| Clipping Logística Reversa - 18/04/2019 – Ano 3 – Edição 75
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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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Empresários, técnicos e moradores de Curitiba (PR) se reuniram no início do mês (3) para inaugurar o primeiro supermercado da América do Sul que usa o gás natural propano em sistemas de refrigeração e congelamento de produtos.
A substância é uma alternativa sustentável a químicos sintéticos que destruíam a Camada de Ozônio. Tecnologia usada no novo centro de vendas é fruto de parceria entre agência da ONU e o governo e setor privado brasileiros.
Empresários, técnicos e moradores de Curitiba (PR) se reuniram no início do mês (3) para inaugurar o primeiro supermercado da América do Sul que usa o gás natural propano em sistemas de refrigeração e congelamento de produtos. A substância é uma alternativa sustentável a químicos sintéticos que destruíam a Camada de Ozônio. Tecnologia usada no novo centro de vendas é fruto de parceria entre agência da ONU e o governo e setor privado brasileiros.
O supermercado, da rede Condor, foi o primeiro da rede a adotar diversas medidas para reduzir não só a emissão de gases de efeito estufa, os HCFCs, mas também o desperdício de água e energia. No campo da refrigeração, o propano (R-290) e o CO2 foram as alternativas escolhidas. Nos sistemas de resfriados, foi utilizado o propano e, nos sistemas de congelados, foi utilizado o CO2 combinado com o propano. Este supermercado também conta com luz natural e lâmpadas de LED, usina solar com 1.443 painéis e sistema de captação de água da chuva.
O evento contou com a presença de representantes da Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial (UNIDO), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Agência Alemã de Cooperação (GIZ), da Eletrofrio Refrigeração e de outros parceiros do projeto.
O empresário Pedro Joanir Zonta, presidente do grupo Condor, deu as boas-vindas a todos e falou também da preocupação da empresa em se manter atualizada no que diz respeito às tecnologias que utiliza e como elas afetam o meio ambiente.
“O novo Condor Venceslau Braz vai entrar para a história como o primeiro supermercado da América do Sul a utilizar uma tecnologia em seus equipamentos de refrigeração: o Propano, um gás natural inofensivo à Camada de Ozônio, com tecnologia revolucionária na eliminação dos gases sintéticos que prejudicam a natureza”, disse o executivo.
Zonta explicou que a tecnologia contribui para o cumprimento da meta do Protocolo de Montreal, “que é substituir os gases refrigerantes sintéticos, nocivos ao meio ambiente, no Brasil”.
Por meio de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a UNIDO e a Eletrofrio Refrigeração, no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), foi desenvolvida uma nova tecnologia de refrigeração para ambientes de média e grande escala, como mercados e supermercados, que faz o uso do R-290 como fluido frigorífico.
Ole Nielsen, chefe da Unidade do Protocolo de Montreal da UNIDO, falou sobre o caminho percorrido para se chegar à nova tecnologia e sobre a superação de suas expectativas para com o projeto.
“É incrível presenciar o que essas empresas tão prestigiadas podem entregar no que diz respeito à proteção do meio ambiente. Tudo começou há cinco anos, quando estávamos preparando uma estratégia nacional para o Brasil, para lidar com essas substâncias tão debatidas. Para ser honesto, eu ainda tinhas dúvidas se isso seria concretizado ou não, mas há exatamente um ano eu estive no Brasil e visitei uma feira onde a Eletrofrio estava, e eles disseram ‘Queremos te mostrar uma coisa’. E lá estava um módulo, na forma como havíamos pensado. Uma maravilha.”
Ele também parabenizou os envolvidos pela escolha de uma tecnologia que faz uso de fluidos naturais que não agridem a Camada de ozônio.
“Tenho certeza de que vocês levarão outras companhias para a mesma direção, para o bem do nosso meio ambiente”, acrescentou Nielsen.
No mesmo dia, a UNIDO e a Eletrofrio discutiram os próximos passos para o projeto – dentre eles, a promoção da tecnologia através de visitas à linha de produção da Eletrofrio e um evento especial em três ou quatro meses, para a apresentação da nova tecnologia e dos resultados da operação do equipamento em condições reais, destacando a eficiência energética, que deve ser comparada com tecnologias tradicionais.
Segundo Rogério Marson Rodrigues, gerente de Engenharia da Eletrofrio, é importante que se desenvolva um equipamento de qualidade, mas que também seja ressaltada a necessidade de se criar um ambiente seguro para o uso dessas tecnologias. De acordo com Marson, “a tecnologia em si é simples de ser explicada”.
“O que realmente precisamos discutir é a segurança. Segurança é o principal ponto a ser discutido nesse tipo de sistema de refrigeração”.
“Um dos objetivos do projeto é evitar a manutenção dentro do supermercado. Por ser um sistema modular, se necessário, retira-se apenas o módulo em falha, levando-o para a fábrica para realizar a manutenção. Claro que um dos próximos passos, quando o sistema se tornar uma solução difundida no mercado, é providenciar um novo sistema de assistência técnica da Eletrofrio ou providenciar a manutenção em local autorizado”, diz Ivair Soares Junior, gerente de Engenharia, Instalações e AT da Eletrofrio, sobre a assistência técnica do novo sistema.
Apesar de a nova tecnologia ainda ser recente, a equipe vê o projeto com muito otimismo, uma vez que agora ela está disponível para o público, expandindo as alternativas tecnológicas ao uso dos HCFCs. “Quando as pessoas conhecerem, verão o quão segura é a nova tecnologia”, afirma Edgard Soares, especialista em Refrigeração da UNIDO.
Segundo a gerente de projetos da UNIDO, Sérgia Oliveira, o projeto faz parte do Programa Brasileiro de Eliminação do HCFC-22 e, assim como este, estão sendo discutidos outros projetos em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, a UNIDO e a iniciativa privada no âmbito do Protocolo de Montreal, com o objetivo de disponibilizar cada vez mais novas tecnologias que visem à proteção do meio ambiente.
| Editora Expressão | | | |
Na última sexta-feira, 12, o MPC (Ministério Público de Contas do Estado) e o MPF (Ministério Público Federal) no Amazonas expediramrecomendação conjuntaao superintendente da Zona Franca de Manaus, Alfredo Menezes Júnior, ao governador do Estado, Wilson Miranda Lima, e ao secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Costa Taveira, cobrando ações regulatórias e executivas no sentido de garantir a implantação de logística reversa de resíduos sólidos no estado, na Região Metropolitana e no parque industrial de Manaus.
A logística reversa é um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”, define o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
Os Ministérios Públicos propõem que governo e Suframa priorizem a regulamentação da Lei da Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei 4.457/2017, artigos 30 e 32) quanto à definição de diretrizes, produtos prioritários e procedimentos de exigência e acordo para implementação de logística reversa na indústria e comércio locais e regionais no Amazonas.
Além disso, recomendam ainda que a Sema, a Suframa e o governo do Estado articulem e promovam tratativas para a formalização de acordos setoriais e compromissos individuais de logística reversa, assim como a definição de meios e estratégias para incentivar os sistemas de logística reversa de resíduos industriais.
A logística reversa constitui instrumento obrigatório das leis das políticas nacional e estadual de resíduos sólidos, que deve ser implementada progressivamente pelos setores da indústria e do comércio sob a coordenação e fiscalização do Poder Público.
Consiste no adequado gerenciamento dos resíduos que garanta seu reaproveitamento no ciclo produtivo, evitando que sejam desperdiçados em aterros ou em disposições irregulares que degradam os recursos naturais.
Ficou estabelecido o prazo de 15 dias para resposta dos órgãos sobre a recomendação expedida e deverão ser marcadas audiências para orientar as autoridades recomendadas sobre possíveis estratégias de cumprimento da lei.
| O Atual | | | | Município será obrigado a destinar adequadamente todos seus resíduos sólidos orgânicos.
A união de resíduos orgânicos, compostagem e agricultura urbana dão forma ao projeto “Revolução dos Baldinhos”, que acontece em Florianópolis, capital de Santa Catarina, e já ganhou até prêmio na Alemanha. Vários centros de compostagem já funcionam na cidade e agora ganham força na lei 10.501, sancionada na última segunda-feira (8) pelo prefeito Gean Marques Loureiro.
De acordo com a lei, mais que uma iniciativa pontual, o município será obrigado a destinar adequadamente todos seus resíduos sólidos orgânicos por meio dos processos de reciclagem e compostagem. Isso quer dizer que não poderá enviar o lixo orgânico aos aterros sanitários ou para serem incinerados.
Além dos locais já existentes para a prática da compostagem, o governo poderá destinar áreas de sua propriedade. Também afirma que o gerenciamento das atividades será “acompanhado, assessorado e viabilizado pelos órgãos municipais”. A lei ainda prevê estimular iniciativas comunitárias, de cooperativas e a compostagem doméstica, inclusive, viabilizando sistemas de coleta domiciliar dos resíduos sólidos orgânicos. A ideia é apostar num modelo descentralizado com várias frentes de atuação para dar conta da quantidade de resíduos que deverão ser gerenciados.
Segundo a Comcap, que é responsável pela coleta e limpeza pública da cidade, das 193 mil toneladas recolhidas por ano pela coleta convencional, em torno de 70 mil toneladas são resíduos orgânicos. “Se o usuário do sistema de coleta adotasse as práticas de separar e reciclar o orgânico, a economia para o município poderia ser de até R$ 11 milhões ao ano, sem contar ganhos ambientais e sociais”, afirma a Comcap.
| Editora Expressão | | | |
Saiba por que os animais confundem resíduos plásticos com comida e acabam ingerindo-os
As discussões acerca do plástico nos oceanos está recorrente e, mesmo assim, podemos dizer que permanece ineficaz. Isso porque quantidade de lixo nos mares continua crescendo e afetando diretamente a vida marinha e nosso ecossistema.
Estudos comprovaram que aproximadamente 8 milhões de toneladas de plástico caem em águas oceânicas anualmente, as quais são decompostas em microplásticos e ingeridas pelos animais. Porém, não são apenas microplásticos que são consumidos pela vida marinha. Alguns animais confundem plásticos inteiros com alimentos e os engolem. Entenda o porquê.
Qual efeito que o consumo de plástico pode gerar nos animais?
O risco pode ser fatal. Os aparelhos digestivos desses animais começam a ficar cheios de resíduos de lixo e se tornam incapazes de assimilar os nutrientes provenientes de alimentos verdadeiros.
O efeito a longo prazo pode incluir o colapso de determinadas populações como tartarugas marinhas, golfinhos, focas e vários outros.
Por que animais marinhos consomem plásticos sem querer?
Logo após a entrada no mar, o plástico fica colonizado e revestido por uma fina camada de micróbios, os plastisférios. Eles liberam substâncias químicas que alteram o odor dos resíduos para um cheiro e um gosto exatamente igual o de um peixe, ou seja, um atrativo perfeito para animais em busca de comida.
Além disso, o plástico também afeta aves que se alimentam de peixes e localizam o alimento através do odor emitido.
Quais medidas podem ser adotadas para evitar que plásticos encontrem os oceanos?
Consciência ecológica. O primeiro passo para evoluir neste processo de melhoria da vida marinha é nos tornarmos completamente conscientes dos nossos atos e do quanto eles afetam um ecossistema inteiro. Até mesmo qualquer pequeno lixo descartado de forma incorreta pode se direcionar para os mares e oceanos, afetando este nicho ecológico.
Devemos adotar uma mudança de atitude, principalmente da nossa parte como consumidores, adotando um consumo consciente e responsável, sempre buscando novas alternativas e soluções inteligentes para substituir nosso tão presente plástico.
Não é fácil, mas também não é impossível. Um pouco do nosso esforço diário pode afetar positivamente nosso ecossistema em sua totalidade!
| ILOG | | | |
Produto aproveita de um material que é abundante na região onde é produzido.
O cerco está fechando para a indústria de plásticos. Ao passo que as legislações se tornam mais rigorosas, soluções das mais diversas empresas, especialmente as de pequeno porte, surgem para mostrar que é possível sim gerarmos menos resíduos plásticos. Exemplo disso, é a companhia Ống Hút Cỏ, que está fazendo canudinhos compostáveis com um tipo de grama selvagem local, similar ao junco, que já tem o formato de tubo.
Liderada pelo jovem empresário Tran Minh Tien, a ideia da empresa é aproveitar de um material abundante na região, o capim que cresce selvagemente ao longo do Delta do Rio Mecom, uma região no Vietnã. O produto ainda gera renda a um grupo de mulheres artesãs que residem na província de Long An.
Para produzir o acessório ecológico e seguro para alimentos, a espécie é colhida, lavada e cortada em tubos do tamanho de um canudinho normal. O passo seguinte é usar uma barra de ferro para limpar a parte interna dos canudos e finalmente passá-los por uma última lavagem. O produto final é vendido para restaurantes e pode ser comercializado de duas formas: seco ou verde.
Na versão fresca, o lote é vendido em um pacote de 100 canudos, que é apenas colhido e embrulhado em folhas de bananeira. Sem passar pelo processo mencionado acima. Estes, geralmente, duram cerca de duas semanas na geladeira, mas é possível aumentar a vida útil fervendo os canudinhos em casa com um pouco de sal, deixando-os secar e depois guardando em local fresco e seco.
Já no lote vendido seco, após a lavagem final, os canudos são deixados ao sol por dois ou três dias e depois assados no forno. Isso faz com que o tempo de vida útil do produto seja prolongado em até seis meses, se deixado em temperatura ambiente.
Secos ou frescos, os canudinhos são comestíveis, compostáveis, livres de produtos químicos e conservantes. Melhor que isso, só se deixar de usá-los mesmo. Especialmente no Brasil, que é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo e recicla apenas 1,28% do total produzido. Mas sabemos que os canudos podem ser úteis e são de grande ajuda em muitos casos.
Por enquanto, os canudinhos de grama são vendidos somente no Vietnã, mas já está em estudo e testes a possibilidade de ampliar o negócio para outros países.
| Ciclo Vivo | | | |
Estima-se que apenas 6% das lâmpadas fluorescentes são recicladas no país
No Brasil, cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes são consumidas todos os anos. Estima-se que apenas 6% são recicladas. Embora sejam itens domésticos comuns, além de mais duráveis e econômicas que as incandescentes, as lâmpadas fluorescentes contêm metais nocivos à saúde e ao meio ambiente, como o mercúrio e o sódio, por isso não podem ser descartadas no lixo comum.
Tanto empresas, como a população precisam estar atentos ao descarte correto das lâmpadas. Quando elas deixam de funcionar, há dois caminhos: devolver no local de compra, pois pela Lei Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, os fabricantes são responsáveis pelo recolhimento e reciclagem desses materiais, realizando assim a logística reversa. Ou então entregar para empresas especializadas para destinação correta.
Em Ponta Grossa, as lâmpadas já podem ser destinadas à reciclagem. “O equipamento utilizado nesse processo é responsável por retirar os materiais perigosos de forma segura e descontaminar as lâmpadas, assim o resíduo final passa a ser classificado como resíduo Classe II (não perigoso), reduzindo o grau de risco de poluição ambiental e intoxicação”, conta o diretor da Zero Resíduos, empresa que oferece o serviço de reciclagem de lâmpadas, Vítor Borsato.
O processo ocorre de maneira segura e rápida. Dentro do equipamento, primeiro as lâmpadas são quebradas e separadas de forma mecânica, já os componentes perigosos, como o mercúrio, são removidos por sistema de pressão negativa e armazenados em filtro de carvão ativado. Por fim, depois de preenchidos completamente, os filtros são enviados para incineração. Além disso, a maior parte das lâmpadas é composta por vidro e metais, que podem ser enviados para reaproveitamento. O equipamento é móvel, ou seja, pode ser operado diretamente no gerador e toda a operação é licenciada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
A capacidade de processamento também é um diferencial, sendo que o equipamento utilizado pela Zero Resíduos tem capacidade de reciclagem até 1000 (mil) lâmpadas por hora.
E se quebrou?
Lâmpadas quebradas também podem e devem ser recicladas. Caso ela se quebre quando estiver sendo instalada ou retirada, alguns cuidados são necessários para evitar intoxicação. Primeiro é essencial ventilar o local antes da limpeza. Para recolher as partes da lâmpada, utilize máscaras e luvas e depois os armazene em uma garrafa PET, que só então poderá ser entregue em lojas revendedoras ou pontos de coleta.
| A Rede.Info | | | |
“O sapo não pula por buniteza. Pula por precisão” (Guimarães Rosa)
O mundo mudou... e muito. Parece cada vez menor por conta da globalização e por consequência, mais competitivo.
Assim, as empresas deverão se adequar e se inserir na realidade da arena comercial mundial o que passa obrigatoriamente pela visão e ações sustentáveis.
Para que isso aconteça essas empresas deverão obter um maior grau de ecoeficiência compatibilizando crescimento econômico com ações responsáveis perante o meio ambiente e a sociedade, contribuindo para o avanço do conhecimento intelectual e cultural com o objetivo de sua Prosperidade Sustentável.
Este é o grande desafio para que se ganhe personalidade cada vez mais competitiva produzindo mais e melhor a custos mais reduzidos tanto para a empresa como para o meio ambiente e para a sociedade em si, com menos poluição e melhor utilização dos recursos hídricos, energéticos e atmosféricos.
Não há necessidade de se inventar um mundo sustentável. Isso já existe e está por toda parte. É só olhar em volta. O que precisamos aprender é sustentar o máximo de riqueza com o mínimo fluxo de recursos.
A sustentabilidade poderá vir a se tornar a próxima barreira não tarifária se o setor de comercio, produtos e serviços não se prepararem adequadamente para as boas práticas sustentáveis, observando o avanço responsável não só na equação econômica, como também na social, suas implicações e inserções e principalmente na realidade ambiental e suas consequências.
Mas para que isso aconteça, para estar em igualdade competitiva com as corporações mundiais a empresa brasileira deverá observar um aforismo grego atribuído a Sócrates “Conhece-te a ti mesmo”, onde ele falava que não existem virtudes natas, pois elas são adquiridas da experiência e reflexão.
Conhecer-se a si mesmo em linguagem empresarial competitiva revela a importância do autoconhecimento. É ter um olhar para dentro de sua empresa, observar se seu propósito, seus valores e sua missão estão alinhados aos conceitos da ética da sustentabilidade. Praticar o Triple Botton Line buscando sempre na inovação a base de seu crescimento. Exercer sempre as boas práticas sustentáveis em seus produtos e serviços, na gestão de seus processos e no modelo de seu negócio.
Fazer com que o ciclo de vida de seus produtos e serviços – do berço ao túmulo-, a logística, a qualidade e bem estar de seus colaboradores e seu entorno – o planeta e seus habitantes-, estejam combinados ao seu proposito sustentável empresarial e que sejam observados e praticados no dia a dia, para uma vida mais justa, saudável, ambiental e economicamente responsável.
Ter vontade empresarial com visão sustentável e criar valores que gerem bons negócios é o toque de Midas de toda empresa.
Criar lideranças ativas, motivadas e que exerçam o papel de propagadoras desses conceitos e práticas para uma economia sustentável responsável.
Analisar e refletir quais os desejos de sustentabilidade da empresa, do mercado e da sociedade e como enfrenta-los com disciplina, determinação e perseverança.
Ponderar e atuar nas seis essências da sustentabilidade empresarial que são:
1) Ter caráter endógeno – ver a empresa como motor de arranque para as boas práticas e a sustentabilidade ser praticada por convicção e não por decisão.
2) Inserir a sustentabilidade no Core Business – inseri-la na estratégia do negócio e no DNA da empresa com sua atuação voltada para o mercado.
3) Encontrar janelas de oportunidade - perceber, posicionar e praticar. Entregar valor aos clientes seja B2B, B2C e em todas as formas de negócios.
4) Saber que é processo coletivo – é compromisso de toda a cadeia empresarial.
5) Agir não linearmente – distribuir a cultura de dentro da empresa para toda a cadeia de negócios em forma de teia. Todos devem estar envolvidos, conscientes e orientados para as boas práticas.
6) Saber que existem múltiplas formas de fazer – cada empresa encontrará sua forma e formato de praticar as ações sustentáveis.
Enfim, a sustentabilidade deverá ser compreendida e adotada “não por buniteza, mas por precisão”. Estar conectado a esta visão mundial, antevendo e antecipando uma nova realidade, transformando o presente numa eficiente vantagem competitiva para o bem da empresa, dos negócios e da coletividade para que se chegue a um bom futuro.
É disso que o mundo dos negócios precisa.
HUGO WEBER JR – Conselheiro do CPCE – Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial da FIEP – Federação das Indústrias do Paraná e Coordenador de Relações Institucionais da COPAS – Coalizão Paraná Sustentável. Consultor especializado em Marketing Publico e Assessoramento Governamental em Meio Ambiente e Políticas em Sustentabilidade.
| Editora Expressão | | | | Agricultores, empresas e indústrias marcam presença no 3º Dia do Campo Limpo em Bragança
Conscientização do uso correto de agrotóxicos e a logística reversa para o descarte de suas embalagens é um trabalho constante Bragança. – Foto Arquivo/ Portal Bragança
Dados da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apontam o Brasil como um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Em Bragança Paulista, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Agronegócios, existem cerca de mil produtores rurais, sendo somente 10% produtores de orgânicos.
Tendo em vista que a maioria dos produtores rurais do município utilizam métodos convencionais e, portanto, fazem uso de agrotóxicos, demonstra-se essencial o incentivo às ações de logística reversa no município com produtores rurais que descartam embalagens de agrotóxico em locais inadequados, causando a poluição do solo. A mesma necessidade ocorre com o descarte de lâmpadas, pneus, eletrônicos, etc.
Pensando nisso, a Prefeitura de Bragança Paulista, por meio das Secretarias de Desenvolvimento de Agronegócios e do Meio Ambiente, realiza constantemente um trabalho de conscientização e ação efetiva na reutilização ou tratamento de resíduos sólidos, com maior foco na problemática encontrada nas áreas rurais.
Para isso, são realizadas reuniões no Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural com o objetivo de desenvolver ações visando estimular os produtores ao consumo consciente, bem como a destinação adequada dos resíduos gerados; a destinação de resíduos considerados perigosos e/ou contaminantes, com maior foco em embalagens de agrotóxicos. Também será feito o cadastramento de produtores rurais e celebração de parceria com órgãos interessados, visando a prática de ações referentes à Responsabilidade pós-consumo.
Além das ações de conscientização e estruturação, em julho será realizado uma MegaAção “Dia do Agricultor e Campo Limpo”, que possibilita que agricultores descartem de forma consciente as embalagens dos agrotóxicos, fazendo a tríplice lavagem, sendo que as embalagens recolhidas recebem o destino correto através de empresa especializada. Neste dia, também recolhe lâmpadas e materiais eletrônicos. Nesta ação estima-se pela média das ações que sejam coletados mais de 15.000 embalagens de agrotóxico que são encaminhadas ao Posto de Reciclagem e a coleta de 6.000 lâmpadas. As ações são estendidas por todo o ciclo, sendo um processo contínuo.
As ações garantem a participação e mobilização de inúmeros produtores rurais de outras cidades e de Bragança Paulista, além de empresas, indústrias e a população em geral. Milhares de embalagens de produtos agrícolas e outros produtos que representem riscos ao meio ambiente são recolhidos para que tenham sua destinação ambientalmente correta. Atividades de conscientização e cadastramento já foram iniciadas nos primeiros meses de 2019, e intensificará em maio, junho e julho de 2019. O evento será realizado na semana do dia do agricultor previsto para o dia 26 de julho de 2019. Estima-se o envolvimento de 200 produtores rurais.
| Portal Bragança Paulista | | | | A área de Conservação Sarara, no norte do Quênia, onde pastores locais de 18 grupos étnicos diferentes administram suas terras para pastagens e animais selvagens — no que alguns dizem ser um novo modelo de conservação.
A medida teria como objetivo resguardar a biodiversidade, reduzir a velocidade das extinções e ajudar a manter um clima estável, diz importante grupo de conservacionistas.
Em um documento publicado na internet, algumas das maiores organizações de conservação do mundo pedem que 30% do planeta tenha sua natureza protegida até 2030 — e que metade do planeta esteja protegido até 2050. Mas o exato significado de “protegido”— e como os países irão atingir essas metas—ainda está aberto a debates.
Os conservacionistas dizem que esses altos níveis de proteção são necessários para garantir os benefícios que os humanos obtêm da natureza — como a filtração de água potável e o armazenamento de carbono que, de outra forma, aumentaria o aquecimento global. As áreas também são necessárias para evitar uma significativa perda de espécies.
Seres humanos e seus animais domésticos estão acabando com o que ainda existe de vida na Terra. Hoje, apenas 4% dos mamíferos do mundo são, em peso, selvagens. Os outros 96% estão distribuídos entre animais de criação e seres humanos. Desde 1970, populações selvagens de mamíferos, aves, peixes e anfíbios sofreram uma redução de 60% em média.
A perda de habitat é amplamente considerada a principal causa de extinção das espécies ao redor do mundo, e esses drásticos declínios na população são um sinal de alerta de que muitas espécies estão em situação de fragilidade — mas a boa notícia é que ainda temos tempo para salvar a maioria das espécies.
A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza lista 872 espécies como extintas, mas um alarmante número, 26,5 mil espécies, na lista de ameaçadas de extinção. Para salvar essas espécies, seus habitats e as outras espécies das quais elas dependem devem ser protegidos — e com rapidez.
Áreas agrícolas fazem fronteira com a floresta tropical do Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, que teve a maior perda florestal, segundo um novo relatório sobre o desmatamento tropical em todo o mundo.
“Estamos com um cronograma bastante apertado”, diz Brian O’Donnell, diretor da Campanha Wyss pela Natureza, localizado em Durango, no estado norte-americano do Colorado, que defende mais áreas de conservação em todo o mundo. “A cada ano que esperamos, colocamos mais espécies em perigo”.
O apelo faz parte de um processo de estabelecimento de metas ambientais globais organizado pela Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica. As negociações sobre os detalhes das metas continuarão até a realização de uma reunião em Pequim, em outubro de 2020.
As metas substituirão e irão além das “Metas de Aichi para a Biodiversidade,” que foram estabelecidas em 2011 e devem ser atingidas até 2020. Entre elas, há uma meta de proteger 17% da água terrestre e interior e 10% das áreas costeiras e marinhas.
Essas metas ainda podem ser alcançadas. Até 2018, 14,9% da superfície terrestre e 7,3% dos oceanos do mundo estavam formalmente protegidos.
Os signatários do movimento de 30% até 2030 incluem a BirdLife International, a Conservation International, a National Geographic Society, o Natural Resources Defense Council, a Nature Conservancye outras nove organizações não governamentais. A maioria delas vê a meta de 2030 como uma etapa intermediária para uma meta ainda mais ambiciosa: conservar metade do planeta até 2050.
Apelos para proteger metade da Terra existem desde 1970, mas o conceito ganhou força nos últimos anos, graças à fundação do movimento Nature Needs Half de 2009 e à publicação de 2016 do livro Half Earth (Meia Terra, em tradução livre) do famoso naturalista E.O. Wilson.
“Há uma grande convergência de pensamento em termos de pessoas pensando em maior escala,” diz Jonathan Baillie, vice-presidente executivo e cientista-chefe na National Geographic Society, localizada em Washington D.C. “É muito raro conseguir que todas as principais organizações de conservação concordem em alguma coisa.”
Os apoiadores dizem que ter uma meta ambiciosa e clara pode ajudar a crise de perda de biodiversidade a obter a atenção que merece de governos e instituições privadas. Recentemente, preocupações sobre mudanças climáticas conseguiram mais atenção.
O’Donnell diz que na última reunião da Convenção sobre Biodiversidade, os ministros do meio ambiente dos países foram os oficiais participantes de cargo mais alto, e muitos deles participaram de apenas uma parte da reunião. Por outro lado, as reuniões do Acordo de Paris sobre o clima contam com a participação de presidentes e primeiros-ministros. Ao mesmo tempo, conversas sobre o clima recebem muito mais atenção da mídia e do público. Mas a questão de salvar a biodiversidade “precisa estar na ordem do dia entre os líderes globais,” diz O’Donnell.
Inclusão de povos indígenas
Alguns observadores estão aguardando mais detalhes antes de apoiarem a ideia.
O apelo de proteger 30% da Terra “alarmou” Victoria Tauli-Corpuz, Relatora Especial das Nações Unidas sobre os direitos de povos indígenas, localizada em Baguio City, Filipinas. Tauli-Corpuz foi uma das autoras de um relatório de 2018 que criticava organizações de conservação por expulsar povos indígenas de suas terras tradicionais para a criação de áreas protegidas, impedindo que os povos anteriormente realojados em função dos parques reivindicassem suas terras, ou controlando, de forma agressiva, seus comportamentos e prejudicando seus meios de vida ao proibir a agricultura e a caça.
Os conservacionistas reconhecem cada vez mais os direitos dos povos indígenas a suas terras, e até mesmo apontam o fato de que terras controladas por povos indígenas são, com frequência, mais bem cuidadas, do ponto de vista da biodiversidade, do que as terras controladas por não indígenas.
Embora os povos indígenas correspondam a menos que 5% da população global, eles detêm ou cuidam de cerca de 25 % das terras do planeta—e grande parte dessas terras é muito mais diversa e administrada de maneira mais sustentável do que os três quartos restantes. E apesar dos desafios trazidos pela pobreza e dos direitos incertos sobre as terras, os povos indígenas e as comunidades locais gastam cerca de 4 bilhões de dólares por ano em conservação—uma fatia significativa do gasto global total de cerca de 21 bilhões.
Mas Tauli-Corpuz, que é indígena, diz que ideologias mudam lentamente e, para muitos, a presença em tempo integral de pessoas que ganham a vida com a terra não parece ser compatível com conservação. “Acredito que ainda estejam presos à ideia de que as pessoas não devem intervir na natureza,” diz. “Vim de uma reunião em Nairóbi há alguns dias, e quase todos os conferencistas ainda estavam discutindo essa questão.”
Ela pediu que um mecanismo de reclamações fosse estabelecido, de forma que os povos indígenas pudessem formalmente registrar uma queixa às Nações Unidas caso fossem prejudicados por projetos conservacionistas, mas isso ainda não foi feito. De modo geral, a restituição de terras e de recursos tomados por projetos de conservação anteriores ainda não aconteceu também, acrescenta. “O apelo por um aumento sem lidar com as questões levantadas pelos povos indígenas vai ser algo problemático,” diz ela.
As pessoas por trás do movimento de 2030 dizem que as terras geridas e habitadas por povos indígenas e outras comunidades locais irão contar para a meta. “Proteger a biodiversidade significa proteger os direitos indígenas,” diz O’Donnell. “Isso vai estar no centro dos 30% para o planeta, em vez de estar em conflito com a meta.”
Abordagens inovadoras
Algumas áreas são geridas por povos locais tanto para conservação quanto para uso sustentável. O’Donnell e Baillie citaram o exemplo do Northern Rangelands Trust, um consórcio de conservações do Quênia no qual criadores de animais locais de 18 grupos étnicos diferentes gerenciam suas terras para pasto e conservação de animais selvagens, com o apoio financeiro e logístico de ONGs e instituições governamentais.
O projeto deixa claro que nem todas as “áreas protegidas” na meta dos 30% se parecerão com os parques e reservas com os quais muitos americanos estão familiarizados. A União Internacional para a Conservação da Natureza criou uma tipologia de categorias das áreas protegidas, indo do Tipo Ia, “Reservas Naturais Restritas,” com acesso limitado de pessoas, ao Tipo IV, “Área protegida com uso sustentável de recursos naturais”—que descreve aproximadamente muitas das áreas nas quais os povos indígenas atualmente vivem.
Isso, em conjunto com o histórico positivo dos povos indígenas na proteção da biodiversidade, é o motivo de Erle Ellis, cientista ambiental na Universidade de Maryland, em Baltimore, dizer que, até onde sabe, “a determinação da soberania indígena deveria automaticamente fazer parte desses 30%.”
Além das muitas características de “área protegida,” o apelo abre espaço para “Outras Medidas de Conservação Ambiental Efetivas Baseadas em Área.” Como a capitalização indica, essa não é apenas uma frase vaga, mas uma categoria cada vez mais codificada de gestão de terras, traçada pela primeira vez nas metas de Aichi, em 2011. Um relatório define isso como “um espaço definido geograficamente, não reconhecido como área protegida, dirigido e gerido a longo prazo de forma que resulte na conservação eficaz da biodiversidade no local, com serviços de ecossistema e valores culturais e espirituais associados.”
Possíveis exemplos incluem locais tradicionais de caça e reuniões; áreas naturais em bases militares; áreas separadas para pesquisa científica; locais sagrados e cemitérios; campos nativos; ou mesmo diversos parques em cidades.
Evitando “parques de papel”
De acordo com a declaração de visão do grupo, os 30% que serão protegidos não serão apenas as partes mais baratas e fáceis de serem protegidas, mas devem ser totalmente representativas da diversidade dos ecossistemas do planeta. Contudo, pode ser difícil alcançar isso até 2030, diz Ellis.
“A grande questão sobre alcançar os 30% em pouco mais de dez anos é se a velocidade não vai sacrificar a qualidade,” diz ele. “Seria uma vergonha se as pessoas tentassem chegar lá rápido conservando uma terra que não está realmente sob pressão.”
Da mesma forma, diz, conservar uma terra sem ter certeza de que há financiamento a longo prazo para geri-la e planos para garantir a estabilidade e prosperidade das comunidades ao redor gera o risco de se criar “parques de papel”, que têm seus recursos frequentemente roubados por aqueles que não têm interesse na área ou não são movidos pela necessidade. “Ao tentar chegar lá muito rápido, é possível que se crie uma enorme região de conservação deficiente,” adverte.
Então, a visão emergente é mais complexa que o slogan “30% até 2030” sugere. Até 2030, os principais conservacionistas dizem que 30% das terras e mares da Terra deveriam ser dedicados à formação de um conjunto ecologicamente representativo de áreas com apoio local e financiamento robusto, geridas em benefício da natureza, incluindo áreas protegidas controladas pelo governo, áreas indígenas, diversas áreas de agricultura, florestas sagradas e áreas de caça e, talvez, até mesmo o seu próprio quintal. Ou talvez apenas 30% dele.
| Editora Expressão | | | |
Decisão expõe ruptura no partido trabalhista do país, opondo interesses dos sindicatos do setor às preocupações com mudanças climáticas
O maior partido do parlamento norueguês chocou a indústria petrolífera do país, depois de retirar o apoio à perfuração exploratória das ilhas Lofoten, no Ártico, consideradas uma maravilha natural.
O movimento realizado pelo partido de oposição ao governo cria uma grande maioria parlamentar contra a exploração de petróleo na área costeira. A medida ilustra a crescente oposição ao combustível fóssil poluidor, que fez do país um dos mais ricos do mundo.
A maior produtora de petróleo da Noruega, a estatal Equinor ASA, afirmou que o acesso ao fornecimento de petróleo em Lofoten é essencial para o país manter os níveis de produção.
Acredita-se que exista de 1 a 3 bilhões de barris de petróleo abaixo do fundo do mar no arquipélago de Lofoten. A área vinha sendo blindada por anos pelo governo de coalizão da Noruega por meio de vários acordos políticos.
"Toda a indústria está surpresa e decepcionada", disse o chefe da Associação Norueguesa de Petróleo e Gás, Karl Eirik Schjott-Pedersen, à Bloomberg.
Sindicatos do setor questionam decisão
A decisão do partido trabalhista, anunciada por seu líder, Jonas Gahr Store, expõe uma brecha na legenda. Enquanto a liderança tenta refletir as crescentes preocupações ambientais da população, o partido também quer acomodar os interesses dos sindicatos de trabalhadores da indústria petrolífera, seus principais apoiadores.
Store confirmou, porém, que o partido continuará a apoiar a indústria petrolífera, mas também disse que quer que as empresas do segmento se comprometam com um prazo para tornar todas as operações livres de emissões.
O maior sindicato de petróleo da Noruega, a Industry Energy, que há muito tempo é aliada do Partido Trabalhista, atacou a decisão sobre a perfuração em Lofoten, que ocorre menos de dois anos depois de um acordo interno do partido sobre o assunto.
"Isso cria desequilíbrios nas discussões sobre políticas para uma indústria que depende de uma perspectiva de longo prazo, e não podemos aceitar isso", disse o líder do sindicato, Frode Alfheim, ao jornal australiano Sydney Morning Herald.
"Provavelmente, há muitas pessoas na indústria que estão se perguntando quem o partido realmente representa", comenta o sindicalista.
A medida acontece depois que o governo da Noruega deu sinal verde na última sexta-feira para um fundo petrolífero de US$ 1 trilhão — o maior fundo soberano do mundo — para investir em projetos de energia renovável não listados nos mercados de ações.
A expectativa é que o investimento de bilhões de dólares sejam direcionados para projetos de energia eólica e solar.
Esta é a mais recente indicação de que a riqueza acumulada através de combustíveis fósseis está sendo redirecionada para lucros futuros em energia renovável. Um número maior de indústrias e países iniciaram estratégias de desinvestimento de combustíveis fósseis, citando riscos futuros para seus negócios e modelos econômicos.
No mês passado, o fundo petrolífero da Noruega disse que não iria mais investir em 134 companhias que exploram petróleo e gás, mas que reteria participações em grandes empresas petrolíferas, incluindo BP e Shell, que possuem divisões de energia renovável.
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