| 09 de Agosto de 2019
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Fonte: BACEN
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| | | | | Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais - nº 29. Ano XV. 08 de agosto de 2019
Confira nessa edição as proposições apresentadas na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA MADEREIRA
Regulamenta a proteção, manejo sustentável e instrumentos de compensação pela preservação da Mata de Araucárias
PL 537/2019, de autoria do Deputado Emerson Bacil (PSL/PR)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Regulamentação do acúmulo da função de professor para policial militar; policial civil; bombeiro militar; servidor da Polícia Científica; agente penitenciário; agente socioeducativo ou guarda municipal
PEC 02/2019 de autoria do Deputado Delegado Recalcati (PSD)
Proibição das instituições financeiras de ofertar e celebrar contrato de empréstimo financeiro com aposentados e pensionistas por meio de ligação telefônica
PL 266/2019 de autoria do Deputado Evandro Araújo (PSC)
Obrigação da instalação de botão do pânico na rede estadual de ensino
PL 268/2019 de autoria do Deputado Anibelli Neto (MDB)
Regulamenta o pronome de tratamento nas comunicações da Assembleia Legislativa do Paraná
PL 277/2019 de autoria do Deputado Subtenente Everton (PSL)
INFRAESTRUTURA SOCIAL
SAÚDE
Permite a participação da iniciativa privada na rede estadual de assistência à saúde.
PEC 09/2019 de autoria do Deputado Cobra Repórter (PSD)
Afixação de informativos em estabelecimentos de saúde, públicos e privados de comunicação às autoridades competentes em caso de estupro e assédio sexual
PL 275/2019 de autoria do Deputado Dr Batitsta (PMN)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
Altera procedimentos em relação ao regime de acordo direto de precatórios
PL 565/2019, de autoria do Poder Executivo
| Fiep (publicado em 08-08-2019) | | | | Em um cenário em que a indústria do país recua e perde participação no PIB, um modelo que promete aumentar a produtividade das fábricas em 74% e reduzir o retrabalho em 69% surge. A Fábrica Modelo 4.0, da McKinsey&Company em parceria com o Senai/Cimatec pretende criar sistemas de produções quase que à prova de erros e com soluções tecnológicas para serem implantados em empresas da Bahia e de todo o país.
A Fábrica Modelo 4.0 é um centro de capacitação sobre operação em metodologia de manufatura enxuta (lean manufacturing), um modelo de gestão focado na redução de sete tipos de desperdícios. A fábrica utiliza tecnologias como internet das coisas, aprendizado de máquina, análise avançada de dados e realidade aumentada e os aplica à vivência da indústria. O resultado é a redução do desperdício e a elevação da eficiência da máquina.
No Senai Cimatec de Salvador funciona a primeira fábrica inteligente do Hemisfério Sul, que está ativa desde 2015. A fábrica recebeu a tecnologia 4.0 neste ano e, em parceria com a McKinsey, o Senai oferece programas de treinamentos personalizados para indústrias e empresas com ferramentas de melhoria na produção de produtos reais.
Para a produção de uma peça, por exemplo, o funcionário tem o auxílio de luzes que indicam quais peças deve escolher, de um sensor que identifica se ele selecionou o componente correto, além de uma câmera que detecta se existem erros na montagem da peça. Os proprietários também possuem dados estatísticos sobre cada operação e um quadro digital com detalhes sobre produção, retrabalhos e tempo que cada operador leva para montar um ciclo que pode ser acessado em tempo real em qualquer lugar do mundo.
No modelo apresentado, ontem, para a produção de uma peça, os funcionários recebem as informações do produto que iriam construir através de um QR Code. Logo depois, luzes de LED e projeções aplicadas ao local de trabalho indicaram quais peças deviam ser selecionadas e sensores alertaram para erros. Vídeos de instrução das etapas também foram exibidos ao longo da produção para auxiliar o funcionário.
Estudos
Estudos da McKinsey apontam que a implementação de forma adequada e ampla da Indústria 4.0 poderia gerar um acréscimo de até 6% ao PIB brasileiro em 10 anos. Um levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que a migração para o conceito 4.0 traria uma redução de custos industriais de ao menos R$ 73 bilhões anuais.
“O objetivo é a criação de um ambiente fabril controlado que trabalha baseado na filosofia de manufatura enxuta, que é uma filosofia totalmente baseada no sistema Toyota de produção. A gente trabalha uma série de técnicas utilizando ferramentas que já são de domínio público”, diz o gerente-executivo do Senai Cimatec, Leonardo Sanches de Carvalho.
O gerente destacou que o formato de fábrica inteligente ainda diminui a curva de aprendizado do operador. “A pessoa levava um tempo maior para entrar no processo produtivo, esse pacote tecnológico acaba assessorando a redução dessa curva de aprendizado e a pessoa é incorporada mais rapidamente e com nível de assertividade maior”, disse.
Leonardo Sanches de Carvalho ressalta que o investimento para a implantação do sistema de manufatura enxuta inteligente é de baixo custo e, por conta disso, teria mais capacidade para atingir a diversos públicos, de micros a grande empresas. “A produtividade é o principal gargalo do sistema industrial brasileiro como um todo. O que você conseguir melhorar no indicador será extremamente benéfico para a indústria como um todo”, afirmou.
O senior implementation leader da McKinsey, Henrique Fagundes, destacou que a ideia da empresa é levar a fábrica para outras regiões do estado. Atualmente, a Bahia é o único estado do país a ter a Fábrica Modelo 4.0 e, com isso, clientes da empresa têm que se deslocar para Salvador para aprender a tecnologia.
Fagundes ainda destacou o impacto na ajuda da formação de profissionais. Isso porque o Senai utiliza a tecnologia para formar novos profissionais, que acabam absorvendo os conceitos da manufatura enxuta e podendo aplicar posteriormente em suas carreiras.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Angelo Calmon, defendeu que a tecnologia deva ser “difundida” e “democratizada”, sendo colocada à disposição de qualquer pessoa. “Nós temos que colocar o ser humano para aquilo que apenas ele pode fazer. Temos que colocar máquina e software em tudo. A indústria 4.0 chegou para ficar e vai engolir as outras tecnologias”, disse.
As estagiárias do Senai Cimatec Juliana Martins e Tatiana Almeida destacaram que o sistema é intuitivo e reduz o tempo de produção do profissional, além de reduzir erros e diminuir a curva de aprendizagem. “O profissional não consegue errar por conta do sistema. É um sistema quase que a prova de erros”, destacou Juliana Martins, que é estudante de Engenharia de Produção.
| Ind4.0 (publicado em 09-08-2019) | | | | A secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia divulgou nesta sexta-feira que aprovou medida que zera, temporariamente, as alíquotas do Imposto de Importação sobre 261 bens de capital e 20 bens de informática.
O benefício, que é concedido a itens que não têm produção nacional equivalente, valerá até 31 de dezembro de 2021.
Em nota, a secretaria informou que uma portaria publicada nesta manhã no Diário Oficial da União diminuiu de 14% para zero a alíquota de 240 novos bens de capital (BK), renovando a regra para outros 21.
Em outra portaria, a secretaria definiu 20 novos "ex-tarifários" -- nome do regime de redução temporária do Imposto de Importação -- para bens de informática e telecomunicações (BIT). Nesse caso, a alíquota cairá de 16% para zero.
"Somente em 2019 já foram concedidos um total de 1.189 ex-tarifários para BK e BIT. O objetivo é promover a atração de investimentos para o Brasil, desonerando os aportes direcionados a empreendimentos produtivos", afirmou a secretaria.
| CIMM (publicado em 08-08-2019) | | | | A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou na última quinta-feira, 8, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. O texto segue agora para o plenário do Congresso, onde deverá ser votado em sessão conjunta por deputados e senadores.
Entre os principais pontos do texto está o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 998 para R$ 1.040 em 2020, com a correção do valor apenas pela inflação, ou seja, sem aumento real.
O porcentual de 4,2% de reajuste do mínimo corresponde à previsão de inflação para este ano do INPC. Por se tratar de estimativa, é possível que ocorra, até o fim do ano, alguma variação no valor de R$ 1.040.
O valor do salário mínimo impacta os gastos públicos. Segundo cálculos do governo, o aumento de R$ 1 para o salário mínimo implica despesa extra de R$ 302,8 milhões aos cofres públicos. Dois terços dos benefícios previdenciários são corrigidos pelo mínimo, assim como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos que comprovem renda familiar abaixo de um quarto do mínimo por pessoa.
Entre 2011 e 2019 vigorou proposta adotada pela então presidente Dilma Rousseff - aprovada pelo Congresso - de política de reajustes pela inflação do ano anterior e variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como o PIB foi negativo em 2015 e 2016, nem sempre o mínimo subiu acima da inflação nos últimos anos.
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse na quinta que ainda não foi fechada a política de reajuste do mínimo para os próximos anos. "A discussão será feita no final do ano. Mesmo que o governo venha enviar na proposta de Orçamento reajuste real zero do salário mínimo, se vai ter aumento real ou não é algo que será debatido no Congresso até o final do ano", disse. "O que é importante na discussão é que cada despesa adicional tem de definir a fonte de recursos", completou.
A LDO estabelece metas e prioridades para o exercício financeiro do ano seguinte, além de orientar a elaboração do Orçamento da União. Também define a meta fiscal, que será de déficit de até R$ 124,1 bilhões.
Pela Constituição, o governo é obrigado a encaminhar ao Congresso, até 31 de agosto de cada ano, o projeto de lei do Orçamento da União. A LDO de 2020 deveria ter sido aprovada antes do recesso de julho, mas deputados e senadores saíram de "recesso branco", o período de férias informais, e só voltaram ao trabalho na última terça-feira.
O relator da LDO, deputado Cacá Leão (PP-BA), fez alterações no projeto enviado pela área econômica em relação ao fundo eleitoral. Ele mais que dobrou a previsão de recursos aos partidos no ano que vem para as eleições municipais. Em comparação com as eleições de 2018, a LDO de 2020 prevê repasse de R$ 2 bilhões a mais ao fundo eleitoral. No ano passado, 35 partidos receberam R$ 1,7 bilhão para bancar campanhas eleitorais.
O projeto aprovado na comissão também libera a realização de concursos públicos em 2020 e veta o bloqueio do orçamento da Educação pelo governo.
| Bem Paraná (publicado em 09-08-2019) | | | | Piso será de R$ 1.040 com mudança na regra que acaba com aumento acima da inflação
O salário mínimo e as aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) poderão ser reajustados em 4,2% em 2020.
Com isso, o piso nacional passará dos atuais R$ 998 para R$ 1.040, segundo a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aprovada nesta quinta-feira (8) pela Comissão Mista de Orçamento.
O reajuste corresponde à previsão do Ministério da Economia para inflação deste ano medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE. O índice elevaria o teto dos benefícios dos atuais R$ 5.839,45 para R$ 6.084,71.
Até este ano, além da inflação, o índice de ajuste anual do salário mínimo incorporava o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Nas aposentadorias do INSS, por exemplo, a regra colaborou para o aumento de 4,61% para quem recebe o piso salarial, enquanto beneficiários com rendas mais altas tiveram correção de 3,43%.
Desde 2004, essa política acrescentou R$ 425 à renda de quem recebe o mínimo, segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio Econômicos).
“Esse incremento nos salários foi responsável por injetar cerca de R$ 260 bilhões por ano na economia do país”, diz.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, a opção do governo reduz as chances de recuperação da economia.
“Considero um erro porque reduz a renda da base da pirâmide econômica, já que o aumento real do salário mínimo conseguia melhorar a condição dos mais pobres, mesmo o PIB tendo avançado pouco nos últimos anos.”
A proposta para a LDO que não aplica aumento real ao salário mínimo ainda precisará ser aprovada em sessão do Congresso, antes de ser enviada para a assinatura de Jair Bolsonaro (PSL).
A aprovação não garante que o índice de correção dos benefícios será de 4,2% em 2020, já que esta ainda é uma previsão para a inflação. O índice final sai em janeiro.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Economia informou que não iria comentar.
REAJUSTE SALARIAL PARA 2020 | CONFIRA OS VALORES
O salário mínimo e as aposentadorias do INSS poderão ser reajustados em 4,2% em 2020
O valor corresponde à expectativa do governo de Jair Bolsonaro para a inflação deste ano
A previsão está na Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada pela Comissão Mista de Orçamento
Para quanto vai o benefício do aposentado
O salário mínimo previsto pelo governo federal para o ano que vem é de R$ 1.040
O valor também corresponderá ao piso dos benefícios da Previdência
Hoje, o piso salarial de trabalhadores e aposentados é de R$ 998
O teto dos benefícios previdenciários deverá subir para R$ 6.084,71
Atualmente, o valor máximo dos benefícios da Previdência é de R$ 5.839,45
Confira como ficam outros valores com o reajuste de 4,2% em 2020 (em R$):
Benefício em 2019 Benefício em 2020
998 1.040
1.000 1.042
1.200 1.250
1.400 1.459
1.600 1.667
1.800 1.876
2.000 2.084
2.200 2.292
2.400 2.501
2.600 2.709
2.800 2.918
3.000 3.126
3.200 3.334
3.400 3.543
3.600 3.751
3.800 3.960
4.000 4.168
4.200 4.376
4.400 4.585
4.600 4.793
4.800 5.002
5.000 5.210
5.200 5.418
5.400 5.627
5.600 5.835
5.800 6.044
5.839,45 6.084,71
| Folha de S. Paulo | | | |
A nota enviada anteriormente contém erros na ordem de grandeza dos valores. O total investido pelo varejo é de R$ 1,176 trilhão, e não 1,176 bilhão. Segue o texto corrigido.
Os investimentos dos brasileiros chegaram em R$ 3 trilhões no fim de junho deste ano, aumento de 5% em relação a dezembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 8, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Desse total, R$ 1,176 trilhão vem do segmento private, R$ 968,7 bilhões no varejo de alta renda e R$ 912,7 bilhões do varejo tradicional.
No período, o único segmento que registrou queda de volume em relação ao observado em dezembro foi o varejo tradicional, com queda de 4,8% no semestre. O de alta renda subiu 11% e o private 8,8%.
Considerando o volume do varejo como um todo, ou seja, R$ 1,881 trilhão, os investimentos em fundos de investimentos correspondiam a R$ 626 bilhões, crescimento de 5,1% no período.
Outros R$ 525,6 bilhões – alta de 4,2% – foram destinados em títulos e valores mobiliários. O maior volume, de R$ 729,8 bilhões, ainda está na poupança, montante praticamente estável em relação a dezembro do ano passado.
No varejo tradicional a poupança representa 67,1% do volume, porcentagem que cai para 12,1% no varejo de alta renda.
No segmento private houve no semestre maior exposição em renda variável, com alta de 17,4% no período, para R$ 172,7 bilhões registrados no fim de junho.
Em fundos de investimento estão alocados R$ 590 bilhões, R$ 278 bilhões em ativos de renda fixa e R$ 125,9 bilhões em Previdência.
| Tribuna PR (publicado em 08-08-2019) | | | | Segundo o presidente da Câmara, tributária deve levar três meses
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta quinta-feira (8) que a reforma tributária, a administrativa e a proposta para mudar regras no saneamento no país são prioridades agora com a reforma da Previdência aprovada na Casa.
Durante evento sobre cenários macroeconômicos promovido pelo banco BTG Pactual, em São Paulo, Maia afirmou que já há uma reforma tributária no Senado, que pretende votar o saneamento até o fim de agosto e que o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que vai enviar uma reforma administrativa.
"Guedes disse que vai encaminhar a reforma administrativa. Eu acho que esse é um tema muito importante, porque são as despesas públicas que inviabilizam o Estado brasileiro", disse.
"Na Câmara dos Deputados, por exemplo, o salário médio é R$ 30 mil. O consultor começa ganhando R$ 31 mil, o analista R$ 23 mil, e um policial legislativo R$ 14 mil. De cinco a oito anos todos estão perto do teto."
Quando questionado se a aprovação da reforma tributária é viável até o fim deste ano, Maia não estabeleceu uma data, mas disse que o processo de aprovação na Casa deve levar três meses.
"É difícil falar de tempo. O meu tempo da Previdência era um mês. Acho que talvez a tributária, que tem mais atores jogando, dependendo de como a gente construa o diálogo, vai durar o mesmo tempo", afirmou Maia, que acrescentou, dizendo que "se organizar como na previdenciária, pode avançar em três meses".
Sobre o saneamento, o presidente da Câmara afirmou que esse "é um ambiente que tem que tomar um certo cuidado" e que ele pretende fazer alterações no texto do Senado para garantir competitividade.
"Nós temos aqui um problema. Os governadores querem um texto que gere mais competição que valorize as suas empresas. Só que as empresas querem um texto mais focado no interesse da sua manutenção como estatal. E as empresas têm influência política."
Articulação
O presidente da Câmara afirmou também que o presidente Jair Bolsonaro, ministros e órgãos do Poder Executivo têm atrapalhado votações de interesse do governo ao receberem deputados durante o horário de votação dessas propostas.
Durante a votação da reforma da Previdência, por exemplo, Maia disse que ligou para o presidente e pediu que ele não fosse a um jantar com representantes da bancada gaúcha, que ocorreria no momento em que a Casa analisava a matéria.
No mesmo dia, deputados do Amapá sumiram do Plenário e foram localizados por Maia em uma audiência no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), e parlamentares eram recebidos no Ministério do Desenvolvimento Regional.
“Fico pedindo para os ministros não receberem deputados na terça e quarta-feira. Estou no meio da Previdência e tem ministro recebendo deputado. Se eu for perdendo um para cada ministério e para o presidente, não vai dar quórum nunca”, afirmou Maia.
“Eu não consigo ser líder do governo todo dia, tenho de focar em alguma coisa. Preciso de ajuda. Fico organizando votação, chamando deputado.”
Maia afirmou que a relação entre ele e Bolsonaro melhorou bastante, com o presidente da República participando e ajudando negou que haja má vontade do Congresso com o mandatário.
“As pautas que ele coloca, umas vão ter votos, outras não vão ter. No tema econômico, há maioria pelas reformas. Na agenda de valores, o radicalismo do discurso dele assusta parte dos parlamentares que poderiam avaliar [algumas questões].”
| Folha de S. Paulo (publicado em 08-08-2019) | | | | Reforma do IR Pessoa Física inclui a correção da tabela, mas de forma muito lenta e gradual
A reforma tributária do governo federal, que o ministro da Economia Paulo Guedes deverá apresentar na próxima semana, terá um tripé formado por reforma do IR (Imposto de Renda), imposto único sobre consumo e serviços e uma contribuição previdenciária sobre movimentações financeiras.
Em relação aos dois últimos, uma lei complementar vai definir qual o peso de cada um, que deverão se equilibrar de forma a manter a soma das duas arrecadações em um determinado nível.
Detalhes sobre a reforma tributária do governo Jair Bolsonaro (PSL) foram apresentados pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, durante evento sobre cenários econômicos, em São Paulo, promovido pelo Banco BTG Pactual nesta quinta-feira (8).
A reforma do IRPF( Imposto de Renda Pessoa Física) inclui a correção da tabela, mas de forma “muito lenta e gradual”, segundo o secretário. Também serão revistas algumas deduções que o governo considera com baixo efeito distributivo.
De modo geral, a equipe econômica estuda acabar com as deduções de gastos com saúde e educação . A medida é uma contrapartida para a redução da alíquota máxima da tabela, hoje em 27,5%.
Segundo integrantes do Ministério da Economia, o governo também avalia ajustar a faixa de isenção do IR apenas pela inflação.
Tanto o fim das deduções quanto o aumento da faixa de isenção de acordo com a inflação ainda estão sob análise.
Sobre o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), a ideia do governo é criar um sistema simplificado e que reduza a carga desse tributo. Está em discussão ainda a questão de como fica a tributação de dividendos e juros sobre capital próprio.
“Ao invés de as empresas iniciarem a apuração do IRPJ através da apuração de uma contabilidade empresarial, teremos alguma coisa mais semelhante ao que se faz no ajuste do IRPF, com fatos tributários tipificados e simplificados”, afirmou o secretário.
A segunda perna da reforma inclui a desoneração da folha de pagamento e a criação de um tributo sobre movimentações financeiras.
Segundo Cintra, as mudanças no mercado de trabalho tornam a folha uma base frágil de tributação e que não será capaz de financiar a Previdência no futuro. O secretário disse reconhecer que esse tipo de tributo não tem a simpatia popular, mas defendeu a proposta como necessária.
“A CPMF é sempre trazida à tona como se fosse o modelo que o governo está tentando reviver. A Contribuição Previdenciária está para a CPMF da mesma forma que o IVA está para o ICMS. É a mesma coisa. São da mesma espécie. Só que um foi mal implantado, deformado e cheio de distorções. Propomos um sistema eficiente, transparente e neutro.”
A terceira perna é um IVA federal para unificar alguns tributos, como PIS, Confins, IPI, e a parte do IOF não regulatória (arrecadatória). Cintra disse que o imposto será implantado nos mesmos moldes da proposta que tramita na Câmara, a PEC 45, mas apenas com tributos federais.
“Será o espelho com as mesmas características da PEC 45. Porém será um IVA apenas federal, que não incorporará em um primeiro estágio as competências de estados e municípios. Terá uma tramitação política mais simples e mais rápida”, afirmou.
Como as mudanças no sistema tributário implicam alterar a Constituição, o que exige um processo legislativo mais complexo, a regulação das alíquotas do IVA e da nova contribuição serão feitas pelo Congresso por meio de projeto de lei.
“[O Congresso] poderá dar peso maior para pagamentos ou IVA. Haverá aumento de um equivalente à redução de outro”, disse Cintra.
Inicialmente, a equipe econômica estudava uma simplificação radical no sistema tributário do país. Mas optou-se por um modelo mais cauteloso, em que o governo vai iniciar uma reforma branda, submetendo a proposta à análise da opinião pública.
As questões ligadas a IR, por exemplo, são sensíveis à opinião pública e devem integrar a última etapa da reforma.
Se a faixa de isenção for corrigida apenas pela inflação, a equipe de Guedes não conseguirá atender promessa feita por Bolsonaro durante as eleições.
Na campanha, ele afirmou que estenderia a isenção de IR para pessoas que ganham até cinco salários mínimos, o que equivaleria a R$ 4.990,00 (hoje, o benefício é válido para quem ganha até R$ 1.903,98 mensais).
Os estudos preliminares já indicam que não há recursos para esse tamanho de isenção e que essa faixa já é superior à média de países equiparáveis.
Para alcançar o patamar de isenção prometido pelo presidente na campanha, seria preciso criar uma nova alíquota, de 35%, para os mais ricos.
| Folha de S. Paulo (publicado em 08-08-2019) | | | | O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse nesta quinta que o governo quer apresentar, por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes, o próprio texto de reforma tributária na semana que vem. Segundo ele, o texto será “intermediário” entre as propostas que estão hoje no Congresso Nacional, abordando ainda alguns itens que não são tocados, como Imposto de Renda e a desoneração da folha de pagamentos. “A proposta do governo trará enorme simplificação na apuração do imposto devido”, disse.
Ele deixou claro, no entanto, que não há possibilidade de uma reforma que preveja queda de arrecadação. Ou seja, não haverá revisão na carga tributária. Ele sinalizou, nesse sentido, que pode voltar a discutir a tributação de dividendos.
Ele comentou ainda, durante evento realizado pelo BTG Pactual, que o apoio dos Estados à proposta de reforma tributária de autoria do deputado Baleia Rossi, a PEC 45, é surpreendente, mas, nos termos atuais, inviabiliza o debate. Cintra criticou, por exemplo, o pedido dos Estados para que a União fique de fora do comitê gestor do imposto único criado com a reforma. “A manifestação dos Estados ao apoiar a PEC 45 impõe condições que impedem debate”, disse.
Cintra voltou a destacar a dificuldade de se aprovar uma reforma com âmbito nacional, com inclusão dos Estados. E disse que o debate, se levado nesses termos, pode ser difícil e demorado. O secretário ressaltou ainda que há uma radicalização no surgimento de algumas propostas extremas, como a que cria um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) unificando todos os tributos do País.
Cintra afirmou que o imposto sobre pagamentos – que será chamado de contribuição previdenciária e será proposto para compensar a desoneração da folha de pagamentos – é “da mesma espécie” da extinta CPMF. No entanto, afirmou que a CPMF foi mal implantada e mal articulada e garantiu que o novo tributo será mais simples e eficiente.
“A contribuição previdenciária, que é o tributo sobre pagamentos que pretendemos sugerir, está para a CPMF da mesma forma que o IVA está para o ICMS. São tributos da mesma espécie, mas um é mal implantado, mal articulado, deformado, cheio de distorções e o outro é implantado de forma mais simples e mais eficiente”, disse.
| Tribuna PR (publicado em 08-08-2019) | | | | O volume de serviços prestados recuou 1,0% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta sexta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o resultado foi revisto de uma estabilidade (0,0%) para um ligeiro avanço de 0,1%.
O resultado veio pior que a estimativa mais pessimista dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,80% a um avanço de 0,70%, com mediana negativa de 0,20%.
Na comparação com junho do ano anterior, houve queda de 3,6% em junho de 2019, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de queda de 3,3% a 0,6%, com mediana negativa de 1,8%.
A taxa acumulada no ano foi de 0,6%. Em 12 meses, houve elevação de 0,7%.
Desde outubro de 2015, o órgão divulga índices de volume no âmbito da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Antes disso, o IBGE anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal caiu 1,1% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2018, houve aumento na receita nominal de 0,4%.
| Tribuna PR | | | | Uma combinação de melhora no apetite por ativos de risco no exterior e noticiário interno positivo sobre reformas e inflação resultou nesta quinta-feira, 8, no alívio de prêmios de risco ao longo de toda a curva de juros, mais pronunciada no trecho longo.
Se a ponta curta não chegou a cair tanto, ao menos algumas destas taxas voltaram a renovar mínimas históricas de fechamento, caso por exemplo da do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020, que terminou em 5,475%, na mínima do dia, ante 5,506% na quarta no ajuste. Este vencimento é o que melhor representa as apostas para Selic nas reuniões do Copom restantes para 2019. Foi o terceiro dia seguido de queda nos DIs.
Outro contrato a fechar na mínima histórica foi o DI para janeiro de 2021, a 5,40%, de 5,429% no ajuste de quarta. Nas mesas de renda fixa, o IPCA de julho (0,19%) melhor do que apontava a mediana das estimativas (0,25%) dos economistas e a inesperada queda do IGP-DI de julho (-0,01%) tiveram impacto moderado nos negócios, mas, de todo modo, reforçam o cenário benigno para a inflação. Em 12 meses, o IPCA atinge 3,28%, ante meta de inflação de 4,25% para este ano. Com isso, as apostas de que a Selic será reduzida em mais 0,50 ponto porcentual em setembro vão se consolidando. No fim da tarde, a curva a termo precificava em torno de 65% de queda da taxa básica para 5,50% no mês que vem.
Nos longos, as ordens de venda foram atraídas pelo alívio com os bons dados de exportações da China em julho se contrapondo aos temores de desaceleração global em função da tensão comercial com os Estados Unidos, o que enfraqueceu o dólar ante moedas de economias emergentes. “O que está acontecendo é global, com o mundo convergindo para juros mais baixos e aqui o BC resolvendo ceder aos números de inflação e de atividade e à pressão de mercado para definir um ciclo de queda da Selic entre 1,25 e 1,5 ponto”, disse o sócio-gestor da LAIC-HFM, Vitor Carvalho.
O DI para janeiro de 2023 encerrou com taxa de 6,34%, de 6,371% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,881% para 6,83%.
Internamente, após a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara, o mercado está otimista com a tramitação do texto no Senado e aliviado pelo fato de que o nível de desidratação da potência fiscal até o momento é menor do que o esperado. “Temos uma Previdência sem tanta desidratação e a discussão da PEC paralela de Estados e municípios ganhando fôlego, o que representa uma melhora discreta para este tema”, disse o economista-sênior da XP Investimentos, Marcos Ross.
| Tribuna PR (publicado em 08-08-2019) | | | | O Índice Bovespa teve nesta quinta-feira sua terceira alta consecutiva, mais uma vez determinada pela melhora no apetite por risco no mercado internacional, e fechou em alta de 1,30%, aos 104.115,23 pontos. Esse é o maior patamar desde 24 de julho (104.119 pontos), que leva o índice a contabilizar ganho de 2,26% no acumulado de agosto. A valorização é sustentada essencialmente pelo investidor doméstico, já que o estrangeiro continua a reduzir sua participação no mercado acionário brasileiro.
O cenário doméstico também contribuiu para dar força ao movimento comprador, mas com efeito bastante limitado, segundo analistas. A votação em segundo turno da reforma da Previdência na Câmara foi bem recebida pela velocidade e por ter preservado R$ 933 bilhões de economia em dez anos, não muito distante do R$ 1,1 trilhão proposto pelo ministro Paulo Guedes. A expectativa agora é que a tramitação no Senado se dê sem sobressaltos. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) estimou em 60 dias o prazo para que a reforma seja concluída na Casa.
“A reforma da Previdência passou bem na segunda fase da Câmara e não deve ter problema no Senado, sendo considerada um ponto já vencido. Mas o mercado já precificou essa etapa, restando agora conviver com essa interminável volatilidade do mercado internacional”, disse Mário Roberto Mariante, chefe de análise da Planner.
Mariante afirma que a tensão comercial entre Estados Unidos e China, que se estende desde o final de 2017, parece mais acirrada agora e não dá indícios de estar próxima de um desfecho no curto e no médio prazo. Com isso, afirma, há risco de prejuízos diversos ao Brasil, passando dos efeitos na economia aos reflexos nas ações de empresas de peso na bolsa, como a Vale.
O sinal de alta do Ibovespa foi definido logo na abertura dos negócios, com o mercado brasileiro alinhado à melhora de humor no cenário mundial. A inesperada alta de 3,3% das exportações chinesas em julho impulsionou a recuperação das commodities metálicas. O minério de ferro interrompeu uma sequência de quedas que perdurou por seis sessões e fechou em alta de 0,87% no porto chinês de Qingdao. Assim, Vale ON seguiu as altas de suas pares no mercado internacional e terminou o dia com ganho de 1,51%.
O petróleo também ganhou fôlego nesta quinta-feira, em meio a especulações sobre novo corte de produção dos países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e à informação de que a Arábia Saudita estaria tomando medidas para controlar os preços e deter uma queda acentuada da commodity. Com os preços da commodity em recuperação significativa nas bolsas de Nova York e Londres, as ações da Petrobras avançaram 2,38% (ON) e 2,93% (PN).
| Tribuna PR (publicado em 08-08-2019) | | | | Contudo, fraca atividade econômica continua garantindo controle dos preços; IPCA de junho teve alta de 0,19%, reforçando a possibilidade de novos cortes na taxa de juros até o final de 2019
Contas de energia e guerra comercial pressionando o valor do dólar no Brasil podem acelerar a inflação de agosto, porém nada que comprometa o índice, tendo em vista a fraca atividade econômica do País.
Para especialistas, o desempenho da inflação de julho reforça que o Banco Central (BC) fará mais cortes na taxa de juros básica da economia (Selic) este ano.
No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,19%, abaixo das estimativas do mercado (+0,25%) e o menor resultado para o mês desde 2014, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, o IPCA foi de 0,01%.
O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), André Braz, diz que, para julho, esperava uma inflação mais próxima de 0,30%. Segundo ele, o que surpreendeu positivamente foram os preços do grupo Alimentos e Bebidas (+0,01%), que ficaram estáveis na passagem de junho a julho.
Contudo, Braz projeta uma aceleração do IPCA em agosto, para uma alta de 0,30%, que deverá ser puxada pelo aumento do preço da alimentação fora de casa (que variou +0,15% em julho) e das contas de energia elétrica, diante da mudança da bandeira tarifária de amarela para vermelha.
A bandeira amarela praticada em julho e os reajustes de concessionárias pressionaram, inclusive, as contas de energia no mês passado. Estas subiram 4,48%, provocando uma alta de 1,20% no grupo Habitação, que teve o maior impacto (0,19 ponto percentual) no índice.
Houve mudança nas tarifas de energia elétrica em: São Paulo (7,59%), reajuste de 7,03% em uma das concessionárias a partir de 4 de julho; Curitiba (3,18%), reajuste médio de 3,41% em vigor desde 24 de junho e Porto Alegre (3,36%), onde duas das três concessionárias de energia que atendiam a região fundiram-se e, de modo a unificar suas tarifas, foram concedidas correções médias de 3,61% e 6,19%, a partir de 19 de junho.
Flexibilização dos juros
Por outro lado, os grupos de Vestuário (-0,52%), Saúde e cuidados pessoais (-0,20%) e Transportes (-0,17%) apresentaram deflação no índice do mês. Estevão Garcia de Oliveira, coordenador dos cursos de pós-graduação da Faculdade Fipecafi, destaca que a baixa inflação verificada em julho só reforça que o BC cortará mais a taxa de juros este ano.
No último dia 31, o BC diminuiu em 0,50 ponto a Selic, levando a taxa de 6,50% para 6,00% ao ano. Oliveira ressalta que os juros devem encerrar 2019 entre 5,50% e 5,25%. Ele acrescenta que se a guerra comercial entre os Estados Unidos (EUA) e China continuarem a levar o dólar para cima de R$ 3,90 e R$ 4,00, haverá repercussão nos nossos preços.
“O Brasil importa grande parte dos seus produtos industrializados”, diz Oliveira. Porém, segundo ele, a atividade econômica do País está tão fraca que há espaço para acomodar choques inflacionários. Além disso, Oliveira comenta que o recuo dos preços do barril de petróleo não será tão sentido pela nossa inflação, tendo em vista a aceleração do dólar em relação ao real.
A projeção de André Braz, da FGV, é que o IPCA encerre 2019 com alta de 3,6%. As expectativas de Oliveira são semelhantes. Ele espera que a inflação brasileira termine com alta entre 3,5% e 4,0%.
| DCI | | | | O objetivo é que consumidores com carga inferior a 500 kW também possam negociar contratos de energia diretamente com geradores e comercializadoras
Portaria do Ministério de Minas e Energia publicada nesta sexta-feira determina que deverão ser realizados estudos sobre medidas regulatórias necessárias para permitir a abertura do mercado livre para os consumidores com carga inferior a 500 kW, a partir de 1º de janeiro de 2024.
O mercado livre de eletricidade, no qual clientes com maior demanda, como indústrias, podem negociar contratos de energia diretamente com geradores e comercializadoras, exige carga acima de 0,5 MW para adesão, mas o governo tem falado em eventualmente reduzir gradualmente esse limite, em meio a planos para uma reforma na regulamentação do setor.
Atualmente, empresas com carga entre 0,5 MW e 2,5 MW são autorizadas a operar no mercado livre como "consumidores especiais", o que obriga a compra de energia proveniente de fontes renováveis, mas esse limite deverá ser alterado gradualmente, segundo a proposta do governo.
O governo ainda abriu consulta, por 15 dias, para aprimoramento da proposta.
Segundo a mesma portaria, a partir de 1º de janeiro de 2021, os consumidores com carga igual ou superior a 1.500 kW, atendidos em qualquer tensão, poderão optar pela compra de energia elétrica a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional.
A partir de 1º de julho de 2021, os consumidores com carga igual ou superior a 1.000 kW também terão a mesma opção, assim como isso deverá ocorrer, a partir de 1º de janeiro de 2022, para consumidores com carga igual ou superior a 500 kW.
| DCI | | | | Duas tendências mundiais - energia limpa e uso de carro compartilhado - são apostas da empresa paulista para o lançamento, que será ainda neste ano, de seu novo automóvel de três rodas
Pouco difundido no País, os carros elétricos são a aposta da Gaia Electric Motors para se destacar no competitivo mercado automotivo brasileiro. Para sustentar o crescimento, a empresa pretende aproveitar outra tendência mundial: o universo dos veículos compartilhados.
Unindo essas duas tendências, a empresa acaba de lançar um veículo de três rodas, conectado à internet, que roda 200 quilômetros com apenas R$ 8 de energia elétrica. As primeiras unidades, que estarão à venda até o final deste ano, já contam com uma fila de 120 veículos com início das entregas previstas para outubro. “Na verdade nós não miramos o mercado particular, e sim o empresarial. Entretanto recebemos uma grande procura. Já temos 120 veículos na fila, de pessoas que pagaram a taxa de prioridade.”, comenta o CEO e Fundador da Gaia Electric Motors, Ivan Gorski.
Em seu site oficial, a Gaia Electric Motors tem disponível um sistema de pré-vendas, em que o interessando paga R$ 300 para entrar na lista prioritária e receber o seu Gaia ainda este ano. A reserva pode ser cancelada a qualquer momento e o reembolso solicitado.
De acordo com Gorski o universo dos carros compartilhados se encaixa no perfil do automóvel, uma vez que não possui chave física, apenas uma virtual que libera a porta mediante a interação no aplicativo da empresa. Essa chave pode ser compartilhada via e-mail e WhatsApp.
O veículo também é o primeiro a contar com um chip de internet integrado que possibilita uma série de usos para o carro. Uma dessas funções é a mobilidade compartilhada, que faz grande sucesso em diversas cidades do País, com as bicicletas e patinetes elétricos.
“Nosso objetivo é Business to Business. E futuramente, por exemplo, nós poderíamos fornecer para a Beepbeep os veículos da Gaia”, explica o executivo, fazendo menção à recém-lançada operação da Beepbeep, empresa de transporte compartilhado de veículos elétricos em São Paulo.
Ele avalia ainda que outro uso para o veículo sustentável seria dentro de empresas, na criação de um sistema de transporte com carros elétricos. O que, de acordo com Ivan, geraria uma economia de mais de 30% nos gastos com transporte, além de garantir para a empresa créditos pela redução de carbono. “A Gaia Eletric Motors nasce para acelerar a adoção do transporte elétrico. Levar para o mercado algo acessível”, detalha.
No âmbito particular é possível criar perfis de uso para o Gaia, em que o dono pode definir limites geográficos ou de tempo por usuário. Para dirigir o veículo é preciso ter habilitação para moto.
Operação física
A empresa espera inaugurar as primeiras lojas em breve, para que o público conheça o veículo de maneira mais detalhada. De acordo com contas fornecidas por Gorski, alguém que tenha um gasto mensal de R$ 1 mil com combustível passaria a gastar R$ 100. “O Gaia foi projetado para o interior do País. Para as cidades satélites, que correspondem a 75% da população brasileira. Por isso nós temos um mercado muito grande”, afirma.
O termo cidades satélites se refere a centros urbanos que estão localizados relativamente perto de centros urbanos maiores, mas que são essencialmente independentes.
“Eu notei que o mercado de veículos elétricos não existe nem na Europa, imagina então no Brasil. Com isso eu tenho uma janela de cerca de quatro anos para conquistar meu espaço no mercado nacional e Latam”, enfatiza.
Sobre os fornecedores nacionais o executivo lembra que o mercado automobilístico é formado em sua maioria por empresas já consolidadas há várias décadas, que tornou esta cadeia muito restrita e conservadora, além de incentivar a cultura de posse do veículo, não o compartilhamento.
| DCI (publicado em 08-08-2019) | | | |
Para pesquisador do Insper, oportunidade de aprovação não pode ser perdida
O Brasil não tem perfil de país que aprova reformas, por isso deve aproveitar a atual janela de oportunidade, disse o pesquisador do Insper Marcos Mendes nesta quinta-feira (8) em evento sobre cenários macroeconômicos promovido pelo banco BTG Pactual, em São Paulo.
"Países que deram certo e conseguiram vencer essas dificuldades têm um perfil comum. Infelizmente o Brasil não tem a característica desses países."
Segundo o pesquisador, as nações que conseguiram aprovar reformas são pequenas e não tem um mercado interno grande, como o Brasil.
"Eles tem que se abrir para o exterior. Qualquer perturbação na economia internacional, eles são perturbados. O Brasil é o contrário, é um país grande fechado voltado para dentro", disse Mendes.
O pesquisador afirmou também que esses países são caracterizados por formarem maiorias automáticas em seus parlamentos, por possuírem um sistema unicameral (só tem uma Casa no Legislativo, o Brasil possui Câmara e Senado) e ainda por ter coesão social.
"Sociedade mais desigual traz desconfiança na população. Se eu desconfio que você está querendo me passar a perna, fica difícil passar alguma reforma."
Além disso, há a questão da violência, que gera mais insegurança, segundo Mendes. Apesar disso, ele disse acreditar que esse momento ao qual o país se encontra não pode ser desperdiçado.
"O desafio é grande. Nós estamos em um momento de janela da oportunidade que não podemos perder."
Uma vez nessa situação, o pesquisador afirmou que o país precisa encarar a agenda de reformas e não pode ficar discutindo o que vem antes e o que vem depois.
"Nós não podemos nos dar ao luxo de escolher. Nós precisamos insistir nas reformas. Não deu para fazer uma, passamos para a outra", disse.
"Mais importante ainda: não podemos nos dar o luxo de errar. De 2005 a 2015 nós demos o luxo de errar."
| Folha de S. Paulo (publicado em 08-08-2019) | | | | Acordo de R$ 24,7 milhões foi assinado nesta quinta-feira (8), informou a petroleira
A Petrobras informou nesta quinta-feira (8) que vendeu 50% de sua fatia na Belem Bioenergia Brasil (BBB).
A operação movimentou R$ 24,7 milhões, que ficarão retidos até dezembro de 2020 para potenciais pagamentos de indenização, segundo a Petrobras.
A petroleira assinou o contrato que cedeu metade de sua participação para a Galp Bioenergy, que detém os demais 50% na empresa.
A Belem Bioenergia foi constituída em 2011 pela Galp e pela Petrobras, com o foco na produção de óleo vegetal e biocombustível.
De acordo com a petroleira, a operação está em consonância com a sistemática para desinvestimentos da Petrobras.
"Essa transação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas", disse a Petrobras, por meio de nota oficial.
| Folha de S. Paulo (publicado em 08-08-2019) | | | | Impactos da tragédia de Brumadinho (MG) na atividade extrativa e a falta de demanda para expandir a capacidade produtiva geram risco
Os impactos da tragédia de Brumadinho (MG) no setor extrativo e a alta ociosidade no parque industrial brasileiro podem levar o setor produtivo a um resultado negativo em 2019. O primeiro semestre registrou queda de 1,6%.
“O desempenho industrial geral deve fechar o ano próximo de zero ou um pouco negativo. O setor extrativo continua em queda e a indústria de transformação deve se recuperar gradualmente no segundo semestre”, avalia a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), Luana Miranda.
Na semana passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu a projeção do PIB industrial de 1,1% para 0,4%. “A indústria de transformação registrou crescimento de 1,8% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2018, quebrando uma sequência de dois resultados negativos. É importante para o crescimento do PIB, pela conexão com os demais setores”, pondera Luana.
Porém, ela ressalta que a baixa utilização da capacidade instalada não torna provável uma recuperação mais pujante. “Há muita ociosidade na indústria. O nosso último indicador aponta o nível da utilização em 75,5%, muito aquém do período anterior a crise. Não é algo que deve mudar nos próximos meses.”
O diretor comercial da Lepe, Wilson de Francisco Júnior, conta que a fabricante do setor de autopeças atualmente opera em 55% de sua capacidade. “Temos dois projetos de expansão da capacidade, concebidos entre 2010 e 2011, quando o mercado demandava. Esses investimentos estão parados por enquanto, não tem sentido ampliar a capacidade.”
A empresa começou 2019 com a expectativa de crescimento de 20%, mas acabou encerrando o primeiro trimestre com queda de 10%. “Tínhamos esse otimismo por conta da demanda das montadoras. Atuamos nos segmentos de automotivo pesado: caminhões, ônibus e tratores”, explica.
Apesar desse cenário, Francisco acredita em um segundo semestre melhor. “A primeira etapa de aprovação da reforma da Previdência gerou um ânimo. Estamos buscando expandir no mercado externo e acreditamos em um crescimento de 20% em comparação ao 2º semestre. Mas não podemos ficar só na expectativa. Enquanto não houver sinais claros da economia entrando nos eixos, não vamos dar um passo maior que a perna.”
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, entende que além de medidas estruturantes, são urgentes medidas de curto prazo para estimular a economia. “A redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic foi um fundamental primeiro passo nesse sentido. Há espaço para novas quedas. Adicionalmente, medidas que facilitem e reduzam o custo do financiamento também seriam muito importantes.”
Levantamento
Nesta quinta-feira (01), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os indicadores da produção industrial mensal de junho. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, foram registradas contribuições negativas pelo setor extrativo (-13,7%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,1%), entre outros.
O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca os efeitos da tragédia de Brumadinho no setor extrativo. “Há um aperto na legislação que faz com que algumas atividades extrativas deixem de funcionar ou operem em ritmo menor. É a atividade com a principal influência negativa na comparação anual, seja frente a junho de 2018, seja no acumulado.”
Por outro lado, entre as onze atividades que cresceram, a principal influência foi veículos automotores, reboques e carrocerias (3,5%). Outras contribuições positivas relevantes vieram de bebidas (5,7%), de produtos de metal (5,8%) e de produtos de minerais não-metálicos (2,9%).
| CIMM | | | | A cervejaria Ambev vai apresentar hoje o início das obras de sua primeira fábrica de latas, em Sete Lagoas, na região Central de Minas. A construção será concluída em 2020 e vai abastecer, inicialmente, a demanda das cervejarias do próprio município, de Juatuba, na região metropolitana de Belo Horizonte, e de parte das operações da região Sudeste.
A nova fábrica terá duas linhas de produção de latas e uma de tampas, em uma área construída de 45 mil metros quadrados. A indústria vai funcionar com energia 100% renovável.
De acordo com a Ambev, mais de R$ 700 milhões serão investidos nos próximos três anos na construção da fábrica, que vai permitir a comercialização de bebidas produzidas exclusivamente em Minas Gerais, desde a receita até a embalagem.
No período de pico das obras da nova fábrica, a companhia promete criar 600 empregos temporários na região. Durante a operação, 350 empregos diretos e indiretos serão gerados.
“Estamos muito felizes em anunciar o início da construção da primeira fábrica de latas de uma empresa de bebidas do Brasil, que irá abastecer inicialmente as nossas operações do Sudeste. Essa iniciativa vai nos ajudar a entregar o volume crescente no Brasil”, afirmou o Bernardo Paiva, presidente da Ambev.
Hoje, o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), participa da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da fábrica.
Aposta
Esse não é o primeiro investimento feito pela cervejaria em Minas. Nos últimos cinco anos, a Ambev destinou R$ 2,2 bilhões a operações em Sete Lagoas, Juatuba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e a centros de distribuição. Atualmente, a empresa gera 98 mil empregos diretos, indiretos e induzidos no Estado.
A unidade de Sete Lagoas da cervejaria é referência no consumo sustentável de água: utiliza 2,52 litros para cada litro de cerveja produzido. A média de todas as unidades no país é de 2,86 litros de água para cada litro de cerveja.
| CIMM (publicado em 08-08-2019) | | | | Nanofibras de óxido de titânio (TiO2) podem ter várias aplicações, como o uso em catalisadores e filtros. Sob a incidência de luz ultravioleta, o óxido de titânio promove a degradação de material orgânico. Daí sua aplicabilidade em filtragem, por exemplo, de água de reúso.
Um novo método de fabricação dessas fibras foi desenvolvido por Rodrigo Savio Pessoa e Bruno Manzolli Rodrigues, pesquisadores do Laboratório de Plasmas e Processos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (LPP-ITA) e do Instituto Científico e Tecnológico da Universidade Brasil (ICT-UB), no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP. Artigo a respeito foi publicado na revista Materials Today: Proceedings.
“A técnica usada, de deposição por camada atômica, permite promover o crescimento do material camada a camada ou até mesmo molécula a molécula”, disse Rodrigo Savio Pessoa à Agência FAPESP.
No trabalho, o óxido de titânio foi depositado sobre nanofibras de PBAT [poli(butileno adipato co-tereftalato)], um biopolímero rapidamente degradável na natureza, ao contrário do PET (polietileno tereftalato), que permanece intacto por décadas.
O primeiro passo foi produzir uma membrana de nanofibras de PBAT, o que se fez por meio de uma técnica semelhante à usada na confecção de algodão doce, mas empregando procedimento eletrostático.
“A partir de uma solução de PBAT, a técnica de eletrofiação produz um conjunto de fibras do material, com espessuras da ordem de centenas de nanômetros. Esse conjunto de fibras compõe a manta usada como substrato”, disse Pessoa.
O passo seguinte foi recobrir cada fibra com óxido de titânio. “A deposição por camada atômica usa precursores do material de interesse, gerados a partir de gás ou de líquidos rapidamente evaporados por baixa pressão. No caso, empregamos como precursores o tetracloreto de titânio (TiCl4) e a água (H2O). Isso foi feito em câmara de vácuo aquecida a 100º C e a 150º C”, disse o pesquisador.
A liberação do TiCl4 foi feita em pulsos sucessivos de 0,25 segundo cada. Liberado no vácuo, o TiCl4 rapidamente evapora e reage com a superfície das fibras do polímero, ligando-se a radicais hidroxila (OH-) e oxigênio (O2-) presentes no material.
Como o tetracloreto de titânio não reage com ele mesmo, o pulso inicial preencheu apenas uma monocamada. Esta foi, em seguida, oxidada com vapor de água. O hidrogênio ligou-se ao cloro e o oxigênio ao titânio, formando então a primeira monocamada de óxido de titânio.
Esse procedimento foi repetido cerca de mil vezes, fazendo a estrutura de óxido de titânio crescer, camada a camada. Para retirar o substrato de PBAT e deixar os nanotubos de óxido de titânio livres, o material foi aquecido a 900º C, de forma controlada. Resultou disso a manta de nanotubos de óxido de titânio, cada qual com cerca de 100 nanômetros de espessura.
“Como a técnica de deposição se baseia em reações de superfície, ela consegue cobrir uniformemente as fibras, ‘encapando’ uma a uma. É relativamente simples, mas exige automação, para que as quantidades de material e o tempo de dispersão sejam rigorosamente controlados”, disse Pessoa.
Como material para filtragem, a manta de nanotubos de óxido de titânio combina uma virtude mecânica, impedindo a passagem de corpúsculos maiores do que uma certa espessura, com uma virtude bioquímica, por gerar radicais que, irradiados por luz UV, facilmente degradam a matéria orgânica. O fato de ser composta por nanofibras faz com que a manta tenha uma grande área superficial, o que aumenta consideravelmente a taxa de reações.
O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Brasileira de Materiais, em 2018.
O artigo Atomic layer deposition of TiO2 thin films on electrospun poly (butylene adipate-co-terephthalate) fibers: Freestanding TiO2 nanostructures via polymer carbonization (doi: https://doi.org/10.1016/j.matpr.2019.02.003), de Bruno V. M. Rodrigues, Vanessa M. Dias, Mariana A. Fraga, Argemiro S. da Silva Sobrinho, Anderson O. Lobo, Homero S. Maciel e Rodrigo S. Pessoa, está disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214785319300380.
| CIMM (publicado em 08-08-2019) | | | | Custo operacional do modelo pode ser até 37% menor do que o de um ônibus movido a diesel
Em um desenvolvimento conjunto, a Scania e a Marcopolo estão testando um ônibus totalmente movido a gás natural GNV nas ruas de Buenos Aires, na Argentina. O projeto faz parte do programa Mobilidade Sustentável, da Secretaria de Transportes da capital, que visa a adoação de veículos com combustíveis alternativos.
Uma unidade do modelo Torino com piso baixo (low entry) montado sobre o chassi Scania K280 4x2 Euro 6 GNV vem sendo avaliado desde abril e nesta nova etapa de testes passa a atuar na operação real por meio da linha 132 da empresa Nuevos Rumbos, uma das operadoras do transporte público local. Equipado com motor Scania de nove litros e cinco cilindros, o propulsor garante uma potência de 280 cv.
Segundo a Scania, o veículo movido a GNV pode ter o custo operacional 37% menor quando comparado a um ônibus convencional de mesmas proporções e movido a diesel. O nível de ruído também é menor e a autonomia chega a 290 quilômetros.
"A Marcopolo e a Scania Argentina são parceiros tradicionais e esta ação está alinhada com a nossa visão estratégica e posicionamento quanto a veículos movidos com combustíveis alternativos”, destaca o gerente de negócios internacionais da Marcopolo, José Goes.
| Automotive Business (publicado em 08-08-2019) | | | | Aplicativo que coleta dados para a nuvem é desenvolvida pela controlada Pilotfish
A Voith lança no Brasil sua solução de gestão de frota para o monitoramento e gerenciamento para o transporte público em parceria com a Pilotfish, empresa de origem sueca fornecedora de sistemas e aplicativos em nuvem e que passou a ser controlada pelo Grupo Voith no início deste ano.
A nova plataforma permite a gestão de equipamentos embarcados nos ônibus e transfere de forma automática os dados dos veículos diretamente para os operadores e gestores dos sistemas de transporte. As informações ficam armazenadas na nuvem e podem ser utilizadas diretamente ou por meio de aplicativos oferecidos pela própria Pilotfish ou parceiros.
Por possuir um código aberto, flexível e modular, a solução da Pilotfish permite adaptação de acordo com a necessidade de cada cliente. A interface do aplicativo tem como base o sistema Android. Com ele, também é possível gerar relatórios sobre possíveis falhas, verificando a dirigibilidade dos motoristas.
“Com foco na digitalização do transporte urbano de passageiros, a empresa passa a oferecer mais uma solução com o objetivo de agregar valor a partir da gestão otimizada das informações e processos da operação”, afirma o diretor da divisão de mobilidade da Voith Turbo no Brasil, Rogerio Pires.
A novidade será apresentada pela Voith durante o Seminário Nacional NTU 2019, entre os dias 20 e 21 de agosto em Brasília.
| Automotive Business (publicado em 08-08-2019) | | | | Crescimento seria de pelo menos 18% sobre 2018; previsão anterior apontava alta de 15% com 93 mil produtos
A forte demanda demonstrada pelo mercado de implementos fez a Anfir, associação das fabricantes, revisar sua projeção de vendas para o ano: a entidade agora espera atingir um volume de emplacamentos entre 106 mil e 110 mil unidades, na soma de leves e pesados. Se a projeção se confirmar e atingir o seu pico, poderá representar um crescimento de pelo menos 18% sobre os 90,1 mil vendidos no ano passado – além de ser o terceiro ano consecutivo de crescimento após a crise.
Em sua primeira previsão para o ano, divulgada ainda em dezembro de 2018, as fabricantes estimavam que encerrariam 2019 com a venda de 93 mil implementos, o que já garantiria alta de 15%.
O motivo para a revisão é que as vendas deste ano estão melhores do que o esperado: o mercado registrou aumento de 44,1% dos emplacamentos no acumulado de janeiro a julho se comparadas com iguais meses de 2018, ao superar as 67,2 mil unidades, de acordo com dados divulgados na quinta-feira, 8, pela Anfir. Segundo a entidade, este total já é equivalente a quase dois terços do total registrado no mesmo período de 2014, ano anterior à crise, quando as vendas foram de 91 mil.
“O processo de reposição das perdas segue de forma gradual, mas acreditamos que até o fim do ano teremos superado o resultado de 2018 em 20%”, afirma o presidente da Anfir, Norberto Fabris.
O segmento pesado continua puxando o mercado de implementos, embora o de leves também tenha crescido, mas em proporção menor.
Nos pesados, que considera reboques e semirreboques, os licenciamentos atingiram as 36,7 mil unidades em sete meses, alta expressiva de 57% no comparativo anual. O segmento segue impulsionado pelo agronegócio, que registrou mais uma safra recorde de grãos. Com isso, produtos como graneleiro/carga seca, basculantes e dolly foram os mais requisitados no período.
Para a categoria leve – carrocerias sobre chassis – que atende o mercado urbano, houve aumento de 31% das vendas acumuladas, ao somar pouco mais de 30,4 mil unidades. Baú de alumínio segue como líder da categoria em volume de vendas.
| Automotive Business (publicado em 08-08-2019) | | | | Tecnologia foi constituída para atuar como cérebro e sistema nervoso do carro
A Aptiv desenvolveu uma nova arquitetura veicular para carros autônomos que funciona como o “cérebro” e o “sistema nervoso” do carro. O cérebro é representado pelos softwares e computação, enquanto o sistema nervoso é formado por sensores e pela distribuição de energia e dados pelo veículo, a partir de fios e conectores.
“Para nós da Aptiv, o carro autônomo já é realidade. Temos uma frota de 30 veículos com nível 4 de autonomia circulando em Las Vegas (EUA) em parceria com a empresa de transporte por aplicativo Lyft. Temos a tecnologia disponível e estamos prontos para oferecer ao mercado”, afirma o vice-presidente e diretor executivo da Aptiv para a América do Sul, Eric Carneiro.
De acordo com a Aptiv, a nova arquitetura veicular tem a função de fazer com que elementos como software, hardware e controles, além da distribuição de dados, funcionem bem de maneira simultânea.
Atualmente, a empresa conta com duas arquiteturas inteligentes. Uma delas é a Zone, pensada para montadoras com um número limitado de plataformas e variantes. A outra é a Domínio, adequada para fabricantes de veículos com diversas plataformas.
“Permitimos inúmeras variações e possibilidades para que as montadoras tomem decisões sobre qual a melhor para sua demanda. Essa melhoria na arquitetura vai, num último estágio, aumentar a segurança dos passageiros com sistemas confiáveis de fornecimento de sinal e distribuição de energia”, conclui Carneiro.
| Automotive Business (publicado em 08-08-2019) | | | | Lucro despenca no primeiro semestre e empresa aponta ambiente econômico mais difícil no mercado global
A ZF reduziu sua previsão de faturamento e margem EBIT para 2019 ao divulgar seus resultados financeiros referentes ao primeiro semestre do ano, quando o lucro da companhia despencou, além de outros índices que ficaram abaixo das metas em meio a um cenário econômico global mais difícil.
Com isso, a ZF agora prevê que o faturamento fique entre € 36 bilhões e 37 bilhões e margem ajustada do EBIT entre 4% a 5% para o ano, considerando uma estabilidade dos mercados e das taxas de câmbio. Sua previsão anterior divulgada em abril durante encontro anual com a imprensa indicava que as vendas do grupo ficariam entre € 37 bi e € 38 bilhões, com margem EBIT entre 5% e 5,5%.
Em nota, o grupo diz que não espera que a economia global melhore significativamente no segundo semestre deste ano, por isso, era necessário ajustar as previsões. A decisão também foi motivada pelos resultados da primeira metade do ano ficaram aquém das estimativas da empresa.
Nos primeiros seis meses deste ano, a ZF registrou faturamento de €18,4 bilhões, uma queda de 1,5% na comparação com mesmo intervalo do ano passado, ao mesmo tempo em que os custos com pesquisa e desenvolvimento aumentaram 1,7%, para € 1,12 bilhão.
Por sua vez o lucro líquido despencou ao encerrar a primeira metade do ano em € 166 milhões: no comparativo anual, a queda foi de 71,8%.
“Não estamos satisfeitos com estes números e estamos compensando isto, particularmente com o ajuste de nossas capacidades. Além disso, estamos lançando medidas adicionais para melhorar nossos resultados”, disse em nota o CFO da ZF, Konstantin Sauer. “Entretanto, a ZF continuará investindo em tecnologias orientadas para o futuro, como eletromobilidade e condução autônoma.”
Sauer disse ainda estar confiante com relação ao futuro financiamento para a compra da Wabco, cuja aquisição foi anunciada em março deste ano e aprovada recentemente pelos acionistas. “Conseguimos financiamento sólido de longo prazo e investidores potenciais reagiram de forma positiva a nossos planos”, enfatizou Sauer. Para financiar o negócio, a ZF está planejando a emissão de um empréstimo caucionado e de Eurobonds (títulos emitidos por governos europeus) e pretende lançá-los nos mercados no fim deste terceiro trimestre.
Em seu relatório, a ZF diz que prorrogará ou reduzirá investimentos em áreas estabelecidas onde a crise econômica é evidente. Por outro lado, o fornecimento de tecnologias como a transmissão híbrida está avançando:
“Os principais pedidos recebidos recentemente para a nossa transmissão híbrida automática para carros de passeio, bem como para nosso acionamento elétrico, para uma produção de alto volume de veículos premium, cujas entregas já começaram a ser efetuadas, mostram que nossa estratégia e abordagem tecnológica estão no caminho certo. Os clientes confiam em nossos produtos e tecnologias a longo prazo”, comenta o CEO da ZF, Wolf-Henning Scheider. “No entanto, não podemos nos esquecer da situação econômica desafiadora que estamos enfrentando atualmente em nível global, o que coloca nossos resultados muito aquém de nossas metas à medida em que a crise do mercado automotivo piora”.
Os resultados da ZF foram prejudicados pelo segmento de automóveis, uma vez que o mercado de veículos comerciais pesados e os negócios industriais tenham ficado inicialmente estáveis. O crescimento das vendas da companhia desacelerou devido à venda mais baixa de automóveis em praticamente todos os principais mercados mundiais, principalmente na China.
Alia-se a isso a crise econômica global e fatores de política econômica como a incerteza com relação ao futuro do Brexit e questões tarifárias e comerciais como a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Outros fatores como efeitos cambiais e de fusões e aquisições também contribuíram para uma receita menor no primeiro semestre.
| Automotive Business (publicado em 08-08-2019) | | | | Segunda unidade é inaugurada em Campinas (SP); plano prevê 20 unidades e implementação do conceito em outras 110 revendas
A Fiat avança com o seu programa de concessionária digital no Brasil e inaugura a segunda unidade, desta vez em Campinas (SP). Lançado em novembro de 2018, o conceito foi apresentado por meio da primeira unidade do tipo, a Fiat Amazonas, localizada na região do Pacaembu, na cidade de São Paulo.
Além do espaço físico, significativamente menor, as principais diferenças da concessionária digital com relação a uma convencional também estão no visual, mas principalmente na experiência do cliente, que tem variadas formas de digitalização ao longo de toda a sua permanência no local.
No lugar de recepcionistas, um totem de autoatendimento para o qual o cliente se identifica com dados pessoais e recebe em troca um QRCode impresso ou via SMS no celular que será utilizado em outras etapas. Além disso, toda a arquitetura física e de informação permite o autoatendimento, incluindo mesas interativas onde é possível configurar todos os modelos da marca.
No entanto, a qualquer momento, o visitante poderá solicitar apoio de algum funcionário e o processo conta ainda com especialistas tanto de produto como de negociação. Também está à disposição do consumidor o bom e velho teste drive que será acompanhado de um especialista após a escolha do modelo.
“O sucesso da nossa primeira concessionária digital chamou a atenção de todos. Concessionários e clientes que conhecem de perto o projeto mais inovador dos últimos tempos do setor sempre elogiam a nova forma de abordagem. Dessa forma, assim como planejamos, seguimos expandindo o projeto”, explica o gerente-sênior de desenvolvimento de rede da FCA, João Paulo Toscano Filho.
Inicialmente, a Fiat prevê a inauguração de 20 concessionárias digitais e também pretende implantar o conceito em outras 110 concessionárias já existentes, perfazendo um total de 130 pontos de venda digitalizados.
| Automotive Business (publicado em 08-08-2019) | | | |
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