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Há nove anos o Brasil deu um grande salto em busca da gestão dos seus resíduos urbanos. Era aprovado o marco legal que estabeleceria princípios e responsabilidades relativas ao lixo gerado no país, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A aprovação da PNRS simbolizou avanço emblemático para o movimento da sustentabilidade.
A conquista foi alcançada após longo processo de debate no qual o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) desempenhou papel de destaque. O Cempre, que havia sido criado para o desenvolvimento técnico da reciclagem no Brasil, entendeu a importância da aprovação desse marco legal e promoveu o engajamento empresarial para a sua aprovação. Naquele tempo ainda não discutíamos canudinhos e economia circular, mas o Cempre já tinha consciência da importância de o Brasil ter uma legislação moderna e exequível para a gestão dos resíduos gerados.
De lá para cá, assistimos ao crescimento da coleta seletiva no país, à consolidação do modelo de cooperativas de catadores, à aprovação dos chamados acordos setoriais e ao engajamento empresarial aos compromissos da PNRS, bem como a uma maior conscientização da população em relação ao lixo de cada dia.
A estação de transbordo Ponte Pequena, que processa parte do lixo reciclável da cidade de São Paulo
Ainda há muitos desafios a serem enfrentados, como o fim dos lixões, ampliação dos sistemas de saneamento, aceleração da expansão da coleta seletiva, estabelecimento de condições econômicas para o crescimento da indústria recicladora —e, em especial, maior integração entre todos os entes que pertencem à cadeia da reciclagem.
A verdade é que a geração de resíduos cresce na medida em que nossa economia avança. Novos desafios surgirão, e soluções inovadoras também. Hoje, assistimos a um movimento crescente de substituição de embalagens descartáveis por retornáveis. Uma bela solução para a redução dos resíduos no país.
De todos os princípios estabelecidos pela PNRS, o mais relevante é o da “responsabilidade compartilhada”. Todos somos responsáveis pelos resíduos gerados. Ninguém pode se eximir disso. O grande desafio é a definição de papéis e responsabilidades.
A lei deu diretrizes para isso, mas ainda temos muito a trabalhar para que esses papéis sejam bem claros. Somente com a união de todos iremos superar os grandes desafios que um país continental como o Brasil impõe à gestão de resíduos. Diferentemente de outras nações, cuja responsabilidade geralmente recai sobre um só segmento da cadeia de valor, aqui vislumbramos a maior fortaleza de uma sociedade, a associação de esforços.
Na celebração dos nove anos de existência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, é importante que todos os brasileiros contribuam para um melhor manejo do lixo.
É fundamental deixar de lado as críticas fáceis, a reatividade para soluções inovadoras e a negação de que estamos evoluindo. Vamos arregaçar as mangas e fazer a coisa certa. Vamos cuidar, todos juntos, do nosso planeta.
| Folha de S. paulo ( publicado em 16-08-2019) | | | |
Buscando proteger suas florestas, recifes de corais e rios, em 2018, o governo de Vanuatu baniu o plástico de uso único: sacolas, canudos e embalagens de poliestireno. A pequena ilha localizada no Pacífico Sul vinha sofrendo com problemas já conhecidos e alardeados mundo afora: degradação ambiental, morte de aves, animais terrestres e marinhos por ingestão de lixo.
Mas, em pouco tempo, os efeitos das medidas restritivas já podem ser sentidos por seus cidadãos.
Um vídeo produzido pela rede britânica BBC mostra como a proibição das sacolas plásticas no comércio, por exemplo, não apenas refletiu na limpeza das águas, como também impactou na renda da população local.
"Antes, havia muito plástico. Depois da proibição, você não vê mais nenhuma sacola plástica de uso único. É tão bom. Eu amo isso", comemora Martika Tahi, representante da Sociedade de Ciência Ambiental de Vanuatu.
No entanto, há outros motivos para celebração. Como o comércio local foi proibido de distribuir sacolas, muitas mulheres passaram a se dedicar à produção de bolsas, confeccionadas com materiais naturais, segundo a tradição local.
"A proibição do plástico nos ajudou muito, especialmente com o empoderamento econômico", contou Rosalie Vatu, artesã dedicada às bolsas de palha. Segundo ela, o banimento do plástico aumentou a demanda pelo produto artesanal, que, hoje, tornou-se fonte de renda para mulheres em diversas cidades.
Inicialmente, no entanto, a proibição não foi muito bem vista e foi preciso muito diálogo. Myriam Melo, chef em um mercado local e representante do movimento 'No Plastik Plis' ('Sem plástico, por favor', em português), relatou as dificuldades iniciais para implementar as iniciativas em prol do meio ambiente:
"Na primeira vez que falamos sobre banir a sacola plástica, as pessoas ficaram zangadas. No mercado, eu tive que conversar com todas as 'mamas', foi difícil".
Hoje, equipes responsáveis pela limpeza das praias e monitoramento ambiental já sentem a diferença:
Segundo Christina Shaw, também representante da Sociedade de Ciência Ambiental de Vanuatu, as sacolas plásticas, que costumavam ser o principal item encontrado nas coletas, já tiveram sua presença reduzida no lixo.
A previsão é que, a partir de dezembro de 2019, outros itens sejam banidos: bandejas de poliestireno, redes plásticas para vegetais, copos de plásticos e de poliestireno e talheres plásticos.
Os desafios estão longe de acabar. Como ressalta Shaw, não é possível ter controle sobre as embalagens dos produtores externos. Além disso, já falamos por aqui que os países insulares do Pacífico vêm sofrendo as consequências da crise climática, embora pouco contribuam para seu agravamento.
Que essas iniciativas sirvam de alerta e inspiração.
| Greenme.com ( publicado em 19-08-2019) | | | |
Alterações nas resoluções visam deixar mais ágil o processo de licenciamento ambiental nas áreas de avicultura, bovinocultura, suinocultura, postos de combustíveis, agrotóxico, aquicultura e maricultura.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo fez mudanças nas resoluções de liberação e validade de licenças, a fim de desburocratizar o processo de licenciamento ambiental nas áreas de avicultura, bovinocultura, suinocultura, agrotóxico, aquicultura e maricultura e postos de combustíveis.
A iniciativa vinha sendo estudada desde o final de abril, quando a secretaria promoveu, em Toledo, um encontro entre seus diretores e técnicos, escritórios regionais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e as cooperativas C. Vale, Frísia, Lar, BRF, Copacol e Coopavel.
O objetivo principal foi a revisão das portarias e resoluções de licenciamento ambiental dos setores de suinocultura, avicultura, bovinocultura e piscicultura, identificando as maiores dificuldades no processo de emissão das licenças, tornando os processos mais ágeis.
Todo a tramite para a solicitação e implantação das licenças será feito 100% digital, em todos os segmentos.
AVICULTURA – Anualmente são concedidas 3.400 licenças e renovações ambientais, sendo que 90% dos casos estão em uma área de 12 mil metros construídos.
As principais mudanças são as emissões de Dispensa do Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) e Licença Ambiental Simplificada (LAS), de acordo com o porte da cooperativa (em m2). Passou de até 1.500 para 6.000 o porte mínimo para obtenção da DLAE, e de 1.501 a 2.500 para 6.001 para 12.000 o porte mínimo para emissão da LAS.
Os prazos de validade das licenças também sofreram alterações. A Licença Prévia (LP) que tinha dois anos de validade não prorrogáveis, agora pode ser renovada por mais dois anos. A Licença de Instalação (LI) passou para dois anos de validade, não podendo ser renovada.
BOVINOCULTURA – Com 500 licenças e renovações ambientais emitidas por ano, não houve alterações na emissão de licença baseado no porte dos empreendimentos. A Renovação de Licença de Operação (RLO) e a Licença de Operação (LO) poderão ser feitas de forma unificada, quando o prazo de vencimento da LO em renovação for inferior a um ano.
Antes não havia prazo para a validade das licenças, agora é de seis meses para a LAS, podendo ser renovada a critério técnico do órgão ambiental competente. A Licença Prévia (LP) terá validade por dois anos, podendo ser renovada para o mesmo intervalo de tempo. As LI e LO terão validade de seis anos, com possibilidade de prorrogação para mais seis anos.
SUINOCULTURA – 1.750 licenças e renovações são emitidas por ano. Foi ampliado o ciclo completo para instituir empreendimentos de acordo com a quantidade de matrizes.
Será emitida DLAE para empreendimentos de porte micro (até cinco matrizes), LAS para porte mínimo (de 5 até 22) e LP, LI e LO para empreendimentos de pequeno, médio e grande porte, (variando de 23 até 1430 matrizes). Passando desse número já é considerado porte excepcional.
Foram instituídos novos sistemas de criação, com unidade produtora de leitões desmamados de recria e de terminação wean to finish (desmamar para terminar), central de transbordo/relocação (crechário) de 21 a 70 dias de vida e de transbordo/relocação (terminação) de 119 a 196 dias de vida e uma unidade produtora de sêmen (UPS).
Os prazos de validades das licenças são os mesmos da bovinocultura.
POSTOS DE COMBUSTÍVEL – Com a nova resolução, foi criado um novo empreendimento - a Base de Distribuição. Com ele ficou estabelecido a obrigatoriedade da DLAE para postos de abastecimento com instalações aéreas com capacidade de até 15.000 litros, com exceção dos postos de abastecimento.
As regras para obtenção da LP também passaram por mudanças. Agora o solicitante deve protocolar o número da Outorga Prévia e possuir câmera técnica constituída para análise em caso de anuência Prévia da Coordenação de Região Metropolitana (CRM). Para e emissão da LP, foi suspensa da Anuência do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (Colit).
A validade das licenças também passou por alterações. A LAS passou a ser DLAE, a LP continua com validade de 02 anos, mas com a opção de prorrogação por mais 02 anos. A LI passou a ter 03 anos com a opção de prorrogação para mais 03 anos e a LO passou a ter 06 anos podendo ser renovada.
AGROTÓXICO – Foi acrescida a Autorização Ambiental Florestal (AAF) nos processos de LP, LI e LO. Também foi agregado a DLAE, para depósitos sem fins comerciais de produtos agrotóxicos, seus componentes, estabelecimentos para comércio de produtos agrotóxicos sem armazenagem.
O prazo de validade e renovação da LP continua com dois anos de validade, mas agora tem a prerrogativa de renovação por mais dois anos. As LI e LO passaram a ter duração de seis anos, a diferença é que a instalação não poderá ser renovada e a operação sim.
AQUICULTURA E MARICULTURA – A Piscicultura e Carcinicultura em viveiros escavados em empreendimentos de porte médio não necessitam mais de LP, LI e LO, agora, é obrigatória apenas uma LAS. A regularização do empreendimento poderá ser realiza através da Licença de Operação para Regularização (LOR), ou da LAS, dependendo do porte.
Nos quesitos porte, áreas de cultivo, volume ocupado, investimento, produtividade e modalidade, não houve alteração em alguns empreendimentos.
São eles: sistema de cultivo de peixes em tanques, cultivos de peixes marinhos em sistema de tanques, ranicultura, unidades produtoras de organismos aquáticos jovens e algicultura.
Ampliou-se a classificação de porte de empreendimentos aquícolas em cultivo de ostras, mexilhões e vieiras, classificando o empreendimento pelo porte, área de ocupação (m2), produtividade e modalidade. Para o camarão em tanque, o investimento (UPF/PR) se sobrepõe a produtividade.
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Confira as resoluções publicadas em Diário Oficial nesta semana
Avicultura: Resolução Sedest nº 054/2019 – Diário Oficial nº 10499 de 14 de agosto de 2019
Bovinocultura: Resolução Sedest nº 055/2019 – Diário Oficial nº 10498 de 13 de agosto de 2019
Suinocultura: Resolução Sedest nº 052/2019 – Diário Oficial nº 10498 de 13 de agosto de 2019
Posto de Combustível: Resolução Sedest nº 056/2019 – Diário Oficial nº 10499 de 14 de agosto de 2019
Aquicultura e Maricultura: Resolução Sedest nº 059/2019 – Diário Oficial nº 10499 de 14 de agosto de 2019
| Editora Expressão ( publicado em 15-08-2019) | | | | Com a Decisão de Diretoria CETESB n°076/2018/C, caso não participem de um programa de logística reversa, empresas de diversos setores, incluindo filtros do óleo lubrificante automotivo, não poderão o renovar a licença de operação.
A logística reversa no Estado de São Paulo apresentou importante avanço desde abril de 2018, quando a Decisão de Diretoria CETESB n°076/2018/C regulamentou a logística reversa no âmbito do licenciamento ambiental em vários segmentos, entre eles, filtros usados do óleo lubrificante automotivo.
“É importante salientar que as primeiras penalidades por descumprimento da Decisão de Diretoria foram aplicadas recentemente, o que mostra a direção dessa nova gestão no que diz respeito ao cumprimento da legislação”, afirma Patrícia Iglecias, diretora-presidente da CETESB, que é a primeira mulher a presidir a autarquia em 50 anos de sua fundação.
Conforme matéria de capa na edição nº 99 da Revista e Portal Meio Filtrante, disponível no site www.meiofiltrante.com.br, Iglecias ressalta que as empresas sujeitas à fiscalização ambiental no âmbito da CETESB, com setores e produtos elencados na Resolução SMA 045/2015 e na Decisão de Diretoria CETESB 076/2018/C, não vão conseguir renovar a licença de operação sem comprovar participação em um sistema de logística reversa. “A lei foi feita para ser cumprida. O Estado está avançando nesse tema e vai continuar avançando, não tem como ser diferente, não pensamos em nenhum tipo de retrocesso”, completa.
As sanções são pesadas. O Decreto Federal Nº 6.514/2008 determina que quem descumprir obrigação prevista no sistema de logística reversa está sujeito à multa de R$ 5.000,00 a R$ 50.000.000,00. Está prevista também pena de detenção, de um a três anos, para quem deixar de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental, como foi estabelecido no artigo 6º da Resolução SMA 045/2015.
“Sobre o grau da sanção, sempre se considera a característica da infração e o tipo de penalidade, qual é o efeito que ela acarreta. Na nossa avaliação, a penalidade econômica tem um efeito maior e melhor nesse caso, pela característica do infrator, do que a penalidade de prisão”, comenta Iglecias. “Se não houver o cumprimento da legislação, nós somos obrigados a aplicar as sanções cabíveis, não é uma escolha nossa aplicar ou não”.
O segmento de filtros de óleo lubrificante automotivo já conta com o Descarte Consciente Abrafiltros, programa voltado a empresas que fabricam ou comercializam filtros do óleo lubrificante automotivo com marca própria, incluindo montadoras de veículos.
É reconhecido pelos órgãos ambientais e desde 2012, data de sua criação, já reciclou 14,5 milhões de filtros em municípios dos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo. João Moura, presidente da Abrafiltros, explica que o programa Descarte Consciente Abrafiltros permite que as empresas cumpram a legislação em menor tempo e com menor custo, por se tratar de iniciativa de interesse de grupo.
Atualmente, 16 empresas participam do programa: Cummins Filtration do Brasil; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; Ford Motor Company; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Divisão Filtros; Poli Filtro Indústria e Comércio de Peças para Autos Ltda.; Rheinmetall Automotive – Motorservice Brazil; Robert Bosch Ltda.; Scania Latin America Ltda; Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil; Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; e Wega Motors Ltda.
As empresas que fabricam ou comercializam filtros de óleo lubrificante automotivo com marca própria, incluindo montadoras de veículos, podem obter mais informações sobre o programa pelo site www.abrafiltros.org.br/descarteconsciente.
Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.
| SEGS (publicado em 21-08-2019) | | | |
Há pontos de coleta na Escola de Artes, Ciências e Humanidades e na Faculdade de Medicina da USP, em
Sabia que aquele cartão de crédito vencido que você tem em casa pode se transformar em um caderno ou até em medalhas e troféus? Por meio de uma máquina que tritura cartões plásticos, é possível realizar o descarte correto deste tipo de material e contribuir com o meio ambiente.
Na USP, em São Paulo, é possível encontrar algumas unidades do Papa Cartão. Na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), no campus da zona leste, há uma e desde 2015, foram coletados no local 5.210 cartões. Outra unidade do aparelho está na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e opera desde 2017. O número de cartões depositados na máquina já soma 5.841, segundo dados da empresa gráfica RS de Paula.
“A máquina foi criada em 2011 com a ideia de responsabilidade ambiental da empresa. E há muitos conceitos envolvidos nessa criação, como logística reversa, economia circular, além da conscientização das pessoas sobre a questão ambiental”, explica Marcela Moretti, mestranda do programa de Sustentabilidade da EACH e analista de projetos ambientais na RS de Paula, empresa que desenvolveu a ideia.
Foi problematizando a própria produção ― confecção de cartões em PVC ― que a ideia da máquina surgiu. O processo é simples: basta inserir o cartão no local indicado e girar a manivela. O cartão é triturado e cai em um recipiente. Depois de coletado, o material passa pelo processo de reciclagem e então será utilizado para a confecção de produtos variados.
Atualmente, são 79 pontos de coleta espalhados por vários lugares do Brasil, como metrôs e empresas de vários segmentos. Marcela explica que o plástico utilizado na fabricação de cartões é o PVC (Policloreto de Vinila), prejudicial à natureza se descartado incorretamente, como a maioria dos plásticos. “E além do plástico, também há metais em muitos cartões, até mesmo ouro, que pode contaminar não só o solo, mas os oceanos.”
O PVC, no entanto, é 100% reciclável. “É um plástico que não perde suas características, então seria um desperdício não reutilizar esse material”, afirma a analista.
A logística reversa, citada por Marcela, envolve a responsabilidade pelo ciclo de vida de um produto. Por meio deste sistema, o consumidor pode, por exemplo, devolver um produto que já foi utilizado à empresa que o produziu, para destinação correta – seja o descarte ou a reutilização.
A economia circular, outra expressão usada pela mestranda para se referir à máquina Papa Cartão, é mais um conceito envolvido nesse processo. Ele trata da importância de uma atividade econômica que contribua para reduzir a exploração de recursos naturais, cada vez mais escassos. Envolve também a partilha de objetos em substituição ao consumo excessivo – é o caso de serviços de carro compartilhado e intercâmbio de casas, por exemplo.
| Jornal da USP ( publicado em 19-08-2019) | | | |
Medida visa implementar sistema de logística reversa de baterias automotivas de chumbo, possibilitando o recolhimento de 16 milhões de peças inservíveis e a reciclagem de 153.000 t de chumbo por ano
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinou nesta quarta-feira (14), em São Paulo, acordo com a Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat-BR), a Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), para implementar o sistema de logística reversa de baterias automotivas de chumbo.
O acordo prevê metas e responsabilidades para os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e recicladores, desde a coleta, acondicionamento, transporte, reciclagem até a disposição final desses produtos inservíveis. A iniciativa tem abrangência nacional e já começa com metas acima de 60% para todas regiões do Brasil.
Isso possibilitará, por meio de metas progressivas, o recolhimento e envio para reciclagem de mais de 16 milhões de baterias automotivas de chumbo, também conhecidas como baterias chumbo ácido, o que permitirá a reciclagem de mais de 153.000 toneladas de chumbo todos os anos.
"Além de prevenir a contaminação do solo e das águas, a logística reversa reduz a dependência da importação de chumbo para a fabricação de novas baterias, sendo um exemplo de sustentabilidade não apenas ambiental, como também social e econômica", disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O acordo setorial representa mais uma entrega do Programa Lixão Zero, lançado em abril deste ano no âmbito da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, que objetiva melhorar a vida das pessoas nas cidades.
| Ministério do Meio Ambiente ( publicado em 14-08-2019) | | | |
Inauguração de fábrica de tampas recicladas de defensivos agrícola reuniu autoridades e representantes dos elos da cadeia do setor
A Campo Limpo Tampas e Resinas Plásticas inaugurou as novas instalações da sua unidade industrial, que ganha mais 4.500 m2 no Complexo Industrial de Taubaté (SP). A fábrica transforma tampas pós-consumo em sistemas de vedação de embalagens de defensivos agrícolas, as Ecocaps.
A produção de tampas recicladas a partir de matéria-prima obtida do Sistema fecha o ciclo de gestão dessas embalagens dentro do setor. "A nova fábrica, que exigiu investimentos em infraestrutura e equipamentos, tem capacidade para produzir mais de 40 milhões de Ecocaps por ano e contribui para promover o conceito de economia circular no Brasil", destaca João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV e presidente da Campo Limpo.
A expansão aumentou para 23.000 m² o total da área construída do Complexo Industrial de Taubaté (SP), que inclui a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos. Lá são fabricadas as Ecoplásticas, embalagens recicladas para a indústria de agroquímicos, que também são produzidas a partir do material recebido pelo Sistema Campo Limpo.
O conceito inovador e ecoeficiente que sempre inspirou a Campo Limpo desde sua concepção, também foi aplicado à nova área. Foram usadas telhas translúcidas, que permitem a passagem da luz e dispensam o uso de lâmpadas elétricas no período diurno. O pé direito alto auxilia na ventilação e conforto térmico dos colaboradores e a água da chuva é reaproveitada para uso em sanitários e jardins, gerando economia de recursos naturais. No processo industrial, a água é reutilizada e tratada em um sistema fechado de tratamento.
As novas instalações resultaram em ampliação da capacidade de estocagem, atendimento às necessidades do mercado e aumento da eficiência no atendimento ao cliente, oferecendo produtos com alta performance. "Para isso, a empresa mantém uma infraestrutura com moderna tecnologia, proporcionando para nossos clientes produtos seguros e com custo adequado", destaca Ricardo Bellinghini, diretor da Campo Limpo Tampas.
A data da inauguração coincidiu com a cerimônia oficial do Dia Nacional do Campo Limpo, em Bebedouro (SP), quando foram comemorados os resultados do Sistema Campo Limpo (programa de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas). Os eventos terão transmissão ao vivo pelo Canal Terraviva.
Sobre a Campo Limpo Tampas e Resinas Plásticas
A proposta de gerar produtos sustentáveis com alto padrão de qualidade e capazes de contribuir para a autossuficiência econômica do Sistema Campo Limpo ganhou impulso com a criação da Campo Limpo Tampas e Resinas Plásticas, em 2014.
A empresa, subsidiária da Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, é responsável pela produção de um sistema de vedação de alta performance, as Ecocaps. São tampas produzidas em PP (polipropileno) e PEAD (polietileno), 100% recicladas, utilizando matéria-prima proveniente do programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
Sobre o inpEV
Há 17 anos, o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) atua como gestora do Sistema Campo Limpo nas atividades de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas e promove ações de conscientização e educação ambiental sobre o tema, conforme previsto em legislação. É uma instituição sem fins lucrativos formada por mais de 100 empresas e nove entidades representativas da indústria do setor, distribuidores e agricultores.
Sobre o Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia produtiva (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público) para realizar a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. O Brasil é referência mundial na destinação ambientalmente correta do material, encaminhando 94% de embalagens plásticas primárias para reciclagem ou incineração.
Mais informações sobre o inpEV e o Sistema Campo Limpo estão disponíveis no site www.inpev.org.br, no Facebook, Youtube e Instagram.
| Agora Vale ( publicado em 21-08-2019) | | | |
Disponíveis em três tons, estão à venda a partir de quinta-feira, 22 de agosto.
É praticamente impossível encontrar quem não tenha pelo menos um par de All Star no armário. Não interessa se está sol ou a chover, o calçado da marca americana fundada em 1908 é uma peça chave no street style.
É certo que a Converse também não facilita: todos os meses lança uma proposta original. Desta vez, o lançamento é especial e chega às lojas físicas e online na quinta-feira, 22 de agosto.
Falamos de um modelo All Star feito de jeans usados que foram retirados de aterros. Segundo a marca, ele vai estar disponível em três tons (claro, médio e escuro) pelo preço de 90€.
Se não quiser as sapatilhas em bota, pode optar pelo modelo de cano baixo, que custa 85€.
A seguir, carregue na galeria para conhecer alguns vestidos com que pode conjugar esta nova proposta.
| Nit New inTown ( publicada em 20-08-2019) | | | |
As ameaças a indivíduos e comunidades que defendem seus direitos ambientais e fundiários se intensificam em muitas partes do mundo. Neste contexto, a ONU Meio Ambiente e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) uniram esforços para promover e proteger os direitos humanos e ambientais por meio de um novo acordo de cooperação assinado na sexta-feira (16).
As duas organizações trabalharão mais próximas para monitorar ameaças contra defensores dos direitos ambientais, advogar por melhor proteção, apelar para uma responsabilização mais eficaz dos perpetradores de violência e intimidação, desenvolver redes de defensores de direitos humanos ambientais e promover a participação significativa na tomada de decisões ambientais.
As ameaças a indivíduos e comunidades que defendem seus direitos ambientais e fundiários se intensificam em muitas partes do mundo. Neste contexto, a ONU Meio Ambiente e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) uniram esforços para promover e proteger os direitos humanos e ambientais por meio de um novo acordo de cooperação assinado na sexta-feira (16).
Os chefes das duas instituições concordaram que, embora mais de 150 países tenham reconhecido o direito humano a um meio ambiente saudável em suas constituições, leis nacionais e jurisprudência, ou por meio de acordos regionais, é necessário trabalhar mais para informar formuladores de políticas, instituições jurídicas e o público sobre as várias maneiras pelas quais podem agir para defender este direito.
A cooperação entre ONU Meio Ambiente e ACNUDH terá como objetivo melhorar a proteção dos defensores e defensoras de direitos humanos e suas famílias, que frequentemente enfrentam várias formas de violência — incluindo assassinatos e violência sexual, campanhas de difamação e outras formas de intimidação.
A parceria também incentivará líderes e governos a aceitarem o direito humano a um ambiente saudável buscando esforços pelo seu reconhecimento global. Ainda, aumentará o apoio aos governos nacionais para promover políticas baseadas nos direitos humanos, particularmente em termos de gestão sustentável de recursos naturais, planejamento de desenvolvimento e ação para combater as mudanças climáticas.
As duas organizações trabalharão mais próximas para monitorar ameaças contra defensores dos direitos ambientais, advogar por melhor proteção, apelar para uma responsabilização mais eficaz dos perpetradores de violência e intimidação, desenvolver redes de defensores de direitos humanos ambientais e promover a participação significativa e informada dos defensores de direitos e da sociedade civil na tomada de decisões ambientais.
“Um ambiente saudável é vital para alcançar nossa aspiração de garantir que as pessoas em todos os lugares tenham uma vida digna. Precisamos conter a tendência emergente de intimidação e criminalização de defensores da terra e do meio ambiente, bem como o uso de leis anti-protesto e antiterrorismo para criminalizar o exercício de direitos que devem ser constitucionalmente protegidos”, afirmou a diretora-executiva da ONU Meio Ambiente, Inger Andersen, em Genebra.
“A ONU Meio Ambiente e o Escritório de Direitos Humanos da ONU estão comprometidos em aproximar a proteção ambiental das pessoas, ajudando os atores estatais e não estatais a promover, proteger e respeitar os direitos humanos e ambientais. Ao fazer isso, iremos nos mover rumo a um planeta mais sustentável e justo”, acrescentou.
“Nosso planeta está sendo destruído de forma imprudente, e precisamos urgentemente de parcerias globais mais fortes para tomar medidas para salvá-lo”, disse a alta-comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet. “Pedimos aos líderes e governos que reconheçam que as mudanças do clima e a degradação ambiental enfraquecem os direitos humanos de suas populações, particularmente aquelas em situações vulneráveis — incluindo as gerações do amanhã”.
“Encorajamos todos os Estados a desenvolver e reforçar as estruturas legais nacionais que mantêm as ligações claras entre um ambiente saudável e a capacidade de desfrutar de todos os outros direitos humanos, incluindo os direitos à saúde, água, comida — e até mesmo o direito à vida”, complementou.
“Também encorajamos fortemente o maior reconhecimento de que as ações e a defesa dos defensores e defensoras de direitos humanos ambientais são profundamente benéficas para todas as sociedades. Eles devem ser protegidos contra a ameaça de violência e intimidação”.
Mais de três defensores foram mortos por semana em todo o mundo em 2018, de acordo com o último relatório da organização internacional Global Witness. O documento destaca os perigos contínuos enfrentados por aqueles que estão defendendo seus direitos ambientais e humanos nos setores de mineração, extração de madeira e agricultura, bem como em outras indústrias extrativas.
| ONU Brasil ( publicado em 19-08-2019) | | | |
A quantidade de material plástico depositada nos oceanos chama a atenção mundial. O Revista Brasil conversa sobre o assunto com o analista de conservação da WWF Vinicius Nora.
Vinicius afirmou que hoje o problema do plástico já não passa mais imune pela sociedade.
Ele comentou que o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, segundo um relatório da WWF. Embora o país tenha uma boa coleta, ainda não se destaca pela reciclagem.
"A gente recicla apenas 1,28%. Além de ter uma poluição e um destino que muitas vezes cai em no meio ambiente de forma irregular, ocasionando problemas para a natureza", declarou.
O analista falou ainda sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a necessidade de empresas se adequarem a práticas ambientais.
O Revista Brasil vai ao ar de segunda-feira a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. É transmitido de segunda a sexta-feira, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
| EBC ( publicado em 16-08-2019) | | | |
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