| 27 de MARÇo de 2019
Quarta-feira
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Em 27/03/2019
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| | | | | O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,1% em março deste ano na comparação com o mês anterior e 10,9% na comparação com março do ano passado, alcançando 127,1 pontos. O resultado ficou acima da zona de satisfação e é a melhor pontuação desde novembro de 2018 da pesquisa produzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar disso, a demora de aprovação de reformas, como a da Previdência, fizeram a CNC reduzir a expectativa de vendas do comércio em 2019 de 5,6% para 5,4%.
“Porcentualmente, a confiança do setor é a maior para meses de março desde 2012, e o índice nacional só não registrou melhor resultado devido a fatos como a letargia na recuperação do mercado de trabalho e dificuldades para aprovação de reformas como a da Previdência”, explicou a CNC em nota.
Esta é a quinta alta consecutiva no índice, informou a CNC, que ressaltou no entanto que o ritmo de alta do otimismo está mais lento em março do que nos últimos meses. “Além das dificuldades de estimular o crescimento mais vigoroso da economia, contratempos na esfera política poderão comprometer a aprovação das reformas essenciais. Ainda assim, o cenário de investimentos no setor, para o decorrer do ano, ainda não está comprometido”, disse o economista-chefe da Confederação, Fabio Bentes.
Segundo a CNC, o índice que mede o otimismo dos empresários no curto prazo se manteve estável em alta de 0,2% de fevereiro para março, sendo freado pela expectativa menor de desempenho do setor nos próximos meses. O início de ano mais fraco que o esperado no varejo foi o que levou a CNC a revisar para 5,4% a expectativa em relação à variação das vendas no varejo neste ano. “Ainda assim, o varejo segue uma tendência de recuperação, mesmo que lenta”, destacou a CNC.
Segundo os subíndices do Icec ligados a investimentos, as intenções na contratação de funcionários e na ampliação do número de lojas se encontram nos maiores patamares para meses de março desde 2012 e 2014, respectivamente.
Entre os entrevistados, 72% relataram disposição para contratar funcionários nos próximos meses, enquanto 47,7% têm planos de investir em novas lojas ou ampliação dos pontos de vendas atuais. Já em relação ao nível dos estoques, 23,7% dos entrevistados os consideram “acima do adequado” – menor porcentual para meses de março desde 2014 (23,0%).
O emprego no setor avançou 1% no ano passado (+71 mil vagas), e, pela primeira vez desde 2014, o saldo entre aberturas e fechamentos de lojas com vínculos empregatícios foi positivo (8,1 mil estabelecimentos comerciais em 2018).
Para este ano, a CNC projeta saldo positivo de 102 mil postos de trabalho no setor e mais 23,3 mil novos pontos de venda.
| Tribuna PR | | | | Pesquisa mostra que o setor está menos otimista com as condições atuais e o desempenho futuro das empresas e da economia. Intenção de investimento também diminuiu
O Índice de Confiança do Empresário (ICEI-Construção) recuou pelo segundo mês consecutivo e ficou em 59,8 pontos em março. Mesmo com a queda de 3,5 pontos em relação a fevereiro, o índice é 6,5 pontos maior do que média histórica e continua acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.
A queda deste mês é resultado da piora da avaliação dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e das perspectivas em relação ao desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com a queda da confiança, os empresários do setor estão menos dispostos a investir. O índice de intenção de investimento caiu para 34 pontos em março. Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que continua em patamar muito baixo. O índice varia de zero a cem pontos. Quanto menor o valor, mais baixa é a propensão das empresas para investir. "As dificuldades no cenário político diminuem a previsibilidade dos agentes econômicos. Isso se reflete em uma postura mais cética dos empresários, principalmente em relação a investimentos de longo prazo", diz a economista da CNI Dea Fioravante.
Além disso, a pesquisa mostra que os empresários estão cautelosos em relação ao futuro. Os indicadores de expectativas sobre o nível de atividade e de compra de insumos e de matérias-primas recuaram em março frente a fevereiro. O índice de número de empregados ficou estável e o de novos empreendimentos e serviços subiu 0,4 ponto. Ainda assim, os indicadores se mantêm acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários ainda esperam o crescimento do setor nos próximos seis meses.
ATIVIDADE E EMPREGO – Conforme o levantamento, o nível de atividade e de emprego apresentaram leve melhora no mês passado. O índice de evolução do nível de atividade aumentou 0,3 ponto em relação a janeiro e ficou em 44,3 pontos em fevereiro. O índice de emprego subiu 0,4 ponto e alcançou 42,9 pontos. Mesmo com a melhora, os dois indicadores seguem abaixo dos 50 pontos, mostrando que a atividade e o emprego no setor continuam em queda.
Mas o nível de utilização da capacidade operacional subiu 1 ponto percentual em relação a janeiro e ficou em 56% em fevereiro. Isso significa que, no mês passado, a indústria da construção operou com 44% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados. O aumento da utilização da capacidade de operação é resultado da alta de 1 ponto percentual registrada no indicador do setor de construção de edifícios, que subiu para 57%. No setor de obras de infraestrutura, o nível de utilização da capacidade instalada caiu 1 ponto percentual e ficou em 52%.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 19 de março com 492 empresas. Dessas, 165 são pequenas, 218 são médias e 109 são de grande porte.
| CNI | | | | Integrantes do movimento Brasil 200 também lançam frente parlamentar
Empresários como Flávio Rocha, dono da Riachuelo, e Luciano Hang, proprietário da Havan, se reúnem com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na tarde desta terça (26) para entregar-lhe uma carta manifestando apoio à reforma da Previdência proposta pelo governo federal.
Eles também lançam no Congresso a Frente Parlamentar Mista Brasil 200, que tem como base o movimento homônimo que reúne empresários que defendem uma agenda econômica liberal e uma posição conservadora nos costumes. Rocha e Hang são dois de seus fundadores.
O encontro com Bolsonaro também terá a participação a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), coordenadora da frente, e de outros idealizadores do movimento Brasil 200, como o seu presidente-executivo, Gabriel Kanner, e os empresários João Appolinário, Sebastião Bomfim, Marcelo Pessoa e Washington Cinelândia.
"Este país só será possível com o avanço da agenda das reformas. E é imperioso reconhecer: a mãe de todas as reformas é a nova Previdência, sinalizando solidez fiscal, responsabilidade com o futuro do país e garantia de estabilidade econômica para os próximos anos", diz a carta do grupo.
O texto continua: "Não é hora para que divergências pequenas e pontuais atrapalhem uma reforma tão vital para o Brasil. Cremos firmemente que com o capital político que o senhor conquistará a partir da aprovação da reforma, todas as demais mudanças que o Brasil tanto necessita também se viabilizarão".
Segundo o grupo, a frente, que reunirá deputados e senadores, tem como objetivo a construção de medidas para a redução do custo da máquina pública, o combate à corrupção e ao excesso de regulamentações.
| Fonte: Folha de S. Paulo (publicado em 26-03-2019) | | | | Liderados por Flávio Rocha, da Riachuelo, foram ao Congresso apoiar o governo pela aprovação
Empresários bolsonaristas que lançaram a campanha Empregue Mais Um em dezembro, para estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo, refazem seus planos.
Diante do impasse sobre a Previdência no Congresso, dão um ultimato: não vai ter emprego se não sair a reforma. “Temos de focar a aprovação [da reforma], porque se não passar, não há milagre”, diz Gabriel Kanner, do grupo que reúne nomes como Flávio Rocha (Riachuelo) e Luciano Hang (Havan).
"Não terá geração de emprego, não terá dinheiro para nada. Qualquer coisa que planejarmos serão só sonhos utópicos sem dinheiro em caixa. A prioridade zero é a nova Previdência", diz Kanner.
| Fonte: Folha de S. Paulo | | | | No documento, os líderes do PSDB, DEM, PP, PR, PRB, PSD, PTB, Solidariedade, MDB, Podemos e Cidadania consideram que qualquer reforma previdenciária deve ter como princípios maiores a proteção aos mais pobres e mais vulneráveis e, por isso, decidiram retirar do texto “a parte que trata de forma igual os desiguais e penaliza quem mais precisa”.
Assim, os deputados suprimirão da proposta originária as regras que atingem os trabalhadores rurais e os beneficiários do Programa de Prestação Continuada, que são pessoas com deficiência e também aquelas com idade superior a 65 anos, que vivem em estado de reconhecida miserabilidade.
— Essa nota é forte, é dura e era necessária. Com isso, claro, está na Constituição o sistema de repartição. Consequentemente, pelo que eu entendi, nós, felizmente não teremos mais o sistema de capitalização — disse Paim.
Reforma
A reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro prevê a desvinculação do BPC do valor do salário mínimo, hoje em R$ 998 mensais. A medida não atinge pessoas com deficiência, que continuarão a receber o salário mínimo. O texto prevê o pagamento de benefício conforme a idade da pessoa em condição de miserabilidade.
O principal foco da reforma em relação às aposentadorias rurais é o combate às fraudes. A primeira mudança da proposta é a exigência da declaração que comprove o trabalho no campo. Outra medida a ser discutida é a idade para se aposentar. Atualmente, quem se aposenta como trabalhador rural precisa de 15 anos de contribuição, podendo ser dispensado da colaboração em alguns casos.
Os deputados também são contrários à desconstitucionalização da Previdência. Segundo eles, manter as regras na Constituição é uma forma de “garantir segurança jurídica a todos que serão impactados por essa tão importante e necessária reforma”.
Pela proposta do governo, as principais regras ficariam de fora da Constituição e as mudanças ocorreriam por meio de leis complementares.
Diálogo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apoiou a iniciativa dos líderes partidários da Casa. Para ele, a retirada desses temas da proposta, que têm baixo impacto fiscal, pode facilitar o diálogo com a sociedade.
Maia voltou a destacar a necessidade urgente de aprovação da reforma da Previdência. Entretanto, ainda não avançou o entendimento com o governo. Nesta terça estava marcada uma audiência do ministro da Economia, Paulo Guedes, na comissão de Constituição e Justiça da Câmara para explicar a proposta. Guedes adiou o debate até que seja designado o relator da proposta.
Nas redes sociais, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) repercutiu a decisão do ministro com um questionamento:
“Nem o Paulo Guedes está querendo defender a ‘nova’ Reforma da Previdência. O que está acontecendo?".
Tramitação
A CCJ analisa basicamente se a proposta de emenda à Constituição fere alguma cláusula pétrea, como direitos e garantias individuais, por exemplo.
Se a PEC for admitida na comissão, o presidente da Câmara designará uma comissão especial para analisar o conteúdo da reforma.
| Agência Senado (publicado em 26-03-2019) | | | | Para o secretário da Fazenda do Estado de SP, Henrique Meirelles, recessão diminuiu potencial de crescimento da economia e só aumento da produtividade poderia fazer atividade avançar mais
A economia brasileira tem capacidade de crescer 2,3% ao ano atualmente. Porém, esse número já foi maior. Nos 30 anos anteriores à recessão (2015-2016), o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do País foi, em média, de 3,3%.
É o que afirmou ontem o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), Henrique Meirelles, durante uma palestra na ESPM, na capital paulista.
O PIB potencial é a capacidade que a economia tem de expandir sem gerar pressão inflacionária. “No curto prazo, nós temos condições de crescer até 3,5%, porque ainda há muita capacidade ociosa na economia por conta da recessão. O problema é que, hoje, a confiança das empresas está baixa”, ressaltou Meirelles.
“O ano de 2019 iniciou com as expectativas [de PIB] animadas. Mas depois começou esse debate sobre se aprova ou não a reforma da Previdência Social e então diminuiu um pouco”, disse. Do final de fevereiro até esta semana, a projeção do mercado financeiro para o crescimento do PIB em 2019 caiu de 2,48%, para 2,00%.
Porém, no médio e longo prazo, dificilmente o Brasil conseguirá ter expansão acima de 2,3%, por conta da baixa produtividade da economia.
Sobre este ponto, a economista e professora da ESPM, Cristina Helena Pinto de Mello, ressaltou que a reforma tributária deveria ter sido escolhida como a pauta econômica principal deste momento.
Na avaliação dela, esta reforma poderia ter mais efeitos positivo sobre o crescimento no curto prazo, do que as mudanças na Previdência, além de contribuir para aumentar a produtividade do País.
“Nós já fizemos reformas na nossa Previdência em diversos momentos desde 1988. Porém, desde a constituinte, nenhuma reforma tributária foi feita”, destacou Cristina Helena.
“As mudanças na Previdência têm impacto praticamente nulo sobre a questão fiscal no curto prazo. Portanto, não teria sido melhor fazer uma reforma tributária que permitisse um ambiente econômico mais produtivo e dinâmico e que recuperasse a capacidade de participação dos estados e municípios na arrecadação total?”, questionou a professora.
Impactos da ociosidade
A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada ontem, reforçou, inclusive, que a economia brasileira segue operando com “alto nível de ociosidade dos fatores de produção”. Esta elevada ociosidade está refletida “nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego”, disse o BC.
Após à sua palestra, Meirelles informou números sobre o estado de São Paulo. A economia paulista costuma crescer acima da média do Brasil, o que indica que o PIB do estado pode avançar 3% em 2019, impulsionando uma alta de 3,1% na arrecadação de impostos.
Meirelles comentou ainda sobre as operações de concessões e privatizações do estado. “A nossa expectativa é colocar a Sabesp para ser privatizada ou capitalizada ainda este ano. E a concretização disso deve se dar no início do próximo ano. Esta é a maior e a mais importante empresa do estado”, ressaltou o secretário.
Segundo a CNTA, o movimento previsto para o próximo sábado não tem finalidade grevista. "Trata-se de uma carreata com o intuito de chamar a atenção do governo para algumas insatisfações da categoria", afirmou a entidade.
"[A mudança na política do diesel] é legal, mas não resolve 100%", avalia Wallace Costa da Silva, conhecido como Chorão, liderança dos caminhoneiros no Centro-Oeste.
Bueno acrescentou que o Cartão Caminhoneiro anunciado pela Petrobras é ilusório por não garantir desconto aos caminhoneiros. O projeto será lançado em 90 dias, segundo a estatal.
A ideia é permitir que o caminhoneiro compre o combustível ao preço de determinado dia e possa abastecer ao longo do tempo, sem gastar mais em caso de alta. A estatal alega que o cartão funciona como uma proteção à volatilidade dos preços.
Em nota, a Petrobras disse que a mudança concilia seus interesses com os do consumidor, ao manter o princípio de paridade com preços internacionais e reduzir os repasses da volatilidade de curto prazo.
A mudança foi elogiada pela Fecombustíveis (federação que reúne os donos de postos). "A medida atende reivindicação antiga de vários setores, principalmente os caminhoneiros", disse o presidente da entidade, Paulo Miranda.
| DCI | | | | Para reduzir a taxa de desemprego para 5% , precisaremos empregar 7 milhões
Todos tivemos uma boa surpresa com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados na segunda-feira (25).
Ninguém esperava os 173 mil novos empregos com carteira em fevereiro.
Duas perguntas agora são inevitáveis. A primeira: começou a virada? E a segunda: em quanto tempo chegaremos a níveis toleráveis de desemprego?
É muito provável que não se trata ainda de uma virada e a razão é muito simples.
Em geral, as empresas preferem usar horas extras antes de expandir seu quadro de empregados.
As contratações começam a crescer depois de algum tempo de consolidação do faturamento. E isso ainda não ocorreu porque é grande ainda a incerteza.
Tudo leva a crer que a quantidade de contratações nos próximos meses não deverá repetir o número de fevereiro, infelizmente.
Supondo que os números se repitam, quanto tempo precisaremos para reduzir substancialmente os atuais 12% de taxa de desemprego?
Para reduzir a taxa para 5% —um nível "aceitável" —, precisaremos empregar 7 milhões de desempregados atuais e ao mesmo tempo absorver 1 milhão de novos trabalhadores que chegam ao mercado todos os anos.
Se conseguirmos criar 2 milhões de empregos por ano (o que não é fácil), chegaremos aos 5% em sete anos.
Esses números mostram não apenas a gravidade do problema como também a enorme dificuldade para resolvê-lo em prazo razoável.
O que fazer para promover rapidamente o emprego?
Reduzir encargos? Flexibilizar? Subsidiar? Ampliar o crédito?
Isso tudo foi praticado nos últimos governos, mas não deu certo.
Nos governos Lula e Dilma, o país esqueceu de investir e promoveu o consumo e o crédito. Quando atingimos o limite do modelo, o governo flexibilizou a demissão, desonerou a folha. Não adiantou
.
O mais importante para um crescimento sustentado, o essencial mesmo, é recuperar o investimento na produção e na infraestrutura.
Quando falamos em investimento, estamos falando em construção de fábricas, estradas, portos, aeroportos, saneamento, usinas elétricas, linhas de transmissão etc.
O investimento cria empregos nos diversos setores da economia porque amplia a demanda por bens e serviços. Ao mesmo tempo, cria empregos diretos na execução das obras de investimento.
Quanto mais cedo recuperarmos o investimento e quanto mais pudermos investir, mais rápida será a recuperação do emprego. Não há outra receita.
Fica uma terceira pergunta: o que está faltando para o investimento voltar? A resposta está em Brasília.
Hélio Zylberstajn é professor sênior da FEA/USP e coordenador do projeto Salariômetro
| Folha de S. Paulo | | | |
Em 2018, o volume em transações eletrônicas alcançou R$ 1,55 trilhão em compras, o equivalente a 38,3% das despesas pagas por pessoas físicas no Brasil , ou 22,8% do produto interno bruto - PIB
A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) pretende conquistar a representatividade de 60% do consumo das famílias brasileiras até 2022. No ano passado, essa participação ficou em 38,3%.
Entre os desafios para atingir essa meta nos próximos quatro anos, está a pouca estrutura de rede de cabos e de internet em regiões geográficas importantes como Nordeste, Centro-Oeste e Norte, mais distantes dos grandes centros tecnológicos das regiões Sul e Sudeste.
Em termos de participação no volume transacionado em 2018, o Sudeste responde por 60,5%, seguido pelo Sul (15,1%), enquanto as regiões Nordeste (13,1%), Centro-Oeste (7,7%) e Norte (3,5%) registram menor representatividade nos pagamentos feitos por cartões.
Entre os dados regionais divulgados ontem, por outro lado, o crescimento mais expressivo no período ocorreu na região Norte, com alta de 16% no volume total movimentado em cartões, e de 17,5% se considerada apenas a modalidade de cartão de débito. “Esse resultado é reflexo do processo de inclusão financeira que continua ocorrendo no País”, comunicou a Abecs, em nota.
Na avaliação do presidente da Abecs, Pedro Coutinho, o governo também deveria incentivar a migração dos pagamentos em dinheiro (em espécie) para cartões por causa da segurança.
“Tivemos 114 assaltos a carros-fortes em 2018, 116 ocorrências contra empresas de segurança privada. O País gastou R$ 790 milhões no ano passado para imprimir papel moeda, fora o custo do passeio desse dinheiro, do transporte de valores. O dinheiro tem um custo alto que precisa ser considerado”, disse Coutinho, em entrevista coletiva concedida ontem, no décimo terceiro Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento (13° CMEP), realizado em São Paulo.
Quanto à competição no mercado, Coutinho, que também é presidente da credenciadora Getnet, do Santander Brasil, contou que o setor evoluiu muito nos últimos 10 anos. “É um mercado aberto”, respondeu aos jornalistas.
Questionado sobre que tipo de incentivo do governo ou do regulador (o Banco Central) para expandir a utilização de cartões no País, o executivo respondeu qual setor quer “ser envolvido no debate”, e emendou que o Banco Central (BC) tem conversado com o segmento e vice-versa.
“Nós debatemos em comitês todas as demandas que tínhamos necessidade. Todas as regras que eram importantes para elevar a competividade, nós levamos ao Banco Central”, afirmou Coutinho.
Balanço do segmento
Segundo as projeções divulgadas ontem pela Abecs, os pagamentos realizados com cartões de crédito, débito e pré-pagos devem crescer em torno de 16% em 2019, chegando ao patamar de R$ 1,8 trilhão. Com isso, as compras com cartões devem registrar, no quarto trimestre de 2019, participação recorde de 40% em relação ao volume do consumo das famílias brasileiras.
Pelos dados consolidados da Abecs, os brasileiros realizaram R$ 1,55 trilhão em compras com cartões em 2018, crescimento de 14,5% em relação a 2017, a maior alta desde 2014, quando o setor cresceu 14,8%. Entre as modalidades, os cartões de crédito registraram R$ 965,5 bilhões, alta de 14,6%; os cartões de débito, R$ 578,1 bilhões, aumento de 13,8%; e os cartões pré-pagos, R$ 11 bilhões, alta de 66,5%.
O volume total representou 38,3% do consumo das famílias no quarto trimestre de 2018. Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), a representatividade do setor subiu de 20,7% em 2017 a 22,8% em 2018.
Em quantidade de transações, os cartões tiveram crescimento ainda maior, de 15,5%, totalizando 18,8 bilhões em 2018 – o equivalente a 35,8 mil transações por minuto. Os cartões de crédito foram usados 9,4 bilhões de vezes pelos brasileiros, enquanto os cartões de débito, 9,3 bilhões, e os cartões pré-pagos, 180,1 milhões. Levando em consideração a população economicamente ativa, cada pessoa realizou cerca de 180 transações com cartões em 2018.
As compras com cartões não presentes, com destaque para o e-commerce, também ajudaram a impulsionar o crescimento do setor no período, somando R$ 198,2 bilhões (alta de 18,4%). O valor corresponde a 20,5% de todo o volume transacionado por meio de cartões de crédito em 2018. De acordo com pesquisa da Abecs realizada pelo Datafolha, 78% das pessoas que fazem compras online usam o cartão de crédito nessas transações, sendo que 63% delas preferem o celular como plataforma de acesso ao e-commerce. Em seguida, estão o computador tradicional (35%), o notebook (33%) e o tablet (3%).
Gastos internacionais
As compras internacionais realizadas por brasileiros com cartão de crédito somaram R$ 31,8 bilhões, avanço de 12,6% em relação ao ano anterior. Já os gastos de estrangeiros no Brasil com cartões cresceram 12,9%, chegando a R$ 15,7 bilhões. O levantamento da Abecs mostra ainda que, em 2018, os programas de loyalty dos cartões geraram R$ 4,3 bilhões em vantagens e benefícios aos clientes. O valor é 6,8% maior do que o registrado em 2017, o que significa que o brasileiro tem aproveitado esse benefício do cartão para adquirir produtos e serviços.
Sobre a infraestrutura, o País possui atualmente um parque de equipamentos de captura de transações com cartões (POS e PDV), com 9,3 milhões de terminais espalhados por todo o território nacional.
| DCI | | | | Raul Calfat será substituído por Eduardo Mazzilli de Vassimon, que vem do mercado financeiro
A Votorantim anunciou nesta terça-feira (26) a saída do atual presidente do conselho de administração do grupo, Raul Calfat. O executivo está na companhia há 27 anos e comanda o conselho do grupo desde 2014.
Ele será sucedido por Eduardo Mazzilli de Vassimon, que saiu do grupo Itaú-Unibanco no fim do ano passado após atingir a idade-limite para administradores prevista no estatuto da empresa. Ao sair, ele deixou o cargo de presidente do Itaú BBA e diretor-geral do banco de atacado do grupo.
Vassimon assumirá o cargo em maio, após um período de transição em abril.
Após a saída da Votorantim, Calfat continuará atuando no conselho de outras companhias. Hoje, ele é presidente do conselho do Laboratórios Aché, membro independente dos conselhos da Duratex e da Embraer e conselheiro do Hospital Sírio Libanês.
O executivo havia entrado na companhia em 1992, com a aquisição da companhia de celulose Papel Simão. Participou da criação da VCP (Votorantim Celulose e Papel) e, posteriormente, da Fibria —fruto da fusão entre a VCP e a Aracruz. A empresa, que hoje é a maior produtora de celulose do mundo, foi vendida à Suzano.
Antes de assumir o comando do conselho, Calfat também atuou em diversas áreas do grupo, como a Votorantim Industrial e na própria holding.
A troca no comando ocorre um ano após o centernário do grupo e em meio a uma tentativa de ampliar sua diversificação. Hoje, a geração de caixa da empresa ainda está muito atrelada a empresas de mineração, alumínio e cimento, áreas mais expostas a variações cambiais e de preços de matérias-primas.
Após vender a empresa de celulose Fibria, a companhia anunciou a intenção de investir mais em setores como geração de energia elétrica e mercado imobiliário, cuja geração de caixa é mais regular.
No fim do ano passado, a empresa, em consórcio com um fundo de pensão canadense, venceu o leilão pelo controle da Cesp (Companhia Energética de São Paulo).
Além disso, há rumores de que o grupo planeja abrir o capital do Banco Votorantim nos próximos anos.
| Fonte: Folha de S. Paulo (publicado em 26-03-2019) | | | | Principal preocupação da categoria é descumprimento da tabela de fretes
Uma das lideranças dos transportadores autônomos, o caminhoneiro Wallace Costa da Silva, conhecido como Chorão, disse nesta terça (26) que a mudança na política de preços do diesel é um sinal de que o governo está se mobilizando, mas não resolve todos os problemas da categoria.
Segundo ele, a criação de um mecanismo para segurar a alta do diesel é apenas uma das reivindicações dos caminhoneiros, que estiveram duas vezes com representantes do governo em março — no dia 14 com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e na sexta (22) no Ministério de Infraestrutura, durante o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas.
"A classe inteira está insatisfeita. Nós temos a lei, mas não temos o comprimento", diz Silva sobre a falta de fiscalização nas estradas com caminhões que transportam carga abaixo do mínimo estabelecido pela ANTT.
Na reunião com Lorenzoni, Silva afirma ter ouvido do governo que medidas serão tomadas para atender os pleitos.
"Queremos uma medida rápida para aumentar a fiscalização", diz. "Com relação ao diesel, que está subindo como subia antes [da greve], tem que arrumar um mecanismo para segurar os aumentos", afirma. Chorão reconhece que a categoria está insatisfeita, mas diz ser contra paralisação neste momento.
Segundo o caminhoneiro, durante as reuniões, representantes do governo afirmaram que o presidente Bolsonaro vai falar sobre as reivindicações da categoria ainda essa semana. "Nessa quinta tem leilão, ele deve falar", diz.
Prejuízos causados pela paralisação dos caminhoneiros
Nos últimos dias, começaram a surgir rumores sobre a realização de uma greve como a de 2018, que parou o país por duas semanas. Há uma semana, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais anunciar a cobrança por medidas para segurar a alta dos combustíveis.
Silva tem se colocado contra a greve, o que lhe rendeu críticas nas redes sociais. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que também participou das manifestações de 2018, afirma que monitora vários grupos de caminhoneiros e não há apoio da maioria pela paralisação.
Segundo Silva, o governo está fazendo a parte dele.
Em 2019, o preço do diesel vendido pela Petrobras já acumula alta de 18,5%, acompanhando a escalada das cotações internacionais do petróleo. Segundo especialistas, a estatal poderia ter feito aumentos maiores, mas optou por operar com defasagem em relação ao mercado internacional.
Nesta terça, a Petrobras anunciou que os reajustes no preço do diesel terão um prazo mínimo de 15 dias, alterando política de preços implementada em julho de 2017, que autorizava a área comercial da companhia a praticar reajustes diários.
A Petrobras argumenta que a nova política aumenta a previsibilidade para o consumidor e não traz prejuízos, ao prever o uso de mecanismos financeiros de proteção, conhecidos como hedge. A estatal anunciou ainda estudos para o lançamento de cartão que permitirá a compra de diesel a preço fixo em postos da BR."
[A medida] é legal, não resolve 100%", diz Chorão. Na reunião com Lorenzoni, ele diz ter ouvido do governo que medidas serão tomadas para atender os pleitos. Sua posição contra a greve tem lhe rendido críticas em redes sociais.
Os caminhoneiros autônomos propõem a criação de uma cooperativa para conectá-los diretamente às empresas que contratam os transportes, eliminando a necessidade de intermediários no processo. Segundo Chorão, a ideia está sendo discutida também com o Ministério da Agricultura.
| Folha de S. Paulo (publicado em 26-03-2019) | | | | Representantes do setor vem se reunindo com governo e organizam carreata para dia 30
Em meio a uma nova onda de insatisfação dos caminhoneiros, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (26) mudanças em sua política de preços para o diesel e o lançamento de um cartão para compras do combustível a preço fixo em postos BR.
As medidas, porém, desagradaram os transportadores autônomos, que planejam para o próximo sábado (30) uma carreata para pressionar o governo. Além do preço do diesel, eles reclamam de não cumprimento da tabela de fretes mínimos.
A categoria se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na sexta-feira (15) para apresentar suas reivindicações. Durante o último fim de semana, houve fortes rumores de que uma paralisação seria iniciada.
A mudança na política de preços do diesel foi aprovada pela diretoria da Petrobras na segunda (25). A partir de agora, os reajustes respeitarão um prazo mínimo de 15 dias. A estatal disse que o objetivo é "conferir aos clientes maior previsibilidade à trajetória de preços".
Diferentemente de ocasiões anteriores, quando convocava entrevistas coletivas para detalhar mudanças em sua política de preços, a divulgação foi feita por notas oficiais.
É a terceira mudança desde que a política de preços foi estabelecida, em 2016. Em 2017, a estatal adotou ajustes diários, estratégia que foi criticada até por aliados do governo quando os preços dispararam no primeiro semestre de 2018.
Em janeiro, após o fim do programa de subvenção ao preço do diesel, a estatal decidiu segurar reajustes por prazos maiores —como já vinha fazendo com a gasolina desde outubro de 2018— adotando um instrumento de proteção financeira para evitar perdas.
Ainda assim, com a escalada dos preços internacionais do petróleo, o preço do diesel nas refinarias já subiu 18,5% em 2019, na comparação com o último valor de 2018. Nas bombas, a alta é menor, de 2,5%, mas o suficiente para alimentar a insatisfação.
"Sabemos que uma das principais reclamações do brasileiro é o preço dos combustíveis e temos conversado com os ministérios responsáveis para absorver tal demanda e até poder diversificar", disse, há uma semana, o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Na sexta, a categoria pediu ao governo um mecanismo para segurar os aumentos e mais fiscalização para o cumprimento da tabela de frete.
Nesta terça, o presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, criticou a decisão da Petrobras. Em nota, ele disse que o adequado seria implementar uma política de reajustes mensais. E voltou a cobrar a fiscalização sobre o frete.
| Folha de S. Paulo | | | | Unidade de Araraquara faturou R$ 48 milhões a mais que o previsto e contratou 50 pessoas adicionalmente
A fábrica paulista da Randon localizada em Araraquara (SP) completará seu primeiro ano de operação com números que foram além da meta da empresa. Inaugurada em 28 de março de 2018 após alguns anos de congelamento do projeto, a unidade é responsável pela produção de semirreboques e vagões ferroviários. Neste período, a planta faturou R$ 183 milhões, resultado R$ 48 milhões a mais que o previsto anteriormente. Igualmente, a previsão de cem contratações para a primeira etapa foi ultrapassada em 50%, gerando 150 novos postos de trabalho.
Resultado de R$ 100 milhões de investimentos, a inauguração da planta de Araraquara foi um marco para a Randon, que comemorava o fim da crise. O projeto da nova fábrica nasceu em 2012, mas por causa da crise que se alastrou a partir de 2014, o projeto foi congelado e chegou a não ter mais previsão de retomada. Com a reação do mercado já em meados de 2017, a empresa decidiu concluir o projeto e iniciou as operações em março do ano passado.
Em doze meses, a planta superou o volume de 1 mil unidades produzidas, entre semirreboques canavieiros, semirreboques siders e vagões ferroviários. O ano de estreia também contemplou investimentos na duplicação da linha de pintura, a transferência de toda a linha de vagões para o local e a introdução do modelo sider na linha de produção de semirreboques.
“Mais do que satisfação, os resultados deste primeiro ano de operações nos dão confiança para projetar novos investimentos, ampliando o retorno a clientes, acionistas, funcionários, fornecedores, parceiros e principalmente, à comunidade local que tão bem nos acolheu. É um cenário que reforça a perspectiva de crescimento sustentável, a partir do ponto estratégico onde a empresa está instalada, em um grande eixo do agronegócio brasileiro, conectada à malha de transporte, com facilidade para escoamento da produção e agilidade nos negócios”, afirma o diretor de tecnologia e inovação da Randon Implementos, Sandro Trentin.
Araraquara é a terceira fábrica da divisão de implementos Randon. Além da sede, em Caxias do Sul (RS), a empresa mantém outra unidade industrial em Chapecó (SC). Fora do Brasil, a divisão conta com uma fábrica na cidade de Rosário, província de Santa Fé, na Argentina, e em Callao, região metropolitana de Lima, no Peru. Elas possuem um sistema de complementação de linhas de produção que permite sinergias entre todas as demais fábricas a fim de atender todos os mercados.
| Automotive Business (publicado em 26-03-2019) | | | | Processo produtivo reduz o consumo de água e evita desperdícios, além de utilizar sistema de rastreamento
Para atender ao setor automotivo de forma mais eficiente e sustentável, a JBS Couros desenvolveu um processo produtivo que reduz em 54,2% o consumo de água no processamento do couro, no qual é utilizado as partes da pele que são mais apropriadas por meio de um novo formato de recorte, diferente do que é feito tradicionalmente.
“Aprimoramos a forma como o couro é processado para entregar um produto de melhor qualidade, ao mesmo tempo em que evitamos desperdícios e utilizamos menos produtos para o tratamento da matéria-prima”, explica o gerente de marketing e sustentabilidade da JBS Couros, Fernando Bellese.
O novo processo foi patenteado pela empresa e chega ao mercado mundial sob a marca Kind Leather. Ele também reduz em 20% o consumo de energia e 65% as emissão de CO2 durante o transporte. Além disso, diminui o uso de produtos para acabamento, cerca de 28% a menos do que no processo tradicional, gerando menos resíduos de refila em linhas de corte, com 45% menos desperdício que os demais produtos disponíveis no mercado.
“O trabalho de desenvolvimento foi orientado pela demanda e entendimento de futuros requisitos da sociedade e das indústrias consumidoras, como a automotiva”, acrescenta Bellese. “Com inovação e uso inteligente da matéria-prima e de recursos, chegamos a uma série de benefícios ambientais, sociais e econômicos relevantes em um produto que já representa alta durabilidade e que vem de origem orgânica”.
Segundo a empresa, o Kind Leather passa a usar um programa de rastreabilidade completo, que reúne dados referentes a todas as etapas do processo produtivo do couro, desde a origem na fazenda até o produto final. O sistema monitora se as atividades dos mais de 80 mil fornecedores de gado no Brasil obedecem aos critérios socioambientais determinados pela política de compra responsável de matéria-prima da companhia.
Ele abrange desde a atuação em áreas livres de desmatamento de florestas nativas, em terras indígenas, de conservação ambiental ou que estejam embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o uso de mão de obra regular, excluindo a possibilidade de obter produtos a partir do trabalho infantil ou análoga ao escravo.
| Automotive Business (publicado em 26-03-2019) | | | | A balança comercial de autopeças terminou o primeiro bimestre com déficit de US$ 625,9 milhões, valor 39,2% mais baixo que o registrado no mesmo período de 2018. O resultado decorre de uma queda acentuada de 21,9% nas importações (US$ 1,75 bilhão) no período. As exportações caíram também, mas apenas 7,4% (US$ 1,13 bilhão). Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.
O Sindipeças atribui as alterações na balança e a redução do déficit à volatilidade do câmbio e também às incertezas causadas por falhas de comunicação do governo, às duvidas provocadas por declarações da GM e pelo anúncio do fim da operação da Ford no ABC.
A queda nas exportações para a Argentina (-39,2%) foi em parte compensada com o aumento nos embarques para Estados Unidos, México, Chile, Colômbia e Peru. A crise no país vizinho fez com que ele se tornasse o segundo e não mais o primeiro destino das autopeças brasileiras desde o começo do ano. Os EUA são agora o maior comprador: US$ 259,2 milhões no bimestre e 23% de participação.
JAPÃO SUPERA ALEMANHA EM FORNECIMENTO
No caminho oposto, a China se manteve como maior fornecedora de componentes, com US$ 307,4 milhões e 17,5% de participação. O segundo lugar, porém, foi tomado da Alemanha pelo Japão, que enviou para o Brasil US$ 169,5 milhões em autopeças.
O aumento de volume de vendas de carros fabricados no Brasil por Toyota, Nissan e o crescimento da participação de transmissões automáticas trazidas do Japão (e utilizadas por Volkswagen e FCA, por exemplo) ajudam a explicar o crescimento das importações do Japão. A vantagem sobre a Alemanha ainda é pequena, menos de US$ 4 milhões, mas pode se ampliar durante o ano.
| Automotive Business (publicado em 26-03-2019) | | | | Com a nova unidade, empresa expande sua atuação e expertise nessas áreas
A ZF inaugurou em Saarbrücken, na Alemanha, um centro tecnológico dedicado a inteligência artificial e cibersegurança, expandindo sua atuação nessas áreas. Na inauguração, o CEO da companhia, Wolf-Henning Scheider, também anunciou a parceria da empresa com o Centro Alemão de Pesquisa em Inteligência Artificial (DFKI) e com o Centro Helmholtz para Segurança da Informação (CISPA). A expectativa é que o acordo seja finalizado no segundo trimestre deste ano, após a aprovação formal de todos os acionistas atuais.
“Com o novo centro de tecnologia para inteligência artificial e cibersegurança, estamos levando a especialidade de todo o nosso grupo em tecnologias digitais a um novo nível. Também estamos em grande proximidade com as instituições de pesquisa mais respeitadas nestas áreas, o que fortalecerá nossa cooperação”, declarou Scheider. “Planejamos contratar em torno de cem profissionais altamente qualificados em Saarbrücken e trabalhar com este novo grupo para levar adiante desenvolvimentos sofisticados para novas soluções, digitalmente conectadas e de mobilidade autônoma”, completou.
Segundo a ZF, dois terços desses cem especialistas se concentrarão em IA e o restante em cibersegurança. Eles se juntarão aos mais de 300 que já trabalham na área e que estão espalhados pelo mundo, incluindo a sede da empresa para P&D em Friedrichshafen, além de outros locais na Alemanha e exterior. Eles já desenvolvem soluções nos campos de inteligência artificial, indústria 4.0 e cibersegurança, tanto para produtos como serviços.
No futuro, essas atividades serão coordenadas no Centro de IA e Cibersegurança ZF e complementadas pelos mais recentes resultados em P&D para atender todas as divisões da companhia ao redor do mundo. O objetivo é criar uma plataforma mundial comum de IA para melhorar aplicações, produtos, serviços e processos já existentes ou para novos desenvolvimentos.
| Automotive Business (publicado em 26-03-2019) | | | |
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