| 25 de mARÇO de 2020
Quarta-feira
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Em 25/03/2020
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Fonte: BACEN
| | | | | Edital de Inovação para a Indústria procura soluções que ajudem a prevenir, diagnosticar e tratar o coronavírus
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou mais uma chamada do Edital de Inovação para a Indústria. Nesta edição, a CNI busca propostas de soluções contra os problemas causados pelo covid-19 que tenham aplicação imediata e resultados em até 40 dias.
Serão investidos até R$ 2 milhões por projeto, totalizando R$ 10 milhões em todo o edital, para empresas que apresentarem inovações que ajudem a prevenir, diagnosticar e tratar o coronavírus.
Para fazer a coisa andar, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, enviou uma carta aos integrantes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que reúne CEOs de mais de 200 das maiores empresas com atuação no país.
“Neste momento, temos ciência de que há grandes desafios financeiros e operacionais em cada organização. Acreditamos, porém, que devemos manter nosso engajamento na busca de soluções que tenham impactos positivos na vida da população e na economia brasileira”, destaca Robson Andrade na carta enviada às lideranças empresariais.
| Revista Veja (publicado em 24-03-2020) | | | | | O Paraná deve ter 10 mil casos de Covid-19 no pico da epidemia, mas se prepara caso esse número chegue a 30 mil, afirmou hoje o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, em sessão da Assembleia Legislativa para explicar aos deputados os efeitos e medidas que estão sendo tomadas pelo Estado para conter a pandemia. “Para isso, contamos com 200 leitos de (Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) a mais para o caso da epidemia chegar a 40 dias. Se a situação ultrapassar esse período, temos condição de contratar até 600 novos leitos”, afirmou ele.
Dos 10 a 20 mil casos previstos para o Paraná, segundo os estudos do Ministério da Saúde, Beto Preto esclareceu que 85% devem ser leves. Dos 15% restantes, dois terços vão precisar de tratamento em enfermaria e um terço de internamentos. “Sãos esses 15% que nos preocupam e o nosso esforço é para atendê-los da melhor forma, evitando os casos de mortalidade entre os grupos de risco”, disse.
Liberação de recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza
O Governo do Paraná auxiliará 300 mil famílias em situação de vulnerabilidade social por cinco meses com R$ 300 milhões. Os recursos são do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Fecop) e vão ser distribuídos emergencialmente a famílias em situação de vulnerabilidade. O critério é a situação de alta vulnerabilidade social. O valor será de R$ 50/mês por integrante que tem direito ao beneficio, podendo chegar a um máximo de R$ 200 por família a cada mês (totalizando, portanto, R$ 1.000,00 por família)
Tarifa Social da Água e Esgoto
A Sanepar adiou, por 90 dias, a cobrança de contas de água e esgoto para os clientes cadastrados na Tarifa Social. A data inicial ainda será definida. Em 31 de dezembro de 2019, estavam cadastrados na categoria Tarifa Social 184 mil famílias, cujo valor da tarifa é de R$ 15,56 ao mês (água e esgoto) com consumo de até 5 metros cúbicos. Acima deste consumo é cobrado excedente por m³
Luz Fraterna
A Copel propôs mudanças no programa Luz Fraterna. O limite de consumo foi ampliado para 150 kWh por mês e as contas de luz de 217,5 mil famílias serão custeadas pelo Governo do Estado por 90 dias. Podem participar do Luz Fraterna famílias paranaenses com renda per capita de até meio salário mínimo inscritas na Tarifa Social Baixa Renda
Habitação
A Cohapar suspendeu a cobrança das parcelas dos mutuários por 90 dias e instituiu condições especiais de renegociação de débitos. As prestações vencidas durante o período de suspensão poderão ser quitadas a partir do primeiro dia útil posterior ao término, a qualquer momento, até o último dia útil que antecede a data de vencimento da última prestação contratada, sem imposição de multa ou juros. Cerca de 18 mil famílias serão beneficiadas com o adiamento, com impacto financeiro de R$ 3,8 milhões.
Merendas
Os alimentos adquiridos pelo Governo do Estado para compor a merenda escolar serão distribuídos para famílias de estudantes beneficiários do Bolsa Família. São cerca de 230 mil alunos inscritos no programa no Paraná. O Programa Leite das Crianças, que atinge 110 mil crianças entre 6 meses e 3 anos de idade e envolve 5 mil produtores rurais, também será mantid
Ampliação da agricultura familiar
O governador também determinou a ampliação da compra de alimentos da agricultura familiar, o que inclui pequenas associações e cooperativas. Serão 3 mil novas famílias cadastradas
| Bem Paraná ( publicado em 24-03-2020) | | | |
Copel anuncia que não haverá corte de luz de inadimplentes. Pacote do governo vai ajudar paranaenses
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou, ontem, um pacote social de R$ 400 milhões para ajudar famílias paranaenses mais vulneráveis a enfrentarem a pandemia do novo coronavírus. Entre as medidas estão auxílio financeiro para 300 mil famílias por cinco meses, novos limites de consumo nos programas sociais da Copel e da Sanepar, adiamento das parcelas dos programas de habitação da Cohapar e reforço na compra de insumos da agricultura familiar.
Também ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um pacote de medidas especiais em resposta à pandemia de coronavírus, incluindo a suspensão por 90 dias de cortes do serviço de eletricidade por inadimplência para consumidores residenciais e serviços essenciais.
Logo depois a Copel fez o mesmo anúncio, de que não haverá cortes de energia elétrica por falta de pagamento de unidades consumidoras residenciais, inclusive as de baixa renda, além de serviços e atividades consideradas essenciais, conforme a legislação, tais como hospitais e assistências médicas.
A medida vale para toda a área de concessão da Companhia e tem o objetivo de permitir que as pessoas afetadas economicamente pela crise trazida pela pandemia do coronavírus possam se organizar para realizar os pagamentos.
O governador afirmou que o pacote social é um conjunto de medidas que atende a necessidade daqueles que mais podem sofrer no curto prazo. Algumas iniciativas já estão sendo efetuadas, como a distribuição da merenda escolar para beneficiários do Bolsa Família. “É a área mais importante nesse momento. Muitas pessoas vão perder parte da renda ou a totalidade dela. Contabilizamos R$ 400 milhões para enfrentar o novo coronavírus nessa primeira etapa”, afirmou Ratinho Junior.
Com a recomendação de isolamento e a suspensão de atividades, muitos trabalhadores de baixa renda podem vir a ficar sem recursos para se manter, caso a crise do coronavírus se estenda pelos próximos meses.
O Governo do Estado fará um novo anúncio nesta semana com medidas de estímulo à atividade econômica. Ele ainda está sendo construído em parceria com o setor produtivo, o governo federal e as equipes técnicas da administração estadual. “Teremos um abalo econômico mundial. Nesse segundo estágio, vamos atender comerciantes, industriais, autônomos e microempreendedores”, complementou Ratinho Junior.
Confira as principais medidas do pacote do governo do Paraná
Liberação de recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza
O Governo do Paraná auxiliará 300 mil famílias em situação de vulnerabilidade social por cinco meses com R$ 300 milhões. Os recursos são do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Fecop) e vão ser distribuídos emergencialmente a famílias em situação de vulnerabilidade. O critério é a situação de alta vulnerabilidade social. O valor será de R$ 50/mês por integrante que tem direito ao beneficio, podendo chegar a um máximo de R$ 200 por família a cada mês (totalizando, portanto, R$ 1.000,00 por família)
Tarifa Social da Água e Esgoto
A Sanepar adiou, por 90 dias, a cobrança de contas de água e esgoto para os clientes cadastrados na Tarifa Social. A data inicial ainda será definida. Em 31 de dezembro de 2019, estavam cadastrados na categoria Tarifa Social 184 mil famílias, cujo valor da tarifa é de R$ 15,56 ao mês (água e esgoto) com consumo de até 5 metros cúbicos. Acima deste consumo é cobrado excedente por m³
Luz Fraterna
A Copel propôs mudanças no programa Luz Fraterna. O limite de consumo foi ampliado para 150 kWh por mês e as contas de luz de 217,5 mil famílias serão custeadas pelo Governo do Estado por 90 dias. Podem participar do Luz Fraterna famílias paranaenses com renda per capita de até meio salário mínimo inscritas na Tarifa Social Baixa Renda
Habitação
A Cohapar suspendeu a cobrança das parcelas dos mutuários por 90 dias e instituiu condições especiais de renegociação de débitos. As prestações vencidas durante o período de suspensão poderão ser quitadas a partir do primeiro dia útil posterior ao término, a qualquer momento, até o último dia útil que antecede a data de vencimento da última prestação contratada, sem imposição de multa ou juros. Cerca de 18 mil famílias serão beneficiadas com o adiamento, com impacto financeiro de R$ 3,8 milhões.
Merendas
Os alimentos adquiridos pelo Governo do Estado para compor a merenda escolar serão distribuídos para famílias de estudantes beneficiários do Bolsa Família. São cerca de 230 mil alunos inscritos no programa no Paraná. O Programa Leite das Crianças, que atinge 110 mil crianças entre 6 meses e 3 anos de idade e envolve 5 mil produtores rurais, também será mantido
Ampliação da agricultura familiar
O governador também determinou a ampliação da compra de alimentos da agricultura familiar, o que inclui pequenas associações e cooperativas. Serão 3 mil novas famílias cadastradas
| Bem Paraná (publicado em 24-03-2020) | | | | OMS reforça a necessidade de aumentar os testes em casos suspeitos e pede a manutenção do isolamento social e da quarentena nos países.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta quarta-feira (25) um plano humanitário para apoiar países mais vulneráveis à pandemia de coronavírus e voltou a reforçar a importância de o mundo adotar medidas de quarentena e isolamento social para conter a transmissão do vírus, que tem se acelerado nas últimas duas semanas.
Pelo Twitter, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lançou o Plano Global de Resposta Humanitária e pediu a cooperação de todos os países. "Imploro aos líderes que se unam e prestem atenção a esse apelo."
Formado por seis pontos, o plano global orienta o aumento dos testes de coronavírus a todos os suspeitos, reforça o isolamento social de toda a comunidade e o cancelamento de eventos de massa e de viagens internacionais.
"Nossa mensagem para todos os países é clara: preste atenção neste aviso agora, apoie este plano politicamente e financeiramente hoje e podemos salvar vidas e retardar a propagação da pandemia da Covid-19", escreveu Tedros no Twitter.
O plano global publicado nesta quarta também ressalta a necessidade de os países protegerem os "grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com condições de saúde subjacentes" e os profissionais de saúde que estão trabalhando na linha de frente, além de priorizarem "o tratamento daqueles com maior risco de doença grave."
"A História nos julgará pelo modo como respondemos às comunidades mais pobres na hora mais sombria", complementou Tedros.
Covid-19: líderes mundiais adotam isolamento social seguindo orientações da OMS
O lançamento do plano humanitário e o pedido de cooperação dos líderes internacionais pela OMS se deu um dia após o presidente Donald Trump afirmar na terça-feira (24) que a Páscoa deve ser prazo para os americanos voltarem à normalidade.
“Podemos nos distanciar socialmente e ir trabalhar”, disse Trump, informando que as restrições de circulação de pessoas nos Estados Unidos devem cair até dia 12 de abril.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez pronunciamento nacional para criticar as medidas de isolamento e quarentena tomadas por governos estaduais no combate ao coronavírus.
Tanto os pronunciamentos de Trump quanto Bolsonaro causaram reação ao redor do mundo.
| G1 | | | | O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,10% na terceira quadrissemana de março, desacelerando levemente em relação à alta de 0,12% verificada na segunda quadrissemana deste mês, segundo dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No período, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe perderam força ou ampliaram deflação. Foi o caso de Habitação (de 0,14% na segunda quadrissemana de março para 0,05% na terceira quadrissemana), Despesas Pessoais (de -0,10% para -0,39%), Vestuário (de 0,16% para 0,13%) e Educação (de 0,08% para 0,03%).
Por outro lado, os demais itens aceleraram: Alimentação (de 0,29% para 0,49%), Transportes (de -0,03% para 0,03%) e Saúde (de 0,10% para 0,13%).
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na terceira quadrissemana de março:
- Habitação: 0,05%
- Alimentação: 0,49%
- Transportes: 0,03%
- Despesas Pessoais: -0,39%
- Saúde: 0,13%
- Vestuário: 0,13%
- Educação: 0,03%
- Índice Geral: 0,10%
| Bem Paraná | | | | Preços da passagens aéreas, atingidos pela pandemia do coronavírus, caíram 16,88% e puxaram a queda da prévia da inflação.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou em 0,02% em março, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, o indicador – que é considerado uma prévia da inflação oficial – havia ficado em 0,22%; em março de 2019, em 0,54%.
O recuo do IPCA-15 foi puxado pela queda de 16,88% no preço das passagens aéreas, setor que tem sido especialmente impactado pela pandemia do coronavírus, com cancelamentos generalizados de voos e paralisação de operações. O item contribuiu com -0,11 ponto percentual no indicador.
Com o resultado, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado trimestralmente) ficou em 0,95%. Em 12 meses, o índice alcançou 3,67%, abaixo dos 4,21% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Transportes
Entre os grupos de despesas, os transportes exerceram a maior influência de queda sobre o IPCA-15, com deflação de 0,8%. Além das passagens aéreas (que recuaram pelo terceiro mês seguido), também tiveram quedas os preços de:
gasolina (-1,18%)
etanol (-1,06%)
óleo diesel (-1,95%)
gás veicular (-0,89%)
Outros grupos de despesas
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram deflação em março. Já no lado das altas, a maior contribuição veio do grupo saúde e cuidados pessoais, refletindo altas nos itens de higiene pessoal (2,36%).
O grupo alimentação e bebidas (0,35%) também apresentou alta em março, após queda de 0,10% no mês anterior. A alimentação no domicílio, que havia registrado queda em fevereiro (-0,32%), subiu 0,49% em março. Já a alimentação fora do domicílio (0,03%), observou-se desaceleração na comparação com o mês anterior (0,38%).
Veja as variações:
Alimentação e Bebidas:0,35%
Habitação: -0,28%
Artigos de Residência: -0,05%
Vestuário: -0,22%
Transportes: -0,80%
Saúde e Cuidados Pessoais: 0,84%
Despesas Pessoais: 0,03%
Educação: 0,61%
Comunicação: 0,33%
| G1 | | | | No mês passado, despesas recuaram 32,3%, para US$ 881 milhões, segundo o Banco Central. Dólar subiu 4,57% em fevereiro, para R$ 4,48, na maior alta para o mês desde 2015.
Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 881 milhões em fevereiro, informou nesta quarta-feira (25) o Banco Central.
Esse foi o menor valor para este mês em quatro anos e foi registrado em meio à disparada do dólar e à escalada das tensões acerca do novo coronavírus (Covid-19).
Na comparação com fevereiro de 2019, quando as despesas no exterior totalizaram US$ 1,302 bilhão, a queda foi de 32,3%.
No primeiro bimestre deste ano, as despesas de brasileiros em outros países somaram US$ 2,319 bilhões, com queda de 22,5% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 2,991 bilhões). Foi o menor valor desde 2016 (US$ 1,680 bilhão).
Em fevereiro, o dólar subiu 4,57%, no que foi a maior alta para o mês desde 2015. No primeiro bimestre, o avanço foi de 11,75%.
A moeda norte-americana fechou aquele fevereiro em R$ 4,4809 (recorde de fechamento nominal, sem considerar a inflação), impulsionada pela disseminação do coronavírus para fora da China e pelo aumento a preocupação de uma recessão econômica global.
Com a alta do dólar, as viagens de brasileiros ao exterior ficam mais caras. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira. O papel moeda também fica mais oneroso.
Além da disparada da moeda norte-americana, em fevereiro as notícias em torno do novo coronavírus começaram a aparecer com mais intensidade. No fim de fevereiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para "muito alto" o risco mundial da epidemia de Covid-19, depois reclassificado como pandemia.
Gastos de estrangeiros no Brasil
De acordo com dados do BC, o mês também registrou queda dos gastos de estrangeiros no Brasil. Em fevereiro deste ano, os estrangeiros gastaram US$ 478 milhões no Brasil, com queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2019 (US$ 542 milhões).
Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.
| G1 | | | | O Grupo Mafra anunciou uma parceria com o Hospital das Clínicas de São Paulo para o abastecimento emergencial de 50 mil máscaras N95, sendo que 5 mil serão doadas "em caráter emergencial", segundo a companhia.
O material será fornecido pelo GVS, maior distribuidora de insumos hospitalares do Brasil. O valor cobrado será usado somente para cobrir os custos logísticos. A partir de maio o abastecimento será mensal, tanto das máscaras quanto de outros materiais usados no combate ao coronavírus.
Entre os insumos produzidos e distribuídos pela Mafra estão álcool gel, aventais, luvas, cateteres e algodão. A companhia afirma que está em contato com as prefeituras de Pouso Alegre (MG), São Sebastião do Paraíso (MG), Blumenau (SC) e Indaial (SC) para que a produção seja mantida e não haja risco de desabastecimento. A empresa também vai investir R$ 5 milhões para aumentar sua frota veicular e investir no aumento de capacidade das suas fábricas da Cremer.
| Bem Paraná (publicado em 24-03-2020) | | | | A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (24) um pacote de medidas especiais em resposta à pandemia de coronavírus, incluindo a suspensão por 90 dias de cortes do serviço de eletricidade por inadimplência para consumidores residenciais e serviços essenciais.
As medidas, aprovadas em reunião extraordinária de diretoria do regulador realizada por meio de videoconferência, incluem também a flexibilização pelo mesmo prazo de algumas obrigações das distribuidoras de energia, como de atendimento presencial a clientes e entrega de faturas a domicílio.
O diretor-geral da agência, André Pepitone, disse que ainda haverá uma avaliação à parte, em discussão junto ao governo, de medidas adicionais em benefício de consumidores de baixa renda.
"Nos foi demandado que se avaliasse a possibilidade de haver um suporte maior ao (consumidor de) baixa renda, e isso vai ser tratado nos canais de governo, com o Ministério de Minas e Energia e da Economia, com coordenação da Casa Civil", afirmou.
| Bem Paraná (publicado em 24-03-2020) | | | | A menor circulação de pessoas na cidade causada pela pandemia do novo coronavírus fez a Urbs (Urbanização de Curitiba S/A) alterar a tabela do sistema de transporte coletivo da capital, que registra uma queda de 76% no número de passageiros desde 10 de março. São 577 mil passageiros a menos por dia.
O sistema passará a funcionar – nos dias de semana e a partir desta quarta-feira (25/3) – com a tabela de sábado, cujo escalonamento representa uma capacidade de transporte de 895 mil pessoas por dia.
Segundo o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, isso representa cinco vezes o número de usuários dos ônibus que estão circulando atualmente.
Na segunda-feira (23/3), por exemplo, foram transportados 179 mil passageiros. No último dia 10 de março, o movimento havia sido de 756.167 passageiros. Nos fins de semana, a escala será a de domingo.
“Todas as linhas continuam em funcionamento, e os ônibus vão operar com folga. As pessoas poderão se manter a uma boa distância uma das outras dentro dos veículos”, explica Maia Neto.
“A alteração é necessária uma vez que houve fechamento generalizado de escolas, faculdades, comércio e serviços, além de cortes nas linhas metropolitanas pela Comec.”
Prontidão
Como medida preventiva a qualquer mudança de cenário, a Urbs vai manter uma frota reserva de prontidão, capacitada a entrar rapidamente em funcionamento caso seja detectado movimento atípico em alguma linha.
“O monitoramento é permanente”, diz Maia Neto. “O transporte público é essencial para as pessoas que continuam trabalhando, a maioria delas em serviços também essenciais, como os profissionais de saúde.”
O sistema de transporte de Curitiba é composto por cerca de 1.250 ônibus e conta atualmente com 254 linhas urbanas.
| Bem Paraná (publicado em 24-03-2020) | | | | Equipe articula com Congresso para reduzir a despesa diante de crise
O governo articula com o Congresso a aprovação de um projeto com novas regras para o BPC (benefício pago a idosos e deficientes carentes) com medidas de proteção aos vulneráveis diante da crise do coronavírus.
Entre as iniciativas, está a proposta do governo de dar R$ 200 mensais a trabalhadores informais prejudicados pela queda da atividade econômica.
Esse auxílio emergencial poderá ser prolongado e durar mais do que três meses.
O time do ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), buscam um acordo para tentar aprovar esse pacote no plenário da Câmara nesta semana.
A ideia é aproveitar um substitutivo ao projeto de lei do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) que altera os critérios para que uma pessoa tenha direito ao BPC.
Paulo Guedes (Economia) e Jair Bolsonaro durante pronunciamento no Palácio do Planalto - Adriano Machado - 18.mar.2020/Reuters
A esse texto seria incorporada parte das medidas emergenciais para aliviar o impacto da crise do coronavírus na economia. O texto foi costurado a várias mãos.
O governo está preocupado com a conta a ser paga pela ampliação do BPC, promulgada nesta terça-feira (24) pelo Congresso, cujo custo é estimado em R$ 20 bilhões por ano.
Segundo congressistas, com o acordo tentado pelo governo para novas regras do BPC, essa despesa anual extra pode cair para R$ 5 bilhões.
Há duas semanas, o Congresso derrubou um veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Agora, o BPC deverá ser pago a famílias com renda de até meio salário mínimo (R$ 522,50 mensais) por integrante.
Antes, o teto era de um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 261,25 por membro da família, em valores atuais.
O Ministério da Economia defende que o critério seja um quarto do salário mínimo, mas, se a pessoa comprovar ser vulnerável, poderá receber o BPC mesmo com renda familiar per capita de meio salário mínimo.
Esse critério, de acordo com as negociações, analisaria o grau de deficiência e de perda de autonomia do idoso, além dos gastos familiares com tratamento médico e remédios.
O governo, portanto, quer resolver esse impasse sobre o aumento de despesas do BPC na mesma votação de medidas emergenciais como parte do plano de combate aos efeitos do novo coronavírus na economia.
Já anunciado por Guedes, o benefício temporário, no valor de R$ 200 por mês, deverá entrar no projeto a ser votado nesta quarta. Uma minuta do projeto previa a inclusão da medida.
O único impasse no acordo que governo e Congresso tentam costurar é o fato de que parlamentares querem elevar esse valor.
O texto prevê as regras para que um trabalhador informal, autônomo ou microempreendedor individual possa pedir a ajuda.
A equipe do ministro apresentou, na semana passada, uma estimativa de gasto com esse benefício por três meses.
Mas, nas negociações com o Congresso, o período de pagamento do auxílio poderá ser estendido para até o fim do estado de calamidade pública em razão do novo coronavírus.
Uma das regras em discussão proíbe que mais de duas pessoas da mesma família recebam o benefício temporário e impede que famílias com patrimônio acima de R$ 300 mil (excluindo a residência) possam receber a ajuda durante a crise.
Congressistas tanto da oposição como do chamado centrão —que reúne PP, PSD, Solidariedade, Republicanos e DEM— querem elevar o valor do auxílio emergencial para meio salário mínimo: R$ 522,50. Isso ainda está em negociação.
O objetivo é garantir que famílias formadas por duas pessoas consigam uma renda de pelo menos um salário mínimo inteiro.
Deputados conversaram com Maia na noite desta terça para tentar resolver o impasse. O governo resistia a ceder ao pedido.
Mas, se o texto de fato mantiver a concessão do valor aos informais, a tendência é que o valor seja elevado pelos congressistas na hora da votação.
O projeto que irá à votação na Câmara poderá prever ainda uma antecipação de um salário mínimo (R$ 1.045) a quem solicitar auxílio-doença ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) durante a crise da Covid-19.
A ideia é que o segurado não precise esperar a perícia para começar a receber o auxílio-doença. Basta apresentar atestado médico para que a antecipação do benefício seja concedida.
Ainda será exigida a carência de contribuições ao INSS para poder receber o dinheiro.
A medida é semelhante à antecipação do BPC.
O governo quer liberar de forma imediata R$ 200 a deficientes que aguardam na fila de espera do INSS.
Essa ação já foi anunciada no pacote de Guedes e também deverá ser incluída no projeto de Barbosa para acelerar a votação das ações emergenciais.
| Folha de S.Paulo | | | | Presidente desdenhou da gravidade do coronavírus e criticou fechamento de escolas e do comércio
A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) reagiu com preocupação ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite de quarta (24). Bolsonaro criticou o isolamento e quarentena promovidos pelos estados na tentativa de conter a expansão das infecções por coronavírus.
Após ataques do presidente a governadores, à imprensa e medidas adotadas por ao menos uma centena de países, a SBI apontou que é "temerário" associar as mortes de idosos na Itália ao clima frio.
"Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a COVID-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade. [...] A pandemia é grave, pois até hoje já foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos, sendo 46 no Brasil", diz comunicado.
A organização, entretanto, elogia o trabalho do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, " cujas ações têm sido de grande gestor na mais grave epidemia que o Brasil já enfrentou em sua história recente".
Apesar de demonstrar preocupação com a situação econômica do país, a SBI ressalta que o isolamento social é fundamental para conter a disseminação do vírus.
"As medidas de maior ou menor restrição social vão depender da evolução da epidemia no Brasil e, nas próximas semanas, poderemos ter diferentes medidas para regiões que apresentem fases distantes da sua disseminação."
A recomendação final da SBI é a que tem se disseminado pelo país e pelo mundo: fique em casa.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia disse, em nota divulgada nesta quarta (25), que ações que abrandem o isolamento social serão "extremamente" prejudiciais para o combate ao coronavírus. "Salientamos que a maioria dos países adotam a mesma estratégia de contenção, apresentando sucesso. Seremos militantes do nosso posicionamento para o bem dos idosos e da população brasileira", diz o texto.
| Folha de S.Paulo | | | | Bancos e consultorias voltaram a revisar para baixo as projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e parte dos analistas já dá como certa uma retração da atividade, o que não ocorre desde 2016.
A economia brasileira caminha para uma recessão neste ano. Com o impacto do coronavírus, bancos e consultorias voltaram a revisar para baixo as projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e parte dos analistas dá como certa uma retração da atividade, o que não ocorre desde 2016. Para a maioria deles, a dúvida já é de qual vai ser o tamanho da queda.
O avanço do coronavírus tem provocado uma paradeira na economia global e nacional. Parte da população está isolada em casa, o varejo baixou as portas para ajudar a conter a propagação do vírus, e fábricas tiveram de interromper ou reduzir a produção. Na ponta, o resultado dessa combinação perversa são as demissões anunciadas pelas empresas, o que vai piorar o quadro do emprego no país.
A última vez que o mundo sentiu um impacto tão grande foi na crise financeira de 2008. No Brasil, a doença chegou num momento muito ruim. Os últimos números da economia no ano passado já apontavam para uma perda de ritmo. Antes de o surto se propagar, as projeções para o desempenho do PIB neste ano já estavam sendo reduzidas, já próximas a uma expansão de 1,5%.
"A crise global de 2008 era uma crise financeira e chegou, inicialmente, de uma maneira indireta no dia a dia do Brasil", diz o economista-chefe do banco BNP para o Brasil, Gustavo Arruda. "Agora, é uma crise com impacto direto na atividade."
Na leitura dos analistas, o estrago maior na economia brasileira deverá ser observado no segundo trimestre, quando os efeitos da paralisação da economia serão sentidos de forma mais intensa. "Parece que o efeito maior da crise se dará, de fato, no segundo trimestre, em que o contágio atingirá seu pico", escreveu em relatório o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale.
Nas projeções da MB Associados, a atividade econômica deve recuar 0,3% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com os últimos três meses do ano passado. No segundo trimestre, o tombo deve ser de 6,5%.
Tamanho do tombo
Por ora, tem sido difícil apontar qual será o real tamanho da recessão esperada para este ano. A única certeza é de que houve uma deterioração acentuada da economia nos últimos dias. A dificuldade de se dá porque é impossível saber qual será a duração do isolamento social no país.
Um exercício da consultoria Tendências deixou bem claro como o PIB pode variar neste ano a depender dos dias de isolamento. O cenário-base da consultoria é de uma retração da atividade econômica de 1,4%, num quadro em que 22 dias úteis serão perdidos com a paralisação.
Num cenário otimista, com apenas nove dias úteis desperdiçados, o Brasil ainda poderá crescer 0,2%. Num quadro pessimista, com 32 dias úteis comprometidos, o PIB deve despencar 3,3%.
"No último trimestre, já houve uma frustração, a economia cresceu menos do que o esperado", afirmou a economista e sócia da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro. "Antes do coronavírus, já havia essa frustração. Agora, o crescimento vai ser mais fraco do que se imaginava."
Na semana passada, o Itaú também fez um exercício parecido, de como o resultado da economia pode variar, a depender do impacto do coronavírus. O banco estima que o PIB deve recuar 0,7% neste ano, levando em conta que o Brasil tenha um bloqueio equivalente a 75% do chinês.
Se o impacto for equivalente a 100% do bloqueio chinês, a queda do PIB brasileiro será de 1,6%. Num cenário mais positivo, em que o choque é de apenas 50% do observado na China, o Brasil ainda poderá colher um crescimento de 0,2%. "É uma crise que parece ser temporária. O produto cai muito e depois volta para o patamar em que deveria estar", disse o economista-chefe do banco Itaú, Mario Mesquita.
O banco estima que o PIB do segundo trimestre deve recuar 9,6% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, com uma recuperação de 11,9% no período de julho a setembro.
Piora do mercado de trabalho
A volta da recessão no Brasil – a última foi em 2016 – também vai marcar uma reversão no mercado de trabalho. Os números do emprego até mostravam uma tímida melhora, mas os analistas já voltaram a projetar uma piora do quadro.
O banco UBS, por exemplo, estima que a taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve encerrar o ano em 12,5%, nos dados dessazonalizados. Em janeiro, a desocupação ficou em 11,2%, com 11,9 milhões desempregadas.
"O desemprego encerrou o ano passado melhorando, mas este ano deve terminar com uma piora, subindo", afirmou Fabio Ramos, economista do UBS Brasil.
O quadro de trabalho também traz preocupações porque uma parcela importante da força de trabalhado está na informalidade – eram 38,3 milhões de trabalhadores em janeiro. Esse contingente deve sofrer com um impacto na renda diante da paralisação de toda a economia.
"Certamente o mercado de trabalho vai piorar, sobretudo quando a gente pensa em ocupação. A nossa projeção era de um crescimento de 1,6% da ocupação neste ano, mas vamos rever este número para baixo", disse Alessandra, da Tendências.
Medidas do governo
A equipe econômica tem anunciado uma série medidas para tentar mitigar os efeitos da pandemia do coronavírus na atividade econômica. O Banco Central reduziu novamente a taxa básica de juros e já disponibilizou R$ 1,2 trilhão para o sistema bancário tentar manter o mercado de crédito funcionando.
O governo também propôs um auxílio mensal de R$ 200 para trabalhadores autônomos. Com o aumento de gastos para combater o coronavírus, o rombo do governo também deverá ser maior.
A MB Associados estima que o déficit vai dobrar neste ano em relação ao previsto inicialmente: vai passar de R$ 103 bilhões para R$ 206 bilhões. Nesse ritmo, a dívida bruta do governo vai avançar de 76,9% do PIB para 80,8% do PIB.
"Tudo que poderá ser feito, de qualquer maneira, não conseguirá impedir a queda contratada do PIB este ano", afirmou Vale.
| G1 | | | | Setor espera socorro do governo federal; alguns estabelecimentos fazem acordos para reduzir salários
No primeiro dia de quarentena obrigatória no estado de São Paulo, donos de bares e restaurantes ainda viviam a expectativa de que governo federal apresente alguma medida de socorro que possa evitar ou reduzir as chances de fechamentos e demissões.
Há relatos de dispensas em pequenos negócios. Restaurantes, bares, lanchonetes e padarias só pode funcionar para entregas, sejam elas no modelo delivery ou para o cliente buscar no local.
O sindicato que representa os trabalhadores do setor, o Sinthoresp, diz que já na segunda-feira (23) pelo menos 50 funcionários do restaurante Macaxeira foram demitidos. Desses, 32 chegaram a assinar termos de rescisão; os outros aguardam a tentativa de negociação do sindicato. O proprietário não foi localizado.
Percival Maricato, presidente da Abrasel-SP (Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo), diz que, sem medidas de apoio, 30 mil bares e restaurantes correm o risco de fechar até o fim desta semana, levando embora cerca de 180 mil empregos.
O dirigente está pedindo que os associados esperem antes de tomar decisões mais radicais, como fechar definitivamente. Nesta terça-feira (24), primeiro dia da quarentena de 15 dias determinada pelo governador João Doria (PSDB), enviou aos restaurantes orientações sobre as possibilidades previstas na medida provisória 927, publicada em edição extra do Diário Oficial da União no domingo (22).
Algumas das regras da MP, que já estão valendo, constavam da lista de reivindicações encaminhadas pelas associações do setor, como Abrasel e ANR (Associação Nacional de Restaurantes), ao governo federal. A concessão de férias individuais e coletivas e o uso de banco de horas, por exemplo, ficaram mais fáceis.
A suspensão do contrato de trabalho, que acabou revogada na noite de segunda-feira, não agradou o presidente da Abrasel-SP. "Para nós, não era uma medida razoável porque não explicava como os funcionários sobreviveriam no período", diz. "A maioria dos donos de restaurantes, principalmente os menores, têm uma relação muito próximo dos funcionários", firma o dirigente.
Enquanto o governo não divulga novas medidas –na segunda, o secretário de Trabalho e Previdência, Bruno Bianco, garantiu que nova MP será publicada–, o Sinthoresp, sindicato dos trabalhadores, negociou uma alteração na convenção da categoria. "Antecipamos a decisão porque o governo quer excluir o sindicato", diz o secretário-geral Rubens Silva.
As situações previstas são a concessão de férias sem a necessidade de comunicação previa, a possibilidade de reduzir salários em até 25% durante o estado de calamidade pública e a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses, durante os quais deve haver o pagamento de metade do valor do salário.
Entre os pedidos dos restaurante há também o de financiamento de impostos devidos e dos gerados a partir de março e criação de linhas de crédito especiais para o período de recuperação das empresa.
Aos governos estaduais, as associações pedem também mais tempo para pagar ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). Sem apoio, Maricato, da Abrasel, considera inviável a atividade para muitos restaurantes.
O La Casserole, tradicional restaurante francês no Largo do Aurouche, região central de São Paulo, optou por fehcar as portas durante a quarentena. No sábado (21), após o almoço, todos os funcionários, do salão e de setores administrativos, foram dispensados.
O cálculo, diz o proprietário Leo Henry, foi de que manter a operação para atender o delivery não seria vantajoso e não cobriria os custos. Além disso, exigiria que os funcionários continuassem se deslocando, ficando expostos em um momento crítico.
Para evitar cortes, o restaurante optou pela suspensão dos contratos de trabalho e a manutenção de 50% do valor dos salários. A casa emprega 35 pessoas.
O empresário espera que haja algum tipo de assistência do governo para os salários. "Três, quatro meses nessa situação é insustentável para os restaurantes, mas também para os funcionários", diz.
Apesar das situações adversas e da insegurança no momento, há quem vá em direção oposta. Sylvio Lazzarini, do Varanda Grill, calcula que cerca de 80% dos seus 320 funcionários estejam em férias coletivas. Os demais estão trabalhando na cozinha e no atendimento a pedidos.
Além das encomendas feitas por meio de um aplicativo de entregas, a rede deu início, na semana passada, a um serviço próprio, atendendo as regiões dos Jardins e da avenida Faria Lima, as duas na zona oeste da capital paulista.
Para dar fluxo a esse atendimento, Lazzarini relata ter colocado sete funcionários. Originalmente contratados como garçons, esse funcionários conseguiram seguir na ativa porque têm motocicletas.
"Eles estão trabalhando com entregas e ficam com a taxa de entrega e mais a gorjeta".
Na semana passada, quando já havia recomendação para que os restaurantes reduzissem o número de mesas e restrições maiores começavam a ser discutidas, Lazzarini determinou a efetivação de cinco funcionários cujo período de experiência chegava ao fim.
"Eu sei que o momento é muito difícil, também tenho contas para pagar, certo?", afirma o empresário, que espera prazos melhores para o pagamento de dívidas e repactuação nos prazos para impostos.
| Folha de S.Paulo | | | | 'Jabuti' na MP 899 amplia poder de CNI, Febraban, CNC, entre outras, no Carf, o tribunal do Fisco
Em meio à pandemia do coronavírus, o Congresso acaba de aprovar um “jabuti” na MP 899/19 que determina que os julgamentos que terminarem “empatados” no Carf passam a ser considerados favoráveis aos contribuintes. Ou seja, extinguiu-se o voto de qualidade e, agora, bastará tão somente que os conselheiros dos contribuintes votem em bloco contra uma cobrança de impostos para que as empresas saiam vencedoras e o Fisco derrotado nos processos administrativos. Os conselheiros dos contribuintes são indicados exclusivamente por entidades representativas do setor privado (Febraban, CNI, CNC, etc.).
Diferentemente dos Tribunais, que costumam ter composição ímpar, o Carf tem composição paritária, entre Fisco e contribuintes, o que torna o empate uma possibilidade recorrente. Diante dessa característica, o voto de qualidade visa apenas assegurar que, no caso de não se formar maioria, a definição quanto à aplicação da lei tributária caberá a um representante da Administração —quer a opinião desse agente seja favorável ao Fisco, quer seja favorável ao contribuinte. Afinal, trata-se de um Processo Administrativo Fiscal.
A nova regra inserida na MP é calamitosa pelo simples fato de que, a partir dela, quem determinará como a lei tributária deve ser interpretada no Brasil serão agentes indicados exclusivamente pelo setor privado, pelo empresariado.
A medida transfere, de agentes do Fisco brasileiro para agentes indicados pelas empresas que são autuadas, a palavra final sobre a aplicação da lei tributária. Trata-se de situação sem paralelo em qualquer país do mundo. Aliás, sequer a participação paritária de representantes do setor privado em julgamentos fiscais é observada mundo afora. O Brasil já era singular nesse aspecto.
Agora, o parlamento foi além e assegurou ao poder econômico não apenas o assento nos julgamentos, mas também a decisão, em caráter definitivo, sobre qual interpretação o Poder Público deve adotar acerca das leis tributárias.
Ao permitir que os representantes dos setores financeiro, industrial, comercial e do agronegócio, determinem como a União deve aplicar a lei, sem obter o voto favorável de um representante da Administração sequer, o infeliz texto aprovado rompe com qualquer lógica de um sistema de julgamento que se pretende “administrativo”: representantes das confederações de empresas, ainda que contrários a todas as manifestações da Administração Tributária, terão o poder de decidir quanto as empresas deverão pagar em tributos.
Este modelo surreal causará um baque fulminante no combate à sonegação sofisticada no Brasil, na contramão de todos os países desenvolvidos, que têm adotado medidas concretas contra a erosão de base tributável e contra os planejamentos tributários abusivos (vide projeto BEPS da OCDE).
Os casos decididos pelo voto de qualidade no Carf se referem, principalmente, a planejamentos tributários complexos, elaborados por grandes grupos econômicos —o pequeno contribuinte, cujas causas não são tão complexas, geralmente ganha ou perde por maioria ou unanimidade.
Apenas para se ter uma ideia do possível impacto nas contas públicas, o crédito tributário mantido pelo voto de qualidade no Carf em 2019 alcançou pelo menos R$ 27 bilhões, considerando apenas os grandes julgamentos ocorridos na Câmara Superior. Em 2018 foram cerca de R$ 17 bilhões e em 2017 foram R$ 28 bilhões.
O impacto potencial se assemelha àquele recentemente imposto pela ampliação do BPC aos idosos vulneráveis, fortemente combatido pelo governo. A coerência e a moralidade impõem que a mesma reação seja adotada agora, contra esta inovação que beneficia sobretudo os grandes contribuintes.
Rodrigo de Macedo e Burgos - Procurador da Fazenda Nacional e especialista em direito tributário
| Folha de S.Paulo | | | |
Segundo associação, segmento fabrica embalagens de remédios, material hospitalar e outros
Receita Milton Rego, da Abal (Associação Brasileira da Indústria de Alumínio), encaminhou um comunicado a prefeituras, estados e governo federal alertando que o setor não pode ser barrado por medidas de restrição.
Metal Segundo ele, o segmento produz embalagens de remédios, material hospitalar, estruturas usadas para erguer hospitais de campanha, sais de alumínio para vacinas, e outros itens essenciais no combate ao coronavírus.
| Folha de S.Paulo | | | | Volume em janeiro teve alta de 0,6% em relação ao mês anterior
O setor de serviços do Brasil voltou a apresentar ganhos em janeiro após dois meses de perdas, iniciando o ano com o melhor resultado para o mês em três anos, um resultado positivo que deve ficar para trás devido ao surto de coronavírus.
O volume de serviços em janeiro teve alta de 0,6% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta-feira (25).
O resultado vem após perdas de 0,5% e 0,1% em dezembro e novembro, respectivamente, e ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da agência Reuters de ganho de 0,5%.
Em relação a janeiro de 2019, houve alta de 1,8%, contra expectativa de ganho de 1,6%.
Mesmo com os tropeços no final do ano, o setor de serviços brasileiro terminou 2019 com crescimento, mas agora enfrenta as incertezas relacionadas ao surto de coronavírus no país, cujas consequências tendem a aparecer nas próximas divulgações com o fechamento de empresas para manter seus funcionários em quarentena.
"O setor ensaiava um recuperação que não vai acontecer com a pandemia de coronavírus", alertou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
"Os setores que serão mais afetados na pesquisa são os de prestação de serviços às famílias (como hotéis, bares, restaurantes e hospedagem) e transporte de cargas, frete e aéreas. Ambos pesam cerca 40% (no cálculo da pesquisa)", completou, destacando ainda o impacto sobre a indústria cinematográfica com fechamento de cinemas e sobre o serviço de locação de automóveis.
"Ou seja, serão impactos significativos", resumiu Lobo.
Quatro das cinco atividades tiveram crescimento ente dezembro e janeiro, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que avançou 2,8%. O resultado recupera a perda acumulada nos dois últimos meses de 2019.
"O setor de transporte foi impulsionado pelos transportes ferroviários e rodoviários de carga", disse Lobo, destacando que o transporte de carga sofre influência do setor industrial, que cresceu 0,9% em janeiro.
Também apresentaram ganhos outros serviços (1,2%), serviços prestados às famílias (0,7%), e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).
O único resultado negativo foi registrado por serviços de informação e comunicação, com queda de 0,9% no mês.
O setor de serviços tem o maior peso no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, de 73,9%, conforme dados das contas nacionais referentes a 2019.
| Folha de S.Paulo | | | | Fábricas que pararam por falta de suprimentos, como as de LG e Samsung, retomam à atividade
Indústrias brasileiras que dependem de insumos e componentes da China já sentem os primeiros sinais de recuperação da atividade no país asiático. Nesta quinta-feira, pela primeira vez, não houve um caso sequer de transmissão doméstica do novo coronavírus na China, país que foi o primeiro afetado pela doença.
Também na indústria, a atividade começa a voltar ao normal no país. Empresas de máquinas, eletrônicos e farmacêuticas consultadas pelo GLOBO confirmaram a retomada dos embarques que neste momento vem sendo feita com produtos que já estavam em estoque antes do recesso de Ano Novo chinês.
— Meu primeiro embarque desde a paralisação em janeiro saiu no dia 9 de março — diz Bin Lam, CEO do Grupo Lanmax-Cavemac, empresa de máquinas e acessórios para a indústria de confecções e automotiva. — Até abril terei produto chegando, dessa leva que estava em estoque. Maio devo ter alguma quebra de cadeia, mas a partir de junho, volta ao normal. Hoje ainda tem muito produto pronto (nas fábricas chinesas) faltando embalagem ou algum outro insumo.
Chinesa radicada no Brasil, Bin conta que os fornecedores voltaram a ligar para pegar pedidos há cerca de dez dias. Mas a retomada é lenta e gradual. Antes da crise, o prazo entre o pedido e o embarque era de um mês. Hoje está levando de 50 a 60 dias.
Pagamento antecipado
E se antes os chineses davam crédito aos clientes, hoje exigem pagamento antecipado.
Dados divulgados na segunda-feira pela Agência Nacional de Estatísticas chinesa mostram que as medidas drásticas para conter o vírus levaram a uma queda de 13,5% na produção industrial no país asiático nos dois primeiros meses do ano, na comparação com janeiro e fevereiro de 2019.
O governo Chinês mantém a meta de crescimento de 6% para o ano, mas o mercado já trabalha com números bem menores. Após a divulgação dos dados da produção industrial, economistas do Goldman Sachs reduziram a previsão para o crescimento do PIB chinês em 2020 para 3%.
Com o pico da pandemia ficando para trás, as fábricas estão gradualmente retomando a produção.
A fabricante de eletrônicos Foxconn — um dos principais fornecedores da Apple — anunciou que até o fim de mês voltará a sua capacidade máxima.
No início de março, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) identificou que 70% dos 50 associados haviam registrado problemas de abastecimento de peças e componentes, sendo que 6% estavam operando com paralisação parcial nas fábricas.
Fim das férias
Depois de dez dias em férias coletivas, a LG retomou na semana passada as atividades na sua fábrica de celulares e monitores em Taubaté. Além da LG, a Samsung e a Flextronics, que fabrica celulares para a Motorola, também tiveram pequenas interrupções de produção em fevereiro, por falta de componentes.
Na indústria farmacêutica, que tem um ciclo de produção mais longo, a preocupação foi grande, mas as fábricas não chegaram a registrar interrupções. Há garantia de estoques pelo menos até julho, segundo entidades do setor.
— A tendência agora é de normalização — diz o CEO da Cellera Farma, Omilton Visconde Junior, que também preside o Sindusfarma. — A nossa preocupação era mais com médio e longo prazo, mas agora todos os nossos embarques para o segundo semestre estão confirmados.
Representantes da indústria chegaram a se reunir com a Anvisa para tratar de alternativas caso não houvesse uma normalização dos embarques.
Alguns fornecedores de insumos para a indústria farmacêutica já vinham enfrentando dificuldades antes mesmo da crise do coronavírus, devido a uma pressão por adequação a normas ambientais. Temendo o risco de falência de alguns desses fornecedores, o setor tenta agilizar o processo de mudança de fornecedores de princípios ativos, trâmite que pode durar até dois anos.
O principal fornecedor de paracetamol para as farmacêuticas brasileiras está fechado há dois meses. Para não faltar o produto nas farmácias brasileiras a partir de julho, a produção precisa se normalizar até abril.
— Estamos abastecidos com estoque tanto do insumo, quanto do produto pronto. Estamos confiantes de que novas soluções vão aparecer, enquanto a situação não for estabilizada — diz João Adibe Marques, presidente da Cimed.
As indústrias esperam ainda alguma ruptura de entregas neste semestre, mas hoje o maior risco de parada de produção não vem da China.
— O que pode parar a produção hoje é a disseminação do vírus no Brasil, caso os funcionários precisem ficar em casa — diz o executivo de uma grande fabricante de eletrônicos.
| CIMM | | | | Interrupção vai afetar fabricação de motores e turbos, mas não dos geradores e filtros
A Cummins também vai suspender temporariamente parte de sua produção no Brasil por causa da pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus. A parada na fábrica de Guarulhos (SP) tem início na segunda-feira, 30, e se estende por três semanas, com retorno previsto em 22 de abril.
A suspensão se aplica à produção de motores, turbos e sistemas de pós-tratamento. Já as operações de fabricação de geradores e filtros se mantêm por causa da demanda existente e da prestação de serviços essenciais.
O distribuidor Cummins Brasil, o centro de distribuição de peças e o centro técnico também permanecem em operação. Os funcionários não ligados diretamente à produção farão home office.
| Automotive Business ( publicado em 24-03-2020) | | | |
Associações querem garantir abastecimento de peças às oficinas, que podem funcionar na quarentena
As entidades que representam o setor de distribuição e varejo de autopeças vão pedir ao governo de São Paulo a autorização para retomar suas atividades comerciais de portas fechadas para garantir o abastecimento de peças às oficinas do Estado, que podem funcionar normalmente durante a quarentena para realizar serviço considerado essencial à população, como a manutenção da frota de veículos, incluindo ambulâncias, viaturas da polícia e corpo de bombeiros.
Os dirigentes das entidades do setor se reuniram na terça-feira, 24, por meio de videoconferência para preparar um documento com este pleito, que segundo as associações, será encaminhado ao governo o mais breve possível. Ele será assinado pelos seus respectivos representantes: Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes da Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo) e Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo).
“Normalmente, fabricantes e distribuidores já operam de portas fechadas ao público, apenas os varejos ficam abertos ao consumidor final, mas, neste caso, podem trabalhar fechados para atender por telefone ou internet os pedidos das empresas de reparação que são os seus principais clientes”, explica Rodrigo Carneiro, presidente da Andap.
Por sua vez, o Sindirepa reforça em nota que a medida é necessária uma vez que as oficinas não têm estoque de peças e fazem os pedidos fracionados diariamente de acordo com a demanda. Atualmente, a região metropolitana de São Paulo possui 4 mil oficinas de serviços automotivos, conforme os dados mais recentes do Sindirepa Nacional.
“Além disso, o fornecimento de autopeças deve manter a circulação de frotas de empresas de transporte de cargas, dos veículos de entrega delivery e também de caminhões, ônibus, vans, picapes, VUCs e motos que também realizam o abastecimento dos produtos considerados essenciais, como remédios, alimentos e produtos hospitalares”, afirma o presidente do Sicap, Alcides Acerbi Neto.
O período de quarentena para evitar a propagação do coronavírus em São Paulo foi publicado no último sábado, 22, por meio de decreto e estabelece o fechamento do comércio não essencial entre os dias 24 de março a 7 de abril.
| Automotive Business ( publicado em 24-03-2020) | | | | Funcionários da Honda ficarão em casa a partir do dia 27 e os da BMW, em 30 de março; Yamaha para no dia 31
A produção de motos em Manaus (AM) começa a parar também como prevenção à Covid-19, causada pelo coronavírus. A fila foi puxada pela Honda, que detém quase 80% do mercado nacional do segmento e emprega 7 mil trabalhadores. Suas linhas serão suspensas em 27 de março, com retomada prevista em 20 de abril.
Os funcionários envolvidos diretamente no processo produtivo entram em férias coletivas a partir de 30 de março e as jornadas entre os dias 27 e 30 serão compensadas com a utilização do banco de horas.
A empresa também está direcionando o maior número possível de profissionais das áreas administrativas para férias coletivas ou regime de home office. Para as atividades imprescindíveis haverá um número mínimo de colaboradores. A produção de automóveis da Honda já parou.
O BMW Group Brasil inicia a paralisação da unidade de Manaus a partir de 30 de março, com retorno previsto para 23 de abril. Outras ações para aumentar a proteção na fábrica foram o cancelamento de viagens, proibição de aglomerações na produção e na área administrativa. A montadora também adotou home office para parte dos trabalhadores.
A fábrica de motos BMW emprega cerca de 200 pessoas. Assim como ocorreu para a Honda, a fábrica de automóveis BMW também adotou férias coletivas.
A Yamaha também decidiu interromper a produção em Manaus. A parada terá início no dia 31 de março, com retorno previsto em 20 de abril. A empresa cancelou viagens e vem adotando home office e videoconferências, sobretudo na unidade de Guarulhos (SP), onde ficam as principais áreas administrativas da empresa.
Em poucos dias, a paralisação será estendida também às fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus, entre elas a Caloi.
| Automotive Business (publicado em 24-03-2020) | | | | Fábricas em Resende (RJ), Catalão e Anápolis (GO) deixam 5,7 mil pessoas em casa
Outras três montadoras confirmaram a parada em suas linhas de produção em razão da pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus. A fábrica da Caoa em Anápolis (GO), onde são montados os Chery Tiggo 5X, Tiggo 7 e os Hyundai iX35, New Tucson e caminhões HR e HD80, interrompeu a produção na segunda-feira, 23.
A Caoa gera mais de 1,4 mil empregos na cidade goiana, segundo o sindicato da região. A parada é por tempo indeterminado. Os funcionários que podem estão fazendo home office. A fábrica da Caoa Chery de Jacareí (SP), onde são montados o Tiggo 2 e o Arrizo 5, seguiu caminho semelhante, mas adotou layoff, suspensão temporária dos contratos de trabalho. E a fábrica da Hyundai Motor Brasil em Piracicaba (SP), onde são feitos os HB20, HB20S e Creta, vai parar a partir da quinta-feira, 26.
Outra montadora instalada em Goiás, a HPE Autos, em Catalão, parou no na segunda-feira, 23. Cerca de 1,9 mil trabalhadores entraram em férias coletivas por 60 dias, segundo a HPE. Ali são montados sob licença veículos Mitsubishi e o SUV Suzuki Jimny. As equipes do escritório na cidade de São Paulo já fazem home office desde a sexta-feira, 20 de março.
A fábrica da Nissan em Resende (RJ) informa que paralisa a produção a partir da quarta-feira, 25 de março. O retorno está previsto em princípio para 22 de abril. A empresa emprega cerca de 2,4 mil trabalhadores e produz na unidade o utilitário esportivo Kicks, o hatch March e o sedã Versa.
| Automotive Business (publicado em 24-03-2020) | | | |
John Deere também produz máquinas de construção. Medida começa a valer a partir de quarta-feira (25). Fornecimento e distribuição de peças serão mantidos.
A fabricante de máquinas agrícolas e de construção John Deere anunciou nesta terça-feira (24) que irá suspender os trabalhos de suas unidades de produção no país por conta do novo coronavírus. A medida começa nesta quarta-feira (25) e a paralisação será por tempo indeterminado.
Coronavírus: perguntas e respostas
As primeiras fábricas que terão as atividades suspensas nesta quarta serão:
Horizontina (RS), unidade que produz colheitadeiras e plantadeiras;
Porto Alegre (RS), planta industrial de equipamentos rodoviários.
Na próxima segunda-feira (30), a suspensão começa a valer para:
Montenegro (RS), que produz tratores;
Canoas (RS), fabrica pulverizadores;
Indaiatuba (SP), unidade de máquinas de construção;
Catalão (GO), de colhedoras de cana-de-açúcar.
"Com o objetivo de contribuir na contenção da curva de contaminação pelo novo Coronavírus (COVID-19), e visando proteger a saúde dos colaboradores e suas famílias, sem deixar de atender seus clientes nas áreas agrícola e de construção, a John Deere comunica que está reorganizando suas operações no Brasil", disse a companhia em nota enviada à imprensa.
O fornecimento e a distribuição de peças não serão interrompidos, de acordo com a John Deere. A unidade de Campinas, interior de SP, responsável por isso, vai funcionar em escala reduzida.
"Esta medida se faz necessária uma vez que a produção de alimentos e a infraestrutura são consideradas pelas autoridades como atividades essenciais à população. Medidas necessárias de prevenção, proteção e reforço dos cuidados com a saúde dos colaboradores envolvidos nesta operação já foram implementadas."
Funcionários administrativos da companhia seguirão trabalhando normalmente, segundo a empresa, no regime de home office.
| G1 ( publicado em 24-03-2020) | | | | Unidades em Guarulhos, Várzea Paulista, Itapevi e Ponta Grossa vão parar em 30 de março
A Continental anunciou na terça-feira, 24, que vai suspender temporariamente a produção de quatro fábricas de autopeças no Brasil, em resposta à pandemia de coronavírus que afeta toda a cadeia produtiva no mundo.
A paralisação acontece a partir do dia 30 deste mês e se estende até 12 de abril para as plantas de Guarulhos e Itapevi, na Grande São Paulo, e Ponta Grossa no Paraná. A unidade de Várzea Paulista, também na região metropolitana de São Paulo, ficará parada até 14 de abril.
Segundo a empresa, que tem mais de 6 mil empregados no Brasil, as atividades produtivas e administrativas serão suspensas por tempo determinado nas quatro unidades brasileiras, mas informa que a decisão e respectivas datas de paralisação poderão ser reavaliadas, de acordo com os desdobramentos da pandemia.
“Apesar da situação crítica, a Continental está se empenhando para que as medidas de contingência tenham efeito mínimo no emprego e renda e espera que seja possível retornar às atividades em segurança o mais breve possível”, diz o comunicado.
A Continental fornece aos fabricantes de veículos e mercado de reposição diversos componentes, como correias, sistemas de gerenciamento de motor, freios, ABS e ESC, quadro de instrumentos (cluster), sensores e atuadores, entre outros itens. Também fabrica pneus em uma planta em Camaçari (BA).
| Automotive Business (publicado em 24-03-2020) | | | |
Dotados de sensores, eles podem armazenar e enviar diferentes dados à eletrônica do veículo
A Goodyear vem testando pneus dotados de novos sensores e por isso capazes de reduzir a distância de frenagem em 30%. As avaliações já somam 3 milhões de quilômetros em estradas. Esses sensores podem enviar vários dados ao veículo e informar a melhor maneira de dirigir com segurança a cada momento.
A fabricante de pneus acredita que esse recurso é um grande passo, sobretudo para veículos autônomos, especialmente quando se considera a importância do pneu na segurança. Essa nova interface com a eletrônica embarcada dos veículos tem grande potencial de redução de acidentes.
Os pneus inteligentes medem em tempo real o desgaste, carga, pressão e temperatura, bem como as condições da superfície da estrada, permitindo que o veículo se ajuste e encontre uma resposta a esses dados para otimizar seu desempenho.
"Pense em um motorista numa estrada escorregadia e sinuosa, com temperaturas baixas. Ele diminui a velocidade, aciona os freios e evita movimentos bruscos no volante. Mas imagine o que acontece se ninguém estiver atrás do volante, como ocorre nos autônomos. O pneu é a única parte que entra em contato com a pista e por isso pode levar essas informações ao carro, melhorando a segurança”, recorda o diretor de tecnologia, Chris Helsel.
Embora ainda não estejam disponíveis, os pneus conectados passam por testes por montadoras e também por startups.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 24-03-2020) | | | |
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