| 10 de JUlho de 2020
Sexta-feira
- LIVE DA SEMANA: LEI 14.020/2020- PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO EMPREGO E RENDA
- MEDIDAS EMERGENCIAIS ANUNCIADAS PELOS GOVERNOS – ATUALIZADO – 10/07/2020
- Ipea: consumo aparente de bens industriais no país cresce 3% em maio ante abril
- Confiança da indústria mantém recuperação, mostra CNI
- ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial
- Pessimismo do empresário da indústria cai pelo 3º mês seguido, aponta CNI
- MP que facilita crédito a pequena e média empresa chegará ao Senado nesta sexta
- Google lança programa de mentoria coletiva para pequenos e médios negócios
- Como o ganho de eficiência ajudará a indústria a superar a crise
- Governo deve reavaliar nesta sexta-feira se mantém ‘quarentena’, diz Ratinho Jr
- Curitiba confirma mais de 2 mil casos de coronavírus em uma semana
- Crise do coronavírus faz Paraná perder quase R$ 1,5 bilhão em arrecadação com ICMS
- Contra aglomerações, presidente da ACP propõe rodízio de circulação de pessoas em Curitiba
- IBGE: nova pesquisa sobre impacto da covid-19 trará informações de 2 mil empresas
- Fomento supera contratações de crédito de todo ano de 2019
- Veja como será o rodízio de abastecimento na RMC até dia 15
- Prazo para troca de bloquinhos de papel é prorrogado até 31 de julho
- Depois de dois meses de deflação, preços sobem 0,26% em junho
- Em ofício a Maia, indústria critica veto de Bolsonaro à prorrogação da desoneração
- Setor de serviços aprofunda queda em maio, diz IBGE
- FGV: indicador de Intenção de investimentos recua ao menor nível no 2º trimestre
- 42% das ações da Bolsa são de empresas com prejuízo
- IPC-Fipe sobe 0,40% na 1ª quadrissemana de julho, após avançar 0,39% em junho
- Fila do auxílio-doença do INSS sobe 120% com postos fechados
- Auxílio de R$ 600 tira temporariamente 72% da extrema pobreza, diz ministério
- Mais de 5 milhões voltaram ao trabalho desde maio com flexibilização do isolamento
- Desemprego tem 1ª queda após quatro semanas consecutivas de alta diante da pandemia, aponta IBGE
- Produção de motos no primeiro semestre é a pior em 19 anos
- Exportação de autopeças volta ao normal em 2021
- Grupo Renault e Google Cloud firmam parceria pela digitalização em fábricas
- Artigo: Como as marcas podem se beneficiar da realidade aumentada nas embalagens
- Financiamentos de veículos caem 20% no 1º semestre de 2020
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Câmbio
Em 10/07/2020
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Dólar
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5,339
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Euro
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Fonte: BACEN
| | | | | LIVE DA SEMANA: LEI 14.020/2020- PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO EMPREGO E RENDA
O SINDIMETAL/PR DIVULGA A LIVE DA SEMANA.
LEI 14.020/2020- PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO EMPREGO E RENDA
Dia 14 de julho 2020
Horário: às 17h.
| SINDIMETAL/PR | | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
GOVERNO FEDERAL
Lei nº 14.024, de 9 de julho de 2020, do Poder Executivo. Suspende temporariamente as obrigações financeiras dos estudantes beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) durante o período de vigência do estado de calamidade pública, com veto parcial, mensagem nº 388/2020.
⚠️ Portaria nº 333, de 9 de julho de 2020, da Presidência da República. Regulamenta a transação por proposta individual dos créditos administrados pela Procuradoria-Geral Federal, conforme previsto na Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, e Portaria AGU nº 249, de 8 de julho de 2020.
Fonte: DIOU 10.07.2020
Medida Provisória nº 990, de 9 de julho de 2020, do Poder Executivo. Abre crédito extraordinário, em favor de Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, no valor de R$ 3.000.000.000,00, para o auxílio ao setor cultural devido a pandemia do Covid-19.
Portaria nº 438, de 9 de julho de 2020, do Ministério da Cidadania. Dispor sobre o calendário de pagamentos e saques do auxílio emergencial instituído pela Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020. Referida Lei trata dos parâmetros adicionais para a caracterização de situação de vulnerabilidade, adotando medidas excepcionais durante o enfrentamento ao Covid-19.
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 398, de 7 de julho de 2020, do Ministério da Saúde. Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 355/2020, que dispõe sobre a suspensão dos prazos processuais afetos aos requerimentos de atos públicos de liberação de responsabilidade da Anvisa, em virtude da emergência de saúde pública relacionada ao Covid-19.
GOVERNO ESTADUAL
Resolução SESA nº 864/2020, da Secretaria da Saúde. Estabelece ações para contratação emergencial e institui recursos de custeio para oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva e de Retaguarda Clínica para atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde – SUS, com quadro clínico compatível com a infecção por Covid-19.
Resolução SESA nº 875/2020, da Secretaria da Saúde. Define as medidas complementares de controle sanitário para o enfrentamento ao Covid-19, no âmbito dos serviços de restaurantes e lanchonetes localizados em shoppings centers, centros comerciais e galerias comerciais.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 23.460, de Guaratuba. Dispõe sobre novas medidas de enfrentamento à COVID-19 no território do Município de Guaratuba.
Decreto nº 23.479, de Guaratuba. Dispõe sobre medidas temporárias e integradas de enfrentamento da emergência de saúde pública, em decorrência da Infecção Humana pela COVID-19, no Município de Guaratuba, em conjunto com os Municípios balneários vizinhos de Matinhos e Pontal do Paraná, integrantes da 1ª. Regional de Saúde do Paraná.
Lei nº 13.737, de Ponta Grossa. Dispõe sobre a disponibilização de informações referentes às ações de enfrentamento da COVID-19 no Município de Ponta Grossa.
Portaria 026, de Guarapuava. A Secretária Municipal de Saúde regulamenta a criação do Call Center e as ações de telemedicina, estabelecendo interações à distância, direcionadas exclusivamente a esclarecimentos e dúvidas clinicas sobre a COVID-19, através de Teleconsultas e Telemonitoramento.
| Sistema FIEP | | | | A demanda por bens industriais no País aumentou em maio, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais cresceu 3% em relação a abril, após uma perda de 15,8% no mês anterior. Na comparação com maio do ano passado, houve recuo de 21,2. No acumulado do ano, a perda foi de 8,8%. No acumulado em 12 meses até maio, a queda foi de 3,6%.
O indicador mede a produção industrial doméstica, excluídas as exportações e somadas as importações. Na passagem de abril para maio, houve crescimento de 1,9% no consumo de bens industriais nacionais, enquanto a demanda por bens importados saltou 10,5%.
Quanto às grandes categorias econômicas, o consumo de bens de capital avançou 68,7% em maio ante abril, e a demanda por bens intermediários caiu 0,6%. O consumo de bens duráveis subiu 80,6%, e o de semiduráveis e não duráveis teve alta de 3,2%.
Entre os setores, houve melhora em 19 dos 22 segmentos, com destaque para veículos automotores (+56,1%) e outros equipamentos de transporte (+82,8%, impulsionado pela importação de plataformas de petróleo).
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu, em julho, pelo terceiro mês consecutivo, após queda história em abril, auge da crise para o setor produtivo. Expectativas para os próximos seis meses são positivas
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a se recuperar em julho, após atingir seu menor patamar em abril, quando a crise da pandemia do novo coronavírus mostrou-se mais aguda.
Divulgado nesta sexta-feira (10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador teve a terceira alta seguida e chegou aos 47,6 pontos, 6,4 pontos acima do registrado em junho. Ainda assim, o indicador situa-se abaixo dos 50 pontos, refletindo falta de confiança. O ICEI varia de 0 a 100 e valores abaixo de 50 pontos denotam falta de confiança.
O ICEI se recuperou principalmente devido às expectativas para os próximos seis meses. O Índice de Expectativas, componente do ICEI, subiu 6,2 pontos e alcançou 54,1 pontos, ou seja acima dos 50 pontos, que divide expectativas pessimistas e otimistas. Já a situação econômica atual, de acordo com a percepção dos empresários industriais, continua pior que a dos últimos seis meses, o que já era esperado. O Índice de Condições Atuais chegou a 34,5 pontos. A alta de 6,8 pontos ante a última pesquisa, mostra uma percepção menos negativa com o cenário atual dos negócios.
“O início da reabertura das atividades econômicas na maioria das cidades brasileiras tem alimentado as expectativas de recuperação da economia, embora a atividade industrial continue desacelerada”, afirma o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
| CNI | | | | Confiança do industrial continua se recuperando
O ICEI saltou de 41,2 pontos em junho para 47,6 pontos em julho. É a terceira alta seguida após a forte queda de abril. Ainda que mais próximo, o indicador continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos, ou seja, indica falta de confiança dos empresários industriais.
| CNI | | | | Índice de Confiança subiu 6,4 pontos em julho, alimentado expectativas de recuperação da economia após queda histórica com pandemia.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) melhorou, em julho, pelo terceiro mês consecutivo, após queda histórica em abril deste ano em virtude do auge da crise para o setor produtivo diante dos problemas com doenças de coronavírus.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Icei subiu 6,4 pontos para 47,6 pontos. Apesar da elevação, ainda situa-se abaixo da linha de 50 pontos, o que nessa pesquisa, aponta pessimismo.
De acordo com a CNI, o Icei se recuperou principalmente devido às expectativas para os próximos seis meses. O Índice de Expectativas subiu 6,2 pontos e alcançou 54,1 pontos.
Já a situação econômica atual, de acordo com a percepção dos empresários industriais, continua pior que a dos últimos seis meses. O Índice de Condições Atuais chegou a 34,5 pontos. A alta de 6,8 pontos ante a última pesquisa mostra uma percepção menos negativa com o cenário atual dos negócios.
“O início da reabertura das atividades econômicas na maioria das cidades brasileiras tem alimentado as expectativas de recuperação da economia, embora a atividade industrial continue desacelerada”, afirmou o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
| G1 | | | |
Deve chegar ao Senado nesta sexta-feira (10) a Medida Provisória 975/2020, que cria o Programa Emergencial de Crédito para Pequenas e Médias Empresas (Peac-FGI) e facilita o acesso a recursos para a manutenção desses estabelecimentos, diante dos impactos econômicos causados pela pandemia de covid-19 no país.
O texto assegura às instituições financeiras garantia de 30% dos recursos emprestados aos estabelecimentos com receita bruta de R$ 360 mil a R$ 300 milhões em 2019. Essa garantia será feita com recursos da União: são R$ 20 bilhões que complementarão o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) por meio do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).
O texto também prevê uma nova modalidade de garantia para empréstimos, chamada de Peac-Maquininhas, que permite a microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte que tenham vendido por meio das máquinas de pagamento acessarem empréstimos dando como garantia os valores ainda a receber de vendas futuras — o chamado crédito fumaça. Essa foi uma das principais alterações feitas pela Câmara dos Deputados, que aprovou o texto nesta quinta-feira (9). Por isso, a MP foi convertida no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 24/2020.
Fundo garantidor
A MP 975 autoriza o governo a aumentar em R$ 20 bilhões sua participação no Fundo Garantidor de Investimentos, para a garantia dessas operações de empréstimo. O fundo é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que receberá no máximo 1% dos recursos a título de remuneração.
A garantia da União poderá ser para cada faixa de faturamento e por períodos, segundo disciplina o estatuto do FGI. O empréstimo com essa garantia poderá ser contraído até 31 de dezembro de 2020, com carência para começar a pagar de 6 a 12 meses. O prazo para pagar será de 12 a 60 meses, com taxa de juros definida pelo regulamento do programa.
Além das pequenas e médias empresas, poderão acessar a garantia do programa as associações, as fundações de direito privado e as sociedades cooperativas, exceto sociedades de crédito.
Para verificar a receita bruta exigida nesses limites, o banco poderá seguir o mesmo critério utilizado para classificar e informar suas operações ao Banco Central, podendo usar o conceito de grupo econômico de sua política de crédito. Mas se emprestar recursos do BNDES, terá de usar o conceito de grupo econômico definido por esse banco estatal.
Parcelas
A MP determina que o aporte de R$ 20 bilhões ao FGI será feito em parcelas de R$ 5 bilhões, que ocorrerá conforme a demanda. A primeira parcela já conta com autorização orçamentária por meio da MP 977/2020, e as demais dependem de a cobertura de inadimplência das operações de crédito atingir 85% do patrimônio já integralizado. Ou seja, a cada vez que a cobertura concedida alcançar 85% do valor colocado no FGI, uma nova parcela é destinada ao programa.
O que não for utilizado para oferecer garantia até 31 de dezembro de 2020 será devolvido à União após parecer de auditoria independente. A partir de 2022, os valores de garantia liberados porque o devedor pagou as parcelas devidas serão devolvidos ao Tesouro anualmente.
Se não for necessário usar todo o dinheiro previsto de garantia (R$ 20 bilhões) no ano de 2020, a União não terá mais obrigação de continuar a colocar dinheiro no fundo.
Empréstimo novo
A MP exige que os bancos e cooperativas de crédito usem a garantia do FGI somente para empréstimos novos e dentro do ano de 2020, proibindo-as de reter os recursos da garantia para liquidar débitos anteriores do cliente, exigir no contrato o cumprimento de obrigações perante a instituição ou condicionar o empréstimo à compra de outro produto ou serviço. Sistemas cooperativos de crédito poderão ter o risco assumido garantido pelo fundo.
O tomador do empréstimo com garantia do programa não precisará apresentar garantia real ou pessoal, facultada a pactuação de obrigação solidária de sócio, de acordo com a política de crédito da instituição participante.
Recuperação do crédito
A MP 975/2020 estabelece regras semelhantes às impostas para os bancos participantes do Pronampe quanto à recuperação dos créditos garantidos pelo governo, como procedimentos igualmente rigorosos adotados para cobrar os próprios empréstimos e responsabilidade pelas despesas.
Os bancos não poderão interromper ou negligenciar o acompanhamento dos procedimentos de recuperação dos créditos não pagos pelos tomadores.
Se depois do prazo de pagamento da última parcela do empréstimo a instituição financeira não conseguir recuperar os valores devidos e honrados pelo fundo garantidor, terá 18 meses para leiloar os direitos creditórios.
No caso de um segundo leilão para os créditos não arrematados no primeiro, a venda poderá ser feita a quem oferecer o maior lance, independentemente do valor da avaliação.
Nesses leilões, empresas especializadas em cobrança oferecem um deságio do título representativo da dívida para ficar com o direito de cobrar o devedor. As mesmas regras de leilão são aplicadas pela MP para o Pronampe.
Cobrança por terceiros
Tanto para o FGI quanto para o fundo de garantia de operações de investimentos destinadas a produtores rurais e suas cooperativas, a MP permite a recuperação de créditos também por terceiros contratados pelos bancos ou pelos gestores dos fundos.
Entre os procedimentos que poderão ser adotados para tentar recuperar o dinheiro emprestado, estão o alongamento dos prazos de pagamento da dívida, com ou sem a cobrança de encargos adicionais, a cessão dos créditos, o leilão, a securitização das carteiras e renegociações com ou sem deságio.
Pronampe
Na lei de criação do Pronampe (Lei 13.999, de 2020), a MP 975 muda limites de garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para empréstimos a micros e pequenas empresas. Em vez de o fundo garantir 85% de cada operação, poderá garantir até 100% do empréstimo.
Entretanto, o limite de 85% continua para o valor total da carteira de empréstimos da instituição financeira no âmbito do Pronampe. Do modo semelhante ao proposto para o FGI, esse limite de garantia poderá ser separado em razão das características da instituição, segundo as carteiras e os períodos contratados.
Se houver disponibilidade de recursos, poderão contratar pelo Pronampe também as associações, as fundações de direito privado e as sociedades cooperativas, excluídas as cooperativas de crédito.
As primeiras perdas da carteira continuam sendo suportadas pelo FGO, que também deixará de receber a comissão repassada ao tomador do empréstimo para este ter acesso à garantia. Os bancos que emprestam por meio do Pronampe não precisarão integralizar cotas ao fundo, como estabelecem as regras normais de funcionamento.
A MP 975/2020 também cria o Conselho de Participação em Operações de Crédito Educativo, cujas composição e competências serão fixadas por decreto do Poder Executivo.
Setor tecnológico
A Câmara dos Deputados autorizou ainda a União a aumentar em mais R$ 4 bilhões sua participação no FGI para concessão de garantias de empréstimos a empresas de qualquer porte dos setores definidos pelo Executivo como estratégicos para a política industrial e tecnológica. A garantia adicional deve estar vinculada às ações para diminuir os impactos da pandemia causada pelo coronavírus na economia.
Peac-Maquininhas
A MP 975 permite a microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte que tenham vendido por meio das máquinas de pagamento acessarem empréstimos dando como garantia os valores ainda a receber de vendas futuras.
Os empréstimos, que servem como adiantamentos de fluxo de caixa, terão taxa de juros de até 6% ao ano sobre o valor concedido, mas a taxa é capitalizada mensalmente.
A dívida poderá ser contraída até 31 de dezembro de 2020. O prazo para pagar será de 36 meses, dentro do qual está incluída carência de seis meses para começar a pagar. O valor do crédito que poderá ser concedido será limitado ao dobro da média mensal das vendas feitas por maquininhas e até o máximo de R$ 50 mil por contratante.
A média levará em conta as vendas feitas por esse mecanismo de pagamento entre 1º de março de 2019 e 29 de fevereiro de 2020, excluindo-se os meses sem vendas (valor zero de faturamento por maquininhas).
A garantia dada no empréstimo com base nas vendas futuras deve ser de 8% desses valores, que serão cedidos ao banco. O mesmo limite será aplicado diariamente, e o percentual será retido pela instituição que fizer o empréstimo.
Entretanto, somente poderão ser retidos os valores das vendas realizadas após o fim da carência, e a quitação das parcelas do empréstimo deverá acontecer por meio do sistema de compensação e liquidação vinculado a essas máquinas de pagamento.
Caso os valores retidos das vendas futuras não sejam suficientes para pagar as parcelas, a instituição financeira poderá debitar a diferença diretamente da conta dos contratantes.
Quem contrair o empréstimo pelo Peac-Maquininhas não precisará apresentar outra garantia real (imóveis, por exemplo) ou pessoal nesses empréstimos, facultada a obrigação solidária de sócio, de acordo com a política de crédito do banco.
Os contratantes serão isentos de tarifas, encargos ou emolumentos. Segundo o texto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será agente financeiro do Paec-Maquininhas e contará com até R$ 10 bilhões da União para executar o programa por meio de transferências às instituições participantes conforme forem realizados os empréstimos.
Prazo das transações
Para agilizar o acesso dos microempresários ao crédito do Peac-Maquininhas, o texto aprovado da MP permite que o BNDES repasse recursos para empréstimos realizados depois da vigência da futura lei, mas antes do registro da operação de crédito perante o banco federal.
Entretanto, a taxa a pagar para o BNDES será de 3,75% ao ano e não de 3,25%, prevista na regra do programa. Todas as demais normas terão de ser seguidas pela instituição, sob pena de o empréstimo não ser considerado como operação do Peac-Maquininhas.
Poderão participar desse programa as instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central, inclusive sociedades de crédito direto. A receitas obtidas pela União com o retorno dos valores dos empréstimos deverão ser usadas para pagar a dívida pública.
Cadastro negativo
Tanto no caso do Peac-FGI quanto no caso do Peac-Maquininhas, as instituições financeiras participantes seguirão suas próprias políticas de crédito e poderão considerar informações e registros relativos aos seis meses anteriores à contratação constantes de sistemas de proteção ao crédito ou de sistemas mantidos pelo Banco Central.
A Receita Federal poderá ser consultada para verificar o enquadramento do interessado nas condições de microempreendedor individual (MEI), microempresa ou empresa de pequeno porte.
Certidões
As instituições financeiras participantes serão dispensadas de exigir certidões ou seguir restrições para a concessão do empréstimo, como de regularidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com a Previdência Social (Certidão Negativa de Débito), regularidade eleitoral ou de pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR).
Instituições públicas não precisarão ainda consultar o Cadin, cadastro de restrição para contratos com o governo federal.
Fiscalização e reclamações
A fiscalização dos programas caberá ao Banco Central. A Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, poderá receber e processar reclamações relativas ao atendimento, devendo compartilhar com o Banco Central denúncias sobre infrações às regras dos programas.
| Agência Senado | | | | O Google, através do programa Mentoria Cresça com o Google, em que empreendedores de pequenas e médias empresas têm a oportunidade de tirar dúvidas e receber orientação online de profissionais mulheres sobre as principais áreas da rotina de uma empresa que foram impactadas durante a pandemia, lançou nesta semana a Mentoria Coletiva.
A iniciativa conta com sessões coletivas, gratuitas, com duração de uma hora e conduzidas por especialistas dos temas escolhidos. Inicialmente, serão abertas 24 sessões de Mentorias Coletivas. São 200 vagas por sessão com uma especialista do tema e ocorrerão três vezes por semana: terças, quartas e quintas-feira.
Segundo Jimena Tomás, gerente de marketing do Google, as mentorias representam a oportunidade aprender com as dúvidas de outros empreendedores, além de compartilhar experiências em grupo. “Enxergamos aqui uma ótima oportunidade de atender mais pessoas, além de otimizar o aprendizado, já que a dúvida de um pode ser a dúvida de outros, e oferecer um networking qualificado”, completa.
A primeira Mentoria Coletiva está marcada para o dia 21 deste mês e abordará o tema “Como definir o público-alvo do meu negócio e minhas estratégias de conteúdo”. Além disso, também serão realizadas mentorias voltadas para as áreas de Inovação, Vendas, Inteligência Emocional, Finanças, entre outros. O interessado precisa, apenas, ter uma Conta Google, um computador ou smartphone com uma câmera e um microfone, além de uma conexão com a Internet ou dados móveis. Não há limite de participação, todos eles podem escolher quantas mentorias coletivas quiserem.
Além da novidade, o programa segue com as mentorias tradicionais de 30 minutos que são ministradas por uma mentora da Rede Mulher Empreendedora (RME). Até o final de setembro, 10 mil mentorias individuais serão oferecidas.
A Mentoria Cresça com o Google foi criada especialmente para apoiar as PMEs no momento de incerteza gerado pelo surto de covid-19. De acordo com um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 13 milhões de PMEs sofrerão os impactos da crise ocasionada pela pandemia.
Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) já aponta que as empreendedoras estão sendo mais afetadas pela situação, já que o trabalho doméstico aumenta ao mesmo tempo em que a renda diminui. De acordo com a RME, 38% das empreendedoras brasileiras tem o seu negócio como principal fonte de renda da família.
Dessa forma, a Mentoria Cresça com o Google auxiliará ambos os lados: os empreendedores que precisam de ajuda durante esse período de incerteza e as mentoras, que vão receber uma renda extra por participarem do programa.
Os interessados podem conferir a agenda completa aqui e realizar a inscrição no site g.co/EmCasa.
| Brasil 4.0 | | | | A implantação de conceitos como ganho de eficiência e melhoria contínua certamente serão fundamentais para enfrentar os principais desafios da indústria na retomada da economia após a crise da pandemia do novo coronavírus, como melhoria de processos e aumento da produtividade.
Para realmente impulsionar o ganho de eficiência é preciso aumentar a qualidade dos produtos e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo e o custo da produção para atrair novos clientes, melhorar o lucro e manter a competitividade. Uma eficiente gestão de ativos e uma linha de produção enxuta são estratégias que vão permitir à empresa ganhar mais produtividade e desperdiçar menos tempo e recursos.
Pilares estratégicos
Eficiência e conectividade serão os pilares estratégicos para superar a crise. Embora inicialmente pareçam não ter relação entre si, o ganho de eficiência em toda a empresa certamente depende da conectividade para dar mais inteligência à gestão administrativa, da produção e da gestão de ativos, a partir da coleta, análise e entrega de dados assertivos e contextualizados que impulsionarão a melhoria contínua e, consequentemente, levarão a maior produtividade e redução de custos.
Sem dados confiáveis e sem planejamento, tarefas de manutenção resultam principalmente em perda de tempo e de recursos, podendo até mesmo não garantir a confiabilidade do ativo. Toda atividade de manutenção precisa ter o objetivo de gerar “valor” para os ativos, agindo de forma preditiva e proativa, o que vai permitir que a linha de produção volte a funcionar com toda a sua capacidade.
Uma inovadora solução de gestão de ativos deve ter a capacidade de entregar relatórios baseados na coleta de dados dos sensores embarcados em toda a supply chain, através de ferramentas integradas de Big Data e Analytics, conectadas a qualquer outra aplicação.
Essa capacidade de integrar e analisar dados enviados por soluções inteligentes de conexão em uma plataforma única de gestão de ativos, aliada a ações de melhoria contínua e de ganho de eficiência, são fundamentais para a implantação de estratégias de manutenção prescritiva ou preditiva, capazes de evitar desperdícios com paradas não programadas, estoque de peças desnecessário e outros problemas ocasionados pela necessidade de uma manutenção corretiva. E essas são situações que não podem acontecer no momento da retomada da produção.
A integração entre a gestão de ativos e a produção têm influência direta na qualidade, na otimização dos processos produtivos e nos resultados operacionais e financeiros do negócio. Um eficiente planejamento de gestão de ativos é que vai manter a planta em condições ideais para a retomada da produção, garantindo a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos e, consequentemente, contribuir para a otimização dos processos produtivos em toda a cadeia e assegurar a qualidade dos produtos finais.
O ideal é observar pontos fortes e pontos fracos da sua linha de produção, avaliar os produtos, analisar dados, funções, históricos, a condição dos ativos, para então pensar em maneiras de otimizar os processos e garantir o ganho de eficiência, fundamental para manter a competitividade no cenário de crise.
Ricardo Hayashi, responsável por produtos para Conexões Inteligentes da Atech
| Brasil 4.0 | | | | Ratinho Jr: “O que define se continua ou não é a incidência de pessoas infectadas, número de leitos de UTI”
O governador Ratinho Júnior (PSD) afirmou hoje que o governo do Estado deve reavaliar, amanhã, o decreto que determinou o fechamento do comércio e serviços essenciais de 141 municípios de 8 regiões do Paraná por 14 dias. Segundo ele, o prazo inicial do decreto termina na próxima terça-feira, e até lá, a Secretaria de Estado da Saúde deve decidir se prorroga a quarentena mais rigorosa, ou não.
“Ela pode (ser prorrogada) se a Secretaria da Saúde entender. Amanhã devemos fazer a avaliação. Terça-feira termina o prazo do decreto atual”, explicou ele em entrevista à RPC. “O que define se continua ou não é a incidência de pessoas infectadas, número de leitos de UTI”, afirmou o governador.
“O decreto tem surtido efeito, o isolamento social ajuda sim a diminuir a proliferação do vírus”, disse Ratinho Jr, afirmando que com as novas medidas, o índice de isolamento social, que estava em cerca de 38% antes, chegou a mais de 40%, sendo que o ideal seria acima de 50%.
“Por enquanto, o isolamento é o grande remédio que nós temos. Isso difícil, é duro, mas enquanto não tiver uma vacina que resolva o problema do vírus vamos ter que conviver com o isolamento", defendeu.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba confirmou, nesta quinta-feira (9), mais dez óbitos de moradores da cidade por Covid-19. Com isso, são 226 mortes causadas pela Covid-19 até agora. No boletim, a secretaria também registrou 418 novos casos de novo coronavírus na cidade. Com isso, já são 8.844 casos confirmados do novo coronavírus desde o início da pandemia, em 11 de março.
Mas o número mais dramático e que comprava o avanço acentuado da doença na Capital foi o total confirmado nesta semana. Foram 2.009 casos novos apenas desde a segunda-feira passada. Isso representa pouco mais de 22% do total até o momento.
“Em menos de uma semana, tivemos a confirmação de duas mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus, o que significa um aumento de casos ativos”, falou a médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde, Marion Burger, reforçando o alerta para que a população siga as recomendações de distanciamento social e de circulação.
Segundo os boletins diários da Secretaria Municipal da Saúde, na segunda-feira passada foram confirmados 695 casos. No dia seguinte foram mais 256. na quarta-feira foram 640 e ontem, os 418. O número de óbitos confirmados nesta semana também ficou alto. Foram 37 do total de 226.
Até agora, 4.598 pessoas venceram a doença e estão recuperadas da Covid-19, mas o total de casos ativos na cidade é de 4.020. Ou seja, essas pessoas são potencialmente transmissoras do vírus. Há ainda outros 607 casos em investigação, aguardando resultado de exames.
UTIs do SUS
A taxa de ocupação das 271 UTIs do SUS exclusivas para Covid-19 ontem era de 89% — todos aqueles que deram entrada no internamento com sintomas suspeitos de síndromes respiratórias agudas graves vão para leitos exclusivos covid-19 e não apenas os com casos confirmados. Havia ainda 30 leitos livres.
Na Região Metropolitana de Curitiba, entre terça e quarta-feira, o número de leitos ocupados por pacientes com Covid-19 ou suspeita da doença aumentou de 337 para 348. Dessa forma, mesmo com a criação de 10 novas vagas, a taxa de ocupação das UTIs exclusivas para Covid subiu de 93,35% para 93,80%.
No Litoral, o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, ampliou leitos Covid-19. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde ampliou para 14 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas Covid-19, quatro deles são novos e entraram em operação ontem.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | A crise do novo coronavírus atingiu fortemente os cofres públicos. E a prova disso é que a arrecadação com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), uma das principais fontes de receita para os estados e municípios do Brasil, registrou queda de quase R$ 1,5 bilhão no primeiro semestre deste ano, com queda de 9,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados fazem parte do relatório semanal divulgado pela Receita Estadual, o Ipardes e o governo do Paraná, no qual o Poder Público faz uma análise dos impactos da crise do coronavírus na economia do estado.
Nos dois primeiros meses do ano, a arrecadação do Paraná com ICMS havia sido superior aos resultados do ano anterior, com um total de R$ 5,589 bilhões entrando nos cofres públicos, alta de 3,8% na comparação com os dois primeiros meses de 2019.
Nos meses seguinte, contudo, a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil e aí a arrecadação despencou. Em março, o tombo foi de 6,3%. Em abril, chegou a 16,5%. O recorde, porém, foi registrado em maio, com -29,8%. Já em junho, a variação foi de 12,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Lojas de calçado, vestuário, restaurantes e lanchonetes foram as mais afetadas
O relatório do governo estadual também traz dados sobre a variação real das vendas em 2020 em relação ao mesmo período de 2019. E dos 11 setores analisados, apenas três tiveram aumento nas vendas no primeiro semestre: hipermercados e supermercados (7%); farmácias (5%) e lojas de áudio, vídeo e eletrodomésticos (2%).
Por outro lado, lojas de calçados (-35%), restaurantes e lanchonetes (-33%), vestuários e acessórios (-32%), cosméticos, perfumes e higiene pessoal (-23%) e veículos novos (-20%) registraram os maiores tombos. Materiais de construção e ferragens (-1%), informática e telefonia (-10%) e cama/mesa/banho (-14%) foram os outros setores analisados.
Três em cada quatro empresas estão em funcionamento na capital
Em Curitiba, 75% das empresas estavam em atividade entre os dias 1º e 3 de julho, ou seja, depois da imposição de uma quarentena mais restritiva ao município por conta do avanço da pandemia. Na semana anterior, entre os dias 22 e 26 de junho, o porcentual de empresas em atividade era bem maior, de 89%.
Considerando-se os dados do Paraná como um toto, temos que na última semana 87% das empresas estavam ativas, ante 94% na semana anterior. O município de Arapongas, na região norte do estado, é o único que apresentava 100% das empresas em funcionamento, enquanto em Pato Branco e Francisco Beltrão esse porcentual é de 96%.
Queda brusca de receitas obriga alteração no orçamento do Estado
A queda brusca na arrecadação no primeiro semestre, resultante dos efeitos da pandemia de Covid-19, vai exigir mudanças no orçamento estadual de 2021. Em razão disso, o Governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa emenda ao Projeto de Lei número 248/2020, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária do exercício financeiro do próximo ano.
A mensagem encaminhada ao Legislativo, amparada por manifestação do secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior, pede a inclusão de um novo artigo ao texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A mensagem propõe a suspensão da revisão geral anual da folha do Estado e também da concessão de promoções e progressões aos servidores.
A proposta é que a concessão dos benefícios fique condicionada a um crescimento de arrecadação do Estado, em montante suficiente para assegurar a disponibilidade orçamentária que suporte a despesa e o cumprimento das metas de resultado fiscal.
“A solicitação se justifica considerando a atual situação das finanças públicas do Estado diante das consequências econômicas decorrentes da evolução da pandemia da Covid-19. O Paraná já declarou situação de emergência e estado de calamidade pública, e a perda de receitas apenas com ICMS já chega a R$ 1,5 bilhão no primeiro semestre”, explica Garcia Junior.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | O presidente da Associação Comercail do Paraná (ACP), Camilo Turmina, fez uma nova proposta para combater o avanço da Covid-19. O empresário propõe adotar uma espécie de rodízio na circulação de pessoas em Curitiba para acelerar o combate à pandemia do Covid-19.
“Sabemos que na pratica seria muito difícil de impor e fiscalizar. Mas talvez seja possível convocar a sociedade, empresas e cidadãos, a aderir a uma grande ação espontânea, um isolamento social de 50% das pessoas, com rodízio definido por data de nascimento em dias pares e ímpares”, disse.
Turmina sugere que o poder público avalie soluções alternativas que envolvam toda a comunidade. “Vemos um enorme sacrifício da população e dos comerciantes, a maioria pequenos, passando pelo risco de quebradeira geral, e sem perspectiva de uma solução a curto prazo. As autoridades falam que teremos que conviver com o vírus, então vamos buscar alternativas de viabilizar isso da forma mais segura, preservando a vida e também os negócios”.
Assim, segundo Turmina, todos os setores da economia poderiam funcionar em horário normal, embora com capacidade reduzida. “Se continuarmos da forma como está, fechando só os pequenos negócios, eles vão desaparecer e os empregos vão junto”.
“Não podemos correr o risco de ficar neste abre e fecha indefinidamente. Será que não é hora de inovar e buscar soluções que ainda não foram tentadas?”, questionou.
A sugestão está sendo encaminhada ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca.
Turmina já se manifestou outras vezes sobre a pandemia, como uma cobrança quanto à lotação dos ônibus e a defesa de horários diferentes do comércio para não conincidir com o horário de pico do transporte.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passará a divulgar na próxima quinta-feira, dia 16, detalhes sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus na rotina das empresas brasileiras. A "Pesquisa Pulso-Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas" acompanhará os efeitos da covid-19 na indústria, construção, comércio e serviços. Cerca de 100 agentes deram início no dia 15 de junho à coleta por telefone de informações de cerca de duas mil empresas.
A pesquisa permitirá estimar o porcentual de empresas que interromperam as atividades por conta da pandemia, mesmo que temporariamente. Também serão divulgadas informações sobre lançamento de novos produtos ou serviços; alteração na forma de entrega, passando para o atendimento online; adoção de trabalho domiciliar; antecipação de férias dos funcionários; e adoção de medidas extras de higiene, por exemplo.
"São estatísticas novas, que ainda estão em fase de testes e ainda sob avaliação", lembrou Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE.
Segundo Magheli, o novo modelo de pesquisa rápida traz oportunidade de aperfeiçoamento e poderá ser futuramente aberto para novas temáticas. A aplicação do questionário dura cerca de 10 minutos. "É uma pesquisa rápida, uma pesquisa que a gente procura investigar e entrar em contato com empresas de diferentes tamanho e espalhadas pelo território, por telefone", disse Magheli.
A pesquisa vai mensurar a eventual morte de empresas em função da pandemia, afirmou Alessandro Pinheiro, coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas. O questionário interroga se as empresas que não estavam funcionando retomariam suas atividades e se a paralisação tinha relação com a pandemia.
Segundo o IBGE, a nova pesquisa apresentará ainda os impactos da pandemia sobre o comportamento das vendas; as condições de fabricação de produtos; atendimento das empresas aos clientes; indicadores sobre o acesso das empresas aos fornecedores; capacidade de realizar pagamentos de rotina; percepção das empresas sobre alterações no quadro de funcionários; adesão a medidas emergenciais do governo, como o adiamento de pagamento de impostos e a utilização de linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial.
Os resultados serão divulgados quinzenalmente, de forma agregada para a indústria e a construção, enquanto o comércio terá dados por atacado, varejo e comércio de veículos, peças e motocicletas. Já o setor de serviços terá informações desagregadas por serviços prestados às famílias; serviços de informação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e complementares; serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; e outros serviços.
"O grande avanço é o plano amostral. A modalidade pode persistir, com periodicidade maior. São coisas abertas. Na realidade, isso é uma inovação que a gente vai avaliar. Ela foi feita enquanto inovação. Está tudo sujeito a avaliação no curso do desenvolvimento", disse Eduardo Rios-Neto, diretor de Pesquisas do IBGE. "Esse plano amostral fica para qualquer decisão futura, é realmente um marco inovador nesse sentido. A amostragem foi um ponto muito alto metodológico", completou.
O IBGE selecionou organizações do Cadastro Central de Empresas (Cempre) para montar a amostra da pesquisa, com representantes de todos os Estados do País, conforme o porte por pessoal ocupado: companhias com até 49 pessoas ocupadas; com 50 a 499 pessoas ocupadas; e com 500 ou mais pessoas ocupadas.
O resultado foi uma amostra com porcentual elevado de pequenas empresas, principais empregadoras e também mais afetadas pela pandemia, segundo Alessandro Pinheiro. A amostra completa da pesquisa é formada por cerca de 11 mil empresas.
O IBGE prevê cinco ciclos quinzenais da pesquisa, se estendendo até o fim de agosto, com última divulgação prevista para setembro. No entanto, segundo Flavio Magheli, a pesquisa se estenderá enquanto as perguntas forem pertinentes.
A primeira divulgação trará comparações entre a primeira quinzena de junho e o período anterior ao início da pandemia, em 11 de março. As demais trarão comparações com a quinzena imediatamente anterior. Os resultados serão divulgados no hotsite covid19.ibge.gov.br, com informações para o total do País e grandes regiões.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | A instituição fechou junho com R$ 119 milhões em valores contratados em 13,7 mil operações de crédito para apoiar empreendedores desde janeiro. A maior parte das operações é da linha Paraná Recupera.
A Fomento Paraná fechou o mês de junho com R$ 119 milhões em valores contratados em 13,7 mil operações de crédito para apoiar empreendedores desde janeiro.
A maior parte das operações é da linha Paraná Recupera, lançada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em um pacote de medidas apresentado no dia 27 de março para combater efeitos da pandemia de Covid-19 na economia paranaense.
O número é mais que o dobro dos 5.640 contratos firmados em todo o ano de 2019, que somou R$ 98,1 milhões, com recorde de operações de microcrédito.
E de acordo com o Ranking das Instituições Credenciadas da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Fomento Paraná ficou em 29º lugar entre as instituições que liberaram crédito com recursos do BNDES nesses seis meses.
Entre as agências de fomento, as contratações paranaenses são superadas apenas pela Desenvolve SP, com 571 e 799 operações aprovadas, respectivamente. “Tem sido um período muito desafiador. Esses números demonstram que estamos cumprindo o objetivo colocado pelo governador, de apoiar os pequenos negócios com recursos para pagamento de salários e manutenção de empregos, mas queremos mais. Ainda há muitas propostas a serem processadas”, afirma o gerente de Operações do Setor Privado da Fomento Paraná, Oscar Roberto Burzynski.
A ação da Fomento Paraná em parceria com as prefeituras, associações comerciais, sindicatos e federações, com agentes de crédito, correspondentes e Sociedades Garantidoras de Crédito, está sendo fundamental nesse período. “No início da pandemia muitas instituições financeiras, como bancos e fintechs, se recolheram e mesmo as soluções de crédito lançadas pelo governo federal demoraram a ficar disponíveis. Nós conseguimos acionar nossos parceiros em mais de 270 municípios e colocar recursos no caixa de milhares de empreendimentos, para dar um fôlego a esses negócios”, destaca o gerente.
O apoio dos parceiros tem sido fundamental para o atendimento das solicitações de crédito, que somam mais de 40 mil propostas recebidas no período.
Somente na linha Paraná Recupera já são 11,4 mil operações concedidas até 30 de junho e outras 2.400 em fase de contratação. Os créditos dessa linha são de R$ 1.500 a R$ 6.000 e são liberados em três parcelas, podendo ser pagos em até 36 meses, com até 12 meses de carência.
Com mais de R$ 4,5 milhões em créditos já liberados, Apucarana é um dos destaques da parceria entre a Fomento Paraná com os municípios. “Fizemos um trabalho muito bom e a parceria da Fomento Paraná foi excelente, porque estamos colocando um bom volume de dinheiro para rodar na economia”, afirma Edison Estrope, secretário de Indústria e Comércio de Apucarana.
A cidade responde por cerca de 25% da produção de vestuário no Estado e grande parte feita por micro e pequenas empresas. Para cadastrar as mais de 1.500 solicitações recebidas a prefeitura reforçou a equipe de servidores.
O mesmo ocorreu em Cianorte, no noroeste do Estado. “Nos primeiros dias o volume de trabalho era tanto que a gente fechava as portas às 17h e ainda ia trabalhando até 2 horas da manhã, e não tinha folga nem nos fins de semana”, conta a agente de crédito do Banco do Empreendedor, Sandra faria da Costa. “Eram centenas de mensagens no whatsapp e a gente procurou zerar as mensagens todos os dias, porque na cada dia chegavam mais.
Além do crédito novo, que teve a liberação dividida em três parcelas, a instituição também ofereceu aos clientes a possibilidade de suspender o pagamento e renegociar contratos, de forma a alongar os prazos e reduzir as parcelas.
“O volume de contratos de financiamentos renegociados, que soma mais de 2.600 operações, também representa dinheiro que estamos deixando de receber dos empreendedores e que está circulando na economia”, explica João Carlos Mineo, gerente de Recuperação de Créditos da instituição. “Essa possibilidade continua em aberto para todos aqueles que possuem financiamentos em andamento com a Fomento Paraná. Adotamos inclusive o aplicativo de mensagens Whatsapp (41 99938-9215) para atender aos clientes que desejam renegociar os contratos”.
COBRANÇAS IRREGULARES - A Fomento Paraná faz também um alerta aos empresários interessados em obter empréstimos ou financiamentos da instituição de que não é necessário pagar nenhuma taxa extra para intermediação na contratação das operações de crédito.
“A apresentação das propostas pode ser feita diretamente por meio do nosso portal institucional (www.fomento.pr.gov.br)
ou por meio dos nossos agentes de crédito, nas prefeituras, ou dos correspondentes credenciados, que não cobram nenhuma taxa ou valor extra para encaminhar as operações”, afirma Luciano Martins, gerente de Mercado.
O alerta é necessário, de acordo com o gerente, porque chegaram à empresa informações sobre cobranças por intermediação, feitas por supostos consultores, que alegam facilidades para aprovar o crédito.
“Nossa esteira de análise segue ordem cronológica por registro de pedidos e não há como garantir a aprovação de uma operação, se não for pelo processamento regular feito pelos analistas”, destaca Martins. “É claro que se um parceiro é mais eficiente e acompanha atentamente as fases de uma proposta no nosso sistema, percebendo as encomendas de informações e documentos, essa proposta tende a caminhar de forma mais ágil.
Ainda segundo o gerente de Mercado, os únicos custos adicionais cobrados nas operações da Fomento são a Tarifa para Operações de Crédito, ou encargos cobrados pela concessão de garantias como o FGI BNDES ou o Fundo de Aval Garantidor, que são cobrados diretamente pela instituição, e nunca por terceiros.
Cabe ainda informar que a redução a zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado em operações de crédito, foi estendida por mais 90 dias, até 2 de outubro, para facilitar o acesso ao crédito para pessoas físicas e empresas afetadas pela pandemia do novo coronavírus.
| Agência Estadual de Notícias ( publicado em 09-07-2020) | | | | Hoje a média de reservação do sistema de barragens está em 36,37% da capacidade. Com o rodízio e o uso racional da água por parte da população, a meta é que o nível médio de reservação chegue a setembro/outubro em 25%.
A Sanepar informa como será o rodízio em Curitiba e na Região Metropolitana até 15 de julho (veja a tabela abaixo). As paradas no abastecimento ocorrem sempre às 16 horas do dia estabelecido e os registros são reabertos às 16 horas do dia seguinte, sendo que a normalização no fornecimento de água pode ocorrer até 12 horas depois, ou seja, às 4h da madrugada.
O rodízio na Região Metropolitana teve início em 17 de março, a princípio nas áreas abastecidas pelo Rio Miringuava, que apresentava vazão muito baixa, insuficiente para garantir a regularidade no fornecimento de água.
Com o passar dos meses, a crise hídrica foi agravando a perda de vazão de rios e poços e baixando os níveis dos reservatórios da Grande Curitiba, o que levou a Sanepar a ampliar a área do rodízio, que hoje afeta de forma igual Capital e as cidades da RMC.
Foram formados cinco grupos. Portanto, cada grupo entra no rodízio a cada cinco dias. A previsão é que o rodízio seja mantido pelo menos até setembro/outubro, quando começa o período de chuvas.
Hoje a média de reservação do sistema de barragens está em 36,37% da capacidade. Com o rodízio e o uso racional da água por parte da população, a meta é que o nível médio de reservação chegue a setembro/outubro em 25%.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 09-07-2020) | | | | A Urbanização de Curitiba (Urbs) prorrogou o prazo para a troca de bloquinhos de papel por créditos digitais do EstaR para 31 de julho. O prazo, que venceria nesta sexta-feira (10/7), foi estendido em função da grande procura por agendamentos para fazer a substituição nos últimos dias.
“Verificamos que algumas unidades da Urbs já não tinham mais vagas nesta quinta-feira. Então, em função da pandemia e para dar mais tempo para o motorista, vamos prorrogar o prazo até o fim do mês”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
A Urbs já atendeu 11,3 mil pessoas para troca de bloquinhos de papel por créditos digitais do EstaR. Essa é a segunda prorrogação do prazo para a troca. O período de substituição se encerrava em 10 de junho e foi prorrogado até 10 de julho e agora por mais 20 dias.
É possível trocar os bloquinhos de papel na sede da Urbs na Rodoviária ou nas unidades das ruas da Cidadania do Carmo, Pinheirinho, Cajuru, Boa Vista, Fazendinha, Santa Felicidade, Tatuquara, Bairro Novo e Matriz.
Para evitar a aglomeração de pessoas e a contaminação pelo coronavírus, é preciso agendar o atendimento pelo site da Urbs. O atendimento presencial é feito na sequência, das 11h às 17h. A troca é gratuita
As unidades da Urbs mais procuradas para a troca são a sede, na Rodoviária, e as das Ruas da Cidadania de Santa Felicidade, Matriz e Boa Vista.
Troca
Quando os talões ou folhas são entregues, o atendente insere os créditos no aplicativo que o usuário já deverá ter baixado para recebê-los em até 48 horas. Os créditos ficam disponíveis no aplicativo.
O EstaR Eletrônico, que automatiza a utilização de vagas regulamentadas na cidade e substituiu o modelo de papel pelo digital, entrou em vigor em 16 de março. Os cartões de papel deixaram de valer em 11 de maio.
O EstaR eletrônico conta com sete aplicativos ativos: Meu EstaR, Faz Digital Curitiba, El Parking, Zul EstaR Digital, EstaR Digital Zazul, Transitabile e Estacionamento Digital. Eles podem ser baixados nas plataformas Android e iOS.
O usuário pode escolher e fazer o download de um ou mais aplicativos, de acordo com sua preferência. Além disso, são 160 pontos comerciais e de serviços habilitados também a vender créditos para quem não tem o celular disponível. São restaurantes, papelarias, farmácias, padarias e cafeterias, dentre outros. A lista pode ser conferida no site www.urbs.curitiba.pr.gov.br. Este número deve crescer com a retomada do comércio, após a pandemia.
Nas ruas onde não há pontos comerciais, está prevista a instalação de totens para a venda de créditos. Curitiba conta com 12.088 vagas tarifadas de estacionamento.
| Prefeitura de Curitiba ( publicado em 09-07-2020) | | | | Avanço foi puxado principalmente por combustíveis e alimentos, segundo IBGE
Após dois meses com deflação, os preços voltaram a subir no Brasil em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10).
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado indicador de inflação oficial do país, fechou o sexto mês do ano pressionado principalmente por combustíveis e alimentos, com uma alta de 0,26% no período.
No ano, os preços subiram 0,10%. No acumulado de 12 meses, o índice é de 2,13%, abaixo do piso da meta estabelecida pelo governo para 2020 de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
“Ainda é cedo para dizer se a alta no mês é reflexo da flexibilização do isolamento social em algumas cidades porque o movimento é diferente em cada região. Temos que aguardar para fazer análises mais detalhadas”, avaliou o Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta no mês.
Em maio, a deflação foi de 0,38%, menor resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1980. Em abril, os preços caíram 0,31%.
“Houve uma alta nos preços dos combustíveis que chegou nas bombas e impactou o consumidor final. Isso alterou o grupo de Transportes e influenciou no IPCA”, afirma Kislanov.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta no mês.
Os preços dos combustíveis aumentaram 3,37% em junho, contra redução de 4,56% em maio. Com isso, transportes foi o segundo item com maior pressão sobre a inflação, com aumento de 0,31%.
Etanol (5,74%), o gás veicular (1,01%) e o óleo diesel (0,04%) registraram alta no período. “Os aumentos estão relacionados com o repasse do reajuste anunciado pela Petrobrás”, pontuou o economista do IBGE.
O grupo com maior impacto na inflação foi o de alimentação e bebidas, com alta de 0,38%. Segundo o IBGE, alimentos tiveram uma sequência de alta nos últimos meses, por conta do aumento da demanda durante a pandemia da Covid-19.
“As medidas de isolamento social, que fizeram as pessoas cozinharem mais em casa, por exemplo, ainda estão em vigor em boa parte do país. Isso gera um efeito de demanda e mantém os preços em patamar mais elevado”, explica Kislanov.
Alimentos para consumo no domicílio passaram de alta de 0,33% em maio para 0,45% em junho, influenciada principalmente pelo aumento nos preços das carnes (1,19%) e do leite longa vida (2,33%).
“Nas carnes tivemos aumento das exportações para a China, o que gerou restrição da oferta doméstica”, destacou.
Itens como o arroz (2,74%), o feijão-carioca (4,96%) e o queijo (2,48%), essenciais no consumo diário das famílias, também subiram.
Em um dos setores mais afetados pela pandemia, a queda nos preços de passagens aéreas foi o maior entre os itens que registraram redução, com -26,01%. Em maio, já tinham despencado 27,14%. “A coleta dos dados tem defasagem de dois meses. Então são feitas em abril para viagens que seriam feitas em junho”, disse o economista do IBGE.
Transporte por aplicativo também registrou queda acentuada em junho, com -13,95%. Em maio, o item tinha apresentado alta de 5,01%.
Itens eletrônicos tiveram alta em junho influenciada pela valorização do dólar nos últimos meses. “Esse repasse cambial tem certa defasagem, porque o varejista consegue segurar um pouco os preços, mas depois acaba tendo que repassar ao consumidor”, ponderou.
Preços no grupo TV, som e informática subiram 3,80% e em eletrodomésticos e equipamentos o aumento foi de 2,92%, por exemplo.
Os preços monitorados pelo governo subiram 0,26% em junho. Em maio, o grupo tinha registrado queda de 0,38%.
De acordo com o IBGE, o movimento de queda das mensalidades escolares por conta de descontos dados durante a pandemia é acompanhado pelo instituto, mas não foram incorporados ao IPCA neste mês. As coletas são feitas em fevereiro, março e agosto.
“Por causa do momento em que estamos vivendo, caso haja retomada, poderemos fazer uma coleta extraordinária no fim do ano para registrar esse movimento”, disse Kislanov.
Mesmo com a flexibilização do isolamento social em algumas cidades, o IBGE segue com a coleta remota de dados. “Avaliamos a possibilidade retomada, mas não há previsão nesse sentido”, afirmou o economista.
| Folha de S. Paulo | | | | O Procon-SP anunciou que vai multar a concessionária de energia Enel SP, responsável pela distribuição de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, por considerar que a empresa está adotando uma prática abusiva ao não conceder o parcelamento automático de faturas para seus clientes, mas apenas dos que solicitarem a operação e assinarem uma confissão de dívida. Entre os dias 1º de junho e 7 de julho, foram registradas no Procon-SP mais de 21 mil queixas contra a empresa relacionadas ao aumento das contas em valores muito acima do esperado.
Em reunião entre o Procon-SP e a distribuidora, realizada nesta quarta-feira, 7, a concessionária concordou em rever as contas dos consumidores que registraram reclamação no Procon e informou que tais faturas já estão sendo analisadas por uma força-tarefa formada por especialistas da instituição, relatou o órgão de defesa do consumidor. "Mas não concordou em fazer o parcelamento automático das contas de todos os seus clientes, apenas dos que reclamaram", completou o Procon-SP, em nota.
Segundo a fundação, a Enel informou que para conseguir obter o parcelamento dos valores questionados, os consumidores deverão entrar em contato com a empresa, fazer o pedido e assinar uma confissão de dívida. "O @proconsp entende que tal prática é abusiva e, portanto, a Enel será multada", afirmou.
Também por meio de nota, a Enel informou que passou a oferecer o parcelamento da conta de energia em até 10 vezes na fatura ou 12 vezes no cartão de crédito, "respeitando o direito de escolha dos clientes que efetivamente desejarem parcelar a conta". Segundo a empresa, o parcelamento é uma opção incentivada, principalmente, para os clientes que receberam a conta com valor maior em junho, após a retomada da leitura presencial dos medidores, e pode ser feita por meio do site, aplicativo ou Central de Atendimento da empresa.
Reflexo Covid-19
O aumento nas faturas observado a partir de junho pelos clientes da Enel SP e de algumas outras distribuidoras em todo País é, em grande medida, mais um dos impactos da pandemia de covid-19. Diante da disseminação do novo coronavírus no Brasil, diversas concessionárias passaram a adotar, no fim de março ou início de abril, o faturamento pelo consumo médio dos últimos 12 meses, evitando, assim, a circulação dos leituristas pelas cidades e nos imóveis dos clientes. A medida foi permitida temporariamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), como parte das ações de flexibilização de regras devido à pandemia.
A medição pela média em 12 meses foi adotada justamente em um período em que muitos consumidores, em especial os residenciais, aumentaram seu consumo de energia por causa da medidas de distanciamento social, com interrupção das atividades escolares e em muitas empresas, ou adoção de home office. Com isso, o possível aumento no consumo não foi percebido imediatamente nas contas de luz, a menos que o consumidor tenha feito sua autoleitura, o que, embora também permitido, foi pouco divulgado pelas empresas.
Com isso, os volumes adicionais consumidos ao longo dos últimos meses estão sendo cobrados apenas com o retorno dos leituristas às ruas para as medições presenciais.
Eventuais cobrança a maior realizadas de um consumidor que reduziu seu uso de eletricidade - caso de comércios que permaneceram fechados, por exemplo - deverão ser devolvidos, por meio de créditos correspondentes que serão disponibilizados aos clientes.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | Entidades defendem extensão da medida como forma de preservar empregos após a pandemia
Entidades da indústria enviaram ofício ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a líderes partidários em que criticam o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao dispositivo que prorrogava a desoneração da folha de pagamento para 17 setores até o fim de 2021.
O documento é assinado por 36 associações, federações e sindicatos, que defendem o adiamento da medida como forma de preservar cadeias de produção que atingem cerca de 6 milhões de empregos formais diretos.
“O impacto da reoneração da folha em meio à atual crise seria insuportável para esses setores e acarretaria consequências drásticas para os seus trabalhadores, empresas, consumidores e para o próprio Estado”, afirma o ofício, no qual as entidades pedem a “urgente reversão” do veto pelo Congresso.
Segundo a indústria, a desoneração busca evitar um elevado aumento de custo do emprego formal em setores que fazem uso intensivo de mão de obra no final do ano, “quando é absolutamente improvável que a economia e as empresas estejam plenamente recuperadas e capazes de suportar tal mudança.”
Ao fazer referência ao veto do Executivo, a indústria lembra que cabe ao Congresso “usar de suas prerrogativas para reverter o veto e ajudar na preservação destes estratégicos setores e seus empregos diretos e indiretos.”
As entidades rebatem as justificativas usadas pelo Planalto para vetar o dispositivo e pedem aos líderes e a Maia apoio para que o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), paute o veto presidencial.
Assinam o texto entidades como Abimaq (máquinas e equipamentos), Abrainc (incorporadoras imobiliárias), Abert (emissoras de rádio e televisão), CBIC (câmara da idústria de construção) e Abit (indústria têxtil e de confecção).
DERRUBADA DO VETO
Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena na manhã desta quinta-feira (9), Maia afirmou acreditar que o veto de Bolsonaro será derrubado no Congresso.
“Aprovamos e continuamos defendendo. É claro que o governo dirá que precisa encontrar de onde cortar, mas isso é um desafio do governo e do Parlamento”, afirmou.
“A decisão majoritária deve ser pela derrubada do veto.Vamos nos debruçar sobre o Orçamento do ano que vem para encontrar de onde tirar para viabilizar a prorrogação da desoneração.”
Na terça-feira (7), o relator da medida provisória que incluiu a prorrogação da desoneração, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), qualificou a decisão de Bolsonaro como um erro.
O dispositivo constava em medida aprovada em junho pelo Congresso e que permitia ao governo estender a flexibilização de regras trabalhistas na pandemia, como a redução de jornada e de salário.
Pelo texto, a desoneração da folha, que diminui o custo de contratação de funcionários, valeria até o fim de 2021.
A extensão era criticada pela equipe econômica, que estimava que a medida representaria uma renúncia fiscal de R$ 10,2 bilhões. Bolsonaro decidiu seguir a orientação do ministro Paulo Guedes (Economia) e vetou o dispositivo que prolongava a desoneração da folha.
A desoneração, adotada no governo petista, permite que empresas possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto, em vez de 20% de contribuição sobre a folha de pagamento para a Previdência Social.
Atualmente, a desoneração abrange empresas de 17 setores, entre elas as que atuam no ramo da informática, com desenvolvimento de sistemas, processamento de dados e criação de jogos eletrônicos, além de call center e empresas de comunicação (mídia).
| Folha de S.Paulo ( publicado em 09-07-2020) | | | | Com recuo de 0,9%, principal motor do PIB chega ao quarto mês seguido de crise
Depois do tombo recorde de 11,9% em abril, o setor de serviços manteve o desempenho negativo em maio, com recuo de 0,9%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o quarto mês consecutivo de queda.
Com a sequência de maus resultados, o setor que responde por cerca de 70% do valor adicionado do PIB (Produto Interno Bruto) já acumula queda de 7,6% em 2020, em uma crise que começou ainda antes da adoção de medidas de isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus.
“Essa taxa de -0,9% mostra um aprofundamento de um cenário que já era muito desfavorável para o setor de serviços. Ter um resultado ainda negativo quando a comparação é feita com abril, mês que tivemos o pior resultado da série histórica, é bastante significativo”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo.
Apenas nos últimos quatro meses, o setor de serviços acumula perda de 19,7%. Em fevereiro, porém, o mau desempenho foi provocado por razões conjunturais, disse o IBGE, já que as medidas de isolamento só começaram a ser adotadas no país na segunda quinzena de março.
O resultado de maio foi especialmente impactado por serviços prestados às empresas, em um sinal de que a reabertura de restaurantes e outros serviços às famílias não será suficiente para impulsionar o desempenho do setor.
"As empresas estão fechando, muitas pessoas perdendo seus trabalhos e isso começa a afetar uma parte da economia de serviços que depende de uma conjutura mais favorável e é menos suscetível às medidas de isolamento", comentou Lobo.
Nesse grupo se encaixam, por exemplo, os serviços profissionais, administrativos e complentares, que fecharam o mês em queda de 3,6%. Serviços de informação e comunicação (-2,5%) e outros serviços (-4,6%) também tiveram queda no mês.
Os principais impactos negativos no indicador foram de maio corretoras de títulos e valores mobiliários, corretoras de seguros, planos de previdência e saúde, serviços de tecnologia da informação, limpeza de prédios e agenciamento de mão de obra.
"São serviços que vão demorar um pouco a retomar, porque dependem da confiança do empresário", disse o gerente do IBGE.
Já as atividades mais ligadas ao consumo das famílias, que sofreram mais no início da pandemia, registraram alta no mês: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceram 4,6% e de serviços prestados às famílias, 14,9%.
É neste último grupo que estão atividades como restaurantes, hotéis e salões de beleza, que tiveram que fechar as portas em quase todo o país. Apesar da alta no mês, porém, os serviços prestados às famílias acumulam perda de 57% desde o início da pandemia.
Para recuperar o nível anterior, precisam crescer 131%. Lobo destacou que, mesmo após a abertura, a retomada será limitada pelos protocolos de segurança estabelecidos pelos governos, como limite no número de clientes ou horário de funcionamento reduzido.
“Os setores ligados às partes de alojamento e alimentação e transporte foram os que tiveram as perdas mais importantes no mês de abril. Agora em maio, eles mostram uma certa recuperação, crescendo nesse mês, mas não o suficiente para levar o setor de serviços para o campo positivo”, afirmou Lobo.
Na comparação com maio de 2019, o setor de serviços recuou 19,5%, a maior queda da série histórica da pesquisa. Nessa base de comparação, todas as cinco atividades fecharam o mês em queda. O setor está hoje 27,9% abaixo do recorde histórico registrado em novembro de 2014.
Os dados contrastam com o desempenho de indústria e comércio, que ensaiaram recuperação no mês de maio. De acordo com pesquisas divulgadas pelo IBGE nos últimos dias, a indústria cresceu 7% e as vendas no comércio aumentaram 13,9%.
Esses resultados reforçaram entre economistas a percepção de que o pior momento já passou e que a atividade começa a se recuperar. A intensidade da recuperação, porém, vai depender da evolução no número de casos, já que novos surtos vêm obrigando cidades que relaxaram as medidas de isolamento a rever suas posições.
Ainda não há também efeitos positivos sobre o emprego. Segundo o IBGE, o número de pessoas sem ocupação no Brasil superou em maio, pela primeira vez, o contingente que tinha alguma ocupação. Desde o início da pandemia, 7,8 milhões de vagas foram extintas no país.
| Folha de S.Paulo | | | | O Indicador de Intenção de Investimentos da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou no segundo trimestre para o menor nível da série iniciada em 2012, sob influência da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, informou a fundação nesta quinta-feira (9).
O indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas, colaborando para antecipar tendências econômicas. Houve queda nos quatro setores pesquisados em relação ao primeiro trimestre e, à exceção da construção, os níveis alcançados foram os mais baixos da história.
A redução da indústria foi a mais significativa, de 119,5 pontos para 56,3 pontos. Além disso, pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2016 nos demais setores, o menor patamar não ficou com o setor da Construção, que atingiu 64,6 pontos, de 107,7 anteriormente.
O segundo menor nível foi registrado pelo setor de Serviços, em que o Indicador de Intenção de Investimentos recuou de 117,1 pontos no primeiro trimestre para 58,4 pontos no período de abril a junho. No comércio, a queda foi de 126 pontos para 78,2 pontos.
À exceção da Construção, o mínimo anterior do Indicador de Intenção de Investimentos havia sido alcançado ao final da recessão de 2014-2016, no quarto trimestre de 2016, e era pelo menos 25 pontos superior ao registrado agora. Segundo a FGV, esta foi também a primeira vez em que o Indicador de todos os setores ficou abaixo dos 100 pontos, nível em que a proporção de empresas prevendo aumento no volume de investimentos produtivos nos 12 meses seguintes é inferior à daquelas que projetam redução.
"Considerando o patamar historicamente baixo e a elevada e persistente incerteza no País, fica difícil imaginar um cenário de recuperação completa do indicador no curto ou médio prazo", afirma Rodolpho Tobler, economista da Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
Na sondagem, as empresas também são consultadas trimestralmente sobre o grau de certeza quanto à execução do plano de investimentos nos 12 meses seguintes. No segundo trimestre de 2020, a proporção de empresas incertas quanto à execução do plano de investimentos foi recorde na indústria (18,9% para 49,5%) e em serviços (30,4% para 66,5%).
Comércio (26,8% para 41,1%) e construção (35,3% para 65,9%) tiveram variações abaixo do máximo histórico observado no segundo trimestre de 2016. A alta, em relação ao trimestre anterior, da proporção de empresas incertas em relação ao investimento neste trimestre foi recorde em todos os setores, diz a FGV.
| Bem Paraná ( publicado em 09-07-2020) | | | | Não é problema comprar papéis de empresa no vermelho, desde que investidor enxergue como ela planeja reduzir prejuízo
Quatro em cada dez ações negociadas na Bolsa servem para compartilhar prejuízos. Você não leu errado. Se escolher papéis ao acaso, terá 42% de chance de pegar os de uma empresa que está no vermelho.
O número mostra o buraco que o primeiro trimestre deixou.
Analisando de março de 2019 a março de 2020 (um ano de dados completos), a fatia de empresas no negativo é de 32%. O número é puxado pela maré de contas no vermelho que chegou nos primeiros 90 dias deste ano. Neste período, especificamente, a quantidade de ações de empresas com prejuízo sobe para os tais 42%.
As contas do segundo trimestre vão ser apresentadas adiante, mas são poucos os sinais de que trarão uma grande recuperação dos reflexos da pandemia de coronavírus. Diferentemente do Ibovespa, que tem subido de forma chamativa.
Não é um problema em si investir em uma empresa que está no vermelho, desde que você enxergue como ela planeja reduzir esse prejuízo ao longo do tempo e começar a lucrar.
Se o prejuízo for relacionado a algo pontual, a recuperação poderá ser mais simples. Por isso, aliás, é bom comparar os últimos 3 meses com os últimos 12, 24, 36...
Quanto mais informações tiver, melhor para saber se as contas negativas são um ponto fora da curva ou apenas o caminho natural para aquela companhia. Se for o segundo caso, parece perigoso apostar nos papéis.
Além disso, vale a pena checar se o preço da ação condiz com a situação da empresa. Um caso que chama a atenção é da Teka Tecelagem, de Santa Catarina, famosa pelas toalhas.
Os papéis da empresa estão entre os 10 com maior “prejuízo por ação” (ou PPA), indicador que se obtém dividindo o prejuízo da companhia pelo número de ações. Não tem a ver com o preço dos papéis, mas com as contas da empresa.
Nos últimos 12 meses, o “prejuízo por ação” de seus papéis foi de mais de R$ 250. Mas, desde o início do ano, o preço de suas ações ordinárias (TEKA3) deu um salto de 320%.
Acontece que a empresa está em recuperação judicial e, de acordo com relatório divulgado recentemente, estava seguindo bem os passos para se recuperar, até que a Covid-19 atrapalhou. Investidores viram, nisso, bom sinal para uma recuperação após a crise. Mesmo com o alto PPA.
Entre as que têm o maior “lucro por ação” (ou LPA), é possível destacar a Nutriplant, empresa de fertilizantes.
Dividindo o lucro apresentado pela companhia entre seus papéis, chega-se a mais de R$ 280. A título de comparação, o maior banco do Brasil, Itaú Unibanco, tem um LPA de R$ 2,25.
Do começo do ano para cá, enquanto o Ibovespa caiu cerca de 15%, as ações ordinárias da empresa, NUTR3, subiram 6,58%.
O que explica essas companhias terem tão expressivos indicadores de lucro ou prejuízo por ação é o fato de serem poucos papéis circulando.
Mesmo que o prejuízo de R$ 127 milhões da Teka seja muito pequeno, perto dos R$ 15 bilhões da Oi, por exemplo, o pequeno número de ações da tecelagem fazem seus resultados refletirem de forma menos branda em seus indicadores.
Essas companhias de baixa capitalização, chamadas de microcaps, têm oportunidades para quem quer acompanhar seus negócios de perto. Mas lembre-se que, por terem menos papéis, suas mudanças de preço tendem a ser mais bruscas.
Marcos de Vasconcellos - Jornalista, empreendedor e fundador do site Monitor do Mercado.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 09-07-2020) | | | | O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,40% na primeira quadrissemana de julho, acelerando marginalmente em relação à alta de 0,39% registrada no fechamento de junho, segundo dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Três dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força na primeira leitura deste mês, seja avançando com maior intensidade ou reduzindo o ritmo de queda: Transportes (de 0,34% em junho para 0,47% na primeira quadrissemana de julho), Saúde (de 0,58% para 0,70%) e Vestuário (de -0,86% para -0,22%).
Por outro lado, os demais itens desaceleraram: Habitação (de 0,45% para 0,43%), Alimentação (de 0,69% para 0,51%), Despesas Pessoais (de 0,37% para 0,35%) e Educação de (0,03% para -0,02%).
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na primeira quadrissemana de julho:
- Habitação: 0,43%
- Alimentação: 0,51%
- Transportes: 0,47%
- Despesas Pessoais: 0,35%
- Saúde: 0,70%
- Vestuário: -0,22%
- Educação: -0,02%
- Índice Geral: 0,40%
| Bem Paraná | | | | Segundo Tribunal de Contas, total de benefícios por incapacidade foi de 244,8 mil para 545,9 mil
A quantidade de segurados do INSS à espera de um benefício por incapacidade aumentou 123% após a interrupção do atendimento presencial devido à quarentena de combate à Covid-19, segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) para acompanhamento da crise.
Em fevereiro, o estoque de pedidos era de 244,8 mil. Em maio, a fila de espera por benefícios por incapacidade aumentou para 545,9 mil requerimentos. Mais de 90% dessa fila é composta por pedidos de auxílio-doença.
Com o fechamento das agências da Previdência, em março, as perícias médicas deixaram de ser realizadas. Para receber o auxílio-doença, o cidadão depende da avaliação da sua incapacidade para o trabalho por um perito da Previdência.
Durante o período de interrupção do atendimento, o INSS tem antecipado R$ 1.045 para segurados que requerem o benefício após a análise de laudos médicos enviados pela internet, por meio do Meu INSS.
Quando as perícias forem retomadas, se houver direito a um auxílio com valor maior, o segurado receberá a diferença.
Na avaliação do TCU sobre o sistema adotado pelo INSS, os 268,9 mil casos de pedidos negados foram contados como pendentes.
O Tribunal considerou que os critérios utilizados pelo INSS para a antecipação de R$ 1.045 são diferentes do que estabelece a legislação, que considera a perícia etapa obrigatória.
A ANMP (Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais) informou que não concorda com o cálculo do TCU porque o tribunal contou processos que não passariam necessariamente por perícias.
"O TCU está errado ao misturar [no cálculo] esses casos de antecipação de R$ 1.045 com os de benefícios indeferidos por pendência administrativa. Esse número não é real. Não dá para afirmar que aumentou a fila de espera por perícias durante a pandemia", diz o vice-presidente da ANMP, Francisco Eduardo Cardoso Alves. "O fato é que as perícias não estão sendo realizadas", diz.
Para Alves, embora o INSS tenha marcado para agosto a reabertura dos postos, o atendimento presencial somente será seguro quando a pandemia perder força. "Nós já tínhamos comunicado o governo que, considerando a situação de aumento dos casos, não será possível retornar antes de setembro."
A Secretaria de Previdência não comentou.
POSTOS FECHADOS | PERÍCIAS PARADAS
As perícias da Previdência estão suspensas devido à pandemia de Covid-19.
A paralisação do serviço dificulta a concessão de benefícios por incapacidade.
O INSS diz que os postos vão abrir em agosto, mas a data pode ser adiada
Fila de pedidos cresceu
O TCU (Tribunal de Contas da União) afirma que o estoque de pedidos de auxílio-doença pendentes de análise subiu 123% na quarentena.
O número de pedidos passou de 244,8 mil, em fevereiro, para 545,9 mil, em maio. As agências fecharam suas portas em março.
Peritos contestam número
Representantes dos peritos médicos da Previdência não concordam com os números apresentados pelo TCU.
A categoria diz que o TCU incluiu na fila processos que não são considerados pendentes de análise.
Reabertura após setembro
A ANMP (associação dos peritos) avalia que o INSS não conseguirá reabrir as agências em agosto.
Devido ao aumento dos casos e à chegada do inverno, a reabertura trará risco a segurados e servidores.
Para a associação, não será possível retomar o atendimento aos segurados do INSS antes de setembro.
O QUE FAZER
O auxílio-doença é um benefício pago para o profissional que ficar temporariamente incapacitado para o trabalho
Para ter direito ao benefício, o segurado deve ter contribuído para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses, chamado de carência
No entanto, se o afastamento for decorrente de acidente de trabalho, não há exigência de tempo mínimo para receber o benefício
Para ter acesso ao benefício, porém, é preciso passar pela avaliação de um médico perito da Previdência
Com as agências fechadas, quem precisa do auxílio deve mandar o laudo médico pelo aplicativo Meu INSS ou no site meu.inss.gov.br
O que o atestado deve ter:
Assinatura médica legível
Número do registro médico no CRM (Conselho Regional de Medicina) que seja válido
Indicação de CID (Classificação Internacional de Doenças)
Data de início e de final do afastamento do trabalhador, se for o caso
Liberação de R$ 1.045
Se o laudo for aprovado, o segurados começa a receber um benefício de R$ 1.045.
O valor será pago por três meses ou até que as agências da Previdência sejam abertas e a perícia seja realizada.
Se, depois da perícia, ficar comprovado que o segurado tinha direito a um valor maior, a diferença será paga a quem fizer a solicitação.
JUSTIÇA
Na Justiça é possível brigar para receber o valor total do auxílio-doença, por meio de ação judicial com pedido de antecipação de tutela
A antecipação de tutela ocorre quando o juiz adianta os efeitos de uma decisão para evitar um prejuízo maior
No caso de um auxílio-doença, o juiz pode decidir provisoriamente que o INSS deve começar a pagar o benefício integral
Como pedir
Se o valor da ação é inferior a 60 salários mínimos (R$ 62.700), o pedido pode ser feito ao Juizado Especial Federal e não é necessário ter advogado
Mas é aconselhável contar com a ajuda de um advogado especializado em Previdência
Fontes: TCU (Tribunal de Contas da União), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) e Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários)
| Folha de S.Paulo ( publicado em 09-07-2020) | | | | Percentual seria de 32%, segundo a ONU; governo defende política social com equilíbrio
O auxílio emergencial de R$ 600 removeu temporariamente da extrema pobreza 72% dos domicílios brasileiros que receberam os recursos, segundo estudo do Ministério da Economia.
Para chegar à conclusão, técnicos da pasta dividiram a análise dos beneficiados em dez faixas de rendimento, sendo a mais vulnerável aquela com renda de até R$ 56,62 mensais por pessoa.
Esse grupo está em situação de extrema pobreza, segundo critérios usados pelo governo federal (famílias com renda mensal de até R$ 89 per capita). Esses domicílios são formados por pessoas que não possuem uma fonte de recursos advinda do mercado de trabalho formal e por indivíduos sem qualquer tipo de renda.
O estudo afirma que, com o auxílio de R$ 600, mais de 7 em cada 10 domicílios saíram desse grupo e se moveram para faixas superiores de renda de forma temporária. A segunda faixa já está fora da extrema pobreza, segundo os critérios do governo, por ter rendimento de R$ 233 mensais por pessoa.
A linha da extrema pobreza usada pelo governo, no entanto, é mais baixa do que as adotadas por organismos internacionais. A ONU (Organização das Nações Unidas) considera que está na categoria quem tem renda mensal de US$ 1,90 por dia (ou R$ 304,38 mensais, considerando a cotação desta quinta-feira).
Caso seja aplicado o critério da ONU ao estudo do Ministério, 32% dos domicílios beneficiados saíram da extrema pobreza durante o período de concessão do auxílio emergencial.
Segundo o Ministério, o programa é concentrado nos 30% mais pobres da população e seu direcionamento à pobreza só é menor que no Bolsa Família. Na visão da pasta, programas como o BPC (benefício de prestação continuada, pago a idosos e deficientes carentes), por exemplo, pagam a maior parte da renda para indivíduos com rendimento acima do valor mediano da distribuição.
Têm direito ao auxílio concedido durante a pandemia quem for beneficiário do Bolsa Família e aqueles acima de 18 anos sem emprego formal, além de microempreendedores individuais (MEI). É preciso atender a certos critérios de renda.
Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE, afirma que estudos próprios da instituição vão na mesma direção da análise do ministério sobre o ganho de renda com o auxílio. Ele diz que o programa acabou por reduzir a pobreza devido a seu alto valor, próximo da mediana de distribuição de renda do trabalho no país, e pela alta cobertura.
“Com isso, seu volume de gastos acaba sendo muito maior do que de qualquer outro programa social, tendo assim efeito de redução de pobreza”, disse.
Apesar disso, ele ressalta que o auxílio não foi desenhado para combater a desigualdade, mas para repor rendimentos informais reduzidos ou perdidos devido à pandemia.
Para Duque, o programa deve continuar enquanto perdurarem os efeitos da pandemia e, em seguida, deve ser pensado um programa social mais abrangente e de maior orçamento do que o Bolsa Família, mas não tão caro quanto o auxílio emergencial.
O entendimento é o mesmo expresso pela equipe econômica, que se preocupa com o custo do programa. Mais caro do pacote anticrise, o auxílio emergencial demanda R$ 254,2 bilhões e já representa mais que o dobro do déficit primário registrado pelo governo em 2019. Ele vem pressionando as projeções de endividamento público (que já se aproximam de 100% do PIB nas contas oficiais).
Também elevam os custos do programa as diversas fraudes que vêm sendo registradas. Pelo menos 53 mil militares receberam o auxílio indevidamente, além de 11 mil mortos.
Erik Figueiredo, da Secretaria de Política Econômica do Ministério, diz que o auxílio é temporário e que a formatação de programas como esse devem considerar o equilíbrio nas contas públicas. “Uma política sem amparo fiscal não tem sustentação no longo prazo. Você fere o teto de gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal, e esse ganho de hoje pode gerar uma perda amanhã”, diz.
“O objetivo do governo é manter o combate à desigualdade e à extrema pobreza. Mas isso deve ser feito com equilíbrio fiscal, com uma política que socorra os indivíduos hoje e ao mesmo tempo pense no amanhã”, afirmou.
Para substituir o auxílio emergencial, o Ministério da Economia acelerou os estudos sobre políticas sociais. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende lançar o programa Renda Brasil, a ser criado a partir de mudanças no Bolsa Família.
Os estudos indicam que o programa pode ter aumento nos valores pagos em relação ao Bolsa Família e também englobar mais pessoas. O orçamento pode ter 40% mais que o antecessor, criado no governo Lula, mas ainda depende do corte de outras despesas, sobretudo por causa do teto de gastos (considerado fundamental pela equipe econômica).
Desde o ano passado, o governo tentar uma reformulação do Bolsa Família e avalia a revisão de outros benefícios, como o seguro-defeso (para pescadores). Também entrou no radar os custos com o Farmácia Popular e, mais recentemente, até benefícios para servidores.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 09-07-2020) | | | | Procura por atendimento privado de saúde cresceu em meio a relaxamento do isolamento
Desde o início de maio até a terceira semana de junho, mais de 5 milhões de brasileiros que estavam temporariamente afastados do trabalho devido ao distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus deixaram o afastamento, informou o IBGE nesta sexta-feira (10).
Segundo o instituto, na terceira semana de junho, cerca de 11,1 milhões estavam afastados do trabalho, abaixo da semana anterior, quando 12,4 milhões estavam afastados, e também dos 16,6 milhões de afastados no começo de maio. Com isso, o percentual de afastados entre os ocupados caiu de 19,8% no início de maio para 13,3% no dado mais recente.
Os dados foram coletados pela pesquisa Pnad Covid, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros.
Homem observa um cartaz com vagas de emprego na rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo - Dario Oliveira - 22.nov.2017/Folhapress
Os desocupados somavam 11,8 milhões entre 14 e 20 de junho, patamar estável em relação à semana anterior (11,9 milhões), mas acima do registrado no início de maio, quando os desempregados somavam 9,8 milhões. Já os ocupados eram 84 milhões, patamar estável nas duas bases de comparação.
Para Maria Lúcia Vieira, coordenadora da pesquisa, a estabilidade no número de ocupados e desocupadas na passagem de uma semana a outra, acompanhada de uma redução dos afastados, sugere que as pessoas estão voltando às suas atividades.
“No acompanhamento semanal da pesquisa, verificamos estabilidade na população ocupada e desocupada, mas uma queda no grupo de pessoas ocupadas que não estava trabalhando na semana de referência devido à pandemia”, observou Maria Lúcia, em comunicado. “Esse movimento se repete na terceira semana de junho em relação à segunda semana, indicando uma continuação do retorno dessas pessoas às suas atividades de trabalho.”
Entre os ocupados, 8,7 milhões trabalhavam de forma remota na terceira semana de junho, patamar estável em relação à semana anterior e ao início de maio.
A população fora da força de trabalho, que são aqueles que não estavam trabalhando nem procurando trabalho, somava 74,5 milhões, também estável em relação à semana anterior, mas abaixo do nível da primeira semana de maio (76,2 milhões).
Dessa parcela da população, 17,3 milhões gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho por causa da pandemia, uma queda em relação à semana anterior (18,2 milhões) e também na comparação com o início da pesquisa em maio (19,1 milhões).
Segundo Maria Lúcia, os números sugerem que, com a flexibilização do distanciamento social, a pandemia deixou de ser um empecilho à busca de trabalho para 827 mil pessoas.
A taxa de informalidade continuou em queda na terceira semana de junho, para 33,9%, ante 35% na semana anterior e 35,7% no início de maio.
Em edição anterior da pesquisa, o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, já havia afirmado que essa queda não é algo a ser comemorado.
“Em tempos de crise, a informalidade funciona como um colchão amortecedor para as pessoas que vão para a desocupação ou para a subutilização”, disse Azeredo, em meados de junho. “O trabalho informal seria uma forma de resgate do emprego, portanto não podemos dizer que essa queda é positiva.”
Na semana de 14 a 20 de junho, 15,3 milhões de pessoas apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à covid-19 (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular).
O patamar ficou estável em relação à semana anterior (15,6 milhões) e caiu em relação ao início de maio, quando 26,8 milhões apresentavam pelo menos um dos sintomas. Entre os que apresentaram sintomas, 3,1 milhões buscaram atendimento de saúde e mais de 85% destes atendimentos foram prestados na rede pública.
Apesar da primazia do setor público, o número pessoas que buscaram atendimento privado cresceu, para 440 mil pessoas, ante 271 mil na semana anterior e 320 mil no início de maio.
“Isso pode sugerir que, com a flexibilização, houve uma mudança no perfil das pessoas que apresentam sintomas, especialmente em relação às condições econômicas”, disse Maria Lúcia.
O primeiro óbito conhecido pelo novo coronavírus no país ocorreu no dia 17 de março. A partir daí, o país promoveu o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de combater a pandemia. Em abril, os efeitos econômicos começaram a ser sentidos com mais intensidade, já que as medidas restritivas duraram do começo ao fim do mês. O impacto continuou em maio e junho, com efeitos no mercado de trabalho.
Ao fim de junho, a Pnad Contínua mostrou que a pandemia da Covid-19 destruiu 7,8 milhões de postos de trabalho no Brasil no trimestre encerrado em maio. Isso fez com que a população ocupada caísse 8,3% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, indo para 85,9 milhões de pessoas.
Também no mês passado, o IBGE divulgou a primeira pesquisa mensal da Pnad Covid-19, com os resultados consolidados de maio. O estudo apontou que os brasileiros mais afetados pela doença são os pretos, pardos, pobres e sem estudo.
| Folha de S.Paulo | | | | Entre a segunda e a terceira semana de junho, caiu em 100 mil o número de desempregados no país.
Após quatro semanas consecutivas de alta, o desemprego diante da pandemia do novo coronavírus teve a sua primeira queda. É o que aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, 11.753 milhões de pessoas estavam desempregadas na terceira semana de junho, 100 mil a menos que na semana anterior. Na comparação com a primeira semana de maio, no entanto, houve uma alta de aproximadamente 2 milhões de desempregados no país.
O levantamento foi feito entre os dias 14 e 20 de junho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.
Na última divulgação, a Pnad Contínua mostrou que, entre abril e maio, cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, chegando 12,7 milhões o número de desempregados no país. Os dados de junho serão divulgados pelo IBGE no dia 27 de julho.
Informalidade tem nova queda
A informalidade, que vinha segurando a ocupação no mercado de trabalho brasileiro, teve queda pela segunda semana seguida. De acordo com a pesquisa, 28,4 milhões de brasileiros trabalhavam informalmente na terceira semana de junho - cerca de 800 mil a menos que na semana anterior.
O IBGE considera como trabalhador informal aqueles empregados no setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes.
A da taxa de informalidade caiu de 35% para 33,9% entre a segunda e a terceira semana de junho, o que o IBGE considera como estabilidade do indicador.
Afastamentos do trabalho seguem em queda
A pesquisa mostrou que se manteve em queda o número de trabalhadores afastados do local de trabalho devido ao isolamento social. Na terceira semana de junho 11,1 milhões estavam afastados - cerca de 1,3 milhão a menos que na semana anterior - o que corresponde a 13,3% da população ocupada no país naquela semana.
"Esse movimento se repete na terceira semana de junho em relação à segunda semana, indicando uma continuação do retorno dessas pessoas às suas atividades de trabalho”, apontou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Na primeira semana de maio, chegava a 16,6 milhões estavam afastadas temporariamente do trabalho, o que representava 19,8% da população ocupada à época.
| G1 | | | | Com menos de 400 mil unidades, período registrou queda de 27% na comparação com iguais meses de 2019
A produção de motos em Manaus (AM) somou 78,1 mil unidades, anotando crescimento de mais de 400% sobre maio, mês em que a Honda (que detém sozinha quase 80% do mercado) trabalhou apenas uma semana. A comparação com junho de 2019 também revela alta, de 14,7%. Os números foram divulgados pela Abraciclo, entidade que reúne fabricantes do setor.
No acumulado do ano, porém, foram fabricadas apenas 392,2 mil motocicletas, 27% a menos que em igual período de 2019. A produção neste primeiro semestre é comparável à primeira metade de 2001, quando foram fabricadas em Manaus 388,5 mil motos pelas associadas da Abraciclo.
A entidade acredita que a retomada da produção em junho foi “consistente”, mas reconhece que a evolução do mercado depende da normalização das operações de varejo. Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, recorda também que há um nicho de demanda formado por consorciados, que foram contemplados nos últimos meses e ainda não puderam utilizar suas cartas de crédito. Haveria 100 mil cotas contempladas e a falta de motos na rede tem gerado queixas desses consumidores.
Com a reabertura de concessionárias em diferentes Estados, as vendas no atacado (das fábricas para a rede) em junho somaram 76,2 mil motocicletas, um volume 315% maior que o de maio. A comparação com junho de 2019 também aponta alta, de 5,6%. No acumulado do semestre foram 377,1 mil motos. A queda pela comparação interanual é de 28,7%, muito próxima à registrada na produção.
EXPORTAÇÕES CAEM 48,8%
As exportações de motos já haviam começado 2020 com queda por causa da forte dependência dos embarques para a Argentina, em crise. As dificuldades geradas pela pandemia agravaram a situação. Em todo o primeiro semestre foram enviadas ao exterior apenas 10,4 mil motos, volume 48,8% mais baixo que o de iguais meses de 2019.
A projeção feita no início do ano pela Abraciclo era de 28 mil unidades para 2020, mas certamente não será alcançada. Marcos Fermanian admite a necessidade de rever para baixo esta e outras projeções, mas deve fazer isso somente em um mês. “Ainda não é possível fazer com a devida precisão tanto por conta do cenário atual como pela instabilidade do comportamento do mercado”, diz.
EMPLACAMENTOS ACUMULAM QUEDA DE 33,9%
A reabertura de concessionárias em Estados como São Paulo fez crescer os emplacamentos de junho em quase 60% na comparação com maio, mas as 45,9 mil motos novas emplacadas no período em todo o País ainda são muito pouco na comparação com os primeiros meses do ano. A Fenabrave (que reúne as associações de concessionários) afirma que os números de junho foram prejudicados pela falta de motos de baixa cilindrada em estoque como consequência da paralisação das fábricas.
| Automotive Business ( publicado em 09-07-2020) | | | | Estimativa é do Sindipeças, que conta com real desvalorizado e recuperação de parceiros como a Argentina
A exportação de autopeças deve voltar aos níveis registrados antes da quarentena já no primeiro trimestre de 2021, isso considerando a cotação do dólar mantida por volta de R$ 5 e também contando com a rápida normalização das condições econômicas em parceiros como Argentina, Estados Unidos e México. A estimativa é do Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.
A exportação de autopeças em maio somou US$ 239,7 milhões, resultando em queda de 18,4% na comparação com abril, que já havia sido o pior mês em cerca de 20 anos como reflexo das dificuldades logísticas, alfandegárias e econômicas provocadas pela pandemia de Covid-19. No acumulado dos cinco meses as exportações de autopeças já recuaram 33% ao somar US$ 2,1 bilhões.
A importação de autopeças também despencou pelas dificuldades inerentes à pandemia. Em maio o País comprou US$ 567,3 milhões em itens, valor semelhante ao de abril, mas 44,8% mais baixo que o de maio de 2019. No acumulado dos cinco meses o Brasil importou US$ 3,6 bilhões de autopeças, número 25,4% menor pela comparação interanual.
Com os resultados, o déficit na balança comercial de autopeças nestes cinco meses somou US$ 1,5 bilhão, valor 10,7% menor que o anotado em iguais meses do ano passado.
VENDAS À ARGENTINA CAEM PELA METADE EM 2 ANOS
A Argentina permanece como principal destino das autopeças brasileiras. Nestes cinco meses, contudo, foram enviados ao país vizinho apenas US$ 407,5 milhões em componentes, um total 38,9% mais baixo que em iguais meses de 2019, que já haviam apresentado queda de quase 30% na comparação com 2018. Isso significa que dois anos atrás a Argentina já havia absorvido US$ 950 milhões em autopeças brasileiras, mais que o dobro realizado em 2020.
No caminho oposto, a China permanece como principal fornecedor de componentes automotivos, com US$ 608,8 milhões no acumulado até maio, anotando queda de 14,3% na comparação com iguais meses do ano passado. Ainda assim, o país asiático responde sozinho por 16,9% de todas as autopeças compradas do exterior.
A Alemanha é o segundo maior fornecedor e entre janeiro e maio enviou ao Brasil US$ 397,1 milhões em itens. A queda em relação a iguais meses de 2019 é de 34,5%, refletindo a maior dificuldade nas transações com a Europa durante a quarentena. Vale dizer também que dos 20 principais fornecedores de autopeças ao Brasil, somente Dinamarca e Áustria (pouco representativos em valores) anotaram crescimento em suas vendas nestes cinco meses.
| Automotive Business ( publicado em 09-07-2020) | | | | Empresas unem expertises para criar novas soluções de indústria 4.0
O Grupo Renault firmou uma nova parceria com o Google Cloud para o desenvolvimento de novas soluções de indústria 4.0 que serão utilizadas em seus complexos industriais em todo o mundo. Em comunicado divulgado na quarta-feira, 9, as empresas vão unir suas expertises – de machine learning e inteligência artificial (IA) com a fabricação de veículos. Além disso, a parceria prevê ainda a criação de um programa para o aprimoramento das habilidades e competências digitais dos funcionários da montadora.
Segundo o Grupo Renault, as soluções e experiências do Google Cloud em análise inteligente de dados, machine learning e inteligência artificial vão permitir aprimorar sua produção e da cadeia de suprimentos, tendo como um dos benefícios a qualidade dos produtos com redução do impacto ambiental por meio da economia de energia.
O Grupo Renault está desenvolvendo sua própria plataforma digital desde 2016, conectando as informações de 22 fábricas em todo o mundo, o que corresponde a 76% de sua produção de veículos, com mais de 2,5 mil máquinas. Com a parceria, as soluções do Google Cloud vão otimizar a plataforma e independente do gerenciamento de dados industriais do Grupo Renault.
“Esta colaboração é a ilustração perfeita da estratégia digital do Grupo Renault, aplicada à área de manufatura. Este acordo e o compromisso entre nossas equipes de gerenciamento de TI, manufatura e supply chain vão acelerar a implantação do nosso plano de Indústria 4.0, projetado para transformar e conectar nossas fábricas e processos de logística em todo o mundo para melhorar nossos padrões de excelência e desempenho”, comenta o diretor de fabricação e logística e membro do comitê executivo do Grupo Renault, José Vicente de los Mozos.
O CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, complementa: “A indústria automotiva possui a inovação em seu DNA, com um imenso potencial para que a tecnologia digital impacte de forma significativa sua produção. Estamos orgulhosos de realizar essa parceria com o Grupo Renault para ajudar a revolucionar o futuro da fabricação automotiva, impulsionando a próxima geração de excelência na cadeia de suprimentos”.
| Automotive Business ( publicado em 09-07-2020) | | | | Com tecnologia, toda embalagem se torna um canal de distribuição de conteúdo e estratégia para as marcas
A tecnologia imersiva de realidade aumentada (AR), antes associada facilmente ao entretenimento, ganha espaço expressivo nos negócios das empresas. Uma das estratégias de marketing de muitas delas é apostar nas embalagens. A Tetra Pak, empresa de embalagens do Grupo Tetra Laval registrou R$ 190 bilhões em vendas de embalagens em 160 países no ano de 2019.
Além disso, ainda segundo a empresa, 91% dos consumidores frequentemente procuram logotipos ambientais nas compras, priorizando embalagens recicláveis e de origem responsável. Isso significa que o invólucro é um item de importante valor para o consumidor, uma vez que ela funciona como um verdadeiro mecanismo de comunicação desde a sua fabricação.
Até hoje as embalagens trazem receitas, personagens, cards colecionáveis, curiosidades nutricionais, informações sobre benefícios do produto, diferenciais na composição, entre outros atrativos que podem ser associados ou aprimorados por meio da experiência de AR. Com a realidade aumentada, toda a embalagem se torna um canal de distribuição de conteúdo para as marcas – além de chamar a atenção do cliente integrando o mundo virtual com o real – amplia as chances de venda, agrega valor ao produto e potencializa o negócio.
Um dos recursos para viabilizar essa experiência é a utilização de um QR Code (do inglês Quick Response Code) – ‘Código de Resposta Rápida’ na própria embalagem, que vai permitir um escaneamento em tempo real com a câmera do smartphone para ativar a ação em AR, que pode ser um game, informações específicas sobre o produto, uma promoção, entre outras mensagens transmitidas de forma incomum.
O grande diferencial da realidade aumentada é compor uma jornada ao consumidor que faça sentido para experiência dele em relação a determinado produto. O consumidor que é convidado a participar de uma jornada e aceita efetivamente essa experiência tem muito mais chance de concluir uma compra do que aquele que não participou. Isso porque o contexto em que ele foi inserido o seduziu, seja pelo produto, desconto ou benefício que ele vai receber.
As projeções holográficas de realidade aumentada permitem uma interação com animações, objetos e produtos como se realmente estivessem ali, proporcionando uma experiência mais próxima do real, saltando das telas para o mundo real. Mais que uma tendência, essa já é uma realidade para a maioria das marcas que valorizam e investem cada vez mais em uma embalagem digital, minimizando ruídos com seu público-alvo e potencializando as vendas por meio da relevância do conteúdo gerado.
*Marcos Trinca é Partner e Head de XR da More Than Real, empresa brasileira referência global no desenvolvimento de experiências e soluções de Realidade Aumentada. Há 20 anos empreendendo no mercado de tech, Marcos é desenvolvedor, matemático, músico e estudioso do impacto da tecnologia no comportamento da sociedade
Fonte: IT Forum 365
| Brasil 4.0 | | | | De acordo com a B3, o último mês teve crescimento de 44% em relação a maio, mas foi o pior junho desde 2016.
Os financiamentos de veículos novos e usados caíram 20% no Brasil em 2020, quando comparados com o mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pela B3, a bolsa de valores brasileira.
De janeiro a junho deste ano, foram financiados 2,29 milhões de veículos leves, pesados e motos, contra 2,87 milhões do acumulado do ano passado.
Emplacamento de veículos tem queda de 38% no 1º semestre
Considerando apenas junho, que teve 385.774 financiamentos e foi o pior resultado do mês desde 2016, a queda em relação ao mesmo período de 2019, com 452.499, foi de 14,7%. Na comparação com maio, com 268.057 unidades, houve crescimento de 43,9%, indicando uma recuperação.
Pesados tiveram melhores resultados
Os veículos pesados tiveram os melhores resultados entre as categorias divulgadas pela B3, com crescimento entre todas as comparações. Em relação a junho do ano passado, eles cresceram 6,1% e, em relação a maio, 37,6%.
Os números refletem os bons resultados do segmento também na produção brasileira, divulgada pela Anfavea.
Motos e automóveis tiveram bons efeitos especialmente comparando maio e junho, puxados por negociações em veículos novos. Os primeiros viram os financiamentos subirem 48,2% e, os segundos, 43,8%.
Modalidades e prazo médio
Segundo a B3, o número de automóveis usados de 9 a 11 anos (chamados de "maduros") aumentou em relação a 2019, passando à frente dos usados de até 3 anos (seminovos) e ficando em terceiro lugar.
Assim como no ano passado, os modelos de 4 a 8 anos de uso (usados "jovens) permanecem em primeiro lugar, seguidos dos zero quilômetro.
Já o prazo médio dos financiamentos passou de 42,7 meses em junho de 2019 para 44 meses no mesmo mês de 2020. O prazo para carros novos, usados "jovens" e "maduros" cresceu, enquanto os seminovos e os "velhinhos" (com mais de 12 anos de uso) tiveram queda.
| G1/Auto Esporte | | | |
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