| 26 de mARÇO de 2020
Quinta-feira
Câmbio
Em 26/03/2020
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
4,995
|
4,996
|
Euro
|
5,506
|
5,508
|
Fonte: BACEN
| | | | | CNI | | | | São 14 homens e 13 mulheres com idades entre 20 e 77 anos, de Curitiba, Pinhais, Foz do Iguaçu, Maringá, Ponta Grossa, Faxinal, Campo Mourão e São Paulo, fora do Estado. Paraná tem 483 descartados e 3.588 em investigação.
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou mais 27 casos de coronavírus no Paraná nesta quarta-feira (25). São 14 homens e 13 mulheres com idades entre 20 e 77 anos, de Curitiba (19), Pinhais (1), Foz do Iguaçu (1), Maringá (1), Ponta Grossa (2), Faxinal (1), Campo Mourão (1) e São Paulo (1), fora do Estado.
O panorama da doença no Paraná é de 97 casos confirmados, 483 descartados e 3.588 em investigação. Nas últimas 24 horas, a Secretaria da Saúde descartou 286 casos manualmente devido à instabilidade constante do sistema do Ministério da Saúde.
Históricos de viagens e demais informações sobre casos confirmados podem ser verificadas junto às secretarias municipais de saúde. Até o momento, o Paraná não tem nenhum caso registrado de transmissão comunitária.
DADOS – Todas as notificações pelos serviços de saúde de síndromes respiratórias constam no boletim como casos em investigação. A medida cumpre a Portaria nº 454/2020, do Ministério da Saúde, que estabelece novos critérios e procedimentos.
Diariamente, os serviços de saúde dos 399 municípios do Paraná notificam os atendimentos de síndromes respiratórias via sistema, o que explica o aumento diário significativo nos números em investigação. Porém, nem toda notificação quer dizer que o caso seja considerado como suspeito.
A Portaria do Ministério da Saúde exige a notificação imediata. Após isto, o serviço de saúde municipal, através da análise clínica, define se aquele paciente é um suspeito em potencial e verifica a necessidade, ou não, da coleta de amostra para a realização de testes. Ou seja, o número de casos em investigação não significa que todos são considerados suspeito.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 25-03-2020) | | | | O governador Ratinho Junior reafirmou a estratégia de manter o isolamento social, ao contrário do que defendeu o presidente Jair Bolsonaro em seu último pronunciamento da noite de terça-feira, 24. Questionado sobre o posicionamento de Bolsonaro, Ratinho afirmou que não discute ideologia neste momento, mas sim metodologia, discuto o que está dando certo, o que diz a comunidade cientifica para o combate da Covid 19.
"Discuto a metodologia o que o mundo está fazendo que está dando certo, na Alemanha, na Europa neste momento", disse Ratinho nesta manha de quinta-feira, 26, durante uma entrevista concedida à imprensa nesta manhã em uma tenda montada na parte externo da sede do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. Ele ressaltou que, embora as decisões devam ser tomadas dia a dia, com base nos dados sobre a Covid-19.
"Teremos um reforço de mais 300 leitos de UTI em todo o estado, dentro desta estrutura regional e descentralizada do Estado", disse Ratinho Junior. Essa quantia irá se somar aos 3.600 leitos de UTI, distribuidos no Estado, entres o Sistema Único de Saúde (SUS) e privado. Sobre a infraestrutura hospitalar do estado, Ratinho Junior afirmou que desde que assumiu o governo, o secretário de Saúde, Beto Preto, presente a coletiva, iniciou um processo de descentralização do sistema em todo o estado, buscando, com isso ampliar, a rede de atendimento. Dentro desta política foram buscada parcerias com hospitais filantrópicos, com Santas Casas, para ampliar esse atendimento e evitando o deslocamento de quem precisa de atendimento.
| Bem Paraná | | | | Mais da metade deles possuem apenas o ensino fundamental e seu rendimento mensal era de R$ 1.713
Sete milhões de brasileiros eram parte de um grupo duplamente vulnerável à crise do coronavírus, sob a ótima da realidade brasileira em 2013, último ano para o qual há dados disponíveis.
Do lado econômico, eles trabalhavam como autônomos; no âmbito da saúde, tinham doenças crônicas que aumentam os riscos do desenvolvimento de um quadro grave em caso de contaminação.
O número foi estimado pelo IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), que tem entre seus fundadores o economista e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
“Queríamos dimensionar essa sobreposição. Os resultados mostram que ela existe e é grande. Esses sete milhões de pessoas em 2013 é um número maior do que a população atual da Dinamarca [5,8 milhões]”, diz o economista Rudi Rocha, diretor do IEPS.
Esse universo de trabalhadores representa 4% da população economicamente ativa brasileira, ou seja, com idade igual ou superior a 18 anos.
O estudo, feito pela equipe do IEPS nos últimos dez dias, se baseou em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística). Além de Rocha e Fraga, a pesquisa é assinada por Beatriz Rache, Letícia Nunes, e Miguel Lago.
Rocha ressalta que, embora não sejam recentes, os dados oferecem um retrato que deve ter permanecido condizente com a realidade brasileira. Nos últimos anos, na esteira da recessão, seguida de lenta recuperação da economia, o número de brasileiros atuando na informalidade aumentou bastante.
O questionário da PNS não permite uma quebra mais específica dos que se declaravam autônomos – como, por exemplo, se possuíam ou não CNPJ. Mas os números da pesquisa indicam que se trata de uma parcela da população muito vulnerável.
Mais da metade dos sete milhões de autônomos portadores de doenças crônicas possuíam apenas o ensino fundamental e seu rendimento mensal com o trabalho (em valores atualizados de 2019) era de R$ 1.713.
As enfermidades consideradas pelos pesquisadores na análise foram hipertensão, diabetes, insuficiência renal e doenças no pulmão (como enfisema e bronquite crônica).
“Não há dúvida que essa é uma parcela da população muito vulnerável à crise atual. São pessoas que precisam sair para trabalhar, embora tenham a saúde frágil”, afirma Rocha.
Uma evidência dessa fragilidade física é que 14% relataram ter precisado se afastar temporariamente do trabalho em um período anterior próximo à pesquisa e 53% disseram considerar sua saúde regular ou ruim.
A vulnerabilidade socioeconômica do grupo, indicada por sua renda e escolaridade baixas, é reforçada pelo fato de que apenas 22% possuíam plano de saúde.
A grande sobreposição entre vulnerabilidade em saúde e no mercado de trabalho demanda, segundo especialistas, que o governo tome medidas voltadas especificamente para proteger esse grupo na crise causada pelo coronavírus.
Evidências de outros países, que também começam a surgir no Brasil, mostram que a Covid-19 é muito mais letal entre idosos e portadores de doenças crônicas.
O estudo do IETS indica que o número de idosos – com mais de 60 anos – entre os conta própria também é elevado. Em 2013, esse universo representava 2% da população economicamente ativa, o equivalente a cerca de 3,5 milhões de brasileiros.
Embora o governo tenha falado sobre a necessidade de proteger esses grupos das consequências da crise atual, especialistas sentem falta de medidas efetivas nessa direção.
“A largada no anúncio de medidas só contemplava, por exemplo, o setor formal”, diz Rocha.
Em seguida, o governo falou sobre garantir uma renda mínima – de R$ 200 mensais por alguns meses – à população mais vulnerável. Mas nada de concreto foi colocado em prática ainda.
“A equipe econômica tem nos dito, em conversas, que virão medidas. Estamos esperando”, afirma Tony Volpon, economista-chefe do UBS.
Ele ressalta que essa é uma crise que representou um choque súbito de perda de renda para trabalhadores informais e pequenas empresas, que dependem do fluxo de caixa semanal.
“Para muitos desses, daqui a um mês será tarde demais”.
Volpon afirma que a magnitude da crise requer, além de rapidez, criatividade e muito planejamento. Uma dificuldade que o governo enfrentará será o mapeamento dos informais.
Parte deles está contemplada nos cadastros de beneficiários de programas sociais, mas não todos. Volpon acrescenta que é crucial começar, o quanto antes, um monitoramento de como o impacto do coronavírus varia entre diferentes municípios e estados.
Naqueles em que os efeitos forem mais amenos, a saída do isolamento domiciliar poderia ser mais rápida, mitigando o peso econômico negativo da crise.
| Folha de S.Paulo | | | | Equipes médicas foram contratadas e atuam 24 horas para fazer aferição de temperatura, orientação e triagem dos profissionais que descarregam cargas e atuam na atividade portuária. Há postos médicos e de enfermagem, 32 chuveiros, 60 pias e lava-pés com hipoclorito de sódio, entre outras iniciativas.
Os caminhoneiros e trabalhadores portuários que atuam no Porto de Paranaguá são orientados por equipes médicas, que fazem a medição de temperatura, avaliação de sintomas compatíveis com a Covid-19 e o encaminhamento dos casos necessários. Estruturas de atendimento foram montadas no Pátio de Triagem de Caminhões e no acesso ao cais Dom Pedro II.
As equipes, contratadas pela Portos do Paraná, atenderão 24 horas, em turnos, e incluem 14 de técnicos de enfermagem, três de auxiliares administrativos e dois de limpeza hospitalar. A estrutura conta ainda com dois postos médicos e dois postos de enfermagem.
A empresa pública também está adquirindo 20 mil litros de álcool em gel; 144 litros de sabonete antisséptico (usados em ambientes hospitalares); 5 mil pares de luvas; 10 mil unidades extras de máscaras cirúrgicas; 21 tendas e cabines elevadas; 200 metros lineares de grade de isolamento, 32 chuveiros, 60 pias e lava-pés com hipoclorito de sódio.
“Estamos adotando todas as medidas para proteger aqueles que não podem parar porque prestam um serviço essencial para a sociedade brasileira. Não mediremos esforços para combater o coronavírus na nossa comunidade”, destaca o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
CAMINHONEIROS - Ao chegar no Pátio de Triagem os motoristas terão a temperatura corporal verificada. Os casos superiores a 37,8º serão encaminhados para tendas de atendimento, onde responderão a um questionário sobre sintomas e condições de saúde.
Aqueles considerados assintomáticos, ou com sintomas leves, terão prioridade na descarga e receberão as orientações para retornar aos seus lares. Os que precisarem de atendimento hospitalar serão encaminhados ao Hospital Regional do Litoral. Uma área de isolamento foi preparada para higienização dos caminhões, para estas situações.
Além disso, o Pátio recebeu novos chuveiros e uma estação de higienização de mãos. As áreas de convivência, como mesas e bancos, foram retiradas e as cantinas passam a vender produtos somente pelas janelas. Avisos sonoros e materiais de comunicação foram disponibilizados e conteúdos sobre formas de prevenção são enviados pelo sistema Carga Online, via SMS.
“Desenvolvemos uma grande operação de combate à disseminação do vírus. O objetivo é garantir que quem está entrando no pátio receba o atendimento primário à saúde, sem sobrecarregar o sistema de saúde do Litoral”, explica o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana.
APROVAÇÃO – Caminhoneiros que estiveram no pátio nesta quinta-feira (26) aprovaram a iniciativa. Paulo Cesar de Oliveira Pereira, que veio de Birigui (SP), se surpreendeu com a ação. “É importante porque andamos pelo País e temos contato com muitas pessoas diferentes, de diversos lugares. É o primeiro porto do Brasil a adotar essas normas.”
O ponta-grossense Emerson de Paula dos Santos mediu a temperatura em menos de 10 segundos, e também disse não ter encontrado este cuidado em outros portos. “É muito positivo, significa respeito e prevenção para o caminhoneiro.”
TRABALHADORES - No cais comercial do Porto de Paranaguá trabalhadores portuários também têm a temperatura aferida. O fluxo de entrada e saída de pedestres tem nova organização e separadores para evitar a proximidade entre as pessoas. Os torniquetes e catracas são limpos com ainda mais frequência e pias móveis foram instaladas na entrada e saída do prédio de credenciamento. Quem vai para a casa também deve passar por uma área de desinfecção dos calçados.
O médico que coordena a ação, Michel Cadenas, reforçou que a apuração de trabalhadores em estado febril ajuda na identificação de casos. “É um sinal de alerta que possibilita o manejo clínico mais adequado do paciente possivelmente infectado. É uma iniciativa importante e em momento oportuno.”
OUTROS LOCAIS - O silo público, o pátio da Vila da Madeira e do Taguaré também receberam lavatórios. Em Antonina, estações de higienização também estão disponíveis.
| Agência Estadual de Notícias | | | | Plano seria fazer empréstimos a empresas, com dinheiro público, juro quase zero e a perder de vista
Muitas empresas vão faturar pouco ou nada na paralisia causada pela guerra contra o coronavírus. Seja por determinação de governos ou por medo das pessoas de sair às ruas ou gastar, o consumo vai cair. Sem um colchão, essas empresas vão cair e quebrar, óbvio.
Um paliativo é emprestar-lhes dinheiro para que atravessem o deserto da crise catastrófica. Mas bancos não vão dar crédito à multidão de empresas sob risco de quebrar, menos ainda para pequenas. Mesmo que o empréstimo caísse do céu, como empresas frágeis pagariam a conta, multiplicada por juros bancários escorchantes, em uma economia deprimida?
É impossível. Qual a alternativa?
Economistas sortidos sugerem que os fundos venham do Estado, que também assumiria eventuais calotes. É uma ideia apresentada pelos economistas Arminio Fraga, Vinicius Carrasco e José Alexandre Scheinkman, em artigo nesta Folha, e por Nelson Barbosa, em sua coluna neste jornal, por exemplo. Economistas do governo estudam medida assim. Precisam se mexer. LOGO.
No plano de Barbosa, bancos que assim o desejarem podem participar desse programa de empréstimos, em princípio para pequenas e medias empresas. Por que o fariam? Porque o Banco Central obrigatoriamente compraria essas dívidas, tornando-se o credor de fato. Os bancos seriam apenas operadores do negócio, tarefa pela qual seriam remunerados.
Para ser mais preciso, um mecanismo institucional qualquer criaria uma entidade dentro do BC que compraria os empréstimos e administraria essa conta, uma entidade de propósito específico, separada das demais operações do BC. Seria preciso lei para essa novidade, dizem advogados.
O empréstimo seria concedido em condições específicas e padronizadas: o bastante para cobrir a folha de pagamento ou parte do faturamento, por tantos meses, e sob a condição de não haver demissões. Seria um consignado para empresas na situação de calamidade.
Haveria prazo de carência de pelo menos um ano (nos EUA, estuda-se prazo de quatro anos para operação similar), com pagamento parcelado em cinco anos, a juro zero ou quase.
No pacote da coronacrise do governo americano, haverá US$ 350 bilhões de empréstimos do Tesouro para pequenas e médias empresas, dívida que será perdoada caso as firmas não demitam.
Com os empréstimos com fundos públicos, haveria, pois, uma inundação de dinheiro na praça, que teria de ser enxugada pelo mesmo BC, em seu papel tradicional, a fim de manter a taxa básica de juros (Selic) em sua meta. Na prática, se trata, enfim, de uma operação de endividamento público em títulos de curtíssimo prazo. Quanto mais a Selic baixar e ficar por aí, menos problema haverá. Taxa quase zero em breve?
Essa entidade de propósito específico, um fundo ou quase-banco dentro do Banco Central, pode levar calotes. "Pode. Assim como o Tesouro, se recorrer a plano similar. Vamos pensar nisso depois da calamidade. A vantagem é que, com o BC, o sistema funcionaria já, de modo ágil", diz Barbosa, que foi secretário de Política Econômica e ministro da Fazenda nos anos petistas.
Empresas e famílias pagam por mês cerca de R$ 77 bilhões a todos os empregados com carteira assinada (a massa de rendimentos, que soma ainda servidores públicos, informais, por conta própria e empregadores, é de R$ 217 bilhões mensais, na conta do IBGE).
Chutando que metade da folha com CLT esteja sob risco por três meses, seria preciso começar com um fundo de mais de R$ 115 bilhões.
Vinicius Torres Freire - Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
| Folha de S.Paulo | | | Pesquisa foi feita pelo sindicato do setor e pelo Datafolha
Bolso Só 11% das micro e pequenas indústrias paulistas têm capital de giro suficiente para manter a atividade por mais de um mês, segundo pesquisa do Simpi-SP (sindicato do setor) feita pelo Datafolha em fevereiro.
Abismo Joseph Couri, presidente do Simpi, afirma que o dado demonstra o risco de demissões e quebradeira geral, além da importância de expandir acesso ao crédito na crise do coronavírus.
| Folha de S.Paulo | | | Por três meses, governo pode bancar até 100% dos salários.
Pacote para ajudar empresas em meio à pandemia de coronavírus pode custar R$36 bi
A equipe econômica finaliza os detalhes de um pacote para ajudar na manutenção de empregos no país durante a crise do coronavírus. O valor será de pelo menos R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três meses.
Segundo informaram ao blog fontes da equipe econômica, o pacote cria faixas para que o governo subsidie progressivamente o pagamento dos salários, de forma a manter a renda dos empregados e permitir que as empresas não quebrem, em especial micro e pequenos estabelecimentos.
O plano é subsidiar até 80% dos empregos formais no país. Os valores seriam uma espécie de antecipação do seguro-desemprego, mas não iriam ser descontados dos valores a que o empregado teria direito no futuro, caso perca o emprego.
Para os trabalhadores informais, o governo criou uma espécie de voucher, que aguarda aprovação do Congresso. O valor inicial de R$ 200 reais deve ser aumentado para pelo menos R$ 300 para cada trabalhador sem renda formal.
Coronavírus: veja as medidas econômicas já anunciadas pelo governo federal e pelo BC
O novo pacote será enviado ao Congresso por meio de medida provisória, para passar a valer imediatamente e servir para as empresas poderem arcar com encargos trabalhistas já no início de abril.
Empresas menores, dos setores mais fragilizados, que estiverem fechadas e não tiverem condições de manter empregos, poderão ter 100% dos salários bancados pelo governo.
Para outras, a redução de jornada será compensada pelo fundo federal, de acordo com o valor de hora-salário do trabalhador.
Nenhum trabalhador receberá menos que um salário mínimo, afirmou uma das fontes.
A estratégia, chamada dentro do governo de um plano de “pré e pós-guerra”, é acalmar os setores produtivos e evitar demissões em massa já na próxima semana.
'Invisíveis'
Em uma teleconferência com uma instituição financeira na manhã desta quinta-feira (26), o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou que o governo se preocupa em melhorar o atendimento aos trabalhadores informais e pessoas que recebem benefícios de programas sociais.
Segundo ele, o foco prioritário no momento é melhorar a eficiência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para que os benefícios sejam concedidos com agilidade e não haja a necessidade de que beneficiários se dirijam fisicamente até as agências.
“O INSS é um dos maiores pagadores de benefícios do mundo, mas atende as pessoas mais vulneráveis do país. Preocupa muito a ida das pessoas até as agências, então é preciso lembrar que todos os serviços são virtuais hoje”, afirmou.
Bianco disse que há 10 milhões de pessoas “invisíveis” atualmente, que são aquelas que nunca deram entrada em programas do governo e, por isso, não fazem parte de cadastros. Atingir essas pessoas, muitas sem contas bancárias, é um desafio para a equipe do governo.
Bianco ouviu de gestores e empresários que já na próxima semana podem ocorrer demissões em massa, porque as empresas não terão recursos para pagar salários.
O secretário afirmou que ainda nesta semana o governo deverá enviar ao Congresso a medida provisória com ações para defender empregados e empregadores. “Não demitam, confiem no governo”, pediu Bianco.
| G1 | | | | Redução acontece em cenário de retração do emprego e do nível de atividade, por conta da crise do coronavírus. Nas últimas semanas, BC anunciou injeção de bilhões de reais em liquidez no sistema financeiro.
O crédito bancário deve registrar um crescimento menor em 2020. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Banco Central por meio do relatório de inflação do primeiro trimestre.
No documento, o BC informa que a previsão passou de uma expansão de 8,1% do crédito bancário para 4,8%. Assim, a instituição passa a estimar uma desaceleração em 2020, com uma alta menor do que a registrada no ano passado – que foi de 6,5%.
A redução da projeção ocorre apesar das injeções de bilhões de reais no sistema financeiro anunciadas pela instituição nas últimas semanas para combater os efeitos da crise do coronavírus.
De acordo com o Banco Central, a previsão de alta no crédito para as pessoas físicas em 2020 passou de 12,2% para 7,8%, enquanto que no saldo a pessoas jurídicas aprevisão de crescimento recuou de 2,5% para 0,6% neste ano.
"De forma geral, a projeção de menor crescimento do saldo de crédito reflete cenário substancialmente mais desafiador para a atividade econômica diante da pandemia de coronavírus (COVID-19), haja vista a elevação de incertezas no ambiente econômico internacional e a expressiva queda nas expectativas de crescimento para o Brasil em 2020", informou o BC.
O Banco Central também observou que o ajuste nas projeções de 2020 concentrou-se majoritariamente nas operações de crédito financiadas com recursos livres (que desconsideram os empréstimos do BNDES, rurais e habitacionais). Segundo a instituição, estas operações são "mais sensíveis ao ciclo econômico e que tiveram crescimento expressivo nos últimos anos".
Bancos com mais recursos em caixa
A queda na previsão para o crédito das instituições financeiras foi registrada em um momento no qual o próprio BC tem inundado o sistema financeiro nacional com mais liquidez (recursos em caixa) para que os bancos possam combater os efeitos da pandemia do coronavírus.
No começo desta semana, a autoridade monetária informou que, se forem consideradas medidas já adotadas e outras ainda em estudo, a estimativa é que possa ser injetado R$ 1,216 trilhão em liquidez no mercado financeiro.
| G1 | | | | Simulações mostram que o PIB brasileiro é mais sensível ao PIB chinês do que ao do restante do mundo
Em razão dos efeitos da crise do coronavírus no país e no mundo, o Banco Central revisou a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 para zero, de acordo com o relatório trimestral de inflação.
O relatório anterior, divulgado em dezembro do ano passado, estimava um aumento de 2,2%.
"A alteração da projeção está associada, principalmente, a impactos econômicos expressivos decorrentes da pandemia de Covid-19. Adicionalmente, resultados abaixo do esperado em indicadores econômicos no final de 2019 e início de 2020 afetaram a expectativa de desempenho da atividade no primeiro trimestre", diz o relatório.
Segundo o documento, "em termos de trajetória, a projeção para o PIB anual considera recuo acentuado do PIB no segundo trimestre, seguido de retorno relevante nos últimos dois trimestres do ano".
As simulações feitas pelo BC mostram que o PIB brasileiro é mais sensível ao PIB chinês do que ao do restante do mundo. "No contexto atual, em que as revisões para baixo nas projeções de crescimento em 2020 são maiores para a China que para o restante do mundo, tal resultado sinaliza impacto ao redor de -1p.p. sobre o crescimento da economia brasileira", diz documento.
Na semana passada, o Ministério da Economia havia cortado a projeção oficial para o crescimento do PIB em 2020 de 2,10% para 0,02%.
O documento do BC trouxe um trecho detalhando efeitos da pandemia na economia mundial e, consequentemente, brasileira.
Aponta que, até 17 de março, quando eram 291 casos confirmados e uma morte, os principais indicadores econômicos com frequência mensal ainda não refletiam os efeitos do vírus. Enquanto em fevereiro a maior preocupação era de potenciais problemas no fornecimento de insumos importados e preocupações com a demanda externa, ao longo da segunda semana de março a atenção se voltou para a retração da demanda doméstica e as consequências das restrições impostas para conter o avanço do coronavírus.
Também como efeito da pandemia, para a inflação, o BC reduziu as estimativas para 3% em 2020, 3,6% em 2021 e 3,8% em 2022. As expectativas levam em conta taxa básica de juros (4,25%) e câmbio (R$4,75) constantes.
No relatório anterior, a projeção para era de 3,6% (2020), 3,7% (2021) e 3,9% (2022).
O crescimento do crédito também será afetado pela crise em 2020. Em comparação ao Relatório anterior, houve significativa diminuição na projeção do crescimento do estoque total, de 8,1% para 4,8%, com redução nas estimativas para as variações nos saldos tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas.
"Nesse contexto, a projeção de menor crescimento do saldo de crédito reflete cenário substancialmente mais desafiador para a atividade econômica diante da pandemia de coronavírus Covid-19, com elevação de incertezas no ambiente econômico internacional e a expressiva queda nas expectativas de crescimento para o Brasil em 2020", destaca relatório.
| Folha de S.Paulo | | | Setor privado questionava isolamento total por tempo prolongado; farpas entre Poderes causa desconforto
A discussão já tem alguns dias. Parte dos empresários começou a questionar a necessidade de um isolamento quase absoluto da população, por tempo prolongado, como melhor estratégia das autoridades de saúde para enfrentar a pandemia do novo coronavírus no Brasil.
As medidas de restrição ao trânsito de pessoas e funcionamento do comércio implementadas pelos estados afetaram por tabela operações industrias e têm efeitos ainda imprevisíveis para o crescimento. Já há economistas projetando recessão em 2020.
Para uma parcela do empresariado, a política de proteção à saúde, se mal calibrada pelos governos brasileiros, pode deixar as pessoas no isolamento por mais tempo do que o necessário para efeito de proteção contra a doença —e prejudicar de forma injustificável a economia.
Nos últimos dois dias, essa discussão, que era de caráter econômico, ganhou contornos políticos, causando enorme desconforto entre empresários de diferentes setores.
Na noite de terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu em pronunciamento nacional a retomada das atividades e o isolamento apenas de grupos de risco, contrariando infectologistas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e governadores dos estados.
Na tarde desta quarta-feira (25), foi a vez do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em resposta a Bolsonaro, Maia atribuiu a pressões do mercado financeiro os movimentos em defesa do fim de medidas menos rigorosas de enfrentamento à pandemia.
“A gente não pode deixar de cuidar das pessoas porque as pessoas estão perdendo dinheiro na Bolsa de Valores”, disse Maia em reunião do fórum de governadores, que reuniu gestores de 26 estados.
Entre os grandes empresários ouvidos pela reportagem, a maioria do setor produtivo, essas trocas de farpas políticas estão atrapalhando, tanto o combate à doença quanto ações em favor da economia.
Para o vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e presidente da Abiplast (associação da indústria do plástico), José Ricardo Roriz Coelho, “o momento atual exige convergência e união de forças para mitigar o problema humanitário do vírus”.
O empresário se disse surpreso com a fala de Bolsonaro. Segundo ele, “deixa a população mais ansiosa e preocupada. De um lado, há empresários com os negócios parando e sem dinheiro para pagar contas. De outro, uma população que não quer correr riscos e tem recomendações para ficar em casa”.
“Seria bom que o Executivo se entendesse com o Congresso e com os governadores para ter uma posição única no enfrentamento do problema. Precisamos de um rumo.”
O empresário Ricardo Lacerda, sócio-fundador do BR Partners Banco de Investimento, nem discute questões econômicas. Está no grupo que acredita ser melhor seguir a orientação da OMS. “Não é hora de inventar, é hora de proteger vidas. O resto trabalharemos para recuperar depois”, afirma o banqueiro.
Alguns, porém, acham que o país precisa encontrar uma forma de atender ao mesmo tempo saúde e economia. Essa é a avaliação do empresário Rubens Menin, fundador da incorporadora MRV e sócio de negócios em vários segmentos, como o Banco Inter e o canal de televisão CNN Brasil.
“O que a gente precisa entender agora é como compatibilizar, com inteligência, a curva de crescimento da doença com a capacidade hospitalar. Feito isso, podemos avançar. Um dia, a economia precisa voltar. E, quanto mais cedo for, sem prejuízo das pessoas, melhor será”, afirma.
Menin diz ter agora duas preocupações: não deixar quebrar a rede de distribuição que leva insumos e produtos para manter o abastecimento, e preservar pequenas e médias empresas. Ele afirma, porém, que vai ser difícil fazer isso com a escalada de conflitos políticos.
“A briga entre Poderes atrapalha os negócios, mas atrapalha ainda mais a população, que fica desnorteada. Ela vê uma autoridade falar uma coisa e outra falar outra”, diz.
“Precisamos unificar o discurso. O Brasil é o único país em que está acontecendo essa desunião. Isso é ruim. Todos os outros países têm discurso unificado. Até os Estados Unidos, onde o presidente é mais polêmico, está unificado”, afirma.
Abilio Diniz, da Península Participações, também pediu união ao participar de evento virtual promovido pela corretora XP nesta quarta.
“O Brasil tem que voltar a crescer. Só precisa de uma solidariedade em todos os Poderes. Mas tem gente consciente que vai fazer o que tem que fazer. O [Paulo] Guedes [ministro da economia] vai botar dinheiro”, disse, em referência a medidas anticíclicas do governo federal.
Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan, considera pouco 15 dias de quarentena, embora diga entender as preocupações dos empresários.
“De um lado, você não pode deixar a máquina econômica parar de girar porque senão vai ser muito ruim para todo o mundo. E, ao mesmo tempo, precisa dimensionar com correção quais são os efeitos reais desse vírus”, diz o empresário.
Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan - Bruno Poletti - 3.set.14/Folhapress
Para Luiz Urquiza, diretor-executivo da rede de academias Bodytech, a prioridade deve ser seguir as recomendações da OMS, mas as autoridades devem ter um plano claro de saída da crise. Ele cobra prazos e previsibilidade.
“Temos que ter uma perspectiva sobre como retomar a atividade econômica em um país com proteções sociais tão frágeis”, diz. Sua empresa, que emprega 5.000, colocou os funcionários em férias coletivas por 15 dias, prorrogáveis por mais 30.
Tayguara Helou, presidente do Setcesp (sindicato das transportadoras de São Paulo) e diretor da Braspress, é um dos críticos do isolamento de toda a população.
“Não podemos nos dar ao luxo de fazer o isolamento total, tem de ser o parcial [de pessoas de grupos de risco]. Temos uma situação econômico-social muito diferente de países como a Itália, que adotaram a quarentena”, afirma.
Para ele, um “lockdown” (bloqueio, em inglês) no país causaria demissões em massa e grande prejuízo econômico.
“Já vimos uma queda na demanda no setor das transportadoras, que é responsável pela logística de matéria-prima, embalagens, insumos e produtos finais. A maioria das empresas não aguenta 30 dias nesse cenário [de isolamento]”, afirma ele.
A Braspress, que tem 6.000 funcionários, tem dado férias a parte dos empregados e aumentado a utilização de terceirizados, diz.
Junior Durski, da rede de restaurantes Madero, foi um dos que criticaram publicamente medidas mais restritivas, como a proibição ao funcionamento do comércio, no combate à pandemia.
Durski recebeu críticas por ter publicado um vídeo em redes sociais em que dizia, por exemplo, “não podemos [parar] por conta de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer [em decorrência do coronavírus].” Em seguida, pediu desculpas e disse ter sido mal interpretado.
À Folha o empresário, que declarou o voto em Jair Bolsonaro em 2018 e é sócio de Luciano Huck, reiterou oposição ao isolamento total.
“Essa quarentena horizontal, a cada dia que passa, tem consequências grandes. Eu duvido que o Brasil aguente 15 dias sem que as pessoas se desesperem, vai faltar dinheiro para comprar comida.”
No Madero, ele diz que as vendas caíram 88% em relação ao nível pré-isolamento.
“Abrimos apenas para entregas. Temos caixa para manter nossos 8.000 empregados por três meses, mas a maioria dos restaurantes quebra em duas semanas”, afirma Durski.
O empresário diz concordar com o pronunciamento de Bolsonaro e que o presidente faz um bom governo. “Eu penso exatamente igual, tem que voltar ao trabalho.”
Afranio Barreira, sócio da rede de restaurantes Coco Bambu, também afirma estar preocupado com as consequências econômicas da paralisação das atividades.
“Eu entendo as premissas das organizações de saúde, elas estão corretas, mas, se mantivermos as empresas fechadas para além do fim do mês, muitas delas vão ter de demitir em massa. Eu estou muito preocupado porque a maioria da população recebe de manhã e gasta à tarde, não tem poupança”, diz.
Na rede, que fatura R$ 1 bilhão ao ano, segundo o empresário, as vendas caíram em torno de 80%.
“Estamos trabalhando com serviço de delivery e equipe reduzida e temos reserva de caixa, não vamos demitir os funcionários”, afirma.
Marcílio Pousada, diretor-executivo da RaiaDrogasil, de farmácias, afirma que mesmo o seu segmento, que sentiu impacto positivo nas vendas com a alta procura por máscaras e álcool em gel, sofre retração de demanda com o isolamento social.
Para ele, é importante manter o isolamento para conter a pandemia, especialmente as do grupo de risco.
“Deveria existir mais colaboração como um todo, mais trabalho em conjunto [das autoridades].”
| Folha de S.Paulo | | | Apoio fiscal direcionado a famílias vulneráveis e pequenas empresas é importante, para que elas sobrevivam e possam voltar ao trabalho
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que a economia global deve se contrair em 2020 e se recuperar no ano seguinte, mas que a escala e duração da recessão vão depender da eficácia das ações de contenção do coronavírus e das medidas fiscais e monetárias adotadas pelos governos. "Vamos superar esta crise juntos", destacou em nota, após participar da teleconferência de líderes do G-20.
Segundo Georgieva, o apoio fiscal direcionado a famílias vulneráveis e pequenas empresas é particularmente importante, para que elas sobrevivam e possam voltar ao trabalho. "Senão, elas levarão anos para superar os efeitos de disseminadas falências e demissões", pontuou.
Ela também convocou a comunidade internacional a ajudar as economias emergentes e em desenvolvimento, que, em sua avaliação, estão sendo afetadas por "dramáticas" fuga de capitais e escassez de liquidez. "O FMI tem uma considerável e forte capacidade financeira de US$ 1 trilhão para colocar à disposição desses países", disse.
| EM.com | | | |
Sindicatos não registraram desligamentos em massa, mas há quem inicie a quarentena sem trabalho
Enquanto a ajuda não vem, os cortes vão começando. Antes mesmo de a quarentena obrigatória contra a pandemia do coronavírus começar em São Paulo, comerciantes e prestadores de serviços já sentiam os efeitos da crise econômica que, dia a dia, fica mais evidente —se não o tamanho da queda, mas a inevitabilidade dela.
No grupo Eme, da chef Renata Vanzetto, a decisão por demissões veio no início da semana passada, quando ficava claro que a chegada da pandemia ao Brasil deixaria dificuldades. Dos 125 funcionários do grupo, 25 que ainda estavam em fase de experiência foram dispensados.
Dos 100 que continuam no grupo, 80 estão em casa e os demais estão trabalhando com delivery. A chef diz que, sem algum tipo de ajuda do governo, não haverá condições de continuar.
O grupo tem cinco casas (Me Gusta, Ema, Matilda, Muquifo e Mé) e, em média, já está com faturamento 80% menor. Como os ganhos com delivery não cobrem todos os custos, em algumas, como no restaurante Ema, ela optou por suspender também as entregas.
“Não tenho como manter pagamento sem faturamento nenhum. Para continuar, estou dependendo totalmente de alguma medida do governo, como aconteceu em outros países. Eu não quero demitir mais ninguém da minha equipe, mas se continuar assim não tem solução. Uma hora a gente vai falir”, diz.
Outros setores também já demitem.
Marcela Colombo, 36 anos, trabalhou por quatro anos em uma agência de trade marketing, na qual atuava no treinamento de promotores e demonstradores. Além dela, outros seis colegas do RH e do treinamento foram cortados na semana passada.
“Com o coronavírus, esse trabalho de degustação praticamente morreu. As empresas deixaram de demandar, os projetos de Páscoa acabaram e eles acharam melhor cortas”, diz.
Também na semana passada, Daniela Tesolin, 40, recebeu a informação de que seu contrato com uma rede de restaurantes seria suspenso. Nos últimos dois anos, ela prestava serviço montando a programação musical desses espaços.
Antes, conta Daniela, os músicos, também eles autônomos, foram dispensados. “Primeiro, o movimento diminuiu muito, depois veio a obrigação de fechar. Quem sabe depois que normalizar eu volto.”
À ESPERA DE AJUDA
O Sindicato dos Comerciários da capital fechou acordos com os grupos patronais para que se privilegie a concessão de férias coletivas ou individuais e uso de banco de horas antes da opção pela demissão.
No comércio, a esperança é de alguma medida tomada pela equipe econômica chefiada por Paulo Guedes.
O assessor econômico da Fecomércio, Jaime Vasconcellos, diz que as empresas ainda não estão demitindo, mas essa situação deve mudar se não houver alguma medida que permita aliviar o impacto de pagamentos de salários e prazo maior para pagar ICMS e impostos federais.
A combinação de lojas fechadas, serviços parados e pessoas em casa deve ter um efeito em cascata para o setor.
“No momento, as empresas ainda não estão demitindo. Mas sem receita, não tem jeito”, diz Vasconcellos. O economista afirma que o impacto mais forte deverá recair sobre o varejo de bens duráveis como materiais de construção e automóveis.
Ele diz que, apesar de serem esses os setores mais afetados, outros segmentos, como o varejo de eletroeletrônicos, também vão sentir. Mesmo que tenham maior aderência no comércio online, principalmente as grandes redes, a queda na renda média deve ter efeitos em toda a cadeia de comércio e serviços.
“Em momentos como esses, as famílias vão direcionar a renda para bens essenciais”, diz.
Para Vasconcellos, as medidas efetivadas pelo governo até agora, com a flexibilização nas regras de concessão de férias e banco de horas, são muito positivas, mas não serão suficientes para segurar o setor por muito tempo.
MONITORAMENTO
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo diz não ter registrado demissões em massa, mas segue monitorando a situação. O presidente do sindicato, Ricardo Patah, que também comanda a UGT (União Geral dos Trabalhadores), diz que pelo menos 100 mil empresas estão aguardando o governo.
As centrais sindicais vêm defendendo que o governo use o momento para cortar salários de servidores que ultrapassem o teto constitucional, suspensa o pagamento da dívida pública e regulamente a tributação de grandes fortunas, como meio de gerar caixa para bancar salários, criar benefícios a autônomos e trabalhadores informais e socorrer empresas.
Os representantes dos sindicatos dizem nunca ter sido chamados a conversar.
O governo Bolsonaro promete novas medidas de apoio à economia. Na terça-feira, o presidente criticou medidas de isolamento.
| Folha de S.Paulo | | |
Pandemia do coronavírus fecha agências e amplia os serviços disponíveis pelo site do instituto
Quase todos os serviços do INSS já podem ser solicitados e acompanhados a distância pelo segurado, por meio do site ou do aplicativo de celular Meu INSS.
O sistema permite que o segurado encaminhe a documentação necessária sem precisar comparecer a uma unidade do INSS.
Com a pandemia do novo coronavírus, o instituto anunciou que suas agências estarão fechadas até 30 de abril, podendo ampliar este prazo, para evitar a propagação da doença.
Segundo o INSS, os servidores que vão trabalhar em regime de teletrabalho, terão metas de desempenho, "o que garantirá ao segurado maior agilidade na análise dos requerimentos".
Com o fechamento das agências, o INSS vai liberar os segurados da perícia médica presencial para requerer auxílio-doença e BPC (benefício assistencial), transferindo esses serviços também para o Meu INSS.
Segundo o instituto, a análise será só com o atestado médico do trabalhador doente. A ferramenta para envio do atestado médico, porém, ainda será disponibilizada no Meu INSS.
O órgão afirma que a habilitação do sistema ocorrerá somente após votação de projeto de lei, que será analisado pelo Congresso.
"Aos segurados que ainda precisam marcar uma perícia, esclarecemos que o agendamento pode ser feito normalmente pelo Meu INSS ou pelo telefone 135", esclarece, em nota.
"O segurado deve aguardar a disponibilização da ferramenta no Meu INSS para o envio do atestado", completa o INSS.
De acordo com relatos de advogados previdenciários e de segurados, o Meu INSS tem apresentado falhas. Segundo a advogada Adriane Bramante, do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), o sistema de recursos voltou a funcionar nesta terça-feira (23). "Ficou desde sexta [20] indisponível", diz.
O INSS afirma, porém, que "não foi reportada nenhuma falha no aplicativo".
AGÊNCIAS DO INSS FECHADAS | VEJA COMO SER ATENDIDO PELA INTERNET
-
O portal Meu INSS está disponível no site meu.inss.gov.br ou por aplicativo para Android e IOS
-
O acesso é feito por meio do Login Único do Governo Federal
-
Caso já tenha uma senha, clique em “Entrar”
Se não tem senha
-
Escolha a opção para cadastrar uma senha
-
Digite seu CPF, nome completo, telefone e e-mail no formulário
-
Clique em “Eu não sou um robô” e aceite os termos de uso
-
Responda as perguntas corretamente
Com esse Login Único o usuário terá acesso não só ao Meu INSS como a todos os serviços públicos digitais do Governo Federal
Serviços disponíveis no Meu INSS
Segundo o INSS, 90 dos 96 serviços do instituto são feitos pelo Meu INSS. Entre eles:
-
Pedido e acompanhamento do pedido de aposentadorias, benefício assistencial e pensão por morte
-
Pedido e acompanhamento do salário maternidade urbano
-
Acesso ao Cnis (extrato previdenciário)
-
Acesso ao extrato de empréstimo consignado
-
Acesso ao extrato para Imposto de Renda
-
Acesso à carta de concessão do benefício
-
Agendamento e resultado de perícia médica
-
Consulta à revisão de benefício – artigo 29
-
Pedido de recurso de benefício por incapacidade
-
Pedido de revisão do benefício
-
Pedido de cessação de benefício por óbito
-
Cadastro ou renovação de representante legal
-
Atualização de dados cadastrais do beneficiário
-
Solicitação de pagamento de benefício não recebido
-
Bloqueio/desbloqueio do benefício para empréstimo
-
Acesso à certidão para saque de PIS/PASEP/FGTS
-
Solicitação de exclusão de empréstimo consignado
-
Cadastro de pensão alimentícia
-
Cálculo de contribuição em atraso, emissão e/ou cálculo de GPS
-
Atualização de dados cadastrais
Documentos
-
Os documentos necessários para o requerimento depende de cada serviço ou benefício
-
No geral, o segurado precisa dos documentos pessoais e carteira de trabalho
-
Além deles, cada benefício pode ter um documento específico, como certidão de nascimento da criança, no caso de salário maternidade, e atestado de óbito, na pensão por morte
Como incluir os documentos
-
Antes de acessar o sistema para protocolar os requerimentos, organize e digitalize toda a documentação, pois o sistema expira ao ficar inativo por algum tempo
-
A documentação deve estar no formato de arquivo PDF. Se o documento não for o original, a cópia precisa estar autenticada.
-
Digitalize os documentos seguindo a ordem informada pelo INSS para o benefício que será solicitado
-
Sempre que possível, o segurado deve digitalizar os documentos em um arquivo único, para que o atendente não tenha que baixar cada um deles, facilitando a análise. O anexo não pode ultrapassar o tamanho de 30 MB
Para acompanhar o pedido, o segurado pode clicar em “Agendamento/Solicitações”
Esse é o primeiro item da seção de serviços sem senha, em destaque na tela que aparece para o usuário que entra no site
Perícia médica
-
Por causa da pandemia do novo coronavírus, o INSS dispensou o segurado de comparecer em uma agência para a perícia médica
-
A análise de requerimentos de auxílio-doença e BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoa com deficiência será por meio do atestado médico, enviado pelo Meu INSS
-
No entanto, o sistema ainda não está habilitado para receber o requerimento e os documentos
-
De acordo com a Secretaria de Previdência, por meio do INSS, o Projeto de Lei deve ser enviado ao Congresso nos próximos dias. Após o envio, serão divulgados os detalhes para a implantação das medidas
| Folha de S.Paulo | | | Ministro do STF atendeu pedido do Conselho Federal da OAB. Em meio à pandemia do coronavírus, governo havia suspendido prazo para resposta aos pedidos.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quinta-feira (26) o trecho da medida provisória que alterou, em razão da pandemia do novo coronavírus, regras da Lei de Acesso à Informação.
A suspensão determinada pelo ministro vale até decisão definitiva do plenário, o que não tem prazo para ocorrer.
A Lei de Acesso à Informação, aprovada em 2011, regulamenta o trecho da Constituição que estabelece que é direito de qualquer cidadão receber, do poder público, informações de interesse da sociedade.
Segundo o texto da MP, que estava em vigor e agora foi suspenso, em meio à pandemia do novo coronavírus, a suspensão vale para demandas feitas a órgãos ou entidades da administração pública cujos servidores estejam sujeitos a regime de quarentena, teletrabalho ou equivalentes e que, necessariamente, dependam de:
- acesso presencial de agentes públicos encarregados da resposta; ou
- agente público ou setor prioritariamente envolvido com as medidas de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus
Para o ministro Alexandre de Moraes, não se pode afastar o princípio da publicidade e da transparência.
“Na hipótese em análise, ao menos em sede de cognição sumária, fundada em juízo de probabilidade, entendo presentes os requisitos para a concessão da medida cautelar pleiteada, pois o artigo impugnado pretende transformar as exceções – sigilo de informações – em regra, afastando a plena incidência dos princípios da publicidade e da transparência”, decidiu.
Governo suspende prazos da Lei de Acesso à Informação por causa do coronavírus
Ainda na decisão, o ministro do Supremo afirmou que a Constituição assegura que a sociedade esteja informada corretamente sobre ações do poder público.
“A participação política dos cidadãos em uma Democracia representativa somente se fortalece em um ambiente de total visibilidade e possibilidade de exposição crítica das diversas opiniões sobre as políticas públicas adotadas pelos governantes”, frisou o ministro.
| G1 | | | |
Presidente da Câmara atribuiu a defesa de medidas menos restritivas de enfrentamento ao coronavírus a pressões do mercado financeiro
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atribuiu nesta quarta (25) a pressões do mercado financeiro os movimentos em defesa do fim de medidas menos rigorosas de enfrentamento à pandemia do coronavírus.
"A gente não pode deixar de cuidar das pessoas porque as pessoas estão perdendo dinheiro na Bolsa de Valores", disse Maia em reunião do fórum de governadores, que reuniu gestores de 26 estados.
O deputado pediu aos governadores que elenquem projetos prioritários para análise do Legislativo que tenham impacto econômico de curto prazo no combate à pandemia do coronavírus e sugeriu que os governadores não entrem no debate sobre romper as medidas de isolamento social nos estados.
"Acho que a gente tem que sair desse enfrentamento sobre abrir ou não abrir, sair do isolamento ou não sair, porque isso nada mais é do que a pressão de milhares de pessoas que aplicaram seus recursos na Bolsa, acreditaram no sonho, na prosperidade da Bolsa a 150 mil pontos. Ela está a 70 mil por vários problemas. E a gente não pode deixar de cuidar das pessoas porque as pessoas estão perdendo dinheiro na Bolsa de Valores", disse.
"Porque esta é a pressão que vem acontecendo, do meu ponto de vista, nos últimos quatro, cinco dias. Começou com aquele jornal Brazil Journal e aí foi ampliando, a gente foi vendo parte do mercado caminhando... mas eles são assim, né. Eles vivem de estatística. Todos nós, que fazemos política, vivemos das vidas. Então é isso que nós temos que saber equilibrar, a vida com os empregos", continuou o presidente da Câmara.
A reunião da qual participou Maia foi proposta na noite de terça (24) por governadores logo após o pronunciamento de Jair Bolsonaro em cadeia de rádio e televisão no qual o presidente defendeu o fim do isolamento social.
Em seu discurso, Bolsonaro atacou governadores, a imprensa, e criticou medidas como o fechamento de escolas e comércios.
Diversos estados têm adotado medidas que restringem a movimentação de pessoas pela tese, defendida por especialistas, de que as iniciativas podem conter a transmissão do vírus.
Maia foi chamado ao encontro porque governadores avaliaram que precisavam estabelecer um canal direto com o Legislativo, onde projetos de seus interesses serão votados, em meio a um desgaste profundo na relação com o governo federal.
Após participar da reunião com os chefes de Executivos estaduais, em coletiva na noite desta quarta (25), Maia reforçou seus argumentos sobre a pressão do mercado financeiro.
“O que eu acho que está acontecendo é que está tendo uma pressão muito grande de investidores preocupados com as suas perdas que querem impor ao Brasil, aos brasileiros, uma realidade que não está acontecendo em nenhum país do mundo”, afirmou.
Para o deputado, colocar a vida de brasileiros em risco por causa da pressão desses investidores é um equívoco.
“Acredito que a vida de cada um de nós, os empregos dos brasileiros, nada disso pode virar uma mera estatística na mão daqueles que têm interesse legítimos, mas têm interesses em investimentos de risco e especulação e que precisam entender que o risco é para você ganhar e é para você perder”, afirmou.
Maia ressaltou ainda que o governo precisa oferecer à sociedade previsibilidade. Desta forma, seria possível avaliar, junto com governadores, se já é o momento adequado para sair do isolamento ou se é preciso manter a restrição.
Na reunião, Maia ainda disse que o Executivo prometeu editar até no máximo esta quinta (26) a nova medida provisória que vai regulamentar a suspensão do contrato de trabalho tendo o seguro-desemprego como contrapartida aos trabalhadores durante o a pandemia do novo coronavírus.
O deputado contou que avisou o governo que se o prazo não fosse cumprido, o próprio Congresso legislaria sobre a questão.
"[O governo] Prometeu e eu disse a eles que se não acontecesse isso, o Congresso ia legislar porque a gente não podia deixar esse assunto ficar avançando sem uma solução. Fica parecendo que eles estão esticando a corda exatamente para que parte da sociedade acabe indo para a rua e fique num estado de maior pânico em relação aos próximos passos", disse.
Maia pediu aos governadores que separassem as medidas de curto prazo e médio prazo e enviassem a ele três propostas prioritárias.
"Vocês sabem que o ambiente do Parlamento também com o governo não é dos melhores, então tudo o que nós pudermos em conjunto organizar no curto prazo facilita muito", afirmou o deputado.
O presidente da Câmara disse que o Congresso tentaria votar nesta quarta (25) o projeto do governo de fazer um envio mensal a trabalhadores informais, mas que o valor a ser previsto será maior do que os R$ 200 propostos pelo governo.
Deputados e senadores defendiam um repasse de no mínimo R$ 500 aos informais durante o estado de emergência decretado pelo governo diante da pandemia do coronavírus.
O chamado plano Mansueto, que propõe o socorro financeiro da União em troca da adesão de estados a medidas de ajuste fiscal, foi elencado pelos governadores como uma prioridade para ser votada pelo Parlamento neste período.
Segundo Maia, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, responsável pelo projeto, ficou de mandar até esta quinta (26) a versão final da proposta para que a Câmara tente votá-la até a semana que vem.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 25-03-2020) | | | | BMW, Mini, Hyundai, Kia, Peugeot e Citroën já flexibilizaram regras com novas tolerâncias de tempo e quilometragem por causa da quarentena
Fabricantes estão aumentando prazos de revisão e garantia de seus veículos por causa do período de isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19, doença provocada pelo coronavírus. BMW, Mini, Hyundai, Kia, Peugeot e Citroën já anunciaram extensões de tempo e quilometragem para seus carros.
As novas regras têm pequenas variações de uma marca para a outra e poderão ser estendidas como consequência de possível ampliação da quarentena.
Os donos de Mini e de carros ou motos BMW terão reparos cobertos até 30 dias após o fim da garantia contratual. A condição vale para os veículos cuja garantia vença entre 23 de março e 24 de abril. O período será reavaliado e poderá ser alterado se for preciso.
O BMW Group também vai adotar como tolerância para realização das manutenções o prazo de 30 dias ou 1,2 mil quilômetros. Para os carros BMW ou Mini eles serão contados a partir da indicação-limite do CBS (sistema de alerta eletrônico integrado a esses veículos). No caso das motos, o parâmetro será o limite de tempo ou quilometragem (o que ocorrer primeiro) indicado no manual do proprietário. A recomendação é que o cliente agende previamente o atendimento nas redes BMW e Mini.
Na Hyundai Motor Brasil, as garantias e revisões da linha HB20 ou Creta com vencimento a partir de 10 de março de 2020 serão asseguradas até 30 de abril de 2020, com possibilidade de prorrogação. A tolerância de quilometragem destes Hyundai também será ampliada em 2 mil km, mas o veículo deverá passar por inspeção na rede autorizada se a margem for ultrapassada.
A Kia seguiu caminho semelhante e está ampliando pelos próximos três meses as tolerâncias de quilometragem e de tempo para todo o plano de revisões periódicas. O limite de quilometragem foi dobrado para os automóveis, passando de 1,5 mil km para 3 mil. No minicaminhão Bongo K2500 esse limite triplicou, passando de 500 para 1,5 mil km.
Já a regra de tempo corrido (atualmente de 12 meses contados a partir da compra ou última revisão) terá um acréscimo de três meses para todos os Kia durante o período de enfrentamento da pandemia.
“São pequenas medidas que conseguimos oferecer durante essa situação crítica, pensando em minimizar os impactos na rotina e tranquilizar os clientes”, afirma o diretor técnico da Kia Motors do Brasil, Gabriel Loureiro.
Na Nissan, as revisões periódicas realizadas a cada 10 mil km tiveram sua tolerância temporariamente estendida de mil para 3 mil km. E o limite de tempo dessa tolerância, que era de 12 meses, também foi ampliado em três meses. A fabricante informa que essa alteração emergencial do plano de manutenções poderá ser revisada a qualquer momento, de acordo com a necessidade do mercado.
Na PSA Peugeot Citroën, os prazos de planos de revisão e manutenção de todos os veículos em garantia aumentaram em três meses e/ou 3 mil km. A medida vale desde 17 de março. E os veículos que estiverem perto do fim da garantia estarão cobertos em até um mês após a data-limite.
No caso de automóveis em garantia e que sofram pane sem possibilidade de reparo no local, a assistência 24 horas será responsável por organizar a volta do cliente até sua casa e fazer o deslocamento do veículo para a concessionária ou mesmo para a garagem do consumidor.
| Automotive Business ( publicado em 25-03-2020) | | | | Kit com sensor e display detecta e alerta sobre carros, pedestres e mudança de faixa; pode ser instalado por R$ 4 mil
O sistema de sensor e alerta de segurança da Mobileye, que já vinha sendo oferecido para caminhões e ônibus, agora também pode ser instalado em automóveis no Brasil. A FFTech, importadora oficial dos produtos da empresa israelense no mercado brasileiro, recentemente também passou a vender os dispositivos para veículos leves no pós-venda, em concessionárias e lojas de assessórios.
O kit da Mobileye pode ser instalado por cerca de R$ 4 mil, incluindo um sensor que é fixado no para-brisa atrás do retrovisor e um pequeno display acima do painel do carro, que emite alerta sonoro e visual sempre que detecta carros ou pedestres à frente, evitando possíveis colisões ou atropelamentos para motoristas mais distraídos. O dispositivo também monitora e avisa quando o carro muda de faixa, lê as placas de velocidade máxima, calcula distâncias entre veículos e prevê impactos antecipadamente, atuando como um olho eletrônico.
Fundada como uma startup em Israel em 1999 e comprada pela gigante Intel em 2017, a Mobileye tem uma série de acordos de parceria com fornecedores de sistemas avançados de assistência ao motorista e fornece seus sensores diretamente a algumas montadoras. Calcula-se que seus dispositivos equipam cerca de 50 milhões de veículos no mundo. No Brasil o kit da Mobileye não é fornecido diretamente aos fabricantes de veículos, só é oferecido no pós-venda, por isso paga imposto de importação cheio e tem custo mais elevado.
“A redução do imposto poderia garantir a instalação na frota já existente e não só nos modelos mais luxuosos que saem das fábricas com o equipamento. Os consumidores também ficam mais protegidos se mais veículos tiverem o dispositivo instalado para evitar acidentes. Até mesmo os motoristas de aplicativos ou táxis teriam mais acesso, gerando uma maior segurança aos passageiros”, defende Celso Gitelman, CEO da FFTech, representante exclusivo da Mobileye no Brasil.
Se fosse fornecido diretamente às montadoras, os sensores da Mobileye possivelmente poderiam ser enquadrados nos incentivos do Rota 2030, programa de desenvolvimento da indústria automotiva no País que prevê a isenção de impostos para componentes sem fabricação nacional.
No ano passado, a FFTech apresentou o kit de segurança para caminhões em seu estande na Fenatran. Com o crescimento das vendas do dispositivo no mercado brasileiro, que saltaram de 2 mil unidades em 2018 para cerca de 8 mil em 2019, Gitelman afirmou que estava em estudo a instalação de uma fábrica da Mobileye no Brasil, possivelmente no segundo semestre deste ano, com parte do investimento bancado pela empresa israelense. Contudo, o atual cenário de recessão econômica trazido pela pandemia de coronavírus poderá atrasar o projeto.
| Automotive Business | | | | Para ajudar a deter o avanço da Covid-19 no Brasil, montadoras começam a promover ações junto com força-tarefa do governo
O ministério da Economia, em parceria com o Senai, a Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin) e algumas montadoras, vai criar uma força-tarefa com o objetivo de reparar todos os aparelhos de respiração auxiliar inoperantes no País. O equipamento é fundamental no tratamento de pacientes graves infectados com o novo coronavírus. A General Motors do Brasil vai liderar esse movimento, que será coordenado por Carlos Sakuramoto, gerente de inovação da empresa.
“Neste momento, em paralelo ao levantamento que está sendo feito do número, localização e modelo dos equipamentos parados, estamos treinando virtualmente nosso corpo técnico voluntário e preparando salas nas operações da GM no Brasil para realizarmos os reparos na semana que vem”, explicou Sakuramoto. De acordo com a montadora, foram encontrados mais de 3 mil aparelhos que não estão em operação pelo País, mas esse número pode ser maior.
A meta é reparar todos os respiradores, fornecendo a logística para buscar os aparelhos nos hospitais, encaminhá-los até a fábrica mais próxima, consertá-los (contando com a mão de obra técnica voluntária treinada pelo Senai) e depois devolver o aparelho, em perfeito estado, para o hospital de origem para ser usado por pacientes graves da Covid-19.
“Colocamos a nossa expertise, instalações e força de trabalho voluntário técnico à disposição das autoridades, este é o momento de usarmos todas as armas que temos contra esse vírus e a GM fará tudo o que está ao seu alcance para ajudar o Brasil e o mundo a passarem por esse momento difícil”, declarou Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.
VW DOA 2 MIL MÁSCARAS
Depois de anunciar que vai emprestar 100 veículos para ajudar a combater o avanço da Covid-19, a Volkswagen do Brasil comunicou que está doando duas mil máscaras de proteção facial para as administrações das quatro cidades onde possui fábrica: São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). O equipamento faz parte do estoque da montadora e normalmente é usado pelos funcionários na linha de produção.
| Automotive Business ( publicado em 25-03-2020) | | | | Empresas instaladas no Amazonas respondem por 98% das motos e 40% das bicicletas vendidas no Brasil
As paralisações no setor de duas rodas em Manaus (AM) devem atingir 13 mil trabalhadores das fábricas de motos e bicicletas em razão da pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus. As fábricas instaladas no Amazonas respondem por 98% das motos e 40% das bicicletas vendidas no País.
Segundo a Abraciclo, entidade que reúne empresas do setor, algumas associadas comunicaram paralisações até o dia 23 de abril. Na terça-feira, 24, BMW, Honda e Yamaha definiram suas paradas. A Honda, com 7 mil funcionários e quase 80% do mercado, interrompe a produção a partir de 27 de março. Além da preservação dos funcionários, a Abraciclo recorda que a medida ajudará a conter um aumento repentino dos estoques por causa da fraca demanda.
Já na quarta-feira, 25, a Harley-Davidson informou que também vai suspender temporariamente a produção de sua fábrica de Manaus a partir do dia 30 de março e assim deve permanecer até o dia 12 de abril. A medida afeta cerca de 124 pessoas, entre trabalhadores diretos, indiretos e prestadores de serviços da unidade. Em seu escritório de São Paulo a empresa colocou todos os seus funcionários em trabalho remoto (home office) incluindo as áreas de vendas, desenvolvimento de rede, pós-venda, logística, marketing, relações públicas, financeiro, TI, serviços financeiros da marca, além do SAC e a própria administração.
A Abraciclo reúne 14 associadas. Dez produzem motos: BMW, Dafra, Ducati, Harley-Davidson, Honda, JTZ, Kawasaki, Suzuki, Triumph e Yamaha. As outras quatro fabricam bicicletas: Caloi, Houston, Oggi e Sense. Em 2019 elas montaram em Manaus 1,1 milhão de motos e 900 mil bikes.
| Automotive Business ( publicado em 25-03-2020) | | | |
Iniciativa envolve outras instituições e deve contemplar unidades da Grande Florianópolis e do Vale do Itajaí Santa Catarina – A Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), está produzindo, desde a última segunda-feira, dia 23 de março, máscaras de proteção para serem utilizadas por profissionais da área da saúde.
As primeiras remessas serão entregues no Hospital Regional de São José e ao Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), de Florianópolis. De acordo com o professor Eros Comunello, do curso de Ciência da Computação e do Mestrado em Computação Aplicada, responsável pelo laboratório onde os materiais estão sendo impressos na Univali, no Campus Kobrasol, a produção dura em média 3h20, por máscara, entre a parte superior e inferior. Trata-se de um suporte, que depois recebe um acrílico. As bases são feitas na Univali, nos Laboratórios 4Vision Lab e no GIdLab, sob condução de Comunello e dos professores Marcelo Dornbusch Lopes e Michelle Silva Wangham, e entregues para o IFSC fazer a finalização.
A estrutura da máscara é a padrão disponível no mercado e as entregas serão realizadas, como doação, a partir da capacidade de produção das instituições parceiras. Em Florianópolis, a Artes & Ofícios Papelaria Técnica e Artística também doou folhas de acetato que auxiliarão na montagem da máscara completa.
A Univali deve contemplar ainda unidades da região do Vale do Itajaí, com a estrutura tecnológica do Campus Itajaí. Os professores da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia - Rudimar Luís Scaranto Dazzi, também docente do Mestrado em Computação Aplicada, e Eduardo Alves da Silva, coordenador dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação e Sistemas para Internet, estão realizando testes e devem dar início à produção, em Itajaí, ainda hoje (25).
Os professores envolvidos na produção estão trabalhando em locais isolados, na estrutura da Universidade, seguindo os protocolos de orientação para evitar o contágio do Coronavírus, com o objetivo de contribuir por meio da infraestrutura, tecnologia e conhecimento.
O projeto tem por base um modelo disponibilizado pela empresa Prusa.
Quem tiver impressora 3D e puder ajudar, nos avise. Temos uma demanda enorme. Temos um grupo que pode ajudar com mentoria para quer puder ajudar. Entre nesta rede. #juntosomosmaisfortes.
| CIMM | | | |
|
| | |
|
|