Segue, para conhecimento, a Notificação Recomendatória expedida pelo Ministério Público do Trabalho da 9ª Região – PR, que aborda as providências adotadas pelas empresas no tocante às pessoas com deficiência em situação de risco e vulnerabilidade durante o período de combate ao coronavírus - COVID -19.
Lançada pela CNI a “Calculadora MP 936”, ferramenta que disponibiliza para as empresas e todos os demais interessados uma forma fácil e ágil de calcular os valores que serão pagos pela empresa e pelo Governo para os empregados em caso de redução da jornada e do salário ou suspensão do contrato de trabalho, conforme previsão da MP 936.
Na ferramenta pode ser consultado o valor do salário do empregado após a redução da jornada, somado a eventual ajuda compensatória da empresa, e também o valor do Benefício Emergencial que será pago pelo Governo. Ao final, é informado o valor total que o empregado receberá.
A ferramenta está disponível no canal “A indústria no combate à covid-19”, do Portal da Indústria, podendo ser acessada no link: https://www.portaldaindustria.com.br/canais/industria-contra-covid-19/impacto-economico/#anchor-simulado
Queda da confiança dos empresários não tem precedentes
O ICEI caiu 25,8 pontos entre março e abril, registrando 34,5 pontos, o menor índice da série histórica. Até então, a maior queda registrada em um único mês havia sido de 5,8 pontos, ocorrida em junho de 2018, como consequência da greve dos caminhoneiros. Cabe ressaltar que a queda em abril ocorre após redução de 4,4 pontos ocorrida em março e de 0,6 ponto em fevereiro. Entre janeiro e abril, o ICEI recuou 30,8 pontos.
Uma das medidas em estudo pelo governo é a liberação de crédito por maquininhas de cartão
O governo deve anunciar em breve medidas de estímulo ao crédito a microempresas durante a pandemia do novo coronavírus, informou nesta quarta-feira (15) o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.
Rodrigues disse que a equipe econômica trabalha em um pacote para ajudar donos de pequenos negócios, com faturamento bruto de até R$ 360 mil por ano.
"Tão logo nós tenhamos o desenho final será anunciado. E entendo que será em breve", afirmou.
O secretário foi questionado sobre a proposta de liberação de crédito por fintechs, como operadoras de maquininhas de cartão, que está em estudo pelo governo, como já declarou o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Apesar do esforço do governo em retirar amarras do sistema bancário, Guedes avalia que os recursos estão ficando represados nas instituições financeiras, em vez de serem emprestados a empresários que passam aperto com a pandemia.
Pela ideia em estudo, as fintechs permitiriam que microempreendedores e pequenas empresas tenham acesso aos recursos de crédito.
As maquininhas são operadas por empresas como PagSeguro, Cielo e Stone, e permitem que empresários façam transações financeiras pela venda de produtos ou prestação de serviços.
Atualmente, é possível obter crédito pelas maquininhas de cartão, mas a ideia é que, com a crise econômica, o governo passe também a oferecer recursos públicos como garantia a essas operações.
Um primeiro passo foi dado após uma resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) que autorizou fintechs a usarem recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
A medida, no entanto, foi vista como insuficiente pelas empresas de maquininhas. Elas sugerem uma solução voltada ao crédito para as microempresas (até agora, as ações de crédito anunciadas pelo governo foram concentradas em empresas que faturam acima de R$ 360 mil por ano).
Indicadores conjunturais e estruturais selecionados – produção, nível de estoques, confiança do empresário, custos, produtividade, entre outros. No quarto trimestre de 2019, o indicador de custos industriais cresceu 0,9%, menos que o aumento dos preços dos produtos manufaturados, de 2,5%. Em 2019, os custos industriais cresceram em média 1,3%, enquanto os preços dos produtos manufaturados cresceram 4,3%.
A Prefeitura de Curitiba encaminhou nesta quarta-feira (15/4) à Câmara Municipal um projeto de lei complementar que prevê a prorrogação, por 90 dias, do vencimento de parcelas de Programas de Recuperação Fiscal de Curitiba (Refic). O objetivo é compensar os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus sobre contribuintes que aderiram a programas de refinanciamento de dívidas com a Prefeitura.
A medida deve significar R$ 5,4 milhões a mais na economia do município no período de 90 dias. O Refic permite quitar dívidas referentes ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Imposto Sobre Serviços (ISS), principalmente, além de outros débitos de natureza tributária e não tributária, desde que vinculadas a uma indicação fiscal, inscrição municipal ou número fiscal cuja cobrança esteja sendo feita administrativamente ou judicialmente.
A medida beneficia quem aderiu ao Refic nos anos de 2004, 2008, 2011, 2014 e 2015. Pelo projeto, as parcelas com vencimento nos meses de abril, maio e junho de 2020 ficam prorrogadas para os meses de julho, agosto e setembro de 2020, respectivamente. O projeto foi encaminhado em regime de urgência à Câmara.
Outras medidas
Desde o início da pandemia, a Prefeitura vem adotando medidas de apoio ao empresariado, que somam R$ 69,8 milhões.
A Prefeitura já havia anunciado, no dia 3/4, a prorrogação por 90 dias o vencimento do ISS no âmbito do Simples Nacional para micros e pequenas empresas e de 180 dias para os Microemprendedores Individuais (MEIs). Ao todo, serão beneficiadas cerca de 175 mil empresas na capital, com recursos de R$ 60 milhões no período.
Também foi prorrogado, por 90 dias, o recolhimento do ISS para autônomos e sociedades profissionais, com impacto de R$ 4,4 milhões para 21 mil profissionais autônomos e 2,1 mil sociedades profissionais.
Agência de Notícias/Prefeitura de Curitiba ( publicado em 15-04-2020)
A Prefeitura de Curitiba estabeleceu medidas adicionais de postura sanitária para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus na cidade.
Entre elas estão a obrigatoriedade de uso de máscaras, determinação de critérios de ocupação de espaços de uso comuns e responsabilização pelo descumprimento das orientações.
As normas fazem parte de resolução que deve ser publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial. Ela segue recomendação do Comitê de Prática e Ética Médica – grupo criado para analisar a evolução da transmissão da covid-19 e balizar as ações do município relacionadas à pandemia.
“Com um rigoroso monitoramento da Saúde e uma avaliação permanente do comitê, o município toma as medidas que são necessárias para enfrentar a covid-19”, diz o prefeito Rafael Greca. “Uma pandemia dessa magnitude necessita, entretanto, que toda a sociedade seja corresponsável pelo sucesso desse combate.”
Greca destaca a importância de que todos os moradores tenham bom senso e responsabilidade em suas atividades. “Temos de ter uma verdadeira profissão de fé na inteligência: que ninguém vá procurar a infecção, não seguindo as recomendações básicas de evitar aglomeração, usar máscara, usar álcool em gel e manter o devido distanciamento social”, afirma o prefeito.
As novas medidas não alteram as recomendações do município sobre o funcionamento de serviços e comércio na cidade, que estão contempladas no decreto 470.
Elas também não se aplicam a shopping centers, galerias e centros comerciais, academias e centros de esportes em geral – que estão contemplados em decretos do governo do Estado (4230, de 16/03/20, e 4311, de 20/03/20).
Medidas
A nova normativa estabelece a obrigatoriedade de uso de máscaras pela população em espaços públicos, comerciais e de uso coletivo, incluindo o transporte coletivo, os táxis e os veículos de aplicativos. A orientação é que a população faça uso de máscaras caseiras.
Além disso, define também critérios para presença das pessoas nos estabelecimentos e serviços.
O critério básico é que a capacidade máxima nos locais seja de uma pessoa a cada 9 metros quadrados. Isso significa que uma área de 270 metros quadrados, por exemplo, não poderá abrigar mais de 30 pessoas ao mesmo tempo, incluindo funcionários e usuários.
Os locais devem definir acesso de entrada e saída, assegurando o devido controle da circulação. O distanciamento mínimo deve ser de 1,5 metro entre as pessoas e deve ser obedecido também nas filas do lado de fora, que deve ser organizada pelos estabelecimentos.
Áreas menores, cuja ocupação seja incompatível com o espaçamento de 9 m2, deverão providenciar o atendimento externo (da porta para fora).
O local de entrada e também em pontos internos deve ter álcool em gel à disposição dos usuários.
Prédios comerciais que disponham de elevadores devem diminuir a capacidade máxima nesses equipamentos e fazer a identificação dessa limitação para os usuários.
Penalidades
Os estabelecimentos que não cumprirem as medidas estabelecidas na resolução ficam passíveis de responsabilização administrativa, civil e penal, sujeitando-se, por exemplo, à cassação de alvará, entre outras medidas.
A resolução leva em conta a situação atual do coronavírus na capital e poderá ser revista a qualquer tempo, se assim o cenário da pandemia exigir.
Controle da epidemia
A secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, avalia que as medidas tomadas na capital estão dentro de parâmetros positivos na contenção da transmissão do coronavírus, o que tem efeito direto na utilização da rede de atendimento disponível.
O uso dos leitos de UTI destinados a pacientes do novo corona gira em torno de 50%.
“Temos uma situação bem mais controlada e tranquila do que outras regiões do país”, diz ela. “Mas epidemia exige atenção constante, então faremos todo e qualquer ajuste que o cenário exigir.”
Segundo a secretária, é importante que a população continue respeitando as medidas de isolamento social (para os grupos de risco) e distanciamento social (para todos) para que a cidade atravesse a pandemia com o menor impacto negativo possível.
Agência de Notícias/Prefeitura de Curitiba ( publicado em 15-04-2020)
Executivo sugere que a emissão de títulos conversíveis pode ser alternativa de captação de recursos
O presidente do Santander, Sérgio Rial, defendeu que as grandes empresas listadas em Bolsa emitam dívidas que possam ser convertidas em ações na hora do pagamento (os chamados títulos conversíveis) para fazer frente à crise do coronavírus.
O título conversível permite ao investidor que aplicar dinheiro em uma empresa comprando uma dívida, converter esse título em participação acionária. Dessa forma, ele é pago não necessariamente com dinheiro e juros, mas com ações dessa companhia.
Segundo Rial, o sistema financeiro não tem condições de ajudar todos os setores do país e, agora, as discussões acerca das reformas necessárias para retomada econômica também englobam os segmentos que mais estão sofrendo com a crise do novo vírus, como é o caso das companhias aéreas e do varejo não essencial.
A estimativa do presidente do Santander é que as empresas de aviação estejam gastando entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões por dia.
“Os conversíveis são instrumentos financeiros que possuem características de dívida e de equity [ação] dentro de sua estrutura e permitem que o detentor desse papel, na retomada econômica, possa converter a dívida em um preço de ação e se beneficiar do upside [potencial de alta de determinado ativo]. É, seguramente, um instrumento a ser adotado”, afirmou Rial em transmissão ao vivo feita pelo próprio banco nesta quarta-feira (15).
Segundo o executivo, apesar de o uso dos conversíveis ser uma solução que já está sendo avaliada entre os setores público e privado, ainda existem duas questões que precisam de discussão: o risco de diluição de participação para os acionistas atuais e o estabelecimento de um preço justo.
“Para reduzir o risco da diluição para o acionista atual, basta permitir que a empresa pague esse investidor em dinheiro ao final da crise. Já sobre o preço, qualquer tentativa de construir um artificialismo de preços futuros pode gerar dúvidas sobre como eles foram estabelecidos. O preço que existe é o de ontem, e é esse que tem que ser usado”, disse Rial.
Já para segmentos que possuem garantia real, como é o caso do setor automotivo e hoteleiro, o presidente do Santander defendeu o uso dessas garantias como forma de estruturar a dívida.
Rial também indicou que o momento traz a oportunidade de as montadoras repensarem a necessidade de terem banco próprio, concorrendo com instituições financeiras, e defendeu a interdependência dos segmentos.
“Já existe uma discussão em andamento acerca de usar esses ativos locais como garantia para o setor automotivo. Além disso, esse é um segmento que possui no seu modelo de negócio, os bancos. É importante avaliar se vale a pena, no longo prazo, que um negócio industrial corra o risco estrutural de liquidez. A especialização, nesse século, é inevitável”, afirmou.
Ele disse também que não há resistência de ajuda às montadoras por parte das instituições financeiras.
“Nós vamos apoiar as montadoras. No Santander, nós temos uma posição muito grande de financiamento de veículos, acreditamos que veículos são o nosso negócio, inclusive como sócios em bancos de montadoras que por não terem tamanho no Brasil, viram que era muito mais importante ter um banco como sócio do que montar o seu banco 100%”.
Pleito da CNI para mitigar efeito da pandemia sobre as empresas, medida beneficiará indústrias, produtores rurais e empresas de saneamento que captam água bruta. Previsão é que medida entre em vigor nesta semana
Os boletos de cobrança pelo uso da água previstos para o exercício 2020 terão o vencimento da primeira parcela em agosto
A cobrança pelo uso de água em bacias hidrográficas sob domínio da União será adiada em quatro meses. Esse foi mais um dos pleitos encaminhados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao governo federal para enfrentamento aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre as empresas. A entidade representa o setor industrial no Conselho Nacional de Recursos Hídricos onde se debateu a medida.
A previsão é que a resolução da Agência Nacional de Águas (ANA) que adiará o pagamento da primeira parcela da cobrança de água entrará em vigor nesta semana e beneficiará detentores de outorga para captação de água bruta – que não é tratada –, como indústrias, produtores rurais, irrigantes e empresas de saneamento. Os boletos de cobrança previstos para o exercício 2020 terão o vencimento da primeira parcela em agosto de 2020.
De acordo com a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, a medida contribui para a continuidade da atividade produtiva, já que a água é insumo fundamental. “Nesse momento de grandes dificuldades, é necessário priorizar medidas que garantam a sustentabilidade das empresas, do emprego e da renda”, comenta.
"A medida contribui para a continuidade da atividade produtiva, já que a água é insumo fundamental" - Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI
O que é a cobrança pelo uso da água?
A cobrança pelo uso da água é prevista pela Política Nacional de Recursos Hídricos. Possui os seguintes objetivos: obter recursos financeiros para a recuperação das bacias hidrográficas brasileiras, estimular o investimento em despoluição, dar ao usuário uma sugestão do real valor da água e incentivar a utilização de tecnologias limpas e poupadoras de recursos hídricos.
Essa cobrança não é um imposto ou tarifa cobrados pelas distribuidoras de água nas cidades, mas uma remuneração dos usuários de água pelo uso de um bem público. Todos e quaisquer usuários que captem, lancem efluentes ou realizem usos não consuntivos diretamente em corpos de água têm de cumprir com o valor estabelecido.
O valor da cobrança é definido a partir da participação dos usuários, da sociedade civil e do Poder Público no âmbito dos comitês de bacias hidrográficas (CBHs). Um dos parâmetros para definir os valores é bem simples: quem usa e polui mais os corpos de água, paga mais. Quem usa e polui menos, paga menos.
A ANA tem a competência de arrecadar e repassar os valores da cobrança dos recursos hídricos de domínio da União à respectiva agência de água da bacia ou à entidade encarregada das funções de agência de água, instituições que integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Para saber mais sobre a cobrança pelo uso de recursos hídricos, acesse aqui.
John Rodgerson diz que a empresa não pode ter desvantagem mundial só porque está no Brasil
O presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem que dar para as empresas brasileiras o mesmo benefício que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está dando para minimizar as perdas causadas pela quarentena imposta para contar o novo coronavírus.
“Não podemos ter desvantagem mundialmente só porque estamos no Brasil”, disse ele durante uma live feita pela Eleven Financial nesta quarta-feira (15).
Rodgerson se referia aos novos voos para Nova York que a empresa brasileira pretende começar a operar quando o setor voltar ao normal. “Como vamos concorrer com a American Airlines?”, questionou.
O executivo afirmou ainda que a empresa começou a negociar com o governo brasileiro no início de março, e que o modelo adotado pelo governo americano é o melhor para auxiliar o setor aéreo.
“Entramos nessa crise com uma das empresas mais rentáveis do mundo. Esse não é um problema de gestão. Temos que lembrar que a Azul voa para 50 cidades que nossos concorrentes nem voam. Se a Azul não for saudável, serão milhares de desempregados", disse ele.
Rodgerson, no entanto, diz que é preciso dar crédito ao governo. “Ninguém sabe onde isso [a crise com o coronavírus] vai parar. O jogo está sempre mudando”, afirmou.
O executivo disse que a companhia está em negociação com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para conseguir benefícios e evitar que a empresa qubre. “É uma negociação. Não temos uma proposta formal ainda. Eles querem entender melhor nosso negócio”, disse.
Rodgerson também comentou sobre a redução da participação do fundador David Neeleman na empresa. Na última terça-feira (14) a empresa anunciou que o empresário se desfez de parte de suas ações preferenciais (sem direito a voto).
Segundo reportagem da Folha, Neeleman manteve o controle da Azul, já que segue como detentor da de 67% das ações ordinárias (com direito a voto) da companhia.
No total, ele se desfez de 47% de sua posição na aérea e reduziu sua participação no capital da companhia de 5,8% para 3,06%. Neeleman é fundador da Azul e acionista também das aéreas TAP (com quem a empresa brasileira tem uma joint venture) e Breeze.
“David é uma pessoa de aviação. Ninguém sabia que o mundo ia parar por dois meses. É uma coisa do privado, mas é melhor só falar a verdade. É triste, mas ninguém está chorando por David e ele não perdeu o controle da empresa.
A operação se deu porque o investidor não teria conseguido quitar um empréstimo pessoal de US$ 30 milhões (R$ 154,8 milhões no câmbio atual) que tinha como garantia ações da companhia aérea.
Decisão provisória atendeu pedido feito em ação popular contra a União e o presidente do Banco Central
A Justiça Federal no Distrito Federal proibiu, nesta quarta-feira (15), bancos de aumentar taxas de juros ou ampliar exigências para concessão de crédito durante a crise do novo coronavírus.A decisão provisória atendeu pedido feito em uma ação popular contra a União e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Cabe recurso.
O processo foi ajuizado pelo presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista), Carlos Lupi. A decisão vale para todo o país.
"De nada adianta a criação de norma para ampliação de crédito, se esse crédito não circula, ficando represado nas instituições financeiras, o que mostra a não observância dos princípios da vinculação, finalidade e motivação que devem nortear todos os atos administrativos", escreveu o juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Cível da Justiça Federal do Distrito Federal.
Procurado, o BC respondeu que não comenta ações judiciais em curso.
Borelli determinou também que sejam adotadas medidas que criem condições para que as iniciativas do BC de injeção de liquidez nos bancos sejam efetivas e gerem crédito às empresas e às famílias.
Liquidez é a quantidade de dinheiro disponível nas instituições. Parte dos recursos dos bancos fica presa em exigências do BC, como depósitos compulsórios.
Para tentar conter os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, a autoridade monetária adotou medidas para diminuir essas obrigações e aumentar o volume de recursos disponíveis. Quanto mais dinheiro em caixa, maior a possibilidade de aumentar a concessão de crédito.
A ação pedia que os bancos apresentassem novas linhas de crédito, uma vez que as medidas do BC para injetar liquidez no sistema financeiro, na prática, não tiveram resultado.
"Determino, também, que a parte ré [União e Campos Neto] adote medidas a fim de condicionar a concessão dos benefícios de liquidez, provenientes da redução do percentual dos recolhimentos compulsórios, à efetiva apresentação de novas linhas e carteiras de créditos a favor do mercado produtivo interno por parte dos bancos a serem beneficiados", escreveu o juiz.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em nota, lamentou a decisão. A entidade disse considerar que a judicialização generalizada das relações entre consumidores e bancos não é o melhor caminho.
"No geral, as taxas de juros têm se mantido estáveis nas principais linhas do varejo para pessoas físicas, pequenas e médias empresas, com alguma oscilação no atacado em razão do forte impacto da crise no preço dos ativos", afirmou a federação, em nota.
CHEQUE ESPECIAL
Nesta quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu um trecho de uma norma do CMN (Conselho Monetário Nacional) que permitia cobrança de tarifa de cheque especial, mesmo sem utilização do serviço.
A medida foi publicada no ano passado e entrou em vigor em janeiro para novos contratos e, para antigos, começaria em junho.A resolução limitou os juros do cheque especial a 8% ao mês, mas autorizou a cobrança de tarifa de 0,25% em cima de limite acima de R$ 500 disponibilizado pelo banco, mesmo que o cliente não o utilize.
Déficit primário antes previsto em R$ 68 bilhões passa a ser de R$ 150 bilhões no projeto da LDO
Diante das incertezas sobre o futuro da economia, o governo Jair Bolsonaro decidiu pedir ao Congresso autorização para flexibilizar a meta fiscal de 2021. Essa obrigação poderá ser ajustada ao longo do tempo se as projeções de arrecadação sofrerem mudanças.
Em estimativa apresentada nesta quarta-feira (15), o Ministério da Economia prevê um rombo de R$ 149,6 bilhões nas contas federais no ano que vem, mais que o dobro do previsto atualmente. O tamanho do déficit estimado foi antecipado pela Folha.
O governo estima uma década de contas no vermelho. Antes da pandemia, o ministro Paulo Guedes (Economia) chegou a afirmar que o rombos nas contas seria sanado ainda em 2019, o que não se confirmou nas projeções oficiais --depois recuou.
Os dados fazem parte do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2021, que será enviado para análise do Congresso.
O texto traz a orientação para a elaboração do Orçamento do governo federal no ano que vem.
Em uma inovação incluída no projeto, a meta fiscal não terá valor fixo e partirá das estimativas definidas na regra do teto de gastos, que limitou as despesas públicas à variação da inflação. Esse valor será descontado das receitas projetadas para o ano pelo governo.
Na prática, se a projeção de receitas cair, a meta será afrouxada, com permissão para um rombo maior. Se for observado movimento contrário, a meta acompanhará a alta de receitas e preverá um déficit menor.
Pela proposta, as mudanças poderão ser feitas ao longo do tempo. Será possível alterar essa obrigação inclusive durante o exercício de 2021.
Se o Congresso autorizar a nova regra, não haverá mais necessidade de cortar gastos de ministérios em caso de perda de arrecadação. Hoje, em situações de frustração de receitas, o governo é obrigado a fazer um contingenciamento para evitar o descumprimento da meta. Com a mudança, se for registrada essa perda, a meta será alterada.
De acordo com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, com a tendência de piora nas projeções para o PIB, é provável que esse rombo de R$ 150 bilhões seja ampliado.
Mesmo mantendo o discurso de que os gastos emergenciais contra a pandemia ficarão restritos a este ano, o governo já prevê, portanto, que a disparada do rombo nas contas públicas vai extrapolar 2020 e também estourar as previsões para o ano que vem.
Por isso, será necessário mudar a previsão atual de déficit primário em 2021 dos atuais R$ 68,5 bilhões para cerca de R$ 150 bilhões.
Apesar da flexibilização da meta, o Ministério da Economia quer manter o discurso de zelo fiscal. A ideia é ressaltar que o governo seguirá na campanha por reformas estruturantes e respeitará regras fiscais.
"Estamos com uma manutenção da nossa agenda de zelo fiscal. O que está acontecendo agora é momentâneo. Entendemos que as medidas [emergenciais] serão contidas em 2020 e voltaremos à nossa trajetória de equilíbrio e zelo fiscal", disse Waldery, ressaltando que o país deve registrar déficit fiscal ao menos até 2023, totalizando dez anos de rombos anuais.
O secretário disse que o governo não trabalha com aumento de impostos para equilibrar o Orçamento. Entre as ações de alívio às contas, ele defende uma aceleração nas privatizações de estatais.
A meta de resultado primário do governo federal é calculada pela diferença entre as estimativas de arrecadação e gastos da União.
Para projetar as contas do ano que vem, a equipe econômica observou parâmetros do desempenho da economia, como PIB e inflação. Com isso, projetou os gastos para o ano e o valor que espera arrecadar de tributos.
Como o prazo para envio da LDO ao Congresso se encerra nesta quarta, técnicos do ministério relataram grande dificuldade na elaboração das contas. Como o país ainda está no meio da pandemia do novo coronavírus, não é possível prever as variáveis da economia daqui para frente.
Os cálculos consideraram uma alta de 0,02% no PIB de 2020, valor mais otimista do que as recentes previsões do mercado. Esse número ainda será revisado pela equipe econômica. O governo espera crescimento de 3,3% em 2021.
Outro dificultador é a incerteza em relação ao pacote emergencial anunciado pelo governo. Como novas medidas ainda podem ser apresentadas e o Congresso também pode ampliar ações que já estão em vigor, o cálculo de gastos da União fica impreciso.
Diante da expansão de gastos com o pacote emergencial e as perdas de arrecadação, o governo espera uma forte piora no endividamento público. A dívida bruta do governo, que está hoje em 75,8% do PIB deve alcançar 84,3% no ano que vem, 85,5% em 2022 e 86,4% em 2023, conforme estimativa da pasta.
De acordo com os técnicos do Ministério da Economia, o projeto da LDO não traz autorização para reajuste de salário de nenhuma categoria do serviço público.
Na terça, Mansueto Almeida afirmou que o rombo deve ficar perto de R$ 600 bilhões
O Ministério da Economia estima que as contas do governo federal podem registrar um rombo de R$ 515,5 bilhões neste ano caso o PIB (Produto Interno Bruto) recue 5%, patamar próximo da previsão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o comportamento da economia brasileira (5,3%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15).
Nesta terça (14), o secretário nacional do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o rombo deve ficar perto de R$ 600 bilhões. Mas o cálculo dele considera medidas ainda em análise pelo Congresso, como o plano de socorro aos estados na crise do coronavírus, que já foi aprovado pela Câmara e ainda depende do aval do Senado.
As projeções divulgadas nesta quarta pelo ministério apresentam ainda o cenário em caso de queda de 2% do PIB (patamar esperado pelo mercado). Nesse caso, o resultado negativo seria de R$ 486,4 bilhões, com base nas medidas de combate à Covid-19 já anunciadas.
O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, reconheceu que essas estimativas devem mudas ao longo do ano de acordo com o anúncio de novas medidas e com projetos a serem analisados pelo Congresso. Segundo ele, as diferentes projeções foram apresentadas por uma questão de transparência.
Apesar de ter traçado diferentes cenários para as contas públicas em 2020, o governo mantém a projeção do PIB próxima de 0% neste ano e, com isso, espera que o déficit nas contas seja de R$ 467,1 bilhões para o governo central, que engloba os resultados do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central.
O governo espera um déficit de R$ 3,8 bilhões para as estatais federais e de R$ 30,8 bilhões para as governos regionais (estados e municípios). Com isso, a perspectiva atual do Ministério da Economia é de R$ 501,7 bilhões de rombo nas contas de 2020.
Principal estratégia do megainvestidor é alocar recursos em empresas consolidadas e boas pagadoras de dividendos
O investidor Luiz Barsi Filho foi às compras na Bolsa de Valores brasileira na primeira quinzena de março, no momento em que o pregão sofreu quatro circuit breakers, termo em inglês para denominar o mecanismo que interrompe as negociações quando o Ibovespa cai 10%.
Com mais de R$ 2 bilhões investidos em ações, Barsi afirma que agora o seu momento é de espera e olhar atento, pois o sobe e desce na cotação das ações vai se manter. Ele aguarda os resultados do primeiro trimestre para mexer no que chama de carteira previdênciária: investimento em empresas consolidadas e boas pagadoras de dividendos. A estratégia, mantida há mais de 50 anos, é sua marca pessoal como investidor no mercado acionário.
Cumprindo as ordens de isolamento social por causa da pandemia do coronavírus em um sítio da família, no interior de São Paulo, Barsi contou à Folha em troca de emails que acredita haver boas opções de papéis para quem quer investir na Bolsa agora, mas defende a necessidade de educação financeira e de um preparo econômico e psicológico para passar pela turbulência do mercado.
O senhor sempre deixou claro que considera importante investir em empresas que pagam bons dividendos. Essa ainda é uma estratégia válida ante o atual momento, no qual as empresas tendem a diminuir sua distribuição de lucros em prol de ter caixa suficiente para passar por esse período de crise?
Reduzir a estratégia apenas a empresas que paguem dividendos é um tanto quanto simplista. Não sou um caçador de dividendos a qualquer custo. Eu me torno parceiro de empresas que não apenas distribuem boa parte dos seus lucros, mas que também pertençam a setores perenes. O objetivo é a parceria de longo prazo. Isso implica manter a consistência ao longo do tempo.
O grande problema do brasileiro na hora de investir é o imediatismo. Não é assim que funciona na economia real para as empresas, que justamente em tempos de crise precisam se resguardar para sobreviver e garantir o dividendo futuro.
É exatamente em momentos de pânico, quando a queda nos preços das ações se torna tão exagerada, que os investidores deixam de fazer as contas.
Muitas empresas estão cotadas hoje em patamares que não víamos há muito tempo. Lá na frente vão dar resultados na forma de dividendos muito superiores a qualquer outra modalidade de investimento. Portanto, não só o momento atual é favorável à formação de uma carteira previdenciária, como reúne todas as condições ideais: boas empresas com ações a bons preços e que voltarão a pagar bons dividendos.
Como enxerga o atual momento da Bolsa brasileira? E a reação dos investidores a ele?
O momento é de oportunidade, mas, infelizmente, poucos estão preparados para passar por momentos de turbulência como este —tanto financeira quanto psicologicamente.
Não existe outra solução se não a educação financeira e, quanto a isso, tenho enxergado alguma reação nos últimos anos.
Recentemente, minha própria trajetória se tornou objeto desse movimento.
Minha filha, Louise, e outros dois sócios, Fábio e Felipe, fundaram o Ações Garantem o Futuro, mesmo nome do projeto que idealizei na década de 70 e que deu vida à estratégia que sigo há mais de 50 anos: a carteira previdenciária.
Nunca imaginei que meu legado ecoaria tão forte, quanto mais ter milhares de visualizações na internet.
A missão é justamente democratizar e desmistificar o investimento em Bolsa de Valores.
O senhor aproveitou o momento de circuit breaker, em março, para “ir às compras” na Bolsa? Quais ações comprou?
Sim, comprei tudo o que podia, inclusive empresas que antes não me interessavam, como Petrobras e Braskem, que estavam a preços interessantes. Fora isso, nenhuma novidade.
Comprei o que podia de ISA Cteep [de transmissão de energia], Unipar, Itaúsa, Banco Santander, Cemig e Klabin.
No período pré-crise do coronavírus, a Bolsa de Valores brasileira se aproximava dos 120 mil pontos. O senhor considera que aquela seria uma alta sustentável caso o vírus não tivesse acontecido?
Não. Inclusive, em algumas palestras, cogitei diversas vezes que a bexiga estava chegando no alfinete. Não sei mais do que ninguém e nem tenho vocação para futurólogo, mas 50 anos de mercado me ensinaram muitas coisas.
Toda vez que o investimento em ações se torna tão óbvio que qualquer um que não esteja na Bolsa é chamado de tolo, é sinal de que você está pagando caro.
Outro sinal é o dividend yield (indicador que mede a rentabilidade dos dividendos de uma empresa). Quando o retorno em dividendos começa a ficar comprimido, isto pode indicar que os preços das ações subiram desproporcionalmente aos lucros e, portanto, à distribuição de dividendos.
O gestor de um grande fundo, na época, havia comentado que a entrada do investidor pessoa física na Bolsa poderia causar uma “bolha” em momentos de turbulência, uma vez que aqueles que não estavam acostumados com risco poderiam vender papéis abruptamente em momentos de turbulência. O que o senhor pensa sobre o assunto?
Respeito muitíssimo o Luiz Stuhlberger, é uma figura importante no mercado e, neste quesito, estávamos alinhados. Infelizmente, o excesso de otimismo pode levar ao excesso de confiança. Perder dinheiro na Bolsa é muito fácil, basta investir o que você não tem, ou seja, se alavancar. Quanto maior o salto, pior a queda.
Como o atual ambiente político e de crise do coronavírus influenciam sua decisão na compra de papéis?
Já sobrevivemos a outras crises, como a do Collorvírus, FHCvírus, Lulavírus, Dilmavírus. Sobreviveremos a mais este, sairemos mais forte como sociedade e é isto que importa. Se estes ruídos influenciarem nos preços das ações, ótimo, poderei investir nas mesmas boas empresas por muito menos.
Como está distribuído o seu patrimônio hoje? O senhor ainda recomenda a compra de ações? Quais as empresas que o senhor enxerga como oportunidade hoje?
Eu não recomendo, apenas falo abertamente minhas opiniões. Se o investidor estiver disposto a estudar e concordar comigo, ótimo.
Meu patrimônio hoje está distribuído basicamente em ações, é o melhor investimento que conheço.
Na “perda fixa” [como ele chama o investimento em renda fixa] ficam apenas os recursos provenientes dos meus dividendos, que uso como caixa. Não fiz nenhuma compra significativa desde o último circuit breaker porque não acredito nesta alta das últimas semanas.
Estou aguardando os resultados do primeiro trimestre, é nisso que baseio a minha tomada de decisões.
Quando pequeno, o sr. chegou a ser engraxate e a morar em um cortiço, no Brás. Começou a investir na Bolsa com o que sobrava de seu salário na época, quando começou a trabalhar em uma corretora. Quando e como percebeu que a melhor estratégia para aumentar seu patrimônio seria investir em boas empresas que pagavam bons dividendos?
Via a minha volta pessoas muito melhor de vida do que eu especulando. Ganhavam o carro em um dia e, no outro, não tinham dinheiro para pôr gasolina.
Não comecei a investir na Bolsa para ficar rico, mas para nunca mais voltar a ser pobre. Simplesmente me espelhei no que os empresários bem-sucedidos fazem, eu investi em negócios.
Todos eles foram vitoriosos porque abriram um negócio sólido e viveram de seus lucros. Eu fiz exatamente a mesma coisa, mas com um terço do trabalho que eles tiveram.
Por que vou abrir uma fábrica de celulose se posso ser sócio da família Klabin, que faz isso com competência por mais de 100 anos?
Por isso digo que o que eu fiz é replicável para qualquer um, basta escolher as parceiras certas e investir com paciência e disciplina.
Chegou a alocar dinheiro em outros tipos de investimentos?
Sim. Já tive diversos imóveis e, certa vez, há muito tempo, em um fundo imobiliário, para ajudar meu gerente. Nunca mais, são péssimos investimentos.
Se seu objetivo é acumular patrimônio suficiente, que te gere uma renda digna, não há investimento melhor do que as ações.
O que o investidor deve considerar se quiser adotar essa estratégia? Como fazer as melhores escolhas?
Antes de mais nada, investimento em Bolsa de Valores só deverá ser realizado com os recursos que não serão necessários no curto prazo —de fato aquele dinheiro destinado para a sua aposentadoria ou qualquer outro objetivo de longo prazo.
Partindo dessa premissa, a estratégia de carteira previdenciária só fará sentido se as empresas dentro dela sobreviverem pelos próximos 20, 30 ou 40 anos. Como garantir que isso ocorra? Olhando apenas para setores perenes, que costumo chamar de “à prova de balas”, cujo produto ou serviço seja tão essencial para a sociedade e para a economia que sua demanda será sempre crescente ou pelo menos estável em tempos de crise.
São eles: bancos, seguros, telecomunicações, saneamento e energia.
O segundo passo é selecionar quais empresas dentro destes setores se encaixam melhor. Pare e reflita: o que você faria ao se tornar sócio de um negócio? Quais quesitos você analisaria?
Terceiro, o que a empresa faz, quais as características desse negócio, sua rentabilidade, seus concorrentes, quem são os outros sócios, enfim, você se empenha em conhecer profundamente tudo que te interessa.
Quarto, você avalia se esta boa empresa é um bom investimento. Isto só ocorrerá se o seu preço for atrativo e sua distribuição de proventos satisfatória.
Se uma ação não me retorna no presente ou não me dá indícios de que um dia retornará no mínimo 6% ao ano em dividendos, eu descarto.
Quão longo deve ser o prazo que o investidor precisa pensar para alocar esses recursos?
Longo o suficiente para gerar uma renda satisfatória. Suponha que uma empresa tenha o histórico de pagar R$ 1 por ação. Se seu objetivo for conquistar uma renda anual de R$ 60 mil, você precisará então de 60 mil ações.
Isso poderá te custar R$ 600 mil se cada ação custar R$ 10 ou R$ 1,2 milhão se esta mesma ação for comprada por R$ 20.
Se o investidor puder investir apenas R$ 1.500 por mês, chegará ao seu objetivo em 33 anos no primeiro exemplo, e em 66 anos no segundo exemplo.
Por isso, o preço é tão importante e momentos como o atual são oportunidades.
Você pode comprar ações que valem R$ 20 por R$ 5 e assim chegar ao seu objetivo em número de ações mais rapidamente, com os mesmos recursos.
O investidor precisa exorcizar seu objetivo em valor de patrimônio. Eu olho a rentabilidade da minha carteira, por exemplo, uma vez ao ano.
O que realmente importa é a quantidade de ações.
Quais as principais dicas que o senhor daria para os investidores agora?
Digo o mesmo que repito há mais de 50 anos: controle seu ego e invista com humildade. Se você se aventurar a tentar adivinhar para onde o mercado vai, você corre grandes chances de perder dinheiro.
Pouco importa para onde irá o índice, afinal você não investirá no mercado, mas investirá em empresas.
Foque no longo prazo e tenha cautela para escolher suas parcerias.
País também precisa de monitor da economia na UTI, para planejar guerra e reconstrução
Imagine-se que, um dia vivendo sobre a terra de um país estagnado, descemos subitamente 52 degraus, para perto do que parece ser o fundo do buraco do inferno. Ressalte-se: parece ser, talvez, por ora. Suponha-se então que um mês depois subimos uns 10 degraus.
Grosso modo, é o que parece ter acontecido com as vendas no varejo desde que começou o fechamento da economia, o pânico, a descida ao fundo das profundas.
As vendas com cartão caíam a mais de 50% na semana final de março (em relação a fevereiro). Em abril, a baixa está em torno de 40%.
Certamente ainda estamos no inferno. Tampouco se pode dizer que a situação despiorou, nem de longe, nem sendo desvairadamente otimista. O próprio fato de as vendas e a produção terem despencado de modo desesperador ainda vai ter consequências em cascata, ora impossíveis de estimar.
No entanto, talvez agora se possa ter uma primeira medida do impacto do meteoro viral. Neste caso, os dados são da Cielo, empresa de cartões, para o varejo. O valor das vendas com cartões equivale a cerca de 40% do “consumo das famílias”. Equivale a uns 25% do PIB.
Os economistas do departamento de pesquisa macroeconômica do Itaú têm números que também indicam uma subida dos degraus nas profundezas do desastre econômico. Criaram índices diários de atividade econômica a fim de verificar como cada país está se saindo na crise da epidemia. Os dados oficiais demoram e algumas medidas estão até suspensas, na epidemia.
O que dizem?
“A China parece começar a sentir a pressão resultante da desaceleração global, enquanto EUA e Europa se estabilizaram em nível baixo. No Brasil, os dados apontam melhora gradual, algo que é consistente com evidências anedóticas de empresas retomando atividades e maior fluxo de pessoas nas cidades, a despeito da tendência de alta dos casos reportados."
No final do mês passado, a atividade econômica caíra a cerca de 55% do que era no final da semana do fechamento (16 a 20 de março). Agora, estaria em torno de 70% do que era.
Pelos dados das vendas pelo cartão, débito ou crédito, ao menos um setor está azul, na verdade com alta de vendas em relação a fevereiro, caso de mercados e hipermercados.
Em vários setores, o tamanho do desastre diminuiu um pouco, com exceção, na prática, de bares, restaurantes, turismo e lojas de vestuário. O grupo variado de móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento teve alguma despiora mais notável (sempre lembrando: ainda no inferno).
Os dados são imprecisos, recentes, precários. Então, por qual motivo tomar essas medidas? Para dizer que precisamos de acompanhamento extraordinário do desempenho econômico, sem o que não teremos como fazer o planejamento dos socorros e a verificação de sua eficácia.
Precisamos de medidas novas e urgentes na economia, assim como precisamos de medidas melhores da epidemia e seus remédios: quantas UTIs estão ocupadas, quantos ventiladores respiratórios temos e vamos arrumar. Países vizinhos, aqui da América do Sul, têm um acompanhamento melhor do que o nosso.
Na economia, precisamos de monitores de batimentos cardíacos, oxigenação e temperatura, aparelhos de UTI, de medidas de alta frequência. Não é brincadeira estatística. É instrumento para planejar a economia de guerra nos meses que virão (anos?).
Não vai bastar socorrer. Desde já, é preciso pensar na reconstrução, até para evitar desânimo ainda maior.
Vinicius Torres Freire - Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
Tribunais chegaram a comunicar atraso e proposta no Congresso sugere adiamento
A necessidade do governo ter dinheiro em caixa para enfrentar a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus tem colocado sob ameaça o pagamento do lote deste ano de precatórios federais, cuja maioria dos beneficiários é composta por aposentados, pensionistas e segurados do INSS.
Rumores sobre o risco de confisco dos cerca de R$ 21 bilhões previstos para o pagamento destas dívidas vêm ganhando corpo nos bastidores do Judiciário desde o final de março.
Na ocasião, sites de TRFs (Tribunais Regionais Federais) disponibilizaram comunicados a credores de precatórios afirmando que o cronograma de pagamentos sofreria alterações devido às ações de combate aos efeitos econômicos da Covid-19. Os informes, porém, foram retirados.
Com poucas exceções, os precatórios federais são tradicionalmente pagos em abril. O prazo oficial para o governo quitar a dívida, porém, acaba ao final de dezembro.
Confira aqui quem tem direito de receber atrasados do INSS em 2020.
A ameaça de retenção das verbas destinadas aos precatórios tomou forma de propostas no Congresso, com destaque para um projeto de decreto legislativo do senador Otto Alencar (PSDB-BA).
Em sua conta no Instagram, o congressista defendeu a necessidade de obter recursos para evitar a “inaceitável” morte “de compatriotas por falta de respiradores.” A reportagem não conseguiu contato com o senador.
A intenção de destinar recursos de precatórios ao combate à crise gerou protestos de advogados que defendem credores da Previdência e motivou uma nota técnica, com críticas ao projeto, assinada pelo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz.
O projeto, previsto para ser votado nesta quarta-feira (15) no Senado, acabou sendo retirado da pauta.
“A retirada da proposta não acaba com a ameaça, pois sabemos que há outras visando utilizar esses recursos para enfrentar a pandemia”, afirma o presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), Roberto de Carvalhos Santos.
Para o advogado Rômulo Saraiva, o confisco de precatórios abalaria a segurança jurídica do país e a confiança no governo. “Isso só seria comparável ao confisco das poupanças no governo Collor.”
Procurados, o Tesouro e o Conselho da Justiça Federal não responderam até a conclusão deste texto.
No início do mês, o Ministério da Economia havia informado à reportagem que recursos reservados para pagamento de precatórios não estavam sendo considerados no combate aos efeitos da Covid-19 na economia.
Quem pode receber um precatório em 2020
Entra no lote de precatórios de 2020 quem teve o pagamento autorizado entre 2 de julho de 2018 e 1º de julho de 2019.
O cidadão que ganha uma ação judicial contra um órgão público costuma ter direito a valores retroativos, também chamados de atrasados.
Quando a Justiça define qual o valor a ser pago pelo Poder Público, ocorre a emissão de uma ordem para esse pagamento.
Na Justiça Federal, essas ordens de pagamentos recebem os nomes de RPV (Requisição de Pequeno Valor) ou de precatório.
Para ser um precatório, o valor precisa estar acima de 60 salários mínimos. Quando a dívida judicial do governo federal fica abaixo de 60 salários mínimos, ela vira uma RPV.
Diferentemente do precatório, que é pago em um lote anual, as RPVs são liberadas em 12 lotes mensais. Não há, até o momento, registro de atraso nos pagamentos mensais de RPVs.
Nesta quarta-feira (15), o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), responsável por pagar credores da União dos estados de São Paulo e Matogrosso do Sul, informou que os processamentos de RPVs estão ocorrendo normalmente durante a quarentena para combate à pandemia.
Precatórios e RPVs são pagos por meio de contas judiciais abertas na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil.
Para obter informações sobre o pagamento, o cidadão que tem um ação contra o governo deve manter contato com o seu advogado ou acessar o site do Tribunal Regional Federal, em ações contra a União, responsável pela região onde o processo foi iniciado.
Valor estimado em projeto orçamentário não promove ganho real para os trabalhadores
Em projeto orçamentário enviado ao Congresso nesta quarta-feira (15), o governo Jair Bolsonaro prevê que o salário mínimo passará de R$ 1.045 para R$ 1.079 em 2021. O valor estimado não promove ganho real aos trabalhadores.
A proposta que traça as diretrizes para o Orçamento de 2021 estima que o piso de salários no Brasil terá uma correção de 3,25%, referente à previsão de variação da inflação no período.
No ano passado, o governo decidiu acabar com a política de reajuste real do salário mínimo. Agora, o valor se limita a seguir a determinação da Constituição, que fala em preservação do poder aquisitivo do trabalhador.
O ganho real do salário mínimo foi implementado informalmente em 1994, por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), logo após a adoção do Plano Real. As gestões petistas oficializaram a medida.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabeleceu a fórmula de reajuste pela inflação medida pelo INPC mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Dilma Rousseff (PT) transformou a regra em lei. Michel Temer (MDB), que governou durante a recessão, não mudou a legislação.
O fim dos ganhos acima da inflação foi colocado em prática pelo governo Jair Bolsonaro no ano passado e está em linha com uma das bandeiras do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende uma ampla desvinculação do Orçamento.
Com a medida concretizada, o governo ganha uma folga nas contas públicas, porque o aumento do salário mínimo reajusta automaticamente benefícios previdenciários e assistenciais.
Para cada R$ 1 de aumento no valor do mínimo, o governo amplia em cerca de R$ 355 milhões as despesas anuais.
Estimativa apresentada pelo governo será votada pelo Congresso no final do ano
O governo federal apresentou uma estimativa do salário mínimo em 2021. Segundo o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária) 2021, o valor proposto é de R$ 1.079. São R$ 34 a mais do que o atual salário mínimo, de R$ 1.045.
Segundo os cálculos apresentados pelo governo, em 2022, o salário mínimo estimado é de R$ 1.120 e para 2023, o valor pode ser R$ 1.160.
O reajuste considera apenas a inflação, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 3,19%, sem aumento real.
O valor do salário mínimo deve ser aprovado no final do ano pelo Congresso Nacional. O valor efetivo do piso vai depender da inflação registrada no final do ano e de decreto do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor.
O que muda
O aumento do piso dos benefícios do INSS está entre as mudanças mais importantes que o novo salário mínimo traz para o dia a dia da população.
Aposentadorias, pensões e auxílios-doença não podem ser inferiores ao salário mínimo e, por isso, também ajustam seu o piso. Esse também será o menor valor para o seguro-desemprego.
Cerca de 70% dos beneficiários da Previdência recebem um salário mínimo.
O valor do piso salarial do país também afeta credores judiciais da União que tiverem pagamentos de RPVs (Requisições de Pequeno Valor) autorizados a partir deste ano.
Para entrar em um dos lotes mensais de pagamentos, o valor do débito quitado pelo governo federal não pode ultrapassar 60 salários mínimos.
Valores mais altos de dívidas judiciais da União são convertidos em precatórios, cujos lotes de pagamentos ocorrem uma vez por ano.
A maioria dos credores de RPVs e precatórios é composta por aposentados e pensionistas que pediram na Justiça a concessão ou a revisão de um benefício.
Além do valor dos atrasados judiciais, o marco de 60 salários mínimos também é o limite para um cidadão conseguir processar o governo no Juizado Especial Federal, onde a tramitação é mais rápida.
Política da valorização
No final de 2019, o governo Bolsonaro acabou com a política de valorização do salário mínimo, criada pelos governos petistas.
Até então, além da inflação, o índice de ajuste anual do salário mínimo incorporava o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Desde 2004, essa política acrescentou R$ 425 à renda de quem recebia o salário mínimo.
Usineiros querem aumento de tributo federal cobrado sobre a gasolina
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reclamou nesta quarta (15) de "lobby" para aumentar impostos no Brasil, em referência a pressões dos usineiros pela elevação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, medida que tem o apoio do Ministério da Agricultura.
"Não é hora de extrair lucros extraordinários às custas do consumidor. Nem tampouco é hora de fazer lobby no governo para pedir impostos para se defender da competição", afirmou ele, em seminário virtual promovido pela FGV.
Alegando perda de competitividade do etanol em relação à gasolina, os usineiros pedem ao governo uma série de medidas, entre elas o aumento da Cide na gasolina, que após uma sequência de cortes atingiu nas refinarias da Petrobras o valor mais baixo em pelo menos 15 anos.
Em seu discurso de encerramento no seminário, Castello Branco não chegou a mencionar os usineiros, mas reclamou dos lobbies quando falava da queda do preço da gasolina. Antes, pediu que distribuidores e revendedores repassem ao consumidor a queda do preço nas refinarias.
Com dez cortes nas refinarias, o valor cobrado pela Petrobras pelo litro do combustível caiu 48% em 2020. Nesta quarta, passou a ser vendida, em média, por R$ 0,99. Os repasses ao consumidor aceleraram nas últimas semanas: em um mês, o preço nas bombas caiu 8%, para o menor valor desde agosto de 2017, em valores corrigidos pela inflação.
"Esperamos que parceiros e revendedores que pensem no seu papel social, que pensem no consumidor", disse Castello Branco. Também presente ao seminário, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o governo está atento à questão dos preços, mas não deu maiores detalhes.
Na segunda (13), o Ministério da Agricultura disse que o governo estuda, além do aumento da Cide, a isenção de PIS/Cofins sobre o etanol e a concessão de crédito para financiar os estoques do produto diante da queda de demanda.
O MME (Ministério de Minas e Energia) estaria avaliando a elevação da Cide, proposta rejeitada publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro no início de março logo após declarações de Albuquerque em favor da medida.
A alíquota atual da Cide sobre a gasolina é de R$ 0,10 por litro. Os defensores da elevação argumentam que o governo poderia aproveitar o momento de preços baixos para formar um colchão financeiro que permitisse reduzir o repasse ao consumidor de disparadas nas cotações internacionais do petróleo.
A Folha tentou ouvir o MME sobre o assunto, mas ainda não obteve resposta. O Ministério da Economia também resiste à ideia.
Mais cedo, no mesmo evento, Castello Branco mencionou também o "papel social" da própria Petrobras, que é evitar a contaminação de seus empregados. Na semana passada, a empresa teve que parar duas plataformas de produção operadas por fornecedores após a confirmação de casos da Covid-19.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), já foram confirmados 74 casos de contaminação por coronavírus em plataformas de petróleo no país. A agência não informa para quem trabalham os contaminados. Até o momento, não há mortes registradas.
"Temos que ter em mente que temos um papel social. Ao nos proteger e proteger nossos empregados do vírus, estamos protegendo a sociedade como um todo, porque reduz a probabilidade de transmissão", comentou. Segundo ele, apenas 10% dos empregados corporativos não estão em regime de home office.
A Petrobras reduziu o efetivo das plataformas e faz aferição de temperatura dos empregados antes dos embarques nos helicópteros que os levam às unidades em alto mar. Os sindicatos, porém, cobram a realização de testes rápidos.
Castello Branco afirmou ainda que a empresa não vai demitir empregados lotados nas 62 plataformas que terão as operações paralisadas em resposta à crise de preços do petróleo. São unidades menos rentáveis, instaladas em campos de porte menor em águas rasas.
A decisão por hibernar as plataformas segue estratégia da empresa de reduzir sua produção no momento de petróleo baixo. No início do mês, a companhia estabeleceu um teto de produção de 2,07 milhões de barris por dia em abril, volume 13,5% inferior à média do quarto trimestre de 2019.
"Vi em notas de redes sociais que a Petrobras prepara demissões de milhares de empregados. Isso não é verdade, essa opção não está sob a mesa", disse ele. "Pelo contrário, temos procurado fazer o máximo para salvar empregos."
Modelo é o primeiro VW concebido localmente a ser fabricado e vendido também no mercado europeu
A Volkswagen revelou mais detalhes do Nivus, um SUV desenvolvido no Brasil. O carro será produzido na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Foi criado sobre a plataforma modular MQB, a mesma sobre a qual são montados no ABC o Polo e o sedã Virtus.
A arquitetura MQB também deu origem ao T-Cross, este fabricado em São José dos Pinhais (PR). O Nivus foi desenvolvido pela equipe de designers e engenheiros da Volkswagen América do Sul e será o primeiro modelo concebido localmente a ser fabricado e vendido no mercado europeu. Um dos destaques do lançamento é a nova central multimídia VW Play, com tela de alta definição e diversas funcionalidades.
“Nos últimos 12 meses fizemos muitas coisas que serão anunciadas na próxima semana. O Nivus foi 100% desenvolvido no Brasil, não só no design, mas em toda a parte de infoentretenimento. Terá um menu interativo que quem vai comandar é o consumidor”, afirma o presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si.
Com 4,27 metros de comprimento, o Nivus tem tamanho semelhante ao do Chevrolet Tracker e é quase 7 cm maior que o Volkswagen T-Cross. O porta-malas do novato comporta 415 litros. O motor é o 200 TSI, 1.0 de três cilindros com turbo e injeção direta de combustível.
VW Nivus
Novo Volkswagen tem porta-malas para 415 litros e mede 4,27 m, quase 7 cm a mais que o utilitário esportivo T-Cross
Produz até 128 cavalos quando abastecido com etanol. A transmissão é automática de seis marchas. A lista de equipamentos informada pela Volkswagen inclui luzes diurnas de LED, rodas de 17 polegadas e controlador de velocidade ACC, que permite ao motorista ajustar a velocidade e a distância que deseja trafegar em relação ao veículo à frente.
Outro item citado pela Volkswagen é o AEB (Autonomous Emergency Brake), recurso que, ao identificar o risco de colisão frontal, freia o carro de maneira autônoma, evitando dano ao veículo ou ferimento ao motorista e passageiros.
O pacote de segurança traz ainda o Front Assist, que utiliza um radar e sensores para monitorar o tráfego e alertar o motorista sobre possíveis colisões.
Empresa se compromete a manter o número de funcionários diante da crise causada pela pandemia
A Volkswagen Financial Services, financeira da VW, aderiu ao movimento Não Demita, criado por uma série de empresários convocando empresas e parceiros a manter seus quadros de funcionários enquanto enfrentam os impactos da crise gerada pela pandemia de coronavírus no Brasil.
Segundo o diretor da VWFS, Rodrigo Capuruço, logo nos primeiros indícios da pandemia no País, a empresa adotou diversas medidas para proteger a saúde de seus funcionários de forma que pudesse manter ao mesmo tempo as operações dentro do possível neste momento.
“Acionamos nosso plano de contingência e colocamos empregados em home office em meados de março. Rapidamente, evoluímos nossa infraestrutura de tecnologia para manter o máximo de pessoas em casa e garantimos a continuidade da nossa operação. Dos que estão trabalhando, 100% estão atuando remotamente”, explica Capuruço.
No entanto, algumas ações podem sofrer algum atraso, como respostas a clientes, em decorrência do aumento da demanda e da equipe temporariamente reduzida.
A empresa também decidiu manter outras práticas, como a antecipação da parcela da participação dos lucros do ano seguinte, como forma de estimular a equipe. Tradicionalmente, essa ação é feita em abril.
“Neste ano, optamos por manter essa prática inalterada até do ponto de vista de responsabilidade social, pois entendemos que é fundamental continuar injetando dinheiro na economia e gerar consumo”, destaca o superintendente de recursos humanos e comunicação corporativa.
“Esse é um momento em que valores se demonstram com atitudes e a Volkswagen Financial Services Brasil fará o que estiver ao seu alcance para uma solução positiva e sustentável diante desta situação”, conclui Capuruço.
Em Live #ABX20, Pablo Di Si contou que o plano é retomar a produção a partir de maio
Depois de correr 10 quilômetros na esteira que tem em casa, devidamente protegido da Covid-19, o presidente da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, reservou um espaço na manhã da quarta-feira, 15, para participar da Live #ABX20 e conversar com exclusividade com Automotive Business e sua comunidade de leitores.
Na entrevista ele reforçou o compromisso com a manutenção dos empregos no Brasil, ainda que precise usar “todas as medidas de flexibilização possíveis e impossíveis”. O executivo também disse estar trabalhando para ajudar a cadeia de fornecedores e a rede de concessionárias a atravessar o momento delicado e declarou que a Volkswagen vai terminar o atual plano de investimento de R$ 7 bilhões no Brasil, mas o próximo aporte da companhia, que estava em definição, está congelado.
“Temos que olhar o curtíssimo prazo, na sobrevivência da cadeia de valor em abril, maio e junho pensando em fluxo de caixa e liquidez”, aponta. A seguir, veja o resumo dos principais temas abordados na conversa:
APOIO À CADEIA DE VALOR
“Nenhum de nós nunca viveu um momento como este em que todos os países e indústrias pararam ao mesmo tempo”, resume Di Si ao tratar da dimensão do problema causado pela pandemia de coronavírus. Ele conta que está conduzindo a Volkswagen a trabalhar em “modo de sobrevivência”, com foco no curtíssimo prazo, em abril, maio e junho, meses que ele entende serem os mais críticos.
“Não tenho a menor ideia de qual será o tamanho do mercado. Temos problemas mais sérios do que isso. Precisamos olhar para o caixa e para a liquidez. Se não cuidarmos disso, não teremos mercado porque as empresas não vão sobreviver”, diz.
O executivo admite que, ainda que a Volkswagen seja fortemente impactada, o que está realmente em risco são fornecedores e concessionárias. Por isso, ele diz estar engajado em ajudar na construção de um pacote de medidas para socorrer a indústria, em parceria com entidades, outras lideranças do setor automotivo e com o Ministério da Economia. “Todo o meu esforço está em resolver o problema da cadeia de fornecedores e de concessionários”, assegura.
Di Si também tem trabalhado em planos para aumentar o conteúdo nacional dos carros da marca no Brasil. Segundo ele, o dólar alto acelerou esta busca. “Há muitas oportunidades para aumentar a nacionalização de componentes tecnológicos, de infoentretenimento, airbags, entre muitos outros. O fornecedor que tiver um bom projeto com escala elevada pode vir falar conosco.”
RETOMADA DA PRODUÇÃO EM MAIO
Maio é o mês em que o executivo mira para começar uma gradual retomada da produção da Volkswagen no Brasil. Di Si garante, no entanto, que está bastante preparado para rever os planos se for necessário, já que a prioridade é a saúde dos colaboradores.
“Não estou nem aí se vamos voltar a produzir no dia 1º de maio ou no dia 30. Esta não é a parte importante. O essencial é que a volta às atividades seja segura”, enfatiza.
Ele diz que a companhia já montou a estratégia para o chamado “day after”. A ideia é começar de forma lenta, com apenas um turno de operação, carga de trabalho reduzida e adaptação das linhas de montagem para que os funcionários mantenham distância segura uns dos outros.
“Também não vamos voltar produzindo o volume que tínhamos em fevereiro”, diz. Segundo ele, o foco imediato será evitar a formação de estoques elevados, algo arriscado para a saúde financeira de qualquer organização. “Vamos acompanhar a retomada da demanda.”
Na área administrativa a volta ao trabalho acontecerá em ondas. “Gosto de liderar pelo exemplo. Por isso eu e o meu time seremos os primeiros”, conta. Segundo o executivo, todas as equipes manterão um rodízio para garantir que 50% das pessoas trabalhem remotamente, evitando a um grande volume de funcionários nos escritórios ao mesmo tempo.
EMPREGOS SERÃO MANTIDOS
Durante a entrevista, Di Si afirmou ter o compromisso de manter o nível de empregos no Brasil. Ele diz que está em casa em isolamento social há quatro semanas e a maior parte das poucas saídas que teve neste período foi para negociar condições com sindicatos para sustentar a força de trabalho.
“Como uma empresa responsável, não vamos demitir neste processo de crise. Mas precisaremos de todas as ferramentas de flexibilização possíveis e impossíveis”, conta.
INVESTIMENTOS CONGELADOS
Di Si reforçou que a Volkswagen vai concluir o plano de investimento R$ 7 bilhões em curso no Brasil com o lançamento do utilitário esportivo Nivus ainda no fim do primeiro semestre. Ele diz que o carro será um marco para a companhia, inaugurando a oferta de serviços capazes de gerar novas receitas para a Volkswagen.
Feito isso, os projetos da companhia serão interrompidos até que o período mais agudo da crise esteja superado. “Estávamos em processo de definir um novo plano de investimento para o Brasil antes da pandemia, algo que foi congelado, mas não cancelado”, conta.
Com isso, a empresa deve atrasar o lançamento de um modelo sucessor do Gol, previsto inicialmente para 2022 e que estava próximo de ser anunciado pela empresa. A revisão dos projetos foi justificada por Di Si:
“Todas as indústrias vão gastar muito dinheiro porque temos zero receita e custo fixo alto neste momento. É uma questão de caixa. Em três ou quatro meses desembolsaremos valor similar a um plano de investimento para três ou quatro anos. Este é o efeito da crise.”
O plano da companhia é reavaliar o contexto a partir de agosto e desenhar um novo aporte de acordo com as condições. Di Si já antecipa que os planos para a oferta de carros eletrificados serão atrasados, acompanhando a ruptura da demanda, da capacidade de investir e o novo normal da sociedade pós-pandemia.
Medida atingirá parte dos funcionários da produção e das empresas do consórcio modular
A Volkswagen Caminhões e Ônibus – VWCO – vai suspender os contratos de trabalho de parte de seus funcionários da produção no complexo industrial de Resende (RJ). A medida, que também afeta os trabalhadores das empresas que fazem parte do consórcio modular, foi confirmada após aprovação pelos empregados em votação online que foi conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense na terça-feira, 14.
Segundo a VWCO, a suspensão dos contratos de trabalho será aplicada para pessoal considerado excedente na produção, número que ainda não foi definido pela empresa. Atualmente, a montadora emprega 4,5 mil pessoas: todos estavam de férias coletivas desde o dia 30 de março com retorno previsto para o dia 20 de abril. Mas com a intensificação das medidas protetivas, incluindo prorrogação da quarentena, a empresa decidiu por flexibilizar a situação dos trabalhadores.
O acordo, que foi aprovado por 98,7% dos votantes, se baseia nas regras da Medida Provisória 936, que flexibiliza a relação de empresas e empregados durante o decreto de calamidade pública, imposto pelo governo federal por causa da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
Com a decisão, a VWCO pagará 30% do salário líquido de cada funcionário, enquanto o governo federal vai arcar com 70% do valor do seguro desemprego. Não haverá desconto proporcional do 13º salário e férias. O prazo de vigência da medida será de 60 dias contados a partir de 27 de abril. Os funcionários afetados pelas medidas terão garantia de emprego e seus benefícios serão mantidos.
Para funcionários de setores administrativos, haverá redução da jornada de trabalho e de salários na proporção de 25%. Com isso, o governo federal complementará com 25% do valor do seguro desemprego. Neste caso, a vigência da medida é de 90 dias.
Empresas estendem prazo para começar a pagar o carro financiado entre 90 dias até o início de 2021
Além de oferecer novas ferramentas de compra digital de veículos, para tentar contornar o período de forte queda nas vendas causada pelo fechamento de concessionárias e falta de renda provocada pela pandemia de coronavírus, boa parte dos fabricantes criaram planos especiais de financiamento, com carências para iniciar os pagamentos do carro financiado que vão de 90 dias a até o início de 2021.
As condições, no entanto, em boa medida são menos vantajosas do que parecem, pois para a concessão dos prazos estendidos são exigidas entradas de 40% a 75% do valor do bem, além da aplicação de juros elevados, na casa de 1% ao mês.
DESCONTO NAS PARCELAS
Na semana passada, a Jeep lançou uma campanha, válida até 5 de maio, em que promete desconto no financiamento, arcando com o pagamento de oito a quatro das primeiras parcelas. Mas a melhor condição é só para quem depositar 75% de entrada e financiar os 25% restantes do valor de um Renegade ou Compass em 36 meses, caso em que as oito primeiras prestações ficam “por conta” da fabricante – ou seja, o cliente vai pagar 28 parcelas, começando em janeiro de 2021.
Quanto menor o número de prestações, menor é o desconto. Com os mesmos 75% de entrada e parcelamento em 24 vezes, as cinco primeiras são quitadas, e no caso de 12 prestações, só três. Da mesma forma, quanto menor a entrada, menos vantagem o cliente tem: para 50% em 36 meses, quatro parcelas são abatidas, no caso de 24x, três, e em 12x, somente o primeiro pagamento é por conta da fabricante. No caso de entrada menor de 50%, a Jeep só oferece carência de 120 dias para começar a pagar o financiamento.
A suposta vantagem oferecida é amplamente compensada pelo que a Jeep chama de “juros reduzidos”. Apesar de parcelar apenas um quarto do bem, o juro aplicado de 0,99% ao mês é alto, totaliza 12,5% ao ano, com spread três vezes acima da taxa básica (Selic) do Banco Central, atualmente estabelecida em 3,75% ao ano.
Caso o cliente opte por um plano em que o valor da entrada seja inferior a 50% do valor total do veículo, ele não terá parcelas subsidiadas pela Jeep, mas também contará com uma vantagem agora: carência de até 120 dias. Sendo assim, ele pagará a primeira parcela do financiamento apenas em agosto de 2020.
OFERTA DE CARÊNCIA A Fiat – assim como a Jeep, marca do grupo FCA – também lançou plano especial de financiamento para tentar passar pelos tempos de coronavírus. O Forza Fiat 2021 pode ser contratado até 30 de abril e prevê o primeiro pagamento para janeiro do ano que vem, mas só vale para quem pagar 40% de entrada e financiar o carro em 36 meses, com taxa de 0,99% ao mês, ou 50% e 48 parcelas com juro de 1,12% ao mês.
Também válida para o mês de abril, a Mercedes-Benz lançou a campanha Unidos pra Virar o Jogo, com financiamento especial para aquisição da linha Sprinter, sem entrada, taxa de 0,98% ao mês e início dos pagamentos em 2021. A oferta é válida para as versões 314 CDI Street (chassi e furgão), 416 CDI e 516 CDI (chassi, furgão e van), ano/modelo 2019/2020 e 2020/2021. A promoção é válida em todo o território nacional, com exceção de Pernambuco.
No caso da Ford, a fabricante lançou processo de venda on-line combinado com prazo de 90 dias para começar a pagar o financiamento, que também pode ser contratado no site da marca. Mas, a exemplo do que estão fazendo outras financeiras de montadoras, a oferta é para clientes que depositam o mínimo de 50% de entrada, podendo financiar o resto em 48 meses com a taxa quase universal de 0,99% ao mês, no caso da compra de um Ka ou EcoSport. Para a picape Ranger de R$ 200 mil as condições são piores: a mesma carência de três meses e 50% do valor financiado, mas no máximo em 24 prestações com taxa de 1,06% ao mês.
Unidade de Itatiaia ganhou estrutura exclusiva para receber equipamentos que necessitam de manutenção
A Jaguar Land Rover também entrou no grupo de montadoras de veículos que vão ajudar a consertar os respiradores que estão inoperantes. Na semana passada, a empresa montou dentro de sua fábrica em Itatiaia (RJ) um laboratório onde serão feitos os reparos e desde terça-feira, 14, a empresa começou a receber os equipamentos que estão inoperantes em hospitais e postos de saúde no Estado do Rio de Janeiro. Os respiradores - ou ventiladores pulmonares - são o principal equipamento para uso no tratamento de pessoas com o novo coronavírus.
A equipe de técnicos da Jaguar Land Rover e de empresas parceiras foi treinada nos últimos dias pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) para avaliar e realizar os consertos. Os funcionários de demais empresas que também foram treinados utilizarão a instalação montada pela companhia em sua fábrica, que possui equipamentos, infraestrutura e o ferramental necessários.
“Sempre estamos observando as comunidades e entidades próximas a nós em Itatiaia, para identificar como podemos ajudar. Neste momento, é evidente que temos de ser mais ativos e usar nosso conhecimento, infraestrutura e tecnologia para ajudar hospitais e postos de saúde no reparo do principal instrumento no tratamento da Covid-19, os respiradores hospitalares”, comenta o diretor de operações da Jaguar Land Rover do Brasil, João Mattosinho.
A Jaguar Land Rover entregou o primeiro lote de protetores faciais que estão sendo produzidos em Itatiaia desde 26 de março em parceria com a EMR Produtos e Serviços, responsável pelo recorte da viseira, e a FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que forneceu o desenho e o molde de corte para a impressão 3D. Os itens foram entregues ao secretário de Saúde da Prefeitura de Itatiaia, Carlos Magno Fernandes, que esteve na fábrica para receber os EPIs.
Novas ações anunciadas pela montadora também incluem medidas de capacitação para ensino a distância
Para reduzir os impactos sociais e econômicos e apoiar autoridades no combate à Covid-19, a Toyota e a Fundação Toyota do Brasil anunciaram a doação de 25 toneladas de alimentos e 28 mil máscaras de proteção, além da capacitação de docentes para ensino a distância e subsídios que garantam renda para diferentes comunidades.
Segundo a montadora, as secretarias dos municípios em que ela mantém operações – São Bernardo do Campo (SP), Indaiatuba (SP), Sorocaba (SP), Porto Feliz (SP) e Guaíba (RS) – receberão 17 toneladas de alimentos para doação às famílias de maior vulnerabilidade social. Outras 8 toneladas serão distribuídas para entidades apoiadas pela Fundação Toyota.
Estes municípios também receberão 8 mil máscaras de tecido produzidas pela Uni Arte Costura e a Asca, cooperativas de costureiras que têm parceria com a Toyota. Outras 20 mil máscaras serão produzidas e doadas para a comunidade de Tamandaré (PE).
As novas doações da Toyota se somam a outras já feitas pela montadora desde o início da quarentena e diferentes empresas da indústria automobilística estão trabalhando neste sentido. O apoio da Fundação Toyota abraça, também, comunidades de outras regiões do País. No Nordeste, dentro do Projeto Toyota APA Costa dos Corais, a entidade está financiando medidas para os profissionais que vivem da economia e do turismo de base comunitária.
Ao todo, 460 famílias serão atendidas com doação de alimentos e produtos de higiene. A Oficina Peixe-Boi e Arte, empresa de artesanatos, receberá uma carta de crédito para manutenção de suas atividades no período de quarentena.
Na Colônia de Pescadores de Tamandaré, a fundação reverterá verba para adequações sanitárias a fim de possibilitar a aquisição de selo de Inscrição Municipal, que permite a armazenagem e venda de produtos em maior escala. E os pescadores serão capacitados para manipular os alimentos.
Na região Sudeste, 200 cestas básicas serão entregues para famílias do município de Santo Antônio do Pinhal (SP) a partir do Projeto Águas da Mantiqueira, parceria entra a Fundação Toyota e a Fundepag.
Para dar continuidade às atividades das Escolas Públicas do Ensino Fundamental de Santo Antônio de Pinhal, Sapucaí-Mirim (MG) e Gonçalves (MG), a fundação auxiliará na criação de redes de comunicação a distância, formadas por grupos de diretores, supervisores, coordenadores pedagógicos e professores. Cada grupo irá estruturar o conjunto das atividades de educação a distância, o que dará suporte aos alunos durante a quarentena.
"Estamos monitorando os fatos dia após dia para tomar decisões que possam contribuir de maneira efetiva para atenuar o cenário desafiador”, afirma Viviane Mansi, diretora regional de comunicação e sustentabilidade da Toyota para a América Latina e presidente da Fundação Toyota do Brasil.
CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO
A Fundação Toyota abriu uma campanha de doação financeira para pessoas físicas que queiram ajudar. O valor arrecado (R$ 30, R$ 60 ou R$ 90) também será destinado à compra de cestas básicas e produtos de higiene para doação a comunidades carentes.
Dados para transferência (conta da Fundação Toyota do Brasil):
Bradesco (237)
Agência: 2372
Conta corrente: 6385-1
CNPJ: 10.799.981/0001-32
Envie comprovante e CPF para o e-mail: icampesi@toyota.com.br. O envio de comprovante e número de CPF são fundamentais para emissão de recibo que possibilitará abatimento no Imposto de renda do doador.
Automotive Business ( publicado em 15-04-2020)
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