| 24 de JUlho de 2020
Sexta-feira
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Em 24/07/2020
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Fonte: BACEN
| | | | Segue material compilado das Medidas emergenciais anunciadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal atualizado conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, sendo incluídas as seguintes informações:
Acesse o documento completo clicando AQUI
GOVERNO FEDERAL
Portaria nº 444, de 22 de julho de 2020, do Ministério da Cidadania. Amplia o prazo para saque dos benefícios financeiros do Programa Bolsa Família, criado pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, considerando os efeitos da pandemia decorrente da Covid-19.
Instrução Normativa nº 60, de 23 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Estabelece orientações aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, quanto às medidas relacionadas aos afastamentos, em andamento, para ação de desenvolvimento de pessoas, durante a emergência de saúde pública decorrente da Covid-19.
Carta Circular nº 4.072, de 22 de julho de 2020, do Ministério da Economia. Altera o Leiaute e as Instruções de Preenchimento do documento 3040 - Dados de Risco de Crédito, do Sistema de Informações de Créditos (SCR), de que tratam a Circular nº 3.870, de 19 de dezembro de 2017, e a Carta Circular nº 3.869, de 19 de março de 2018, tendo em vista as medidas adotadas para o combate dos efeitos da pandemia na economia.
GOVERNO ESTADUAL
Diário Oficial do Paraná dos dias 22, 23 e 24 não disponibilizados no Portal de Imprensa Oficial do Estado até às 9h.
GOVERNO MUNICIPAL
Decreto nº 1.016, de Maringá. Dispõe sobre medidas adicionais adotadas para fins de enfrentamento da pandemia decorrente do coronavírus (covid-19).
Decreto nº 357, de Castro. Regula as condutas a serem adotadas por todos os munícipes, agentes públicos, atores econômicos e sociais, em suas atividades ou fora dela, visando o combate à pandemia covid-19 no âmbito do Município de castro passa a ser regulada pelas disposições do presente Decreto.
Decreto nº 1.114, de Bocaiuva do Sul. Dispões sobre medidas de enfrentamento da COVID-19 nos termos do Decreto nº 4.942 do Governo do Estado do Paraná e deliberações do Fórum Metropolitano de Combate a COVID-19.
| Sistema FIEP | | | | WEBINAR: 10 ANOS DA PNRS E O PANORAMA DA LOGÍSTICA REVERSA NO PARANÁ - NOVO
DIA: 29 DE JULHO
HORÁRIO: 16H
WEBINAR: INDÚSTRIA EM DEBATE: CUSTO BRASIL E REFORMA TRIBUTÁRIA - NOVO
DIA: 30 de julho
HORÁRIO: 10h às 12h
| SINDIMETAL/PR | | | | O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, elogiou a estratégia adotada por Curitiba no tratamento da covid-19.
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, elogiou nesta quinta-feira (23/7) a estratégia adotada por Curitiba de abertura de novos leitos de tratamento da covid-19 em estruturas já existentes, como os dois hospitais exclusivos do município. “É uma estratégia espetacular. A melhor solução se comparada com os hospitais de campanha”, justificou ele.
Pazuello esteve reunido, em Curitiba, com o prefeito Rafael Greca e o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Ele veio à capital para alinhar ações de combate ao coronavírus. A visita fez parte de um roteiro do ministro interino pela região Sul do Brasil.
“Nossa sólida rede hospitalar está preparada para atender com uma medicina de qualidade os pacientes que precisarem. Mas volto a repetir, nada disso vai dar conta da pandemia se a população não colaborar ficando em casa”, salientou Greca.
Para o prefeito, o reconhecimento do ministro interino mostra que a capital adotou a estratégia certa de gestão pública para o enfrentamento da covid-19. “Juntos, vamos vencer as dificuldades causadas pelo novo coronavírus", reiterou ele.
Curitiba tem hoje dois hospitais para atendimento exclusivo de pacientes de covid-19. O Instituto de Medicina, no Alto da XV, foi aberto em julho pela Prefeitura, com 110 leitos, sendo 50 de UTI e 60 clínicos (para casos menos graves). Já o Hospital Vitória funciona desde junho na CIC, com 140 leitos - 120 de enfermaria e 20 de UTI.
No total, a capital conta hoje com 335 UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivas para covid-19.
Diálogo institucional
O ministro interino da saúde também parabenizou a Prefeitura e Governo do Estado pelo nível de diálogo institucional com o governo federal em prol do combate à pandemia.
“Nos deixa reconfortados saber que todos estamos unidos por um bem maior, que é o enfrentamento desta pandemia”, justificou ele.
Pazuello afirmou que o Ministério da Saúde está recebendo as demandas de Curitiba e do estado com muita atenção, e que está trabalhando desde já para poder entregar equipamentos e insumos. Ele citou a necessidade de envio de remédios e de habilitação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
A respeito de medicamentos utilizados para a entubação de pacientes em UTI, o ministro interino contou que a pasta negocia preços desses itens com o mercado de fora do país, e citou o Uruguai como uma das opções.
“O Paraná tem uma estrutura estabilizada. Temos, sim, condição de dar uma resposta mais efetiva. Em poucas horas ou em um dia vamos pegar um estoque de emergência para não deixar faltar”, disse ele, que não descartou a possibilidade de fazer a entrega com a ajuda do Exército.
Pazuello também falou sobre a intenção de aumentar a estratégia de testagem da população para covid-19. Ele mencionou o fortalecimento dos Laboratórios Centrais (Lacens) e a compra de equipamentos para extrair mais amostras, mas não citou prazos para a ampliação da testagem.
“A testagem deve ser feita quando ela integra uma estratégia de combate à doença”, argumentou.
Também participaram da reunião com o ministro interino a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak; o secretário estadual da Saúde, Beto Preto; e os deputados federais Ricardo Barros e Leandre Dal Ponte.
| Prefeitura de Curitiba | | | | Em encontro com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, no Palácio Iguaçu, ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, assegurou que vai renovar a habilitação de leitos de UTI e enviar medicamentos anestésicos para intubação dos pacientes em tratamento da Covid-19.
O Ministério da Saúde garantiu nesta quinta-feira (23) que vai ampliar as parcerias com o Governo do Paraná e atender várias demandas encaminhadas para a União pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para reforçar o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Estado.
Após reunião com Ratinho Junior, no Palácio Iguaçu, o ministro interino Eduardo Pazuello assegurou a renovação da habilitação de 438 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 35 leitos de UTI pediátrica que estão sendo utilizados pelos hospitais paranaenses em todas as regiões. Esse é o procedimento pelo qual a União passa a custear algumas despesas dessas estruturas.
Ele também se comprometeu a enviar para o Paraná medicamentos anestésicos para intubação dos pacientes em tratamento intensivo por causa da Covid-19. Outro compromisso é atender, nos próximos meses, um pedido de habilitação de mais 303 leitos de tratamento avançado.
No encontro com o ministro, a equipe de governo solicitou mais 150 ventiladores e 150 monitores para ampliar o atendimento nos hospitais públicos, privados e filantrópicos que fazem parte da estratégia de enfrentamento contra a Covid-19, e a contratação de mais 217 médicos para municípios paranaenses a partir das vagas remanescentes do edital de seleção do programa Mais Médicos.
“Apresentamos o que o Paraná vem fazendo desde o começo da pandemia, a estruturação dos hospitais e leitos exclusivos para pacientes com a doença. Explicamos a nossa opção de potencializar hospitais regionais, universitários, e deixar estruturas como legado para a sociedade.
Ultrapassamos 1.000 novos leitos de UTI para adultos em apenas 130 dias, o que é um marco da saúde pública”, afirmou Ratinho Junior.
Ele também disse que o Estado vem mantendo o equilíbrio na resposta da pandemia e tem se destacado em alguns aspectos, como a transparência nas contas públicas, a compra de equipamentos por preços inferiores aos praticados nos outros estados e a testagem estratégica da população, com atuação na divisa com São Paulo, nas fronteiras com o Paraguai e a Argentina e nas Unidades Básicas de Saúde.
“O Paraná é o segundo ente que mais testa em valores absolutos, atrás apenas de São Paulo. Distribuímos mais de 400 mil testes rápidos para as prefeituras e fizemos 230 mil testes do tipo gold (RT-PCR), em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), braço estadual da Fiocruz”, acrescentou Ratinho Junior. “Estamos aplicando esse modelo em parceria com a atenção básica e a vigilância epidemiológica. Sabíamos que o Sul sofreria no inverno e nos preparamos para esse momento com apoio do Ministério da Saúde”.
REUNIÃO – O ministro Eduardo Pazuello disse que as medidas adotadas no Paraná estão amparadas por critérios técnicos e mantiveram o Estado dentro de uma evolução controlada. Apesar do crescimento de casos e óbitos registrado nos últimos dias, o Estado mantém taxas de incidência de casos e de óbitos por 100 mil habitantes em patamar estável e baixo em relação aos demais estados.
“O objetivo principal dessa visita foi trocar informações relevantes sobre esse enfrentamento e ajudar os estados. Quando vemos um Estado unido como o Paraná, é um diferencial, nos deixa esperançosos em relação ao futuro desse enfrentamento”, afirmou o ministro. Ele aproveitou a passagem pelo Estado para se solidarizar com as famílias dos paranaenses que perderam a vida e rendeu homenagens aos profissionais da saúde que estão se expondo todos os dias.
Pazuello também garantiu que o Ministério da Saúde trabalha para liberar os medicamentos aos Estados em diversas frentes: cotação internacional por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), procedimento licitatório para Ata de Registro de Preços, e solicitação junto às indústrias farmacêuticas para informar excedentes na produção.
“Estamos com instabilidade no mercado de medicamentos, houve aumento na demanda e nos preços, mas estamos comprando no exterior e atendendo os lugares que mais precisam. Na semana que vem teremos as atas liberadas para comprar”, completou Pazuello. “E em relação aos leitos requeridos pelo Estado, vamos renovar aqueles já habilitados, isso já está pactuado, e habilitar aqueles solicitados. Temos recursos para isso, é uma estratégia para ter uma segurança no atendimento”.
APRESENTAÇÃO – O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, apresentou aos representantes do Ministério da Saúde uma síntese das ações de combate ao novo coronavírus no Estado. Ele citou as projeções epidemiológicas construídas em parceria com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que auxiliam na estratégia de enfrentar o crescimento dos casos, e a parceria estabelecida com os secretários municipais, as prefeituras e empresas que concentram muitos trabalhadores, como os frigoríficos.
“O Paraná optou por um caminho equilibrado desde o começo da pandemia. Agimos em março para conter a circulação do vírus, medida que nos deu tempo para preparar as estruturas hospitalares e contratar profissionais, e novamente em julho em algumas regionais de Saúde. O aumento de casos no inverno já era esperando e estamos trabalhando diariamente para atender com rapidez os cidadãos paranaenses”, arrematou Beto Preto.
PARCERIA – Desde o início do ano, o Ministério da Saúde repassou para o Governo do Estado e os municípios paranaenses cerca de R$ 1 bilhão para o enfrentamento da Covid-19. De março a julho a pasta habilitou 473 leitos de UTI exclusivos, sendo 35 leitos pediátricos, com investimento de R$ 68,1 milhões.
Segundo Pazuello, o Paraná recebeu 1,6 milhão de medicamentos, 9,1 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras, luvas, aventais e álcool, além de insumos para testagem. Neste mês o Paraná também recebeu 534 ventiladores pulmonares, dentro de um programa de 7,9 mil equipamentos entregues pelo governo federal aos estados. Foram entregues 214 para o Governo do Estado e 320 aos municípios.
PRESENÇAS – Participaram da reunião o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o secretário de Segurança Pública, Romulo Marinho; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; o deputado estadual Delegado Fernando; o prefeito de Curitiba, Rafael Greca; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; a secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak; o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Júnior; o diretor em Gestão da Saúde da Sesa, Vinicius Filipak; a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesa, Maria Goretti; o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela; o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros; o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otávio Duarte; o diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS, Angelo Martins Denicoli; a diretora de programa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Laura Appi; o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná, Carlos Andrade; o secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira; Airton Soligo e Zoser Hardman, assessores especiais do Ministério da Saúde; e os deputados federais Luís Antônio Teixeira (presidente da Comissão Externa do Coronavírus da Câmara dos Deputados), Carmen Zanotto, Leandre e Ricardo Barros.
Estado pede colaboração no enfrentamento da dengue
O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, também solicitou ao ministro Eduardo Pazuello ajuda no combate à epidemia de dengue. Houve um aumento de casos no Paraná no último ano por causa de um novo sorotipo da doença, que até então não circulava no Estado. O fluxo desse subtipo diferente fez com que as pessoas infectadas evoluíssem para formas mais graves.
O Paraná registrou 227.724 casos e 177 mortes no último ano (julho de 2019 a julho de 2020), de acordo com boletim da Secretaria de Estado da Saúde. Atualmente 244 cidades estão em situação de epidemia e 31 em alerta para a dengue. Outros 22.700 casos seguem em investigação. Em relação ao período anterior (2018/2019), o aumento no número de casos confirmados foi de mais de 100%.
“A doença segue como uma das maiores preocupações do Estado. Vamos discutir novas estratégias em parceria com o Ministério da Saúde para tentar diminuir a incidência de casos no Paraná nos próximos meses”, disse o secretário Beto Preto. “A dengue pode ser evitada com a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença. Precisamos unir todas as forças em torno dessa batalha, que também é desafiadora para o Paraná”.
| Agência Estadual de Notícias | | | | O Ministério interino da Saúde Eduardo Pazuello garantiu, nesta quinta-feira (23), que vai ampliar as parcerias com o Governo do Paraná e atender várias demandas encaminhadas para a União pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, O objetivo é reforçar o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Estado.
Após reunião com o governador Ratinho Junior no Palácio Iguaçu, o ministro assegurou a renovação da habilitação de 438 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 35 leitos de UTI pediátrica que estão sendo utilizados pelos hospitais paranaenses em todas as regiões. Esse é o procedimento pelo qual a União passa a custear algumas despesas dessas estruturas.
Ele também se comprometeu a enviar para o Paraná medicamentos anestésicos para intubação dos pacientes em tratamento intensivo por causa da Covid-19. Este é um dos principais problemas no Paraná no combate à Covid-19. Nesta semana o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, disse que esses insumos estavam no fim e pedia ajuda do governo federal para repor os estoques. Estes medicamentos são essenciais para pacientes em estado grave na UTI que necessitam de auxílio de ventilação mecânica.
Outro compromisso é atender, nos próximos meses, um pedido de habilitação de mais 303 leitos de tratamento avançado.
O ministro reconheceu que as medidas adotadas no Paraná estão amparadas por critérios técnicos e mantiveram o Estado dentro de uma evolução controlada. Apesar do crescimento de casos e óbitos registrado nos últimos dias, o Estado mantém taxas de incidência de casos e de óbitos por 100 mil habitantes em patamar estável e baixo em relação aos demais estados.
“O objetivo principal dessa visita foi trocar informações relevantes sobre esse enfrentamento e ajudar os estados”, disse Pazuello.
Pazuello elogia ações no Estado e chama a atenção para o inverno no Sul do País
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, elogiou a condução das ações de combate à covid-19 pelo governo paranaense e creditou o aumento de casos no estado ao inverno no Sul do País. O Paraná teve, desde o início da pandemia, 61.335 casos confirmados e 1.526 mortes em função da Covid-19 até ontem. A curva de contaminação vem crescendo, especialmente a partir do início de julho.
“É momento mais crítico para doenças respiratórias. O estado e os municípios do Paraná vêm tomando as medidas que podem tomar, mas a curva tende a crescer. Outra coisa é curva de óbitos. Esta última cabe a nós, como vamos dar resposta”, declarou Pazuello que esteve no estado, dando sequência às viagens pelo Sul do país para discutir a situação da pandemia e o apoio do Executivo federal para enfrentamento da situação.
Perguntado sobre o apoio no fornecimento de medicamentos, demanda de vários estados diante nas dificuldades de abastecimento, Pazuello voltou a apresentar as medidas em curso pelo órgão diante da “instabilidade do mercado”. Segundo o ministro, foram adquiridos estoques excedentes juntamente a fabricantes, além de procedimentos de compra.
“Estamos comprando medicamentos no exterior com Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), mas estamos em um imbróglio sobre preço, pois está mais alto que nossas tabelas. Compramos lote pelo Uruguai e fizemos distribuição ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde estava mais apertado. O que vai resolver o problema é licitação centralizada com participação de estados e capitais, onde o preço vai estar equalizado, já com logística de entrega”, destacou.
Estado passa de 60 mil casos e 1.500 mortes por coronavírus
O Paraná acumula 61.335 casos confirmados e 1.526 mortes em decorrência da Covid-19. Ontem, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou 2.066 novos diagnósticos positivos e 59 óbitos pela doença. Até ontem, 1.071 pacientes com diagnóstico confirmado estavam internados. Eram 826 em leitos SUS (379 em UTI e 447 em leitos enfermaria) e 245 em leitos da rede particular (94 em UTI e 151 em enfermaria).
Havia outros 1.111 pacientes internados, 507 em leitos UTI e 604 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão nas redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2. As 59 pessoas que faleceram, relatadas no informativo, estavam internadas. São 31 mulheres e 28 homens, com idades que variam de 31 a 98 anos. Os óbitos ocorreram entre os dias 5 a 23 de julho.
Curitiba — O boletim divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrava ontem 18 novos óbitos de moradores de Curitiba por Covid-19. Com os novos registros, sobe para 422 o número de mortes pela doença. Além dos 422 óbitos confirmados outros 11 estão em investigação
Segundo dados da SMS foram confirmados mais 640 novos casos da covid-19. Até agora 15.704 moradores da cidade testaram positivo para o novo coronavírus. Desse total, 8.341 estão liberados do isolamento e outros 6.941 estão com a doença em fase ativa, ou seja podem transmitir o vírus.
País — Dados do Ministério da Saúde mostram que, dos 2,22 milhões de brasileiros que foram infectados pelo novo coronavírus, 68,6% se recuperaram da doença, 3,7% morreram e 27,7% estão em tratamento. O número acumulado de casos confirmados de Covid-19 no Brasil chega a 2.228.475. Nas últimas 24 horas, foram acrescidas às estatísticas do Ministério da Saúde 59.962 novos diagnósticos positivos da doença.
O país chegou a 84.082 mortes por causa pelo novo coronavírus. De acordo com o balanço do ministério, foram 1.311 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
| Bem Paraná | | | | O Ministério Público do Paraná interpôs recurso nesta quinta-feira, 23 de julho, contestando decisão judicial que negou provimento aos requerimentos feitos no âmbito de ação civil pública para a invalidação de atos normativos do Estado do Paraná que contribuíram para o funcionamento de atividades comerciais tidas como não essenciais, enquanto durar o estado de emergência em saúde pública decretado em decorrência da pandemia de Covid-19. O documento é assinado pelos promotores de Justiça responsáveis pela área de Proteção à Saúde Pública nas quatro macrorregiões do Paraná (Leste, Oeste, Norte e Noroeste).
Os promotores destacam que o agravo de instrumento (com pedido urgente de atribuição de efeito ativo) foi interposto em decorrência do constante aumento de casos diagnosticados e de óbitos por Covid-19, da aproximação do esgotamento da capacidade instalada da rede de saúde em determinadas regiões do estado, bem como em razão do reconhecimento de que determinados medicamentos para manter pacientes internados em UTI estão prestes a acabar (em até quatro dias, conforme divulgado pela imprensa). Por fim, argumentam que, apesar do agravamento do quadro, o índice de isolamento social tem sido cada vez menor.
Histórico – A ação civil pública foi ajuizada no dia 29 de junho. Nela, além da invalidação das normativas que afrouxaram as regras de isolamento social, o MPPR requer que o Estado do Paraná se abstenha de adotar novas medidas que tenham o mesmo propósito sem prévia apresentação de justificativa técnica fundamentada em evidências científicas e em orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
Solicita ainda que, em função do agravamento do quadro de contaminação e do número de mortes decorrentes da Covid-19, o Estado do Paraná adote medidas compatíveis com a gravidade do atual cenário, entre elas restrições mais severas, sobretudo nas regiões que apresentam quadros mais preocupantes.
Tal requerimento considera também o período do inverno, quando as síndromes respiratórias agudas se tornam mais frequentes, impactando as redes pública e privada de saúde. O MPPR justifica a urgência em se adotar tais medidas para evitar mais vítimas e também para prevenir o colapso do sistema de saúde.
Em primeira análise, a Justiça não atendeu os requerimentos do MPPR, sustentado que o Decreto Estadual 4.942/20 contemplava boa parte dos pedidos. Porém, o decreto não teve seu período de validade ampliado pelo Estado, o que fez com que os promotores de Justiça reiterassem os pleitos em 16 de julho. Novamente, não houve provimento dos pleitos e por isso novo recurso foi interposto.
A ação civil pública está em tramitação na 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Curitiba (processo nº 0002652-59.2020.8.16.0004).
| Bem Paraná | | | | Um túnel de desinfecção com ozônio úmido está em fase final de desenvolvimento na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba. A iniciativa está na fase final e, após ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), poderá ser usada como medida de combate à Covid-19 nas fronteiras e indústrias do Brasil. O projeto é desenvolvido com apoio do Ministério de Defesa e patrocinado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que investiu cerca de R$ 250 mil na pesquisa científica.
Segundo o representante do Ministério da Defesa, Luiz Antônio Duizit, após a aprovação da Anvisa, o túnel deverá ser instalado nas regiões de fronteira do país, como na Ponte Internacional da Amizade, no Paraguai, e na Ponte Internacional da Fraternidade, na Argentina, que ligam os países a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O objetivo da Fiep com a pesquisa é, a princípio, utilizar o túnel nas indústrias do Paraná, que geram cerca de 760 mil empregos e onde ocorre uma significativa aglomeração de pessoas. Por isso, a federação busca inovar na pandemia, com iniciativas que diminuam o impacto sanitário no setor. Na sequência, o projeto será disponibilizado nacionalmente.
De acordo com o professor Rubens Alexandre de Faria, o principal diferencial do túnel será a forma de desinfecção, que está sendo testada cientificamente desde abril de 2020. O protótipo utiliza ozônio em gotículas de água.
Ele explicou que as cabines que estão sendo utilizadas em várias cidades do país, desinfectam o espaço, normalmente, com quatro tipos de produtos químicos, como água sanitária, que podem ser prejudiciais à saúde de quem passa pela estrutura. O trabalho dos pesquisadores da UTFPR foi adaptar a ideia das cabines tradicionais do Brasil e de túneis similares aos usados em países estrangeiros.
| Bem Paraná | | | | A indústria de alimentos, um dos mais importantes segmentos do parque fabril do Estado, é o setor com o mais elevado nível de operação no Paraná atualmente, alcançando 97,2% do patamar pré-pandemia. Os dados constam no boletim conjuntural elaborado pelas secretarias de Fazenda e Planejamento e Projetos Estruturantes. O estudo divulgado nesta quinta-feira, 23 de julho, mostra um retrato da economia paranaense na última semana.
O boletim demonstra que as vendas do ramo de alimentos acompanharam o movimento dos supermercados e apresentam alta. Durante a pandemia, a comercialização do setor manteve um crescimento estável e a soma do primeiro semestre revela avanços significativos em relação ao mesmo período do ano passado.
De janeiro a junho, houve aquecimento das vendas de cereais, farinhas, sementes, chás e café (34%); frutas, verduras e raízes (23%); carnes, peixes e frutos do mar (17%); e laticínios, ovos e mel (7%). Por outro lado, o segmento de restaurantes e lanchonetes segue como o mais afetado pela pandemia, com um índice de vendas de 45% na última semana na comparação com o início de março.
O boletim desta semana revela que o comércio pela internet ou televendas segue como opção de compra para grande parte dos consumidores. Na semana de 13/07 a 19/07, 59% das vendas de equipamentos eletroeletrônicos, lojas de departamento ou magazines, informática, áudio e vídeo e telefonia ocorreram na modalidade não-presencial.
As medidas de isolamento social inverteram o cenário de antes da pandemia, quando o comportamento de consumo destes produtos pendia para a modalidade presencial. Na primeira semana de março, período que serve como base comparativa, 55% dos consumidores optavam por frequentar as lojas.
ATIVIDADE ECONÔMICA
O boletim da semana traz ainda os resultados do Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central, que mostra a comparação entre o valor nacional e dos estados do Sul do país entre janeiro e maio.
Apesar dos impactos da Covid-19 sobre as atividades produtivas paranaenses, a economia do Estado apresenta comportamento menos desfavorável do que em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, exibindo também performance melhor que o do País.
Neste recorte, o índice paranaense ficou em 93,1 em maio – ou seja, está em 93,1% do índice de janeiro de 2020, que foi considerado como 100). Também em maio, o índice do Brasil atingiu 86,4, enquanto o Rio Grande do Sul alcançou 92,3 e Santa Catarina atingiu 90,3.
Em todo o Paraná, 5.800 empresas (4.400 inseridas no Simples Nacional e 1.400 no Regime Normal) seguiam fechadas na semana passada, mesmo após o término das regras mais rígidas sobre o comércio e as atividades não essenciais no dia 14/07. Durante o período de restrição, nas duas primeiras semanas de julho, 12,6 mil estabelecimentos haviam paralisado suas atividades.
O boletim conjuntural registra que o percentual de empresas abertas, por sua vez, passou de 87% para 93% na semana de 13 a 17 (ou 19) de julho – índice semelhante aos atingidos nos meses de maio e junho, que registraram médias de 91% e 94%, respectivamente.
O boletim considera como ativa a empresa que emitiu ao menos um documento fiscal (NF-e ou NFC-e) de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo estadual, e utiliza o índice de 100% para o período de normalidade econômica da pré-pandemia (9 a 13 de março), possibilitando uma comparação da atividade econômica nos meses subsequentes.
Em alguns municípios, 100% das empresas já estão em plena atividade – são os casos de Arapongas e Francisco Beltrão. Em Curitiba, são 87%. Foz do Iguaçu tem um dos menores índices do estado: apenas 83% das empresas estão ativas.
REGIÕES
De acordo com o boletim, a emissão de notas fiscais registrou recuperação, embora em níveis pouco relevantes, no período de 1 a 19 de julho. O valor médio diário, na soma do Estado, cresceu em todos os setores selecionados: comércio atacadista, comércio varejista, indústria de alimentos e outras atividades da indústria de transformação.
A macrorregião Leste (do Centro-Sul ao Litoral, passando pela Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais) registrou aumento nas quatro atividades levantadas. A indústria de alimentos já supera os patamares obtidos no início de março.
Na macrorregião Noroeste (região de Maringá e Umuarama), o valor médio diário caiu razoavelmente na indústria de alimentos, enquanto os outros três setores registraram alta. A macrorregião Norte (Londrina e Cornélio Procópio) teve queda no comércio atacadista e na indústria de transformação, mas alta no comércio varejista e na indústria de alimentos.
Finalmente, a macrorregião Oeste contabilizou alta no comércio varejista, na indústria de alimentos e demais atividades manufatureiras, sendo exceção o comércio atacadista.
SETORES
Na semana encerrada em 19 de julho, houve uma pequena redução nas vendas de supermercados e farmácias, que haviam tido uma alta pontual no consumo duramente o período em que vigorou o decreto com medidas mais restritivas de circulação (1 a 15 de julho). Segmentos como áudio, vídeo e eletrodomésticos e materiais de construção e ferragens tiveram pequena alta.
Setores varejistas ligados ao funcionamento de shoppings centers e centros comerciais registraram uma pequena reação na semana passada, em relação ao período de restrição. Porém ainda sofrem com a forte redução das vendas em julho. É o caso de vestuário, calçados e cama, mesa e banho.
PRODUTOS
Em relação aos produtos, os segmentos de automóveis, motocicletas e caminhões/ônibus mostram reação após três semanas de queda, voltando aos mesmos patamares de junho. Automóveis atingiram o patamar de 110% e caminhões e ônibus 125%. Em relação ao período anterior à pandemia, a venda de motocicletas segue distante do padrão normal, na casa de 79%.
O desempenho do ramo de produtos químicos também chama a atenção. Na semana passada o setor teve o maior crescimento, saltando 30 pontos porcentuais nas vendas e chegando a uma tax de operação de 120% na comparação com março.
O boletim indica estabilidade em setores como bebidas alcoólicas e bebidas não alcoólicas e itens de consumo duráveis (linha branca, telefone celular, notebooks, móveis, colchões e iluminação).
As vendas de combustíveis também apresentaram pouca alteração, em patamares bem distantes ao período pré-pandêmico. A queda na quantidade de litros, combinada com a redução no preço, leva a uma queda ainda maior nas vendas em reais, que é a base de cálculo para o ICMS.
EXPORTAÇÕES
Em relação ao comércio exterior, o boletim conjuntural mostra que as vendas de máquinas, equipamentos e veículos para o exterior atingiram patamares superiores aos de março, após 10 semanas de baixa. As exportações de alimentos e matérias primas mantiveram a tendência de alta, principalmente devido ao comportamento do câmbio.
| Bem Paraná | | | | Pelo menos seis estados adotaram modelos que dividem regiões para guiar flexibilização do isolamento
Com bandeiras, fases, ondas ou riscos, protocolos que dividem estados em regiões ou municípios foram adotados em pelo menos seis governos estaduais para definir medidas e reabertura em meio a pandemia do novo coronavírus.
Seguindo critérios como evolução de novos casos e ocupação de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) para orientar medidas, enquanto alguns têm vivido disputas judiciais em cima delas, outros apontam melhora nos índices de arrecadação.
Em São Paulo, onde a adesão é obrigatória, municípios têm brigado pela possibilidade de manter abertura; já em Minas Gerais, onde prefeitos têm a última palavra, uma decisão judicial determinou que deveriam aderir ao plano criado pelo governo Romeu Zema (Novo) ou a uma deliberação estadual mais restritiva.
Ao deixar a adesão ao Minas Consciente a critério das prefeituras, o estado acabou vivendo uma situação de insegurança jurídica que levou à judicialização para determinar quais medidas deveriam ser adotadas em vários municípios, segundo o promotor Luciano Moreira.
Municípios como Sete Lagoas e Patos de Minas aderiram depois de decisão judicial a favor de pedidos do Ministério Público estadual. A decisão judicial que determinou a escolha entre o plano ou a deliberação para toda Minas Gerais também foi movida pela Promotoria, visando padronizar o mosaico de situações pelo estado.
Até esta segunda-feira (20), 11 dias depois da decisão, a adesão ainda era baixa: dos 853 municípios mineiros, só 221 aderiram ao plano. Ele prevê quatro ondas e uma fase pós-pandemia, para a flexibilização, ativadas de acordo com a evolução da pandemia nas regiões.
Sem números fechados sobre a reativação da economia pós-flexibilização, o estado registrou queda na arrecadação tributária de R$ 1,01 bilhão em abril e R$ 902 milhões em maio. Com a flexibilização em vários municípios, em junho, as perdas foram de R$ 597 milhões. A projeção para julho é de R$ 855 milhões.
As duas maiores cidades mineiras, Belo Horizonte e Uberlândia, que concentram cerca de um quarto dos casos confirmados do novo coronavírus, seguem fora da lista de adesão ao plano, mesmo com a decisão judicial. Uberlândia chegou a recorrer, mas os embargos foram negados.
"O meu estilo de gestão é de quem acredita que quem está na frente, quem está no campo de batalha, conhece muito melhor as suas necessidades do que quem está sentado aqui dentro de um gabinete", explica Zema, sobre a decisão de não adotar a adesão obrigatória.
"Então, nós fomos muito no sentido de orientar, de fazermos um protocolo seguro que até o momento se mostrou muito eficaz".
Na última quinta, o governo do estado abriu consulta pública para ouvir sugestões da população e de prefeitos sobre mudanças no plano para a próxima fase da pandemia. A consulta terminaria nesta quarta (22).
Há cerca de um mês, Pará e Rio de Janeiro também adotaram sistema de bandeiras, deixando adesão a critério dos prefeitos. No Pará, o Retoma Pará divide o estado por regiões e tem cinco bandeiras que vão da preta (lockdown) à azul.
Como o estado não trabalha com adesão de municípios, não tem o número de quantos seguem o plano.
No Rio, as bandeiras têm três estágios, começando pela vermelha, só podendo operar serviços essenciais, com ocupação de UTIs acima de 90%. Na amarela, com ocupação entre 70% e 90%, o uso de máscara é obrigatório e bares podem abrir com 50% da capacidade.
A gestão Wilson Witzel (PSC) não tem levantamento de quantos dos 92 municípios seguem as orientações. O prefeito da capital, Marcelo Crivella (Republicanos), decidiu manter o plano próprio de retomada. A iniciativa foi dividida em seis etapas, determinadas gradualmente até o dia 16 de agosto.
Na semana passada, a cidade do Rio entrou na fase 4 da flexibilização, com os pontos turísticos retornando com regras como um terço da capacidade máxima e desde que não ultrapassem a regra de 4 m² por pessoa. O comércio de rua também passou a abrir mais cedo aos sábados e o estacionamento da orla da praia foi liberado.
Desde que a cidade passou a flexibilizar as medidas restritivas, com a reabertura de bares e restaurantes, o movimento passou a ser intenso nos principais pontos boêmios da cidade.
O Ministério Público entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal para suspender a flexibilização no Rio, com pedido de urgência no julgamento de recurso contra decisão do Tribunal de Justiça do estado que permitia aliviar o isolamento social.
Em São João de Meriti, a prefeitura fez um acordo diretamente com a Promotoria, definindo flexibilização paralela à taxa de ocupação nas unidades de saúde —quanto maior a ocupação dos leitos no município, menor será a flexibilidade.
SÃO PAULO
O sistema de zoneamento por cores, com adesão compulsória, também tem gerado polêmica em São Paulo. Dividido em cinco fases, da vermelha à azul, o plano São Paulo analisa semanalmente a situação das regionais de saúde, para definir avanço ou recuo.
São considerados fatores como ocupação de leitos de UTI para Covid-19 e as variações de casos, internações e mortes.
Na fase vermelha, a abertura do comércio só é permitida para os serviços essenciais. Nas outras, há ampliações gradativas das permissões para reabertura.
Estão na zona vermelha nesta semana as regiões de saúde de Ribeirão Preto, Franca, Araçatuba e Campinas.
A decisão do governo João Doria (PSDB), determinando fechamento, levou prefeitos à Justiça ou simplesmente a deixar de cumprir as regras.
Daniel Alonso (PSDB), prefeito de Marília, por exemplo, afirmou que não seguiria a determinação do estado quando sua região foi inserida na zona vermelha, em junho. Disse que manteria o comércio aberto, mas foi barrado na Justiça.
Em reunião entre secretários estaduais e prefeitos do interior no início deste mês, ele apontou que o interior ficou muito tempo fechado quando o epicentro estava na Grande São Paulo e que isso trouxe problemas para as cidades.
ESTADO DECIDE
No Espírito Santo, um dos primeiros a adotar o mapeamento, a decisão também cabe ao governo estadual. Foi criada escala de quatro níveis de risco, em estágios que vão de baixo a extremo (lockdown). A análise leva em conta fatores como incidência da doença, ocupação de UTIs e índice de isolamento social.
Pelo protocolo, municípios em risco alto abrem o comércio de forma escalonada, com dias determinados para cada setor, enquanto os da fase moderada podem abrir todos os dias, em dois turnos.
“O município recebe pressão de um lado e do outro. Quando o estado toma uma decisão, ele tem um argumento para o cidadão, isso fortalece a aplicação das medidas”, avalia o governador Renato Casagrande (PSB).
“A gente vive tendo que equilibrar posições de pessoas que defendem isolamento até 2050 e, de outro lado, pessoas que defendem liberdade total, negando a doença. É bom ter governos centrais dando diretrizes”.
No Rio Grande do Sul, as bandeiras regulam regiões que agrupam municípios próximos, também considerando evolução de casos e capacidade da rede de saúde. Prefeitos podem restringir mais do que as bandeiras, mas não menos.
Porém, prefeituras podem passar a ter mais autonomia. Embora o tema não esteja definido, o governador Eduardo Leite (PSDB) iniciou diálogo sobre o tema com prefeitos durante videoconferência na terça-feira (21).
ARRECAÇÃO
A retomada da economia, todavia, pode ter colaborado com a arrecadação de impostos. Em abril, o estado perdeu 14,3% (R$ 552 milhões), e em maio, 26,2% (R$ 838 milhões), na comparação com os mesmos períodos do ano passado.
Na primeira quinzena de junho, as perdas recuaram para 12,4% (R$ 376 milhões).
Segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz), os valores correspondem à soma do soma do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e do ITCD (Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens e Direitos).
Recentemente, o governo gaúcho abriu a possibilidade para que prefeituras possam recorrer às determinações. A bandeira é anunciada na sexta-feira e, até domingo pela manhã, municípios podem contestar.
O governador defendeu o plano em vídeo divulgado no início do mês, quando apelou para que os gaúchos fiquem em casa.
“Confiamos no efeito de contenção do nosso modelo de distanciamento controlado. Mas o modelo só se concretiza a partir do comportamento das pessoas”, disse.
PROTOCOLOS DOS ESTADOS
Espírito Santo
Níveis: 4; risco baixo, moderado, alto e extremo
Adesão obrigatória? Sim
Minas Gerais
Níveis: 4; onda verde (só serviços essenciais), branca, amarela e vermelha
Adesão é obrigatória? Não
Pará
Níveis: 5; bandeira verde (baixo risco), amarela, laranja, vermelho e preta
Adesão é obrigatória? Não
Rio de Janeiro
Níveis: 3; bandeiras verde, amarela e vermelha (só serviços essenciais)
Adesão é obrigatória? Não
Rio Grande do Sul
Níveis: 4; bandeira amarela, laranja, vermelha e preta
Adesão é obrigatória? Sim
São Paulo
Níveis: 5; fase vermelha (mais restritiva), laranja, amarela, verde e azul
Adesão é obrigatória? Sim
| Folha de S.Paulo | | | | Realização de testes para detectar coronavírus ainda gera gargalos
Caminho inverso O movimento de retomada do trabalho presencial cresceu nas últimas semanas entre as empresas de menor porte, mas vem esbarrando em obstáculos ligados aos testes de Covid-19, que costumam fazer parte do protocolo. O Sesi (Serviço Social da Indústria) afirma que, em menos de 30 dias, foi procurado por mais de 2.500 empresas que têm mais de 20 mil funcionários pedindo apoio para formular seus planos de retorno dos profissionais ao local de trabalho.
Teste Emmanuel Lacerda, gerente de saúde e segurança na indústria do Sesi, diz que a entidade já aplicou 70 mil testes rápidos e PCR em 1.900 indústrias com parceria de laboratórios. “Não pode simplesmente aplicar o teste. Ele exige análise clínica do médico. Pode ter problemas de qualidade, o que não é o nosso caso, e também de análise”, afirma.
Diagnóstico No Distrito Federal, o Sindilab (Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas) foi à Justiça questionar a qualidade dos testes aplicados pelo Sesc-DF. O sindicato diz que refez alguns dos exames e encontrou resultados divergentes.
Leito O Sesc-DF diz que os testes foram comprados em licitação por R$ 18 cada e que os oferece gratuitamente a trabalhadores do comércio, enquanto no mercado o preço para o teste sorológico chega a R$ 240, o que pode inviabilizar o acesso da população.
Sintoma Em nota, o Sesc-DF diz que “a Justiça do Distrito Federal reconheceu o direito do Sesc-DF de comprar e aplicar testes de Covid-19, assim como a Secretaria de Saúde do DF concedeu autorização sanitária para o Sesc proceder com a iniciativa e a Anvisa aprovou os testes”.
| Folha de S.Paulo | | | | Especialistas recomendam que empresas tenham mais empatia porque momento exige preocupação também com bem-estar dos profissionais
Com a flexibilização do isolamento social em algumas cidades, empresas de diversos segmentos estão planejando o retorno presencial ao trabalho dos funcionários.
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Há muita discussão sobre os protocolos que as empresas devem evitar a contaminação do novo coronavírus e preservar a saúde física do profissional:
• Uso de álcool em gel;
• Máscaras;
• Distanciamento de um metro e meio de uma estação de trabalho para a outra;
• Divisórias de acrílico;
• Cuidados para o uso de áreas comuns, entre outros.
No entanto, há uma dor oculta do trabalhador que vem recebendo pouca atenção: como fica a sua saúde mental?
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“A maioria dos profissionais está trabalhando em home office, vendo tudo virtual, perdendo pessoas e presenciado o luto de familiares e amigos. Tudo isso gerou um gatilho emocional significativo em suas vidas”, diz Lúcio Costa, superintendente médico da It'sSeg Company.
Para Costa, que é especialista em economia e gestão de saúde e de auditoria de serviços de saúde, a primeira medida a ser tomada pelas empresas é ter empatia pelo funcionário.
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Entender que o momento exige uma preocupação tanto com a saúde física quanto mental do trabalhador.
“É preciso avaliar vários aspectos. Quem se sente confortável para o retorno presencial? Essa volta é realmente essencial? Não dá para manter o home office por mais tempo? Afinal, não temos vacina nem remédio ainda.”- Lúcio Costa
Funcionário pode ‘demitir’ empresa e receber direitos
A advogada Adriana Calvo, professora da FGV Direito RJ e coordenadora de direito individual da OAB/SP, ressalta que a Portaria Conjunta nº 20, publicada no DOU (Diário Oficial da União) de 18 de junho, estabelece diversas medidas de segurança para o trabalhador.
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Porém, não fala sobre a saúde mental dele. Para ela, é fundamental que a empresa desenvolva um projeto para que este retorno, se realmente for essencial, seja o menos traumático possível.
“A quarentena vem sendo muito difícil para todos nós. E se o empregado tem uma crise de pânico ao entrar num ônibus lotado com medo de ser contaminado? E se ele já teve covid-19, como será a recepção?” - Adriana Calvo
Adriana afirma que o funcionário não pode se recusar a voltar ao trabalho se a empresa determinar. Mas dá duas orientações:
“Ele pode apresentar um laudo médico para provar que não tem condições de voltar ou solicitar a rescisão indireta do contrato do trabalho. Nessa modalidade, é o empregado que ‘demite’ a empresa e tem todos os direitos trabalhistas garantidos.”
São eles:
• Salário proporcional aos dias trabalhados desde o último pagamento);
• Aviso-prévio;
• Férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3;
• 13° salário proporcional;
• Saque dos FGTS com o acréscimo de 40% do total referente à indenização; e
• Seguro-desemprego.
A advogada explica que esse tipo de ação pode ser solicitado quando a empresa deixa de cumprir o contrato ou cria condições de trabalho intoleráveis.
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Daí o funcionário pode interromper o contrato e receber todos os seus direitos sem nenhum ônus.
O Marcus Vinicius Vaz Neves, especialista em saúde e segurança do trabalho do Rolim, Viotti & Leite Campos Advogados, também cita as NRs (Normas Regulamentadoras).
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Ele diz que as NRs trazem regras muito mais detalhadas para as empresas seguirem e são “a base e espinha dorsal da segurança do trabalho nos mais diversos empreendimentos.”
“A NR1 permite que o funcionário se recuse a trabalhar se tiver risco grave e eminente para a sua saúde. Ele pode se sentir intimidado ao recorrer à norma, mas vejo que muitas empresas querem preservar a saúde do trabalhador.” - Marcus Vinicius Vaz Neves
Neves ainda destaca que a Portaria 20 também trata sobre o mapeamento e cuidados com os grupos de risco. "Ou seja, são públicos que devem ser preservados."
Medidas de segurança variam para cada caso
Para Paulo Lemgruber, advogado sócio do escritório Mauro Menezes Advogado, apesar de o governo ter emitido as duas portarias – 19 e 20 – tratando sobre as medidas de segurança, cada empresa deve tratar sobre o seu contingenciamento.
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Lemgruber considera as portarias insuficientes para estabelecer regras para as empresas nesse momento.
Por isso, recomenda que sejam observadas as recomendações gerais que tratam sobre prevenção a riscos estabelecidas na Convenção 155 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário, e criar um plano de contingenciamento que atenda as características de sua atividade econômica.
“Nesse plano, todos os fatores de risco para a transmissão da covid-19 devem estar claros e objetivos." - Paulo Lemgruber
Algumas empresas estão contratado epidemiologistas e também engenharia do trabalho para analisar ventilação, disposição de produtos. Tudo é válido, segundo ele.
Atendimento online de psicólogos e equipe de saúde
Duas empresas estão investindo nos cuidados com a saúde física e emocional dos funcionários desde o início da pandemia: Nestlé e Deloitte.
A Nestlé criou um plano de ação e vem oferecendo acompanhamento com profissionais da saúde – psicólogos, nutricionistas, entre outros – 24 horas por telefone. Pelo suporte é possível tirar dúvidas e fazer consultas.
“É a forma que encontramos de acolher os funcionários e ajudá-lo a equilibrar sua vida pessoal e profissional neste momento”, diz Katia Regina, head de remuneração e benefícios da Nestlé Brasil.
Desde o início da pandemia, mais de 9 mil profissionais passaram por esse atendimento.
Katia conta que por meio de uma pesquisa de clima, a empresa percebeu que o maior medo dos funcionários neste momento é perder o emprego.
“Muitos colaboradores tiveram suas atividades reduzidas em meio à pandemia e acabaram ficando inseguros com receio de a empresa fazer uma avaliação negativa sobre sua atuação.” - Katia Regina
A head diz que a empresa, então, criou missões colaborativas e esses profissionais passaram a atuar provisoriamente em outras atividades e permaneceram produtivos dentro da empresa.
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Atualmente, mais de 900 pessoas trabalham em outras atividades de forma colaborativa.
“Também estamos cuidando do estado emocional de nossos líderes para eles guiarem bem suas equipes.”
Sem retorno presencial nos próximos três meses
Daniela Plesnik, diretora de talent da Deloitte, diz que 95% da equipe está trabalhando remotamente desde o dia 17 de março, e o retorno não deve acontecer nos próximos três meses.
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Para ajudar os profissionais, a empresa criou cafés virtuais e mantém contato periódico para entender as necessidades das equipes.
“É o momento de um cuidar do outro. Cada colaborador trabalha com uma realidade diferente. Alguns têm filhos pequenos, outros estão sozinhos. Devemos ter empatia e nos apoiar.” - Daniela Plesnik
Assim como a Nestlé, a Deloitte oferece um canal com uma equipe de saúde e psicólogos para auxiliar os funcionários. Ele pode ser contatado por chat ou telefone.
“O canal é confidencial, mas monitoramos o tipo de assunto que tenha tirado o sono do colaborador. Identificamos que um grande percentual está preocupado com a questão financeira, por alguém da família ter perdido emprego.”
A empresa, então, contratou um especialista em finanças pessoal para falar com a equipe e dar dicas sobre o tema.
“Nunca vamos conseguir atender a todos, mas tentamos ofertar o máximo de possibilidades.”
| R7 | | | | Após a onda de indicadores econômicos negativos em abril, resultados mais recentes fizeram com que o Ministério da Economia afirmasse que o pior já passou. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diz que a retomada da economia em "V" – ou seja, com uma queda profunda seguida de uma recuperação veloz – já começou, mesmo que não seja com plena intensidade. No mercado financeiro, o Boletim Focus aponta para uma melhora nas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com a mediana das projeções para 2020 em -5,95%.
De fato, maio e junho tiveram um conjunto de indicadores positivos, como o aumento de vendas no varejo (13,9% em maio, segundo o IBGE), da produção industrial (7% de alta em maio, também de acordo com o IBGE) e da emissão de notas fiscais eletrônicas da Receita Federal (que, em junho, teve resultados positivos inclusive na comparação com 2019). Entre especialistas, entretanto, a palavra mais frequente é "cautela": não está dado que esses resultados sinalizam uma recuperação que será sustentada ao longo do tempo.
“Eu não vejo uma retomada em ‘V’. Seria bom que ocorresse, mas acho pouco provável”, diz Claudio Frischtak, economista e sócio fundador da Inter.B Consultoria. Ele atribui os resultados positivos de maio e junho a uma “descompressão” no consumo e na atividade econômica como um todo. O argumento é de que, durante o período de isolamento social, a demanda por alguns bens ficou reprimida, seja por conta da incerteza provocada pela pandemia ou pela própria impossibilidade de comprar em decorrência do fechamento das lojas físicas.
“Muitas pessoas gostam de ter a experiência do consumo presencial. Ao mesmo tempo, milhões estavam recebendo o auxílio emergencial. Mas não vejo um impulso sustentável disso nos próximos meses, porque esse elemento de repressão vai se diluir ao longo do tempo”, avalia Frischtak.
Benefício de R$ 600 impediu que resultados negativos fossem ainda piores
O auxílio emergencial é elemento chave para entender esse fenômeno. O benefício de R$ 600 já chegou a mais de 65 milhões de brasileiros, segundo o último boletim da Caixa Econômica Federal. No total, R$ 128 bilhões já foram transferidos aos trabalhadores informais, considerados os mais vulneráveis durante a pandemia. Inicialmente previsto para durar três meses, o auxílio foi prorrogado por mais dois após acordo entre o Congresso e o governo federal.
A importância do auxílio emergencial durante a pandemia, na recomposição de ao menos parte da renda dos trabalhadores afetados pela crise, é inconteste entre os economistas. Guilherme Magacho, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), explica que o auxílio conseguiu mitigar os efeitos da crise do coronavírus.
“A queda na atividade foi muito menor por conta do benefício. As melhoras que vimos nesses últimos dois meses são, em grande medida, resultado desse tipo de política”, afirma o professor. Ele salienta que, ao proporcionar algum tipo de renda a cidadãos que ficaram impossibilitados de trabalhar durante a pandemia, o auxílio provocou um efeito em cascata, movimentando toda a cadeia de consumo.
A questão é que o benefício pesa nas contas públicas: por mês, são necessários mais de R$ 50 bilhões para bancar o programa. Parece claro, portanto, que não há espaço para que o governo simplesmente torne o benefício permanente sem que haja descontrole fiscal – o que, no médio e longo prazo, teria consequências ainda mais graves para a economia brasileira.
O Ministério da Economia já cogita integrar ao menos parte dos beneficiados pelo auxílio emergencial em um novo programa de transferência de renda, mais abrangente, que se chamaria Renda Brasil. Dificilmente, porém, todos os contemplados atualmente seriam incluídos no novo programa. Além disso, o valor do benefício deve ser menor.
“Certamente, se o auxílio for retirado abruptamente, e não de forma gradual, vai haver mais um baque em uma economia já combalida”, completa o professor.
Outro fator precisa ser considerado quando se fala na retirada do auxílio emergencial. Naturalmente, os beneficiários do programa vão voltar ao mercado de trabalho quando o programa acabar – o que deve engordar a massa de trabalhadores que não conseguem recolocação. Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE – o indicador oficial do desemprego – já mostram que a taxa de desocupação só não cresceu ainda mais durante a pandemia porque parte dos trabalhadores simplesmente deixou de procurar emprego.
No período de março, abril e maio, a taxa de ocupação chegou a 12,9%, o que equivale a 12,7 milhões de trabalhadores sem emprego. Ao mesmo tempo, a taxa de participação na força de trabalho caiu de 54,5% no trimestre móvel de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 para 49,5% entre março e maio deste ano. A próxima divulgação da PNAD Contínua, com dados de junho, será no dia 29.
“Temos que lembrar que, nesse meio tempo, empresas quebraram. Mesmo que o impacto da retirada do auxílio emergencial não seja tão grande, certamente estaremos piores no final deste ano do que estávamos quando ele começou”, diz Magacho.
Além do descompasso entre a oferta de emprego e o número de pessoas procurando uma ocupação, o economista Claudio Frischtak aponta que outros caminhos que poderiam acelerar a retomada – os investimentos e as exportações – também não devem ter resultados amplamente positivos em 2020.
Do lado dos investimentos, a incerteza deve retrair o apetite do setor privado, e o governo federal tem pouco ou nenhum espaço para aumentar os gastos públicos depois da pandemia. Nas exportações, a crise na economia mundial deve impedir que as vendas brasileiras apresentem desempenho suficiente para sustentar a segunda perna do “V” na retomada.
Gestão da crise sanitária deve ser determinante no ritmo da retomada da economia
O pano de fundo de toda essa discussão, entretanto, não pode ser deixado de lado. Afinal, de nada adianta a flexibilização do isolamento social ou a disposição em retomar as atividades se a crise sanitária não tiver sido controlada.
“É inegável que o auxílio emergencial teve um efeito e que, quando ele deixar de existir, vai haver uma redução na atividade”, concorda Luciano Nakabashi, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, vinculada à Universidade de São Paulo (USP). “Mas está ficando cada vez mais claro que o processo de retomada depende muito mais do controle do coronavírus do que de qualquer outra coisa”, avalia.
E engana-se quem pensa que basta suspender a quarentena para que tudo volte ao normal. Nakabashi aponta que, nesse caso, a retomada vai além de decisões de governos para permitir ou não a abertura da atividade econômica.
“Com o coronavírus, as pessoas deixaram de interagir socialmente, o que acaba afetando a economia. O cenário de recuperação em ‘V’ é possível, mas não é o único. Não está dado. Vai depender do que estamos fazendo e do que vamos continuar fazendo para combater a pandemia. Não acho que seja provável”, completa o professor.
Com uma perspectiva mais otimista, Vitor Vidal, economista da XP Investimentos, destaca que a agenda de reformas deve ajudar a trazer mais confiança aos investidores e empresários no segundo semestre. “O cenário é muito incerto, mas eu tenho um viés mais positivo. Muita gente ganhou o auxílio emergencial e fez uma poupança, postergando o consumo para quando a vida voltar ao normal. Acho que o mais importante para o desempenho da economia neste segundo semestre vai ser a questão sanitária. Até haver um remédio ou uma vacina para a Covid-19, tudo ainda estará muito incerto”, avalia o economista."
| Gazeta do Povo | | | | Sondagem Indústria da Construção, da CNI, mostrou que a atividade e o emprego tiveram queda menos intensa e disseminada em julho. O cenário contribuiu para a melhora das expectativas dos empresários do setor
Os empresários estão mais confiantes em relação aos próximos meses sobre os negócios
Apesar da crise econômica causada pela pandemia, houve melhora na confiança dos empresários da construção em julho. A Sondagem da Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que os índices de expectativa estão mais próximos da linha dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.
Isso sinaliza que os empresários esperam estabilidade do nível de atividade (50,1 pontos) e queda menos acentuada no emprego (49,4 pontos), em compras de matérias-primas (49,5 pontos) e em novos empreendimentos e serviços (48 pontos) nos próximos seis meses, já que os índices estão pouco abaixo dos 50 pontos.
A melhora das expectativas em relação à junho, segundo a CNI, deve-se à queda menos intensa e disseminada da atividade no setor. Esse indicador cresceu de 37,1 pontos no mês passado para 44,3 pontos em julho.
O Índice de evolução do emprego foi de 37,5 pontos para 43,4 pontos no período. Já utilização da capacidade de operação subiu para 55% neste mês frente a 53% em julho. A intenção de investimento aumentou 3,8 pontos frente ao mês passado, registrando 34,8 pontos.
“Embora os indicadores continuem abaixo dos 50 pontos, sinalizando queda, houve uma redução significativa nessa tendência, o que contribuiu para que os empresários estejam mais confiantes em relação aos próximos meses sobre a economia e os negócios”, comenta o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Desafios do setor
A falta de demanda, por conta do isolamento social, foi o principal problema apontado pelos empresários da construção no segundo trimestre de 2020, apontado por 32,8% dos entrevistados.
A elevada carga tributária (31,8%) e a burocracia excessiva (28,4%) foram o segundo e terceiro desafios mais apontados pelos executivos no período. “Ainda como efeito do isolamento social, é esperado que a demanda permaneça represada enquanto durar a pandemia”, destaca a CNI.
A Sondagem Indústria da Construção ouviu 453 empresas entre 1º e 13 de julho, das quais 159 pequenas, 196 médias e 98 grandes.
| CNI | | | | Apesar dos impactos da pandemia, confiançae expectativas dos empresários melhoraram
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, os índices de nível de atividade e de número de empregados cresceram, mostrando queda menos intensa e menos disseminada pelas empresas do setor.
A utilização da capacidade operacional segue em recuperação, mas ainda demonstra atividade enfraquecida.
| CNI | | | | A taxa de desemprego no Paraná em junho ficou em 11,1%, o que equivale a um aumento de cerca de 11% em relação à taxa de maio (9,97%), ou seja, são 648 mil desempregados. Esses são alguns dos dados divulgados nesta quinta (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a PNAD COVID19 Mensal, uma versão extraordinária da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), que tem por finalidade identificar os indivíduos com sintomas associados à COVID-19 e o impacto da pandemia no mercado de trabalho.
Na comparação dos últimos dois meses, o total da população ocupada caiu de 5,2 milhões em maio para 5,1 milhões em junho. O número de pessoas fora da força de trabalho saltou de 3,47 milhões em maio para 3,52 milhões no mês passado.
Segundo a pesquisa, no Paraná, em junho, o número de pessoas não ocupadas e que não procuraram trabalho, mas que gostariam de trabalhar na semana anterior foi de 875 mil, ou seja, 48 mil a mais em relação a maio (827 mil). O total de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar na semana anterior foi de 427 mil, um aumento de 13 mil pessoas em relação a maio (414 mil).
Em junho, no Paraná, do total de 574 mil pessoas que estiveram ocupadas e afastadas do trabalho que tinham, 411 mil foram afastadas devido ao distanciamento social, uma diminuição de 130 mil em relação a maio (541 mil). Dessas 411 mil pessoas afastadas, cerca de 250 mil deixaram de receber remuneração.
Sobre o teletrabalho, em junho, o número de pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho que trabalhavam de forma remota no Paraná foi de 478 mil, cerca de 12 mil a menos que em maio.
A pesquisa mostra também que a informalidade caiu em junho na comparação com maio. No mês passado, o número de pessoas ocupadas e na informalidade era de 1.413.677, quase 61.600 a menos que em maio.
Renda
Sobre a renda, a pesquisa indica que, embora o rendimento médio real normalmente recebido de todos os trabalhos das pessoas ocupadas fosse de R$ 2.534 , o rendimento efetivo foi de apenas R$ 2.189 reais em junho. Ou seja, por algum motivo (redução salarial, suspensão de algum benefício ou gratificação, desconto por falta no trabalho, entre outros), as pessoas deixaram de receber em junho o que recebiam anteriormente.
O contingente de pessoas no Paraná que tiveram essa redução de renda em junho foi de quase 1,7 milhão de pessoas. Já o rendimento real domiciliar per capita médio efetivamente recebido no Paraná em junho foi de 1.465 reais, ou seja, houve queda em relação a maio, quando o valor era de 1.418 reais.
A taxa de participação na força de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas em idade de trabalhar) caiu de 62,8% em maio para 62,3% em junho. Já o nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar) ficou em 55,4% ante os 56,5% de maio.
O percentual de domicílios que receberam auxílio emergencial no total de domicílios do Paraná no mês de junho foi de 35,7%. Em maio, esse percentual era de 31,3%. A média do rendimento proveniente do auxílio emergencial recebido pelos domicílios paranaenses foi de 803 reais, um aumento em relação a maio, quando a média ficou em 776 reais.
Dados da saúde
No Paraná, em junho, segundo a PNAD COVID19 Mensal, o número de pessoas que apresentaram algum dos sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor e dor muscular) foi de 662 mil, cerca de 236 mil a menos que em maio.
O número de pessoas que apresentaram sintomas referenciados conjugados (perda de cheiro ou sabor ou tosse, febre e dificuldade para respirar ou febre, tosse e dor no peito) foi por volta de 45 mil em junho, 19 mil a menos que no mês anterior.
O total de pessoas no Paraná que apresentaram algum dos sintomas e que procuraram algum estabelecimento de saúde foi de 118 mil em junho, 29 mil a menos que em maio. Das cerca de 45 mil pessoas que apresentaram sintomas referenciados conjugados, pouco mais de 27 mil procuraram por algum estabelecimento de saúde.
Do total de domicílios com pelo menos um morador acima de 60 anos (3.860.457) em junho, em cerca de 13 mil domicílios havia pelo menos um morador com sintomas conjugados, 8 mil domicílios a menos que em maio.
O IBGE ressalta que não se pode comparar os dados da PNAD Contínua com os da PNAD COVID19 por se tratar de levantamentos com metodologias diferentes, e que a PNAD Contínua ainda é a pesquisa oficial sobre o mercado de trabalho no Brasil.
| Bem Paraná | | | | O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve outra redução no Paraná. Com 84,3 pontos em julho, o indicador aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) teve o quarto mês consecutivo de queda.
Na comparação com junho, houve redução de 1,3%, e na variação anual, a contração foi de 14,3%. Mas o índice que mede as condições de consumo já caiu 27,6% no Estado desde o início da pandemia, no mês de março, quando o indicador marcava 116,4 pontos.
Mesmo com a queda, o ICF paranaense está acima da média nacional, que ficou em 66,1 pontos neste mês, com variação mensal negativa de 4,0% e baixa anual de 26,4%.
Apesar do cenário pouco favorável, no Paraná houve alta mensal em três componentes do ICF: a avaliação dos paranaenses sobre o Emprego Atual melhorou 3,0% e a Perspectiva Profissional cresceu 2,0%. A Perspectiva de Consumo para os próximos meses subiu 11,7% na comparação com o mês passado. Mas essa melhora contrasta com uma queda de 56,0% em relação a julho de 2019.
ICF por faixa de renda
A pesquisa mostra o início de melhora em alguns aspectos relativos às condições de consumo por parte das famílias de menor renda. Entre estas, o ICF ficou em 85,0 pontos, praticamente o mesmo do mês passado, quando marcava 85,3 pontos. Entre os consumidores com renda familiar de até dez salários mínimos houve elevação dos indicadores Emprego Atual (3,4%), Perspectiva Profissional (3,8%) e Perspectiva de Consumo (12,5%).
Já entre as famílias de maior renda, o ICF baixou de 85,8 pontos em junho para 80,6 pontos em julho, com redução de 6,1%. Por outro lado, neste perfil de consumidores, observa-se crescimento na variação mensal dos indicadores Emprego Atual (1,3%) e Perspectiva de Consumo (3,2%).
| Bem Paraná | | | | A confiança do consumidor aumentou 7,7 pontos em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu a 78,8 pontos. Após três meses seguidos de alta, o ICC está 9 pontos abaixo do dado de fevereiro, último mês antes da pandemia de covid-19 atingir a economia brasileira, segundo a FGV.
Em nota, a FGV ressaltou que a elevação recente da confiança do consumidor foi puxada pelas expectativas em relação à economia. "Apesar de acreditar numa recuperação da economia no segundo semestre, o consumidor continua insatisfeito com a situação presente e ainda não enxerga a melhora de suas finanças pessoais no horizonte de seis meses. Sem prazo para terminar, a pandemia parece ter um efeito mais acentuado nos consumidores, que ainda se sentem ameaçados com desemprego e perda de renda, que nas empresas", diz o texto.
Em julho, Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,4 ponto, para 71 pontos, maior valor desde março deste ano. O Índice de Expectativas (IE) avançou 12,3 pontos para 85,1 pontos, "acumulando 30,1 pontos de alta nos três últimos meses e revertendo dois terços das perdas registradas no primeiro quadrimestre de 2020", diz a FGV.
No ISA, o indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia avançou 0,7 ponto, para 73,9 pontos, enquanto o indicador que mede a satisfação com a situação financeira familiar subiu 0,2 ponto, para 68,7 pontos. Segundo a FGV, mesmo com as altas, os dois indicadores seguem em valores próximos aos seus níveis mínimos históricos.
No IE, o indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica foi o que mais contribuiu para a alta do ICC em julho, ao subir 7,7 pontos e atingir 111,5 pontos, informou a FGV. Já as perspectivas sobre a situação financeira das famílias, apesar do crescimento de 9,1 pontos, para 89,7 pontos, "ainda se mantêm em nível inferior aos 100 pontos, ou seja, na região que denota pessimismo".
"As expectativas menos otimistas em relação à situação financeira familiar parece ser um dos fatores a manter os consumidores cautelosos. O indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis avança 18,4 pontos, para 56 pontos, um dos menores níveis da série histórica", diz a nota da FGV.
Além disso, houve recuperação da confiança para todas as classes de renda familiar pelo segundo mês consecutivo, mas, diferentemente de junho, quando a alta mais forte fora registrada entre os consumidores da menor faixa de renda, com ganhos de R$ 2,1 mil por mês por família, em julho, foram os mais ricos que ficaram mais confiantes de forma mais intensa. A alta entre os consumidores com renda familiar acima de R$ 9,6 mil mensais foi de 7,9 pontos, contra 6,4 pontos na faixa mais baixa de renda.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.737 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 21 de julho.
| Bem Paraná | | | | A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terceira quadrissemana de julho. Neste período, o índice cheio subiu 0,53%, frente à taxa de 0,56% observada na divulgação anterior.
Tiveram decréscimo nas taxas Salvador (0,69% para 0,53%), Brasília (0,89% para 0,71%), Belo Horizonte (0,39% para 0,22%), Recife (0,63% para 0,53%) e Rio de Janeiro (0,34% para 0,19%). Em contrapartida, a FGV informa que houve crescimento nas taxas de São Paulo (0,6% para 0,66%) e Porto Alegre (0,47% para 0,58%).
| Bem Paraná | | | | O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o sistema tributário atual gera grande dificuldade ao investidor e, se o Congresso conseguir avançar na reforma, unificando os impostos, vai conseguir dar sinais positivos de um possível crescimento econômico no segundo semestre.
Em entrevista à CNN Brasil, ele disse também que espera um caminho na reforma tributária que não traga aumento de impostos. "A sociedade não tem boa vontade, com razão, com aumento de impostos. Nós tivemos aí durante um período, aumento da carga tributária em 9% das nossas riquezas, e isso não gerou um Estado moderno. Pelo contrário, fez um Estado mais caro, com menos produtividade, com ambiente de negócios mais hostil. Então, aumento de impostos sempre gera uma rejeição por parte da sociedade", disse Maia.
Bolsa Família
Maia defendeu que o governo encaminhe proposta sobre a modernização do Bolsa Família. Segundo ele, o Congresso está pronto para ampliar o debate sobre a criação de um programa de renda permanente para a população mais vulnerável.
Ele afirmou que o auxílio emergencial, pago por conta da pandemia do novo coronavírus, teve um impacto na vida de milhões de brasileiros, mas que o benefício tem um limite. "Não adianta ir atrasando nossas decisões permanentes, porque elas vão gerando uma insegurança em toda a sociedade", disse.
| Bem Paraná | | | | A flexibilização das medidas de isolamento social em diferentes regiões do País tem feito com que a pandemia do novo coronavírus deixe de ser um empecilho na busca por emprego, segundo Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O País tinha 38,5 milhões de pessoas desempregadas ou inativas que gostariam de trabalhar em junho. Ao todo, 17,8 milhões de brasileiros não procuraram trabalho por causa da pandemia ou da falta de vaga na localidade em que residiam, o que sinaliza uma pressão em potencial sobre a taxa de desemprego nas próximas leituras.
"Eles podem fazer pressão no mercado de trabalho. Não tenho mais a pandemia como impeditivo para procurar trabalho. Então eles podem engordar a desocupação, como falei, mas podem buscar outro motivo para não procurar emprego. Eu não diria que 100% desses 17 milhões vão todos para a desocupação. Com a flexibilização, o fim do isolamento, uma parcela vai começar a falar de outros motivos para não procurar trabalho. Mas grande parte pode pressionar o mercado de trabalho na busca de trabalho sim", avaliou Maria Lucia.
Para Cimar Azeredo, diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, o desemprego aumentará à medida que o distanciamento social se reduzir.
"O aumento da desocupação não é porque a situação piorou, é porque acabou o isolamento social", opinou Azeredo.
Pnad Covid não diferencia o tipo de auxílio recebido
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pode ter o questionário alterado já na coleta de agosto para que consiga detectar o tipo de auxílio de governo que as famílias brasileiras estão recebendo em função da pandemia do novo coronavírus.
O questionário atual foi formulado antes que surgissem diferentes tipos de auxílio dos governos às famílias, segundo Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
"Qualquer auxílio, qualquer transferência do governo relacionada à pandemia, foi dito que fosse colocado tudo dentro desse quesito de auxilio emergencial. Há pessoas que estão recebendo R$ 600. A maior parte é auxílio emergencial. Mas existem também quem está recebendo complemento de salário de 70% pelo governo e 30% do empregadores. E são pessoas que estão muitas vezes vivendo em domicílios com renda per capita superior ao previsto para recebimento do auxílio emergencial", explicou Maria Lucia.
A pesquisa mostra que, em junho, o grosso do auxílio pago às famílias chega aos domicílios de baixa renda, mas há incidência de recebimento de benefícios também entre as faixas de renda elevada, o que pode ter relação com as transferências do programa de proteção ao emprego.
"Metade dos gastos do programa converge para os 30% dos domicílios mais pobres do País", frisou Eduardo Rios-Neto, diretor de Pesquisas do IBGE.
Entre todos os auxílios pagos pelos governos, 75,2% ficaram concentrados até na metade mais pobre da população. Na passagem de maio para junho, diminuiu a renda média per capita recebida pelas famílias mais pobres, mas aumentou o alcance do pagamento do auxílio.
"Não fosse o auxílio emergencial, eles estariam numa situação pior do que estavam em maio, e isso pode ser pressão do mercado de trabalho. A gente sabe que a renda do trabalho é responsável por mais de 70% da renda do domicílio", justificou Maria Lucia.
| Bem Paraná | | | | Nível de ocupação chegou a 48% no início do mês, menor patamar da série histórica
As condições do mercado de trabalho pioraram no início de julho, aponta a Pnad Covid, pesquisa desenvolvida pelo IBGE para mensurar os efeitos da pandemia do coronavírus sobre o mercado de trabalho e a saúde dos brasileiros.
Levantamento referente à semana de 28 de junho a 4 de julho mostra que houve queda no número de ocupados, nível de ocupação entre as pessoas em idade de trabalhar no menor patamar da série histórica e desocupados diminuindo por saída do mercado de trabalho.
Entre o início de maio e a primeira semana de julho, o país perdeu 2,1 milhões de ocupações, segundo a Pnad Covid. Na primeira semana de julho, a população ocupada somava 81,8 milhões, contra 83,9 milhões de 3 a 9 de maio, início da série histórica da pesquisa. Na última semana de junho, os ocupados eram 82,5 milhões.
Com isso, o percentual de pessoas ocupadas entre a população com idade de trabalhar chegou ao menor nível da série histórica, em 48,1% na semana de 28 de junho a 4 de julho, contra 48,5% na semana anterior e 49,4% no início de maio.
Os ocupados afastados do trabalho devido ao distanciamento social somavam 8,3 milhões na primeira semana de julho, metade do número de afastados do início de maio (16,6 milhões) e 2 milhões a menos do que na última semana de junho (10,3 milhões).
Segundo Maria Lucia Vieira, coordenadora da pesquisa no IBGE, entre o fim de junho e o começo de julho, uma parte dos afastados retornou ao trabalho e outra parcela foi para fora da força, ou seja, não voltou a trabalhar, nem procurou trabalho.
O número de desocupados cresceu em 1,7 milhão desde o começo de maio, passando de 9,8 milhões então para 11,5 milhões na primeira semana de julho. Com isso, a taxa de desocupação subiu de 10,5% para 12,3% neste intervalo.
Da última semana de junho para o início de julho, no entanto, houve queda do número de desocupados, de 12,4 milhões para 11,5 milhões.
“Essa queda no número de pessoas desocupadas está mais associada à saída dessas pessoas da força de trabalho do que pela entrada na população ocupada. São pessoas que, naquela semana, não procuraram trabalho por algum motivo”, afirma Maria Lucia.
A população fora da força de trabalho somava 76,8 milhões na primeira semana de julho, um crescimento em relação aos 75,1 milhões registrados na semana anterior, e estatisticamente estável na comparação com o início de maio (76,2 milhões).
Da população fora da força de trabalho, 19,4 milhões gostariam de trabalhar, mas não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Esse contingente aumentou em relação à semana anterior (17,8 milhões), mas permaneceu estável em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões).
Os ocupados trabalhando remotamente somaram 8,9 milhões na primeira semana de julho, estatisticamente estáveis em relação a semana anterior e ao começo de maio, ambos registrando 8,6 milhões de pessoas em trabalho remoto.
A taxa de informalidade foi estimada em 34,2%, comparada a 34,5% na última semana de junho e 35,7% no início de maio. A queda da taxa não é considerada, porém, algo positivo, pois revela a dificuldade do mercado informal de servir como um “colchão” para o mercado de trabalho na crise atual, cdiferentemente do observado em recessões anteriores.
SAÚDE
O número de pessoas que apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) somava 14,3 milhões na primeira semana de julho, queda em relação à semana anterior (15,4 milhões) e ao início de maio (26,8 milhões).
Entre as pessoas com sintomas, 3,1 milhões procuraram atendimento em algum estabelecimento de saúde, mantendo estabilidade em relação à semana anterior.
| Folha de S.Paulo | | | | A partir desta sexta-feira (24), o trabalhador poderá solicitar o seguro-desemprego e informar dados da conta bancária de sua titularidade e preferência para receber o benefício. A nova possibilidade de pagamento abrange o seguro-desemprego nas modalidades formal, bolsa de qualificação profissional, empregado doméstico e trabalhador resgatado.
Para solicitar o benefício na conta bancária própria, o trabalhador precisará informar, no ato da solicitação do benefício, o tipo de conta (corrente ou poupança), o número e o nome do banco, o número da agência com o respectivo dígito verificador (DV), e o número da conta de titularidade do trabalhador com DV.
A Secretaria de Trabalho, do Ministério da Economia, destaca que não devem ser informados dados de contas salários, pois nessas somente podem ser feitos depósitos e transferências de empregadores cadastrados, segundo normas estabelecidas pelo Banco Central.
A solicitação do seguro-desemprego pode ser feita no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou no portal gov.br e também está disponível para quem buscar atendimento presencial nas unidades de atendimento ao trabalhador.
Antes da medida, o benefício somente podia ser pago por meio de depósito em conta poupança ou conta simplificada para correntistas da Caixa Econômica Federal; por uso do Cartão Cidadão, com saque nos caixas eletrônicos de autoatendimento desse banco; ou ainda presencialmente, nas agências da Caixa, mediante apresentação de documento de identificação civil.
Essas opções continuam disponíveis, mas, a partir da mudança, passa a ser permitido o pagamento por qualquer banco integrante do sistema financeiro brasileiro, por meio de transferência eletrônica bancária (TED) para depósito em conta corrente ou poupança de titularidade do beneficiado.
A ampliação na forma de recebimento do seguro-desemprego se tornou possível por meio da Resolução nº 847/2019, do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que admitiu o novo canal de pagamento sem qualquer ônus para o beneficiário.
De acordo com a secretaria, a mudança foi operacionalizada em trabalho conjunto da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Caixa Econômica Federal e Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev).
| Bem Paraná | | | | A arrecadação de alguns dos principais tributos federais teve quedas significativas em junho na comparação com igual mês de 2019, num indicativo de que as empresas utilizaram o diferimento permitido pela União durante o período mais agudo da crise da covid-19 para preservar seus caixas.
As receitas com PIS/Cofins somaram R$ 11,683 bilhões no mês passado, queda real de 56,41% ante junho de 2019.
Já a arrecadação com contribuição previdenciária foi de R$ 22,201 bilhões, recuo de 39,05% na mesma base de comparação.
No caso de IRPJ e CSLL, as receitas totalizaram R$ 11,626 bilhões em junho, redução de 19,5% em relação a junho de 2019, já descontada a inflação do período.
A Receita Federal estima um impacto acumulado de R$ 81,3 bilhões devido ao adiamento na cobrança de tributos. Até agora, o governo concedeu o diferimento em PIS/Cofins, contribuição previdenciária, IRPJ, CSLL e PIS/Cofins para empresas do Simples Nacional.
Também houve prorrogação de prazos para pagamento de parcelamentos de tributos realizados no passado.
| Bem Paraná | | | | O projeto, de autoria do Executivo, foi enviado na terça-feira (21) à Assembleia Legislativa. A medida é inédita no Estado e leva em conta as dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta quinta-feira (23) a Lei 23.263/20, que permite o parcelamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) de 2020 que já tenha vencido, mas ainda não foi pago neste ano. O projeto, de autoria do Executivo, foi enviado na terça-feira (21) à Assembleia Legislativa. A medida é inédita no Estado e leva em conta as dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus.
Até então, o parcelamento da dívida do IPVA só era possível no exercício seguinte ao vencimento. “A medida vai ajudar os contribuintes a regularizarem a situação de seus veículos. Sabemos que muitos paranaenses foram impactados pela pandemia e acabaram não conseguindo quitar as tarifas”, afirmou Ratinho Junior, destacando que o projeto também contribui com a arrecadação do Estado, que caiu por causa da pandemia.
As tarifas poderão ser parceladas em até seis vezes, com taxas mínimas de R$ 106,60 (valor da Unidade Padrão Fiscal do Paraná). Os pedidos de parcelamento devem ser formalizados até o dia 17 de agosto no site da Secretaria de Estado da Fazenda (www.fazenda.pr.gov.br).
O parcelamento vale para os veículos que tenham sido adquiridos até 31 de dezembro de 2019, desde que o tributo não esteja inscrito na dívida ativa do Estado.
Todos os acréscimos previstos na legislação vão incidir sobre as parcelas, inclusive multas, juros e demais encargos. O pagamento da primeira parcela deverá ser feito no primeiro dia útil após a data de entrada ao pedido de parcelamento, e as demais deverão ser pagas até o último dia útil dos meses seguintes. Após o primeiro pagamento, o parcelamento é homologado e o Detran já pode emitir o licenciamento do veículo.
INADIMPLÊNCIA – Segundo a Secretaria da Fazenda, até junho de 2020 a inadimplência de IPVA era de cerca de 23,7%, dentro da média dos últimos primeiros semestres. Em 2019, por exemplo, foi de 20%. Em valores absolutos, cerca de R$ 890 milhões poderão ser parcelados pelos contribuintes, sem contar os juros e encargos incidentes nos parcelamentos.
O texto aprovado pelos deputados prevê a suspensão do parcelamento caso haja inadimplência de três parcelas, consecutivas ou não, ou do valor equivalente a três parcelas. Também pode ser suspenso caso o contribuinte não pague as duas últimas parcelas ou o saldo residual por prazo superior a sessenta dias.
| Agencia Estadual de Notícias | | | Um grupo de empreendedores da Região Sul do País iniciou em janeiro deste ano um projeto ousado e inovador: viabilizar a comercialização de carros usados em um ambiente totalmente online, tendo como meta finalizar todo o processo em apenas 40 minutos. Assim, surgiu a Vaapty, plataforma tecnológica cujo objetivo é apoiar profissionais do setor automotivo, ao mesmo tempo em que oferece às pessoas agilidade, segurança e menos burocracia na hora de vender seus veículos.
Idealizada por especialistas com experiência de 15 anos no mercado nacional e internacional do segmento automotivo, o projeto utiliza a tecnologia aliada a humanização do relacionamento com os clientes, para gerar inteligência e reconhecer o público-alvo adequado para cada produto, tornando a abordagem assertiva no menor tempo.
A ideia de criar a Vaapty nasceu por conta da necessidade de modernização de um mercado extremamente tradicional, permeado pela falta de velocidade para vender veículos com preço justo, padrões de vendas pré-estabelecidos, desatualizados e sem grandes inovações.
Além disso, a crise ocasionada pela pandemia mostrou a importância das ferramentas online em todos os negócios, mesmo aqueles considerados mais conservadores, gerando assim a necessidade de um modelo de empreendedores jamais visto no mercado automotivo nacional.
Nos modelos de negócios da Vaapty (home office e stores) os profissionais são chamados de autotraders e necessitam investir em uma licença de uso no valor de R$ 10 mil a R$ 40 mil. A partir daí, ele pode trabalhar em home office e ter seu próprio showroom virtual dentro da plataforma, ou uma loja padrão Vaapty Store para atender seus clientes e região. Não existe necessidade de ter estoque físico.
Vale lembrar que o autotrader não precisa comprar os veículos; sua ação é focada em intermediar as vendas com o sistema e processo da Vaapty, que além de todo apoio operacional, treinamento, sistemas e ações de MKT, realiza a prospecção de clientes e a coloca à disposição do profissional, auxiliando no processo de ponta a ponta. Hoje, a plataforma possui cerca de 15 mil compradores potenciais em todos os cantos do Brasil. A rentabilidade do negócio, para o autotrader, chega a uma média líquida de até 60%.
Dado o sucesso do negócio, a empresa receberá seu primeiro aporte ainda no segundo semestre deste ano.
Somente nos seis primeiros meses de 2020, a empresa faturou R$ 3,5 milhões. A expectativa é que a empresa atinja a marca de R$ 5 milhões até o final do ano que vem. Para chegar a estes números, a empresa apostará também no modelo de franquia, que vem sendo desenhado e deve entrar em operação até o final de 2020.
| Gazeta do Povo | | | | Trabalhadores da Renault em manifestação contra demissões: segundo deputados, montadora pode perder benefícios fiscais que recebeu do Estado
Deputados estaduais afirmaram na sessão de ontem da Assembleia Legislativa que a Renault pode perder os incentivos fiscais que recebeu do Estado caso não reveja a demissão de 747 trabalhadores da montadora em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba). Primeiro-secretário da Assembleia, o deputado Luiz Cláudio Romanelli recebeu o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Nelson Silva de Souza, o Nélsão, e pediu punição rigorosa à montadora, por descumprimento da lei 15.426/2007, que apresenta uma série de condições às empresas que recebem incentivos fiscais devem cumprir.
Uma das medidas, segundo o deputado, determina às "empresas que receberem incentivos fiscais de qualquer natureza para implantação ou expansão de atividades no Paraná” - o caso da Renault - deverão promover a “manutenção de nível de emprego e vedação de dispensa.
“A lei 15.426/2007 garante o emprego aos trabalhadores às empresas que recebem benefícios fiscais do Estado. A Renault foi muito bem vinda e recebe uma política de incentivo. Ou seja, o Paraná deixa de arrecadar imposto. A Renault não tem justificativa para as demissões”, disse Romanelli.
Ainda pela manhã, o deputado conversou com o governador Ratinho Junior (PSD) e disse que a lei será aplicada com rigor, caso a montadora mantenha a decisão de demitir funcionários. “Se a Renault quer demitir seus empregados, ela tem de abrir mão dos incentivos fiscais que recebe. Porque esse dinheiro é do povo do Paraná, e a contrapartida é a manutenção dos empregos”, defende. “A Renault é muito bem vinda, queremos a Renault, mas queremos emprego para os paranaenses”, afirma.
| Bem Paraná | | | | Especialista do Centro Universitário Facens explica que setor, em franca ascensão, precisa de mais profissionais especializados.
Todos aprendemos na escola sobre a Revolução Industrial, os impactos dela na sociedade e como nos trouxe aos dias atuais. Mas você sabia que, na verdade, já passamos por quatro Revoluções Industriais e estamos vivendo os desdobramentos da quarta? Estamos na Era da Indústria 4.0, onde tudo está conectado e, praticamente, a um clique de distância.
De acordo com Antonio Carlos Gomes Junior, Coordenador de Engenharia Mecânica do Centro e Lato Sensu de Manufatura Avançada 4.0 do Centro Universitário Facens, hoje vivemos cercados e, praticamente, dependentes de tecnologias que emergiram com a Indústria 4.0, como robôs autônomos, Internet das Coisas (IoT), Cyber Security, Big Data, Manufatura Aditiva, Realidade Aumentada, Computação em Nuvem, Impressão 3D, Sistemas Integrados, entre outros.
"Embora para muitas pessoas soe distante quando falamos destas tecnologias, elas já estão no nosso cotidiano. Cada vez que enviamos uma foto para o backup na nuvem ou programamos um aspirador robô para limpar a casa, por exemplo, já estamos neste universo. Na indústria não é diferente, como no caso das impressoras 3D ou manufatura feita por robôs programados por um software", explica Antonio Carlos.
Os meios de produção, ciências e modo de vida tendem a evoluir e se modificar de forma mais rápida quando a humanidade passa por guerras, catástrofes ou pandemias, como a da COVID-19. Isso acontece porque novas necessidades surgem e nossa sociedade precisa se adaptar para evoluir e sobreviver. Isso já tem acontecido com a Indústria 4.0, que tem sido arduamente exigida, já que o mundo tem se mantido muito mais remotamente e automatizado do que antes, por causa do distanciamento social.
Para Antonio Carlos, cada vez mais a indústria exigirá profissionais especializados em Engenharia 4.0, já que tudo deve passar a ser ainda mais automatizado e online do que já. "Esse é um mercado em franca ascensão e que deve ganhar ainda mais espaço nos próximos anos. Com certeza será uma excelente área de atuação para os jovens de hoje", ressalta o coordenador.
A Indústria 4.0 proporcionou, por meio de impressoras 3D e diversas outras máquinas automatizadas, que milhões de EPIs fossem produzidas durante a pandemia. Além disso, milhões de pessoas podem trabalhar no sistema home office e diversas indústrias mantém a produção automatizada ativa graças as tecnologias desenvolvidas por este setor. Pesquisas apontam que esta é uma tendência a ser mantida mesmo após o fim da pandemia.
| Ind 4.0 | | | | Divisões de rodas e componentes estruturais dividem custos com instituição em novos projetos
O grupo Iochpe Maxion encontrou nos programas da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) o caminho para continuar investindo em inovação e tecnologia em tempos de caixa limitado pela pandemia de coronavírus. Mesmo depois da intensificação da Covid-19 no País, as divisões de rodas Maxion Wheels e de componentes estruturais de chassis Maxion Structural Components seguiram com o desenvolvimento de novos projetos em que dividem os custos de desenvolvimento com a Embrapii e suas unidades, os ICTs, instituições científicas e tecnológicas, normalmente localizadas em universidades espalhadas pelo País.
As divisões do grupo já desenvolveram nos últimos quatro anos três projetos bem-sucedidos com a Embrapii, que financia com recursos públicos e sem reembolso um terço dos custos e o restante é dividido entre empresas e os ICTs. Agora, após a instalação da forte crise econômica na esteira da pandemia, o acesso aos programas subsidiados tornou-se fundamental para viabilizar as iniciativas de inovação da empresa.
Em junho a Iochpe Maxion intensificou a parceria com a realização do Embrapii Day, um encontro virtual entre gestores da empresa e representantes de 12 ICTs da rede Embrapii, que receberam 15 oportunidades de desenvolvimento de novos produtos e processos industriais, incluindo uso de materiais alternativos e adoção de sistemas da Indústria 4.0 nas fábricas do grupo. Após essa dinâmica, foram selecionadas 12 projetos de pesquisa, três para a Maxion Structural Components, três para a Maxion Wheels e seis para a divisão ferroviária. Este mês foram iniciados os processos de avaliação de cada projeto, para escolher os que têm mais chances de ir adiante.
“Além de reduzir custos, com a Embrapii nós construímos uma ponte sobre o chamado ‘vale da morte da inovação’, que fica entre as empresas e o meio acadêmico, onde muitos projetos morrem porque não têm como ser implantados dentro da indústria com alta escala de produção. Por meio dessa conexão conseguimos replicar o ambiente industrial para dentro dos ICTs e assim desenvolver projetos bem-sucedidos”, explica Carlos Eduardo Lopes, diretor global de engenharia avançada da Maxion Wheels.
CUSTOS E RISCOS DILUÍDOS
“Claro que a crise reduziu nossa capacidade de investimento, mas por meio do acesso simples e desburocratizado aos programas da Embrapii conseguimos diluir custos e manter em execução parte dos nossos projetos”, explica Lopes. A primeira iniciativa nascida do Embrapii Day a ser avaliada pela Maxion Wheels será o uso de sensores para medir a pintura de rodas, com o objetivo de reduzir custos de material e retrabalho ou garantia em caso de produção com algum defeito.
Em uma parceria anterior, a Maxion Wheels desenvolveu uma roda híbrida, produzida com disco (o miolo) de fibra de carbono e aro de aço, com o objetivo de reduzir peso sem perda da necessária robustez do componente. Descobriu-se que o componente não funciona bem em altas temperaturas, mas nem por isso a iniciativa foi desmerecida, pois serviu para trazer esse conhecimento à empresa com reduzida perda financeira, o que mitiga o risco inerente qualquer processo de inovação – o de não funcionar – e aumenta a capacidade de desenvolver outras iniciativas.
“A inovação traz vantagem competitiva, gera novas receitas e contribui para o desenvolvimento sustentável da companhia. A possibilidade de ter um parceiro como a Embrapii desburocratiza e agiliza nossos novos projetos”, afirma Marco Tulio Ricci, gerente de inovação da Maxion Structural Components.
A divisão de componentes estruturais pode começar em breve a colher os resultados da parceria com a Embrapii. Em 2016 foi iniciado junto com um ICT o desenvolvimento de travessas de compósitos (como fibra de vidro e carbono) para chassis de caminhões e ônibus, que com a mesma resistência do aço reduz pela metade o peso da peça, em favor da economia de combustível atualmente buscada por qualquer fabricante de veículos. “É o primeiro componente deste tipo que pode ser produzido em grandes volumes. A primeira fase do projeto foi concluída e capturamos o conhecimento de como fazer. Agora vamos produzir os protótipos para validação e futura produção”, conta Ricci.
Entre os novos projetos da divisão com ICTs da rede Embrapii, está o desenvolvimento de um sistema de informação de manutenções preditivas em linhas de produção, o que evita paradas inesperadas e reduz custos. Outra iniciativa em estudo é a inspeção de peças por meio de câmeras, para assegurar que tenham as dimensões corretas.
A Iochpe Maxion também está credenciada no Rota 2030, programa de desenvolvimento da indústria automotiva nacional, que permite descontos dos investimentos em P&D no Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido.
| Automotive Business | | | | Unidade em Ponta Grossa (PR) eleva para 99% a disponibilidade de itens para caminhões DAF e da linha TRP
A Paccar Parts investiu um total de R$ 200 milhões em um novo centro de distribuição de peças no Brasil, o segundo da companhia na América Latina e o 18º no mundo. A unidade foi anunciada durante a Fenatran, em outubro do ano passado (leia aqui), e inaugurada na quinta-feira, 23. Está localizada em Ponta Grossa (PR), dentro do complexo industrial do grupo onde são produzidos os caminhões DAF.
A empresa elevou em R$ 100 milhões o investimento anunciado inicialmente, aplicando o aporte em toda a estrutura predial e em máquinas e equipamentos de movimentação e sistemas de gerenciamento de estoque. Ao mesmo tempo, aplicou outros R$ 100 mil na compra de peças para compor o estoque.
O novo local possui capacidade para armazenar cerca de 50 mil itens, seis vezes a mais do que o espaço anterior. Atualmente, o CD utiliza espaço equivalente para 9 mil itens e a expectativa é de que em 2021 aumente para 20 mil peças.
Segundo Carlos Tavares, diretor da Paccar Parts no Brasil, o novo centro de distribuição eleva para 99% a disponibilidade de peças no País. O executivo explica que 60% do seu estoque é composto por peças importadas e demais 40% são produzidas no Brasil.
“Temos grandes parcerias em todo o mundo e desde antes da pandemia, conseguimos negociar volumes de forma que até agora não fomos tão impactados pela desvalorização do real sobre o dólar, o que traz maior competitividade aos nossos concessionários”, avalia Tavares.
O CD da Paccar Parts é 100% dedicado a abastecer as concessionárias DAF, hoje composta por 32 revendas espalhadas pelo País. Além de peças originais destinadas aos estoques da rede, o centro de distribuição também fornece toda a linha de autopeças multimarcas TRP, dedicada a caminhões de outras montadoras e vendida tanto na rede de concessionárias DAF quanto em sua loja própria, inaugurada em janeiro deste ano. A empresa planeja abrir mais duas unidades TRP neste segundo semestre.
Tavares acrescenta que o CD brasileiro, agora ampliado, tem como foco o mercado brasileiro, mas que eventualmente continuará trabalhando em conjunto com o centro de distribuição da Paccar Parts no Panamá conforme a necessidade, principalmente para fornecer peças da linha TRP. O CD panamenho atende o mercado local e demais países da região andina.
| Automotive Business | | | | Grupo amplia parceria para oferecer sistema sem condutor a clientes comerciais nos EUA
O grupo FCA e a Waymo, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas de condução autônoma, estão ampliando a parceria existente. A partir de agora a companhia de tecnologia passa a trabalhar exclusivamente com a FCA no desenvolvimento de veículos comerciais leves. O objetivo é oferecer serviços de movimentação de mercadorias com automóveis autônomos para clientes como empresas de entrega de encomendas, correios etc. Inicialmente, as duas vão desenvolver o uso do programa de direção autônoma Waymo Driver no furgão Ram ProMaster.
A FCA foi a primeira montadora parceira da Waymo – que ganhou fama com o projeto de carro autônomo do Google, em 2009 –, há quatro anos, e desde então ambas trabalham na implantação dos sistemas de condução autônoma. Atualmente, o Waymo One (serviço de carona) utiliza modelos Chrysler Pacifica Hybrid e é o primeiro do tipo a trabalhar com veículos sem motorista. O acordo com a montadora também prevê implantar o sistema de direção sem motorista em toda a frota da FCA.
“Estamos aprofundando nosso relacionamento com a melhor parceira de tecnologia dessa área e nos direcionando para atender as necessidades de nossos clientes comerciais, possibilitando oferecer juntos a condução autônoma de veículos”, disse Mike Manley, CEO do grupo FCA.
“A FCA foi a nossa primeira parceira montadora, e, juntos, vamos oferecer o Waymo Driver em todo o portfólio das marcas da FCA, abrindo novas fronteiras para veículos de transporte por aplicativo, entregas comerciais e de uso pessoal em todo o mundo”, afirmou John Krafcik, CEO da Waymo.
| Automotive Business | | | | Custo atual do componente é grande obstáculo para o crescimento da empresa
O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, defendeu maior produção de níquel, usado em baterias que alimentam seus carros elétricos, alertando que o custo atual do componente ainda segue sendo o grande obstáculo para o crescimento da empresa.
"A Tesla lhes dará um contrato gigante por um longo período se vocês produzirem níquel de maneira eficiente e ambientalmente correta", disse Musk em teleconferência de resultados.
O níquel torna as baterias mais densas, capazes de armazenar mais energia, e a Tesla precisa do metal mais do que nunca, uma vez que está buscando aumentar a produção de picapes e projetos de energia solar que usam muito níquel.
O pedido de Musk por mais níquel ocorre em um momento em que os preços de materiais usados em baterias despencou. Entretanto, operadores e analistas do setor afirmam que os volumes que a Tesla vai precisar provavalmente não vão ser suficientes para convencer as mineradoras a investir em aumento de produção.
Atualmente, a Tesla compra baterias de níquel-cobalto-manganês (NCM) da sul-coreana LG Chem e baterias de níquel-cobaldo-alumínio (NCA) da japonesa Panasonic.
Estas fabricantes compram níquel indiretamente de mineradoras em uma longa cadeia de fornecimento.
Há três grandes fornecedores, a Vale, no Canadá, a russa Norilsk Nickel e a australiana BHP.
O níquel atingiu uma mínima de 14 meses em março, a 10.865 dólares a tonelada e desde então subiu para 13.180 dólares, ainda 30% menos do que o pico dos últimos cinco anos atingido em setembro.
"O limitador real do crescimento da Tesla é produção das células de baterias a preços acessíveis", disse Musk.
A Tesla deve revelar avanços tecnológicos no evento "Dia da Bateria", marcado para ocorrer em setembro.
| Folha de S.Paulo | | | | Combustíveis voltaram a subir após alguns meses de queda pela pandemia da Covid-19
A alta no preço da gasolina, após alguns meses de quedas pressionadas pela pandemia da Covid-19, fez com que a prévia da inflação de julho ficasse em 0,30%, informou nesta sexta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o instituto, a gasolina subiu 4,47%, puxando a alta no grupo dos Transportes para 1,11% e exercendo o principal impacto sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).
No último dia 8, a Petrobras havia anunciado que iria subir em 5% o preço da gasolina, no que foi o oitavo aumento seguido desde maio, quando a empresa iniciou o ciclo de alta, acompanhando a recuperação das cotações internacionais do preço do petróleo após a reabertura da economia em diversos países.
O reajuste levou o litro da gasolina a sair das refinarias da estatal por um valor de R$ 1,65, em média, o que equivale a uma proporção 60% superior ao preço vigente antes do início da sequência de aumentos. A política de preços da Petrobras acompanha as cotações internacionais dos combustíveis.
No início da pandemia, os preços registraram quedas acentuadas, com a gasolina chegando a custar cerca de R$ 0,90 nas refinarias. A alta recente acompanhou as cotações do petróleo, que se recuperaram nas últimas semanas após o relaxamento das medidas de distanciamento social principalmente da Europa e nos Estados Unidos.
A pandemia foi decretada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) no dia 11 de março. A partir da segunda quinzena de março, estados e municípios estipularam restrições à circulação de pessoas, com o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de conter o avanço da doença. Com menos gente nas ruas, o preço da gasolina começou a cair.
De acordo com o IBGE, outros combustíveis também subiram na análise do IPCA-15 de julho: etanol (4,92%), óleo diesel (2,50%) e o gás veicular (0,01%). Transportes também aumentou o preço nas tarifas de metrô (2%), puxada principalmente pelo reajuste de 8,70% nas passagens do Rio de Janeiro.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco apresentaram alta em julho.
Habitação subiu 0,5% por causa do aumento das tarifas de energia elétrica (1,03%) em seis regiões do Brasil. Em Fortaleza, por exemplo, a alta foi de 5,15%. Outros itens que registraram aumento foram a taxa de água e esgoto (0,13%) e o gás encanado (0,08%).
O grupo do Vestuário apresentou deflação de 0,91%, com queda nos preços das roupas feminina (-1,32%) e masculina (-1,18%), além de infantis (-0,59%), calçados e acessórios (-0,88).
O ramo de Alimentação e bebidas, por sua vez, apresentou queda de 0,13%, interrompendo quatro meses seguidos de altas. Caíram os preços de tomate (-22,75%), a batata-inglesa (-20,70%), a cenoura (-18,60%) e a cebola (-7,09%).
Nos índices regionais, só o Rio de Janeiro (-0,07%) teve deflação no IPCA-15 de julho, puxado pela queda nos preços de alimentos e transporte por aplicativo. Por outro lado, Curitiba registrou a maior inflação (0,76%), pressionado pela alta dos combustíveis.
| Folha de S.Paulo | | | |
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