| Clipping de Logística Reversa - 28-02-2020 - Ano 4 - Edição 116
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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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| | | | | O tempo médio para conclusão da análise do requerimento de Autorização Ambiental era de cinco meses. Agora, a emissão será por meio pela plataforma do Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
O Instituto Água e Terra, por meio da Câmara Técnica de Resíduos, comunicou nesta quinta-feira (20) que as Autorizações Ambientais para destinação de resíduos gerados no Paraná serão emitidas automaticamente pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA), conforme determina a Portaria IAP n° 212/2019.
O tempo médio para conclusão da análise do requerimento de Autorização Ambiental era de cinco meses. “Agora, com essa modernização, a emissão será online, aguardando apenas a compensação do pagamento da taxa ambiental”, explica Ivonete Coelho, gerente de Licenciamento Ambiental do Instituto Água e Terra e coordenadora da Câmara Técnica de Resíduos.
Com essa agilidade, os locais destinados ao armazenamento dos resíduos não excederão sua capacidade e, também, garantirão o atendimento integral da legislação ambiental quanto ao gerenciamento de resíduos no Estado do Paraná.
As informações prestadas ao SGA para a emissão automática da Autorização Ambiental são de responsabilidade do responsável legal e do responsável técnico da atividade e/ou empreendimento.
O responsável técnico informado no requerimento de Autorização Ambiental automática deve ser devidamente habilitado pelo respectivo conselho de classe profissional para atuar de gestão de resíduos sólidos.
A omissão e/ou falsidade das informações prestadas no requerimento estão sujeitas às sanções penais previstas no Art. 299 do Código Penal.
SGA – Desenvolvido em 2014 pelo Instituto Água e Terra (antigo IAP), em parceria com a Celepar, a plataforma é uma solução informatizada que facilita o processo de licenciamento. Desde sua implementação, a espera dos usuários diminuiu cerca de 60%. Antes os processos eram físicos e demandavam mais tempo dos servidores do órgão.
| Editora Expressão (publicado em 21-02-2020) | | | | Evento promovido pela ABIMAQ com apoio da PPW trouxe as novas tendências e desafios da indústria e apresentou números atualizados do setor
Com o objetivo de discutir a indústria de embalagens no Brasil, a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas realizou no dia 18 de fevereiro, em São Paulo (SP), o evento “Tendências e desafios da indústria: Tecnologia, Processos e Embalagens”, que abordou inovação, alimentos, economia circular e rastreabilidade.
O evento faz parte da programação da primeira edição da PPW – PACKAGING & PROCESS WEEK - Feira Internacional de Tecnologia, Processos e Embalagens para as Indústrias de Alimentos, Bebidas, Cosmética, Farmacêutica e Química, que será de 15 a 18 de setembro no São Paulo Expo.
Com a participação de representantes da indústria, o evento contou com três painéis que trataram de inovação, economia circular e rastreabilidade.
No primeiro painel, o diretor de assuntos institucionais do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Luis Madi traçou um cenário do setor, destacando a importância de se debater embalagens dentro da indústria de produtos alimentares. “O Brasil tem grande potencial para o desenvolvimento de alimentos e bebidas processados, o que está diretamente ligado ao setor de embalagens”.
De acordo com o estudo realizado pela Datamark (Market Intelligence Brazil) e apresentado por Madi, o Brasil ocupa a quarta posição entre os países que mais consomem embalagens. Em 2018 o país consumiu 37 bilhões de dólares em produtos dessa categoria, atrás do Japão com U$$ 68 bi, EUA com U$$ 164 bi e China com um total de U$$ 219 bi.
Em 2019 foram utilizadas 2,2 milhões de toneladas de embalagens plásticas no Brasil entre os mercados alimentícios, bebidas e não alimentício (elétrico e automotivo, higiene e beleza, lazer e pessoal, limpeza, química e agricultura), seguido por vidro com 1,5 milhão de toneladas, 1,2 milhão de toneladas de metais, 1,03 milhão de toneladas de papel e embalagens flexíveis com 776 mil toneladas. Na América Latina, o Brasil lidera o consumo de embalagens plásticas (Datamark, 2014) com 3.9 milhões de toneladas, seguido por México com 3 milhões, e Argentina e Chile empatados com 500 mil toneladas cada.
Em 2020, a expectativa é que sejam consumidos globalmente U$$ 1 trilhão em embalagens, 23% a mais que em 2015, quando o consumo foi de U$$ 770 bilhões. As embalagens de papel permanecem sendo as protagonistas com 31% do consumo, seguida das embalagens de plástico 23% e das flexíveis 22%.
Sobre o tema inovação, a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Seara, Renata Nascimento destacou que o mundo vive um novo momento no qual é preciso enxergar as possibilidades de mudanças. “É importante prever os novos comportamentos e tendências que farão a diferença no desenvolvimento de produtos e no lançamento de novas campanhas e ideias”.
Segundo o Índice Global de Inovação de 2019, entre 129 países, o Brasil é o 66º mais inovador; da América Latina ocupa o 5º lugar, atrás de Chile (51º), Costa Rica (55º) e México (56º). “Não somos um país inovador: somos seguidores de inovação. Para mudar esse quadro e, de fato, inovar, é preciso enxergar possibilidades de mudanças no mercado em que se atua”, ressaltou Renata.
As tendências para as quais as indústrias de alimentos devem olhar para inovar é pensar em proteínas alternativas para alimentar 9,8 bilhões de pessoas em 2050; a cozinha do futuro, que será com assistência digitalizada e robôs; produtos customizados para atender demandas de saúde de públicos específicos, como crianças, idosos, atletas, entre outros; e transparência e rastreabilidade. “A inovação está alinhada com tecnologia e quem as desenvolve precisa ‘viver’ no futuro. Só assim é possível se preparar para entregar o que o mercado precisa”.
Economia Circular
Para mostrar como o conceito de Economia Circular está cada vez mais presente na indústria de embalagens, a especialista em sustentabilidade da Tetra Pak, Vivian Guerreiro apresentou no segundo painel resultados da pesquisa global da companhia Environment Research realizada anualmente sobre tendências. Segundo a sondagem, os brasileiros acreditam que o governo e as indústrias de embalagens, alimentos e bebidas devem tomar a liderança para a solução de questões ambientais.
De acordo com a pesquisa, as ações ambientais que os brasileiros afirmam estar fazendo são redução de desperdícios de alimentos e bebidas, coleta seletiva, reciclagem e compra de produtos de embalagens sustentáveis.
Em 2019 foram recicladas 81 mil toneladas de embalagens longa vida no Brasil. Para que esse número cresça, Vivian afirma que fatores pós-consumo são fundamentais. “Aumentar a conscientização dos consumidores e de sua responsabilidade compartilhada, melhorar a infraestrutura de coleta seletiva e triagem, impulsionar oportunidades de negócio na reciclagem e ampliar mercado para produtos reciclados são aspectos chaves para o aumento da reciclagem”.
Segundo a pesquisa feita pela Tetra Pak, para a maioria dos consumidores brasileiros, os produtos sustentáveis são sinônimos de biodegradáveis, recicláveis e renováveis. Noventa e três por cento estariam dispostos a considerar uma marca que utiliza embalagens mais sustentáveis e 44% a pagar mais por um produto em embalagem mais sustentável.
“Nossa visão de economia circular de baixo carbono se baseia em três pilares: matérias-primas de fontes renováveis e responsáveis, incentivo à coleta seletiva e reciclagem das embalagens e estímulo ao desenvolvimento de equipamentos e soluções eficientes que reduzem o impacto ambiental da produção de alimentos e bebidas, uma vez que as embalagens que produzimos são preenchidas dentro dos clientes, ou seja, algumas perdas ocorrem no processo produtivo”, explica Vivian Guerreiro.
A diretora de Economia Circular da Braskem, Fabiana Quiroga apresentou os desafios do modelo na cadeia do plástico, destacando que apenas 22% dos municípios possuem coleta seletiva, sendo que do material coletado, 13% é composto por plástico, 22% papel e papelão, 12% alumínio, 10% metais ferrosos e 9% vidro. Ela ressaltou que desde a revolução industrial, as empresas desenvolveram seus negócios em torno da economia linear e, consequentemente, as embalagens foram concebidas nesse modelo, que privilegia estética e performance para atender as demandas do consumidor.
“A mudança para uma economia circular deve envolver toda a sociedade, que precisa repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. A indústria tem um papel fundamental no oferecimento de soluções sustentáveis e na produção com menor impacto ao meio ambiente. Colaboração, inovação e engajamento do consumidor são fundamentais para atingirmos esse objetivo”, ressalta Fabiana.
Rastreabilidade e Indústria 4.0
O painel de encerramento abordou o tema “Rastreabilidade” com os desafios e ações implantadas pela indústria. O executivo Paulo Rocha, solutions director Brazil & Southern cone global enterprise CT da Nokia, falou sobre a aplicação do 5G na indústria 4.0 e soluções para o agronegócio. “O momento é disruptivo porque ele transforma a sociedade como um todo.
A indústria 4.0 vem para resolver produtividade, controlando o mundo físico por meio da tecnologia digital. O 5G, por exemplo, não é somente rádio, ele está em toda rede móvel e software é o principal componente, sendo possível conectar todo o chão de fábrica até os campos nas máquinas agrícolas”, apontou.
Também participou do painel o executivo de Negócios da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, Ricardo Verza Amaral Mello. A organização desenvolve e mantém os padrões globais de identificação desde a matéria-prima até o consumidor final.
Entre os trabalhos desenvolvidos, Mello mencionou o sistema que vem sendo adotado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem a finalidade de organizar a indústria de medicamentos, rastreando toda a cadeia de suprimentos. “A rastreabilidade envolve pequenos processos que vão desde a identificação, passa pela captura de dados, gestão de vínculos e comunicação dos dados. É preciso identificar para poder rastrear”, disse.
O gerente de logística reversa e reciclagem da empresa de tecnologia Hewlett-Packard (HP), Diego Mutta, deu um panorama sobre as iniciativas implantadas no Brasil, como a experiência do consumidor logo quando recebe um dos modelos das impressoras jato de tinta produzida pela companhia.
“Por meio de uma impressão única na caixa, ele pode acessar com o celular, fazendo a leitura desse código e tendo acesso ao manual, atendimento via chat para tirar dúvidas ou informações sobre compra de suprimentos, por exemplo. Podemos oferecer uma experiência personalizada, indicar a assistência mais próxima por geolocalização, tudo pela rastreabilidade”, explicou.
Em reciclagem, a HP alcançou a marca de 8,2 milhões de equipamentos produzidos no Brasil com plástico reciclado desde 2012. O resultado faz parte de um programa de sustentabilidade global da companhia, que no País, foi lançado em 2006 e atingiu seu ápice em 2012, quando passou a produzir 100% de seus equipamentos com plástico reciclado.
| Ind 4.0 (publicado em 27-02-2020) | | | | Opinião tem influência da Geração Z, visto que representa 24% da população brasileira
Segundo estudos realizado pelo Union + Webster, 87% dos consumidores brasileiros dão preferência à empresas sustentáveis. Esta exigência está relacionada tanto com a qualidade dos produtos e serviços quanto com a procedência deles, como preocupação com meio ambiente, logística reversa, tempo de decomposição, qualidade de vida e desenvolvimento regional.
A maior influência é que, 24% da população brasileira é da Geração Z (nascidos entre 1999 e 2019) e a mudança de comportamento entre os consumidores tem levantado diálogos e debates, atingindo outras gerações e criando um novo nicho. Dessa forma, além de visar o lucro, muitas companhias que têm como público-alvo os mais jovens, vêm se reinventando e focando em ações que diminuam o impacto negativo no planeta e na sociedade em que atuam.
"O fato é que o consumidor evoluiu e, assim como o mercado está em constante mudança, a sua satisfação passa por um processo de adequação, uma vez que envolve algo mais que um bom produto com características positivas ou serviço prestado.
Quem compra quer ver resultados tangíveis, dados, números reais que passam a ser medidos levando em consideração os aspectos sociais, ambientais e econômicos, sendo que, especificamente no quesito social, trata do capital humano de uma empresa ou sociedade. Ou seja, nesse novo mercado, definitivamente não basta ser bom, tem que parecer ser bom e provar em todos os aspectos suas qualidades, com um ciclo definido, como começo, meio e fim", explica Achiles Batista Ferreira Junior, professor de marketing digital do Centro Universitário Internacional Uninter.
| Editora Expressão ( publicado em 21-02-2020) | | | | Workshop contou com a participação de representantes de prefeituras e consórcios municipais de várias regiões de SP
A Divisão de Logística Reversa e Gestão de Resíduos Sólidos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), coordenadora do Grupo de Trabalho 3 do Comitê de Integração de Resíduos Sólidos da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), promoveu na última terça-feira (18) um workshop com a participação de representantes de prefeituras e consórcios municipais para discutir a participação de municípios na logística reversa, instituída na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), conforme a Lei Federal nº 12.305, aprovada em 2010.
Foram tratados, na pauta de discussão, temas ligados à remuneração dos municípios por sistemas de logística reversa e como as cidades podem fiscalizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos em estabelecimentos comerciais, de prestação de serviços e industriais licenciados pela própria administração municipal.
A coordenação das discussões esteve a cargo da gerente da Divisão de Logística Reversa da Cetesb, Lia Demange. Na abertura do encontro, a gestora destacou que a pauta do workshop foi objeto de discussão Grupo de Trabalho 3 do Comitê de Integração de Resíduos Sólidos, no âmbito da SIMA.
“Estivemos reunidos no ano passado com as entidades gestoras dos sistemas de logística reversa em questões que dialogassem com o município. No âmbito estadual, a inclusão da logística reversa no licenciamento fez toda a diferença para aumento da adesão de empresas a sistemas de logística reversa”, explicou.
Oportunidade
O evento foi aberto pela diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias, que ressaltou a importância do trabalho da Divisão de Logística Reversa com os municípios. Segundo a dirigente, o fato de se reunir representantes de municípios com características completamente distintas e de localizações diferentes do Estado é uma oportunidade de se promover a troca de experiências para avanços na logística reversa, por meio de mudanças no padrão de consumo, da destinação dos resíduos, da atuação das empresas e também na forma com que se pensa a questão, não apenas na destinação dos resíduos, mas da geração e da fabricação dos produtos.
Segundo Patrícia Iglecias, vários números que indicam um aperfeiçoamento no que diz respeito à logística reversa em São Paulo e à adesão de empresas aos planos, que saltou de 1.276 em dezembro em 2018 para 1.848 em dezembro de 2019, representando um aumento de 44%.
A diretora-presidente ressaltou, ainda, a exigência dos planos de logística reversa para a concessão e renovação das licenças ambientais.
Patrícia Iglecias também abordou a importância da troca de experiências nesse campo, principalmente no âmbito dos municípios. “Vocês são importantes articuladores para se buscar um avanço nessa agenda. O desafio não é somente do Estado. É o desafio de todas as esferas públicas, tanto federal quanto estadual e municipal”, disse aos participantes.
Estiveram presentes no workshop representantes das prefeituras de Registro, Lorena, Eldorado, Limeira, São José do Rio Preto, São Caetano do Sul, Iguape, Ribeirão Preto, Joanópolis, Rio Grande da Serra, Cananéia, Piracicaba, Louveira, Barra do Turvo, Ribeirão Pires, Juquiá e São Paulo, além de representantes dos Consórcios Cioeste, Consimares e do Grande ABC.
| Agência de Notícias - Governo de SP | | | | Empresa pretende transformar a alegria dos blocos de rua em atitudes transformadoras para dar destino certo ao lixo
Rumo a acabar com a poluição plástica de suas embalagens a Ambev se compromete a chegar em 2025 com uma produção sustentável. Para isso, firmou parceria com a Ancat ( Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis), ValGroup (produtora e recicladora de embalagens plásticas) e com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
A ação já começa agora neste Carnaval 2020, além de ser uma das patrocinadoras oficiais da folia, a Ambev vai colocar o bloco na rua para recolher o lixo e dar o destino certo da reciclagem. A festa em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife será reforçada com cerca de 2,8 mil catadores que estima-se coletar o lixo gerado por 26 milhões de foliões.
Os catadores vão contar com estrutura disponibilizada pela Ambev
Esses trabalhadores vão contar com equipamentos apropriados e uma estrutura de pontos de apoio com água e banheiros. Também receberão uma renda extra pela quantidade e tipo de materiais recolhidos. Vale vidro, plástico, papelão, latas, mesmo que sejam de marcas concorrentes, afinal essa é uma ação para ser abraçada por todos.
“Junto com a ANCAT, estamos pensando em uma estrutura para facilitar o trabalho do catador e garantir que o lixo seja recolhido. Por isso, além da remuneração fixa, vamos garantir a compra de todos os materiais a um preço superior ao padrão de venda, já que estaremos mais próximos dos catadores, reduzindo o número de intermediários”, explica Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Cervejaria Ambev.
Os resíduos serão encaminhados para uma das 45 centrais de coleta espalhadas pelas cinco capitais foco da ação. Além de colaborar por um Carnaval mais limpo, a empreitada reforça a importância do trabalho dos catadores para o ciclo da sustentabilidade e desenvolvimento social.
Como legado, essas cidades vão receber lixeiras produzidas com o próprio material que será reciclado. A entrega do presente está marcada para acontecer em 1° de junho, data em que se comemora o Dia do Meio Ambiente.
Ação vai deixar as lixeiras como legado nas cinco capitais participantes
Já para o próximo ano, a Ambev pretende convidar outras empresas para integrar o bloco da reciclagem, fazendo do Carnaval uma festa ainda mais colaborativa.
Por dentro da embalagem
Atualmente, apenas a produção de refrigerantes da empresa é envasada em embalagens plásticas, representando cerca de 18% da produção. Em breve, esse percentual vai diminuir ainda mais, medidas estão sendo adotadas para eliminar e substituir o plástico desnecessário. Nas prateleiras dos supermercados, restaurantes, bares, lanchonetes e comércio em geral, o consumidor vai encontrar litros retornáveis ou feitos com material 100% reciclado, graças ao investimento em novas tecnologias.
Substituição de matérias-primas, logística reversa, fomento ao reaproveitamento e eliminação de plástico tem sido o caminho que a Ambev vem percorrendo para atingir a meta de acabar com a poluição plástica até 2025. A grande virada se deu em 2012 com o desenvolvimento de uma embalagem PET 100% reciclada. Outro bom fruto foi gerado a partir de uma parceria fechada com a UFRJ, fazendo com que a embalagem da água AMA mudasse para alumínio. Agora é só botar o bloco da reciclagem na rua para que a folia da sustentabilidade contagie geral!
| Catraca Livre (publicado em 21-02-2020) | | | | Resinas feitas a partir de fontes renováveis são só 1% da produção global, mas atraem gigantes do setor
O plástico, produzido a partir do petróleo, se tornou um dos grandes vilões do meio ambiente. O uso de sacolas de supermercados, copos e canudinhos vem sendo cada vez mais evitado. Embora o consumo de plástico deva crescer 1,5% neste ano, para 7,2 milhões de toneladas no país, essa aversão vem provocando uma espécie de revolução silenciosa em toda a cadeia da indústria petroquímica.
De um lado, há o desenvolvimento de tecnologias para produzir resinas plásticas a partir de fontes renováveis, como cana-de-açúcar, milho, mandioca e batata. Do outro, a busca pela reutilização do material que hoje é descartado na natureza.
Lixo do Carnaval vai ser reciclado e transformado em lixeiras
'País tem potencial para ser líder em finanças verdes', afirma Sylvia Coutinho
De acordo com a European Bioplastics, associação das empresas do setor, os plásticos feitos a partir de fontes renováveis respondem por apenas 1% da produção global de plásticos, de 359 milhões de toneladas. Mas uma série de iniciativas deve incrementar essa fatia, inclusive no Brasil.
— Há um esforço de toda a indústria em criar novos plásticos, mais leves e mais fáceis de serem reciclados, a partir de fontes renováveis. Essas soluções ainda são muito novas e muitas ainda estão em fase inicial. Mas são extremante importantes para o futuro – disse José Ricardo Roriz, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
No Brasil, a Braskem, maior produtora de resinas da América Latina, vem investindo no desenvolvimento de plásticos a partir da cana-de-açúcar. A companhia tem uma unidade no Rio Grande do Sul voltada para esse tipo de plástico, que consumiu investimentos de US$ 290 milhões.
A empresa se prepara para atingir a produção de 10 mil toneladas por ano de uma resina a partir do etanol (chamada de Eva), que tem aplicação para diversos setores, como o de calçados e automotivo, entre outros. E estuda ampliar suas operações.
— A gente imagina que a demanda pelo plástico verde vai crescer mais rápido do que a do plástico de origem fóssil (a partir do petróleo), e a gente avalia oportunidade de novos investimentos — disse Edison Terra, vice-presidente da Unidade de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul.
Segundo ele, há uma demanda crescente no mercado por esse tipo de produto, e a companhia tem analisado novas alternativas possíveis de investimento, mas ainda não foi tomada qualquer decisão nesse sentido.
— Trabalhamos em diferentes opções de aumento de capacidade da produção do plástico verde. Estamos sempre atentos a oportunidades de negócios sustentáveis — afirmou Terra, destacando que a companhia vem desenvolvendo pesquisas para buscar outras fontes renováveis.
Na ponta dessa cadeia, a indústria vem adotando com rapidez as inovações. É o caso da Copapa, uma fabricante de papel higiênico que usa plástico feito a partir do milho. Fernando Pinheiro, diretor executivo da Copapa, lembra que, ao iniciar uma série de mudanças sustentáveis em sua linha de produção, buscou novas opções para o plástico usado nas embalagens do papel higiênico.
Após estudar alternativas, passou a usar uma resina a partir do milho, que é importada da Alemanha. A troca faz parte dos R$ 10 milhões que a companhia investiu em pesquisa e desenvolvimento.
— O plástico ganhou uma fama de vilão no mundo todo. Hoje, a dificuldade é buscar os fornecedores certos. Apesar de termos um custo maior com o plástico feito de milho, reduzimos a margem de lucro para que o produto fosse acessível – disse Pinheiro, cuja unidade fabril fica em Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro.
Kate Melges, especialista na campanha de plástico do Greenpeace nos Estados Unidos, critica a busca pelo plástico verde. Ela diz que mudar de plástico descartável para papel, bioplástico ou até materiais compostáveis não é solução.
— Isso é apenas uma lavagem verde usada por multinacionais para manter viva a cultura descartável. E com apenas 9% do plástico produzido realmente reciclado no mundo, sabemos que esse também não é o caminho a seguir — afirmou Kate.
Para ela, não se pode considerar o plástico de base biológica recurso renovável:
— Não é renovável, pois há pressões do uso da terra e de emissões e processos agrícolas. O plástico de base biológica representa cerca de 1% do plástico do mundo. E a maioria do mercado não é 100% (de fonte renovável), mas, sim, uma combinação de material com origem em combustível fóssil e não fóssil.
Além da busca de mais fontes renováveis, outra área de atuação da indústria é a reciclagem do plástico. O Brasil tem hoje um índice de reciclagem de 26%, percentual bem abaixo do de países da Europa,como Portugal, Espanha e Alemanha, cuja taxa oscila entre 40% e 50%.
Edison Terra, vice-presidente da Unidade de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul, destaca as iniciativas que visam ao reaproveitamento do plástico. Segundo ele, outra frente de trabalho é conseguir produzir novamente uma resina plástica com qualidade a partir da reciclagem dos materiais usados.
— Temos trabalhado de forma conjunta com toda a cadeia petroquímica para encontrar soluções para os resíduos de plásticos, porque é um problema que não dá para ignorar — explicou Terra.
Hoje, no Brasil, a reciclagem de plástico ainda é pequena: cerca de um quarto de todo o material descartado é reaproveitado, dizem a Braskem e a associação do setor.
— Estamos investindo no desenvolvimento de tecnologias no campo da reciclagem química, e o nosso foco é transformar plásticos pós-consumo, como sacolinhas de mercado e filmes de embalagens de salgadinhos e biscoitos, novamente em produtos químicos que podem ser utilizados em diversas cadeias de valor — destacou Terra.
A SC Jonhson, fabricante de produtos como Off e Raid, selou uma parceria com a canadense Plastic Bank, que recolhe e recicla garrafas e sacos que chegam aos mares.
A organização, que acabou de abrir três centros de coleta no Rio, vai inaugurar seis novas unidades entre fevereiro e maio deste ano.
David Katz, presidente da empresa e idealizador da iniciativa, diz que os novos locais ainda não foram definidos.
— Pretendemos estar em áreas vulneráveis socialmente, perto da região da Baía de Guanabara. O Rio é a nossa primeira cidade escolhida fora da Ásia — afirmou.
A Plastic Bank paga pelo plástico que recebe de catadores. Segundo o Sindicato Independente de Recicladores do Rio de Janeiro, existem cerca de 300 mil catadores independentes que dependem da coleta de materiais recicláveis nas ruas.
O que o centro de coleta faz é revender esse plástico a empresas. A SC Jonhson, por exemplo, vai lançar neste ano uma garrafa 100% reciclada para uma de suas marcas.
— Construir uma infraestrutura que interrompa o ciclo desses resíduos antes que terminem no oceano é fundamental — disse Fisk Johnson, presidente do Conselho de Administração e presidente executivo da SC Johnson.(R. O. e B. R.)
| Época Negócios ( publicado em 26-02-2020) | | | | Colégio Positivo recolhe e recicla materiais didáticos sem uso. Projeto é aberto à toda população de Curitiba
Com a volta às aulas, as crianças descobrem que ainda têm em casa livros e cadernos usados que não terão mais utilidade em 2020 - e ficam diante de uma questão: o que fazer com esse material? Infelizmente, a maioria dos pais e estudantes acaba jogando no lixo. Mas agora, alunos de todas as escolas - públicas e privadas - de Curitiba podem dar um destino nobre a esses livros e cadernos. Basta levá-los para uma caixa coletora em qualquer unidade do Colégio Positivo.
Por meio do projeto Logística Reversa Positivo, todo o material coletado é encaminhado para o processo de reciclagem, virando matéria-prima que será vendida para a fabricação de outros produtos. A receita arrecadada com a comercialização será destinada a projetos voltados a questões sociais e ambientais, desenvolvidos por alunos e professores.
De acordo com o diretor geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann, o objetivo do projeto é levar sustentabilidade não apenas para dentro da escola, mas para toda a comunidade, conscientizando principalmente as crianças sobre a importância da reciclagem. "É fundamental que os estudantes comecem a pensar no lixo que estão gerando e, com isso, reavaliem a possibilidade de reaproveitamento e destinação correta dos materiais escolares", ressalta.
Como funciona o projeto?
O projeto foi idealizado em 2017, pela aluna Helena Giotto, então com 9 anos de idade, pensando em uma forma de reduzir o impacto ambiental. A ideia foi aprovada pelo Colégio Positivo Internacional e, em 2018, implantada em quatro unidades do Colégio Positivo, em Curitiba. O objetivo inicial era arrecadar 8 toneladas, mas a expectativa foi superada e, com a finalização da coleta, foram recolhidas mais de 23 toneladas de material didático usado.
Em 2019, o projeto Logística Reversa Positivo foi um dos vencedores do 17º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho - o maior da indústria gráfica paranaense - na categoria Sustentabilidade. Este ano, o projeto acontece nas unidades do Colégio Positivo em Curitiba; no Colégio Positivo Joinville, em Santa Catarina; no Colégio Positivo Master, em Ponta Grossa; no Colégio Positivo - Santa Maria, em Londrina; na Escola Passo Certo, em Cascavel; e no Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu.
Sobre o Colégio Positivo
O Colégio Positivo nasceu em Curitiba, onde desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo Júnior, o Colégio Positivo - Jardim Ambiental, o Colégio Positivo - Angelo Sampaio, o Colégio Positivo Hauer e o Colégio Positivo Internacional atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários.
Os alunos têm à sua disposição atividades complementares esportivas e culturais, incentivo ao empreendedorismo e aulas de Língua Inglesa diferenciadas, além de aprendizado internacional na unidade que leva essa proposta em seu nome. Em 2016, foi incorporado ao Positivo o Colégio Positivo Joinville (SC) e, em 2017, o Colégio Positivo - Santa Maria, em Londrina (PR). Em 2018, o Positivo ganhou duas unidades em Ponta Grossa (PR): Colégio Girassol e Positivo Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades do Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR), e duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR). Em 2020, o Positivo inicia o ano letivo com mais duas unidades em Curitiba: Colégio Positivo - Água Verde e Colégio Positivo - Boa Vista.
| Terra (publicado em 21-02-2020) | | | |
Cientistas brasileiros transformam bambu em conector de líquidos e eletricidade
Uma casa construída sem fios, encanamentos ou cabos. E que todos esses materiais fossem substituídos por uma única instalação: painés de bambu.
Cientistas brasileiros desenvolveram conectores de bambu capazes de conduzir eletricidade e líquidos por meio dos microcanais da espessura de um fio de cabelo localizados na estrutura da planta. A ideia é que no futuro conjuntos desses canais sejam agrupados e aplicados na construção civil para construir paredes.
Além de baratear o imóvel, usar o bambu como matéria-prima pode tornar o processo mais simples e sustentável.
Com verba destinada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), os autores do estudo patentearam a ideia em agosto de 2019. Eles ainda publicaram um artigo sobre o assunto no Journal Material Chemistry A, da Royal Society of Chemistry, no Reino Unido.
Hoje, eles já pensam no próximo passo e estão debruçados em experimentos, na tentativa de descobrir como transmitir dados por esses microcanais naturais.
A ideia de analisar as estruturas do bambu surgiu quando o pesquisador italiano Omar Pandoli, do departamento de química da PUC Rio, fazia um pós doutorado na China há dez anos. Na época, ele conheceu o professor pioneiro em usar a planta como elemento de reforço leve e sustentável ao concreto na construção civil — no lugar do aço.
Pesquisador começou a estudar os microcanais dos bambus há 10 anos durante pós doutorado na China
Na época, o professor pediu para que Omar tentasse preencher os microcanais internos do bambu com algum material em escala nanométrica. A intenção era aumentar a durabilidade e torná-lo mais resistente a ataques de micróbios e à própria decomposição natural.
"Ele queria preencher o bambu com algo que reforçasse a estrutura sem perder as características originais. Na época, tentei preencher com prata, que era a coisa mais barata", afirmou.
Durante os estudos, ele percebeu que o bambu, ao contrário de outras plantas estudadas, possui microcanais dispostos em linhas naturalmente isoladas. Isso possibilita que sejam transportados materiais diferentes lado a lado sem que eles entrem em contato entre si. Uma vareta de bambu seria capaz de conduzir corrente elétrica e água sem que eles tenham contato. Algo complexo e caro, ele explica, caso fosse produzido industrialmente.
Aos poucos, ele passou a fazer testes químicos nesses microcanais por onde originalmente passa a água que alimenta a planta. Nesse momento, ele identificou que a estrutura desses vasos naturais reage bem a outros elementos, inclusive com boa aderência. O estudo rendeu três artigos científicos, dois publicados em 2019 e um em 2020.
Mas, para aproveitar ao máximo a estrutura do canal, ele precisava fazer estudos em uma escala ainda menor.
Eletricidade sem fio
Em 2018, Omar saiu do Rio para dar uma palestra em Campinas (interior de São Paulo), no Laboratório Nacional de Nanotecnologia. Ele falou a outros cientistas sobre seu estudo e a intenção de explorar os microcanais do bambu e suas reações orgânicas.
Da platéia, Murilo Santhiago, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), levantou o braço e questionou. "Você já pensou em colocar materiais condutores nesses canais?". A intenção dele era saber se a estrutura seria capaz de transportar energia elétrica de uma extremidade à outra, sem a necessidade de fios.
Cientistas conseguiram pintar paredes de canais que possuem espessura de um fio de cabelo e ainda deixar espaço para passagem de líquidos e energia elétrica
Omar respondeu que não, mas que poderiam fazer uma parceria para testar. Os grupos uniram forças e contou com o trabalho de três estagiários para fazer todos os testes necessários para comprovar a eficácia do sistema.
Em conjunto, os cientistas conseguiram pintar as paredes dos canais do bambu de maneira individual com uma tinta condutora de eletricidade e ainda deixaram espaço para que o microcanal permanecesse oco.
No estudo, eles provaram ser possível fazer os canais do bambu formarem um circuito elétrico e fornecer energia capaz de acender um led (como no teste da imagem abaixo) ou qualquer outro dispositivo que precise de corrente elétrica.
Uma das barreiras encontradas pelos cientistas para construir futuramente painéis sem fio capazes de conduzir eletricidade, dados e até líquidos são os nós que existem nos bambus.
Cientistas provaram ser possível fazer os canais do bambu formarem um circuito elétrico e fornecer energia sem fios
Cada planta pode ter até dez nós que interrompem os canais. Os cientistas agora estão trabalhando para encontrar uma maneira de ligar um bambu ao outro mantendo o fluxo dos canais. Eles disseram já ter identificado possíveis caminhos.
Os pesquisadores também conseguiram desenvolver uma maneira de esquentar e manter aquecido o líquido dentro do condutor. Com isso, é possível programá-lo para que a água entre fria de um lado e saia quente do outro ou até permaneça quente no sistema, funcionando como um aquecedor. Esse sistema também poderia ser aplicado a um chuveiro, por exemplo.
Segundo os cientistas, em casos como esses, canais poderão ser agrupados para suportar uma vazão maior. Também é possível instalar um sensor eletroquímico no canal para avaliar a qualidade da água em tempo real numa piscina ou filtro, por exemplo.
"Nós criamos uma plataforma. Tudo o que você demandar, pode ser miniaturizado. Será possível fazer uma capinha de celular condutora, objetos de decoração, iluminação e todo o tipo de circuito miniaturizado", afirmou o cientista Omar Pandoli.
Um metro por semana
De acordo com os cientistas, o Brasil possui 250 espécies de bambu e o Acre tem a maior floresta nativa de bambu do mundo. A maior vantagem é a facilidade de plantio e o rápido desenvolvimento. Algumas genéticas podem crescer até 1 metro por semana.
Os artigos publicados pelos cientistas sustentam que a alta disponibilidade da biomassa lignocelulósica do bambu permite o desenvolvimento em grande escala de uma produção industrial dos dispositivos testados.
Um dos argumentos que sustentam essa tese é que dos 9 milhões de hectares plantados de bambu na América Latina., metade está localizado no Estado do Acre. Hoje, eles afirmam que não há um plano industrial para o desenvolvimento de uma economia sustentável capaz de explorar os potenciais usos do bambu para torná-lo um material com alto valor agregado.
Apesar da abundância de bambu no Brasil, a espécie usada no estudo é de origem chinesa, conhecida popularmente como bambu gigante (Dendrocalamus giganteus). Essa cepa tem um diâmetro de até 30 centímetros, mas o mais importante para os cientistas são apenas as paredes da estrutura, onde estão concentrados de 20 a 50 microcanais.
Incêndios
Erguer casas de bambu e madeira não é novidade na construção civil. Mas usar um material altamente inflamável como condutor de eletricidade e calor é a maior preocupação dos cientistas brasileiros.
Por esse motivo, outros pesquisadores já iniciaram estudos para implantar algo que iniba a fonte de calor e evite que esses materiais possam oferecer qualquer risco de combustão.
"Temos que preservar a vida antes de qualquer coisa e o Brasil está na frente dessas pesquisas. Precisamos criar uma norma para esses materiais até que ele seja plenamente seguro, pois hoje ele se degrada e pega fogo com facilidade", afirmou Omar Pandoli.
O grupo de cientistas recebeu agora um projeto no valor de R$ 500 mil para fazer a mesma pesquisa com outras outras três espécies diferentes.
Omar diz que tem o sonho de que os dispositivos de bambu sejam usados no futuro como um elemento didático.
"Quero que ele possa servir para ensinar alunos na prática o que é uma resistência, corrente ou voltagem. Hoje, micro reatores de vidro custam até 5 mil dólares. Eu queria aproveitar o baixo custo de produção proporcionado pelo bambu para criar uma economia básica para as escolas públicas."
| BBC Brasil( publicado em 27-02-2020) | | | | Além de ótimos na captura de imagens e até como equipamento de guerra, drones podem ser usados em prol do meio ambiente!
A organização americana de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos, Draper, uniu-se a Sprout Studio para combater a contaminação por microplásticos. Junto com a Agência de Proteção Ambiental (EPA – sigla em inglês), eles desenvolveram um drone subaquático.
Trata-se de um sensor de microplástico, que detecta e analisa essas substância invisíveis em oceanos, costeiras e rios.
O objetivo da Draper é que o drone ajude os cientistas a entender a origem dessa substância para então prevenir o contágio das águas. Quando a tecnologia é colocada em ação, ele acha nos primeiros 9 m de profundidade da água, onde os microplásticos estão acumulados, escaneia em busca de tipos específicos, e envia as coordenadas para um mapa de calor.
O projeto também faz parte de uma estratégia de design maior e de longo prazo do Sprout Studios, para desenvolver uma linguagem visual da marca, que seja icônico junto das diferentes divisões e categorias de produtos da Draper. Essa, por sua vez, espera lançar um índice de partículas de poluição, parecido com o de qualidade do ar mundial, que oferece informações em tempo real sobre a poluição no ar.
A Draper planeja deixar disponível, por meio de código aberto, a tecnologia de detecção de microplásticos, para que outros possam contribuir.
| Ciclo Vivo ( publicado em 27-02-2020) | | | | A nova base da Marinha do Brasil na Antártica, a Estação Comandante Ferraz, acaba de ser inaugurada. O conjunto de edificações tem 4,5 mil metros quadrados e substitui as instalações perdidas em decorrência de um incêndio em 2012. O novo complexo foi idealizado com base nos princípios de eficiência energética e conforto térmico. O projeto de arquitetura foi elaborado pelo Estúdio 41, de Curitiba (PR), e contou com a consultoria da Petinelli na definição do conceito e na proposição das soluções sustentáveis.
Segundo o CEO da Petinelli, Guido Petinelli, o grande desafio em termos de sustentabilidade foi proporcionar o conforto térmico das instalações, por meio de sistemas eficientes, porém simples, de fácil manutenção, dada a hostilidade do ambiente antártico. “Geralmente, associa-se inovação à tecnologia. Nesse caso, pensar de forma inovadora significou ser criativo, mas buscar simplicidade. Trabalhar com soluções simples, de forma criativa, também é inovação. Essa é a arte do engenheiro”, argumenta.
Dessa forma, atenção especial foi dada à vedação dos ambientes. “Num ambiente hostil como o antártico, naturalmente se pensa em isolamento térmico. Essa é uma solução importantíssima. A vedação entre os módulos e detalhamento das esquadrias, portas e janelas asseguram a estanqueidade da edificação”, explica Guido. Nesse sentido, a solução adotada na execução foi a implantação de estrutura elevada e envolvida por materiais isolantes que minimizam as perdas de calor para o meio ambiente.
Com exceção do bloco destinado ao abrigo das máquinas e sistemas de produção de energia, os outros dois blocos da estação têm a forma prismática oblonga e está sobre pilotis a cerca de 2,5 metros acima do solo. Essa configuração evita o acúmulo de neve e reduz a perda de calor para o meio ambiente, já que seu entorno está isolado termicamente.
Além disso, utilizou-se o princípio das sucessivas camadas de proteção térmica. Além da camada isolante exterior de 220 milímetros de espessura, há um espaço vazio entre essa e os módulos internos tipo contêiner que funciona como um buffer cuja temperatura será mantida a 10ºC e isolamento do interior dos módulos, totalizando três camadas.
Eficiência energética e simplicidade foram determinantes para a escolha do sistema de calefação principal da estação e dos sistemas elétricos de baixo consumo, que compreendem iluminação a LED e motores de alto rendimento. Essa calefação é geração por um sistema de cogeração que recupera parte do calor dissipado para o ambiente, principalmente por meio do sistema de arrefecimento do motor e do calor proveniente dos gases de exaustão.
Os modais solar e eólico são compostos por 30 módulos fotovoltaicos e por 8 aerogeradores, priorizando a instalação de turbinas eólicas que já foram previamente comissionadas na Antártica para garantir a durabilidade e a performance do sistema. Um Sistema de Gestão Técnica Centralizada (SGTC) gerencia tanto a oferta, quanto a demanda da energia da edificação.
| Editora Expressão ( publicado em 26-02-2020) | | | |
Estação Plástico Transforma completa um ano de funcionamento em parque infantil.
Promover uma experiência sensorial que alie educação, consumo consciente e a importância do descarte correto, reforçando o protagonismo do indivíduo na circularidade do plástico. Esta é a proposta da Estação Plástico Transforma, atividade instalada no parque temático KidZania, em São Paulo, e que acaba de completar um ano.
Desde sua inauguração, o espaço já recebeu mais de 16 mil visitantes que conheceram, na prática, os conceitos e o processo de reciclagem do plástico. O espaço reproduz de forma lúdica e interativa as principais etapas do processo, permitindo que as crianças participem de todo o ciclo.
Brincadeira e conscientização
Instalada no segundo andar do parque, a estação possui 18m2 e realiza cerca de 15 sessões por dia, cada uma com capacidade para receber até seis crianças. Ao entrar no local, os pequenos agentes ambientais recebem um colete de identificação e orientações sobre os conceitos de consumo inteligente, descarte correto e orientações para a separação dos resíduos plásticos.
A partir desta primeira etapa, eles saem pelo parque até os estabelecimentos que possuem o resíduo a ser reciclado. Após a coleta, eles voltam para a Estação e conhecem, na prática, sobre o processo de reciclagem: separação manual dos tipos de resíduos plásticos na esteira, passagem pelo moinho, separação por densidade, secagem, chegada do material na extrusora e, posteriormente, na injetora.
Ao final do ciclo, as crianças entendem como o resíduo plástico é reciclado e pode ser transformado em diferentes objetos, assim como os óculos coloridos, que elas recebem de presente na Estação.
“Nesse primeiro ano de atividade, entendemos que contribuímos para a disseminação de conceitos fundamentais para o nosso presente e futuro pois, ensinar às nossas crianças sobre consumo consciente, descarte correto e conceitos de reciclagem de plásticos, é responsabilidade social e ambiental”, explica Simone Carvalho, coordenadora do Movimento Plástico Transforma.
| Ciclo Vivo ( publicado em 26-02-2020) | | | |
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