|
Chamada de Notícias
Logística Reversa
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
| | | | | "Bom exemplo, Curitiba será ponto de partida de programa nacional contra lixões
Tida como um dos cases de sucesso na gestão de seu lixo, Curitiba foi a capital escolhida pelo Governo Federal para o lançamento de um programa que visa acabar com os lixões no Brasil. O Lixão Zero foi apresentado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em um evento nesta terça-feira (30), no centro de Curitiba, com a presença de entidades setoriais, governo do Paraná e prefeitura de Curitiba.
O objetivo do programa é ajudar os municípios que ainda tenham lixões a migrar para o sistema de aterros sanitários, que minimizam os impactos ambientais do lixo. Uma realidade que, embora esteja prevista em lei desde 2010, ainda parece longe de emplacar no Brasil – ainda existem 3 mil destinações inadequadas para lixo no país.
No Paraná, Curitiba não tem lixão desde 1989. É uma boa notícia que se estende a boa parte do estado, que conseguiu reduzir drasticamente a quantidade de lixo enviada para locais inadequados nos últimos anos. Em 2012, 60% de todo o resíduo sólido do estado era encaminhado para lixões ou aterros controlados (que, embora sejam aterros, ainda não manuseiam corretamente os resíduos). Hoje, este número está em 18%. “Eu considero que o nível do Paraná é de aceitável a bom neste quesito”, diz Luiz Gonzaga, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre).
O ideal, no entanto, seria os lixões não existirem. Números de outra entidade, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), apontam que a má destinação do lixo afeta a saúde de 76 milhões de brasileiros, causando um gasto de R$ 1,5 bilhão em saúde pública e de R$ 2 bilhões na recuperação do meio ambiente.
Uma briga legislativa
Segundo a divulgação oficial do Lixão Zero, o programa é dividido em diferentes etapas, que começam com um diagnóstico do problema dos resíduos sólidos no Brasil até a implantação de um plano de ação. O orçamento ainda não foi divulgado pelo governo.
Na teoria, não seria necessário um programa de eliminação dos lixões, já que a desativação deles está prevista em lei de 2010 [Lei 12.505, de 2010], que atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Sem dinheiro, porém, muitos municípios – que são os responsáveis diretos pela gestão do lixo – estouraram o prazo definido em lei.
“R$ 30 bilhões é o custo desse processo [de construção dos aterros necessários]. Tem que prorrogar o prazo e tem que haver a participação tecnicamente, financeiramente, por parte dos estados e da União, senão a gente não vai resolver esse problema no Brasil”, afirmou Glademir Aroldi, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), ainda em fevereiro.
E há uma briga legislativa para que novos prazos sejam definidos. “Existem hoje três vetores negativos para a erradicação dos lixões”, indica Luiz Gonzaga, da Abetre. Segundo o executivo, são o PLS 425, que estende os prazos de adequação e já foi aprovado pelo Senado (está tramitando na Câmara); o encaminhamento da medida provisória 868, que pretende restabelecer alguns pontos do plano; e a consulta pública para revisão do Plano Nacional de Saneamento Básico.
As três frentes tentam, em linhas gerais, prorrogar o prazo do fim dos lixões. Para o executivo, o mais grave é a medida provisória 868, que, em sua visão, pode colocar o cronograma de erradicação na mão dos municípios, os principais impactados com os custos da construção de um aterro. “Postergar a data é um desserviço”, ele aponta.
A solução apontada pela entidade, também defendida por outros representantes setoriais e pelo Ministério Público do Meio Ambiente, é regionalizar o serviço e taxar os locais onde o serviço ainda não é cobrado dos moradores. “Precisa regionalizar. Há municípios em que não se justifica ter aterros sanitários. Acreditamos que a construção de 500 aterros resolva o problema no Brasil. Isso dá um custo na ordem de R$ 2,6 bilhões.
E o problema não está no investimento, mas no custeio; no dinheiro para garantir o maquinário sempre novo, o aterro funcionando. Nós defendemos que haja uma sustentabilidade econômica e financeira com taxas. Como acontece com a água, o esgoto, a linha telefônica. Afinal, sou eu que estou gerando lixo”, indica.
Licitação em Curitiba
Sem lixões há 30 anos, Curitiba e região encaram um empecilho diferente na sua gestão do lixo: quem irá cuidar do tratamento dos resíduos sólidos nas próximas décadas. É que a licitação para a contratação de uma nova empresa para este serviço foi suspensa em março. A expectativa, de acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, é que o novo edital seja publicado nas próximas semanas, mas ainda sem uma data definida.
É que a licitação para a contratação de uma nova empresa para este serviço foi suspensa no mês passado. A expectativa, de acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, é que o novo edital seja publicado nas próximas semanas, mas ainda sem uma data definida.
A Concorrência 001/2019, elaborada pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol) – grupo formado por representantes da capital e 22 municípios da região metropolitana – foi contestado por empresas interessadas e pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR).
Um dos argumentos, do TC, apontava que existia um sobrepreço de R$ 600 milhões na contratação do serviço. Pelo edital de licitação, o consórcio previa o máximo de R$ 2.286.588.715,00, referente ao período de 25 anos. O Consórcio precisou então rever o documento.
Os serviços são de “recepção, triagem mecanizada, transbordo, transporte, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos e dos rejeitos”, dos municípios de Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Quatro Barras, Quitandinha, Piên, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná.
A prefeitura de Curitiba, que encabeça o consórcio, tem sustentado que a licitação busca um modelo "moderno", que inclua o tratamento do lixo. “Vamos aproveitar as parcelas reciclável e orgânica que hoje são enterradas e em dez anos quase não deveremos mais utilizar o aterro sanitário”, disse o prefeito da capital, Rafael Greca (PMN), após lançar o edital de licitação, em janeiro.
Hoje, o lixo segue para dois aterros sanitários, localizados em Curitiba e em Fazenda Rio Grande, de responsabilidade das empresas Estre e Essence Ambiental até meados de 2020."
| Gazeta do Povo | | | |
A rede de alimentação saudável Tropical Banana, atendendo às solicitações dos clientes, a partir de agora servirá as bebidas sem canudo plástico. O item só será entregue caso o cliente faça questão e solicite ao atendente.
Além disso, há a opção de comprar nas lojas o canudo ecológico de bambu, por R$ 14,90. Além de charmosos, são artesanais, naturais, duráveis, reutilizáveis, sustentáveis e leves. Uma boa opção para levar na bolsa e ajudar a natureza.
O Tropical Banana iniciou suas atividades em 2006, em Curitiba. Atualmente, a rede Tropical Banana conta com 10 lojas, sendo que oito em Curitiba e duas em São José dos Pinhais, com destaque para a loja no Aeroporto Afonso Pena. Eem março a rede abrirá a mais nova loja no Ventura Shopping. Já para maio, a marca promete novidades na loja do Jockey Plaza.
| Bem Paraná | | | | Marca aposta em iniciativa para o descarte correto dos produtos e cuidado com o meio-ambiente
Sempre atenta as iniciativas que contribuam para o meio-ambiente, a Deca – que tem em seu DNA o pilar da sustentabilidade – cria um programa com foco no descarte correto dos metais. A marca aposta, inicialmente, em um projeto piloto de logística reversa de metais em postos autorizados de três cidades do interior paulista: Indaiatuba, Itu e Sorocaba.
O objetivo da ação é fazer a destinação certa destes produtos, utilizando a sua matéria-prima para a confecção de outros produtos. Para isso, a marca irá contar com a parceria da Sinctronics – empresa especializada em economia circular, que busca gerar valor para produtos que seriam descartados, colocando-os novamente na cadeia produtiva – para este projeto piloto.
A ação acontece entre os dias 22 abril e 21 junho e a intenção é que os consumidores possam depositar os metais da Deca ou de concorrentes, independentemente do tempo de uso, nos coletores presentes nas lojas participantes, para que a Sinctronics recolha, faça a análise das peças e diagnóstico de qual o melhor destino para elas.
Confira os postos autorizados:
Indaiatuba
Endereço: Rua dos Indaiás, 1142 – Vila Brizzola, Indaiatuba – SP
Telefone: (19) 3834-2308
Whatsapp: (19) 97403-5442
E-mail: indaiatuba@hidracom.com.br
Site: www.hidracom.com.br
Itu
Endereço: Pça. Padre Bento, 50 – Vila Padre Bento, Itu – SP
Telefone: (11) 4023-1370
Whatsapp: (15) 99605-2286
E-mail: itu@hidracom.com.br
Site: www.hidracom.com.br
Sorocaba
Endereço: Av. Gen. Carneiro, 588 – Vila Lucy, Sorocaba – SP
Telefone: (15) 3221-7063
Whatsapp: (15) 99777-8898
E-mail: tecnica@hidracom.com.br
Site: www.hidracom.com.br
| Deca | | | | A estimativa é de que o mundo produza cerca de 50 milhões de toneladas e e-lixo por ano.
Organização Internacional do Trabalho diz que são necessárias ações urgentes para lidar melhor com problema; estimativa é de que mundo produza cerca de 50 milhões de toneladas e e-lixo por ano.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, fez um apelo por ações urgentes para gerenciar de forma mais adequada a inundação tóxica de resíduos elétricos e eletrônicos, conhecidos como e-lixo.
Desta forma, segundo a agência, estes resíduos poderão ser transformados em uma fonte valiosa de trabalho decente.
[Nos Estados Unidos e no Canadá, cada pessoa produz cerca de 20 quilos de lixo eletrônico por ano]
Nos Estados Unidos e no Canadá, cada pessoa produz cerca de 20 quilos de lixo eletrônico por ano, by ITU
Trabalhadores
Em encontro da OIT realizado em Genebra, representantes de governos, organizações de trabalhadores e empregadores concordaram que governos devem “aumentar a promover investimento em infraestrutura de gerenciamento de resíduos e sistemas em todos os níveis.”
O objetivo é lidar com o crescimento rápido de lixo eletrônico, de uma forma que promova o trabalho descente.
No encontro também houve consenso sobre a urgência de proteger as pessoas que trabalham com o lixo eletrônico, que é tóxico, perigoso e afeta negativamente os trabalhadores e o meio ambiente.De acordo com a OIT, somente 20% do chamado e-lixo é reciclado formalmente, embora seja avaliado em mais de US$ 62 bilhões.
Esses materiais têm se tornado um recurso cada vez mais importante para os trabalhadores informais que recuperam, consertam, reformam, reutilizam, adaptam e reciclam equipamentos elétricos e eletrônicos, trazendo serviços e produtos inovadores ao mercado e facilitando uma transição para a economia circular.
E-lixo
A estimativa é de que o mundo produza cerca de 50 milhões de toneladas e e-lixo por ano.
Segundo o estudo uma nova Visão Circular para Eletrônicos - Hora de um Reinício Global, publicado em janeiro deste ano, o Brasil é um dos 11 principais destinos do mundo de materiais eletrônicos descartados.
Nos Estados Unidos e no Canadá, cada pessoa produz cerca de 20 quilos de lixo eletrônico por ano. Na União Europeia, a quantidade é de 17,7 kg. No entanto, o 1,2 bilhão de habitantes do continente africano gera, em média, 1,9 kg de lixo eletrônico.
Todos os anos, um total de 1,3 milhão de toneladas de produtos eletrônicos descartados acabam sendo exportadas do bloco europeu sem documentação.
O movimento ilegal de lixo eletrônico das nações desenvolvidas para os países em desenvolvimento é considerado um dos principais desafios atuais. O estudo diz que existe uma rede complexa de portos de chegada que evita a detecção do lixo eletrônico pelas autoridades.
A OIT faz parte da Coalizão de E-lixo da ONU, criada para aumentar a colaboração, construir parcerias e fornecer de forma mais eficiente apoio para ajudar os Estados a lidar com os desafios do lixo eletrônico.
| ONU News | | | |
A ambientalista Ana Milhazes adotou a meta "zero" e, desde então, praticamente não produz lixo. No apartamento onde mora, o saco da reciclagem está vazio, os resíduos orgânicos foram para a compostagem e o lixo reduz-se a meia dúzia de autocolantes.
O champô sólido dispensa embalagem, as compras a granel viajam em sacos de pano ou frascos e passam-se meses sem ser necessário despejar o lixo, porque Ana Milhazes praticamente não o produz desde que estipulou a meta "zero".
"Mais do que reciclar, é preciso produzir menos lixo", defendeu em entrevista à Lusa a ambientalista de 34 anos, que em 2016 fundou o Movimento Lixo Zero em Portugal, dizendo "não" ao plástico e recusando embalagens, pois "o mais sustentável é prolongar a vida útil do que já temos".
No apartamento onde mora, no Porto, o saco da reciclagem está vazio, os resíduos orgânicos foram para a compostagem, o lixo reduz-se a meia dúzia de autocolantes e etiquetas de tecido sem destino (não são recicláveis), os (poucos) móveis foram feitos a partir de coisas velhas ou retiradas do lixo e a roupa foi trocada ou comprada em segunda mão.
"No fundo, quase deixei de deitar o lixo fora. Ao ecoponto vou de dois em dois meses, mas levo pouquinho", descreve a ex-gestora de projetos informáticos, explicando que os restos de alimentos, cerca de 70% do lixo antes produzido, são agora entregues a um casal de agricultores que os há de transformar em adubo.
A "grande mudança", quanto ao plástico, foi passar a comprar a granel: "Trago a quantidade que quero e sem embalagens", resume.
Para cumprir o objetivo Lixo Zero, cuja página da rede social Facebook conta atualmente com 15 mil "gostos", Ana trocou ainda os lenços de papel pelos de pano, o algodão em rama por discos de tecido e o plástico da escova de dentes e da garrafa de água por bambu.
Estes e outros elementos compõem o "Kit Zero Waste [desperdício zero]", que a ativista exibe nas ações de formação ou congressos, como vai acontecer no dia 29, na 3.ª National Geographic Summit, que se realiza no Porto com o tema "Planeta ou Plástico".
Ana vai participar sessão dedicada a alunos do 5º e 6º ano de todo o país e, embora tenha consciência de que não são as crianças quem paga a fatura de optar pelo mais sustentável na hora de abastecer a despensa, sabe que elas podem ser "muito chatas".
"Acabam por conseguir transmitir aos pais a mensagem fundamental, que é recusar e reduzir para prevenir a produção de lixo", assegura.
A ativista admite não existirem "soluções perfeitas", tentando decidir pela alternativa "menos má".
"Entre um saco de papel e um de plástico, este dura mais tempo. O problema é que o plástico não se desfaz no ambiente, como o papel", esclarece.
Para a ativista, o "essencial" é "recusar o descartável" e "prolongar a vida útil dos objetos", mesmo do vidro, que "é 100% reciclável".
"Sempre fui bastante preocupada com as questões ambientais, mas muito virada para a parte da reciclagem. Até que um dia olhei para o caixote do lixo e pensei: Como é que uma pessoa preocupada com o Ambiente pode produzir tanto?", recorda.
Durante cerca de um ano, Ana conjugou este projeto com a carreira de gestora de projeto na área informática, mas despediu-se no fim de 2017, depois de um esgotamento e dois meses de baixa sem melhoras.
Decidiu dedicar-se a tempo inteiro ao Ambiente, somando o dinheiro das ações de formação ao das aulas de yoga, que já dava aos fins de semana, e "dá para viver".
Em 2011, já tinha começou a "simplificar a vida", adotando "um estilo de vida minimalista", que rejeita compras desnecessárias.
"Vivemos numa sociedade de consumo onde tudo parece uma necessidade. Mudar é sair do piloto automático e pensar: realmente preciso ou vou dar utilidade a isto?", assinala.
Outra "estratégia" para perder vontade de comprar é "contar as horas em que vamos usar determinada coisa ou as que vamos ter de trabalhar para a pagar".
Naquela altura, Ana começou por fazer uma "limpeza" na roupa, que era viciada em comprar. Encontrou alguma por estrear e outra sem uso, espalhada por "quatro armários". Reduziu tudo a um.
Da "parte física", passou para uma "parte mais mental", afastando "compromissos e pessoas", negando "perder tempo com fretes".
"Ao eliminar coisas, abrimos espaço para coisas novas", observa.
Arrependimentos, nunca teve. Para os evitar existe, ainda hoje, a "caixa das dúvidas", onde os objetos alvo de hesitação ficam guardados durante um ano.
"Se, passado esse tempo, nunca tive necessidade de ir lá, dou a caixa sem sequer abrir e olhar", assegura.
| Ciência e Saúde | | | |
Um dos grandes problemas da sociedade atualmente é a enorme produção de lixo, sendo um deles o lixo eletrônico. Ciente dos impactos causados pelo descarte irregular e do valor desse resíduo, a Huawei adotou o processo de logística reversa e, com a ajuda do grupo Reciclo, alcançou a marca de 850 toneladas no período entre 2017 e 2019.
Os equipamentos descartados contém resíduos sólidos de valor comercial, portanto, o objetivo da fabricante é reaproveitar os materiais e promover um consumo sustentável de recursos. A iniciativa visa também mudar a percepção da sociedade de como outras empresas lidam com o lixo que seus consumidores produzem e fazer com que cobrem por mudanças.
Cadeia de reciclagem
De todo material recolhido para reciclagem, cabos (37 t), eletrônicos (42 t) e baterias de chumbo (37 t) foram destaque. O processo acontece em Sorocaba (SP), as placas eletrônicas são encaminhadas para o exterior, onde materiais — como cobre, prata, paládio e ouro — podem ser separados e melhor reaproveitados; os resíduos mais baratos, como metal, madeira e plástico são enviados para empresas de reciclagem parceiras da Reciclo.
Segundo informa a Huawei Brasil, a prioridade é reduzir o desperdício ao mínimo possível, permitindo que os materiais voltem ao mercado como novos e, assim, minimizar o impacto ao meio-ambiente. A fabricante participa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas — que incluem preservação do meio ambiente e consumo sustentável.
O que é logística reversa?
Um dos princípios definidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é obrigar empresas a se responsabilizarem pelos seus produtos descartados, devem recolhê-los e dar o fim adequado. Nessa lei também é definida a importância da logística reversa e de como empresas deveriam colaborar com a limpeza pública.
O sistema define regras para companhias reduzirem o consumo de materiais e o impacto ambiental causado pelo descarte dos seus produtos, estabelecendo políticas de devolução de produtos em postos específicos e reaproveitamento destes e promover a Economia Circular.
| TecMundo | | | | Abordagem de ativistas da causa, no entanto, é equivocada, diz britânico Roger Scruton
Uma boa maneira de compreender o pensamento conservador de Roger Scruton é ler o que ele tem a dizer sobre o meio ambiente.
Não há tema mais urgente e central no debate público atual, diz. Ativistas ecológicos, contudo, estão equivocados na forma de abordá-lo.
“Eles se concentram no que não podemos controlar agora, a mudança climática, e ignoram o que podemos controlar, a poluição pelo plástico. Talvez possamos nos adaptar a um aumento na temperatura, mas não a um mundo em que tudo está contaminado pelo plástico”, afirma o filósofo, em entrevista à Folha.
Cuidar do que está próximo, buscar melhorias no âmbito local, ter cautela com propostas que pareçam inexequíveis. Com poucas variações, essa é a receita que Scruton oferece para responder a questões como nacionalismo, desigualdade e multiculturalismo.
“O conservadorismo é uma atitude perante a vida. Baseia-se no apego a coisas herdadas e numa suspeita de mudança radical”, conta ao jornal.
Num dos livros básicos para entender suas ideias, “Como Ser um Conservador” (Record), Scruton resume: “O conservadorismo advém de um sentimento que toda pessoa madura compartilha com facilidade: a consciência de que as coisas admiráveis são facilmente destruídas, mas não são facilmente criadas”. Alguns exemplos: a paz, a liberdade, a lei, a vida familiar.
“Em relação a tais coisas, o trabalho de destruição é rápido, fácil e recreativo; o labor da criação é lento, árduo e maçante”, acrescenta. Está aí, para ele, a desvantagem do conservadorismo no debate público: “Sua posição é verdadeira, mas enfadonha; a de seus oponentes é excitante, mas falsa”.
Scruton, contudo, não tem do que se queixar. Nos últimos anos as ideias conservadoras ganharam difusão em diversos países, inclusive naqueles de base institucional menos consolidada, como o Brasil.
Principal expoente vivo do conservadorismo, Scruton tornou-se também referência teórica da nova direita brasileira. Mais de uma dezena de seus livros ganharam edição no Brasil. A situação era bem diferente há 15 anos, quando era pouco conhecido mesmo no meio acadêmico brasileiro e menções a ele na imprensa quase se restringiam aos artigos de Olavo de Carvalho, o guru dos grupos nacionais: “Conheço, mas tenho vergonha de dizer que não o li. Vou fazê-lo”, diz.
A obra de Scruton é de temática vasta, abarca reflexões sobre estética, religião e história da filosofia. Mas a repercussão de seus textos políticos fixou sua imagem como “defensor do conservadorismo”.
Embora densos, seus livros passam longe do tédio. A sofisticação de suas ideias, a forma precisa de expressá-las e a verve provocadora garantem o prazer da leitura, talvez até a um comunista convicto.
Scruton celebra os indícios de uma onda conservadora pelo mundo, mas vê um longo trabalho pela frente para desfazer o que considera equívocos colados a essa corrente.
Talvez o principal deles seja o discurso das esquerdas segundo o qual conservadores ignoram, quando não se opõem, a pautas sociais e identitárias.
“Conservadores não ignoram questões sociais. Só não acreditam que existam soluções socialistas para eles. A desigualdade não é aliviada pela retirada de bens dos ricos, mas pela oferta de oportunidades aos pobres”, responde.
“Quanto aos movimentos de identidade, são, em grande parte, tentativas de encontrar uma identidade social em oposição ao mundo circundante. Essa tentativa é parte normal da adolescência. Mas algumas pessoas também se recusam a crescer.”
Para a surpresa de seus opositores, o filósofo afirma que em certas situações o capitalismo precisa ser controlado. O acúmulo excessivo de poder econômico, explica, pode vir a ser uma ameaça inevitável aos interesses da população e à soberania do país.
A defesa dos Estados nacionais é outro ponto central na sua obra. Defensor do brexit, Scruton diz que a União Europeia ameaça a democracia no continente, uma vez que a classe política eleita em cada país não é mais responsável por seu povo.
“O povo britânico votou para deixar a UE porque quer ser governado por pessoas que escolheu, e não por outros que lhes são impostos. Infelizmente, as pessoas que eles escolheram querem permanecer na UE, uma vez que isso as libera da responsabilidade de governar. Por isso, o Parlamento tentou atrasar ou reverter o processo”. A falta de autênticas lideranças conservadoras contribui para o impasse.
Com relação ao governo de Jair Bolsonaro, reserva a prudência e o ceticismo que lhe são caros. “A situação no Brasil não parece tão boa para mim, e há claramente questões sobre o caráter do presidente. Na política, no entanto, você não pode esperar que o melhor tipo de pessoa chegue ao topo.”
E qual deveria ser a postura, de um governo conservador? “Faça o mínimo possível, mas corrija o que é necessário”.
| Folha de S. Paulo | | | |
Inspirada pela técnica de dessalinização, engenheira conseguiu reciclar água e matéria-prima utilizadas no processo de eletrodeposição, altamente poluente
A aparência prateada ou acobreada de objetos utilizados no nosso dia-a-dia, como bijuterias, torneiras e até mesmo peças de carros, é resultado de um processo largamente utilizado nas indústrias, a eletrodeposição.
A técnica gera um resíduo altamente poluente, que deve ser tratado pela indústria antes de ser descartado.
Além disso, espera-se que os produtos utilizados para fazer este tratamento não façam mal à saúde dos profissionais que trabalham diretamente na eletrodeposição industrial, nem sejam poluentes.
Para enfrentar este desafio, a pesquisadora Tatiana Scarazzato dedicou seu trabalho de doutorado na Escola Politécnica (Poli) da USP ao desenvolvimento de uma tecnologia que recuperasse tanto a água quanto a matéria-prima utilizada na primeira etapa de um processo de galvanoplastia, no qual o metal pesado recuperado é o cobre.
“A ideia era minimizar a questão do lançamento de efluentes no meio ambiente, e conseguimos reaproveitar todo o material”, explica.
A pesquisa, reconhecida nacionalmente com o Prêmio Capes de Teses 2018, começou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). “Eles estavam trabalhando na época com uma solução industrial que fosse menos tóxica, tanto para o meio ambiente quanto para os trabalhadores. Então, o foco era apresentar para a indústria uma solução que oferecesse menos riscos”.
A técnica proposta por Tatiana Scarazzato utiliza a técnica de eletrodiálise, já utilizada para dessalinizar água em escala industrial e torna viável a substituição do material utilizado atualmente, poluente e prejudicial à saúde, o cianeto. Outro desafio enfrentado foi que no efluente industrial a ser tratado, havia outros compostos que não são comuns em águas para abastecimento da população.
A mudança na forma de tratar os produtos no processo industrial proposta por Tatiana recupera o que foi descartado e também a água, para que não haja maior consumo por parte da indústria. A engenheira explica que, além do aspecto social e de usar uma matéria-prima menos poluente e menos tóxica, o reaproveitamento de água e matérias-primas diminui o custo de todo o processo para a indústria.
A pesquisadora, que participou do “Programa Novos Talentos”, no IPT, conta que os estudos que originaram o processo criado por ela se iniciaram no seu mestrado, no qual ela estudou se era possível utilizar a técnica de eletrodiálise com esse efluente em específico. Com o sucesso obtido, ela começou a investigar de maneira mais profunda tanto a aplicação do processo quanto a parte científica, para explicar como o composto e a membrana fazem a interação.
“Então, nós decidimos aprofundar tudo, porque já tínhamos visto que dava certo. Acho que como cientistas, a gente tem que fazer a parte científica, e como engenheiros, e por estarmos vinculados muito ao IPT, que é um instituto de pesquisas tecnológicas aplicadas, a gente optou por fazer as duas partes”.
Interdisciplinaridade
Tatiana Scarazzato realizou parte do seu doutorado na Espanha, na Universidade Politécnica de Valência, o que ajudou a alcançar os resultados da pesquisa. “Perto da cidade tem uma empresa que faz a dessalinização de água com membranas de eletrodiálise, e lá vimos um processo em operação. No caso, era para água, e nós adaptamos essa técnica para o tratamento de efluente industrial”, relata. Além da interação com profissionais no intercâmbio, outra contribuição importante foi a coorientação da pesquisadora Zehbour Panossian, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que desenvolveu uma tecnologia de banho de cobre sem cianeto.
O desenvolvimento da pesquisa, portanto, demandou diversas interações. A orientadora do doutorado, professora Denise Crocce Romano Espinosa, do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica (Poli) da USP, explica que cada agente que contribuiu com o trabalho tinha uma especialidade.
“Temos a parte de eletrodiálise aqui, o IPT pesquisa o efluente novo, busca entender como se faz a eletrodeposição do cobre ou de outras coisas, e o pessoal da Espanha entendia mais do mecanismo de troca da membrana. Então, foi um negócio que funcionou muito bem, porque cada parte tinha uma especialidade e as três partes conversaram. Foi sinérgico, mais do que a soma dos três”.
A tese Tratamento de uma solução de um banho de eletrodeposição de cobre isento de cianeto por eletrodiálise: estudo do transporte iônico e avaliação da recuperação da água e de insumos, desenvolvida por Tatiana Scarazzato, e orientada pela professora Denise Crocce Romano Espinosa, foi defendida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Poli, foi reconhecida com o Prêmio Capes de Teses 2018 na área de Engenharia II, que engloba Engenharia Química, Nuclear, de Materiais, Metalúrgica e de Minas. O Prêmio inclui um certificado, medalha e bolsa de pós-doutorado.
| Jornal da USP | | | |
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza reunião com 13 itens. Na pauta, o PLS 234/2016, que dispõe sobre a obrigatoriedade da comprovação da procedência legal da madeira nativa utilizada nas obras, serviços e aquisições da Administração Pública. Em pronunciamento, senador Alessandro Vieira (PPS-SE). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Remédios e suas embalagens poderão ter logística reversa obrigatória para o seu descarte. A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou, nesta quarta-feira (24) projeto que inclui os medicamentos, de uso humano e veterinário, e as suas embalagens entre os produtos para os quais é exigido descarte final através de um sistema de logística reversa. O texto segue para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa e poderá seguir para a análise da Câmara dos Deputados.
O Projeto de Lei do Senado 375/2016, do senador Paulo Rocha (PT-PA), altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010), que, entre outros temas, trata da logística reversa — um conjunto de ações, procedimentos e meios para viabilizar a coleta de produtos usados e entregá-los ao seus fabricantes. A intenção é reaproveitá-los num novo ciclo de produção ou providenciar uma destinação final adequada em termos ambientais.
Pela lei atual, a logística reversa é obrigatória para embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e de produtos eletrônicos e seus componentes.
Descarte inadequado
Ao justificar o texto, Paulo Rocha argumentou que frequentemente sobras de medicamentos ou produtos fora do prazo de validade são descartados indevidamente, provocando graves danos ambientais, com poluição da água e prejuízos à saúde de pessoas e animais. Ele mencionou também o elevado número de acidentes por ingestão desses remédios por crianças.
“Lixo comum, pias, ralos e vasos sanitários são os destinos mais frequentes, onde os medicamentos descartados alcançarão o meio ambiente, provocando danos diversos como contaminação da biota, feminização de peixes machos e desenvolvimento de resistência a antibióticos, bem como a poluição de recursos hídricos, muitas vezes utilizados como fonte de abastecimento, de dessedentação de animais e de obtenção de alimentos”, afirmou o senador.
O relatório favorável do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi lido na reunião pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). No documento, o relator destacou a preocupação com a situação do descarte de sobras de medicamentos e de produtos farmacêuticos vencidos. No Brasil, aproximadamente 14 mil toneladas de medicamentos perdem a validade por ano, sendo na maior parte descartados de maneira ambientalmente incorreta, no lixo comum, no esgoto ou no solo.
Indústria farmacêutica
O parecer ressalta ainda que, desde 2013, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Saúde tentam chegar, sem sucesso, a um entendimento com a indústria farmacêutica para a construção de um acordo setorial voltado à implantação de sistema de logística reversa de medicamentos. No ano passado, o Ministério do Meio Ambiente chegou a abrir consulta pública para a edição de decreto com a finalidade de instituir a logística reversa de medicamentos. O prazo para contribuições da sociedade acabou e o governo não analisou as contribuições recebidas.
— Nesta conjuntura, é imprescindível a ação do Poder Legislativo para corrigir essa omissão, e nisto está o mérito do PLS 375, de 2016, que indubitavelmente merece ser aprovado — reforçou Alessandro Vieira.
Emendas
Randolfe propôs alterações ao texto. Uma delas foi estender a logística reversa também aos medicamentos de uso veterinário, tão nocivos ao meio ambiente e à saúde pública quanto os resíduos de medicamentos de uso humano.
A outra foi alterar também a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998) para incluir no trecho que tipifica como crime a gestão inadequada de resíduos perigosos também aqueles de logística reversa obrigatória, mas que não se enquadram no conceito de perigoso.
| Senado Notícias | | | |
No último ano, noticiamos sobre vários jovens cientistas brasileiros engajados em experimentos e descobertas relacionados ao tema do meio ambiente.
É o caso de Juliana Davoglio, a primeira cientista brasileira a ser selecionada para acompanhar uma cerimônia do Prêmio Nobel, na Suécia.
Juliana ganhou, em 2018, o prêmio Jovem Cientista de 2018, do CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico - por causa de sua pesquisa, que criou plástico a partir da sobra do maracujá. O projeto já havia sido premiado, também, em uma competição nos Estados Unidos.
Em 2019, além de representar o Brasil no Seminário Internacional Jovem de Ciência de Estocolmo, na Suécia, ela participará da ‘Genius Olympiad’, em Nova York (EUA).
Na Suécia, Juliana visitará faculdades locais, a família real sueca, além de participar da cerimônia do prêmio científico mais importante do mundo, o Prêmio Nobel.
Impacto ambiental
O plástico chega a levar 400 anos para se decompor. A pesquisa de Juliana visou a obter um material alternativo que não cause tamanho dano ao meio ambiente.
Outro aspecto relevante da pesquisa de Juliana é o descarte dos restos do maracujá. El explicou que: “Quando se realiza a produção industrial do suco de maracujá, geleias ou a polpa da fruta, a casca acaba sendo descartada e vai direto para terrenos baldios e aterros sanitários. Se reaproveitado como suporte para plantas, material não exige "a retirada do plástico na hora da plantação, porque o material se decompõe rapidamente, cerca de 20 dias, sem prejudicar o meio ambiente”, explica a jovem cientista.
A motivação para a pesquisa nasceu de um trabalho sobre agricultura na região onde vive, que produz muito maracujá. “Nessas visitas, percebi que os resíduos gerados não tinham destinação correta”, conta. Foi a partir dessa constatação que Juliana decidiu desenvolver um projeto para mitigar o problema.
A pesquisa resultou na produção de um filme plástico biodegradável (FPB) que substitui embalagens plásticas de mudas de plantas. O produto, que é feito de cascas de maracujá, demora cerca de 20 dias para se decompor.
O plástico de maracujá é, ainda, somente um experimento, cuja viabilidade comercial precisa ser analisada. “Quero testar como seria o processo em larga escala, pois o método de produção é custoso”, explica a jovem.
Trajetória
Juliana, que pretende ser engenheira química, quer continuar pesquisando sobre Ciência e meio ambiente.
A jovem, que desenvolveu a sua pesquisa quando estudante do ensino médio técnico de administração no Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Sul (IFRS), vem acumulando várias premiações no currículo: 11 prêmios científicos nacionais e internacionais, mais de 30 menções e votos de congratulações e participação de feiras de ciência nos Estados Unidos.
O projeto de Juliana teve a duração de 12 meses e contou com a orientação da professora Flavia Santos Twardowski.
| Greenme | | | |
A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera – responsável pelo aquecimento global, vem alcançando níveis recordes a cada ano. O gás que mais contribui para o efeito estufa vem da atividade industrial, fabricação do cimento, queimadas, queima de combustíveis fósseis, entre outras coisas.
A questão é tão grave que, 195 países se comprometeram a reduzir emissões de gases de efeito estufa no Acordo de Paris, adotado durante a Conferência das Partes – COP 21, em Paris, em 2015. Uma das principais medidas que podemos tomar é plantar árvores, porém estudos dizem que elas já não poderão nos salvar, pelo menos não sozinhas.
Se plantarmos cerca de 1,7 bilhão de acres de árvores, reduziríamos apenas 10% das emissões de gás carbônico. Para salvar o planeta seria necessário muito mais do que isso. Diante deste imenso desafio, o que fazer? O site Tech Insider produziu um vídeo com o intuito de alertar a população em relação ao aquecimento global e nosso próprio papel frente a ele.
Não existe apenas uma solução, porém um conjunto de ações tomadas entre governos e a população, afinal este é um problema de todos. Você sabia que, depois da água, o cimento é o material feito pelo homem mais amplamente usado que existe e ele é fonte de aproximadamente 8% das emissões mundiais de CO2? As árvores podem nos ajudar, mas é necessário soluções drásticas e criativas, para que possamos substituir materiais, porém sobretudo atitudes.
| Hypeness | | | | Tecnologia inédita no país reaproveita os descartes da indústria de móveis em Minas
A escola de arquitetura da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) associou design e criatividade para desenvolver tecnologia inédita no país que permite reaproveitar o pó dos resíduos de madeira para produzir objetos de decoração e utensílios domésticos.
Já foram criados porta-copos e vasilhas. A partir do segundo semestre, serão luminárias, bandejas, cachepôs e painéis de parede decorativos.
A mistura é colocada em uma prensa que transforma o resíduo diretamente em produto, sem necessidade de outras operações, como usinagem e corte.
A escola fez o pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e agora vai licenciar os produtos com empresas. A ideia é envolver no projeto catadores de material reciclável de Esmeraldas, cidade vizinha a Belo Horizonte.
Em Esmeraldas está sendo instalado um parque tecnológico de valorização dos resíduos para formação técnica dos catadores, pesquisadores e estudantes em uma área de 44 hectares.
A técnica, batizada de Ligno, consiste na mistura da serragem (derivada da madeira maciça) ou do pó de MDF com um aglutinante específico, semelhante à cola branca escolar.
Colocada em uma prensa que tem o molde do produto, a massa é submetida a certas condições de temperatura e pressão, durante o tempo necessário para a obtenção da textura e da cor desejadas, e dá origem ao material e ao acabamento estético em uma só etapa. Os produtos saem prontos da prensa.
O projeto começou a ser desenvolvido em 2013 pelo professor de design e pesquisador da UFMG Glaucinei Rodrigues Côrrea. Ele foi motivado pela demanda de uma aluna, que via os resíduos sendo descartados de forma inadequada na marcenaria da família e de outras empresas.
A fase atual é de testes físicos (durabilidade e resistência mecânica e à água). “De acordo com o acabamento, a aplicação de verniz ou óleo pode deixar o utensílio mais resistente à água e a intempéries”, afirma Côrrea.
Para a execução do projeto, ele recorreu ao sindicato que reúne as indústrias moveleiras de Minas Gerais, o Sindimov-MG. Participam da pesquisa 39 empresas, que traçaram um panorama da destinação dos resíduos na região.
Somente na capital mineira as indústrias moveleiras geram 300 toneladas de resíduo por mês. “Muitos dos proprietários das empresas nem tinham noção da quantidade de serragem e pó gerados, já que os despejavam em tambores e caçambas, sem qualquer controle”, afirma o professor.
A maior parte, segundo ele, é descartada incorretamente. Alguns fabricantes jogam os restos em aterros sanitários; outros doam para granjas ou padarias. Paga-se R$ 0,14 para descartar cada quilo de resíduo.
Essa destinação é ambientalmente danosa, especialmente pela presença de componentes químicos no MDF, como a ureia-formaldeído. “Se aspirada ou ingerida, a substância é potencial causadora de câncer”, diz Corrêa.
A lei 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece que o gerador de resíduos deve fazer a gestão desse material, buscando a destinação indicada. “Mas ela acaba não sendo aplicada e as empresas não são punidas”, afirma Corrêa.
Conforme seus cálculos, um plano de corte (sem sobras de madeira) de uma chapa de MDF, com 1,5 cm de espessura, 183 cm de largura e 275 cm de comprimento, gera aproximadamente 1kg de pó de resíduo.
Para fazer um porto-copo, gasta-se 100 gramas, a vasilha, 200 gramas, a luminária, cerca de 450 gramas e a bandeja, 500 gramas.
O investimento relativamente baixo exigido pelo processo torna possível sua replicação até mesmo em marcenarias modestas.
| Folha de S. Paulo | | | |
Cervejaria se junta à startup Green Mining para ajudar no descarte correto de embalagens de vidro na região de Pinheiros, em São Paulo.
A Goose Island tem uma nova parceira no Brasil. Mas se engana quem pensa que a ideia é criar mais uma cerveja colaborativa.
Dessa vez, ela entra em cena de olho na sustentabilidade, liderando uma iniciativa para incentivar a logística reversa e para ajudar a solucionar um dos principais problemas do bairro de Pinheiros, em São Paulo (SP): a dificuldade dos bares e restaurantes da região para descartar corretamente as garrafas e embalagens de vidro.
Assim, ao lado da startup Green Mining, a cervejaria vai recolher todos esses recipientes para enviar ao centro de reciclagem da Cervejaria Ambev, no Rio de Janeiro.
Bairro natal do Brewhouse de Goose Island, localizado no Largo da Batata, Pinheiros se tornou um dos locais mais badalados da Capital paulista. Mas com tantos bares e restaurantes, como fica o descarte de resíduos, ainda mais no Brasil, onde menos de 50% das garrafas de vidro são recicladas?
Preocupada com as questões urbanas da região e por sua forte ligação com o local, a Goose Island tomou a iniciativa com um trabalho proativo de logística reversa desse material.
Por meio da parceria com a Green Mining, um coletor, em uma bicicleta adaptada, percorre Pinheiros coletando as garrafas de vidro dos estabelecimentos parceiros e leva para uma central de recebimento no centro do bairro.
A partir disso, o material é encaminhado para a Fábrica de Vidros da Cervejaria Ambev, no Rio de Janeiro, onde é processado e transformado em novas garrafas.
Esse trabalho, iniciado em março, já vem dando resultados. Em cinco semanas, 35 bares e restaurantes foram impactados, e a iniciativa juntou mais de sete toneladas de garrafas de vidro.
Todo esse material, agora, vai ser reaproveitado da maneira correta. E para garantir o funcionamento eficiente dessa economia circular, um sistema de certificação é feito em todas as fases do processo garantindo que todo o material coletado chegue ao seu destino final de maneira correta.
“Goose Island tem uma grande ligação com o bairro de Pinheiros desde a inauguração do Brewhouse, em 2016. Temos desenvolvido diversas iniciativas para valorizar ainda mais o bairro, desde festas, como a Block Party, brassagem de cervejas com receitas exclusivas e até a criação do Guia de Pinheiros.
Agora, queremos ajudar os bares e restaurantes da região em relação à reciclagem. O vidro é um material reciclável, mas muitos ainda têm dificuldades em descartá-lo corretamente. Nossa ideia é levar essa iniciativa para o maior número de estabelecimentos.”, afirmou Thiago Leitão, gerente de Marketing da Goose Island.
Green Mining e a Aceleradora 100+
A Green Mining é uma startup paulistana que desenvolveu um sistema de otimização de hubs para a coleta de vidro. Ela faz parte da Aceleradora 100+ da Cervejaria Ambev.
A iniciativa, lançada globalmente em junho de 2018 pela AB Inbev, selecionou, em parceria com o Pacto Global da ONU, pequenos e médios empreendedores com propostas inovadoras e disruptivas para algumas das principais questões socioambientais da atualidade.
| Promoview | | | | Empreendedora transforma maquiagem vencida em tinta para obras de arte
A ideia é que o produto, que ainda está em fase de desenvolvimento, sirva como um complemento para as tinturas tradicionais
Conjuntivite, vermelhidão, coceira, inchaço, inflamação e até mesmo o crescimento de bolhas na pele. Esses são alguns dos problemas de saúde que podem ser causados pelo uso de maquiagem vencida. Nesses casos, normalmente a melhor alternativa seria descartar de imediato o produto, mas a empreendedora inglesa Ameenah Begum pensa diferente. Ela desenvolveu um método de transformar esses resíduos em tinta para obras de arte.
A ideia surgiu quando Ameenah, que também estuda design de produtos na Universidade de Sussex, no Reino Unido, assistiu um seminário sobre economia circular – que visa reutilizar resíduos, os dando um novo valor comercial.
Com esse conceito em mente, ela começou a se indagar sobre a quantidade de cosméticos que diariamente são jogados no lixo e se não existiria alguma
Com a ideia em mente, a empreendedora começou a buscar uma forma de botá-la em prática. A solução veio depois alguns meses de pesquisa.
Segundo ela, a maior dificuldade no processo foi fazer com que a substância adquirisse uma consistência adequada para o uso dos pintores.
Por ter aspecto mais aguado, a ideia é que a tintura de Ameenah não sirva como um substituto para os produtos tradicionais, mas usada de forma complementar às tintas. Mas isso ainda pode mudar, pois a tinta ainda está em processo de desenvolvimento.
Criando uma marca
Pensando longe, Ameenah também criou uma marca para comercializar sua invenção.
Batizada de Cos, todos os aspectos da linha de cosméticos foram desenvolvidos pela empreendedora, desde a identidade visual até a embalagem onde as tintas são armazenadas.
Apesar disso, ela não descarta a ideia de firmar parcerias com grandes empresas que possam aplicar o método em massa.
| PEGN | | | | O asfalto das estradas de Londres ficam cada vez mais verdes. No distrito de Enfield chega um produto revolucionário, feito de materiais plásticos retirados do lixo. Enfield é portanto, o primeira distrito de Londres a usar este mix de resíduos plásticos, desenvolvida pela empresa MacRebur.
MacRebur há muito que vem trabalhando na criação de superfícies rodoviárias feitas de resíduos plásticos. Uma faixa da Green Dragon Lane, a trafegada rota de ônibus, fora coberta por este mix especial tendo recebido financiamento da Transport for London para tornar esta área mais verde.
"É uma mistura de polímeros cuidadosamente selecionados, projetados para melhorar a resistência e a durabilidade do asfalto, reduzindo a quantidade de betume necessário na mistura. Eles são fabricados com 100% resíduos. Os produtos oferecem uma maneira única de melhorar o asfalto oferecendo uma solução econômica e duradoura", explica MacRebur.
Este local foi escolhido como teste precisamente porque é uma estrada bastante trafegada, onde três linhas de ônibus e outros veículos transitam frequentemente.
Daniel Anderson, membro do Conselho Ambiental de Enfield, disse: "Todos sabemos que os plásticos podem ter um impacto devastador sobre o meio ambiente, particularmente quando o produto atinge nossos mares e oceanos. Somos todos responsáveis por intensificar nossos esforços para ajudar o meio ambiente, reciclando mais e usando materiais de proveniência responsável".
A praga do plástico
A produção de plástico se multiplicou nos últimos 50 anos. A Ocean Watch estima que existem 140 milhões de toneladas de plástico nos mares e oceanos do mundo. Em 2014, menos de um terço dos resíduos plásticos europeus foi reciclado, enquanto um outro terço foi para o aterro sanitário.
O plástico pode demorar até 400 anos para se degradar!
O uso desta mistura, portanto, não só ajuda a reciclar o plástico, mas também evita o uso de materiais mais poluentes dos quais o asfalto é normalmente fabricado, incluindo alguns derivados do petróleo. O plástico utilizado pela MacRebur é o mesmo que os londrinos separam através da coleta seletiva de lixo.
O monitoramento rodoviário mostrou que a mistura de asfalto está funcionando bem e está provando ser uma solução duradoura também para refazer, recobrir, a superfície do asfalto. É por isso que, dado o seu sucesso, já estão considerando usá-lo em outras estradas.
Que tal o mundo seguir o exemplo de Londres, olhando para o futuro e escolhendo soluções mais ecológicas?
| Greenme | | | |
O futuro será reciclado, ou simplesmente não será futuro. Qualquer indústria que se preze, especialmente as que utilizam material plástico, terão de se adaptar à necessidade de combater o desperdício e a poluição para que tenhamos ao menos um planeta para cuidar nesses incertos tempos por vir. A boa notícia é que produtos feitos com material reciclado não deixam nada a desejar com relação a seus pares poluentes – e o primeiro par de tênis da Adidas 100% feito com material reciclável é a prova perfeita disso.
Intitulado Futurecraft Loop, o tênis totalmente reciclado da Adidas é feito com poliuretano termoplástico (TPU), material plástico do qual todo o calçado – incluindo línguas e cordões, e sola com amortecimento boost – é feito. O projeto foi desenvolvido ao longo dos últimos 6 anos, como parte do objetivo da empresa de somente utilizar plástico reciclável em seus produtos até 2024. Com o Futurecraft Loop, a ideia é que a Adidas assuma a responsabilidade pela vida inteira de seus produtos.
O próximo passo, segundo representates da Adidas, na missão sustentável da empresa, é desenvolver produtos que combatam o desperdício, e oferecem maior durabilidade – que possam ser usados mais vezes e por mais tempo. O Futurecraft Loop por enquanto é ainda conceito, que terá 200 pares fabricados para serem distribuídos para um grupo seleto de corredores – que oferecerão em troca suas impressões sobre o produto. O primeiro tênis 100% reciclado da Adidas deve ganhar as prateleiras do planeta em 2021.
| Hypeness | | | |
|
| | |
|
|