um cenário econômico mais equilibrado para serem sanados. Ao analisar a conjuntura do mercado brasileiro, o presidente do Grupo CNH Industrial para a América do Sul, Vilmar Fistarol, mostra preocupação com o descompasso dos fatores nos dois segmentos.
Ele lembra que no início de 2019, a indústria como um todo projetava que o mercado brasileiro poderia crescer na faixa entre 5% e 10% e que em alguns segmentos específicos, esse índice poderia ser ainda maior.
“A ideia era de que o mercado de caminhões continuasse crescendo; em equipamentos de construção não se esperava um crescimento tão alto, mas ainda assim uma curva ascendente, mas sofremos praticamente seis meses buscando entender com ia se dar esse crescimento”, conta.
No mercado de caminhões, enquanto as vendas de extrapesados se dão pela força do agronegócio e pelos investimentos de empresas que estão construindo ou ampliando frotas próprias em função das incertezas criadas no ano passado com a greve dos caminhoneiros, os segmentos de menor porte apresentam crescimento de menor intensidade.
“O mercado continua recuperando, mas a uma velocidade diferente do que se via no início do ano, quando havia um crescimento projetado de 40%. Na medida em que os meses passam, o que era 40% hoje já está em 20%”, disse.
“A preocupação é que isso não seja uma bolha, que tenha uma continuidade nessa recuperação e em todos os segmentos, porque a velocidade do crescimento entre leves e pesados tem muita diferença, o que dá indício claro que não existe uma linearidade no crescimento do PIB, porque os pesados estão sendo puxados pelo agronegócio, mas nos leves e médios, que têm maior ligação com o PIB industrial, se vê mais altos e baixos.”
Ainda há muitas dúvidas com relação à estabilidade da economia, o que abala a confiança do investidor e do consumidor, causando esse desequilíbrio entre as categorias. “É um movimento que assusta porque todo mundo está fazendo investimentos”, diz Fistarol. “Hoje o Brasil tem uma capacidade instalada muitíssimo superior cerca de quatro vezes a mais do que o nível da demanda atual. Isso é um desperdício de investimento”, avalia.
Outro agravante é com relação ao nível de investimentos que as montadoras deverão fazer no Brasil para atender a nova legislação de emissões Proconve P8 para caminhões e equivalente ao Euro 6, que entra em vigor em 2022 para novos projetos e em 2023 para todos os modelos que serão oferecidos no mercado.
“O resultado é que todos perdem dinheiro. Esse mercado tem que voltar à lucratividade para justificar os investimentos que vão acontecer em breve em função do Euro 6.”
MÁQUINAS AGRÍCOLAS: UM ANO COM NOVE MESES
No segmento de máquinas agrícolas, o ano começou com um ritmo bom, mas os os recursos da linha de crédito do Moderfota que deviam durar até junho e acabou em abril encurtou os negócios de forma drástica.
Segundo Fistarol, o efeito Moderfrota gerou um impacto complicado no setor. Quando os fundos – cujos valores foram menores do que no ano anterior - foram liberados em 2018, a indústria já sabia que ia ter algum problema e sabendo disso, entrou em contato com o governo para tentar ampliar o montante ou buscar alguma medida para que os recursos terminassem no tempo previsto e não antes disso.
“Isso não aconteceu e novos fundos não chegaram, o setor sofreu: praticamente um trimestre, que foi bastante difícil para fechar os negócios e recomeçar um novo trimestre. O novo plano foi anunciado, com algum atraso. Os investimentos estão acontecendo, mas não tem mais tempo hábil no ano para recuperar esse atraso, infelizmente.”
Com isso, o segmento de máquinas agrícolas deve encerrar 2019 com um volume apenas um pouco melhor do que 2018: “Com tudo o que aconteceu, imagino que isso não será ruim [ter um leve crescimento]”.
Para 2020, a CNH Industrial ainda não tem suas projeções. “Ainda tem muita discussão, vai depender de muitos de fatores. No quesito área plantada, acredito que vai ser bom, provavelmente melhor do que foi a safra anterior (grãos), mas não é só isso. O que vai acontecer no mundo entre China e EUA pode ter um impacto grande na América Latina. Hoje tem um impacto positivo para Brasil e Argentina, mas se abre uma janela entre os dois países dessa guerra comercial, eles aproveitam para exportar grandes volumes e isso tem um impacto aqui.”
Neste cenário, ele alega que as organizações que atuam nos vários segmentos estão trabalhando para ampliar seus mercados de exportação. “Sabemos que a China é uma oportunidade hoje, mas também é um risco.”
Para ele, o setor agrícola é sempre uma incógnita, mas no Brasil, independente do tamanho do crescimento, vai continuar avançando, inclusive com novas tecnologias. “O País está recuperando competitividade na agronomia, que tem dado passos interessantes de desenvolvimento: há um potencial da conectividade, por exemplo, que pode levar a ganhos de US$ 25 bilhões”.
INFRAESTRUTURA ESTAGNADA
O Grupo CNH Industrial, que atua com as marcas New Holland e Case Construction para o setor de máquinas de construção tem capacidade para produzir 7 mil máquinas por ano no Brasil, incluindo seu portfólio completo de produtos.
“Já chegamos a produzir as sete mil máquinas, mas este foi o mesmo volume produzido no País inteiro pelo setor no ano passado”, resume.
O segmento de máquinas da linha amarela, como também é conhecido o setor de máquinas de construção ainda espera por alguma arrancada de projetos de infraestrutura no Brasil. Segundo Fistarol, o mercado pode chegar ao volume de vendas de 15 mil máquinas este ano.
“Está muito longe daquilo que precisaria ser e de fato até não decolarem os grandes projetos de infraestrutura, o segmento vai continuar sofrendo. A construção civil imobiliária até tem um investimento em máquinas e equipamentos, mas proporcionalmente são baixos quando se compara com projetos de infraestrutura. Tem muitos projetos regulamentados; esperamos que a partir dessas regulamentações, o governo tente destravar os investimentos”, conclui.
A organização tornou oficial no início deste mês a divisão de suas unidades de negócio, com um plano de criar duas empresas, uma que reúne máquinas agrícolas e de construção e outra dedicada aos veículos comerciais e motores com um processo interno que iniciou ainda em janeiro.
“Dada as macrotendências globais, os setores têm comportamentos bastante diferentes; são particularidades do agrícola, construção e transporte que não se misturam, perde sinergias. Também há o lado do investidor, que tem diferentes interesses em cada negócio”, lembra.
| Automotive Business (publicado em 30-09-2019) | | | | Estudo do BCG traça panorama das parcerias entre montadoras e empresas de tecnologia
O total de fusões e aquisições (F&A) entre montadoras e startups no mundo ao longo do primeiro semestre somam o equivalente a US$ 5,6 bilhões, de acordo com o estudo As Tech Transforms Auto, Deals Are Booming publicado pelo Boston Consulting Group (BCG). Este total representa 12,5% dos US$ 45 bilhões das empresas do setor automotivo destinados à compra de novas empresas no período.
Em volume, foram mais de 70 contratos de aquisição firmados entre companhias da indústria e empresas focadas em tecnologia, 18,4% do total de acordos firmados no período no segmento automotivo. Para se ter ideia do movimento crescente desse tipo de fusão, em 2010, F&A entre os dois setores representavam 8% em valor e 8,5% em volume.
O movimento é atribuído à transformação da indústria automobilística e o surgimento de novas modalidades de transporte, como serviços semelhantes ao Uber. A integração de startups permite às montadoras acelerarem novos modelos de negócio, incremento às suas operações a expertise do setor de tecnologia, além de reforçar suas equipes no âmbito digital capazes de desenvolver novos conceitos de mobilidade e serviços.
Nos últimos 18 meses a indústria viu importantes acordos sedo firmados entre grandes companhias do setor e as chamadas entrantes, que nunca haviam atuado na indústria automotiva. Entre elas destacam-se:
- a compra da Autonomic e da TransLoc – ambas fornecedoras de tecnologia para transporte – pela Smart Mobility, subsidiária da Ford;
- a aquisição da Clarion Electronics e a Parrot Automotive, fabricantes de painéis eletrônicos e de sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) pela Faurecia;
- a montadora chinesa BAIC e sua nova joint venture com a Didi Chuxing, a maior startup de transporte compartilhado da China, para desenvolver uma nova geração de sistema de carros conectados;
- BMW e a Daimler que concordaram na fusão de seus sistemas de mobilidade urbana e se comprometeram a investir mais de US$ 1 bilhão no novo negócio;
- Ford e Volkswagen que formaram uma aliança global para o desenvolvimento de veículos elétricos e serviços de mobilidade, iniciando com a produção conjunta de vans e veículos personalizados.
Além das fusões e aquisições, as organizações também lançaram fundos de investimentos focados em capital dedicados em inovação tecnológica. Um exemplo disso é a parceria da Toyota com a SoftBank para a criação da Monet Technologies, cujo objetivo é investir em serviços de mobilidade e de análise de dados. A Toyota também adquiriu a Grab por US$ 1 bilhão e irá colaborar com o desenvolvimento da plataforma de transporte compartilhado na região Ásia-Pacífico.
| Automotive Business ( publicado em 30-09-2019) | | | | Primeiro modelo desta nova leva será um esportivo elétrico montado em Módena
A partir de um plano de investimento da FCA Fiat Chrysler de € 5 bilhões na Itália, a Maserati passará a produzir modelos híbridos, elétricos e com tecnologia autônoma. Todos os novos carros serão fabricados em Módena, Cassino e Turim (Mirafiori e Grugliasco).
De acordo com a FCA, o primeiro fruto dessa nova geração será um esportivo elétrico montado em Módena, onde já ocorrem atualizações na linha de montagem. O segundo será um utilitário esportivo. Sua produção será em Cassino, com previsão de € 800 milhões para a construção de uma nova linha, a ser inaugurada no primeiro trimestre de 2020. A produção pré-série, contudo, sairá da fábrica apenas em 2021.
Os Maserati GranTurismo e GranCabrio permanecerão em linha e farão parte deste início da era da eletrificação da marca. Eles serão montados no polo de produção de Turim, onde a FCA também investe € 800 milhões. Para o ano que, um Maserati Ghibli será o primeiro híbrido da marca italiana.
A FCA informa que as mudanças em Módena já começaram. Na fábrica haverá uma nova seção de pintura com baixo impacto ambiental e layout que permite que os clientes vejam o carro sendo pintado. Também em Módena a Maserati terá uma área destinada à personalização de veículos.
O plano de investimentos da FCA de 2019 a 2021 para a Itália foi anunciado em novembro de 2018 em Turim. Inclui 13 modelos novos ou atualizados e versões eletrificadas de 12 modelos novos ou já existentes, incluindo a nova versão elétrica do Fiat 500, a ser produzida em Mirafiori, e um novo Alfa Romeo, a ser fabricado em Pomigliano.
| Automotive Business ( publicado em 30-09-2019) | | | | Julgamento iniciado na Alemanha pode durar 4 anos; mais de 450 mil querem indenização
Teve início na segunda-feira, 30, na Alemanha, um importante julgamento em que a Volkswagen é ré por causa do dieselgate. Mais de 450 mil alemães moveram ação coletiva contra a montadora. Eles se sentem prejudicados pela compra de carros que poluíam mais que o informado pela Volkswagen, que já pagou € 30 bilhões em multas, compensações e custos relacionados ao problema.
O julgamento teve início no Tribunal Alemão de Brunswick e pode durar quatro anos. Os reclamantes formaram uma associação, a VZBV, que acusa a Volkswagen de ter prejudicado deliberadamente os consumidores. Além da ação coletiva há ao menos outras 60 mil ações individuais.
O escândalo dieselgate estourou em setembro 2015, quando a agência ambiental americana EPA descobriu que os Volkswagen Jetta, Beetle/Fusca e Golf de 2009 a 2014, o Passat 2014 e 2015 e os Audi A3 de 2009 a 2015 movidos a diesel vendidos nos Estados Unidos emitiam até 40 vezes mais óxido de nitrogênio (Nox) que o informado.
Esses carros conseguiam burlar a fiscalização por causa de um software instalado em seus motores. Esse dispositivo era capaz de “perceber” quando o veículo era plugado num analisador eletrônico e reduzia momentaneamente as emissões, mascarando os níveis reais. O software foi fornecido pela Bosch, multada este ano em € 90 milhões por envolvimento no escândalo.
Em 2015, no mesmo mês em que o escândalo foi descoberto, o então CEO do Grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, renunciou ao cargo. Em 2016, como uma forma de “mea culpa”, a Volkswagen deu início a uma importante ofensiva em veículos elétricos. Também como consequência, a utilização de versões a diesel em novos automóveis (de todos os fabricantes) entrou em declínio.
| Automotive Business ( publicado em 30-09-2019) | | | |
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