| 04 de DEZEMBRO de 2019
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Em 04/12/2019
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| | | | | A Confederação Nacional da Indústria (CNI) instalou nesta terça-feira (3) o Conselho Temático de Mineração (Comin), que será presidido pelo empresário Sandro Mabel, também presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG). O colegiado terá como missão contribuir com diagnósticos e propostas para a mineração, um dos setores mais importantes da economia nacional.
Ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que participou da sessão de instalação do Comin, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que a criação do conselho é uma antiga demanda de empresários do setor. “A mineração não abrange só grandes exportadores e grandes empresas, mas é muito mais que isso. Está presente em todos os estados brasileiros e tem uma importância essencial não só para a balança comercial, mas para muitos outros setores da atividade industrial”, destacou Robson Andrade.
O presidente da CNI acrescentou que o Conselho de Mineração pretende colaborar com a agenda junto ao Ministério de Minas e Energia (MME). “A CNI vai dar todo o apoio a este setor e a este conselho. Poderemos contribuir muito com o ministério na área de mineração, com o governo Bolsonaro, com o Brasil e, principalmente, com a geração de empregos seguros no setor”, disse. "Nosso desafio será mostrar para a sociedade brasileira que, além de ser fundamental para o desenvolvimento do país, a indústria da mineração atua com responsabilidade social e ambiental", completou. “Temos que aproveitar as potencialidades do Brasil”, concluiu o presidente da CNI.
De acordo com Sandro Mabel, o Comin não será um Conselho de pautas generalistas, mas trabalhará para definir prioridades, metas e estabelecer resultados. “Existem algumas perspectivas que são importantes. A primeira delas é a necessidade de apoio aos milhares de pequenos e médios empreendimentos de mineração que existem pelo Brasil afora”, pontuou.
Mabel enfatizou que a CNI não substitui nem substituirá nenhuma das associações e instituições que representam a mineração. “Para dar certo, temos que criar algo diferente, uma contribuição específica. Para isso, nos propomos a ser, antes de mais nada, um espaço de coordenação”, detalhou. Segundo ele, o Comin atuará em três frentes: a formalização e o desenvolvimento das pequenas e médias empresas; a estruturação de políticas públicas que deem segurança jurídica para os investimentos; e a diversificação e expansão do setor de mineração.
Reunião do Conselho Temático de Mineração, na CNI
EMPREGOS – No discurso de instalação do Comin, Sandro Mabel observou que o setor mineral está no DNA da história do Brasil e dos brasileiros. Ele ponderou, porém, que a atividade de mineração no país está muito aquém do que poderia ser. Atualmente, o setor responde por cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 25% do saldo da balança comercial e 180 mil empregos diretos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
“Se nos compararmos ao que a mineração gera em riqueza em países como Canadá ou Austrália, nossos concorrentes diretos, estamos atrasados. Lá, a mineração é responsável por 6,5% e 8% da criação de riquezas, respectivamente. Se chegássemos a esse nível, poderíamos crescer em 50% ou até mesmo dobrar o tamanho da mineração no Brasil. Poderíamos ter 35 bilhões de dólares a mais no PIB, gerando mais de 350 mil novos empregos”, frisou Sandro Mabel.
SETOR SUPERAVITÁRIO – O ministro Bento Albuquerque ressaltou a importância da mineração para o país. “O mineral está presente em todos os lugares, está na nossa vida em todos os momentos. Só este ano, o superávit do setor é de 19 bilhões de dólares. Por isso, considero muito importante a criação deste conselho”, destacou.
Na avaliação de Albuquerque, apesar dos recentes acidentes que marcaram a mineração, há uma grande perspectiva de crescimento do setor. “Temos que agregar valor a esses minerais e não apenas sermos exportadores de commodities. O MME está de portas abertas para recebe-los e trabalharmos juntos. A indústria no fim das contas será a maior beneficiária disso. Temos que transformar o patrimônio em riqueza para a nossa sociedade”, observou o ministro.
Também estiveram presentes à reunião de instalação do Comin os deputados federais Adriano Avelar, Laura Carneiro e Rodrigo Agostinho; o secretário de Geologia e Mineração do MME, Alexandre Vidigal; o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Hugo Bicca; além de outros diretores da agência; representantes de federações estaduais da indústria e de associações setoriais.
| CNI (publicado em 03-12-2019) | | | | Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) realiza reunião deliberativa com 14 itens. Entre eles, o PL 3.617/2019, que institui multa diária em caso de não realização da contrapropaganda. À mesa, presidente da CTFC, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Presidente da CTFC, o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) solicitou a audiência pública
A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) vai discutir o compartilhamento da licença-maternidade entre os pais, com foco na questão previdenciária, nesta quinta-feira (5), às 9h. O requerimento para a realização da audiência pública foi feito pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), que preside a comissão.
Segundo ele, é preciso reavaliar a legislação que proporciona a licença apenas para a mãe, visto que os dois genitores são responsáveis pela criação dos filhos. Além disso, o compartilhamento permitiria aos pais passarem mais tempo com os filhos, havendo interesse da mulher no retorno ao seu posto de trabalho.
Além disso, argumenta Rodrigo Cunha, esse compartilhamento da licença estimularia a paternidade responsável e a igualdade de gênero, pois muitas mulheres são discriminadas no mercado de trabalho ao se tornarem mães.
“O compartilhamento ora proposto colabora para reduzir a discriminação sofrida pelas mulheres no mercado de trabalho, muitas vezes preteridas na admissão nas empresas e nas correlatas progressões funcionais, ante possíveis afastamentos decorrentes da maternidade”, explica o senador na justificativa do requerimento.
Cunha diz ser necessário, também, avaliar os gastos públicos que a medida poderá gerar. Por isso a discussão terá foco na questão previdenciária.
Para a audiência pública foram convidados representantes do Ministério da Economia; do Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos; da Liga do Leite de Alagoas; da Sociedade Brasileira de Pediatria; e da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A reunião será realizada no plenário nº 6 da Ala Senador Nilo Coelho, do Anexo II, e terá caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Dúvidas, críticas e sugestões poderão ser enviadas por meio do portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado (0800 612211).
| Senado Notícias ( publicado em 03-12-2019) | | | | Secretário Rogério Marinho diz que haverá mais tempo para discutir mudança na regra
O governo admite dar mais tempo para que o Congresso discuta o projeto de lei com mudanças na lei de cotas para pessoas com deficiência.
A proposta foi encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro e está na Câmara em regime de urgência, que acelera a análise do tema.
A equipe econômica argumenta que cerca de 50% das empresas no Brasil não conseguem preencher as vagas para pessoas com deficiência.
Mas, diante da resistência de congressistas, deverá ser dado um prazo maior para o debate do projeto, disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
"A gente não pode insistir numa lei que não tem a eficácia que nós pretendemos. Eu entendo, inclusive, que alguém se preocupe que possa fragilizar. Vamos discutir. Hoje, recebi uma série de apelos para retirar a urgência. Não tem dificuldade nenhuma. Vamos retirar a urgência", disse Marinho.
Pela ideia do governo, a empresa que não conseguir cumprir a cota, terá de pagar uma compensação, no valor de dois salários mínimos (R$ 1.996).
Esses recursos bancariam um programa para treinar pessoas com deficiência e prepará-las para retornar ao mercado de trabalho.
Dados levantados pelo Ministério da Economia apontam que, no ano passado, 370 mil vagas ofertadas para pessoa com deficiência não foram preenchidas.
"Ninguém está propondo que haja uma diminuição do percentual da cota. Estamos propondo mecanismos para que a lei seja efetivamente cumprida, de uma forma ou de outra forma", disse Marinho.
Principal referência no Congresso sobre o tema, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) pediu publicamente nesta terça-feira (3) para que Bolsonaro recue.
"Hoje é Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Eu não poderia imaginar que eu faria um discurso desse, em vez de comemorar. Retire esse projeto e vamos construir um projeto juntos", afirmou a senadora.
O que o governo quer mudar
Pagamento
Quem não cumprir a cota de trabalhadores com deficiência poderá pagar compensação
Deficiência grave
Cada trabalhador valerá por dois
Cota emprestada
Se uma empresa tiver mais trabalhadores com deficiência do que a cota, ela poderá se associar a outra; nesse modelo, a primeira cede à segunda o cumprimento da lei
O discurso foi no plenário, durante a sessão do Congresso, onde Marinho estava na noite desta terça.
A política de cotas vale para empresas com cem ou mais funcionários.
O governo argumenta que a proposta prevê duas alternativas aos patrões: uma espécie de intercâmbio de cotas entre empresas e a cobrança obrigatória da taxa caso a lei não seja cumprida.
Na opção de troca de vagas, uma companhia que não consegue atingir o número mínimo poderá fazer uma parceria com uma empresa que tem mais pessoas com deficiência que o exigido por lei.
Para Marinho, as regras atuais tratam "os desiguais de forma igual", pois, dependendo do ramo de atividade, pode ser mais fácil ou mais difícil o cumprimento da cota.
O projeto traz ainda outras mudanças em relação às cotas, como a contagem em dobro quando da contratação de um trabalhador com deficiência grave, e a inclusão de aprendizes nessa verificação.
O governo argumenta que isso seria um estímulo à contratação dessas pessoas, que hoje têm mais dificuldades em encontrar uma vaga de emprego. Além disso, sustenta que os aprendizes, ao serem treinados, têm mais chance de permanecer na empresa.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | Assunto foi tratado na reunião do governador com o secretariado. Já foram finalizados os planos de Desenvolvimento Regional Sustentável da Metrópole Paraná Norte e de Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná, os primeiros cadernos de ações para o fortalecimento do Estado.
O Governo do Paraná começou a entregar os primeiros mapas regionais de desenvolvimento para o Estado. A Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes já finalizou os planos de Desenvolvimento Regional Sustentável da Metrópole Paraná Norte e do Litoral do Paraná. Os documentos reúnem estratégias e ações que vão nortear os investimentos do Estado até 2035.
O próximo passo será ampliar e estruturar um documento específico para o Vale do Ivaí, até contemplar todas as regiões do Paraná. Os cadernos buscam respeitar as vocações de cada área, usando os pontos fortes como alicerce para o desenvolvimento econômico, sustentável e social dos municípios.
A apresentação dos projetos foi feita nesta terça-feira (03) pelo secretário do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, durante a reunião do governador Carlos Massa Ratinho Junior com o secretariado.
“O Paraná tem potencial inexplorado em várias áreas, do turismo ao setor de transformação do agronegócio. Vamos apostar naquilo que as cidades e as regiões têm de melhor, com foco na geração de emprego e renda”, destacou o governador Ratinho Junior. “Mas sem esquecer do olhar social, de cuidar do ser humano”, completou.
O secretário Bernardo Jorge explicou que os documentos são frutos de um grande diálogo com a sociedade, responsável por apontar caminhos e ações prioritárias. “Investir em infraestrutura é uma das bases do governo. Teremos um documento para cada região, sempre respeitando a aptidão e o planejamento de cada lugar”, disse.
Ele lembrou que foi realizada uma ampla pesquisa e diagnóstico das áreas, fundamentada em cinco eixos de estudo: socioterritorial, meio ambiente, infraestrutura, economia e institucional, que culminaram na construção de cenários e visão de futuro para a região até 2035.
REGIÃO NORTE – O documento Metrópole Paraná Norte reúne estratégias e ações de desenvolvimento da macrorregião Norte, composta por 15 cidades no eixo Londrina-Apucarana-Maringá. São 29 programas que se desdobraram em 127 ações e projetos, a serem executados em períodos de até 15 anos.
O objetivo é criar um grande corredor de desenvolvimento sustentável e integrado, que ligará as cidades de Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina, Ibiporã, Jataizinho, Apucarana, Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira e Mandaguaçu. Os 15 municípios, situados ao longo das BR-369 e BR-376, concentram 1,5 milhão de habitantes e um PIB de R$ 35 bilhões.
Entre as principais propostas estão o projeto Parque Metropolitano do Tibagi, na região de Londrina; os Contornos rodoviários de Maringá, Apucarana e Londrina; a criação de um ramal da Ferrovia Norte-Sul, que passará próximo a Maringá, permitindo a ligação com as demais cidades do eixo. Há também possibilidade de implantação de um aeroporto de cargas na região.
LITORAL – Com 702 páginas, o documento para o Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná contempla dez programas. Aposta em obras de infraestrutura, tendo o Porto de Paranaguá como um dos grandes indutores de desenvolvimento, além de ações ligadas ao turismo para ampliar a geração de emprego e renda dos sete municípios da região.
Entre as intervenções, destacou Bernardo Jorge, está a necessidade da construção de uma nova ferrovia, corredor para o transporte de grãos, cortando a Serra do Mar. “As obras a serem realizadas dependem das prioridades do governo e da sociedade. São eles que vão mostrar o que é primordial nos cadernos”, afirmou.
VALE DO IVAÍ – O secretário ressaltou que os primeiros estudos apontam para duas vertentes de desenvolvimento da região: fruticultura e turismo. De acordo com os primeiros pontos do material elaborado pela Paraná Projetos, a área tem um grande potencial a ser explorado em relação ao turismo religioso e de aventura, com cerca de 100 cascatas catálogadas. “Além disso, acredito que o investimento na fruticultura pode acabar com o desemprego na região”, destacou Bernardo Jorge.
O Vale do Ivaí contempla 26 municípios: Apucarana, Arapuã, Ariranha do Ivaí, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambirá, Cruzmaltina, Faxinal, Godoy Moreira, Grandes Rios, Ivaiporã, Jandaia Do Sul, Jardim Alegre, Kaloré, Lidianópolis, Lunardelli, Marilandia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, São João do Ivaí, São Pedro do Ivaí.
PRESENÇAS – Participaram da reunião o prefeito de Cascavel Leonaldo Paranhos e o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Hussein Bakri.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 03-12-2019) | | | | Protocolo de renovação com estado da Alemanha será assinado em março de 2020 e abrange áreas da indústria, comércio, serviços, agricultura, educação, ciência, tecnologia, inovação e sustentabilidade.
O vice-governador Darci Piana e o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, se reuniram nesta terça-feira (3), no Palácio Iguaçu, e firmaram compromisso pela renovação do protocolo de cooperação internacional com o Estado de Baden-Württemberg nas áreas de indústria, comércio, serviços, agricultura, educação, ciência, tecnologia, inovação e sustentabilidade.
O documento será assinado em março de 2020 durante a visita de uma comitiva de representantes políticos e empresários daquele Estado alemão ao Paraná.
Darci Piana disse que o acordo pode, inclusive, ser ampliado. Os termos serão discutidos entre as áreas técnicas dos governos de Baden-Württemberg e do Paraná nos próximos meses. “Vamos modernizar esse acordo, entrar com outros elementos, como o aumento do intercâmbio entre universitários e o turismo”, afirmou. “A Alemanha tem economia muito forte, uma das maiores da Europa, e é um dos países com mais investimentos industriais no País. Podemos avançar ainda mais”.
Piana apresentou um panorama do Paraná e disse que ele está alinhado ao programa de reconstrução da máquina pública em vigor na União. O vice-governador citou a redução de secretarias, fim das aposentadorias de ex-governadores, as fusões das reformas administrativas, revisão dos contratos, venda de imóveis ociosos, a reforma da previdência e o fim do licença-prêmio aos servidores estaduais.
O vice-governador também apresentou os projetos de infraestrutura: o banco de projetos executivos, o novo Anel de Integração com 4,1 mil quilômetros, a concessão de quatro aeroportos para a iniciativa privada e a nova ligação ferroviária entre o Mato Grosso do Sul e o Paraná. Piana disse que o Estado busca modelagens que diminuam o custo do transporte para as empresas.
“Precisamos e queremos investimentos estrangeiros e nada melhor do que um País com essa tecnologia. Esse entendimento é saudável e bom para os dois lados. Temos possibilidades em infraestrutura, portos, aeroportos e precisamos de capital para isso”, complementou Piana.
IMPORTÂNCIA – O embaixador Georg Witschel esteve pela quarta vez no Estado e também aproveitou para avisar ao vice-governador que a partir do ano que vem um novo embaixador assumirá a diplomacia. “O Paraná tem importância muito grande para a Alemanha, não somente pelos descendentes, mas temos aqui uma Câmara de Comércio, institutos culturais e um patamar muito alto de investimentos privados”, afirmou.
Witschel também destacou que as reformas administrativas em curso no País e a modelagem econômica voltada ao comércio internacional têm despertado interesse das empresas alemãs. “Em março teremos a visita da delegação do Estado de Baden-Württemberg, que é a espinha dorsal da indústria alemã. Será uma boa oportunidade para renovar a cooperação já existente, mas também atrair novos investimentos ao Paraná”, pontuou. “Isso indica que na perspectiva alemã a situação econômica do País está melhorando. Nunca foi ruim, mas está melhorando. Temos interesse maior em investir aqui”.
BALANÇO COMERCIAL – O Paraná exporta para a Alemanha, prioritariamente, soja, carne de frango, madeira, eixos de transmissão para veículos automotores, couro e café, e importa, em maior escala, automóveis, partes e acessórios para automóveis, cloreto de potássio e ureia.
PRESENÇAS – Participaram da reunião o cônsul para assuntos políticos do Consulado-Geral da Alemanha em São Paulo, Patrick Hansen; e o cônsul honorário da Alemanha em Curitiba, Andreas Hoffrichter.
| Agência Estadual de Notícias (publicado em 03-12-2019) | | | | Divergências entre Brasil e Argentina coloca suspense sobre o avanço da questão
Numa Cúpula do Mercosul marcada por duas transições —será a última dos atuais governos da Argentina e do Uruguai—, a questão que estará em suspense é se o bloco avançará ou não na questão da redução da tarifa externa comum.
Até aqui, os governos do Brasil e da Argentina vinham concordando no tema. Com a única divergência de que, enquanto o Brasil queria uma redução mais rápida, a Argentina propunha uma redução mais gradual, que durasse mais quatro anos. Isso, porém, contando que Mauricio Macri fosse reeleito, o que não aconteceu.
O evento ocorre nesta quarta-feira (4), com a reunião dos ministros da economia e das relações exteriores, e na quinta (5), com os presidentes.
A ideia inicial dos mandatários da Argentina e do Brasil era terminar finalmente de convencer seus pares do Uruguai e do Paraguai a baixar de modo substancial a tarifa externa comum. A informação foi dada pelo chanceler argentino, Jorge Faurie, na última semana.
“Formamos um grupo de trabalho no começo do ano, e os quatro países concordaram que nossa taxa é muito alta, o que diminui a competitividade das quatro economias. Também concordamos todos que devemos trabalhar sobre isso para dirimir as diferenças”, disse Faurie.
A taxa vigente há mais de 20 anos tem média de 12% —em alguns setores, como o automotivo, é de 35%— e é das mais altas do mundo.
Enquanto o chanceler afirma que esse tema será debatido e que se esperam avanços, o ministro da Produção argentino, Dante Sica, sinalizou que será “difícil avançar neste tema a menos de uma semana de deixarmos o governo”.
A tarifa externa comum é vista pelo presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, como necessária para proteger os produtores nacionais. Um dos motores de sua campanha foi a promessa de que iria “priorizar a indústria nacional”. Isso significa, na prática, voltar a adotar medidas protecionistas, algo que a parceria Bolsonaro-Macri não desejava.
Apesar da vontade do governo Macri em avançar neste tema, o fato de que seu mandato chegará ao fim na semana que vem tende a deixar no ar a questão da tarifa comum. Nem o novo governo da Argentina —que tem início dia 10 de dezembro— e nem o do Uruguai —que começa em março de 2020— quiseram mandar representantes para opinar sobre o tema.
Este será o último compromisso internacional de Macri, que entrega a faixa presidencial a Alberto Fernández no próximo dia 10.
Devido ao tratamento a que se submete por conta de um câncer no pulmão, Tabaré Vázquez, presidente do Uruguai, não estará presente em Bento Gonçalves. Será representado pelo vice-presidente, Lucía Topolansky.
O presidente eleito do Uruguai, Luis Lacalle Pou, já manifestou estar alinhado a Bolsonaro no quesito flexibilização do Mercosul, mas não detalhou ainda sua opinião sobre a tarifa comum. Lacalle Pou sequer escolheu seu próximo ministro da economia.
Ainda nesta 55ª edição da Cúpula do Mercosul, um dos temas a serem debatidos é a situação da Bolívia, que integra o bloco, mas não como membro pleno.
O Brasil convidou a auto-proclamada Jeanine Añez, que não confirmou se participará ou enviará um representante.
Outro tema que deve ser discutido, principalmente entre os ministros responsáveis pela economia, é o anúncio de Donald Trump de restituir impostos para o aço argentino e brasileiro, por conta da desvalorização das moedas desses dois países.
Batizada de Cúpula do Vale dos Vinhedos, o evento em Bento Gonçalves também tem a intenção de impulsionar a indústria local de turismo e de produção de vinho. Espera-se mais de 2,5 mil pessoas na cidade nesses dias e há cartazes em todos os cantos, propagandeando passeios e restaurantes. A Cúpula presidencial ocorrerá no Hotel & Spa do Vinho e no Miolo Wine Group.
Evento ajuda a divulgar vinho e turismo local
A Cúpula do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, visa impulsionar o turismo eaprodução de vinho local. Espera-se mais de 2.500 pessoas na cidade, que está repleta de cartazes de passeios e restaurantes. Vinhos servidos na Cúpula serão todos locais. O jantar de quarta, para chanceleres e ministros, terá só produtos da marca Miolo. Já o almoço dos presidentes terá espumantes da região —antes, os líderes participam, na quinta, da cerimônia de plantio de Vinhas do Mercosul, liderada por Jair Bolsonaro.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | Uma expansão relativamente mais robusta em 2020 parece provável na esteira da queda dos juros e da expansão do crédito
Após mais de cinco anos de repetidas frustrações, os dados do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre trazem dois motivos para algum alento.
A recuperação mais lenta da história do país, finalmente, ganha fôlego. E o crescimento que parece emergir das cinzas da recessão seguida pela retomada mais lenta da história é de melhor qualidade do que no passado.
A mudança que tira de cena o setor público como um dos propulsores do crescimento, abrindo espaço para que esse papel seja exercido por empresas e consumidores, nos foi imposta pela severa crise fiscal dos últimos anos.
Melhor seria se as reformas feitas em caráter de urgência —e, em parte por isso, mal digeridas pela população— tivessem tomado forma gradualmente ao longo das últimas décadas. A necessidade de mudanças mais profundas nas regras de aposentadoria do país, para ficar num exemplo, era evidente há muito tempo.
Agora, a um custo social altíssimo —ainda são 12,4 milhões de desempregados e uma renda per capita 8% abaixo de seu pico— o Brasil pode estar caminhando para dias melhores em termos de bem estar econômico.
A cautela desta análise —com o uso do tempo condicional— se deve às muitas dúvidas e incertezas que não se dissiparam, muitas vezes, geradas ou ampliadas por falas, incoerências e atitudes do atual governo.
Sem gastos públicos e num contexto global de desaceleração e guerra comercial, o Brasil dependerá cada vez mais do setor privado para crescer.
A principal força da expansão atual é o consumo das famílias, que acelerou entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, impulsionado por fatores como retomada do crédito e liberação de recursos do FGTS.
O segundo motor do crescimento foi o investimento privado. Embora tenha desacelerado em relação ao segundo trimestre, a expansão desse importante componente do PIB seguiu relativamente forte, superando expectativas. É dele que a economia brasileira depende para sair da anêmica taxa de crescimento de 1% anual.
Uma expansão relativamente mais robusta em 2020 parece provável na esteira da queda dos juros, da expansão do crédito e das injeções pontuais de estímulo, como o FGTS.
Mas o Brasil precisa de muito mais do que isso. Nossa taxa de investimentos como proporção do PIB segue estagnada em pífios 16,3%.
A mediocridade do indicador brasileiro é atestada pelo fato de que, entre 170 países para os quais o FMI (Fundo Monetário Internacional) tem dados, o desempenho Brasil está no grupo dos 20 piores nesse quesito.
Nações de alto crescimento têm taxas de investimento acima de 25%. Um exemplo batido é a China (43,4%). Mas há muitos outros: Coreia (31,4%), Índia (31,3%), Singapura (27,2%), Vietnã (23,6%), e por aí vai.
Os resultados da economia brasileira no quarto e último trimestre deste ano só serão conhecidos no ano que vem.
Até lá, a pergunta mais importante a ser respondida por analistas é: há condições para que o investimento privado continue ganhando fôlego para sustentar uma retomada cada vez mais robusta?
Se restam dúvidas sobre a importância crucial dos gastos de empresas com máquinas, equipamentos e inovação para o desenvolvimento econômico, vale olhar com atenção o desempenho da indústria de transformação no terceiro trimestre.
No período, o segmento contraiu 1% em relação ao registrado entre abril e junho. Nos nove meses acumulados entre janeiro e setembro, a produção do setor não saiu do lugar na comparação com o mesmo período do ano passado.
Como ressalta o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) em análise divulgada nesta terça-feira: 2019 terá uma recuperação sem indústria. Sem investimentos privados robustos esse quadro há pouca chance de se alterar.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | 'Pessoas ganharam ou perderam dinheiro', destaca jornal; 'podemos confiar nos dados?', pergunta editor
Sob o título "Falha nos dados econômicos brasileiros desperta preocupações entre analistas", o Financial Times (acima) sublinha que "'pessoas ganharam ou perderam dinheiro' como resultado da confusão sobre o verdadeiro estado das exportações".
A reportagem de Jonathan Wheatley afirma que a segunda revisão dos números pelo Ministério da Economia, em menos de uma semana, "lança dúvidas sobre a divulgação de dados-chave e deixa analistas se perguntando se ainda devem confiar na segurança das estatísticas brasileiras".
O jornal ouve do economista-chefe para América Latina do ING Financial Markets, de Nova York, que "os dados do PIB, embora melhores que o esperado, levantaram dúvidas entre alguns analistas devido a um número extraordinariamente grande de estoques de empresas, um indicador negativo para a atividade econômica".
Para o FT, as duas revisões "e a possibilidade de mais por vir levantaram dúvidas pela primeira vez sobre os dados brasileiros, há muito vistos como um exemplo de pontualidade e transparência entre os países emergentes".
Seu editor para a região, Michael Stott, perguntou no Twitter: "Podemos confiar nos dados da maior economia da América Latina?".
Na semana passada, o jornal havia apoiado em editorial o plano de reformas do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Nelson de Sá - Jornalista, cobre mídia e política na Folha desde a eleição de 1989.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | Resultado do terceiro trimestre indica retomada mais robusta no fim deste ano
Os dados do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre e as revisões para cima nos números dos 18 meses anteriores confirmam a expectativa de uma economia um pouco mais dinâmica neste segundo semestre de 2019 e em 2020, segundo analistas ouvidos pela Folha.
"Um crescimento acima de 2% no ano que vem já é factível, pois temos uma melhora na recuperação", diz o economista Affonso Celso Pastore, da consultoria AC Pastore.
Ele reforça que a retomada segue puxada pelo consumo das famílias e pela volta, ainda que lenta, do investimento privado doméstico –que historicamente foi o grosso do investimento privado no país– e sem perspectiva de investimentos públicos para os próximos dois anos.
Solange Srour, economista-chefe da ARX e colunista da Folha, destaca que o investimento pelo lado da demanda é a boa surpresa. "Vem forte pelo segundo trimestre, puxado pela construção civil, retomando com mais força em São Paulo. Esperamos que se espalhe pelo Brasil."
Apesar de a liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) contribuir para um resultado melhor, outro destaque é que o PIB cresce por força da atuação do setor privado, sem os grandes estímulos fiscais do governo.
"O consumo das famílias foi bastante forte, em parte pelo FGTS liberado em setembro e em parte pela melhora do crédito e pela inflação em baixa. O impacto deve ficar maior para o quarto trimestre", diz Srour.
Ela projeta que o PIB de 2019 deva fechar em 1,1% ou 1,2% e ficar 2,5% no ano que vem.
Segundo o economista Luka Barbosa, do Itaú-Unibanco, já está no radar a projeção de um crescimento de 0,7% no PIB do último trimestre, que pode levar o PIB deste ano a 1,2% e dar um impulso inicial para que em 2020, quando as condições tendem a ser melhores, haja expansão de 2,2%.
"A economia está indo de um ritmo de 1,5% para o de 2%. Não está mais estagnada. É uma aceleração gradual e bastante saudável, com crescimento de crédito privado, para consumidores e empresas, sem estímulos fiscais, o que seria insustentável", diz.
O economista afirma que a recuperação não é motivo suficiente para gerar riscos inflacionários nem para abortar o ciclo de queda da taxa básica de juros, que está em 5% ao ano e deve cair para 4% ao ano após mais três cortes, de acordo com Barbosa.
"Você continua com um quadro de bastante capacidade ociosa, desemprego elevado e inflação baixa, apesar do efeito de alta nos preços da carne, que é temporário."
José Ronaldo Souza Júnior, diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), compartilha da mesma leitura e trabalha com a projeção de um PIB acima de 2% para o ano que vem.
"Estamos revendo as projeções, mas o que dá para dizer é que no quarto trimestre de 2019 deve ocorrer um crescimento maior, e, para o ano que vem, estamos projetando um número acima de 2%."
Como o resultado do terceiro trimestre, Luca Klein, analista da 4E Consultoria, tem projeções mais otimistas.
"Revisamos o PIB do quarto trimestre de 0,6% para 0,8%, influenciado pelos melhores fundamentos do consumo aliado aos impactos da liberação do FGTS. Logo, a projeção do PIB de 2019 subiu de 0,9% para 1,3%, mesmo crescimento registrado em 2017 e 2018. Para 2020, projetamos o PIB em 2,8%, ligeiramente mais alto que o cenário anterior, de 2,7%."
Juliana Trece, pesquisadora do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), afirma que o resultado do terceiro trimestre veio acima da projeção de 0,4%.
"A construção surpreendeu bastante, não estávamos esperando esse crescimento todo, e parece que é um crescimento mais robusto. Os serviços continuaram crescendo desde que a gente saiu da recessão."
As projeções do economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria Integrada, são parecidas: 1,2% para este ano e 2% para 2020. "O quarto trimestre deste ano deve ser o melhor, com a liberação do FGTS e o 13º do Bolsa Família incentivando o consumo", diz Xavier. "Nossa expectativa para o ano que vem é que que a economia acelere."
A previsão é que esse consumo comece a produzir efeito mais forte na indústria.
Segundo José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp e presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a indústria de transformação, que gera mais vagas e de maior qualidade (formais e com salários mais altos), ainda está aquém, mas a retomada do consumo deve ajudar a reduzir a ociosidade e motivar investimentos.
Roriz também cita uma série de incertezas em relação ao futuro do país, como a indefinição sobre qual será o novo sistema tributário e a preocupação de investidores estrangeiros em relação aos protestos que atingem outros países da América do Sul.
"O investidor estrangeiro também está muito preocupado com a região e prefere ficar na espera para ver o que acontece. O Brasil tem de se diferenciar dos países que estão tendo problemas e conseguir um crescimento econômico atrelado ao social", diz.
O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) tem a avaliação de que a economia conseguiu crescer no terceiro trimestre em uma velocidade muito próxima da que vinha apresentando depois dos percalços enfrentados na entrada do ano, mas ainda não é possível falar em aceleração.
O PIB cresceu 1% nos três primeiros trimestres do ano, menos que o 1,3% registrado em 2018 até o terceiro trimestre. "Nesse ritmo, continuamos com muito chão pela frente para que o PIB volte a níveis anteriores à crise 2015-2016", diz análise do instituto.
Nessa comparação, diz o Iedi, do lado da oferta, apenas a agropecuária cresceu mais no acumulado de 2019 (+1,4%) do que em igual período do ano passado (+0,6%).
A indústria de transformação, que produz bens mais complexos e intensos em tecnologia e possui uma cadeia mais longa de produção, voltou a ficar no vermelho em todas as comparações e está 15,7% abaixo do pico histórico, obtido no terceiro trimestre de 2008.
| Folha de S. Paulo | | | | Na confusão do Ministério da Economia, pessoas perderam e ganharam dinheiro e agora há dúvidas sobre qualidade das divulgações oficiais
O Ministério da Economia do Brasil revisou números referentes às exportações pela terceira vez em menos de uma semana, o que causou dúvidas sobre a divulgação de dados importantes e fez com que os analistas questionassem se ainda podem aceitar a confiabilidade das estatísticas brasileiras.
Surgiram dúvidas na semana passada quando a moeda do país caiu, com o anúncio pelo BC (Banco Central) de números que demonstravam uma forte deterioração no balanço da conta-corrente brasileira no período entre janeiro e outubro, causada por uma queda nas exportações.
Mas a moeda se recuperou na quinta-feira (28) quando o Ministério da Economia revelou que as exportações nas quatro primeiras semanas de novembro não haviam sido de decepcionantes US$ 9,7 bilhões, como informado anteriormente, mas de US$ 13,5 bilhões, um resultado muito melhor.
A controvérsia continuou nesta semana. Na noite de segunda-feira (2), o Ministério da Economia disse que o erro havia sido causado por uma falha no registro de um grande volume de declarações de exportadores nos últimos três meses e que as exportações em setembro e outubro também haviam sido subestimadas, em US$ 1,37 bilhão e US$ 1,35 bilhão, respectivamente.
Isso foi seguido nesta terça-feira (3) pelo anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre –com números compilados antes que os dados revisados sobre o comércio exterior, anunciados na segunda-feira, estivessem disponíveis.
“Os números do PIB mostraram uma contração bastante significativa nas exportações no terceiro trimestre, e assim isso também pode ser revisado mais tarde”, disse Gustavo Rangel, economista-chefe da ING Financial Markets para a América Latina, em Nova York.
Ele disse que os números do PIB, embora superiores aos esperados, haviam causado dúvidas entre alguns analistas devido ao incomum valor alto calculado para os estoques das empresas –um indicador negativo em termos de atividade econômica. Existe a possibilidade, ele disse, de que parte desses estoques na verdade tenham sido exportados, mas é cedo demais para dizer.
As recentes revisões, e a possibilidade de que outras venham a acontecer, pela primeira vez, causaram dúvidas sobre os dados brasileiros, vistos há muito tempo como um modelo de prontidão e transparência entre os países de mercado emergente.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) disse que poderia ter de revisar os dados relativos ao terceiro trimestre, mas que normalmente isso só aconteceria dentro de um ano. No entanto, tendo em conta a magnitude do erro do Ministério da Economia, é possível que números revisados venham a ser divulgados em companhia das estatísticas sobre o quarto trimestre, que devem sair no começo de março.
O Ministério da Economia afirmou estar confiante em que os dados revisados sobre as exportações reflitam a posição real e enfatizou que operava sob uma política de completa transparência e de boas práticas.
O IBGE anunciou que o PIB cresceu 0,6% no terceiro trimestre, ante o trimestre anterior, e 1,2% comparado ao período no ano passado, o que superou confortavelmente as projeções dos analistas, que era da ordem de 0,4%. No entanto, a instituição informou que as exportações de bens e serviços tiveram uma queda acentuada, de 2,8% ante o segundo trimestre.
O dólar caiu de R$ 4,22 na abertura da quinta-feira (28) para R$ 4,19 depois da divulgação dos dados, antes de subir um pouco no final do dia.
A movimentação afetou o câmbio. “O real caiu devido à forte erosão da balança comercial e da conta-corrente, o que significaria que as bases da cotação da moeda estão mais fracas”, disse Alberto Ramos, analista do Goldman Sachs em Nova York. “Pessoas certamente perderam e ganharam dinheiro” como resultado da confusão sobre a situação real das exportações, ele acrescentou.
Ramos disse que não existiam suspeitas de que os dados tivessem sido manipulados, mas que o incidente ainda assim havia despertado diversas preocupações.
“Foi tudo um grande erro”, ele disse. “Não acho que tenha acontecido qualquer impropriedade, só incompetência e negligência em um momento no qual os mercados estavam ficando ansiosos sobre a erosão do comercio."
Rangel, do ING, disse que o mais provável é que a explicação real seja que o Ministério da Economia brasileiro, um “superministério” criado neste ano pela fusão do Ministério da Fazenda com outras áreas da administração econômica do governo, tenha caído vítima das medidas de corte de custo que ele mesmo decretou. “As contratações estão congeladas e muita gente está se aposentando, e por isso eles estão sobrecarregados”, disse o analista.
“Como o setor público funciona quando as contas fiscais estão sofrendo tamanho aperto? Existe até o risco de uma paralisação do governo no ano que vem se eles não conseguirem cortar outros gastos”, disse Rangel.
| Folha de S. Paulo | | | | Governo já tem acordo bilateral para o setor com Argentina e Uruguai
Negociadores brasileiros e paraguaios vão realizar uma nova rodada de conversas, às margens da cúpula do Mercosul desta semana, para tentar fechar um acordo automotivo entre os dois países, passo importante para incluir na união aduaneira uma das únicas cadeias que atualmente estão fora do regime especial.
Como o setor automotivo não foi inserido nas regras comerciais do Mercosul, foram assinados tratados bilaterais para o segmento entre os governos do Brasil, da Argentina e do Uruguai. Mas até o momento não existe entendimento semelhante com o Paraguai.
Embora seja visto como uma prioridade para corrigir um desequilíbrio no bloco, o acordo automotivo ainda enfrenta dificuldades pela resistência do Paraguai em ceder em vários itens da pauta brasileira.
Entre eles, o pleito de que qualquer tratado inclua um compromisso de que Assunção deixará de importar carros usados, que compõem hoje boa parte da frota paraguaia.
"Isso [o acordo automotivo com o Paraguai] seria uma notícia muito positiva para o bloco. Porque depois só faltaria um chapéu para nós trazermos para o Mercosul finalmente um dos setores que estava fora. Ainda faltam outros, como o açúcar, e o Mercosul tem uma série de outros buracos que precisam ser preenchidos", declarou na sexta-feira (29) o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas do Itamaraty.
De acordo com o diplomata, que falou com jornalistas sobre as expectativas do governo para a cúpula presidencial que ocorre entre os dias 4 e 5 de dezembro em Bento Gonçalves (RS), um entendimento com os paraguaios permitiria que houvesse uma harmonização —no âmbito de todos os membros do Mercosul— das regras do setor automotivo.
Para Assunção, um acordo automotivo é importante para consolidar a venda de autopeças para serem montadas no pólo industrial brasileiro.
Do lado brasileiro, interessa a liberalização do comércio para facilitar a entrada de carros nacionais no mercado do país vizinho.
As conversas para conseguir um acerto com os paraguaios foram impulsionadas no segundo semestre deste ano, com as visitas a Brasília do chanceler do país vizinho, Antonio Rivas Palacio, e da ministra da Indústria e do Comércio, Liz Cramer Camps.
De acordo com interlocutores ouvidos pela Folha, a resistência dos paraguaios em se comprometerem com um veto à importação de veículos usados não é o único obstáculo para a conclusão do acordo.
Os paraguaios também pressionam o Brasil a aceitar conceder preferência tarifária para as autopeças produzidas sob o regime de Maquila —um enquadramento fiscal diferenciado garantido às indústrias daquele país por Assunção.
Os negociadores do Paraguai também pedem um prazo longo para elevar as tarifas de importação de veículos produzidos fora do Mercosul, outro ponto importante para a competitividade dos veículos brasileiros comercializados no Paraguai.
Na avaliação de pessoas que acompanham o tema, as divergências nas posições fazem com que a conclusão de um acordo a tempo da cúpula do Mercosul seja difícil.
No entanto, ele ressalta que as conversas têm evoluído nas últimas semanas, que existe convergência ideológica entre os presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo e que todos os ministros responsáveis pelo assunto, tanto do lado do Brasil quanto do Paraguai, estarão presentes em Bento Gonçalves, o que pode ajudar a destravar as negociações.
Embora um entendimento sobre o segmento automotivo com o Paraguai seja incerto, o Brasil espera anunciar acordos em outras áreas no âmbito do Mercosul.
Foram finalizados, por exemplo, os entendimentos sobre o reconhecimento de indicações geográficas (uma espécie de marca que protege produtos originários de uma determinada região) intra-Mercosul.
Também foi finalizado um acordo para a criação de operadores econômicos autorizados no bloco, um mecanismo que estabelece um canal de exportação facilitado para empresas que tenham um selo de confiabilidade.
Há ainda acordos em fase final de elaboração e que podem ficar prontos para o encontro dos presidentes: um que trata da cooperação policial em áreas fronteiriças e outra que facilita o acesso a serviços públicos nas cidades de fronteira. Também está em negociação um acordo de facilitação de comércio.
Não deve haver, no entanto, qualquer anúncio sobre a finalização de novos acordos do Mercosul com parceiros de fora do bloco.
Durante a presidência temporária brasileira no Mercosul, o país também trabalhou para reformar a TEC (Tarifa Externa Comum).
Embora negociadores brasileiros considerem que ocorreram avanços no tema, não deve ser possível finalizar uma proposta de redução da tarifa até o final deste ano.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | SUV ganha versões mais simples ao começar produção em Catalão
O visual não muda, nem o motor 1.5 turbo de 165 cv acoplado a um câmbio CVT (sem trocas) que pode simular oito marchas. Todas as versões já contam com central multimídia com tela 7" e conexão para Android Auto e Apple Carplay.
A GLS já vem com nove airbags, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado digital automático, rodas 18", entre outros. A HPE acrescenta pacote de cromados, bancos de couro com aquecimento, ajuste elétrico para o motorista e chave presencial, ar-condicionado de duas zonas e freio de estacionamento eletrônico.
A top de linha HPE-S, que continua sendo importada do Japão, inclui teto solar duplo, faróis de LED e controle de velocidade automático, que mantém o ritmo do veículo à frente. A versão 4x4 com acionamento automático, mas com o motorista podendo selecionar os modos "neve" ou "cascalho" para diferentes tipos de piso.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | Preços do litro do combustível chegou a R$ 2,27 nas refinarias
A Petrobras elevará o preço médio do diesel em suas refinarias em aproximadamente 2% a partir de quarta-feira, após realizar um pequeno ajuste no domingo, informou a companhia à Reuters.
Com a alta, o combustível fóssil nas refinarias atingiu cerca de R$ 2,27 por litro, uma máxima desde o fim de setembro, quando chegou a aproximadamente R$ 2,29 por litro, segundo dados da estatal compilados pela Reuters.
A gasolina, em contrapartida, será mantida estável.
A Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias.
O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não são imediatos e dependem de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.
| Folha de S. Paulo (publicado em 03-12-2019) | | | | Transferências superam as 10,3 milhões de unidades; leves e pesados crescem na mesma proporção de 2%
O volume de vendas de veículos usados aumentou 2,4% no acumulado do ano até novembro na comparação com mesmo período do ano passado, ao atingir 10,3 milhões de transferências. Os dados foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as concessionárias, e considera a soma de leves e pesados.
Ambos os segmentos registraram aumento na casa de 2%: nos leves (automóveis e comerciais leves), as vendas somaram 9,99 milhões de janeiro a novembro, representando alta de 2,4% no comparativo anual, enquanto as transferências de pesados (caminhões e ônibus) avançaram 2,3% no mesmo período, para 382,9 mil unidades.
Segundo a entidade, para cada veículo emplacado de janeiro a novembro (2,52 milhões), foram vendidos quatro usados, sendo a mesma proporção tanto para leves quanto para pesados.
Em novembro, todos os segmentos registraram queda das vendas com relação a outubro, por causa do menor número de dias úteis (20 contra 23). Por outro lado, o volume de usados negociados no mês passado foi maior do que em igual mês do ano passado tanto para leves quanto para pesados.
| Automotive Business (publicado em 03-12-2019) | | | | Concessionária prestará serviços ao motorista que solicitar atendimento por meio da plataforma Volvo On Call
A Volvo Cars firmou uma parceria com o Grupo EcoRodovias para conectar seus veículos ao sistema de controle operacional das rodovias administradas pela concessionária por meio da Volvo On Call, plataforma de serviço de segurança e monitoramento para os proprietários.
Atualmente a EcoRodovias é responsável por mais de 2.600 quilômetros de estradas que passam por 106 cidades em sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.
Graças à integração dos sistemas das duas empresas, caso o motorista solicite assistência pelo Volvo On Call ao trafegar em uma das rodovias de concessão do Grupo EcoRodovias, ele será atendido diretamente pelos recursos de apoio da própria concessionária, como guincho, veículo de inspeção, que faz uma triagem na ocorrência e pode realizar algum tipo de auxílio simples, até ambulância, dependendo do incidente.
Esse recurso do Volvo On Call está disponível em todos os modelos da marca vendidos no Brasil desde 2012 e pode ser acessado via aplicativo no smartphone ou pela central exclusiva de atendimento que presta serviços no caso de acidentes, assistência 24h ou casos de recuperação de roubo do veículo.
Neste ano, a plataforma recebeu 22 mil chamadas dos proprietários de carros da Volvo para atendimentos de diversas naturezas, desde reboque e informação sobre renovação de serviços até assistência em caso de roubo de veículo. De janeiro até agora, foram registradas oito ocorrências do tipo, com tempo médio de recuperação de três horas.
| Automotive Business (publicado em 03-12-2019) | | | | Novo Jeep chega por R$ 359.990 com ACC, alerta de colisão e assistente de estacionamento
As concessionárias Jeep iniciam neste mês a venda do Grand Cherokee Limited Diesel 2020. O utilitário esportivo tem motor V6 turbodiesel de 241 cavalos e preço sugerido de R$ 359.990. O destaque da linha 2020 é um novo pacote de assistência à direção com tecnologias semiautônomas como controle adaptativo de velocidade (ACC), aviso de colisão frontal com frenagem ativa, alerta de mudança de faixa com assistente de correção, monitoramento de ponto cego e estacionamento semiautomático.
O SUV traz novas rodas de liga leve de 20 polegadas e opção de interior de couro bege ou preto. A central multimídia manteve a tela de 8,4 polegadas, mas ficou ligeiramente mais próxima dos ocupantes. O sistema é compatível com Android Auto, Apple Car Play e tem navegador GPS próprio.
O Grand Cherokee Limited 2020 é importado em versão única, sempre com motorização a diesel e câmbio automático de oito marchas. Além da tração integral, o carro conta com controle eletrônico de descidas (HDC) e seletor com cinco modos: automático, neve, areia, lama e pedras.
A lista de equipamentos inclui bancos dianteiros com ajustes elétricos, aquecimento e ventilação, banco traseiro com aquecimento, comutador automático de faróis (alto/baixo), controle de oscilação de reboque (TSC), faróis com nivelamento automático, quadro de instrumentos com mostrador digital e configurável, sistema de entretenimento traseiro com duas telas rebatíveis de nove polegadas, duas entradas HDMI e dois fones de ouvido sem fio, sistema de som com nove alto-falantes e subwoofer, tampa do porta-malas com acionamento elétrico, teto solar panorâmico e volante com ajustes elétricos de altura e profundidade.
| Automotive Business (publicado em 03-12-2019) | | | | Empresas criam consórcio para construir centro de testes em Iracemápolis que poderá ser usado por qualquer fabricante
Bosch e Mercedes-Benz, empresas que mantém relação histórica de mais de 130 anos como fornecedor e fabricante de veículos, anunciaram que vão investir R$ 70 milhões em consórcio para construir um completo campo de provas conjunto em Iracemápolis (SP).
Será no mesmo terreno onde a Mercedes já investiu R$ 90 milhões e inaugurou em 2018 instalações para desenvolvimento de caminhões e ônibus – no local também funciona desde 2016 a linha de montagem de automóveis da marca. A construção das novas pistas começa em 2020 e a inauguração e o início das atividades será em 2021. Os sócios firmaram um contrato para repartir custos e ganhos do empreendimento pelos próximos 20 anos.
O Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis será um dos maiores do gênero no Hemisfério Sul, com 1,3 milhão de metros quadrados de área construída para abrigar cinco novas pistas, que poderão ser utilizadas não só pelos dois donos do consórcio, mas também por qualquer fabricante de veículos e autopeças que queira alugar as facilidades, muitas delas inéditas no País, para desenvolver sistemas de segurança, assistência ao condutor, eficiência energética e novas tecnologias que serão exigidas nos próximos anos.
Ambas as empresas reconhecem que as exigências e os incentivos do Rota 2030 estimularam a parceria na construção do novo campo de provas. O programa de regulação da indústria automotiva nacional, em vigor desde o início deste ano, estabelece metas de eficiência energética e de adoção de sistemas de segurança, ao mesmo tempo em que concede benefícios tributários para pesquisa de desenvolvimento.
“O programa incentiva a investir nessas instalações no País, assim como o Inovar-Auto (2013-2017) também ajudou – sem isso é provável que jamais saíssem do papel centros como fizemos e vamos fazer em Iracemápolis”, aponta Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil.
DILUIR CUSTOS E ACELERAR PROJETOS
“Cada empresa não consegue fazer sozinha todos os investimentos que serão necessários nos próximos anos, precisamos de parceiros para diluir os custos. Ao mesmo tempo, temos de testar muitas novas tecnologias aqui e o campo vai aumentar nossa velocidade de desenvolvimento local”, afirma Philipp Schiemer.
O executivo destacou que toda a cadeia automotiva do País poderá usar as facilidades de Iracemápolis e “o centro vai oferecer todas as condições de confidencialidade para isso”, com boxes e escritórios separados. O aluguel será administrado por uma empresa neutra.
“Acreditamos que teremos uma grande demanda de uso por várias empresas, mas os ganhos com isso nem fizeram parte do nosso modelo de negócio, o principal motivador foi a necessidade de acelerar o desenvolvimento de tecnologias. Exemplo disso é o novo Actros, com recursos especialmente desenvolvidos para rodar no Brasil: com o nosso campo de provas reduzimos o tempo do projeto e conseguimos lançar o caminhão um ano antes do que seria necessário antes”, explica Schiemer.
“Estamos empenhados em fornecer os sistemas de segurança e eficiência energética que serão exigidos pelos veículos aqui em pouco tempo, para cumprir com exigências do Rota 2030, legislação de emissões ou do Latin NCAP. Para isso teremos um centro de inteligência para toda a indústria no País, que será uma grande contribuição à engenharia brasileira”, afirma Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.
As áreas poderão ser usadas por fabricantes de qualquer tipo de veículo, incluindo automóveis, comerciais leves, motos, máquinas agrícolas e, parcialmente, caminhões e ônibus – a área já construída pela Mercedes continuará exclusiva da marca, mas concorrentes poderão usar as novas pistas. Fornecedores também poderão utilizar o campo para desenvolver componentes, inclusive concorrentes da Bosch que produzem sistemas de controle de estabilidade, frenagem automática e assistência à direção, ou não-concorrentes como fabricantes de transmissões e eixos.
Segundo Botelho, o investimento com a Mercedes em Iracemápolis está em linha com a estratégia local for local, de desenvolver sistemas de acordo com as necessidades específicas de cada mercado. O executivo também destaca que o novo centro de testes faz parte dos aportes regulares em pesquisa e desenvolvimento da Bosch, que investe na área 3,5% do faturamento anual no Brasil, o que este ano corresponde a R$ 185 milhões e deverá somar R$ 900 milhões até 2025. A empresa emprega mais de 300 pessoas em sua área de engenharia no País. “Investir em P&D é fundamental em nosso modelo global de negócios”, diz.
“Temos aqui características como condições de estradas ou uso de biocombustíveis que exigem projetos desenvolvidos pela engenharia local”, explica. “Mas claro que com as novas instalações o País vai ganhar capacidade de ser protagonista no desenvolvimento de algumas tecnologias que poderão ser utilizadas em outros países.”
INSTALAÇÕES COMPLETAS
O projeto do Centro de Testes Veiculares que Bosch e Mercedes-Benz vão construir em Iracemápolis: em vermelho estão as quatro novas áreas, que poderão ser usadas por qualquer fabricante de veículos ou autopeças
Para construir as novas áreas de Iracemápolis, a Bosch vai empenhar seu conhecimento em projetos similares no mundo. Os mesmos responsáveis pela criação dos campos de provas de Boxberg (Alemanha), Donghai (China), Memambetsu (Japão), Vaitoudden (Suécia) trabalharão em conjunto com as equipes da Mercedes-Benz e Bosch no Brasil durante a concepção de todas as dependências.
O centro agregará mais cinco circuitos de testes com 400 mil metros quadrados, elevando assim para 21 o número de pistas do complexo – que atualmente já opera com 16 pistas numa extensão total de 12 quilômetros, com 14 percursos pavimentados para verificação de durabilidade estrutural (esta parte continuará exclusiva para o desenvolvimento de caminhões e ônibus da marca), além uma rota de terra e uma pista para medições de conforto acústico e térmico, que poderão ser compartilhadas com outros fabricantes.
Entre as novas pistas do complexo, a Área de Dinâmica Veicular (Vehicle Dynamic Area - VDA), com 70 mil metros quadrados de asfalto plano, servirá para a realização de diversas manobras em testes de sistemas como controle eletrônico de estabilidade (ESC) e frenagem automática de emergência (AEB). Também será utilizada para desenvolvimento de veículos híbridos, elétricos e autônomos.
Já a Pista de Medição de Frenagem (Brake Measurement Track – BMT) terá configuração inédita no Brasil. Suas sete faixas paralelas e irrigáveis simulam diversos tipos de pisos e aderências, que poderão ser usadas em manobras de aprimoramento para sistemas de segurança ativa, como o ABS e o ESC. Outra nova área é a Pista de Dirigibilidade Pavimentada (Paved Handling Course - PHC), destinada às manobras de estabilidade e dirigibilidade, que será composta por curvas de diferentes raios e estará disponível para testes de veículos de passeio e comerciais leves.
| Automotive Business (publicado em 02-12-2019) | | | | Ação idealizada pelo governo do Estado vai gerar troca de informações para reduzir emissão de CO2
A Toyota aderiu ao Acordo de SP, tornando-se membro de uma comunidade que vai atuar em parceria na região para combater mudanças climáticas. A ação foi idealizada pelo governo do Estado e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para gerar troca de informação entre as empresas aderentes, buscando soluções para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) e gases de efeito estufa até 2030.
A Toyota é pioneira na produção em massa de veículos híbridos e é a primeira montadora de automóveis do Brasil a apresentar soluções para viabilizar o compromisso estabelecido pelo acordo, algo que não seria possível sem a introdução dos modelos equipados com tecnologia híbrida e a promoção de novas soluções nas unidades de produção da região.
Veículos híbridos emitem, em média, 45% menos CO2 que um carro convencional. Ao integrar o grupo de membros do Acordo de SP, a Toyota dá mais um passo em direção ao cumprimento das metas de redução de impacto ambiental.
“Com a introdução de veículos híbridos fabricados no Estado de São Paulo, nosso compromisso para 2030 é evitar a emissão de 415 mil toneladas de gás carbônico, o que corresponde ao plantio de 3 milhões de árvores, o equivalente a sete Parques do Ibirapuera em área plantada”, afirma o diretor de relações governamentais e regulamentação veicular da Toyota do Brasil, Roberto Matarazzo Braun.
A Toyota produz em Indaiatuba (SP) a linha Corolla e sua versão híbrida, a primeira desse tipo de motorização a utilizar um motor flex. A empresa vende no Brasil dois outros carros híbridos, o Prius e o novo RAV4.
| Automotive Business (publicado em 02-12-2019) | | | | Até novembro, pesados anotam alta de 36% e 41% respectivamente; concessionários esperam aumentos de 34% e 37% para o ano
O crescimento das vendas de caminhões e ônibus até novembro já superaram a estimativa da Fenabrave para o ano. No balanço do mercado divulgado na segunda-feira, 2, os números apontam que os licenciamentos de caminhões avançaram 35,7% no acumulado de janeiro a novembro – enquanto a entidade projeta alta de 33,8% em todo o ano de 2019, conforme previsão revisada em outubro. Para ônibus, a previsão aponta que os emplacamentos cresçam 36,8%, mas até novembro as vendas já avançaram 41%.
Na projeção da Fenabrave, as vendas de 2019 devem ficar com os seguintes volumes: 102,2 mil caminhões e 26,7 mil ônibus.
Na soma de caminhões e ônibus, o segmento atingiu as 118,1 mil unidades de janeiro a novembro, alta de 36,8% sobre iguais meses do ano passado. A Fenabrave estima que os pesados encerrem o ano com pouco mais de 129 mil veículos vendidos, o que significaria aumento de 35% sobre 2018.
Para alcançar a cifra, o mercado deverá absorver (vender) pouco mais de 11 mil caminhões e ônibus em dezembro, o mesmo volume de vendas verificado em novembro.
O resultado do mês passado, que registrou 11,3 mil caminhões e ônibus emplacados, ficou 17,8% maior que o de igual mês de 2018, mas configurou queda de 6,6% sobre outubro, que teve três dias úteis a mais do que o novembro (20 contra 23).
| Automotive Business (publicado em 02-12-2019) | | | | Período janeiro-novembro teve 983,4 mil unidades emplacadas
A venda de motos em novembro somou 88,4 mil unidades, registrando queda de 10,1% em relação a outubro, que teve mais dias úteis (23, ante 20 em novembro). No acumulado do ano foram emplacadas no País 983,4 mil unidades, total 14,8% mais alto que nos mesmos 11 meses do ano passado. Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.
A média diária de novembro foi de 4,4 mil motos emplacadas, melhor que a de outubro (4,3 mil). Esse número pode crescer outra vez em dezembro com a entrada do 13º salário.
Nestes 11 meses a Honda vendeu sozinha 779 mil motos, respondendo por 79,2% dos emplacamentos. As cinco motocicletas mais vendidas no Brasil são Honda: CG 160 (281,3 mil unidades), Biz (142,5 mil), Bros (110,9 mil), Pop (93,6 mil) e Twister (33,3 mil). A sexta colocada é a Yamaha Factor/Fazer 150, com 30,5 mil unidades.
A Yamaha alcançou 14% de participação no acumulado do ano com 137,6 mil motocicletas licenciadas. Além das motos urbanas de 125, 150 e 250 cc, a fabricante tem obtido bons resultados com seus scooters NMax 160 e Neo 125.
| Automotive Business (publicado em 02-12-2019) | | | | Resultado reforça projeção da Fenabrave de encerrar o ano com alta de 8% sobre 2018
As vendas de veículos leves cresceram 7,2% no acumulado até novembro, reforçando a expectativa da Fenabrave de encerrar o ano com alta de 8% com relação ao volume de 2018. No balanço divulgado na segunda-feira, 2, a entidade aponta que foram emplacados pouco mais de 2,40 milhões de unidades, entre automóveis e comerciais leves.
Ambos os segmentos apresentaram crescimento no comparativo anual: nos automóveis, os licenciamentos somaram 2,04 milhões entre janeiro e novembro, aumento de 7% sobre iguais meses do ano passado. Com 8,2%, os comerciais leves emplacaram 360,3 mil contra as 332,9 mil de um ano antes.
Para o presidente da Fenabrave o desempenho entre os segmentos permanece como o esperado para o ano, o que deve levar ao volume estimado pela federação.
“Faltando apenas um mês para o fechamento do ano notamos a estabilidade do mercado: isso é positivo, pois não houve grandes oscilações durante o ano, o que confirma as nossas expectativas para 2019”, afirma o presidente da Fenabrave.
Em sua última revisão das projeções para veículos leves divulgada no início de julho a Fenabrave estimou que as vendas deste ano devam ficar em 2,66 milhões, volume que se confirmado será 8% maior que os 2,47 milhões registrados em 2018.
MÉDIA DIÁRIA AVANÇA EM NOVEMBRO
Em novembro, os licenciamentos de automóveis e comerciais leves tiveram foram 4,2% menores que o volume registrado em outubro. Segundo o presidente da entidade, isso se dá em virtude do menor volume de dias úteis em novembro.
“Esses segmentos sentiram mais fortemente os efeitos do feriado da Proclamação da República e principalmente do Dia da Consciência Negra, que não é nacional, mas atingiu grandes cidades, como São Paulo, por exemplo”, explica Assumpção Júnior.
No entanto, a Fenabrave comemora o aumento da média diária no período: com o emplacamento de 11,5 mil veículos em cada um de seus 20 dias úteis, a média de vendas de novembro é 10,5% maior que a de outubro, quando foram vendidos 10,4 mil veículos em cada um dos nos 23 dias úteis.
| Automotive Business (publicado em 02-12-2019) | | | |
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