| 14 de Junho de 2019
Sexta-feira
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Em 14/06/2019
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| | | | | Decisões provisórias determinam funcionamento de Metrô, ônibus e trens e preveem multas em caso de descumprimento
A greve geral convocada para a sexta-feira, 14, está mantida, de acordo com líderes de centrais sindicais, mesmo após a Justiça ter concedido liminar (decisão provisória) que obriga o funcionamento do Metrô e da CPTM e a circulação de ônibus em São Paulo. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio nesta sexta.
A Justiça determinou que o Metrô mantenha 80% do quadro de funcionários nos horários de pico (6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% no restante do dia e, na CPTM, 100% do quadro de servidores em todo o horário de operação. No caso dos ônibus, a Justiça determinou que o serviço seja garantido principalmente nos horários de pico (5h às 9h e 17h às 20h).
A pauta principal da greve geral, segundo centrais sindicais, é manifestar repúdio à proposta do governo para a reforma da Previdência, mas também estão entre as reivindicações maior geração de empregos formais, retomada do crescimento da economia e protestar contra o contingenciamento na Educação.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, afirma que a expectativa para a greve é que os trabalhadores da categoria de transportes mantenham a adesão. “A liminar é esdrúxula, vai contra a Constituição. Os trabalhadores decidiram por ela. Eles vão enfrentar a greve apesar disso”, disse. Para Neto, a liminar não deve afetar a convocação da sexta-feira, já que a ideia é que as categorias e a população parem. “Não estamos preocupados com a manifestação. Queremos as ruas vazias, o povo em casa.”
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna, ressalta que a convocação à greve não é só para o setor de ônibus, metrô e trem. Segundo ele, engloba todas as categorias. “Não estão fazendo greve para prejudicar a população. Não há motivo para gastar combustível e eletricidade se o povo não vai trabalhar. Com todo respeito aos juízes, foi precipitada a decisão.”
| Veja | | | | Parte da frota de ônibus de Curitiba e região metropolitana não saiu das garagens na manhã desta sexta-feira (14) em apoio à greve nacional contra reforma da Previdência. Ônibus de cinco empresas não circularam e por volta das 8h45, cerca de 35% deles estavam nas garagens. Entre as linhas que foram atingidas estão Santa Cândida/Capão Raso, Centenário/Campo Comprido e Pinheirinho/Rui Barbosa. Parte dos ônibus Ligeirinho Inter 2 também é afetada.
TEMPO REAL - siga as informações das paralisações e protestos em Curitiba nesta sexta
Motoristas e cobradores das viações Redentor, Glória Boa Vista, Glória Teffé, Azul Filial e Araucária Filial pararam nesta sexta. A paralisação ocorre à revelia da decisão do Sindimoc, sindicato dos motoristas e cobradores, que havia decidido não parar. Centrais sindicais, como CUT e Força Sindical, coordenam as paralisações nas garagens.
A paralisação atinge principalmente passageiros da região sul de Curitiba, em bairros como Tatuquara, CIC, Capão Raso e Pinheirinho. Também há problemas nas linhas da região Norte, como no Terminal Boa Vista.
Na Viação Glória Boa Vista, os biarticulados da linha Santa Cândida/Capão Raso começaram a sair da garagem após negociação dos trabalhadores com a Polícia Militar. Às 7h20 os biarticulados começaram a sair da garagem.
O Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) informa que a operação do transporte coletivo está normalizando. Aos poucos, as garagens vão sendo liberadas, mas ainda haverá reflexo no cumprimento de horários por causa dos protestos.
Manifestantes fecharam as garagens a partir das 5 horas e chegaram a sequestrar dois ônibus. As empresas tentaram trabalhar normalmente, mas foram impedidas pelos grevistas.
Em nota por volta das 9h, o sindicato das empresas de transporte (Setransp) informou que o sistema começava a normalizar com a volta dos ônibus para as ruas. "Apesar das dificuldades, estamos fazendo de tudo para Curitiba não parar. Todos os esforços estão sendo feitos em conjunto com a Polícia Militar e Guarda Municipal para garantir o serviço à população", disse o diretor executivo das empresas de ônibus, Luiz Alberto Lenz César.
Diversas estações-tubo estão sem cobradores. Nos terminais e estações-tubo com cobradores, a orientação das empresas é de não cobrar a tarifa dos passageiros, pois não há certeza de que os ônibus irão conseguir transitar - há possibilidade de que os veículos sejam bloqueados por manifestantes.
Dois ônibus que buscam funcionários das empresas foram sequestrados para bloquear ruas. Um deles na CIC, onde o trânsito está complicado por causa de um ônibus que está atravessado na Rua Eduardo Sprada, bem no acesso ao Contorno Sul. Guarda Municipal e Polícia Militar foram acionados pela prefeitura de Curitiba e um eles já foi recuperado.
Pneus queimados
Na BR-277 sentido litoral, no bairro Jardim das Américas, manifestantes chegaram a queimar pneus, o que complicou o trânsito por volta de 6h30. Entretanto, o protesto logo se dissipou e o trânsito voltou a fluir.
| Gazeta do Povo | | | | Atos foram convocados ao longo do dia nos estados pelas centrais sindicais
O metrô e o serviço de ônibus das principais capitais do país devem ser afetados nesta sexta-feira (13) com a greve geral de servidores contra a reforma da Previdência. Atos foram convocados ao longo do dia nos estados pelas centrais sindicais.
Em São Paulo, os sindicatos de motoristas de ônibus e metroviários confirmam a realização de greve, mesmo após a prefeitura e o governo estadual obterem liminares obrigando a manutenção da maior parte dos funcionários na operação.
As linhas 1, 2 e 3 do Metrô deverão ser as mais afetadas.
O Metrô diz em nota que fará plano de contingência para minimizar o impacto para os mais de 5 milhões de passageiros diários do serviço.
Ele será colocado em prática conforme os metroviários se apresentem para trabalhar. Durante a madrugada, serão definidos os trechos e estações das linhas que vão operar.
Já as linhas 4 e 5, administradas por concessionárias, afirmaram que suas operações funcionarão normalmente. A linha 4 terá seu horário de funcionamento extendido até à 1h de sábado, por dar acesso ao estádio do Morumbi, onde acontecerá a estreia da seleção brasileira de futebol em partida contra a Bolívia na noite desta sexta.
Na capital paulista, o serviço de ônibus deve ficar parado. De acordo com nota do Sindmotoristas,
a categoria vai parar o sistema de transporte público urbano até às 6 horas da manhã de sexta-feira (14). Nas garagens, serão realizadas assembleias, das 5h às 6 h, para discutir sobre os riscos dos trabalhadores perderem a sua proteção social, a aposentadoria.
A prefeitura da cidade chegou a afirmar que suspenderia o rodízio de veículos por conta da greve, mas voltou atrás e ele estará mantido.
Os trem da CPTM funcionarão normalmente. Os ferroviários desistiram da greve na noite desta quinta-feira.
Em Salvador, desde o início da manhã, devem ser paralisados total ou parcialmente os serviços de transporte de ônibus e também de metrô.
A estimativa é que todos os 21 mil ônibus não operem em Salvador. Escolas estaduais e municipais também terão servidores que vão aderir à greve geral. Bancários também confirmaram que vão cruzar os braços. O protesto está previsto para as 15h no Campo Grande.
Mesmo com a previsão de paralisação, a Prefeitura de Salvador afirma que irá manter todos os serviços essenciais e informou que os servidores que faltarem sem justificativa terão os pontos cortados. A gestão de ACM Neto (DEM) afirma que as ausências serão avaliadas caso a caso em caso de paralisação do sistema de transportes.
No Recife, também devem paralisar funcionários de ônibus e metrô, além de bancários e servidores de escolas da rede estadual e municipal. O ato no Recife será às 14h, na avenida Guararapes, no centro da cidade.
No Rio de Janeiro, a expectativa é que a greve não atinja tanto os serviços de transporte. Rodoviários (ônibus e BRT) e metroviários aderiram formalmente à paralisação, mas o Metrô Rio e a Supervia (trens) dizem que seu funcionamento não será afetado. A decisão de trabalhar ou não será dos funcionários nas garagens.
Também terão paralisações escolas estaduais e municipais, além de universidades como a UFRJ (federal) e a Uerj (estadual). As centrais sindicais esperam desde a manhã atos descentralizados, que devem se concentrar a partir das 15h em frente à Igreja da Candelária, no centro da cidade -mesmo local onde manifestantes se juntaram nos dias 15 e 30 de maio contra cortes na educação.
Em Belo Horizonte, a previsão é de paralisação de metrô e ônibus, e também adesão de servidores em escolas públicas. O ato contra a reforma da Previdência está previsto para a partir das 11h, saindo da Praça Afonso Arinos, mesmo ponto de partida do protesto do dia 30.
Em Porto Alegre, escolas, transporte, saúde e bancos devem ser afetados. Os colégios públicos não devem ter aulas e parte das escolas particulares anunciaram adesão.
O transporte por trem estará paralisado, mas os motoristas de ônibus vão trabalhar. Os bancários aprovaram greve, o que deve impactar no atendimento mesmo que a adesão não seja total. O mesmo ocorre com funcionários públicos da saúde, diversas categorias da saúde aprovaram a paralisação, mas a adesão é opcional.
O ato está marcado para 18h, na Esquina Democrática. Depois, uma caminhada deve bloquear vias do centro, como a Avenida Mauá e túnel da Conceição. Outras 150 cidades do estado devem ter atos.
Em Curitiba, ao menos 30 categorias aderiram à greve geral. As escolas devem ser as mais afetadas, já que sindicatos de professores da rede municipal, estadual e até particular devem parar. As instituições federais, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além do Hospital das Clínicas, ligada à federal, também aderiram ao movimento.
A greve inclui também os bancários, que ainda não confirmaram se as agências irão funcionar, metalúrgicos, petroleiros, servidores da Judiciário e do Ministério Público, da Saúde, do Meio Ambiente e da Agricultura, policiais civis e agentes penitenciários. Motoristas e cobradores só devem definir se aderem à paralisação no final da tarde de hoje.
Haverá um ato concentrado das entidades às 11h em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, no Centro Cívico. Às 13h30, eles devem seguir em caminhada pela região central de Curitiba, até a Praça Santos Andrade, no centro.
No estado de São Paulo, há previsão de atos em ao menos 22 cidades, organizados por centrais sindicais. Em Ribeirão Preto, o protesto está previsto para as 11h em frente à Câmara.
| Folha de S. Paulo | | | | Sindicato de empresas de transporte pedia manutenção de 80% das operações em dia de paralisações contra Previdência
Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região confirmou o direito de realização de greve para motoristas de ônibus no interior do estado de São Paulo nesta sexta-feira (14).
Também definiu uma multa de R$ 1 milhão por cada ato antissindical praticado por empresas na data para coibir a paralisação.
No dia, está programada uma paralisação nacional de várias categorias contra a reforma da Previdência, em movimento convocado pelas centrais sindicais em 1ª de maio.
Na ação, o Interurbano (sindicato das empresas de transporte urbano de passageiros do interior do estado de São Paulo) pedia a manutenção de 80% do efetivo do transporte em funcionamento.
A entidade afirmou que a paralisação do transporte público, que é serviço essencial, gera consequências de difícil reparação aos usuários.
Também reclamou da falta de assembleia geral antes da greve e de não ter sido cumprido prazo de 72 horas de aviso prévio.
O desembargador Jorge Luiz Souto Maior, por outro lado, deu decisão favorável ao sindicato que representa os motoristas do Vale do Paraíba (SP).
Souto Maior disse que o pedido das empresas vai contra o livre direito de exercício da greve, que ele lembra estar previsto na Constituição.
"por meio da presente ação, pretende, pois, que o Estado utilize seu poder institucional para impedir que os seus empregados façam greve. Essa situação, aos olhos de muitos, não tem nada de errado, mas constitui, por si, uma enorme ofensa à ordem jurídica."
Souto Maior também afirma que instaurou-se, no Brasil, uma aversão cultural generalizada que impede até mesmo que se visualize o que está dito na Constituição e na lei a respeito do tema.
O magistrado afirmou que a questão da abusividade da greve poderia ser examinada no futuro de modo mais aprofundado, sem a necessidade de uma decisão que suspendesse a paralisação.
Entre as ações que podem gerar multa, segundo a decisão, estão dar continuidade aos serviços sem negociar com o sindicato ou a comissão de greve, valer-se de qualquer força opressiva, inclusive policial, para reprimir ou inviabilizar atos pacíficos e falas dos trabalhadores em greve inclusive no local de trabalho ou próximo a ele.
A reportagem entrou em contato com o sindicato das empresas de transporte. Não houve um posicionamento até a publicação do texto.
| Folha de S. Paulo | | | | Investimento segue em patamar reduzido
Em 2018, três quartos da indústria acabaram investindo, menos do que as 81% das empresas que afirmaram pretender investir no ano anterior. Das que investiram, pouco mais da metade não conseguiu realizar seu investimento como planejado. Quatro em cada cinco empresas (80%) planejam investir em 2019.
2018-2019
| CNI | | | | 75% das grandes indústrias fizeram investimento no ano passado, mas metade investiu menos do que pretendia. Em 2019, 80% das grandes indústrias planejam fazer investimentos.
Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 75% das grandes indústrias fizeram algum tipo de investimento em 2018, número inferior ao de empresas que planejavam fazer algum investimento no ano passado (81%).
Entre as empresas que fizeram investimentos no ano passado, pouco mais da metade (51%) não investiu o planejado. Segundo o estudo, dessas, 38% realizaram os investimentos apenas parcialmente; 9% adiaram os projetos para 2019; e 4% cancelaram ou adiaram para depois de 2019.
“A frustração dos planos de investimento em 2018 deve-se à decepção com a retomada da economia. Em particular, o crescimento da demanda ficou abaixo do que se esperava, especialmente por causa do elevado desemprego”, explicou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Castelo Branco lembrou ainda que a maior parte dos investimentos é financiada pelo capital próprio das empresas, que ainda estão em situação financeira debilitada.
De acordo com a pesquisa, 80% das grandes indústrias disseram planejar investimentos em 2019. O número é similar ao percentual das empresas que afirmaram que fariam investimentos em 2018, mas superior aos percentuais de 2016 e 2017, que foram de 64% e 67%.
A pesquisa da CNI mostra que, entre as empresas que investiram no ano passado, 56% colocaram recursos para a continuação de projetos anteriores e 44% aplicaram em novos projetos. O levantamento mostra ainda que 53% das grandes indústrias investiram na melhoria e modernização da produção.
Segundo a CNI, a participação dos bancos privados nos investimentos bateu recorde em 2018, subindo de 8% para 13%, e a participação dos bancos públicos de desenvolvimento caiu de 10% para 7%.
Além disso, 75% dos investimentos feitos em 2018 foram financiados pelo capital próprio das empresas.
| G1 | | | | Presidente da Confederação, Robson Braga de Andrade, e o vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Xian Zu, firmaram parceria para estreitar laços da instituição com o setor privado
Robson Braga de Andrade e Xian Zhu se unem para fortalecer a presença do banco dos BRICS no Brasil
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e o vice-presidente e chefe de operações do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Xian Zhu, deram o primeiro passo para viabilizar a abertura de dois escritórios regionais do banco para as Américas, um em Brasília e outro em São Paulo. Assinaram uma cooperação para abrir o escritório assim que o projeto for aprovado no Congresso Nacional.
“A maior proximidade do banco com o Brasil permitirá incrementar o volume de projetos brasileiros financiados pelo NDB. Isso ocorre em um momento em que o governo brasileiro tem trabalhado em boas propostas para tornar a economia mais forte e mais saudável. Temos um portfólio de projetos de infraestrutura muito grande e o banco demonstrou o desejo de ampliar o financiamento ao setor privado”, destacou Robson.
O vice-presidente do NDB afirmou que o banco tem grandes expectativas de alcançar os demais países da América Latina a partir do escritório regional no Brasil. “Vamos focar não só nos projetos dentro do Brasil, mas nas conexões entre os países da região e entre os próprios BRICS, pois queremos promovê-las economicamente”, afirmou Xian Zu.
De acordo com a Secretária Especial Adjunta de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Yana Dumaresq, o governo está comprometido com a instalação do NDB no Brasil para aumentar o número de projetos brasileiros.
“Não poderíamos estar em melhor cenário, como a casa da indústria, para avançar alcançar o setor privado”, explica Yana Dumaresq.
Da esquerda para direita: Xian Zhu, Yana Dumaresq, Robson Braga de Andrade e Caio Renault
O Brasil é atualmente o penúltimo tomador de empréstimos do banco entre os cinco países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com apenas quatro projetos financiados, o que equivale a 8% do total de recursos aportados pelo NDB. “Melhorar a infraestrutura é essencial para a competitividade das indústria brasileira. O NDB pode contribuir não só para ampliar os investimentos, mas principalmente para melhorar a qualidade dos serviços em áreas como transporte, saneamento e energia”, afirma Robson Braga de Andrade.
O banco recebeu classificação AA+ da S&P Global Ratings e da Fitch Ratings, o que o coloca em posição excepcional para mobilizar recursos financeiros a taxas competitivas, aumentando a capacidade de financiamento para os projetos de seus membros.
| CNI (publicado em 14-06-2019) | | | |
Cecilia Malmstrom acredita que acordo possa ser fechado até outubro
Selar um acordo de livre comércio com o Mercosul após 20 anos de negociações é a maior prioridade da União Europeia, afirmou nesta quinta-feira (13) a chefe de comércio da UE, Cecilia Malmstrom.
As negociações da UE com o Mercosul, o quarto maior bloco comercial do mundo, se intensificaram desde que as negociações comerciais da Europa com os Estados Unidos foram congeladas após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016.
No entanto, os nervos da UE em relação a uma onda de importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul sobre a abertura de alguns setores industriais, como o automobilístico, fizeram com que prazos passassem. Um acordo pode estar próximo, mas fora do alcance.
Comissária de Comércio da UE, Malmstrom disse que não deseja definir um novo prazo, mas acredita que um acordo possa ser fechado durante o mandato atual Comissão Europeia, que vai até o final de outubro.
"Há alguns assuntos complicados faltando - agricultura e alguns outros. Eu acho que há uma janela agora para fechar isso, durante esta Comissão. Eu absolutamente farei o meu melhor. Esta é a prioridade número um agora", disse ela em evento organizado pelo centro de pesquisa Bruegel em Bruxelas.
Malmstrom afirmou que os dois lados estavam se aproximando, com ofertas por produtos agrícolas menos polêmicos.
Em termos de redução de tarifas, poderia ser o acordo comercial mais lucrativo da UE até agora, com a economia potencialmente quatro vezes maior do que para os acordos com o Canadá e o Japão combinados.
"Seria um sinal extremamente poderoso; por razões econômicas, estratégicas e políticas, tudo fala a favor disso", disse Malmstrom.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse há uma semana que o Mercosul assinaria em breve um acordo comercial com a UE.
| Folha de S. Paulo | | | | O principal alvo dos projetos em 2018 foi a melhoria ou a modernização de processos e produtos. Estimuladas pela perspectiva de aumento do consumo, oito em cada dez empresas planejam investir neste ano
As dificuldades de recuperação da economia frustraram os planos de investimentos das grandes indústrias. O número de empresas que fez algum tipo de investimento em 2018 foi de 75%, seis pontos percentuais abaixo dos 81% que planejavam investir.
Entre as empresas que investiram, metade (51%) não conseguiu realizar os projetos como planejado. Dessas, 38% realizam os investimentos apenas parcialmente, 9% adiaram os projetos para 2019 e 4% cancelaram ou adiaram para depois de 2019. As informações são da pesquisa anual Investimento na Indústria, divulgada nesta sexta-feira, 14 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“A frustração dos planos de investimento em 2018 deve-se à decepção com a retomada da economia. Em particular, o crescimento da demanda ficou abaixo do que se esperava, especialmente por causa do elevado desemprego.
Além disso, as incertezas internas e externas que contaminaram boa parte do ano passado também trouxeram riscos ao investimento”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. “É preciso considerar também que a maior parte dos investimentos é financiada com capital próprio das empresas. Como elas estão com situação financeira mais debilitada do que em anos anteriores, o investimento ficou prejudicado”, acrescenta Castelo Branco.
O economista destaca que a recuperação do investimento é fundamental para a retomada do crescimento sustentado. “O investimento em uma nova fábrica, ou nova linha de produção gera muito mais emprego do que a reativação de uma máquina parada. A geração mais robusta de empregos será capaz de aumentar a renda e o consumo. Isso estimula novos investimentos e realimenta o ciclo virtuoso do crescimento”, afirma Castelo Branco.
O levantamento mostra que, entre as empresas que investiram, a maioria (56%) destinaram recursos para a continuação de projetos anteriores e 44% aplicaram em novos projetos. O principal objetivo dos investimentos no ano passado foi a inovação: 53% das empresas aplicaram na melhoria ou na modernização dos processos produtivos e em novos produtos. Dessas, 36% investiram na melhoria dos processos produtivos, 13% buscaram a introdução de novos produtos e 4% aplicaram em novos processos de produção. Além disso, 28% investiram no aumento da capacidade de produção, o maior número registrado desde 2012.
A participação dos bancos privados no financiamento dos investimentos das indústrias de grande porte aumentou de 8% para 13% no ano passado. No mesmo período, a fatia dos bancos públicos de desenvolvimento recuou de 10% para 7%. “Enquanto a participação dos bancos comerciais privados foi recorde, a dos bancos oficiais de desenvolvimento foi a menor da série que começou em 2010”, diz a pesquisa. Conforme o levantamento, 75% dos investimentos feitos em 2018 foram financiados pelo capital próprio das empresas, o mesmo percentual de 2017 e semelhante à fatia de 72% registrada em anos anteriores.
PLANOS PARA 2019 - As expectativas para este ano são positivas. Oito em cada dez indústrias de grande porte planejam investir em 2019. O número é praticamente igual aos 81% registrados no ano passado, mas está muito acima dos 67% de 2017 e dos 64% de 2016.
Os empresários dizem que a expectativa de crescimento do consumo e os avanços tecnológicos estimularam a intenção de investimentos para este ano. Entre as indústrias que pretendem investir, 57% afirmaram que a perspectiva de aumento da demanda motivou os projetos de investimentos. Fatores técnicos, como tecnologia, mão de obra e matéria-prima disponíveis, foram estímulos para 41% das empresas.
A pesquisa mostra ainda que o excesso de regulação e de burocracia e a falta de recursos financeiros interferiram nas decisões de investimentos para este ano. Mais da metade (51%) das indústrias dizem que os recursos financeiros desestimularam os planos. 49% apontaram a regulação e a burocracia como fatores que atrapalharam a disposição para investir.
EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADE - O principal objetivo das empresas que pretendem investir em 2019 é a melhoria dos processos produtivos, o que demonstra a preocupação das empresas com a eficiência e a competitividade. A melhoria dos processos produtivos ficou em primeiro lugar, com 36% das assinalações. Em seguida, com 22% das respostas aparece o aumento da capacidade instalada e, em terceiro lugar, com 17% das menções, a introdução de novos produtos.
“Diante da nova revolução industrial, a inovação tem papel importante para as empresas. A capacidade de inovar é que determinará quem fica com as portas abertas e quem vai desaparecer neste ambiente de crescente pressão tecnológica e de sofisticação de mercado”, avalia Flávio Castelo Branco.
Os investimentos neste ano devem se concentrar na compra de máquinas e equipamentos. Essa opção obteve 59% das menções das empresas que têm planos para investir. Em segundo lugar, com 18% das respostas, aparece a compra de novas tecnologias, como automação e tecnologias digitais, e, em terceiro, com 6% das assinalações, os empresários apontaram a melhoria da gestão do negócio.
Neste ano as indústrias brasileiras pretendem investir especialmente para conquistar o mercado interno. O percentual do investimento voltado totalmente ou principalmente para o mercado doméstico alcançou 67%, o mesmo registrado em 2018. Os investimentos destinados exclusivamente ao mercado externo passaram de 7% em 2018 para 8% neste ano. A CNI avalia que a isso é resultado da baixa demanda interna e das incertezas no mercado externo.
Além disso, a pesquisa mostra que 74% das indústrias brasileiras de grande porte não têm investimentos produtivos no exterior e nem pretendem ter. Outras 13% não têm, mas pretendem ter. Entre as 14% de empresas que têm investimentos produtivos no exterior, 8% pretendem manter os projetos e nenhuma planeja reduzir ou vender os ativos em outros países.
Esta edição da pesquisa Investimentos na Indústria foi feita 24 de janeiro e 15 de abril com 334 indústrias de grande porte, que têm 250 ou mais empregados.
| CNI | | | | Proposições legislativas
Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte excluídos do Simples Nacional em janeiro de 2018 por inadimplência poderão extraordinariamente fazer nova opção pelo regime tributário. A permissão de retorno ao Simples está garantida pela Lei Complementar 168, de 2019, publicada na edição desta quinta-feira (13) do Diário Oficial da União.
Naquele ano, cerca de 500 mil empresas foram excluídas do programa por terem débitos pendentes.
A norma foi promulgada pela presidente Jair Bolsonaro depois que o Congresso rejeitou no último dia 5 um veto (VET 29/2018) do ex-presidente Michel Temer ao projeto que permitiu que os micro e pequenos empresários optantes do regime especial poderiam retornar ao Simples Nacional se aderissem a um programa de refinanciamento de dívidas, conhecido como Refis do Simples.
Com o veto derrubado e a promulgação da lei, os optantes do regime especial terão prazo de 30 dias para fazer nova opção pelo Simples Nacional, com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2018. As dívidas poderão ser parceladas com descontos de até 90% dos juros, 70% das multas e 100% dos encargos legais.
| Senado Notícias | | | | Emendas na Previdência preservam economia, mas podam planos liberais do ministro
A reforma da Previdência recauchutada pela Câmara atropela ambições de Paulo Guedes, dificulta a mudança frequente da lei previdenciária e obriga os governadores a pedir votos aos deputados, caso queiram abater os gastos estaduais com aposentadorias. Tem lá também uma esquisitice que quebra as pernas do BNDES.
Caso o relatório emendado pelos deputados seja aprovado no plenário como está, deve resultar em contenção de despesa maior do que a prevista pela reforma Michel Temer, embora a conta de poupar R$ 915 bilhões seja, por ora, chute. Se vier pelo menos o dinheiro, já é lucro. No mais, o espírito da reforma Guedes foi para o vinagre.
É um resumo breve dos efeitos das mudanças na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Jair Bolsonaro e Guedes, consolidadas pela comissão especial da Câmara. A reforma é enorme, e certas mudanças, em particular no caso de servidores públicos, ainda serão mastigadas.
Um: está congelado sem dia previsto de degelo o projeto de Guedes criar um regime de capitalização (trabalhadores que entrarão no mercado teriam de poupar para a Previdência em conta individual). A capitalização seria criada por lei complementar, pós-reforma, mas mesmo essa janela foi fechada pelo Câmara, na prática.
Dois: além de reinventar a Previdência, a capitalização seria um meio de acabar com a contribuição patronal para o sistema (sugeria o governo. Ainda não havia projeto de lei oficial). Trabalhadores que optassem por esse regime custariam menos para as empresas, com o que haveria mais empregos, imaginava Guedes. Era, na prática, um modo de embutir o desmanche das leis trabalhistas na reforma da Previdência e, segundo o ministro, mudar o padrão de poupança no país. Não vai passar.
Três: tirar do texto da Constituição o grosso das normas da Previdência ("desconstitucionalização") facilitaria futuras reformas (por exigir menos votos no Congresso). Não vai adiante.
Quatro: no caso da reforma do Regime Geral da Previdência Social (para trabalhadores do "setor privado", grosso modo), não há muita diferença em relação à reforma Temer, em particular na contenção de despesas. O dinheiro adicional da reforma Guedes-Bolsonaro vinha da poupança com o pagamento do abono do PIS/Pasep, que nem bem é assunto previdenciário. De qualquer modo, o talho no pagamento do abono, pago a quem ganha até dois salários, será bem menor do que o previsto, se algum. No mais, a reforma do RGPS não foi pouco emendada.
Cinco: a reforma pode criar tanto problemas quanto soluções para os governadores, por causa de aposentadorias especiais (policiais, bombeiros, professores), embora o aumento da cobrança de contribuição dos servidores tenha ficado na reforma. Só haverá reforma estadual obrigatória se os governadores convencerem o Congresso a recolocar esses dispositivos na PEC, derrubados na comissão especial, atendendo a pedido majoritário na Câmara, que não quer fazer o trabalho pesado sozinha, enquanto os governadores posam de bonzinhos, em especial os do Nordeste, quase todos de esquerda.
Seis: na PEC de Guedes-Bolsonaro, o BNDES perdia parte do dinheiro que recebe do PIS/Pasep (abrigado no FAT), uns R$ 6 bilhões por ano. Agora, vai perder tudo (R$ 18 bilhões), pois o relator quer usar esse dinheiro na Previdência. É mais de um terço da fonte de recursos do BNDES. O banco vai acabar ou virar tamborete?
Vinicius Torres Freire - Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
| Folha de S. Paulo | | | | Idade mínima, fórmula de cáculo que reduz benefício e transição em até 14 anos continuam no texto
Apesar de fazer concessões em pontos polêmicos para conquistar apoio na Câmara, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) manteve em seu relatório na comissão especial o eixo central da reforma da Previdência apresentada pelo governo Jair Bolsonaro.
Pilares como a idade mínima para se aposentar, fórmula de cálculo para obtenção de benefício e uma transição em dez anos, mas com variadas regras sem atingir um grande número de trabalhadores, estão preservados.
Relator da comissão especial da PEC da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP) - Adriano Machado/Reuters
O texto foi divulgado nesta quinta-feira (13) em Brasília.
A comissão especial analisa a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) elaborada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
A idade mínima ficou em 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher, tanto para a iniciativa privada (Regime Geral de Previdência Social) como para o setor público (Regime Próprio de Previdência Social).
Em relação aos trabalhadores ligados ao regime geral, atendidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), as regras de cálculo do benefício com base na média salarial seguem mais rígidas, como queria o governo.
Hoje, o valor da aposentadoria é calculado com base na média dos 80% maiores salários desde julho de 1994 —os 20% menores são descartados.
Se a reforma for aprovada no Congresso como está, a média será calculada sobre 100% dos salários desde o início do Plano Real. A regra diminui de 20% a 30% a renda de quem vai se aposentar.
O advogado Rômulo Saraiva diz que a nova versão da reforma concentra a essência do texto original do governo. “Forma de cálculo, limite etário, regra de transição e regra de cumulação praticamente não tiveram impacto”, diz.
Entre as concessões feitas pelo relator estão retirada da capitalização da proposta, preservação das regras atuais do BPC (benefício para idosos carentes) e também regras mais amenas para trabalhadores rurais.
Foi garantido ainda um tempo de contribuição menor para as mulheres conseguirem o benefício. Atendendo a um pedido da bancada feminina, o relator propôs alívio para trabalhadoras do setor privado.
Em vez aumentar o tempo mínimo de contribuição para 20 anos, esse período recuou para 15 anos. Para os homens, os 20 anos foram mantidos.
“Do ponto de vista das mulheres, é uma medida correta, mas acho que deveria ter trazido a mesma regra para os homens”, diz Clemente Ganz Lucio, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A transição —que contém critérios para a concessão de benefícios daqueles que estão próximos de se aposentar —também teve mudanças.
No caso da iniciativa privada, já haviam três sistemas. Moreira criou uma fórmula adicional. No caso do funcionalismo, Bolsonaro propôs apenas uma regra. Com a de Moreira, são duas transições.
Como antecipou a Folha, na terça-feira (11), a medida reduziu a economia com a reforma em cerca de R$ 100 bilhões.
Porém, o especialista em cálculos previdenciários Newton Conde minimiza o impacto na arrecadação e diz que não há efeito significativo em relação a possíveis vantagens para trabalhadores da iniciativa privada enquadrados nessas regras.
Roberto de Carvalho Santos, do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), considera as alterações muito tímidas.
“As restrições ainda são muito grandes.” Para ele, mesmo a retirada da capitalização não traz alívio. “O governo percebeu que não teria nem condição de fazer a implementação desse regime”, diz.
Moreira aliviou também o corte no abono salarial, benefício que funciona como 14º salário para trabalhadores de baixa renda.
O governo queria que o abono fosse pago a trabalhadores com renda mensal de até um salário mínimo (R$ 998). O deputado propôs que esse teto seja de R$ 1.300.
Para compensar as mudanças, o relator sugeriu medidas de aumento de arrecadação. O impacto será de R$ 1,13 trilhão em dez anos.
A proposta original, enviada ao Congresso em fevereiro, previa uma economia de R$ 1,2 trilhão em uma década. A meta de Guedes era R$ 1 trilhão.
Uma das sugestões é elevar, de 15% para 20%, a alíquota sobre a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de bancos (leia mais na página A18). Estimada em R$ 50 bilhões em dez anos, essa medida foi antecipada pela Folha na semana passada.
Além disso, Moreira propôs o fim da transferência obrigatória de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
Essa ideia foi antecipada pelo relator em entrevista à Folha, publicada em maio.
Esses recursos são financiados com o PIS/Pasep. Ao menos 28% dessa receita irá para a Previdência. Isso teria impacto de R$ 217 bilhões em dez anos.
Minutos após concluir a leitura do parecer, Moreira afirmou, porém, que ainda pode fazer alterações no texto. Ele seguirá ouvindo deputados.
JUÍZES
O relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) acaba com a possibilidade de punir juízes e procuradores com aposentadoria compulsória.
A proposta do governo Jair Bolsonaro não trazia nenhuma menção a esse tema.
A Constituição define que o magistrado poderá ser aposentado por votação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em caso de interesse público.
Moreira excluiu o dispositivo que buscava limitar a atuação do Judiciário em relação a questões de seguridade social, que reúne saúde, benefícios previdenciários e assistenciais.
Atualmente, a Constituição impede que benefícios ou serviço da seguridade social possam ser criados, majorados ou estendidos sem que haja uma fonte de custeio.
Enviado ao Congresso, o texto original vetava aumentos dados a benefícios por ato administrativo, lei ou decisão judicial. Para evitar problemas com a interpretação desse artigo, Moreira excluiu o trecho.
| Folha de S. Paulo (publicado em 13-06-2019) | | | |
Modelo poderia fomentar investimento, mas há quem veja riscos associados à falta de cultura de poupar
A retirada da proposta de capitalização da reforma da Previdência, umas das principais novidades em relação ao texto apresentado pelo governo anterior, é outro tema polêmico gerado pelo relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB).
Luís Eduardo Afonso, professor da USP especialista em Previdência, afirma que o Brasil perdeu a oportunidade de discutir a adoção de um regime de capitalização como um dos pilares da Previdência.
“O modelo que o governo estava colocando era radical, com custo muito alto e questões como cobertura e exclusão que não estavam bem equacionadas, mas não me parece que a retirada pura e simples seja a melhor estratégia”, afirma o especialista.
“O regime de capitalização gera poupança interna e ajuda a fomentar o investimento. Seria mais adequado aperfeiçoar a proposta e avançar na discussão de um modelo. É uma discussão importante e válida para o longo prazo.”
O presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Wellington Leonardo da Silva, avalia como positiva a retirada desse ponto da proposta em discussão.
“De 30 países que fizeram a privatização do sistema de Previdência pública, 18 já revisaram total ou parcialmente as suas posições. O Chile é o exemplo emblemático”, diz.
Ele cita ainda os casos de Peru, Argentina, Colômbia, Hungria, Polônia e Rússia como exemplos.
“Seria a destruição da Previdência pública no país.”
Francisco Olivieri, mestre em administração estratégica e superintendente-geral do Instituto Mauá de Tecnologia, também tem a avaliação de que o regime de capitalização dificilmente funcionaria no Brasil.
“No Chile, não deu certo. Em um país como o nosso, seria difícil de colocar em prática, pois o brasileiro já não tem o costume de poupar. E quem não tem emprego não tem como arranjar o dinheiro para capitalizar.”
Para Olivieri, a expectativa é que o texto seja alterado ainda nas votações na comissão especial e nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, o que deve reduzir a economia prevista de cerca de R$ 1 bilhão.
“Como essa reforma não vai ser suficiente [para equilibrar o sistema], em alguns anos vamos ter de voltar a discutir isso]”, afirma.
| Folha de S. Paulo | | | | Em reunião com representantes diplomáticos nesta quinta-feira (13), José Augusto Fernandes destacou que, após aprovação, serão abertos caminhos para realização de outras reformas estruturais, como a tributária
José Augusto Fernandes, da CNI: agendas que mais precisam avançar são de financiamento, inovação, comércio internacional e educação
O diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, sinalizou, em reunião com representantes diplomáticos nesta quinta-feira (13), que a expectativa é se ter a reforma da previdência aprovada até outubro. “Houve melhoria da qualidade dos debates tanto na sociedade quanto no Congresso, o que contribui para aumentar substancialmente a chance de aprovação”, avaliou Fernandes durante o 11º Briefing Diplomático, que reuniu 84 participantes, na sede da CNI, em Brasília.
Segundo o diretor da CNI, com a aprovação da reforma da previdência, o Ministério da Economia e o Congresso Nacional poderão agilizar outras reformas estruturais, como a tributária, para alavancar a competitividade da economia. “A probabilidade de aprovação da Reforma Tributária também cresceu muito ao longo do tempo”, disse.
A CNI defende que o foco da reforma tributária deve ser a adoção de um Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA) que permita a remoção da cumulatividade e simplifique o sistema tributário.
Além dos avanços nas reformas previdenciária e tributária, Fernandes destacou a evolução, nos primeiros meses de governo, de outras questões prioritárias à indústria, como a proposta de inclusão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e de investimentos em infraestrutura. Das 36 propostas da Agenda da Indústria 100 Dias de Governo, 72% evoluíram, 25% estão paradas e 3% foram rejeitadas. “Entre as agendas que precisam avançar de forma mais significativa estão a de financiamento, de inovação, de comércio internacional e de educação”, pontuou.
Flávio Castelo Branco apresentou proposta para remover cumulatividade e simplificar o sistema tributário
REFORMA TRIBUTÁRIA – O gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, apresentou as propostas da CNI para a reforma tributária.
Segundo ele, a adoção de um Imposto sobre o Valor Adicionado poderá remover a cumulatividade e simplificar o sistema tributário. “É importante eliminar distorções que reduzem a competitividade e oneram o investimento”, afirmou. “Além disso, a proposta precisa de uma transição adequada para permitir a adaptação das empresas ao novo sistema", explicou o gerente-executivo.
A CNI apoia a PEC 45/2019, que está em tramitação no Congresso Nacional, já que contempla as principais propostas da indústria à reforma tributária. Conforme Castelo Branco, o ingresso do Brasil na OCDE pressupõe, entre os requisitos, uma adaptação das regras tributárias para tornar os investimentos atrativos ao Brasil.
Castelo Branco resumiu aos representantes diplomáticos propostas da CNI para a reforma tributária que estão nos estudos Modernizar a Tributação Indireta para Garantir a Competitividade do Brasil e Tributação da Renda de Pessoas Jurídicas: O Brasil precisa se adaptar às novas regras globais.
| CNI (publicado em 13-06-2019) | | | |
Nova reforma reduz benefício de trabalhador privado próximo da aposentadoria
Para quem estiver a 2 anos de se aposentar, cálculo passa a ser sobre todos os salários
O novo texto da reforma da Previdência reduz o valor do benefício do trabalhador privado que está mais próximo da aposentadoria.
A mudança está na regra de transição para quem estiver a 2 anos de completar a contribuição mínima (35 anos para homens e 30 para mulheres) quando a nova lei for publicada. A reforma está em discussão na Câmara, onde ainda pode ser alterada; para valer, precisa de 3/5 de votos (308 deputados de 49 senadores), em duas votações em cada Casa.
Pela proposta original do governo, esse grupo de trabalhadores poderia se aposentar sem idade mínima, pagando um pedágio de 50% sobre o tempo de contribuição que falta (se faltar 1 ano, por exemplo, será preciso contribuir 1,5 ano). O benefício teria como base os 80% maiores salários desde julho de 1994, multiplicados pelo fator previdenciário.
No novo texto, porém, a base de cálculo do benefício desses trabalhadores será a média de todos os salários, ou seja, não serão descontados os 20% menores salários do período.
Além da nova base de cálculo ser menor, há também a aplicação do fator previdenciário, que reduz o valor do benefício para trabalhadores mais novos.
Por isso, mesmo que essa regra permita a aposentadoria sem idade mínima, o trabalhador do setor privado terá que esperar (e contribuir) mais anos para conseguir elevar o valor do benefício.
Pela tabela de fator previdenciário válida para este ano, por exemplo, para conseguir 100% da média de salários é preciso ter 59 anos de idade e 43 de contribuição, ou 60 anos e 41 de contribuição, ou 61 anos e 40 de contribuição.
As aposentadorias não podem ser inferiores ao salário mínimo e, para o trabalhador privado, são limitadas ao teto (neste ano, de R$ 5.839,45).
O novo texto também criou uma nova regra de transição para trabalhadores do setor privado, que alivia em parte o abismo de condições entre pessoas de mesma idade e pouca diferença no tempo de contribuição. Apesar disso, o problema permanece e pode haver diferença de até 10 anos na idade de aposentadoria.
Servidor ganha tempo
Se por um lado apertou o valor do benefício para o aposentado do setor privado, o novo texto facilitou o acesso a aposentadorias mais altas para funcionários públicos que ingressaram antes de 2003;
Esses servidores têm direito a benefício de valor equivalente ao salário do último cargo ocupado (que, em alguns casos, pode ser o dobro da média salarial). Pela proposta original do governo, essa aposentadoria mais alta só seria concedida aos 65 anos de idade (homens) ou 62 (mulheres).
Com a nova regra de transição criada pelo relator, é possível obter o valor mais alto (integralidade) a partir dos 60 anos de idade (homens) ou 57 (mulheres), com o pagamento de um pedágio equivalente a 100% do tempo de contribuição que faltar na data da publicação da lei.
Um funcionário de 59 anos e 34 de contribuição, por exemplo, poderá receber a aposentadoria mais alta com 61 anos, depois de completar os 35 anos mínimos de contribuição mais o pedágio de 1 ano. Uma servidora de 53 anos e 28 de contribuição poderá receber o benefício mais alto aos 57 anos, após cumprir a contribuição mínima de 30 anos mais o pedágio de 2 anos.
| Folha de S. Paulo | | | | Montadoras negociam ampliar aliança iniciada em março deste ano
Volkswagen e Ford estão próximas de acertar uma parceria para o desenvolvimento de veículos que não precisam de motorista, afirmou o presidente-executivo do grupo alemão, nesta quinta-feira (13).
A Volkswagen e a segunda maior montadora dos Estados Unidos assinaram um acordo em março para desenvolverem uma picape e têm negociado ampliar a aliança para incluir veículos autônomos e serviços de mobilidade.
As discussões estão "indo bem e estão quase completas", disse o presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, a cerca de 500 gestores da companhia que estão reunidos na sede do grupo alemão, em Wolfsburg.
A Ford afirmou que as negociações continuam e que vai divulgar detalhes quando eles forem definidos. "As discussões têm sido produtivas em uma série de áreas", disse uma porta-voz da Ford em comunicado.
Mais cedo nesta semana, a Volkswagen anunciou fim de parceria com a companhia de software para direção autônoma Aurora. A dissolução da aliança ocorreu depois que a Aurora afirmou que vai criar plataformas para veículos comerciais autônomos com a Fiat Chrysler.
Enquanto isso, a subsidiária da Ford, Argo AI está criando um "motorista" autônomo que poderá competir com a tecnologia da Aurora.
| Folha de S. Paulo (publicado em 13-06-2019) | | | | Dados da B3 mostram avanço do CDC e recuo de consórcios para autos e comerciais pequenos
A venda a prazo de automóveis e comerciais leves novos somou de janeiro a maio 529,6 mil unidades e anotou alta de 4,6% sobre iguais meses do ano passado. O número inclui vendas parcelas por Crédito Direto ao Consumidor (CDC), consórcio, leasing e foi divulgado pela B3, empresa de infraestrutura do mercado financeiro.
Os dados da B3 mostram que o crescimento em veículos leves é sustentado pelo CDC. Analisada isoladamente, essa modalidade anotou alta de 16% em autos e comerciais leves, enquanto os consórcios recuaram 4,5%.
A negociação a prazo de veículos pesados zero-quilômetro teve alta expressiva de 40,6%, com 48,8 mil financiamentos. O crescimento é pouco menor que o anotado em iguais meses nos emplacamentos de caminhões e ônibus divulgados pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários.
O pequeno crescimento do PIB e o agronegócio favoreceram a venda de caminhões e algumas capitais vêm renovando suas frotas de ônibus.
Para as motos, as vendas parceladas anotaram 307,9 mil unidades e crescimento de 15,5% sobre iguais meses de 2018. Essa alta é ainda mais próxima àquela registrada nos emplacamentos (17,6%) e decorre especialmente do aumento da oferta de crédito pelas financeiras.
Também de acordo com a B3, o somatório de leves, pesados e motos atinge 889,9 mil veículos parcelados e alta de 9,7% sobre os mesmos cinco meses do ano passado.
NOS USADOS, ALTA DE 7,9% PARA VEÍCULOS LEVES
O levantamento da B3 mostra que de janeiro a maio 1,4 milhão de automóveis e comerciais leves usados foram parcelados. O volume é 7,9% maior que o registrado nos mesmos cinco meses de 2018. Essa alta é bem superior àquela anotada nas transferências, que cresceram pouco mais de 1% para os veículos leves.
Para os pesados, o financiamento de modelos de segunda mão cresceu 13,5%, bem menos do que os novos, com 58,5 mil unidades vendidas a prazo. Para as motos, a alta nas usadas foi de 19,8%, com 70,3 mil financiamentos. Esse crescimento decorre da maior presença de financeiras dentro das concessionárias, que alavancam a venda de motos novas e ajudam a girar o mercado de usadas.
| Automotive Business (publicado em 13-06-2019) | | | | Modelo de carga transportará contêineres de um centro de logística da DFDS para terminal portuário
A Volvo Trucks firmou um acordo com a empresa de balsa e logística DFDS, da Suécia, que permitirá a primeira operação real do Vera, veículo de carga autônomo e elétrico, apresentado pela marca em 2018. A parceria prevê que o veículo rode em uma operação para o transporte de mercadorias em contêineres do centro de logística da empresa para o terminal portuário em Gotemburgo.
Indicado para curtas distâncias, o Vera possui sistema totalmente autônomo – sem a necessidade de motorista – e será monitorado por um operador em uma central de controle, que será responsável pela operação. A solução é adequada para este tipo de transporte com fluxos repetitivos com velocidade máxima de 40 km/h.
“Transportes autônomos com baixos níveis de ruído e zero emissões de escape têm um papel importante a desempenhar no futuro da logística e beneficiarão tanto empresas quanto a sociedade”, afirma o vice-presidente de soluções autônomas da Volvo Trucks, Mikael Karlsson. “Vemos essa colaboração como um começo importante e queremos promover o progresso nessa área. O Vera pode ter um limite de velocidade, mas nós não: os testes vão começar e nossa intenção é implementar a solução nos próximos anos”, acrescenta Karlsson.
A operação também permitirá aprimorar e desenvolver ainda mais a solução de transporte autônomo, com avanços em tecnologia, gestão de operações e adaptações de infraestrutura, para que possa ser completamente operacional.
A operação, que está sendo coordenada pela Volvo Trucks e DFDS, conta ainda com a parceria e apoio de várias outras envolvidas, como a agência sueca de inovação Vinnova, e a administração de transportes da Suécia e da agência sueca de energia, por meio do programa de pesquisa e inovação de veículos estratégicos FFI. As ações conjuntas garantem que serão tomadas todas as precauções necessárias de segurança.
Além disso, algumas adaptações de infraestrutura serão necessárias e fazem parte do processo de implementação, incluindo portões automatizados nos terminais.
“Queremos estar na vanguarda do transporte autônomo e conectado. Essa colaboração nos ajudará a desenvolver uma solução eficiente, flexível e sustentável de longo prazo para ter veículos autônomos que chegam aos nossos portões, beneficiando nossos clientes, o meio ambiente e os negócios”, afirma o CEO da DFDS, Torben Carlsen.
| Automotive Business (publicado em 14-06-2019) | | | | Um deles foi criado para SUVs e o outro promete boa dirigibilidade em condições difíceis
A Bridgestone acaba de lançar dois pneus no Brasil. Um deles ostenta a marca Firestone e é destinado ao segmento dos utilitários esportivos. O outro é da própria Bridgestone e promete boa dirigibilidade em condições difíceis. Ambos são produzidos em Camaçari (BA) e chegam à rede de revendas até o fim do mês.
O Firestone Destination LE2 tem medidas para aros de 16 a 18 polegada, foi desenvolvido para utilização em SUVs e será fornecido ao mercado de reposição. Sua construção e a carcaça garantem conforto e segurança em altas velocidades.
Os blocos de ombro são bem próximos e por isso favorecem o desempenho em piso seco e o aumento da vida útil, enquanto os sulcos circunferenciais ajudam a melhorar o desempenho em piso molhado.
“Os SUVs apresentam crescimento expressivo, por isso estamos trazendo uma nova geração de produtos Firestone”, afirma o diretor de marketing da Bridgestone, Oduvaldo Viana. O Firestone Destination LE2 é produzido nas medidas 225/55R18, 265/60R18, 265/65R17, 235/60R18, 235/50R18, 235/55R19, 225/65R17 e 235/55R18.
O Bridgestone Turanza T005 serve para automóveis com aros de 17 e 18 polegadas. Segundo a fabricante, foi desenvolvido para oferecer o máximo controle do veículo e frenagens seguras em condições difíceis, especialmente em pista molhada. O composto de borracha oferece bom compromisso entre aderência no molhado e resistência ao rolamento.
É equipamento original do Volkswagen T-Cross e será fornecido tanto para montadoras como ao mercado de reposição. Os arames que compõem a estrutura ajudam o Turanza T005 a diminuir o atrito contra o solo. A carcaça do pneu foi elaborada de forma a aumentar o conforto e a estabilidade em alta velocidade.
O novo Turanza está chegando às revendas nas medidas 225/50R17, 215/50R17, 215/45R17, 205/50R17, 235/55R17, 205/40R17, 225/45R18, 225/40R18, 235/45R18, 205/55R17 e 225/45R17.
Tanto o novo Firestone Destination como o Bridgestone Turanza são fabricados com a tecnologia O-Bead, capaz de mudar a forma com que o pneu interage com o aro, proporcionando um desgaste mais lento e uniforme. Vale recordar que a Firestone foi adquirida pela Bridgestone em 1988.
| Automotive Business (publicado em 14-06-2019) | | | | Empresa comprará 20% das ações da sueca Northvolt e estabelecerá uma joint venture com a parceira
A Volkswagen anunciou que investirá € 900 milhões em atividades conjuntas com a fabricante de baterias sueca Northvolt, com a qual a montadora já havia firmado parcerias. Parte do aporte será aplicado para a criação de uma joint venture 50/50 para a construção de uma fábrica de baterias na cidade de Salzgitter, no estado da Baixa Saxônia (Alemanha) com início da construção previsto para o início de 2020 e produção a partir do fim de 2023 e o início de 2024.
Além disso, outra parte do investimento será utilizado para a compra de 20% das ações da Northvolt pela VW, que terá um assento no conselho de administração. Todas as medidas estão sujeitas a aprovação.
“A Volkswagen está lançando as bases em todos os níveis para a implementação bem-sucedida de sua estratégia de eletrificação e com a Northvolt, também encontramos um parceiro europeu cujo know-how e processos de produção de células de bateria sustentáveis e otimizados para CO2 nos permitirão avançar na produção de células aqui na Alemanha. O pré-requisito para isso é, obviamente, a criação do quadro econômico necessário”, disse em nota o membro do conselho de administração da VW e responsável pela área de compras, Stefan Sommer.
Segundo a VW, por causa de sua ofensiva estratégica de eletrificação, as necessidades anuais do grupo na Europa a partir de 2025 são superiores a 150 GWh, escala similar esperada para a Ásia. A montadora quer se tornar a maior vendedora de veículos elétricos do mundo até 2025 e um portfólio com mais de 20 modelos.
Fundada em 2016, a Northvolt avançou rapidamente em seu foco de fornecer bateria de íons de lítio de última geração para a indústria automotiva e é considerada no mercado uma das mais ecológicas do mundo, com uma pegada mínima de CO2 e elevadas condições para a reciclagem. Atualmente, a empresa está montando uma linha de produção piloto para células de bateria em uma fábrica na Suécia com capacidade inicial de 16 GWh. Além da VW, ela mantém parcerias com a ABB, BMW, Scania, Siemens, Vattenfall e Vestas.
| Automotive Business (publicado em 14-06-2019) | | | | Segmento pesado continua impulsionando crescimento do mercado ao registrar alta de 63% no período
As vendas de implementos rodoviários avançaram 48% no acumulado de janeiro a maio na comparação com iguais meses do ano passado ao atingir o total de 46,6 mil unidades, segundo dados divulgados na quinta-feira, 13, pela Anfir, associação das fabricantes. O mercado continua sendo impulsionado pelo segmento pesado, de reboques e semirreboques, cujo crescimento chegou a 63% no período, totalizando 25,5 mil unidades.
O segmento leve também registrou aumento das vendas: em cinco meses, o volume evoluiu 33% também no comparativo anual, passando de 15,8 mil para 21 mil unidades, que consideram as carrocerias sobre chassis.
No mercado em geral, segundo a Anfir, das 22 categorias avaliadas pela entidade, dezoito registraram desempenho positivo no período. Quatro registram queda dos volumes, dos quais três no segmento pesado (canavieiro, baú frigorífico e tanque inox/alumínio) e um leve (baú lonado).
No processo de recuperação é importante que todos os segmentos reajam de forma a termos o mercado sustentável”, analisa Norberto Fabris, presidente da Anfir. “O mercado saudável reage de forma uniforme com os negócios acontecendo em diversos segmentos, provando que a economia está se reagindo como um todo e não somente em alguns setores”, completa.
No caso do segmento pesado, composto por 15 diferentes categorias, Fabris explica a representatividade do resultado negativo para baú frigorífico, tanque e canavieiro: “Os dois primeiros são produtos importantes, mas como seu volume é pequeno no momento, eles têm pouca influência no resultado da indústria”, afirma. No mercado canavieiro, há um recuo das vendas por questão sazonal: o momento atual é de colheita no maior estado produtor, que é São Paulo, cujos trabalhos iniciaram em abril. “As vendas de produtos desse segmento são feitas antes da safra”, aponta.
No setor leve, com categorias listadas pela Anfir, o desempenho negativo do baú lonado se deve a uma pequena diferença: foram 120 unidades emplacadas este ano contra as 126 de um ano atrás: “A diferença de seis produtos é tão pequena que é como se as vendas tivessem sido iguais”, considera o presidente da Anfir.
| Automotive Business (publicado em 14-06-2019) | | | | Sistema Light Steel Frame trará sofisticação tecnológica na construção civil por meio de projeto em desenvolvimento por empresa metalúrgica
Casas feitas na fábrica. Em um primeiro momento a ideia parece inviável, mas está prestes a se tornar parte do novo conceito de construção civil. A iniciativa viabilizada pela empresa CMC Módulos Construtivos, do Grupo Lafaete em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).
A técnica utiliza peças no sistema Light Steel Frame (estrutura de aço leve) que possibilita a montagem de residências ou estabelecimentos comerciais de médio e alto padrão. Automatizada em módulos 2 e 3D, a tecnologia gera painéis, banheiros e cozinhas que já vão prontos e acabados para a equipe de construtores.
Cada peça é produzida de acordo com as medidas definidas previamente no projeto arquitetônico de cada cliente e as estruturas são mais leves do que as convencionais e não perde em segurança, oferecendo ainda desempenho termo-acústico (isolamento de temperaturas e ruídos), evitando problemas com mofo ou proliferação de fungos pela umidade.
Imóveis como estes já são utilizados em países como Japão e Canadá, por exemplo, e trazem como principais benefícios a velocidade de execução da obra, redução de desperdício de materiais e precisão dimensional, além de ser sustentável, pois utiliza aço galvanizado 100% reciclável.
“A empresa sempre está em busca de inovação para acompanhar o que tem sido discutido e desenvolvido ao redor do mundo. Além disso, firmou parcerias com instituições sólidas como a Universidade de Alberta, USP e a EMBRAPII, sempre focada em desenvolver soluções de qualidade”, disse o diretor de operações do Grupo Lafaete, Edison Tateishi.
| CIMM | | | | Até agora, são 10 fabricantes de veículos e 22 de autopeças
O Rota 2030, programa de desenvolvimento industrial voltado à indústria automotiva, já conta com 32 empresas habilitadas, com base nas portarias divulgadas até agora pela Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, vinculada ao Ministério da Economia. Deste total, 10 são fabricantes de veículos e as demais 22 são empresas de autopeças e componentes fornecidos ao setor.
Vale lembrar que o Rota 2030 é dividido em três vertentes e a habilitação das empresas diz respeito a apenas uma delas, que é o incentivo tributário que as empresas poderão receber ao investirem em pesquisa e desenvolvimento no Brasil.
Esta habilitação não é obrigatória, mas voluntária, e uma vez habilitada a empresa se compromete em investir um porcentual mínimo do faturamento em P&D; em troca a regra prevê o abatimento de 30% dos investimentos realizados no valor do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), limitado a 30% dos tributos a pagar - o desconto sobe para 45% se os aportes forem feitos no desenvolvimento de componentes considerados estratégicos (leia mais no Especial Rota 2030 preparado por Automotive Business).
Até agora, as habilitações foram publicadas de forma diluída. A primeira delas veio a público na edição do Diário Oficial da União (DOU) de 28 de dezembro de 2018, ainda no governo anterior por meio de portarias do MDIC, extinto após o novo governo tomar posse. Naquela ocasião, quatro fabricantes foram as primeiras habilitadas ao programa: Agrale, PSA Peugeot Citroën, Volkswagen e Voss Automotive, esta última uma empresa de autopeças.
Desde janeiro de 2019, as portarias referentes à indústria têm sido publicadas pela Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, conforme determinação do Ministério da Economia, que integra várias secretarias. A segunda leva de habilitações veio no DOU de 21 de maio de 2019, onde constam 22 habilitações, das quais cinco montadoras e 17 autopeças.
O terceiro lote de empresas habilitadas foi divulgado há menos de uma semana, na edição do DOU de 5 de junho, com portarias para a habilitação de seis empresas, sendo duas montadoras e quatro autopeças.
Veja abaixo a lista completa das 32 empresas habilitadas até agora ao Rota 2030 com a data da publicação e a portaria correspondente.
Habilitadas em 5 de junho de 2019 (veja a edição do DOU página 25):
Fras-le (Portaria nº 243)
Volvo (244)
General Motors (246)
S Riko Automotive (247 e 248)
Brascabos (249)
Prometeon Tyre (250).
Habilitadas em 21 de maio de 2019 (veja a edição do DOU página 26, página 27 e página 28):
Viemar Indústria e Comércio (Portaria nº 211)
FCA Fiat Chrysler (212)
CNH Industrial (213)
KLL Equipamentos de Transporte (214)
Borghetti Turbos e Sistemas Automotivos/Master Power (215)
Valeo Climatização (216)
Gestamp (217)
Delphi Powertrain (219)
Dana (220)
Weidplas Brasil Indústria e Comércio de Plásticos (221)
Renault (222)
Rudolph Usinados (223)
Mercedes-Benz (224)
Schulz (225)
Marcopolo (226)
Brose (227)
Scania (228)
Setbus Soluções Automotivas (229)
Iochpe Maxion (230)
WEG Drivers & Controls Automação (231)
Metalmatrix Indústria Metalúrgica (232)
Nelson Metalurgia (233).
Habilitadas em 28 de dezembro de 2018 (veja a edição do DOU página 378):
PSA Peugeot Citroën (Portaria nº 2.177)
Voss Automotive (2.178)
Volkswagen (2.179)
Agrale (2.180)
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O 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, em São Paulo, foi palco para o lançamento do Finep Inovacred 4.0, nova ação de fomento à inovação empresarial em áreas como internet das coisas, big data, computação em nuvem, segurança digital, robótica avançada, manufatura digital e aditiva, inteligência artificial e digitalização. O anúncio foi feito pelo presidente da Finep, General Waldemar Barroso, durante a Sessão Política de Inovação: Desafio de Longo Prazo, realizada na terça-feira (11/6).
O presidente da Finep, General Waldemar Barroso, assina Memorando de Entendimentos com o Cônsul para Assuntos Econômicos do Israel Trade & Investment em São Paulo, Itzhak "Tsahi" Reich
O presidente da Finep, General Waldemar Barroso, assina Memorando de Entendimentos com o
Cônsul para Assuntos Econômicos do Israel Trade & Investment em São Paulo, Itzhak "Tsahi" Reich
Inicialmente, serão disponibilizados R$ 200 milhões na modalidade de crédito. A ideia é apoiar a formulação e implementação de Planos Empresariais Estratégicos De Digitalização que abarquem a utilização, em linhas de produção, de serviços de implantação de tecnologias da Indústria 4.0. São passíveis de financiamento empresas de pequeno a médio-grande porte, com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
Elaborada pela Finep em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e os ministérios da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Ação visa estimular o aumento da produtividade da indústria no País, sendo a primeira iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, formada por mais de 30 entidades representativas do governo, empresas e academia.
Ainda em fase piloto, o novo projeto está totalmente alinhado com a Ação de Fomento à Inovação em Internet das Coisas - Finep IoT, lançada em junho de 2018, com recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão. O Finep IoT apoia, prioritariamente, projetos que resultem em inovações em produtos, processos e serviços baseados em tecnologias digitais.
O objetivo é a integração de ambientes virtuais e físicos nos processos fabris, no agronegócio, no desenvolvimento urbano, na saúde e nas cadeias de serviços. Com o lançamento do Finep Inovacred 4.0, o apoio à formulação e implementação de planos de digitalização em empresas produtivas de menor porte passa a ser realizado através de um novo modelo.
As operações do Inovacred 4.0 serão apoiadas de forma descentralizada por agentes estaduais credenciados pela Finep. A novidade busca a simplificação dos processos de análise e acompanhamento das propostas, de forma a permitir maior agilidade na contratação e liberação dos recursos.
O modelo proposto traz como diferencial a utilização de empresas integradoras, que concebem e implementam os planos de digitalização nas empresas produtivas. Especializadas na prestação de serviços de adaptação, customização e desenvolvimento de softwares; automação de processos de produção e gestão da atividade industrial, as empresas integradoras serão previamente credenciadas pela Finep, assim como seus serviços.
Para o credenciamento, serão levadas em consideração o porte, a comprovação de capacidade e qualidade técnica e gerencial na implantação de planos de digitalização, além da recomendação de fornecedores de programas e equipamentos ligados às tecnologias da Indústria 4.0. A lista de integradoras autorizadas assim como os serviços validados ficarão disponíveis para consulta no site da Finep.
“Em geral, uma empresa não consegue implantar uma solução que englobe tecnologias da Indústria 4.0 sem a consultoria de uma empresa integradora, de forma que esse é o grande diferencial do Finep Inovacred 4.0”, afirma o superintendente de Inovação da Finep, Newton Hamatsu. Segundo ele, o impacto esperado é de um ganho de, no mínimo, 20% na produtividade das empresas beneficiárias.
Os planos de digitalização submetidos devem ter valor máximo de R$ 5 milhões. O limite foi estabelecido com base em estudo realizado pela CNI que estipulou em cerca de R$ 1,5 milhão – podendo chegar entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões - o valor médio de um plano de digitalização da Indústria 4.0, inclusive quando implementado por empresas de maior porte.
O presidente da Finep, General Waldemar Barroso, assina Memorando de Entendimentos com o Cônsul para Assuntos Econômicos do Israel Trade & Investment em São Paulo, Itzhak "Tsahi" Reich
Mesa de Debates
Barroso participou da última mesa do Congresso, que tratou de financimento público e privado à inovação, que também contou com a presença, dentre outros painelistas, de Paulo Alvim, Secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC.
Segundo Alvim, "avançamos muito nos últimos 20 anos. Inovação não é discurso. É caminho. É a forma de garantimos produtividade. Precisamos de um ecossistema que garanta o processo continuado de inovação. Saiamos do modelo de serrote para modelos exponenciais".
O General Barroso complementou a fala: "a Finep e o MCTIC estão trabalhando com prioridade, foco, convergência e trabalhando em equipe. A ideia é a contínua construção de um projeto nacional, voltado ao ambiente inovador com parceiros como a CNI. Estamos buscando reiventar a Finep e os nossos programas sempre, de modo a entender realidades locais".
Carlos Américo Pacheco, Diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, também foi debatedor no painel: "é preciso definir qual o horizonte que trabalharemos no futuro acerca de apoio de Estado e iniciativa privada para inovação. A pesquisa básica do mundo inteiro é de financiamento público. O Estado pode e deve alavancar o setor privado. São iniciativas de Estado que regulam o ambiente em que a inovação respira. A política pública de suporte à inovação deve convergir com o protagonismo privado".
O presidente da Finep, General Waldemar Barroso, assina Memorando de Entendimentos com o Cônsul para Assuntos Econômicos do Israel Trade & Investment em São Paulo, Itzhak "Tsahi" Reich
Memorando Finep e Israel
Ainda no Congresso, a Finep e a Autoridade Nacional de Inovação do Estado de Israel assinaram um Memorando de Entendimentos para cooperação em inovação tecnológica, pesquisa e desenvolvimento industriais.
Esse memorando permitirá a consolidação e ampliação de ações conjuntas para o fomento em tecnologia e inovação, tais como a chamada pública coordenada entre ambas agências, cujo prazo para apresentação de propostas encerra-se em 12/06/2019.
Nesse contexto, os projetos inovadores de interesse comum são desenvolvidos por empresas brasileiras e israelenses e apoiados respectivamente pela Finep e pela Autoridade Nacional de Inovação do Estado de Israel.
O presidente da Autoridade Nacional de Inovação, Dr. Amiram Appelbaum, foi representado pelo Cônsul para Assuntos Econômicos do Israel Trade & Investment em São Paulo, Itzhak “Tsahi” Reich .
| Ind 4.0 | | | | Noélly Mercer, gestora do Centro de Inovação SESI em Longevidade e Produtividade, apresenta iniciativa que ajuda gestores a estimular troca de experiências e conhecimentos entre trabalhadores de diferentes gerações
A atual expectativa média de vida do brasileiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 76 anos, a mais alta da história do país. E a tendência é a população envelhecer ainda. Aliado a isso, a aprovação da Reforma da Previdência manterá as pessoas por mais tempo trabalhando. Na indústria, segundo dados do Ministério do Trabalho, o número de trabalhadores acima de 50 anos vai praticamente dobrar em 2040, invertendo a atual pirâmide de faixa etária mais produtiva no setor – onde hoje prevalece a população entre 20 e 29 anos de idade.
Esse cenário traz oportunidades e desafios para empresas na construção de ambientes de trabalho amigáveis a todas as idades, não só do ponto de vista físico quanto na gestão de pessoas. Em entrevista à Agência CNI de Notícias, Noélly Mercer, gestora do Centro de Inovação SESI em Longevidade e Produtividade, destaca que é importante, em primeiro lugar, quebrar estereótipos de que o profissional com mais de 60 anos não tem mais com que contribuir nas equipes e que chegou a hora de se aposentar. “Um desafio aos gestores será incentivar a troca de experiências e conhecimentos entre profissionais de diferentes gerações”, afirma.
Além da entrevista, no vídeo há depoimentos de profissionais envolvidos no programa de Mentoria, desenvolvido pelo Centro de Inovação na Indústria Mão Colorida. A iniciativa, citada por Noélly na conversa, contribui para esse compartilhamento de conhecimento no ambiente de trabalho e para a redução de conflitos entre gerações.
| CNI | | | | Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pós-graduado em gestão de negócios, o executivo Ricardo Panhan é o novo CEO da Protendit, empresa referência na área de pré-fabricados protendidos.
Panhan, que ocupava a posição de diretor comercial da Protendit, assumiu o compromisso de gerar soluções inteligentes aos clientes, com atendimento de máxima qualidade, priorizando a excelência. Entre os pilares de sua futura governança estão a qualificação, a satisfação e o reconhecimento dos colaboradores.
Para conquistar esses objetivos, o engenheiro aposta em inovação e tecnologia por meio do Protendit 4.0. Lançado no início deste mês, o projeto, baseado nos conceitos de automatização de processos da indústria 4.0, em conjunto com a ampliação do BIM na modelação 3D e na integração com todos os processos produtivos, deve colocar a companhia num novo patamar de velocidade e qualidade de processos, gerando ganhos significativos nas linhas de produção.
“Apesar do cenário macroeconômico atual ser desafiador, acredito no poder de recuperação da construção civil e no bom trabalho que temos realizado desde o início do ano. Tornamos nossos processos mais eficazes em busca de maior competitividade e melhores soluções para nossos clientes”, destaca Panhan.
Entre os investimentos da empresa, a Protendit aposta em uma unidade referência no Brasil, em Potirendaba, no interior paulista. A empresa também está investindo na renovação de todo seu parque fabril - nas unidades de São Paulo e São José do Rio Preto. “A expansão nos próximos cinco anos por meio de novas unidades industriais também está em nosso radar”, afirma Panhan.
“Novos produtos já estão em desenvolvimento, buscando integrar soluções construtivas mistas. A Protendit segue como referência no segmento de pré-fabricados protendidos, onde é pioneira, porém, com a jovialidade e agilidade de uma startup, que entrega desempenho, inovação e qualidade a seus clientes”, completou.
| CIMM (publicado em 14-06-2019) | | | |
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