| 09 de JUNHO de 2020
Terça-feira
- Aviso de Licitação
- Produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 2,8% no 1º trimestre
- Produção industrial tem queda recorde em abril em 8 dos 15 locais pesquisados, diz IBGE
- Volta ao trabalho terá de seguir um plano de segurança, diz MPT
- 47% das indústrias adotaram medidas trabalhistas para enfrentar crise, aponta CNI
- Indústria de São Paulo tem a maior queda da história com coronavírus
- CNI elabora cartilhas para orientar micros e pequenas empresas a tomarem crédito
- Investimentos recuam 27,5% em abril e voltam ao nível de 2003
- Empresários poderão parcelar multas aplicadas pelo governo, define Ministério da Economia
- Sachsida: está faltando fazer o crédito chegar à micro e pequena empresa
- Entenda o que muda nas regras para o aposentado especial
- Seguro-desemprego: país tem 960 mil pedidos em maio; total durante pandemia vai a 1,9 milhão
- Indicador da FGV que mede tendência de emprego tem leve recuperação em maio, mas incertezas permanecem
- Economia brasileira deve encolher 8% em 2020 e terá recuperação fraca, projeta Banco Mundial
- Reforma tributária deve ser enviada até agosto, diz secretário do Tesouro
- FGV: IPC-S acelera em 6 capitais, mas fica negativo nas 7 na 1ª quadrissemana
- Banco Mundial projeta queda de 8,0% no PIB do Brasil em 2020
- IPC-Fipe fica estável na 1ª quadrissemana de junho, após cair 0,24% em maio
- BNDES suspende cobrança de dívidas de Estados e municípios até o fim do ano
- Petrobras sobe preço da gasolina em 10%
- Caio demite 320 funcionários e suspende contratos de trabalho em Botucatu
- Caoa Chery inicia exportações para o Mercosul
- GM zera estoque do Tracker produzido em São Caetano
- Nissan retoma produção este mês em Resende
- Volkswagen inicia produção do Nivus na fábrica de São Bernardo
- Setor de implementos registra vendas 20% menores até maio
- Mais de 95% dos novos carros do mundo terão conectividade interna em 2030
- Empresa de embalagens investe R$ 5,3 milhões em nova fábrica no ES
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Câmbio
Em 09/06/2020
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Dólar
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Euro
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Fonte: BACEN
| | | | | O SINDIMETAL/PR divulga os Avisos de Licitação publicados entre o dia 01/06 a 09/06, conforme levantamento realizado pela Coordenação de Relações Governamentais da FIEP, contendo as seguintes informações:
Federal
Aviso de Licitação - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 20/2020 - UASG 254447, Ministério da Saúde/Fundação Oswaldo Cruz/Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
Objeto: Aquisição de medicamentos para Enfrentamento do COVID-19.
Aviso de Licitação - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 32/2020 - UASG 112408, Ministério da Defesa/Hospital das Forças Armadas
Objeto: Registro de preço para aquisição emergencial, nos termos da Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e MP 926/2020, de poltronas hospitalares reclináveis para mobiliar os setores destinados ao ENFRENTAMENTO DO COVID-19 do HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS.
Aviso de Licitação - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 133/2020 - UASG 120195, Ministério da Defesa/Comando da Aeronáutica/Secretaria de Economia e Finanças e Administração da Aeronáutica/Diretoria de Administração da Aeronáutica/Centro de Aquisições Específicas
Objeto: Aquisição de materiais médico-hospitalares de uso comum, para fins de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo corona vírus, causador da COVID-19.
Paraná (de 01/06 a 09/06)
Pregão Eletrônico - 8/2020, DECON - Departamento de Logística para Contratações Públicas (antigo DEAM)
Objeto: MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Pregão Eletrônico - 137/2020, DECON - Departamento de Logística para Contratações Públicas (antigo DEAM).
Objeto: REAGENTES DE COAGULAÇÃO
Pregão Eletrônico – 258/2020, DECON - Departamento de Logística para Contratações Públicas (antigo DEAM).
Objeto: Serviço de Assistência à Saúde - SAS, para a Macrorregião de Jacarezinho
Pregão Eletrônico - 336/2020, DECON - Departamento de Logística para Contratações Públicas (antigo DEAM).
Objeto: Serviço de Assistência à Saúde - MEDICAMENTOS - CEAF 05
Pregão Eletrônico - 336/2020, DECON - Departamento de Logística para Contratações Públicas (antigo DEAM).
Objeto: Serviço de Assistência à Saúde - MEDICAMENTOS - CEAF 05
Pregão Eletrônico – 420/2020, DECON - SESA-FUNSAUDE - Fundo Estadual de Saúde – SESA
Objeto: AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS.
Pregão Eletrônico - 326/2020, DECON/SEAP - Secretaria de Administração e Previdência - SEAP
Objetivo: AQUISIÇÃO DE MÁSCARAS DESCARTÁVEIS e de TECIDO.
| Sistema FIEP | | | | A produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira caiu 2,8% no primeiro trimestre de 2020, na série livre de efeitos sazonais, na comparação com o último trimestre de 2019. Os dados constam do documento "Produtividade na Indústria", divulgado nesta segunda-feira, 8, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que atribui a queda na produtividade do trabalho à crise econômica desencadeada pela pandemia da covid-19.
Segundo a entidade, esse é o segundo pior resultado do indicador, perdendo apenas para o recuo de 3,3% registrado no segundo trimestre de 2018, quando a produtividade foi impactada pela greve dos caminhoneiros.
A produtividade do trabalho é medida pelo volume produzido dividido pelas horas trabalhadas na produção. No primeiro trimestre do ano, a produção da indústria de transformação caiu 3% frente aos últimos três meses do ano passado. Já as horas trabalhadas praticamente mantiveram-se estáveis, com ligeira queda de 0,2%.
"As empresas tiveram que se ajustar rapidamente, reduzir o ritmo de atividade sem planejamento e produzir menos por hora trabalhada", diz a entidade em nota.
A expectativa da CNI para o segundo trimestre de 2020 é de continuidade dessa trajetória de queda da produtividade do trabalho. "O recuo na produtividade do trabalho reflete a desorganização do processo produtivo em razão da parada da economia. A forte redução do ritmo de produção sem planejamento resulta em menor produtividade, mas ela deverá se recuperar ao fim desta crise", avalia o gerente executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
A expectativa para os dados do mês de abril são de efeitos mais intensos sobre o emprego que o observado em março, em ritmo mais próximo ao da forte queda da atividade industrial. A CNI destaca que os índices de evolução do número de empregados e da produção, da Sondagem Industrial, atingiram os menores níveis da série mensal em abril.
O porcentual de utilização da capacidade instalada mostrou ainda que metade da capacidade produtiva nas empresas estava ociosa em abril. Por isso, para os próximos meses, as expectativas são de queda intensa da produção e do emprego.
A entidade lembra ainda que, em abril, entraram em vigor as medidas do governo que flexibilizaram as regras para adiantamento de férias, redução de salário e jornada e suspensão do contrato de trabalho. Assim, as horas trabalhadas na produção tendem a cair.
| Bem Paraná ( publicado em 08-06-2020) | | | | As quedas mais acentuadas foram no Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%) e Bahia (-24,7%).
A produção industrial registou queda, na passagem de março para abril, em 13 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta terça-feira (9).
Em 8 locais, a queda foi a mais intensa desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002, assim como no índice nacional de abril, refletindo os efeitos do isolamento social e da pandemia de Covid-19 em várias unidades produtivas do país.
As 8 regiões que registraram tombo recorde em abril foram: Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (23,2%), Rio Grande do Sul (-21,0%) e Rio de Janeiro (-13,9%).
Apenas Pará (4,9%) e Goiás (2,3%) registraram alta no mês, favorecidos pelos resultados do setor extrativo no primeiro, e pelo setor de alimentos e produtos farmacêuticos no segundo.
Na média geral do país, a produção industrial teve um tombo recorde de 18,8% em abril e atingiu o nível mais baixo já registrado na série histórica da pesquisa, conforme divulgou na semana passada o IBGE.
Veja o resultado em cada um dos locais:
Amazonas: -46,5%
Pará: 4,9%
Região Nordeste: -29%
Ceará: -33,9%
Pernambuco: -11,7%
Bahia: -24,7%
Minas Gerais: -15,9%
Espírito Santo: -16,7%
Rio de Janeiro: -13,9%
São Paulo: -23,2%
Paraná: -28,7%
Santa Catarina: -14,1%
Rio Grande do Sul: -21%
Mato Grosso: -4,3%
Goiás: 2,3%
Média Brasil: -18,8%
Na comparação com abril do ano passado, também houve queda em 13 dos 15 locais pesquisados. Nessa base de comparação, nove regiões atingiram seu resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica: Amazonas (-53,9%), Ceará (-53,0%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Região Nordeste (-33,1%), São Paulo (-31,7%), Santa Catarina (-30,8%), Paraná (-30,6%), Pernambuco (-29,1%) e Bahia (-26,5%).
Já no acumulado em 12 meses, a queda na produção alcançou 13 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-15,9%), Amazonas (-14,2%) e Ceará (-14,1%). Rio de Janeiro (6,1%) e Pará (5,8%) foram os únicos locais que ainda permanecem no azul nesse indicador.
Veículos e máquinas puxam queda de 23,2% em SP
São Paulo, maior parque industrial do país, foi o local com maior influência no resultado geral da indústria em abril, na comparação com março.
“São Paulo concentra aproximadamente 34% da indústria nacional e atinge nessa passagem (de março para abril) a taxa mais intensa de sua série histórica. Os setores que mais influenciaram essa queda foram o de veículos automotores e o de máquina e equipamentos”, destacou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
Por outro lado, houve aumento de produção nos setores de alimentos, farmacêutico e perfumaria, sabão e produtos de limpeza. “São setores considerados essenciais nessa pandemia e que foram na contramão da indústria como um todo”, explicou o pesquisador.
Com o tombo de 23,2% no mês, a produção industrial paulistana passou a acumular perda de 27,9% em 3 meses, ficando 43,2% abaixo do nível máximo, alcançado em março de 2011, atingindo também o pior patamar da série histórica.
Paraná e Rio de Janeiro
A segunda maior influência no resultado nacional foi o Paraná, com queda de 28,7%, acumulando perda de 32,3% em dois meses. Assim como São Paulo, os setores de veículos automotores e de máquinas e equipamentos foram os que mais contribuíram para o maior recuo da série histórica no estado.
Já o Rio de Janeiro, terceiro maior impacto no índice geral, registrou tombo de 13,9%, influenciado pelas quedas nos setores de veículos automotores e de derivados do petróleo.
Tombo de 46,5% no Amazonas
Já o tombo de 46,5% em abril no Amazonas foi pressionado, segundo o IBGE, pela produção de outros equipamentos de transporte.
“Quando a gente fala isso para o Amazonas, a gente pode inferir que é uma queda na produção de motocicletas, que é o principal produto nesse setor. Outro setor que também é muito influente dentro da indústria amazonense é o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos”, explicou Bernardo.
Em 3 meses, a produção na região passou a acumular queda de 53,2%.
Perspectivas
Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,25% para um tombo de 6,48%.
O cenário para a indústria por sua vez sofreu forte piora, com uma queda estimada agora da produção de 5,35% em 2020, ante contração de 3,59% prevista antes.
| G1 | | | | A volta ao trabalho de uma parcela maior das atividades econômicas só poderá ser feita com planejamento para a segurança dos trabalhadores, alerta o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Alberto Bastos Balazeiro.
Assim como as empresas que mantiveram o funcionamento na pandemia precisaram traçar planos de contingência, o órgão cobrará dos empregadores planos de retorno na retomada do trabalho. "Tenho uma convicção. Ambiente de trabalho não se lida com improviso.
Independentemente das determinações das autoridades sanitárias de cada Estado, as empresas devem apresentar planejamento de riscos. Estamos fazendo levantamento por setor sobre experiências internacionais. Vamos fazer notas que orientem sobre a continuidade da utilização de equipamentos de proteção", afirmou Balazeiro ao Estadão/Broadcast.
O órgão de fiscalização dividirá as diretrizes para o retorno ao trabalho em três conjuntos. O primeiro trará orientações gerais que devem servir para a maioria das atividades, seguindo metodologias que foram usadas em outros países que já começam a tentar voltar à normalidade. O segundo conjunto de diretrizes estará relacionado com o estágio da pandemia em cada região do País. Por fim, haverá determinações específicas para alguns setores cujo trabalho tem características que exigem cuidados maiores.
"Para quase todas as pequenas e médias empresas será suficiente um plano que abarque as diretrizes gerais. As atividades de comércio e serviços em geral não têm tanta especificidade. Mas outros setores cuja atividade acarreta concentração de trabalhadores ou de público precisarão seguir diretrizes específicas", detalha Balazeiro.
Da mesma forma, as exigências do MPT são distintas para empresas localizadas em cidades com maior ou menor quantidade de casos e transmissão comunitária de covid-19. "Não se pode falar em adoecimento generalizado e retorno generalizado. O retorno também tem de ser gradual e olhando realidades locais."
Balazeiro promete ainda que a fiscalização do órgão não se limitará ao retorno inicial das atividades econômicas. Enquanto o País não estiver livre da pandemia - seja pela criação e distribuição de uma vacina, seja pela chamada imunidade de rebanho (contaminação gradual, mas ampla da população)-, o MPT buscará garantir a segurança dos trabalhadores. "Se um empregado ficar doente, o empregador terá de afastar quem também teve contato com esse trabalhador."
Desde o início da atual crise, o MPT tem agido ativamente na negociação de acordos em diversas categorias, bem como tem fiscalizado o cumprimento de medidas de redução de jornada e salário ou suspensão de contrato, que já atingiram quase 10 milhões de trabalhadores.
| Bem Paraná | | | | Levantamento aponta que medidas trabalhistas têm sido relevantes para que empresas atravessem a crise com melhores condições para preservar empregos. Medidas sanitárias também têm sido amplamente adotadas
As medidas trabalhistas anunciadas no contexto da pandemia do novo coronavírus, principalmente na forma das medidas provisórias 927 e 936, têm sido instrumentos relevantes para o setor produtivo enfrentar o período mais grave da crise.
Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 39% das empresas industriais haviam celebrado acordos individuais de redução de jornada e salário. Paralelamente, 22% das indústrias haviam realizado a suspensão temporário de contratos de trabalho nos últimos 45 dias. Ao todo, 47% das empresas entrevistadas afirmar ter adotado uma das alternativas isoladamente ou ambas.
Os dados estão no levantamento Os impactos da pandemia na indústria brasileira, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa entre 15 e 25 de maio e que ouviu 1.017 empresas industriais em todo Brasil. “A pesquisa mostra que as medidas trabalhistas, que resultaram em mais de 8 milhões de acordos individuais para redução de jornada e salário e suspensão de contratos de trabalho, foram importantes para a preservação de empregos”, analisa o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Pesquisa mostra alcance das medidas trabalhistas
Para o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, o número é expressivo porque mostra adesão de parte significativa indústria em um período em que começavam a se esgotar as primeiras medidas adotadas pelas empresas ainda em março, como a concessão de férias coletivas, antecipação de férias, entre outras que vinham sendo pactuadas com sindicatos de trabalhadores. “O dado é importante porque mostra que a MP 936 veio em hora oportuna e ajudará as empresas a se manterem ativas com manutenção de postos de trabalho”, avalia.
A pesquisa também buscou entender o tempo médio de duração dos acordos individuais celebrados entre empresas e trabalhadores. Em relação à redução proporcional de jornada e salários, metade dos acordos terá duração de três meses, enquanto 31% serão de dois meses e 13%, de um mês. Entre as empresas que realizaram a suspensão do contrato de trabalho, 79% relataram que o prazo será de dois a três meses. O dado sugere que parte desses acordos tenha sido celebrado via negociação coletiva (art. 476 da CLT), que permite a suspensão por por prazo maior do que o permitido pela MP 936.
Empresas continuarão adotando medidas sanitárias mesmo com fim da pandemia
A pesquisa também buscou investigar como as empresas estão lidando com os desafios de evitar a contaminação de trabalhadores no ambiente de trabalho. De acordo com o levantamento, 96% avaliam como muito importante (78%) ou importante (18%) a adoção de medidas de segurança contra a covid-19 dentro da empresa, como o uso de máscaras e distanciamento mínimo entre as pessoas.
Dentre as medidas, a mais adotada foram os esforços adicionais de limpeza e de higienização do ambiente de trabalho, que 96% das indústrias ouvidas disseram ter adotado e 93% afirmam vão continuar a adotar. A segunda iniciativa mais citada foi a divulgação de campanhas de saúde e prevenção, colocadas em prática por 81% das entrevistadas e que será mantida por 77%. A liberação de trabalhadores em grupos de risco para a covid-19 foi adotada 73% das empresas.
Entre as empresas que pretendem manter as medidas adicionais de segurança, 98% assinalam os esforços de limpeza e higienização do ambiente de trabalho e dos equipamentos individuais. O mesmo percentual é citado para a oferta de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, e de materiais de higiene pessoal.
| CNI ( publicado em 08-06-2020) | | | | Produção de minério, de remédios e agronegócio deixam no azul Pará e Goiás
A produção industrial recuou em 13 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em abril, mês em que o setor teve o pior desempenho da história, com queda de 18,8%. Em São Paulo, que concentra 34% da indústria nacional, a queda foi de 23,2%, também a maior da série histórica.
No mês, apenas Goiás e o Pará se salvaram do tombo, recuperando-se de um março ruim. O primeiro teve alta de 2,3% em abril, depois de recuo de 2,5% em março, puxado pela produção de alimentos e de produtos farmacêuticos. No segundo, a produção de minério levou a uma alta de 4,9%.
Com lojas fechadas desde o final de março, a indústria não vem recebendo encomendas e, por isso, reduziu a produção em diversos setores. Só vêm se salvando os setores relacionados a farmácias, alimentos e produtos de limpeza.
Segundo o IBGE, o recuo na indústria paulista foi provocado por cortes na produção de veículos e de máquinas e equipamentos. É o terceiro mês consecutivo de queda na produção industrial do estado, acumulando um recuo de 27,9% no período.
Também com uma indústria automotiva forte, Paraná e Rio foram o segundo e o terceiro estados com maior contribuição no resultado negativo de abril, com quedas de 28,7% e 13,9%, respectivamente.
Apesar da série de medidas anunciadas pelo governo para tentar evitar demissões, a crise já tem impactos no emprego do setor. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a indústria brasileira fechou 128 mil vagas formais em abril.
O Brasil teve sua primeira morte pela Covid-19 em 17 de março. A partir de então, medidas restritivas passaram a ser adotadas pelo país. Só permaneceram abertos serviços considerados essenciais, como supermercados e farmácias, o que mudou a forma de consumir da população.
No primeiro mês da pandemia, a indústria já havia recuado 9,1%, no pior resultado desde a greve dos caminhoneiros de maio 2018, que paralisou o país por duas semanas. Em junho daquele ano, porém, a indústria recuperou a produção paralisada, o que não se vê no cenário atual.
A retomada do comércio em alguns estados já vem melhorando o humor dos mercados financeiros, mas ainda não representou aumento de encomendas para a indústria, já que as lojas ainda têm estoques e as vendas estão abaixo do normal.
A indústria aguarda a reabertura em São Paulo e no Rio, os dois principais estados consumidores. No primeiro, o interior já começa a reabrir, mas ainda não há previsão de reabertura na capital. No Rio, a capital também permanece com a maior parte do comércio fechada.
O resultado da indústria em abril, primeiro mês com quatro semanas de isolamento em grande parte do país, reforça as expectativas de que o tombo do PIB no segundo trimestre será bem superior aos 1,5% verificados no primeiro trimestre.
Nesta segunda, o Banco Mundial divulgou revisão de suas estimativas de crescimento da economia global, levando o Brasil de um crescimento de 2% para um recuo de 8%, superior à média mundial, que deve ser de 5,2%.
| Folha de S.Paulo | | | | Publicações trazem dicas de como acessar o Pronampe, com R$ 15,9 bilhões, o Fungetur e outras linhas oferecidas na crise. Documento pode ser acessado gratuitamente no Portal da Indústria
As linhas de crédito especiais são para fazer frente à crise gerada pelo coronavírus
Cartilhas elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) orientam empresários a aderirem ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), com R$ 15,9 bilhões, ao Fundo Geral do Turismo (Fungetur) e outras linhas de crédito oferecidas durante a pandemia da Covid-19.
Os documentos trazem informações sobre o perfil das pessoas jurídicas que podem participar, taxa de juros, garantias, finalidade e prazos do financiamento. Os internautas podem obter o conteúdo gratuitamente na página do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) no Portal da Indústria.
Os e-books faz parte de uma série de publicações elaboradas pelo NAC para orientar as micro, pequenas e médias empresas a acessarem linhas de crédito especiais para fazer frente à crise gerada pelo novo coronavírus.
“O acesso ao crédito tem se mostrado essencial para a sobrevivência das empresas durante a crise e a CNI tem trabalhado para levar informações de forma simples e acessível para que as micro, pequenas e médias empresas conheçam as linhas de crédito emergenciais e saibam como utilizá-las”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
Pronampe pode ser usado para investimento e capital de giro
Instituído em 18 de maio de 2020, pela Lei 13.999/2020, o Pronampe estipula a taxa máxima de juros anual igual a Selic acrescida de 1,25%. O financiamento pode ser usado para investimentos e capital de giro isolado e associado com um prazo de pagamento de 36 meses.
As instituições financeiras participantes poderão contar com a garantia prestada pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO) limitada a 85% do valor de cada operação. O limite máximo do financiamento é de 30% da receita bruta anual da microempresa ou empresa de pequeno porte, calculada com base no exercício de 2019.
Além da cartilhas do Pronampe e Fungetur, os representantes de micro e pequenas empresas encontram uma série de outras publicações sobre linhas de crédito especiais no canal. Entre os e-books, há um com o resumo das medidas emergenciais adotadas pelo governo para ajudar as empresas a enfrentarem a crise.
Para orientações específicas, o interessado pode procurar o NAC, presente em 22 estados, com profissionais treinados e aptos a atender as empresas e direcioná-la para a linha que melhor se encaixa no seu perfil.
| CNI ( publicado em 08-06-2020) | | | | Queda foi recorde na série histórica iniciada em 1996
O primeiro mês completo de distanciamento social para conter o avanço do novo coronavírus fez despencar o volume de investimentos na economia brasileira, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O tombo em abril foi de 27,5% em relação a março, o maior já registrado na série histórica com início em 1996.
O resultado levou o nível de investimentos de volta ao patamar de 2003.
Na comparação com abril de 2019, a queda foi de 32,8%. Em março, os investimentos já haviam registrado recuo de 11,3% em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mede os investimentos em máquinas, equipamentos, construção e pesquisa. No PIB do primeiro trimestre, que recuou 1,5%, o item surpreendeu positivamente com uma alta de 3,1%. Mas o resultado refletiu o efeito pontual da contabilização da importação de plataformas de petróleo.
Entre os itens que compõem o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), os investimentos em máquinas e equipamentos recuaram 39,4% em abril, em relação a março. A produção nacional desses itens diminuiu 43,4%, enquanto a importação recuou 27,6%.
A construção civil, por sua vez, encolheu 19,6% entre abril e março, enquanto os outros ativos fixos (como pesquisa e desenvolvimento, propriedade intelectual, lavouras permanentes e gado de reprodução) recuaram 15%.
Com o resultado do mês, o trimestre móvel encerrado em abril fechou com uma retração de 11%, em relação ao trimestre anterior. Em relação a igual período de 2019, os investimentos encerraram o trimestre em patamar 9,5% inferior. No acumulado de 12 meses, o indicador ainda tem alta de 0,2%.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 08-06-2020) | | | | Governo afirma que as novas regras tem o objetivo de 'manter o fôlego econômico' das empresas durante o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O Ministério da Economia anunciou novas regras para o pagamento de multas administrativas aplicadas a fornecedores contratados pelo governo federal. Os valores passam a poder ser parcelados, compensados, e ter seu pagamento adiado para 2021.
As mudanças estão em uma instrução normativa publicada no "Diário Oficial da União" (DOU) desta terça-feira (9).
Segundo o Ministério da Economia, as novas regras também poderão ser aplicadas por estados e municípios nas aquisições realizadas a partir de recursos de transferências voluntárias da União.
De acordo com o governo, a medida tem o objetivo de "manter o fôlego econômico" das empresas durante o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Anualmente, a administração pública federal contrata em torno de R$ 48 bilhões. O governo federal informou que faz, por ano, em torno de 103 mil processos de compras para a aquisição de bens, serviços e também de obras. Cerca de 47 mil destas aquisições são realizadas de micro e pequenas empresas.
"Antes da publicação desta instrução normativa, não existia a possibilidade de negociar administrativamente as condições de pagamento destas multas. Estamos buscando soluções. O parcelamento, por exemplo, só era permitido quando uma empresa ingressava na Dívida Ativa da União. Estamos simplificando e desburocratizando", afirmou o secretário de Gestão, Cristiano Heckert.
Pelas novas regras, será possível o parcelamento total ou parcial da multa administrativa em até 12 parcelas mensais, desde que dentro da vigência do respectivo contrato, informou o Ministério da Economia.
A norma estabelece, ainda, um valor mínimo de R$ 500 para cada parcela. O valor será corrigido mensalmente pela taxa Selic (atualmente em 3% ao ano).
Compensação e suspensão
No caso da compensação dos débitos, o Ministério da Economia informou que ele poderá ser feito por meio de créditos decorrentes de contratos assinados com o órgão que emitiu a multa. Para este processo, serão observados os prazos de validade de cada contrato administrativo. Esta vantagem não poderá ultrapassar o prazo de 12 meses.
"Esta é uma medida vantajosa tanto para a administração quanto para os fornecedores. A partir desta nova regra, será possível deduzir o valor da multa devida de um próximo pagamento a ser feito para a empresa contratada, gerando economicidade para a Administração Pública", explicou Heckert.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, os fornecedores também poderão ser beneficiados com a suspensão da multa. Para isso, os interessados deverão solicitar o adiamento da cobrança para até 60 dias após o término do estado de emergência. O valor também será corrigido pela Selic.
| G1 | | | | O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, reconheceu nesta segunda-feira, 8, durante evento virtual, que "está faltando fazer o crédito chegar à micro e pequena empresa" no Brasil, neste período de crise. "A demanda por crédito aumentou muito, mas ele está aumentando. Houve expansão real e sólida do crédito", defendeu Sachsida.
Segundo o secretário, com a crise a qualidade de garantias de pequenas e micro empresas diminuiu, o que prejudica a tomada de crédito. "É natural que bancos tenham restrição em alguns empréstimos", afirmou.
Sachsida também pontuou que o governo está gastando mais de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nas medidas para a crise. "O Brasil tem restrições fiscais claras. Não podemos sair gastando, porque depois a conta vem", afirmou. Sachsida disse que a "responsabilidade fiscal não é antagônica ao crescimento econômico".
O secretário afirmou que, no Brasil, as medidas de emergência para população carente chegaram antes do estresse no sistema de saúde. Ao tratar especificamente o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), Sachsida afirmou que ele está sendo reformulado em parceria com o Congresso, para destravar o crédito.
O secretário participa hoje do "Webinar ICC Brasil - Crédito em tempos de pandemia", evento virtual promovido pela International Chamber of Commerce Brasil.
Recuperação
Sachsida destacou as diferenças do Brasil e dos Estados Unidos no que diz respeito à recuperação da atividade no pós-crise.
"Uma empresa quebra nos EUA, no dia seguinte ela abre", disse o secretário. "Aqui no Brasil, quando a empresa quebra, são cinco anos para reabrir. O microempresário nem entra em recuperação judicial, ele fica ilegal."
De acordo com Sachsida, em função desta característica, é preciso manter a base produtiva no País. Deste modo, a recuperação pós-pandemia será mais rápida. "As empresas não estão demitindo mais no Brasil por conta do sucesso dos programas e porque o custo de demissão é muito alto", acrescentou.
Sachsida disse ainda que, com a crise atual, é preferível perder "algum dinheiro" para manter a base produtiva. "Abril foi o fundo do poço. Maio será melhor que abril", afirmou. No entanto, segundo o secretário, muitas empresas já "queimaram suas reservas" e, por isso, os próximos meses também serão desafiadores.
O secretário participou hoje do "Webinar ICC Brasil - Crédito em tempos de pandemia", evento virtual promovido pela International Chamber of Commerce Brasil.
| Bem Paraná ( publicado em 08-06-2020) | | | | Supremo decidiu que quem tem aposentadoria especial não pode voltar a trabalhar em área prejudicial
Os profissionais que se aposentaram com menos tempo de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou a regimes próprios de Previdência por atuar em área prejudicial à saúde e voltaram ao mercado de trabalho na mesma área devem ser afetados por decisão tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na sexta-feira (6).
Os ministros definiram que a lei 8.213 deve ser aplicada no caso dos aposentados especiais que voltam a trabalhar em setor nocivo à saúde e, neste caso, o benefício poderá ser cancelado.
Votaram pela proibição do trabalho os ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Roberto Barroso, Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowiski. Já os ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Edson Fachin e Celso de Mello votaram pelo direito de o trabalhador seguir em atividade de risco.
Segundo o advogado que atuou no caso, Fernando Gonçalves Dias, a decisão do Supremo vale imediatamente, já que confirma a constitucionalidade da lei. Ele lembra que o benefício já podia ser cortado antes e, agora, essa a possibilidade de cancelamento se reforça.
No entanto, conforme explica, antes de cancelar a aposentadoria, o INSS vai notificar o segurado e dar a ele um prazo de até 60 dias para se defender.
Para Rômulo Saraiva, o INSS pode, no pente-fino que foi instituído no início de janeiro, ampliar as bases para cortar as aposentadorias especiais de quem segue trabalhando em área prejudicial. “Há a possibilidade de cruzamento de dados, mapeando-se quem tem a B46 [aposentadoria especial], tem contribuições após a aposentadoria e trabalha para empresa registrada em atividade especial”, explica ele.
Para o especialista, a decisão vai ao encontro do que está na legislação. “Se o argumento é a proteção da saúde, está certo”, diz ele, lembrando que há áreas que podem ser mais atingidas, como a da saúde, em que é comum que médicos aposentados voltem a trabalhar.
A advogada Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), orienta os trabalhadores já aposentados de forma especial e que seguem em área de risco a pedirem transferência de setor. Segundo ela, essa negociação é possível no setor privado, mas é mais difícil no serviço público.
Até novembro de 2019, quando a reforma da Previdência passou a valer, a aposentadoria especial era concedida a profissionais que atuavam em atividades prejudiciais à saúde, independentemente da idade.
Eles podiam se aposentar a qualquer momento, desde que cumprissem 15, 20 ou 25 anos de atividade em área considerada insalubre. Após a reforma, foi instituída idade mínima.
Em nota, o Ministério da Economia, responsável pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, informa que "somente após análise e manifestação da AGU (Advocacia-Geral da União), a União poderá saber o alcance da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e, portanto, quais medidas deverão ser adotadas para seu perfeito cumprimento".
Decisão do Supremo | Mudanças para quem está na ativa
O Supremo Tribunal Federal decidiu que os aposentados especiais não podem voltar a trabalhar em área prejudicial à saúde
No julgamento, o STF validou o que diz a lei 8.213, que já proíbe esse tipo de trabalho
Entenda a legislação
A aposentadoria especial é tratada no artigo 57 da lei 8.213, de 1991
O parágrafo 8º diz que será aplicado ao aposentado especial a mesma regra de quem tem benefício por invalidez, conforme o artigo 46:
“O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno”
O que ocorre agora com os segurados que estão no mercado de trabalho?
Os aposentados especiais que estão em atividade têm dois caminhos:
1 - Pedir para mudar de área na empresa em que trabalham
O trabalhador pode entrar em contato com o patrão e tentar um acordo para ser transferido
Fique ligado
Essa solicitação também é possível no setor público, mas é mais difícil, já que o profissional presta concurso para exercer determinada atividade e dificilmente pode sair dela
2 - Deixar a atividade em que estão atualmente
Um caminho é a demissão para não perder a aposentadoria, mas é preciso analisar caso a caso
A aposentadoria poderá ser cancelada
A decisão do Supremo vale imediatamente
E quem tem ações na Justiça?
Quem tem ação na Justiça que garante o direito de seguir em área especial após a aposentadoria deve esperar
O fato é que, neste caso, para ser aplicada, a decisão do Supremo deve ser publicada
Embargos de declaração
O advogado Fernando Gonçalves Dias, representante do segurado que foi ao Supremo, vai pedir esclarecimentos da decisão
Neste caso, ele vai buscar que o Supremo defina regras para quem é aposentado especial e conseguiu voltar à área insalubre após decisão da Justiça por meio de tutela antecipada
A decisão vale para trabalhador da iniciativa privada e para servidor público?
Para a advogada Adriane Bramante, a decisão é válida tanto no RGPS (Regime Geral de Previdência Social) quanto no RPPS (Regime Próprio de Previdência Social)
Adriane explica que não há definições próprias no RPPS sobre a aposentadoria especial e, neste caso, seguem-se as regras do RGPS
Segundo ela, a Súmula Vinculante 33 (entendimento que vale em todos os casos do tipo) entende que a regra do RGPS se estenderia ao RPPS em qualquer situação
O patrão pode exigir algo do funcionário?
Na verdade, não há nenhuma obrigação da empresa, ou seja, o patrão não é obrigado a mudar o funcionário de lugar nem pode ser punido por ter um aposentado especial trabalhando em área de risco ou nociva
As sanções da lei são apenas para o segurado
O INSS pode cortar as aposentadorias de segurados que continuam trabalhando em área nociva?
Na verdade, isso já está na lei e o instituto já podia, a qualquer momento, cortar o benefício
Se quiser, o INSS pode estender o pente-fino instituído no início de janeiro e incluir essa regra, cortando as aposentadorias deste tipo
Há, no entanto, prazo para fazer isso
Antes de cortar o benefício, o segurado tem 60 dias para se defender
É preciso provar que não está em área de risco
O instituto pode pedir a devolução de valores já pagos?
Sim, o INSS pode pedir os valores de volta
O prazo para o instituto revisar os benefícios é de dez anos da data da concessão
Segundo especialistas, o INSS pode fazer o cálculo do que o segurado deve e enviar uma guia de pagamento para a devolução total dos valores
Isso, no entanto, só pode ocorrer após o recurso do profissional ter sido negado
Caso não pague o que deve, o trabalhador tem o nome enviado ao Cadin (cadastro de inadimplentes)
| Folha de S.Paulo ( publicado em 08-06-2020) | | | | Números foram divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Economia. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, quase 2 milhões de pessoas pediram o seguro-desemprego.
A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia informou nesta terça-feira (9) que o número de pedidos de seguro-desemprego somou 960.258 em maio deste ano. Isso representa uma alta de 53% na comparação com o mesmo mês do ano passado - quando foram feitos 627.779 pedidos.
"No período, os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo (281.360), Minas Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584)", acrescentou o governo federal.
Desde a segunda quinzena de março, ainda de acordo com dados oficiais do governo, foram feitos 1.944.125 de pedidos de seguro-desemprego, o que representa um crescimento de 26% na comparação com o mesmo período do ano passado (1.541.517 pedidos).
Já nos cinco primeiros meses deste ano, informou o Ministério da Economia, foram contabilizados 3.297.396 pedidos de seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal. O número representa um aumento de 12,4% em comparação com o mesmo período de 2019 (2.933.894).
Pandemia do novo coronavírus
O aumento dos pedidos acontece em meio à crise na economia provocada pelo avanço da pandemia do coronavírus - que foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março.
Os estados brasileiros começaram a anunciar medidas de distanciamento social, progressivamente, a partir de meados de março - quando o Distrito Federal anunciou a suspensão das aulas.
Em 13 de março, São Paulo e Rio de Janeiro anunciaram medidas para limitar a circulação e a concentração de pessoas. Aulas e eventos públicos foram suspensos, e as medidas de contenção do novo coronavírus foram sendo ampliadas nas semanas seguintes pelos estados da federação.
Como são feitos os pedidos
De acordo com o governo, os trabalhadores que perderem seus empregos sem justa causa durante a pandemia do coronavírus poderão pedir o seguro-desemprego por meios eletrônicos.
Isso pode ser feito de duas maneiras:
usando o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, que pode ser baixado em aparelhos que usam os sistemas operacionais Android e iOS.
Nos dois casos, o trabalhador pode dar entrada no pedido do seguro. Isso deve ser feito de 7 a 120 dias após a demissão.
O Ministério da Economia informou, também, que "diversas unidades" do Sistema Nacional de Emprego (Sine), de administração estadual e municipal, reabriram e as solicitações estão em patamar de regularidade por conta da publicação do Decreto 10.329, de 28 de abril de 2020, que definiu como essenciais as atividades de processamento do benefício do seguro-desemprego e de outros benefícios relacionados.
Quando aprovado, o saque do seguro-desemprego será pago pela Caixa Econômica Federal. O banco já informou que está trabalhando com operação reduzida, mas esse tipo de atendimento está garantido para quem não tiver cartão cidadão ou conta na instituição.
Quem precisar tirar dúvidas, ainda pode usar o telefone 158 (Alô Trabalho). A ligação é gratuita de telefone fixo de todo o país.
Aumento de demissões
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados no fim do mês passado mostram que a economia brasileira fechou 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada entre os meses de março e abril.
De acordo com o Caged, em março, quando os efeitos da crise do coronavírus começaram a ser sentidos, foram fechadas 240.702 vagas formais no país.
Já no mês de abril, a eliminação de vagas de trabalho formais se acelerou: foram 860.503 postos fechados, o pior resultado da série histórica, que tem início em 1992. Com isso, foi a maior demissão registrada em um único mês em 29 anos.
| G1 | | | | Em abril, indicador havia recuado para uma mínima da série histórica diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) mostrou alguma melhora em maio depois de atingir o menor nível da série histórica no mês anterior, mas a permanência da incerteza prejudica as expectativas de uma recuperação definitiva do mercado de trabalho no curto prazo.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 3,0 pontos em maio, para 42,7 pontos. Em abril, o indicador havia recuado para uma mínima da série histórica, acumulando perda de 52,6 pontos nos três meses a partir de fevereiro.
"O resultado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série", disse em nota o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler.
"A elevada incerteza ainda não permite imaginar cenários de recuperação do mercado de trabalho no curto prazo, o que deve fazer com que o indicador continue registrando números baixos nos próximos meses", completou.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, subiu 1,2 ponto em maio, a 99,6 pontos, maior patamar desde outubro de 2018. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
"O resultado sugere que a taxa de desemprego deve sofrer impacto negativo já no segundo trimestre e ainda sem indicações de reversão dessa tendência no curto/médio prazo", completou Toblers.
No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego brasileira subiu a 12,6%, com perdas recordes na ocupação e o número de desempregados atingindo 12,8 milhões, diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus.
| G1 | | | | PIB mundial terá maior contração desde a Segunda Guerra, mesmo com reabertura de atividades
A economia brasileira deve encolher 8% em 2020, um dos piores resultados globais, de acordo com estimativas divulgadas nesta segunda-feira (8) pelo Banco Mundial. Em janeiro, a instituição projetava crescimento de 2% para o Brasil neste ano.
Além de ter uma retração superior à média mundial de 5,2%, o país terá uma recuperação mais lenta. A projeção de crescimento para 2021 é de 2,2%, pouco mais da metade do crescimento mundial de 4,2% esperado para o próximo ano.
“A economia global sofrerá contração de 5,2% neste ano. Isso representaria a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial, com a maior proporção de economias desde 1870 a experimentar declínio do produto per capita [90% dos países, ante 85% na Grande Depressão dos anos 1930]”, afirma o Banco Mundial em sua publicação “Global Economic Prospects”.
As economias avançadas devem encolher 7%. As emergentes e em desenvolvimento, 2,5%, em sua primeira contração como grupo em pelo menos 60 anos.
“A expectativa de declínio para a renda per capita é de 3,6%, o que levará milhões de pessoas à situação de pobreza extrema neste ano”, afirma a instituição.
As estimativas consideram que a pandemia se atenue o suficiente para permitir a suspensão das medidas de distanciamento social até meados deste ano nas economias avançadas e um pouco mais tarde nas economias emergente e em desenvolvimento.
Se isso não se confirmar, em um cenário mais negativo, a contração do PIB mundial poderia chegar a até 8% neste ano, seguida de uma recuperação de apenas 1% em 2021.
Entre os países desenvolvidos, a economia dos EUA deve contrair 6,1% neste ano, e a da Zona do Euro deverá encolher 9,1%, com recuperação de 4% e 4,5%, respectivamente, no próximo ano.
Para a China, a estimativa é de crescimento de 1% neste ano e 6,9% em 2021.
Entre as 14 recessões dos últimos 150 anos, a atual seria classificada como a 4ª mais profunda (seguida pelos períodos de 1914, 1930-32 e 1945-46). Espera-se uma queda de 6,2% para o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, maior queda desde a Segunda Guerra Mundial.
“As perspectivas são extremamente incertas com o predomínio de riscos no sentido descendente, incluindo a possibilidade de uma pandemia mais prolongada, instabilidade financeira e retração do comércio global e cadeias de suprimento."
Segundo a instituição, a contração no Brasil está ligada, principalmente, às medidas de contenção da propagação do vírus, investimentos em queda e redução nos preços de commodities.
A recuperação em 2021 pressupõe uma reversão desses fatores, além da retomada das discussões sobre as reformas tributária e do ambiente de negócios, “agenda que foi colocada em espera para priorizar a resposta à Covid-19”.
De acordo com o banco, as economias de mercado emergente e em desenvolvimento com espaço fiscal disponível e condições de financiamento economicamente acessíveis deveriam considerar estímulos adicionais se persistirem os efeitos da pandemia.
"Isto deveria ser acompanhado de medidas para ajudar a restaurar a sustentabilidade fiscal de médio prazo, incluindo medidas que fortaleçam os quadros fiscais, aumentem a mobilização de receita interna e eficiência das despesas, e elevem a transparência fiscal e da dívida."
Segundo a instituição, a crise afeta mais os países em que a pandemia foi mais grave e onde há forte dependência do comércio global, do turismo, da exportação de produtos primários e do financiamento externo. Esse é o caso do Brasil.
Em relação aos países emergentes, o Banco Mundial diz que as interrupções no sistema escolar e no acesso à atenção de saúde primária provavelmente terão impactos duradouros no desenvolvimento do capital humano.
“Trata-se de uma perspectiva profundamente desanimadora, com a probabilidade de a crise causar cicatrizes duradouras e impor grandes desafios globais”, disse a vice-presidente de Crescimento Equitativo, Finanças e Instituições do Grupo Banco Mundial, Ceyla Pazarbasioglu.
“Nossa primeira ordem do dia é fazer face à emergência global de saúde e econômica. Além disso, a comunidade global deve unir-se para encontrar maneiras de reconstruir a recuperação mais robusta possível para evitar que mais pessoas caiam na pobreza e no desemprego”.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 08-06-2020) | | | | Mansueto diz que mudança não para em dois ou três anos e vai além deste governo
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta segunda-feira (8) que a proposta do governo para a reforma tributária pode ser enviada até o fim de julho ou início de agosto ao Congresso.
A reforma é estudada desde o início do governo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Apesar das sucessivas promessas, o Executivo nunca enviou sua proposta e acabou vendo Câmara e Senado criando projetos próprios.
Agora, a equipe econômica tenta acelerar as discussões e lançar sua versão como parte de um conjunto de medidas para impulsionar a atividade no pós-Covid. O Congresso já discute as propostas próprias em uma comissão mista, cujos trabalhos foram suspensos com o início da pandemia.
“A reforma tributaria é uma das mais importantes, mas não é fácil. Precisaremos de muito debate político para ter um consenso sobre qual reforma tributária conseguiremos aprovar”, afirmou em videoconferência promovida pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil.
Mansueto afirma que os objetivos das mudanças serão reduzir regimes especiais, diminuir a complexidade, mudar regras para o crédito financeiro e criar o IVA (Imposto sobre Valor Agregado, que seria formado inicialmente pela fusão de PIS e Cofins).
“Hoje tem uma discussão muito grande do que é mais factível. Se é começar com um IVA nacional, e ter impostos municipais, estaduais e federais. Ou se o governo foca de início no IVA federal e depois os outros podem se acoplar”, disse. Guedes costuma defender a segunda opção.
O secretário também elencou como necessário um sistema mais progressivo (ou seja, para que a população de alta renda pague uma porcentagem mais alta).
Para isso, defendeu uma mudança no recolhimento do Imposto de Renda nas relações de trabalho. “As pessoas devem contribuir de acordo com sua renda, e no Brasil não é assim. Muitas vezes você paga de acordo com seu contrato”, disse.
A mesma ideia vale para as empresas, diz, que pagam conforme o regime escolhido.
Além disso, o secretário defende menos regimes especiais e das consequentes diferenças de recolhimento dependendo de onde a empresa está instalada. “Isso tem que diminuir. Às vezes, o quanto a empresa paga depende do local”, disse.
Outra necessidade defendida por ele é menos mudanças em normas e entendimentos.
“Temos que ter estabilidade de regras e segurança jurídica. Não há como ter segurança em um sistema que muda muito e no qual as regras são complexas. E não há como ter segurança jurídica se as regras são reinterpretadas pelo judiciário. A Justiça também terá que fazer a sua parte”, avaliou.
Para o secretário, os trabalhos não vão se encerrar neste governo. “Isso não é trabalho de dois ou três anos. Vai além desse governo. Mas é muito importante que aprovemos alguma reforma tributária ainda neste governo”, afirmou ele, que há algumas semanas disse que a reforma tributária não seria aprovada neste ano.
Durante a videoconferência, o secretário foi questionado sobre um texto publicado na última semana pelo jornal britânico Financial Times acerca do comportamento do presidente Jair Bolsonaro despertando preocupações sobre a democracia e sobre os reflexos desse tipo de visão para investidores internacionais no momento em que a equipe econômica diz que vai precisar de capital privado para a retomada.
Mansueto disse que a percepção é grave porque o Brasil é um país emergente e que precisa gerar confiança, mas disse que o debate político está polarizado em outros países também. “É grave porque é um país emergente e precisamos da confiança do mundo. As pessoas discordarem em uma democracia é salutar, mas temos que respeitar o contraditório”, disse.
“Tanto no Brasil como em outros países o debate politico está excessivamente polarizado, mas não é algo exclusivo do Brasil. A gente precisa de tolerância para aceitar essa discordância como algo normal do mundo político”, disse.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 08-06-2020) | | | | O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ganhou tração em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na primeira quadrissemana de junho. Mesmo assim, todas as capitais pesquisadas permaneceram com taxas negativas, pela quarta semana consecutiva.
Na primeira quadrissemana de junho, o IPC-S acelerou e teve deflação de 0,36%, taxa 0,18 ponto porcentual superior à queda de 0,54% observada no fechamento do quinto mês.
Tiveram aceleração nas suas taxas São Paulo (-0,60% para -0,42%), Recife (-0,22% para -0,01%), Belo Horizonte (-0,75% para -0,57%), Brasília (-0,67% para -0,27%), Salvador (-0,39% para -0,17%) e Porto Alegre (-0,71% para -0,57%). Apenas no Rio de Janeiro a taxa ficou estável, com deflação de 0,09%.
| Bem Paraná | | | | A pandemia do novo coronavírus levará a atividade econômica no Brasil a encolher 8% em 2020, prevê o Banco Mundial em novo relatório divulgado nesta segunda-feira, 8. Uma queda dessa magnitude seria a maior em 120 anos, período para o qual o instituto oficial de estatísticas, o IBGE, tem dados sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
O tombo da economia brasileira é apenas uma das inúmeras faces da "recessão severa" que o Banco Mundial antevê no cenário global por causa da covid-19. A necessidade de isolamento social obrigou diversos países a impor medidas de fechamento temporário de escolas, parques e estabelecimentos comerciais, com reflexos sobre a produção, a renda e o emprego.
Nas projeções do Banco Mundial, o "choque rápido e maciço" da pandemia e as medidas de bloqueio total para contê-la levarão a economia global a encolher 5,2% neste ano.
"Isso representaria a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial, com a maior proporção de economias desde 1870 a experimentar declínio do produto per capita", afirma a instituição na publicação "Global Economic Prospects", sobre perspectivas econômicas globais. Segundo o relatório, mais de 90% de 183 economias devem experimentar uma retração devido à covid-19, uma proporção maior até do que na grande depressão da década de 1930 (quando ficou em 85%).
A expectativa de queda para a renda per capita é de 3,6%, o que levará milhões de pessoas à situação de pobreza extrema neste ano, prevê o Banco Mundial.
No diagnóstico dos economistas da instituição, o golpe afeta mais os países em que a pandemia foi mais grave e onde há forte dependência do comércio global, do turismo, da exportação de produtos primários e do financiamento externo. Embora a magnitude dos distúrbios varie de uma região para outra, as economias emergentes apresentam vulnerabilidades que são intensificadas por choques externos. Maior informalidade no mercado de trabalho é uma delas.
"Além disso, interrupções no sistema escolar e no acesso à atenção de saúde primária provavelmente terão impactos duradouros no desenvolvimento do capital humano", diz o Banco Mundial.
"Trata-se de uma perspectiva profundamente desanimadora, com a probabilidade de a crise causar cicatrizes duradouras e impor grandes desafios globais", disse a vice-presidente de Crescimento Equitativo, Finanças e Instituições do Grupo Banco Mundial, Ceyla Pazarbasioglu. "Nossa primeira ordem do dia é fazer face à emergência global de saúde e econômica. Além disso, a comunidade global deve unir-se para encontrar maneiras de reconstruir a recuperação mais robusta possível para evitar que mais pessoas caiam na pobreza e no desemprego."
Para 2021, o Banco Mundial fixou algumas projeções de referência, que pressupõem que a pandemia se atenue o suficiente para permitir a suspensão das medidas de mitigação do contágio pela doença até meados do ano nas economias avançadas e um pouco mais tarde nos emergentes, que os efeitos secundários globais adversos atenuem no segundo semestre deste ano e que os deslocamentos dos mercados financeiros não sejam duradouros. Nesse cenário, o crescimento global deve ser de 4,2% em 2021, mas menos intenso no Brasil, com alta de 2,2%.
"No entanto, as perspectivas são extremamente incertas, com o predomínio de riscos no sentido descendente, incluindo a possibilidade de uma pandemia mais prolongada, instabilidade financeira e retração do comércio global e cadeias de suprimento", reconhece o Banco Mundial. Segundo a instituição, um cenário mais negativo poderia acarretar uma redução da economia global em até 8% neste ano, seguida de uma recuperação lenta em 2021 de apenas 1%.
O relatório defende ainda que economias emergentes e em desenvolvimento com espaço fiscal disponível e condições de financiamento economicamente acessíveis deveriam avaliar "estímulos adicionais", se persistirem os efeitos da pandemia.
"Isto deveria ser acompanhado de medidas para ajudar a restaurar a sustentabilidade fiscal de médio prazo, incluindo medidas que fortaleçam os quadros fiscais, aumentem a mobilização de receita interna e eficiência das despesas, e elevem a transparência fiscal e da dívida. A transparência quanto a todos os compromissos financeiros, investimentos e instrumentos como a dívida pública é um passo essencial para criar um clima de investimento atraente e poderia ter progresso substancial este ano", diz o documento.
| Bem Paraná ( publicado em 08-06-2020) | | | | O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, ficou estável na primeira quadrissemana de junho, após registrar deflação de 0,24% em maio, segundo dados publicados hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Seis dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força na leitura inicial deste mês, seja migrando para inflação, subindo com maior intensidade ou reduzindo o ritmo de queda: Habitação (de -0,12% em maio para 0,15% na primeira quadrissemana de junho), Alimentação (de 0,66% para 0,75%), Transportes (de -1,23% para -0,72%), Despesas Pessoais (de -0,83% para -0,47%), Saúde (de 0,18% para 0,25%) e Vestuário (de -1,22% para -1,06%).
A exceção foi Educação, que teve alta de 0,02% na primeira prévia de junho, um pouco menor que o avanço de 0,03% verificado em maio.
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na primeira quadrissemana de junho:
- Habitação: 0,15%
- Alimentação: 0,75%
- Transportes: -0,72%
- Despesas Pessoais: -0,47%
- Saúde: 0,25%
- Vestuário: -1,06%
- Educação: 0,02%
- Índice Geral: 0,00%
| Bem Paraná | | | | O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a suspensão da cobrança de dívidas de Estados e municípios até o fim do ano, seguindo o determinado no pacote federal de cerca de R$ 60 bilhões de socorro aos governos subnacionais, fechado no fim do mês passado.
No caso do BNDES, essas suspensões somarão R$ 3,9 bilhões até o fim do ano, informou nesta segunda-feira, 8, o banco de fomento, que fará, em instantes, uma transmissão ao vivo para comentar medidas de combate à crise provocada pela pandemia de covid-19.
A lei que criou o socorro a Estados e municípios, sancionada no último dia 27, autorizou, além do repasse de recursos, R$ 35,34 bilhões em dívidas dos governos regionais com a União que serão suspensas e retomadas somente em janeiro de 2022.
Outros R$ 13,98 bilhões em dívidas com dois bancos públicos, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, também serão pausadas, como anunciou o banco de fomento nesta segunda. Além disso, o pacote inclui R$ 10,73 bilhões em renegociações de obrigações com organismos multilaterais e mais R$ 5,6 bilhões na suspensão de pagamentos de dívidas previdenciárias.
Além da suspensão do pagamento de dívidas de Estados e municípios, o BNDES anunciou que os governos que ainda têm contratos ativos, com recursos a desembolsar, poderão sacar logo esses recursos e destiná-los para o enfrentamento da pandemia - desde que a mudança no destino dos valores não afete a conclusão de obras em andamento que sejam custeadas por esses créditos.
Segundo o BNDES, Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina poderão ser contemplados com a medida. Se todos desembolsarem logo valores que têm a receber, o total liberado poderá chegar a R$ 456 milhões.
O anúncio se soma a outra medidas recentes anunciadas pelo BNDES, como o reforço de até R$ 20 bilhões no fundo de aval para pequenas e médias empresas, uma linha de R$ 2 bilhões para a cadeia de fornecedores de grandes empresas e outra linha de R$ 3 bilhões para o setor sucroalcooleiro.
O BNDES também confirmou o lançamento de mais uma linha de R$ 2 bilhões, o programa BNDES Crédito Direto Emergencial, "para atender à necessidade de capital de giro de setores cuja preservação é de vital importância para a retomada da economia brasileira". O primeiro foco do programa serão "as empresas de saúde, como hospitais e laboratórios", com faturamento anual acima de R$ 300 milhões.
Segundo o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o banco seguirá lançando medidas conforme as necessidades sejam identificadas. "A terceira rodada de medidas não é a última. Ela complementa o que já foi feito até o momento", afirmou Montezano, na transmissão que ocorre neste momento.
| Bem Paraná ( publicado em 08-06-2020) | | | | É o quinto aumento consecutivo; diesel não terá mudanças
A Petrobras elevará em 10% o preço da gasolina em suas refinarias a partir desta terça (9). Será o quinto aumento consecutivo desde o início de maio, quando as cotações internacionais do petróleo começaram a se recuperar. O preço do diesel, que subiu duas vezes no mês passado, não terá alterações.
Após o reajuste, o valor de venda da gasolina pelas refinarias da estatal passará, em média, a R$ 1,44 por litro. Desde que a sequência atual de aumentos foi iniciada, o preço do combustível vendido pela Petrobras acumula alta de 60%. Ainda assim, o valor atual ainda é menor do que o vigente no início do ano.
O repasse às bombas depende das políticas comerciais de distribuidores e revendedores. Segundo a Petrobras, o preço da gasolina nas refinarias equivale a 25% do valor de venda do produto nas bombas. A fatia restante é composta por impostos e custos de margens de lucro de distribuidoras e postos.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a sequência de aumentos em maio já começa a chegar ao consumidor. Na semana passada, o litro da gasolina foi vendida pelos postos brasileiros, em média, a R$ 3,895, aumento de 1,5% em relação à semana anterior.
Foi a segunda alta no preço cobrado pelos postos após 18 semanas, mostram os dados da ANP. No fim de janeiro, quando a curva de queda foi iniciada, o litro do combustível era vendido, em média no país, a R$ 4,594. O preço do diesel também subiu nas bombas na semana passada, para R$ 3,045 por litro, 1,2% a mais do que na semana anterior.
A sequência de cortes promovida pela Petrobras em meados do primeiro trimestre ajudou a derrubar a inflação brasileira, que fechou abril em -0,31%, o menor valor desde agosto de 1998. O grupo Transportes, onde estão os combustíveis, caiu 2,66%, compensando parcialmente a alta dos preços dos alimentos.
Os reajustes de maio e junho seguem a recuperação das cotações internacionais do petróleo, que subiram, em reais, 53% entre 30 de abril e a última sexta (5), impulsionadas pelo relaxamento de restrições ao deslocamento de pessoas em países que controlaram a curva de contaminação por Covid-19.
A política de preços da Petrobras considera as cotações internacionais do petróleo, a taxa de câmbio, custos para a importação dos produtos e margem de lucro.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 08-06-2020) | | | | Fabricante de carrocerias também vai adotar redução de jornada e salários
A retração de mercado levou a fabricante de carrocerias para ônibus Caio a demitir 320 pessoas em Butucatu (SP), o equivalente a 10% dos colaboradores. A empresa também está adotando a suspensão dos contratos de trabalho, que atingirá quase todos os colaboradores, seguindo as regras de flexibilização da Medida Provisória 936.
Essa medida será aplicada de maneira alternada à equipe: 50% dos funcionários terão os contratos suspensos em junho e o restante em julho. Quem trabalhar integralmente durante junho receberá 100% do salário, enquanto os que permanecerem em casa terão 30% do salário, mais 70% do valor do benefício emergencial, conforme previsto na Medida Provisória 936. Em julho a posição dos vencimentos se inverte.
Ainda de acordo com a MP 936, a empresa também promoverá redução de jornada de trabalho e de salários entre agosto e novembro de 2020 e utilizará um banco de horas para compensação futura com prazo até dezembro de 2021.
Após um período de férias coletivas em março, a Caio se valeu de um acordo coletivo de dois meses, flexibilizando jornadas e antecipando feriados. Esse acordo terminou em 31 de maio. Os cortes ocorreram dias depois.
O segmento de ônibus foi o mais afetado pela pandemia de Covid-19 e os fabricantes já estimam queda nas vendas superior a 50% no ano.
| Automotive Business ( publicado em 08-06-2020) | | | | Paraguai é o primeiro país a receber veículos da marca fabricados no Brasil
A Caoa Chery inicia as exportações de seus veículos fabricados no Brasil para o Mercosul e o primeiro país a receber os modelos é o Paraguai, destino de um lote de dez unidades do Tiggo 2, fabricado na unidade de Jacareí (SP) e o pioneiro nesta nova fase da empresa. O modelo, segundo a montadora, foi escolhido por atender às legislações veiculares estabelecidas pelo governo daquele país.
O plano para exportar veículos a partir do Brasil nasceu com a empresa desde a criação da nova marca, em 2018.
“Hoje estamos bem estruturados para colocar essa estratégia em ação”, afirma o CEO Marcio Alfonso.
Segundo o executivo, a expectativa é aumentar gradativamente o número de modelos exportados e atingir outros países do bloco e também da América Latina.
“O objetivo é ampliar nossa presença em outros países ainda em 2020 e criar assim um perfil exportador para nossa marca”, afirma Alfonso.
| Automotive Business ( publicado em 08-06-2020) | | | | SUV compacto lançado em março liderou as vendas do segmento em abril e maio
Apesar da depressão nas vendas causada pela pandemia de coronavírus que fechou concessionárias ao público e paralisou as fábricas de veículos, o Chevrolet Tracker lançado pela General Motors em meados de março, exatamente no início da crise no País, conseguiu o objetivo destacado pela fabricante de liderar o mercado brasileiro de SUVs.
O modelo liderou o ranking do segmento em seus dois primeiros meses cheios de vendas, abril e maio, zerando os estoques do carro que começaram a ser refeitos com a retomada da produção do carro na fábrica de São Caetano do Sul (SP), que voltou a operar em 18 de maio, após ficar quase dois meses parada para atender as medidas de distanciamento social impostas pela Covid-19.
A GM tinha começado a produzir o seu primeiro SUV nacional em janeiro para abastecer as concessionárias antes do lançamento. Por isso, quando a pandemia obrigou a paralisação da fábrica, em 23 de março, a rede já tinha o modelo para vender e havia negociado encomendas com clientes.
A estratégia acabou se mostrando eficaz diante da numerosa concorrência. Os volumes são muito baixos – o total de emplacamentos registrados em maio representou queda de 75% sobre o mesmo mês de 2019 –, o Tracker encabeçou o segmento de SUVs no País nos dois últimos meses.
De acordo com números divulgados pela Fenabrave (associação dos concessionários), em maio foram emplacadas 1.564 unidades do Tracker, o que representou crescimento de 12% sobre os 1.395 emplacados em abril. Com isso, o SUV da GM ficou na primeira colocação do segmento pelo segundo mês seguido, à frente (pela ordem) dos Jeep Renegade e Compass, do Hyundai Creta e do Volkswagen T-Cross – únicos que registraram volume mensal de emplacamentos acima de mil unidades. As vendas reais podem ser maiores, pois o fechamento de muitos Detrans no País atrasou os licenciamentos.
MAIS VENDAS NO VAREJO E ON-LINE
A GM destaca que a demanda pelo seu primeiro SUV fabricado no Brasil vem aumentando nas concessionárias e nos canais digitais da marca. Segundo a fabricante, quase todo o volume de vendas da nova geração do Tracker até agora foi no varejo.
Conforme os números da Fenabrave, do total de 1.564 emplacamentos, 1.491 foram de veículos negociados pela rede com consumidores e apenas 73 unidades com faturamento direto da fábrica – o que leva a entender que pouquíssimos Tracker foram vendidos a frotistas e os modelos com desconto de impostos destinados a pessoas com deficiência (PCD, também com faturamento direto) ainda não chegaram ao mercado.
Para potencializar as vendas do Tracker no varejo enquanto as concessionárias estavam fechadas ao atendimento presencial, foram criados canais de negociação on-line que segundo a GM ajudaram a zerar os estoques do modelo. No período, a empresa acelerou seu programa de digitalização e lançou novos serviços para os clientes e a rede.
O primeiro deles foi a Operação Virtual Chevrolet, que permite ao cliente navegar por um showroom virtual na internet e contatar um vendedor por WhatsApp, além de avaliar o usado remotamente e solicitar o envio do carro para um test-drive.
Outra ação foi o lançamento da primeira loja de veículos novos no Mercado Livre, a maior plataforma de e-commerce da América Latina. O novo Tracker foi o produto escolhido para estrear nesse mercado virtual de vendas.
| Automotive Business ( publicado em 08-06-2020) | | | | Fábrica brasileira volta a operar no dia 22; unidade argentina em Córdoba no dia 16
A Nissan confirmou que retomará a produção de veículos em sua fábrica de Resende (RJ) no dia 22 de junho, quase três meses após o início da paralisação, em 25 de março, por causa da pandemia do novo coronavírus. Em maio, a montadora já havia comunicado que voltaria nesta data após prorrogar a interrupção da produção por mais um mês.
Na fábrica brasileira são produzidos os modelos March, Versa e o Kicks, que abastecem tanto o mercado interno quanto outros oito mercados para onde são exportados. A montadora também confirmou que retomará no dia 16 deste mês as operações em sua fábrica na Argentina, localizada em Córdoba, onde é feita a picape Frontier.
"É muito importante para a Nissan e para a indústria automotiva estar pronta para voltar a produzir. Nossos planos de expansão na região são suportados por nossa atividade industrial, que desempenha um papel fundamental para alcançarmos nossos objetivos, com segurança para cada um de nossos funcionários”, disse o chairman da Nissan América Latina, Guy Rodriguez.
Para o retorno, a Nissan estabeleceu as condições necessárias, seguindo os protocolos exigidos pelas autoridades sanitárias, para assegurar um ambiente de trabalho com altos níveis de segurança e prevenção nesta etapa das operações.
A empresa desenvolveu medidas de segurança e informação com base em protocolos rigorosos para garantir o regresso.
Todos os funcionários terão uma ferramenta online que permitirá um autodiagnóstico antes de sair de casa. Caso estejam se sentindo bem, eles seguirão as recomendações para chegar ao trabalho de forma segura. Para evitar aglomerações e assegurar a distância social, as atividades nos escritórios e nas fábricas serão organizadas em turnos.
Além disso, a empresa continua com a adoção do trabalho remoto (home office) para os departamentos em que é possível com o uso de múltiplas plataformas virtuais.
| Automotive Business ( publicado em 08-06-2020) | | | | Modelo compartilha plataforma com Polo e Virtus e é parte de um investimento de R$ 7 bilhões
Começou oficialmente na segunda-feira, 8, a produção do Volkswagen Nivus. O utilitário esportivo é fabricado na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde são montados também o hatch Polo e o sedã Virtus (que compartilham a plataforma MQB com o Nivus), mais a picape Saveiro.
O Nivus foi apresentado mundialmente no fim de maio. Ele resulta de um ciclo de investimento de R$ 7 bilhões, utilizado principalmente na área de armação de carrocerias da Anchieta. Segundo a Volkswagen, foram adquiridos 419 novos equipamentos, incluindo 90 robôs. O setor foi ampliado em 24 mil metros quadrados e agora soma uma área total de 105 mil m².
A estamparia recebeu uma nova prensa de grandes dimensões, capaz de ampliar a produção de peças em até quatro vezes por minuto e reduzir custos em razão da maior eficiência energética.
DESENVOLVIMENTO 100% DIGITAL
No laboratório de protótipo virtual, dentro da unidade Anchieta, a utilização de recursos tecnológicos como realidade virtual e realidade aumentada permite otimizar o desenvolvimento de novos produtos, tornando o processo ainda mais eficaz.
Em um projeto 100% digital não foi necessário fazer nenhum protótipo físico para desenvolver o VW Nivus, considerando-se os mercados sul-americano e europeu. Como comparação, no passado eram utilizados até 70 protótipos físicos.
Foram feitas nove variações virtuais (acabamentos, cores etc.) do VW Nivus, o que proporcionou ao novo veículo mais segurança, pois todas as peças foram testadas previamente. Com isso, só no laboratório de protótipo virtual houve economia de 65% de custos em relação a projetos anteriores. Com a tecnologia disponível foi possível que mais de 70% das simulações ocorressem virtualmente no Brasil (em segurança veicular, acústica e plataforma, por exemplo).
A digitalização também está no processo de montagem do carro. Recursos da indústria 4.0 como impressoras 3D e processos com alto nível de automação e inteligência artificial integram a produção do carro.
"Destaco o comprometimento das equipes em seguir o cronograma e manter o lançamento em meio à pandemia, pois mesmo durante a suspensão de atividades, um grupo de empregados permaneceu na fábrica focado no projeto Nivus, respeitando os novos protocolos de higiene e saúde, para cumprir o programa pré-estabelecido”, afirma o diretor da unidade de produção da Volkswagen Anchieta, Mário Rodrigues.
PRODUÇÃO TAMBÉM NA EUROPA
Desenvolvido no Brasil, o Nivus será exportado para países da América Latina. Um dos destaques do carro é sua central VW Play, que permitirá geração de receitas à montadora. A partir de 2021 o Nivus será produzido também em Pamplona, na Espanha.
Cerca de 30 pessoas do time da Espanha estão envolvidas no projeto e parte delas tem visitado as instalações no Brasil para conhecer de perto o desenvolvimento do Nivus.
| Automotive Business ( publicado em 08-06-2020) | | | | Fabricantes indicam que agronegócio pode minimizar as perdas do ano
As vendas de implementos rodoviários seguem impactadas pela crise imposta com a pandemia de coronavírus. Dados divulgados na segunda-feira, 8, pela Anfir, associação das fabricantes, indica que os emplacamentos do setor diminuíram de 46,7 mil para 37,3 mil unidades no acumulado de janeiro a maio na comparação anual. Contudo, a indústria espera que a desaceleração dos negócios no setor seja minimizada pelo desempenho positivo do agronegócio, que prevê novo recorde na safra de grãos.
A queda de 20% no acumulado do ano foi puxada pelo segmento pesado, de reboques e semirreboques, o que mais atende o agronegócio no mercado brasileiro. Os números mostram que as vendas ficaram 21,4% abaixo do resultado verificado em mesmo período do ano passado, distribuindo pouco mais de 20 mil unidades. Segundo a pesquisa mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o agronegócio brasileiro registrou crescimento de 1,9% no primeiro trimestre.
“A situação de retração da atividade econômica causada pela pandemia não deve ser revertida este ano porque a reativação da economia não será no mesmo ritmo de sua queda”, completa Fabris.
No segmento leve, de carrocerias sobre chassis, a queda foi de 18,5%, passando de 21 mil para 17 mil produtos, a maioria indicada para entregas urbanas. Sua retração reflete o ritmo lento da economia com a crise.
“A situação de retração da atividade econômica causada pela pandemia não deve ser revertida este ano porque a reativação da economia não será no mesmo ritmo de sua queda”, completa Fabris.
| Automotive Business ( publicado em 08-06-2020) | | | | Atualmente, 48% dos carros no mundo incluem conectividade interna, diz estudo.
À medida que a mudança de carros 'sendo conectados' por carros sendo 'experiências do consumidor' continua a crescer. Depois de mais de um século de negócios como de costume, o setor agora mudou de forma agressiva para um novo e ambicioso curso: “CASE” - o impulso para mais soluções de mobilidade conectada, autônoma, compartilhada e elétrica. Estudo inédito prevê que a conectividade interna de veículos aumentará acentuadamente de 48%, de todos os novos automóveis globais, para quase 96% até 2030.
A nova pesquisa conduzida pela SBD Automotive incluída no Relatório EPM 2030 ("Experiências por milha 2030: garantir a próxima década da transformação da mobilidade coloca o consumidor em primeiro lugar e acima de tudo") aponta que até 2030, 79% dos veículos enviados ao redor do mundo terão uma autonomia L2 maior - reduzindo significativamente o risco de falhas por meio de alertas e atuação discreta do sistema.
À medida que os valores do consumidor, como economia de compartilhamento e sustentabilidade, se mantêm, a SBD Automotive estima que 26% dos lucros da mobilidade serão derivados de novas fontes, como a demanda por demanda, enquanto 24% de todos os carros novos vendidos até 2030 serão elétricos.
Segundo comunicado sobre o relatório, assinado por Tom Rivers, Vice-presidente Global de Marketing da Harman International, e Jeffrey Hannah, Diretor América do Norte da SBD Automotive, para atender às novas demandas de mobilidade, é necessário um ecossistema complexo de fornecedores que estão evoluindo seus modelos organizacionais, práticas de negócios e serviços.
“As montadoras estão determinando quanto mudar sua abordagem para o novo normal, enquanto continuam alimentando os investimentos atuais e satisfazendo as partes interessadas. As concessionárias costumam ser o primeiro ponto de contato para a nova experiência de mobilidade do consumidor, mas enfrentam desafios em termos de execução. Os fornecedores de mobilidade estão sob extrema pressão para fornecer soluções que sustentam cada tecnologia CASE, mas enfrentam restrições de segurança, regulamentação e mão-de-obra”, dizem.
As expectativas do consumidor não param na conectividade
Enquanto a grande maioria dos consumidores informa que hoje está confiando na tecnologia mais do que há alguns anos atrás, quase 40% sentem que essa abundância de soluções conectadas está se tornando muito complicada. “Hoje, o ecossistema automotivo é desafiado a não apenas fornecer mais tecnologia, mas oferecer soluções inteligentes como experiências holísticas e conectadas que reforçam a usabilidade e impulsionam a adoção em massa”, dizem os executivos.
Para preencher essa lacuna entre tecnologia e experiência, o Relatório EPM 2030 descobriu três áreas de foco principais que são fundamentais para impulsionar inovações significativas:
Reduza a complexidade para remover barreiras: A tecnologia está ficando muito complicada. Provavelmente, é um reflexo de que, enquanto muitos desses dispositivos funcionam bem individualmente, a integração de todos eles em uma experiência digital e de mobilidade está ficando mais difícil.
Foco em Usabilidade e Familiaridade: Os carros estão abaixo da média quando se trata de usabilidade. A maioria de todos os entrevistados considera que permanecer conectado e produtivo no carro é um desafio - com muitos lutando para ler mensagens SMS, acompanhar notícias ou verificar com segurança seus calendários em movimento.
Priorize a experiência em conectividade: As experiências digitais se tornaram um fator-chave na compra de um veículo. Os entrevistados listaram os seguintes itens como as principais coisas digitais (das 10 principais) que procurarão no próximo carro que comprarem: possibilidade de melhor produtividade ao dirigir; fornecimento de sugestões úteis sobre coisas como postos de gasolina ou rotas alternativas; facilidade para manter contato com amigos/família ao dirigir; e fornecimento de um ambiente divertido.
Repensar a inovação com colaboração orientada ao consumidor: Para manter o ritmo da inovação e responder aos crescentes problemas do consumidor em relação à conectividade, a colaboração entre setores, organizações e economias é fundamental. Além disso, ele deve estar centrado na experiência coletiva do consumidor e em como tecnologias e serviços diferentes podem se unir para criar casos de uso coesos para clientes automotivos.
Com base nas descobertas da pesquisa, o Relatório EPM 2030 descreve cinco principais benefícios para o consumidor, onde a colaboração avançada fornecerá uma melhor experiência no veículo para motoristas e passageiros:
• Realização: melhore a produtividade pessoal e apoie a capacidade dos motoristas de realizarem multitarefas com segurança.
• Bem-estar: desenvolva experiências que aprimoram a segurança física e digital dos consumidores, bem como a atmosfera personalizada no veículo, que reduz o estresse e monitora seu bem-estar físico.
• Conexão social: crie conexões pessoais e seguras dentro e fora do veículo - como compartilhamento de localização de rotas e horário de chegada, experiências de mobilidade compartilhada por meio de plataformas de mídia social e muito mais.
• Diversão: Garanta uma experiência de mobilidade divertida e enriquecedora, com a capacidade de consumir entretenimento de vídeo e áudio e permitir momentos personalizados de descoberta de maneira segura.
• Consciência ambiental: forneça novas opções de mobilidade e tecnologias focadas no eco que podem diminuir a pegada de carbono e o impacto ambiental.
| CIMM ( publicado em 08-06-2020) | | | | A P2A Embalagens Ltda iniciou a instalação da sua planta fabril no município de Linhares (ES) com investimento na ordem de R$ 5,3 milhões. O anúncio foi feito na semana passada (01/06) pelo prefeito de Linhares, Guerino Zanon. A empresa paranaense produzirá papel ondulado para embalagens e vai gerar na sua primeira fase de operação, prevista para janeiro de 2021, 35 empregos diretos e outros 50 indiretos.
O empreendimento fica localizado no distrito de Bebedouro, às margens da ES-440, e contará com 1.500 metros quadrados de área construída. Os serviços de limpeza do terreno e ampliação do barracão existente no local já começaram e a expectativa é gerar, nessa etapa, 25 empregos diretos e indiretos, segundo o Diretor Comercial da empresa, Alexandre da Fonseca.
De acordo com Fonseca, a escolha pelo município se deve à sua localização privilegiada, estrutura de saúde e educação, além da economia diversificada do estado e do município, e a proximidade de portos e aeroportos.
O material fabricado é utilizado em indústrias de móveis, por exemplo, e, nessa primeira fase, a expectativa é atender o pólo moveleiro local. “Há oito anos entregamos em Linhares material para a indústria moveleira e achamos que havia chegado a hora de estar mais perto, gerar emprego e renda e, também, fortalecer e reduzir os custos da embalagem ao setor. Vemos a cidade com grande potencial, com o mercado em crescimento sustentável, e pouco explorado por esse ramo de atividade”, informou o diretor.
Fonseca pontuou que a empresa está há dez anos no mercado e possui uma unidade em Sabáudia (PR), onde produz papel e bobinas onduladas, e outra em Júpia (SC), com a produção de papel e papel ondulado, 100% reciclado. “A empresa se preocupa com o meio ambiente e 90% da matéria-prima é reciclada e, 100% da nossa produção será de papel ondulado 100% reciclado, que não gera resíduos ao meio ambiente”, destacou o representante da empresa.
A proposta da empresa é trabalhar, na segunda fase do projeto, junto às associações para comprar também papelão dos catadores locais. Os materiais deverão ser encaminhados a uma empresa terceirizada para transformação em matéria-prima a ser utilizada pela P2A Embalagens.
| CIMM ( publicado em 08-06-2020) | | | |
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