| 06 de DEZEMBro de 2019
Sexta-feira
- Novos Projetos de Lei nº 46/2019
- Novos dados no Perfil da Indústria Brasileira
- Incentivo a empresas para capacitar profissionais com deficiência é aprovado pela CDH
- Quase 4 milhões de trabalhadores com ensino superior não têm emprego de alta qualificação
- Com aceleração da economia, pequenas indústrias se recuperam no 3º trimestre
- Brasil e Paraguai fecham acordo automotivo em cúpula do Mercosul
- Para Fiesp, adoção de tecnologias da indústria 4.0 é lenta dentro do Brasil
- Floresta 4.0: mercado aberto e ávido por tecnologia
- Por que um programa de Compliance é essencial nas empresas?
- Ministro cita Roberto Carlos e diz que, no Brasil, daqui pra frente tudo vai ser diferente
- Mansueto diz que Brasil pode crescer 2,5% em 2020 e ter upgrade em nota de crédito
- Captação em mercado das empresas atinge recorde de R$ 440,8 bi, diz Anbima
- Desvalorização cambial contribuiu para não crescimento do setor, diz Abinee
- PIB da construção deve crescer 2% em 2019 e 3% em 2020, dizem Sinduscon-SP e FGV
- Queda nas exportações faz produção de veículos cair 7,1% em novembro
- Artigo: PIB do Brasil ainda dança na noite dos desesperados
- Puxada pelo preço da carne, inflação oficial acelera para 0,51% em novembro
- IPCA fica em 0,51% em novembro ante 0,10% em outubro, revela IBGE
- Sobratema estima crescimento de 37% nas vendas de máquinas e equipamentos para construção em 2019
- Volkswagen investe R$ 110 milhões na produção de caminhões elétricos
- Etanol pode perder vantagem ambiental na nova legislação de emissões
- Anfavea quer em acordo proibição ou redução de importação de carros pelo Paraguai
- GM e LG Chem investem US$ 2,3 bilhões em fábrica de baterias para veículos elétricos nos EUA
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Câmbio
Em 06/12/2019
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Compra
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Venda
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Dólar
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4,176
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4,177
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Euro
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4,614
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4,616
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Fonte: BACEN
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| | | | | Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais - nº 46. Ano XV. 05 de dezembro de 2019
Confira nessa edição as proposições apresentadas no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
Para acessar a íntegra, CLIQUE AQUI.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAL
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
DIREITO DE PROPRIEDADE E CONTRATOS
Início das atividades do estabelecimento após o ato de inscrição tributária e dispensa do alvará de funcionamento para atividades consideradas de baixo risco
PL 6086/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Permissão para sociedades limitadas emitirem debêntures em oferta privada
PL 6094/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
ACORDOS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO
Acordo relativo ao trânsito dos serviços aéreos internacionais
MSC 555/2019 do Poder Executivo
Submissão ao Congresso Nacional de atos de revisão ou denúncia do tratado do Mercosul
PDL 692/2019 do senador Humberto Costa (PT/PE)
MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Regulamentação das Centrais de Negócios para micro e pequenas empresas
PLP 261/2019 do senador Jorginho Mello (PL/SC)
INTEGRAÇÃO NACIONAL
Plano Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste para 2020-2023
PL 6161/2019 do Poder Executivo
Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia para 2020-2023
PL 6162/2019 do Poder Executivo
Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste para 2020-2023
PL 6163/2019 do Poder Executivo
RELAÇÕES DE CONSUMO
Obrigação do fornecedor informar alteração no peso, volume e composição de produto ou serviço
PL 6158/2019 do deputado Lucas Vergilio (Solidariedade/GO)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Reestruturação da Embratur / Destinação de recursos do SEBRAE
MPV 907/2019 do Poder Executivo
Acréscimo no rol de atividades de baixo risco e mudanças na concessão de alvará de funcionamentos para nova edificação
PL 6088/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Criação do Observatório Nacional de Liberdade Econômica
PL 6097/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Concessão de danos cíveis ao particular lesado por restrição do Estado à atividade econômica
PL 6098/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Inclusão de atividades de médio risco no rol de direitos de liberdade econômica
PL 6099/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Criação de cotas preferenciais em sociedade do tipo limitada, e alteração na publicação e divulgação de informações de sociedades
PL 6104/2019 do deputado Charlles Evangelista (PSL/MG)
Alterações na Lei de Migração sobre deportação, repatriação e expulsão
PL 6119/2019 do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL/SP)
Progressividade temporal no valor de multas aplicadas por infração à Lei de Proteção de Dados Pessoais
PL 6149/2019 do deputado Mário Heringer (PDT/MG)
MEIO AMBIENTE
Exigência de autorização do Congresso para corte de vegetação da Floresta Amazônica
PEC 202/2019 do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE)
Criação do Fundo para Emergências Ambientais
PEC 203/2019 do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE)
Atualização dos limites de receita para o enquadramento de empresas para cobrança da TCFA
PL 6096/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Limitação ao embargo em crimes e infrações ambientais
PL 6148/2019 do deputado Marcelo Brum (PSL/RS)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Critérios para embargos de obras e interdição de estabelecimentos
PL 6100/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Critérios de dupla visita nas fiscalizações do trabalho
PL 6101/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
Obrigação de comprovação do estado vacinal do empregado
PL 6164/2019 do deputado Pedro Westphalen (PP/RS)
DISPENSA
Auxílio-doença para mulheres em situação de violência doméstica
PL 6167/2019 do deputado Cleber Verde (Republicanos/MA)
JUSTIÇA DO TRABALHO
Homologação de acordo extrajudicial, depósito recursal e benefício da justiça gratuita
PL 6160/2019 do Poder Executivo
Limites para interposição de recurso ordinário e agravo de petição
PL 6169/2019 do deputado Sanderson (PSL/RS)
OUTRAS MODALIDADES DE CONTRATOS
Cota para contratação de beneficiário reabilitado ou de pessoa com deficiência
PL 6129/2019 do deputado Marreca Filho (Patriota/MA)
Auxílio inclusão e reserva de vagas para a habilitação e a reabilitação profissional / Destinação de recursos do Sistema S para a reabilitação profissional
PL 6159/2019 do Poder Executivo
FGTS
Movimentação do FGTS por mulheres vítimas de violência doméstica e familiar
PL 6063/2019 do deputado Ronaldo Martins (Republicanos/CE)
RELAÇÕES INDIVIDUAIS DO TRABALHO
Permissão de trabalho aos domingos e feriados
PL 6102/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
INFRAESTRUTURA
Tarifas de esgoto sanitário
PL 6107/2019 do deputado Roberto Pessoa (PSDB/CE)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
CARGA TRIBUTÁRIA, CRIAÇÃO DE TRIBUTOS E VINCULAÇÃO DE RECEITAS
Ampliação do valor para enquadramento no lucro presumido
PL 6214/2019 do senador Angelo Coronel (PSD/BA)
OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS
Responsabilidade tributária dos administradores de bens de terceiros
PLP 259/2019 do deputado Sanderson (PSL/RS)
Compartilhamento de informações sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo pela administração tributária federal, estadual e municipal
PL 6087/2019 do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS)
informações entre as administrações tributárias federal, distrital, estaduais e municipais”.
INFRAESTRUTURA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Processo de justificação administrativa
PL 6081/2019 do deputado André Figueiredo (PDT/CE)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Exigência da presença de ácido fólico em farinhas de trigo e de milho e penalização para o descumprimento
PL 6140/2019 do deputado Coronel Tadeu (PSL/SP)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Obrigação de substituição dos medidores de consumo de energia
PL 6082/2019 do deputado Lucio Mosquini (MDB/RO)
Pagamento integral de tarifas e encargos por mini e microgeradores
PL 6156/2019 do deputado Luiz Antônio Corrêa (PL/RJ)
INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA
Obrigação dos fornecedores de produtos elétricos e eletrônicos disponibilizarem manuais e peças de reposição aos consumidores
PL 6151/2019 do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB/MA)
INDÚSTRIA QUÍMICA
Criação do Inventário Nacional de Substâncias Químicas
PL 6120/2019 do deputado Flávio Nogueira (PDT/PI)
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA
Susta a revogação da proibição do plantio de cana de açúcar na Amazônia
PDL 707/2019 do deputado Alessandro Molon (PSB/RJ)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
INTERESSE SETORIAL
AGROINDÚSTRIA
Instituição da Política Estadual de incentivo a Ovinocaprinocultura
PL 849/2019, de autoria do Deputado Anibelli Neto (MDB)
INDÚSTRIA DE BEBIDAS
Proibição de envasamento e comercialização de garrafa PET no Paraná
PL 901/2019, de autoria do Deputado Gilberto Ribeiro (PP)
MEIO AMBIENTE
Proibição de comercialização de fogos de estampidos e instituição da Semana de Prevenção de Acidentes e de Conscientização contra o Uso Imoderado de Fogos
PL 851/2019, de autoria do Deputado Cobra Repórter (PSD)
INFRAESTRUTURA SOCIAL
EDUCAÇÃO
Instituição do Programa de Residência Técnica no âmbito da Administração Direta e Autárquica do Poder Executivo
PL 904/2019, de autoria do Poder Executivo
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Cria novos cargos no quadro de servidores do Ministério Público do Estado do Paraná
PL 854/2019, de autoria do Poder Executivo
Estabelece o regime de previdência social dos servidores do Estado do Paraná
PEC 16/2019, de autoria do Poder Executivo
Estabelece diretrizes para o regime de previdência social do Estado do Paraná
PL 856/2019, de autoria do Poder Executivo
MEIO AMBIENTE
Dispor sobre a função de Engenheiro Ambiental no quadro próprio do Poder Executivo
PL 885/2019, de autoria do Poder Executivo
| Coordenação de Relações Governamentais Sistema FIEP (publicado em 05/12/2019) | | | | | Proposições legislativas
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 4.202/2019, que incentiva as empresas a promoverem a capacitação de seus profissionais com deficiência. A iniciativa foi proposta pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), com relatório de Flávio Arns (Rede-PR). A proposta segue para votação final na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
O PL 4.202/2019 acrescenta comando à Lei 8.213, de 1991, que regula os Planos de Benefícios da Previdência Social. A previsão é de que a empresa contratante ofereça, por conta própria ou de forma terceirizada, programa de atualização e aperfeiçoamento profissional voltado a pessoas com deficiência. O objetivo é equiparar as oportunidades de ascensão profissional entre seus empregados.
“O artigo 93 da Lei 8.213, de 1991, estabelece para as empresas a obrigação de contratar profissionais com deficiência, habilitados, nas proporções que estipula. Observamos que, ao pensarmos na empregabilidade da pessoa com deficiência, temos tratado a matéria de modo mais quantitativo. Foi com base nisso que vimos que falta à normatividade sobre o assunto um incentivo para que as empresas despertem para as possibilidades de ganhos e de sucessos profissionais que já estão presentes em seus ambientes de trabalho”, considerou Kajuru na justificação.
Estatuto
Ao defender a aprovação do PL 4.202/2019, Arns observou que a Lei Brasileira de Inclusão/Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015) estabelece como dever do poder público implementar serviços e programas completos de habilitação e reabilitação profissional para que a pessoa com deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao mercado de trabalho.
“O projeto em análise vem se somar a essas garantias, contribuindo para que o direito ao trabalho seja concretizado da maneira mais ampla e digna possível”, concluiu o relator no parecer.
| Senado Notícias ( publicado em 05-12-2019) | | | | Estudo mostra que país tem mais trabalhadores com faculdade concluída do que ocupações que exigem curso ensino superior. Descompasso cresce desde o início de 2014, quando a crise econômica começou a dar os primeiros sinais.
O Brasil não tem dado conta de absorver todos os trabalhadores que fazem uma graduação em postos de trabalhos adequados. Hoje, quase 4 milhões de brasileiros que cursaram faculdade não encontram uma profissão que exija a conclusão do Ensino Superior.
Isso significa que essas pessoas estão em vagas de menor qualificação, ou desocupadas – a taxa de desemprego é de 6% entre a população com ensino superior completo.
Brasil não tem empregos suficientes para graduados
Atualmente, o Brasil tem 18,3 milhões de pessoas que terminaram a faculdade para 14,5 milhões de ocupações com exigência de curso de Ensino Superior. O levantamento foi realizado pela consultoria iDados, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
O número de trabalhadores com faculdade começou a superar a quantidade de vagas disponíveis no primeiro trimestre de 2014, quando a crise econômica começou a dar os primeiros sinais no país. Ao longo dos últimos anos, com o período recessivo e a lenta retomada, esse descasamento só aumentou.
"Muita gente está tendo de trabalhar fora da sua área de formação, está acontecendo um desencontro", diz Guilherme Hirata, pesquisador do iDados. "É um problema que tende a se agravar se a morosidade na economia continuar."
Hoje, o país tem 12,4 milhões de desempregados, de acordo com a última divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a crise do mercado de trabalho e sem espaço no setor privado, muitos brasileiros partiram para o trabalho por conta própria e para a informalidade.
Formada em desenho industrial, Lívia Fumie Koreeda, de 34 anos, foi demitida de uma rede varejista em 2017. Sem emprego formal, decidiu abrir a sua própria empresa para trabalhar com freelancer. No primeiro ano, chegou a conseguir um rendimento mensal até superior ao que recebia no emprego anterior.
No segundo ano como freelancer, no entanto, o quadro mudou. Os rendimentos passaram a cair e ela passou a atuar como tatuadora. "A partir do segundo ano e meio é que a renda foi diminuindo e, então, tive de rever meu posicionamento e escolhas de como atuar no mercado", diz.
Hoje, Livia ganha menos do que recebia no emprego com carteira assinada. Da renda mensal, 70% ainda vem dos trabalhos que realiza na área de desenho industrial, e o restante tem como origem o que ganha como tatuadora. Nos próximos anos, o objetivo dela é inverter essa relação.
Impacto na produtividade
A piora na qualidade do emprego traz uma série de consequências para a economia brasileira. Ela tem um impacto crucial na produtividade do país, por exemplo. O indicador é considerado fundamental para a melhora da atividade econômica e da renda da população brasileira.
Nos últimos anos, no entanto, com o emprego formal em queda, a produtividade brasileira está estagnada porque milhões de trabalhadores tiveram de recorrer a bicos e a trabalhos por conta própria para conseguir alguma renda. Com isso, passaram a agregar menos valor para a economia.
"O Brasil não tem criado ocupações sem setores dinâmicos há muito tempo. Então, há uma dificuldade para que as pessoas que se formam em profissões altamente qualificadas encontrem uma vaga equivalente", afirma o professor titular da Cátedra Ruth Cardoso no Insper, Naercio Menezes.
Embora os dados sejam negativos, cursar uma faculdade ainda é bastante vantajoso no país. Um trabalhador com mais anos de estudo sempre vai ter vantagem numa disputa por emprego, mesmo que a vaga não exija uma elevada qualificação. "Mesmo que o desemprego esteja afetando várias classes, ele ainda é menor entre quem tem ensino superior completo", afirma Naercio.
No Brasil, a taxa de desemprego é de 6% entre a população que tem ensino superior completo, de acordo com Naercio. Ela sobe para 14% no grupo que só cursou até o Ensino Médio.
Há uma diferença nos salários também. Quem tem faculdade ganha em média R$ 5 mil. A média de quem cursou ensino médio é de R$ 2 mil. "Esse diferencial salarial ainda é muito alto, o que mostra como a faculdade é importante", diz o professor do Insper.
| G1 | | | | Panorama da Pequena Indústria, novo boletim trimestral da CNI, revela que o desempenho dessas empresas foi o mais favorável para o período desde 2014
Em um cenário de leve aceleração da economia brasileira, as pequenas indústrias reagiram e começaram a colocar o pé no acelerador no terceiro trimestre de 2019. Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o Índice de Desempenho das pequenas indústrias registrou recuperação e ficou em 46,2 pontos entre julho e setembro.
O valor é um ponto superior ao registrado no mesmo período de 2018, está 3,3 pontos acima da média histórica e representa o maior patamar para um terceiro trimestre desde 2014, de acordo com o Panorama da Pequena Indústria.
Esta é a primeira vez que a CNI divulga uma sondagem com dados específicos de indústrias de pequeno porte. A pesquisa elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos apresentaram recuperação. No caso do desempenho, especificamente, o índice varia de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é o desempenho da empresa.
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o dado reflete o aquecimento da economia como um todo registrado no terceiro trimestre. A baixa demanda por bens industriais, que prejudicou a atividade da pequena indústria ao longo de todo o primeiro semestre, perdeu importância em relação aos principais problemas sinalizados pelas empresas.
“A pesquisa mostra que as empresas de pequeno porte começaram a perceber o aquecimento da economia brasileira. Se o Brasil equacionar os principais problemas que afetam os pequenos empresários, relacionados não apenas ao ambiente de negócios, mas também ao financiamento, esse processo de retomada será acelerado”, afirma Azevedo.
SITUAÇÃO FINANCEIRA – A pesquisa também mostra que as finanças melhoraram no penúltimo semestre de 2019. O Índice de Situação Financeira da pequena indústria alcançou 38,2 pontos – valor 1,0 ponto acima do registrado tanto no mesmo período de 2018 quanto da média histórica. Desde meados de 2017, o indicador vinha oscilando perto da série histórica, sem sequências positivas.
PERSPECTIVAS e CONFIANÇA FAVORÁVEIS – Os números da pesquisa da CNI revelam que, depois de reagir no terceiro trimestre, as pequenas indústrias estão otimistas quanto ao fechamento do ano. O Índice de Perspectivas da pequena indústria ficou em 49,9 pontos em outubro.
Apesar de ter recuado levemente na comparação com setembro, quando estava em 50,7 pontos, esse indicador encontra-se 3,5 pontos acima do registrado em outubro de 2018 e 4,6 pontos acima da média histórica. O índice varia de 0 a 100 pontos e, quanto maior, melhor a perspectiva da empresa.
O Panorama da Pequena Indústria também analisa o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da pequena indústria. A confiança reforça a perspectiva positiva dos empresários e permanece alta. Em outubro, esse indicador ficou em 57,5 pontos.
Embora o valor corresponda a um recuo de 1,1 ponto na comparação com setembro, o indicador segue 5,0 pontos acima de sua média histórica e 5,4 pontos acima do registrado em outubro de 2018. O indicador varia de 0 a 100 pontos. Neste caso específico, valores acima de 50 pontos revelam a confiança do empresário. Quanto mais acima dos 50 pontos, maior a confiança.
Entre os empresários que retratam o otimismo da pequena indústria brasileira, está Taciana Garcia, proprietária da Gavia Confecções, no Rio de Janeiro. Especializada na fabricação e comercialização de roupas femininas, ela acredita que aumentará o faturamento em 20% em 2020 na comparação com 2019 e já em janeiro pretende contratar dois novos colaboradores.
“O empresário precisa se qualificar sempre para estar preparado para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo”, comenta Taciana, que participou do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), da CNI em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
SOBRE A PESQUISA – O Panorama da Pequena Indústria é um novo boletim econômico da CNI que traz a análise dos dados da pequena indústria levantados pela Sondagem Industrial, Sondagem da Construção e o Índice de Confiança do Empresário Industrial. Todos os meses, as pesquisas ouvem mais de 900 empresários de empresas de pequeno porte.
Assim, a cada três meses, a CNI passará a divulgar a análise do desempenho, situação financeira e perspectivas da pequena indústria. Esta edição traz o retrato da pequena indústria entre julho a setembro e as expectativas de outubro. A próxima edição será divulgada no início de fevereiro, com a análise do 4º trimestre de 2019.
| CNI (publicado em 05-12-2019) | | | | Detalhes do acordo, que libera o comércio de veículos e autopeças entre os dois países, não foram divulgados. Anfavea vê acordo como positivo, mas aponta que mercado paraguaio é pequeno.
Brasil e Paraguai fecharam nesta quinta-feira (5) um acordo automotivo para liberar o comércio de veículos e autopeças entre os dois países. O processo foi concretizado no último dia da cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves (RS).
Um acordo do mesmo tipo foi assinado em junho com a Argentina e já existe um anterior a esse com o Uruguai.
O processo com o Paraguai foi acertado em meio à forte queda nas compras de veículos brasileiros pela Argentina, principal mercado do setor para o Brasil.
"Nós defendemos mais acordos, com mais países, porque isso aumenta a competitividade de exportação da indústria, e também de importação. O mercado paraguaio é pequeno, mas é benéfico para conseguirmos mais negócios", disse Luiz Carlos Moraes, presidente da associação das montadoras, a Anfavea, ao G1.
De acordo com a entidade, as exportações de veículos ao Paraguai somam de cerca de 13 mil unidades por ano, o que representa apenas cerca de 3% do total de veículos enviados para fora do Brasil pela indústria automotiva, considerando o acumulado entre janeiro e novembro.
"Obviamente, esse novo acordo com o Paraguai não vai compensar o tamanho da queda gerado pela crise na Argentina", apontou Luiz Carlos Moraes.
Nesta quinta-feira, a Anfavea, informou que as exportações totais de veículos montados caíram 8% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2018, para 31,7 mil unidades, acumulando tombo de 33% no ano, a 399,2 mil veículos.
Detalhes ainda não foram divulgados
Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados. O G1 entrou em contato com o Ministério da Economia, que ainda não se pronunciou sobre o caso. De acordo com a Anfavea, o padrão deve ser o mesmo adotado com a Argentina
| G1/Auto Esporte (publicado em 05-12-2019) | | | | De acordo com estudo realizado pela Federação, o número de empresas implantando ações para a nova indústria caiu 7% nos últimos dois anos
A atualização dos equipamentos de fábrica para máquinas voltadas à indústria 4.0 não é prioridade entre as empresas e tem seu ritmo caindo nos últimos anos. Essa é a conclusão do levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), após consultar 417 empresas.
De acordo com informações do estudo, que comparou os números coletados com os de uma pesquisa realizada em 2017, houve redução de 7% no número de empresas implantando ações para indústria 4.0, que era 30% há dois anos e atualmente está em 23%.
Apesar de o investimento nesse modelo de produção ter permanecido com o mesmo percentual de 1,3% do faturamento das empresas, mas a expectativa dos empresários é que haja um crescimento para 1,7% no ano que vem.
E essa diminuição é notada pelos tomadores de decisão: dos consultados para essa análise apenas 22% acreditam que estão fazendo “progresso substancial” nessa área, contra 35% de respondentes na edição passada. E apenas 3% da base da pesquisa acredita estar muito preparado.
A indústria 4.0 tem ocupado “baixa prioridade” na estratégia das empresas do público respondente, especialmente pelas marcas de menor porte. Entre as grandes companhias, a prioridade é média e alta para 90%.
De um modo geral, a maioria das empresas avaliadas ainda se encontra dentro da indústria 3.0, com baixa preparação para uma realidade em que sistemas conectados e dispositivos inteligentes farão parte das linhas de produção.
Obstáculos e desafios
Das dificuldades elencadas pela pesquisa para a implantação de tecnologia 4.0, encontram-se a falta de recursos próprios, pouca clareza sobre relação custo-benefício e funcionários não capacitados. Além de, pelo lado externo, problemas como custos elevados de implantação, pouco otimismo com o futuro e financiamento a taxas pouco atrativas.
Para José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp, acredita que muitos profissionais de alta liderança ainda não entendem o fato de que avançar tecnologicamente será um imperativo em um futuro
não muito distante.
O executivo também destaca que a participação do governo, por meio de incentivos, se faz necessária para acelerar o processo de digitalização e fazer com que a indústria brasileira não fique muito atrás da aplicada em outros continentes.
| Ind4.0 (publicado em 04-12-2019) | | | | A Indústria 4.0 é uma realidade que nos últimos tempos vem movimentando esforços, tecnologias, profissionais e cifras volumosas.
A Indústria 4.0 é uma realidade que nos últimos tempos vem movimentando esforços, tecnologias, profissionais e cifras volumosas. Neste contexto, nenhum setor fica de fora. Não é só dentro das fábricas que a Indústria 4.0 acontece, ela é também uma tendência em curso no campo, nas plantações e florestas.
“Em 10 anos, a projeção é de que este curso esteja ainda mais acentuado: 15% das empresas já deverão ter adotado práticas de indústria 4.0, também segundo dados da ABII”, afirma Paulo Renato Jotz, diretor de Marketing da Creare Sistemas, companhia especializada em soluções para gestão de frotas e telemetria, que conta com tecnologias para o mercado de Floresta 4.0.
O próprio termo Floresta 4.0 é um desdobramento da Indústria 4.0, que se caracteriza pela utilização de tecnologias digitais nos processos florestais para aprimorar a gestão, produtividade e segurança das operações. Tais tecnologias podem trazer uma evolução sem precedentes ao segmento florestal.
Um estudo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) mostra que o número de empresas do segmento que têm, desde 2018, aderido à inserção destes investimentos em suas estratégias de negócio, cresceu substancialmente, em projetos que abrangem da silvicultura à logística, passando, é claro, pela etapa industrial.
“Para atender a estes planejamentos, é importante contar com soluções que favoreçam a gestão do trabalho ao longo de toda a cadeia logística. O processo “transporte”, por exemplo, é de alto custo, mas vital para a indústria florestal 4.0, já que compreende levar os materiais da floresta até as fábricas e destas até os clientes. Ter controle e gestão sobre o processo de transporte e logística é fundamental”, comenta Jotz.
Soluções tecnológicas da Creare Sistemas estão em plena operação em grandes clientes do setor florestal, como Suzano, CMPC e Cenibra. Tratam-se de ferramentas para automatizar os processos logísticos, tornando-os mais produtivos e seguros.
Além disso, conta com conhecimento e expertise da empresa na área florestal, o que permite customizar soluções de acordo com as necessidades de cada cliente. Uma das soluções é o AgroLOG Celulose, que propicia a automação e otimização do processo logístico de transporte de madeira. “Em um único ambiente, a solução reúne recursos de monitoramento, gerenciamento, automação e controle remoto das operações de suprimento de madeira, desde o plantio até a entrega na indústria”, afirma o executivo.
O sistema permite analisar informações em tempo real através de dashboards no Centro de Controle de Operações, mostrando as Frentes de Carregamento, status operacional das gruas, caminhões em fila, veículos retornando carregados e se deslocando vazios, apresentando em mapas digitais a localização dos veículos e máquinas, inclusive registrando os tempos envolvidos em cada atividade para a elaboração de relatórios gerenciais.
Complementa a solução, uma série de funcionalidades relacionadas à segurança no transporte. O sistema monitora as velocidades, as freadas, os locais de parada, a jornada de trabalho e tempos de descanso e de alimentação, controle de rotas e até o monitoramento da fadiga e distração do motorista com o uso de câmera com inteligência artificial.
“Para a Creare Sistemas, a Indústria 4.0 e seu desdobramento em Floresta 4.0 já é uma realidade. Ter ferramentas de controle da logística de movimentação de madeira é um passo importante para aumentar a segurança e eficiência das empresas do setor florestal”, destaca o diretor.
| Ind4.0 (publicado em 05-12-2019) | | | | O programa de Integridade garante vantagens estratégicas que geram uma visibilidade positiva e atraem stakeholders
Introduzir uma cultura de ética, transparência e de boas práticas organizacionais é essencial para o sucesso do negócio, visto que contribui para uma imagem positiva e segura da instituição. E qual a melhor maneira de manifestar esses atributos da empresa? Por meio das práticas de Compliance. O termo já se consolidou no dicionário corporativo como sinônimo de ação em conformidade com os regulamentos e leis preestabelecidos.
Do inglês ‘to comply’, o também chamado Programa de Integridade atua dentro de uma instituição como ferramenta de governança prevenção e mitigação de riscos. Ou seja, trata-se do conjunto de políticas e diretrizes que visam evitar, detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidade que possam ocorrer. A vantagem: promove uma relação de transparência junto aos stakeholders e à sociedade.
De acordo com a 4ª edição da Pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, realizada em 2019 pela KPMG, aproximadamente 97% das empresas já adotaram o Programa de Integridade. “Compliance é uma ferramenta que todas as organizações deveriam ter para aumentar o lucro, porque à medida que mostra ao mercado o caminho certo a ser trilhado e as ‘regras do jogo’, a instituição dá transparência e confiança a quem deseja investir”, explicou o diretor de compliance da UGP Brasil, Renato Thé.
O que faz o Programa de Integridade?
Um bom projeto de compliance é responsável por implementar o Código de Ética e Conduta da empresa, realizar treinamentos periódicos com o quadro de funcionários para internalizar o Código, introduzir uma plataforma para denúncias de atividades antiéticas ou ilegais no ambiente de trabalho, bem como realizar o monitoramento e as diligências cabíveis quanto às denúncias. O setor também é responsável por desenvolver mecanismos para detectar e evitar desvios e fraudes.
Esse conjunto de políticas e diretrizes estabelecidos serve, entre outras coisas, para prevenir a lavagem de dinheiro e o gerenciamento de riscos. E, com a instauração da Lei Anticorrupção (12.846/13), a procura por Programas de Integridade foi intensificada, posto que a lei responsabiliza organizações por atos ilícitos praticados dentro do ambiente corporativo e prevê multa de até 20% do faturamento bruto anual.
A lei define também que qualquer empresa - estrangeira ou nacional - que ofereça serviços à Administração Pública Federal e aos estados e municípios, necessita apresentar ações que visem a transparência das operações.
Vantagens competitivas
“Se você pensa que o compliance é caro, experimente não adotá-lo”, já dizia o ex-Procurador Geral da Justiça dos Estados, Paul McNulty, enquanto tentava convencer companhias a darem atenção ao Programa de Integridade. Antes interpretado como custo evitável pelos empresários, o programa é, na verdade, uma mão na roda para empresas que desejam melhorar os níveis de governança, reduzir riscos e ajudar a evitar fraudes e desvios éticos.
“Estudos provenientes da Harvard Business Review mostraram que um Programa de Integridade é necessário, à primeira vista, como uma ferramenta para melhorar os lucros, mas os benefícios vão além. Funciona como instrumento para organizar procedimentos e processos ao longo da cadeia produtiva das empresas que, consequentemente, acaba contribuindo para o enriquecimento de clientes e cidadãos”, elucidou Thé.
Case
Se bem estruturado, o serviço já coloca o negócio à frente dos demais e potencializa o crescimento e desenvolvimento da instituição. O Grupo Piran, por exemplo, atua há 25 anos no mercado financeiro e imobiliário, e recentemente introduziu o compliance na empresa para reforçar os valores e compromissos da instituição.
“Investir em protocolos de transparência e segurança contra riscos é determinante. Para nós ainda mais, porque atuamos no setor de fomento mercantil, que é regulado pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF) -- antigo COAF -- e, portanto, todas as atividades precisam ser transparentes e de acordo com a legislação”, explicou o empresário Valdir Piran Jr., Vice-presidente do Grupo Piran.
Levando em consideração a atividade de fomento comercial ou mercantil -- o factoring -- a instituição implantou também medidas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao terrorismo. Todas presentes no programa de compliance. “Adotar o Programa de Integridade foi essencial para garantir maior excelência na prestação de serviços e aumentar a confiança entre stakeholders e a instituição”, comentou o Vice-presidente.
Ter um programa de integridade também foi decisivo para a empresa se destacar em negociações entre organizações nacionais e o Governo Federal, visto que o instrumento atrai parceiros e investidores. “Com a adoção do programa, as organizações podem mostrar aos stakeholders como eles desenvolvem as atividades, os produtos e os serviços”, explanou o diretor de compliance da UGP Brasil.
| CIMM (publicado em 04-12-2019) | | | | Para Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, o país caminha para retomar grau de investimento
O ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) usou a música “Se você pensa”, do cantor Roberto Carlos, para dizer a uma plateia de representantes do mercado financeiro que o país voltou a crescer e que é necessário mostrar isso a investidores estrangeiros e agências de classificação de risco.
Durante evento organizado pela XP Investimentos nesta quinta-feira (5), o ministro afirmou que o país caminha para retomar o grau de investimento, nota dada a países com baixo risco de calote.
“O que está faltando para o rating melhorar? Uma pequena ideia de crescimento. Se a gente começa a mostrar que está crescendo, essa nota de risco vai ser corrigida. Temos todas as condições de retornar ao investment grade. Isso não vai ser nenhum desafio”, afirmou.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, aparece sentado, na frente de um fundo verde, concedendo uma entrevista.
“O Brasil é um ótimo lugar para se investir. Vender Brasil lá fora não é só papel do governo. O Brasil está igual música de Roberto Carlos, ‘daqui pra frente tudo vai ser diferente’”, disse o ministro.
Sobre infraestrutura, o ministro disse que o próximo leilão de aeroportos deve ocorrer em outubro do ano que vem, incluindo cidades como Manaus (AM), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Foz do Iguaçu (PR). A consulta pública estará à disposição no final de janeiro ou início de fevereiro.
Posteriormente, será a vez da licitação que inclui Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e outros 17 aeroportos.
Nas rodovias, o governo espera conceder cerca de 5.000 km no próximo ano, incluindo o leilão da Nova Dutra (Rio-São Paulo, cuja concessão termina em 2021.
As primeiras desestatizações de portos também começam em 2020, incluindo o início dos estudos para Santos (SP), que poderá ser em conjunto com São Sebastião (SP).
O ministro disse também que é necessário trabalhar a imagem do país no exterior em relação ao meio ambiente e que o país é a maior potência agroambiental do mundo.
“Estamos trabalhando muito a questão do meio ambiente. Estamos deixando isso muito claro para os investidores e até apagando alguma narrativa errada que passou lá para fora. Somos líderes na questão ambiental e, de repente, nos permitimos entrar no papel de vilão. Não somos vilões do meio ambiente”, afirmou o ministro.
| Folha de S. Paulo (publicado em 05-12-2019) | | | | Para secretário de Tesouro e economistas, novas reformas são necessárias para garantir retornada
A economia brasileira pode ter um crescimento de 2,5% em 2020, de acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, que citou a projeção com base na expectativa de investimentos apresentados por empresas no país para o próximo ano.
Mansueto afirmou também que o Brasil deve ter uma melhora na sua nota de crédito se persistir nas reformas na área econômica.
“Já estou escutando, pelo tipo de investimento e planejamento de algumas empresas, que a gente pode ter, pelo menos, um crescimento de 2,3%. Pode ser maior. O crescimento pode tranquilamente ser por volta de 2,3%, 2,5%", afirmou o secretário durante evento da XP Investimentos sobre perspectivas para 2020.
“A gente está terminando o ano de 2019 e começando 2020 em um cenário muito melhor do que o governo e o mercado esperava.”
Segundo Mansueto, até maio deste ano o cenário era que um governo recém-eleito, sem base política, não conseguiria aprovar uma reforma da Previdência robusta em termos de economia como a que foi promulgada.
Ainda na área fiscal, a expectativa era um déficit de R$ 132 bilhões, que deve terminar o ano na casa de R$ 60 bilhões a R$ 80 bilhões, e que a dívida bruta superasse a marca de 80% do PIB (Produto Interno Bruto), algo que não irá mais acontecer.
O secretário disse também esperar que, nos próximos meses, pelo menos duas agências de classificação de risco coloquem a nota de crédito do Brasil em perspectiva positiva, ou seja, com indicação de que o país subirá um degrau na escada que o separa do grau de investimento.
“A perspectiva é muito boa [de ter melhora na nota de crédito do Brasil em 2020]. Se a gente persistir nas reformas o upgrade é questão de tempo”, afirmou.
Sobre as reformas, Mansueto falou sobre as três PECs (Proposta de Emenda à Constituição) que ajustam o gasto público e sobre a necessidade de se fazer uma reforma administrativa e alterar o sistema tributário.
Essa últimas são duas propostas cuja apresentação tem sido adiada pelo governo e podem ficar para o próximo ano.
No mesmo evento, Ana Carla Abrão, economista e sócia da consultoria Oliver Wyman, afirmou que o país está colhendo, ainda de forma muito tímida, os frutos das reformas econômicas que estão sendo feitas desde 2017 e que ainda é necessário fazer reformas na esfera federal e também estadual.
“Uma série de medidas que vieram em 2017 e 2018 estão maturando. Até pouco tempo, o debate era se iríamos colapsar ou não. Mas essa foi uma agenda do governo federal. Estados e municípios ainda não entraram nessa agenda de forma sistemática, infelizmente."
A economista-chefe da XP, Zeina Latif, que comandou o debate, afirmou que "o retrato" de 2019 não é exatamente bom na área econômica, pois o PIB não deve crescer acima dos 1,3% vistos nos dois anos anteriores e a agenda de reformas que não conseguiu avançar tanto quanto era esperado no além da Previdência.
“Mas o filme ao longo do ano foi positivo. A gente vê o mercado de crédito mais operacional e uma economia que ganhou tração ao longo do segundo semestre. Hoje, as incertezas em relação ao próximo ano, o risco de termos uma tremenda decepção com o PIB do ano que vem, diminuiu”, disse a economista.
Zeina afirmou que a inflação não traz preocupação e que, mesmo que o Banco Central tenha de subir os juros no ano que vem, ao que pode ocorrer, não será um choque de juros.
| Folha de S. Paulo (publicado em 05-12-2019) | | | | As empresas captaram R$ 440,8 bilhões entre janeiro e novembro deste ano no mercado de capitais, no mercado doméstico e externo, volume que é o maior da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), disse o vice-presidente da associação, José Eduardo Laloni. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número representa aumento de 60,6%.
A renda variável foi destaque, com R$ 78,3 bilhões em captações realizadas por meio de follow on e IPOs, de janeiro a novembro, contra R$ 11,3 bilhões no mesmo período de 2018. Laloni lembrou que este é o maior volume registrado nos últimos anos, superando inclusive o ano de 2007 (R$ 75,5 bilhões) “Passamos esse valor e ainda temos três semanas para termos boas notícias, com quatro ofertas em andamento ou a caminho que podem levar 2019 para um número ainda maior”, observou.
Laloni citou ainda que as iniciativas do governo de desestatização e desinvestimentos influenciaram esse número, concentrando a maior parte das ofertas secundárias de ações, as quais somaram R$ 48,9 bilhões até novembro, contra R$ 6,5 bilhões no mesmo intervalo de 2018.
Na renda fixa, as debêntures somaram R$ 153,5 bilhões, um aumento de 12% em relação a janeiro e novembro do ano passado.
O executivo comentou ainda sobre os números do mercado secundário, onde o volume negociado foi de R$ 18 bilhões em novembro, contra cerca de R$ 5 bilhões em novembro do ano passado. “É impressionante e veremos crescer mais”, observou, lembrando que esse evento é relevante para a indústria de fundos, ao dar liquidez e previsibilidade aos gestores.
A indústria de híbridos também mostrou crescimento importante, atingindo R$ 114,3 bilhões, com destaque aos fundos imobiliários, que passou de R$ 141 bilhões de janeiro a novembro do ano passado para R$ 32,5 bilhões no acumulado deste ano.
| Tribuna PR ( publicado em 05-12-2019) | | | | O câmbio desvalorizado, sem sombra de dúvidas, é uma das principais variáveis macroeconômicas que contribuiu para o não crescimento do faturamento da indústria do setor eletrônico em 2019 em relação a 2018, disse nesta quinta-feira, 5, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
A história contada pelos números é a de que o faturamento do setor este ano deve crescer 5% em relação a 2018, mas anulado pela inflação do segmento também deve registrar igual taxa de 5%. Ao mesmo tempo uma sondagem feita pela Abinee mostra que 76% dos consultados esperam crescimento para 2020.
Questionado se o câmbio em processo de desvalorização não seria um risco para o otimismo do setor, Barbato disse que sim e que parte do não crescimento este ano, além da inflação, teve a participação do câmbio.
“Sem sombra de dúvidas uma das justificativas é o aumento dos produtos por conta dos preços mais altos dos insumos”, disse Barbato.
Em seguida ele emendou que os economistas da entidade têm afirmado que a tendência é a de o dólar se manter no patamar atual, oscilando entre R$ 4,00 e R$ 4,10.
Contudo, de acordo com o presidente da Abinee, as empresas brasileiras trabalham com um nível elevado de componentes importados, mas elas também utilizam uma quantidade significativa de componentes nacionais, o que acaba, de certa forma, por minimizar o impacto da desvalorização cambial nos preços dos produtos acabados.
Outro ponto citado por Barbato para justificar sua expectativa de que não haverá em 2020 um repasse integral da desvalorização cambial é a luta acirrada das empresas por market share.
“Tendência é de as empresas segurarem o repasse do dólar. Se ocorrer algum repasse será apenas na extremidade da necessidade”, disse Barbato. Ele participa da coletiva almoço de imprensa de fim de ano da entidade.
Faturamento
Faltando 26 dias para o encerramento do ano, a Abinee já dá como definitivos os números disponíveis. Partindo deles, a indústria eletroeletrônica faturou R$ 154 bilhões neste ano. O valor, em termos nominais, superou em 5% a receita de R$ 146,1 bilhões anotada em 2018.
Em termos reais, porém, não deve haver incremento porque a inflação do setor no ano, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve fechar em 5%, estima a Abinee.
“A atividade produtiva este ano ficou aquém das expectativas, em função, principalmente, da demora na aprovação das reformas, que só tiveram encaminhamento positivo no segundo semestre”, disse Barbato. Ele acrescentou que, no caso específico do setor, contribuiu para o desempenho aquém do esperado a demora da Lei de Informática, que só foi aprovada no segundo semestre.
Capacidade instalada
A produção de bens da indústria eletroeletrônica em 2019 deverá permanecer no mesmo nível do ano passado. Mas a utilização da capacidade instalada mostrou pequeno acréscimo, devendo passar de 74% no final do ano 2018 para 75% no final de 2019, segundo a Abinee.
O número de empregados no setor, segundo o presidente da Abinee aumentará de 232,2 mil em 2018 para 235 mil no final de 2019, o que representa elevação de 1,2%. Isso representa um crescimento de 2,8 mil novos trabalhadores no quadro de funcionários do setor.
Exportações
As exportações pouco contribuíram para a atividade da indústria eletroeletrônica uma vez que deverão cair 5% neste ano em relação a 2018, passando de US$ 5,9 bilhões para US$ 5,6 bilhões.
Essa queda está ocorrendo especialmente para os países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), destino para o qual as vendas brasileiras recuaram 15%, com destaque para a retração das exportações para a Argentina, em 24%, e também para a União Europeia, com recuo de 27%.
“Em conjunto, estes blocos absorveram 63% das exportações de bens do setor em 2018. Já em 2019 deverão diminuir para 54% do total. Por outro lado, observou-se elevação de 29% nas exportações para os Estados Unidos, que passarão de US$ 1,3 bilhão para US$ 1,7 bilhão no período citado, representando 31% do total”, explicou o presidente da Abinee. Estão contribuindo para este crescimento, principalmente, as exportações de equipamentos industriais, componentes para equipamentos industriais e bens para automação industrial.
Quanto às importações, o acréscimo será de 1% no ano de 2019 na comparação com 2018, passando de US$ 31,8 bilhões para US$ 31,9 bilhões. Nessas aquisições, os destaques são as importações de itens de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica – GTD, com 47% e de equipamentos industriais, com elevação de 13%.
No caso de GTD, as importações de módulos fotovoltaicos deverão atingir US$ 950 milhões, 64% acima das verificadas no ano de 2018. Essas importações são decorrentes da expansão na geração de energia solar no País, uma vez que o Brasil possui pouca produção local de equipamentos de geração deste tipo de energia.
Com isso, o déficit da balança comercial atingirá US$ 26,4 bilhões, resultado 2% superior ao apresentado no ano passado, de US$ 25,9 bilhões.
Sondagem para 2020
Os empresários do segmento da indústria eletroeletrônica trabalham com expectativas mais favoráveis para 2020. Segundo a mais recente sondagem feita pela Abinee, 76% das empresas projetam crescimento nas vendas ou nas encomendas no próximo ano; 21%, estabilidade e apenas 3%, queda.
Também o último Índice de Confiança do Setor Eletroeletrônico (ICEI) divulgado pela Abinee, em novembro, atingiu 61 pontos. Acima de 50 pontos, o ICEI indica confiança do empresário.
“Estamos encerrando 2019 com um Índice de Confiança positivo, porém, menor do que o do ano passado”, observa o presidente da Abinee. Em novembro de 2018, logo depois das eleições, o otimismo era maior e o ICEI havia alcançado 65,2 pontos.
PIB
Considerando a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% e inflação em torno de 3,6% ao ano em 2020, o setor eletroeletrônico espera um crescimento de 8% nominais no seu faturamento, para R$ 166 bilhões, e de 4%, descontada a inflação.
A Abinee também projeta elevação de 3% na produção e aumento no nível de emprego, que deve passar de 235 mil para 239 mil trabalhadores.
As exportações devem crescer 4% e as importações, 11%. “Aos poucos a economia vai se reativando e o ambiente parece demonstrar uma maior confiança dos empresários”, afirmou o presidente do Conselho da Abinee, Irineu Govêa.
| Tribuna PR ( publicado em 05-12-2019) | | | | A atividade econômica da construção civil vai fechar o ano em alta pela primeira vez após cinco anos consecutivos de queda. A perspectiva é que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil cresça 2,0% em 2019. Até o fim do terceiro trimestre, a alta já havia alcançado 1,7%. Esse resultado positivo coloca fim a um ciclo de retração que perdurou entre 2014 a 2018, quando o PIB setorial encolheu 30%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O avanço do PIB da construção neste ano está sendo puxado, essencialmente, pelo consumo das famílias, enquanto as atividades empresariais ficaram em segundo plano. O levantamento mostrou que a previsão de alta de 2,0% do PIB da construção em 2019 será composta por: autoconstrução e reformas (3,0%), serviços especializados para obras (2,5%) e infraestrutura (1,0%) e edificações (0,0%).
“Quem puxa o crescimento do setor continua sendo o consumo das famílias por meio da autoconstrução, seja de reformas ou obras novas”, destacou a coordenadora de estudos da construção da FGV, Ana Maria Castelo.
Ela apontou que o segmento de infraestrutura tem um crescimento muito baixo, pois há poucas obras de grande porte em andamento, dada a falta de recursos nos cofres públicos. Já o setor de edificações, que inclui os prédios residenciais e comerciais, ainda não decolou.
Castelo explicou que o reaquecimento do mercado imobiliário ainda está concentrado em poucas praças, como a cidade de São Paulo. “Esse mercado está bombando em São Paulo, mas no restante do País a magnitude da retomada ainda é variada”, ponderou.
Em fevereiro, o Sinduscon e a FGV anunciaram a perspectiva de que o PIB da construção iria crescer 2,0% em 2019, mas, em maio, revisaram a projeção para 0,5%, em meio às notícias de revisão para baixo do PIB nacional. Agora, voltaram a elevar para 2,0%.
Segundo Castelo, o resultado de 2019 surpreendeu. “O ano começou mal. Mas a partir do segundo trimestre, vimos sinais positivos de alguns setores. O principal deles foi o de consumo das famílias. A liberação dos saques do FGTS tem tido uma força vigorosa”, destacou.
O presidente do Sinduscon, Odair Senra, também celebrou a reviravolta. “A percepção é de que a crise do setor ficou para trás”, analisou.
Com a melhora da atividade, a quantidade de pessoas empregadas na construção civil cresceu 1,59% na comparação dos dez primeiros meses de 2019 com o mesmo período de 2018, com a abertura de 36,5 mil postos de trabalho. No fim de outubro, o setor empregava 2,410 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
2020
Para 2020, a projeção é que o crescimento do PIB da construção seja de 3,0%, mostrando uma aceleração na comparação com 2019.
A expectativa é de que o consumo das famílias continue como a principal força da retomada da economia, inclusive do setor da construção.
Além disso, o presidente do Sinduscon previu que a atividade setorial ganhará força assim que os estandes dos novos empreendimentos imobiliários residenciais se transformarem em obras, fomentando uma movimentação mais intensa de trabalhadores, insumos e serviços. “As perspectivas são de um crescimento mais expressivo das edificações residenciais”, afirmou Senra.
Ainda não está totalmente claro, entretanto, qual será o peso do Minha Casa Minha Vida (MCMV) no PIB, uma vez que o programa sofre com gargalos na liberação de recursos. “O MCMV pode ter impactos negativos, se ocorrerem novas paralisações”, ponderou Castelo.
| Tribuna PR ( publicado em 05-12-2019) | | | | No acumulado do ano, há alta de 7,2%, e previsão é de crescimento em 2020
O mercado interno vem sustentando a produção de veículos, enquanto as exportações seguem em baixa.
Segundo dados divulgados nesta quinta (5) pela Anfavea, associação que reúne as montadoras instaladas no Brasil, a produção em novembro caiu 7,1% na comparação ao mês de novembro de 2018, mas os emplacamentos aumentaram 4,9% no mesmo período.
Em relação a outubro, a produção caiu 21,7% e as vendas tiveram recuo de 4,4%.
Apesar de novos contratos de montadoras com o México e países africanos, o impacto da recessão na Argentina derrubou os envios de veículos para o exterior. A queda acumulada é de 33,2% em relação a 2018.
Espera-se que a Argentina inicie a recuperação de seu mercado interno em 2020. Qualquer crescimento parecerá percentualmente vultoso, pois as vendas de veículos no principal parceiro comercial do Brasil acumula queda de 44% entre janeiro e outubro na comparação com 2018.
Com a estabilidade no mercado interno, a entidade começa a olhar para 2020.
Os 2,77 milhões de veículos produzidos entre os meses de janeiro e novembro representam uma alta de 2,7% na comparação com igual período de 2018. O número inclui carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões
No mercado nacional, as vendas de carros de passeio e veículos comerciais leves ultrapassaram dois milhões de unidades entre janeiro e novembro. Com isso, acumulam alta de 7,2% na comparação com o mesmo período de 2018.
Com 118.164 emplacamentos, o setor de pesados registra crescimento de 36,9% em 2019. Os dados são da Fenabrave, entidade que representa as revendedoras de veículos.
Em relação a 2020, a Anfavea mantém o otimismo e se baseia em uma pesquisa. O estudo feito pela entidade em parceria com o portal Webmotors, do banco Santander, mostra que 85% dos 6.727 entrevistados pretende trocar de carro ou adquirir um em 2020.
Vale dizer que esses entrevistados visitaram um site especializado na compra e venda de carros, o que já demonstra interesse no negócio. Ainda assim, o resultado é reflexo do envelhecimento da frota.
Consumidores habituados a renovar seus veículos s cada dois ou três anos adiaram a troca devido ao período de crise. Agora, pretendem revender seus automóveis que já estão fora da garantia e adquirir um novo modelo, seja zero-quilômetro ou seminovo.
A redução das taxas de juros também influencia o aumento das vendas, embora o setor não acompanhe de imediato a queda da taxa Selic. Os bancos começam a oferecer alternativas mais atraentes para seus clientes e a expandir a oferta de financiamento.
De acordo com o departamento financeiro da Volkswagen, o crédito destinado ao setor automotivo cresce 31% entre 2016 e 2019 e deve chegar a R$ 207,8 bilhões em 2020.
Mas há preocupações com a possível alta nos custos de produção devido ao retorno da taxação sobre o aço exportado para os EUA por Brasil e Argentina. “O impacto é na veia, não tem como evitar a alta dos custos. Cada fabricante está procurando um remédio para essa dor”, diz Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
| Folha de S. Paulo (publicado em 05-12-2019) | | | | 2020 deve ser melhor, mas país zumbi vive de bolo de pote e aplicativo de comida
É um erro perguntar se o Brasil vai viver outra década perdida na economia. Já viveu. Ao final deste ano, a renda per capita ainda será menor que a de 2010.
E daí?
Estatísticas históricas não pagam dívidas. Agora seria o caso de “enterrar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos” (ou abrir?), como teria dito um marquês ao rei de Portugal sobre o que fazer depois do terremoto de Lisboa, em 1750. Mais difícil é o que fazer diante de tantos mortos-vivos da miséria de 2020, mas o marquês desconhecia o apocalipse zumbi.
A história da renda per capita serve para nos lembrar do buraco em que ainda estamos, fossa esquecida nestes dias de discussões sobre ninharias decimais e outros ruídos estatísticos do PIB, festejado com bajulação, quando não com mentiras em TV nacional. A economia vai crescer 1,1% ou 1,3%? É “néris e reles e nem nada de nada” (cortesia de Haroldo de Campos, o poeta).
É verdade que, desde 2014, não havia perspectiva mais fundamentada de algum crescimento como agora. O ano de 2020 pode ser melhor, dados os desempenhos do segundo e do terceiro trimestres de 2019, o estímulo artificial da demanda (“voilà”) de FGTS e afins, juros baixos e certa arrumação da casa fiscal.
Caixas de um supermercado vistos de cima, com pessoas comprando e pagando suas compras.
O que será esse PIB depois da gripe? Segue um exemplo, de relatório do Credit Suisse:
“Os números mais favoráveis da população empregada e a implementação de medidas para tornar o mercado de trabalho mais flexível no Brasil devem mudar a composição da massa salarial nos próximos anos. Esperamos que a massa salarial continue a apresentar expansão moderada em 2020-2021. O principal motor desta aceleração deve ser a expansão da população empregada, com crescimento do salário real mais modesto do que em anos anteriores”.
Isto é, a soma de rendimentos do trabalho vai crescer porque deve haver mais gentes empregadas, não por que vão ganhar mais, também por causa da reforma trabalhista. O salário médio ora cresce ao ritmo anual de 0,6%.
Sim, estão dadas algumas condições necessárias, quando não típicas, de saída de recessões, como juros baixos e salários reais deprimidos. Mas o fato é que o impulso para crescer será pequeno, embora seja difícil prever parte da reação de empresas às condições econômicas e financeiras.
Não haverá grande investimento privado, não haverá obras concedidas à iniciativa privada e o investimento público ainda vai minguar, o que tem sido até comemorado por muito analista Pangloss jeca, um mercadismo do mais vulgar. No mais, vai devagar a limpeza de entulhos regulatórios e distorções de mercado que tornam a economia essa ineficiência cartorial demente.
Muito importante, não se sabe até quando vai funcionar esta nossa geringonça de direita, o “parlamentarismo branco” que governa o país na economia e no mais contém tentativas de atrocidade maior do governo.
Jair Bolsonaro continua firme no seu propósito de “quebrar o sistema” político-partidário e democrático. Note-se que tumulto político anual tem sido a norma desde 2013, o que muito contribuiu para destroçar a economia.
Ainda atravessamos a “noite dos desesperados”, aquele filme sobre os concursos sinistros de dança sem fim da Grande Depressão nos Estados Unidos: os dançarinos que não morressem de exaustão levavam um troco para casa.
No concurso de 2020, ganha quem não morrer depois de uma maratona 24/7 de entrega de bolo de pote para um aplicativo de restaurante.
Vinicius Torres Freire- Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
| Folha de S. Paulo | | | |
É o maior valor para o mês desde 2015. Em 12 meses, IPCA avançou para 3,27%, acima dos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, mas ainda abaixo da meta de inflação.
Inflação sobe para 0,51% em novembro, impulsionada pelo preço da carne
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,51% em novembro, depois de ter ficado em 0,10% em outubro, segundo divulgou nesta sexta-feira (6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Este foi o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA ficou em 1,01%", informou o IBGE. Em novembro de 2018, houve deflação de 0,21%.
Trata-se também da maior inflação mensal desde abril (0,57%).
A alta no mês foi puxada pela aceleração dos preços do grupo "alimentação e bebidas" (0,72%), impactado principalmente pelo aumento do preço das carnes (8,09%), que exerceram o maior impacto na taxa de inflação do mês. O item representou, sozinho, 0,22 ponto percentual (quase metade) do IPCA de novembro.
Carne fica mais cara em todas as regiões do país, aponta Dieese
5 pontos para entender o aumento no preço da carne no mercado brasileiro
A disparada do preço das carnes decorre principalmente da maior demanda da China e da desvalorização do real frente ao dólar. “Isso incentiva a exportação, restringindo a oferta interna e elevando o preço dos produtos”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
No acumulado no ano, a alta no preço das carnes chega a 12,15%. Em 12 meses, o avanço é de 14,43% – quatro vezes acima da inflação oficial do país.
Variação dos preços das carnes no acumulado no ano:
Capa de filé: 15,54%
Peito: 15,29%
Chã de dentro: 14,63%
Costela: 14,18%
Carne de porco: 13,73%
Acém: 13,59%
Filé-mignon: 12,80%
Pá: 12,38%
Lagarto comum: 12,36%
Patinho: 11,94%
Músculo: 11,51%
Alcatra: 10,03%
Fígado: 9,42%
Lagarto redondo: 9,38%
Contrafilé: 8,71%
Carne de carneiro: 1,68%
Inflação em 12 meses sobe para 3,27%
Com o resultado de novembro, o índice oficial de inflação acumula alta de 3,12% no ano. Em 12 meses, o IPCA avançou para 3,27%, acima dos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, mas permanecendo abaixo da meta definida pelo governo para o ano (4,5%).
Apesar da aceleração dos preços neste final de ano, a inflação segue comportada e em patamar baixo, favorecida pelo ritmo de recuperação ainda fraco da economia, desemprego elevado e demanda fraca.
Loterias e energia pesam mais no bolso
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. A maior alta foi em despesas pessoais, influenciado pela alta no item jogos de azar (24,35%), em razão dos reajustes nos preços das loterias federais.
Veja a inflação de novembro por grupos e o impacto de cada um no índice geral:
Alimentação e Bebidas: 0,72% (0,18 ponto percentual)
Habitação: 0,71% (0,11 p.p.)
Artigos de Residência: -0,36% (-0,01 p.p.)
Vestuário: 0,35% (0,02 p.p.)
Transportes: 0,30% (0,05 p.p.)
Saúde e Cuidados Pessoais: 0,21% (0,03 p.p.)
Despesas Pessoais: 1,24% (0,13 p.p.)
Educação: 0,08% (0 p.p.)
Comunicação: -0,02% (0 p.p.)
A alimentação no domicílio, que havia registrado deflação (-0,03%) em outubro, subiu 1,01% em novembro. Outro destaque de alta foi o custo da alimentação fora do domicílio, que subiu 0,21%, influenciada pelo item lanche (0,56%). Por outro lado, houve queda no preço da batata-inglesa (-14,27%), tomate (-12,71%) e cebola (-12,48%).
Nas despesas com habitação, a alta foi puxada pela alta da energia elétrica (2,15%), decorrente, em grande parte, da mudança de bandeira tarifária. Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora. Em novembro, passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1, cujo valor foi reajustado de R$ 4 para R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora.
No grupo "transportes", os preços dos combustíveis subiram 0,78%, mas houve desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 1,38%. A gasolina subiu 0,42% e o diesel teve alta de 0,38%. Já as passagens aéreas ficam 4,35% mais caras.
Perspectivas e meta de inflação
A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 5% ao ano – mínima histórica.
A expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta do governo. Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 3,52% no ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para 2020, a previsão é de uma inflação de 3,60%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
O mercado segue prevendo também mais um corte nos juros, com a Selic encerrando 2019 em 4,5% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção continua em 4,5% ao ano.
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Inflação por regiões
Quanto aos índices regionais, 7 das 16 áreas pesquisadas tiveram alta acima do IPCA de novembro, sendo que a maior variação regional foi em São Luís (1,05%). A região metropolitana do Recife e Aracaju registraram o menor índice (0,14%).
Veja todos os índices regionais:
São Luís:1,05%
Belém: 0,93%
Rio Branco: 0,72%
São Paulo: 0,70%
Goiânia: 0,70%
Campo Grande: 0,65%
Curitiba: 0,61%
Porto Alegre: 0,47%
Belo Horizonte: 0,46%
Vitória: 0,39%
Brasília: 0,38%
Salvador: 0,23%
Fortaleza: 0,22%
Rio de Janeiro: 0,17%
Recife: 0,14%
Aracaju: 0,14%
INPC de novembro foi de 0,54%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é usado como referência para reajustes salariais, acelerou para 0,54% em novembro, ante 0,04% em outubro. Trata-se também do maior para um mês de novembro desde 2015. A variação acumulada no ano ficou em 3,22% e, no acumulado em 12 meses, o índice acelerou para 3,37%, acima dos 2,55% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
| G1 | | | | A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou novembro com alta de 0,51%, ante um aumento de 0,10% em outubro, informou nesta sexta-feira, 6, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A elevação de 0,51% em novembro foi o maior resultado para o mês desde 2015, quando a taxa tinha avançado 1,01%, informou o IBGE. Em novembro de 2018, o IPCA havia ficado negativo em 0,21%.
Como resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 2,54% em outubro para 3,27% em novembro, permanecendo consideravelmente abaixo da meta de 4,25% perseguida pelo Banco Central (BC) este ano. Já a taxa acumulada pela inflação no ano foi de 3,12%.
| Tribuna PR | | | | Na linha amarela (máquinas de movimentação de terra) estima-se um aumento de 31%
O mercado de equipamentos para construção está em franca recuperação. Pelo segundo ano consecutivo, o segmento vai apresentar um aumento na comercialização de máquinas da linha amarela – movimentação de terra.
Em 2019, a estimativa é de um crescimento de 31% ante 2018, totalizando 16,6 mil unidades vendidas contra 12,7 mil unidades comercializadas no ano anterior. A informação é do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).
Nesse segmento, as vendas de retroescavadeiras devem ter uma alta de 57% em 2019, chegando a 5,6 mil unidades comercializadas. A estimativa é que as escavadeiras hidráulicas subam 34% nas vendas bem como as miniescavadeiras e minicarregadeiras alcancem percentuais de crescimento de 86% e 48%, respectivamente.
O Estudo Sobratema também estima as vendas de caminhões rodoviários demandados na construção, cuja previsão é de alta de 41% neste ano. A categoria “demais equipamentos”, que contempla guindastes, compressores portáteis, manipuladores telescópicos, plataformas aéreas e equipamentos para concreto, também contemplam dados positivos, com uma alta de 77% em 2019. Os caminhões betoneira devem obter a maior elevação com 169%, seguidos pelas plataformas aéreas (75%) e manipuladores telescópicos (65%).
Somada todas as categorias – linha amarela, demais equipamentos e caminhões rodoviários –, as vendas totais de máquinas para construção devem crescer 37% em 2019 em comparação a 2018. No total, serão 26,4 mil unidades comercializadas neste ano contra 19,3 mil unidades no ano anterior.
Ano de 2020
Para o próximo ano, o Estudo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção estima o aumento de vendas da ordem de 10% no segmento de máquinas da linha amarela e de 13% para todo o setor de equipamentos para construção.
Editado desde 2007, o Estudo retrata a importância econômica do setor, auxilia na formulação das políticas que facilitam a aquisição de equipamentos modernos e eficientes, e é também um instrumento de planejamento muito útil para as empresas do setor. A compilação e análise dos dados conta com a consultoria econômica do jornalista e economista Brian Nicholson.
| CIMM | | | | Veículos estão sendo testados em São Paulo na entrega de bebidas pela Ambev e produção em série começará em 2020
A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) vai investir R$ 110,8 milhões para preparar a linha de montagem da fábrica de Resende (RJ) para o início da produção em série do caminhão elétrico e-Delivery, no segundo semestre de 2020. A empresa já tem um acordo de compra de 1,6 mil unidades do veículo por parte da fabricante de bebidas Ambev e de seus distribuidores.
A montadora entregou dois modelos para testes da Ambev que, há um ano, estão sendo usados em serviços de entrega de bebidas em São Paulo. Até o fim do mês colocará mais 17 protótipos para testes de validação no campo de provas da marca e nas ruas.
Segundo a empresa, os testes feitos pela Ambev até agora, com mais de 15 mil quilômetros rodados, indicam que deixaram de emitidos cerca de 11 toneladas de CO² na atmosfera e foram economizados o equivalente a 3,3 mil litros de diesel.
Consórcio de autopeças
Segundo informou nesta quarta-feira, 4, o presidente da VWCO, Roberto Cortes, o investimento está inserido no programa de R$ 1,5 bilhão previsto pela empresa entre 2016 e 2021. Desse plano ainda restam R$ 850 milhões a serem aplicados. Boa parte do valor destinado à linha de elétricos virá de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimentos Econômico e Social (BNDES).
Cortes disse que os recursos serão destinados à adaptação do centro de desenvolvimento e produção do e-Delivery e também para seu desenvolvimento e lançamento.
O grupo estuda também a produção de ônibus elétrico e, recentemente, fez parcerias com oito fornecedoras de peças e serviços que vão integrar um consórcio modular para a produção de veículos elétricos, chamado e-Consórcio. Com isso, vai replicar o sistema que reúne montadora e principais fornecedores de peças no mesmo complexo.
Entre as empresas que estarão no e-Consórcio estão a Weg (motores), CATL e a Moura (baterias), Bosch (sistemas elétricos) e a Siemens (serviços e sistemas de recargas de baterias).
Mercado interno
Cortes prevê crescimento de até 10% para as vendas totais de caminhões em 2020, algo entre 110 mil e 113 mil unidades, ainda muito longe do recorde atingido pelo setor em 2011, quando foram vendidos 172 mil veículos.
O setor chegou ao pior resultado dos últimos anos em 2016, com vendas de apenas 50 mil caminhões, e começou uma recuperação no ano passado, com crescimento de 46%. Neste ano, a alta deve ficar em 36%, com pouco mais de 100 mil unidades vendidas.
Para o executivo, a prioridade neste e no próximo ano é a recuperação de margens. "Desde a crise, tivemos resultados negativos em 2014, 2015 e 2016 e começamos a recuperar lentamente a partir da segunda metade de 2017, mas ainda estamos muito aquém das nossas necessidades, inclusive para poder reinvestir", diz.
| CIMM ( publicado em 05-12-2019) | | | | Fase L8 do Proconve que entra em vigor em 2025 prevê redução drástica de formação de ozônio causada pela queima do biocombustível
O etanol, biocombustível com baixa pegada de carbono largamente utilizado há quase quatro décadas no Brasil como símbolo maior de alternativa viável aos combustíveis fósseis, corre o risco de perder parte de sua vantagem ambiental na nova legislação brasileira, a oitava fase do Programa de Controle de Emissões Veiculares para veículos leves, o Proconve L8, que entra em vigor a partir de 2025, com metas crescentes de redução de poluentes e monitoramento de CO2 até 2029. Isso ocorre porque o L8 prevê corte drástico de formação de ozônio (O3) causada por gases emitidos por motores a combustão, e a queima do etanol tem potencial maior do que o da gasolina para elevar o O3 na atmosfera baixa, o que é prejudicial à saúde.
O assunto veio à tona durante reunião da Associação de Engenharia Automotiva (AEA) com a imprensa para divulgar o balanço de ações de 2019 da entidade, que entre suas atividades fornece a órgão do governo base consultiva técnica para elaboração de políticas públicas relacionadas ao setor automotivo, como é o caso do Proconve.
“Os motores a etanol terão desafio maior do que os a gasolina para cumprir alguns limites que virão com o Proconve L8”, confirma Edson Orikassa, vice-presidente da AEA e gerente de certificação de produtos da Toyota.
Estratégia
No momento, a estratégia para evitar essa perda de vantagem ambiental do biocombustível é o desenvolvimento de motores a etanol mais eficientes, que consomem menos e portanto emitem menos hidrocarbonetos que podem elevar a formação de ozônio na atmosfera baixa. Também entra nessa abordagem o uso de etanol com maior grau de pureza – o álcool hidratado usado no Brasil tem 7% de água em sua composição –, o que por si só já tem potencial de elevar a eficiência energética do biocombustível.
No futuro, até o fim da próxima década, essa rota tecnológica poderá inviabilizar os motores flex, bicombustível etanol-gasolina, que não trabalham com máxima eficiência para poder funcionar “na média” com os dois combustíveis em qualquer proporção de mistura.
“O etanol é um patrimônio brasileiro, uma alternativa viável para redução de emissões de CO2, e os motores a combustão ainda têm muito a evoluir. Nós da engenharia temos a missão de contribuir para esse desenvolvimento”, afirma Besaliel Botelho, presidente da AEA e da Bosch América Latina.
Como as emissões medidas pelo L8 serão corporativas – a média formada por todos os veículos vendidos por cada fabricante –, “é provável que reduzir emissões algumas montadoras passem a vender mais carros elétricos no País, para reduzir a média da empresa com carros de zero emissão”, explica Raquel Mizoe, diretora da AEA responsável pela área de emissões e consumo, também gerente sênior de operações, estratégia de CO2 e regulações/certificações da GM América do Sul.
“O fato é que ainda estamos estudando o que fazer. O problema pode estar na forma como calculamos a formação de ozônio causada por emissões, não é uma medição direta, usamos uma fórmula que vem dos Estados Unidos. Pode ser que essa fórmula nem seja a mais adequada para usar com o etanol produzido no Brasil, que tem características diferentes. Temos uma comissão na AEA empenhada em desenvolver soluções para isso”, conta Raquel Mizoe.
Não será tarefa fácil. A nova legislação tem limites bastante apertados de emissões de hidrocarbonetos NMOG em conjunto com NOx, que podem aumentar a formação de ozônio. O Proconve L7, que entra em vigor a partir de 2022, estabelece para veículos leves de passageiros emissão máxima de 80 mg/km de NOMOG+NOx, mas quando o L8 começar a vigorar em 2025 esse limite cairá para 50 mg/km nos primeiros dois anos, depois será baixado sucessivamente para 40 mg/km e 30 mg/km de 2029 em diante.
Segundo calcula a AEA, se as mesmas tecnologias de propulsão dos veículos atuais continuarem sendo usadas sem nenhuma evolução, em 2036 o volume de ozônio na atmosfera respirável será o dobro do observado hoje. Nas camadas altas da atmosfera terrestre o gás é um filtro contra raios solares nocivos, mas quando é gerado no mesmo nível do ar respirado é um oxidante que potencializa inflamações do aparelho respiratório, provocando diversas doenças. Espera-se que a imposição de limites contenha a escalada do O3.
| CIMM (publicado em 05-12-2019) | | | | A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) pediu ao governo brasileiro que o acordo que tem sido negociado com o Paraguai inclua uma proibição – ou uma redução gradual – das importações de carros usados que os paraguaios fazem de outros países.
Brasil e Paraguai têm negociado um acordo bilateral para o setor automotivo e há a expectativa de que o acerto seja anunciado nesta semana, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde ocorre reunião da cúpula do Mercosul.
A principal reclamação das montadoras instaladas no Brasil é que a importação de carros usados feita pelo Paraguai, de outros países, tira mercado de carros brasileiros que poderiam ser exportados para lá.
“É muito forte a importação de veículos pelo Paraguai, principalmente da Ásia. Há casos de veículos com mais de 10 anos de uso, com direção do lado de direito, que passa para o esquerdo depois de uma adaptação. São coisas da América Latina”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Segundo o executivo, o Paraguai importa cerca de 70 mil carros usados por ano. “É um volume que poderia ser de veículos novos exportados pelo Brasil”, afirmou o executivo, durante coletiva de imprensa da Anfavea.
Moraes disse que a Anfavea tem dado suporte técnico ao governo brasileiro nas negociações. Reconheceu, contudo, que o Paraguai é um mercado menor que a Argentina, principal destino das exportações do Brasil e que passa por uma crise. “Mas é um mercado importante e tem condições gerais muito próximas da de outros países”, disse.
| Tribuna PR ( publicado em 05-12-2019) | | | | Nova unidade ficará perto da fábrica de montagem da GM em Lordstown, no nordeste de Ohio, empregará mais de 1.100 pessoas. Instalação será uma das maiores de baterias do mundo.
A General Motors e a sul-coreana LG Chem disseram nesta quinta-feira (5) que vão investir US$ 2,3 bilhões em uma fábrica de células de baterias na joint venture de veículos elétricos em Ohio, criando uma das maiores instalações de baterias do mundo.
O quanto roda, onde recarregar, custo... como é o dia a dia com carros elétricos
A fábrica, a ser construída em um novo local perto da fábrica de montagem da GM em Lordstown, no nordeste de Ohio, empregará mais de 1.100 pessoas, disseram as empresas. A construção começará em meados de 2020 e terá uma capacidade anual de mais de 30 gigawatt-hora com flexibilidade para expandir.
Em uma entrevista coletiva, a presidente-executiva Mary Barra disse que a joint venture com a LG Chem visa "melhorar drasticamente a acessibilidade e a lucratividade dos veículos elétricos".
Barra disse que o investimento na fábrica acelerará a iniciativa da montadora de introduzir 20 novos veículos elétricos em todo o mundo até 2023.
"A General Motors acredita na ciência do aquecimento global e em um futuro totalmente elétrico", disse ela.
Barra disse que as novas células da bateria serão usadas em uma nova picape elétrica da GM, que começará a ser produzida no outono de 2021 na fábrica de Detroit-Hamtramck da empresa.
A fábrica de células de bateria de Ohio aumentará a capacidade global de baterias da LG Chem para 100 gigawatt-hora até o final de 2020, disse Hak-Cheol Shin, presidente-executivo da LG Chem..
| G1/Auto Esporte (publicado em 05-12-209) | | | |
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