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Logística Reversa
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Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica apresentará estudo sobre principais entraves e pretende aumentar parceria com o Governo e lojistas em todo o Paraná. Objetivo é coletar pilhas e eletrônicos em todos os municípios.
Em 30 dias, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) vai apresentar à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo um projeto para ampliar o sistema de logística reversa de pilhas, baterias e produtos eletroeletrônicos inservíveis no Estado.
Segundo o gerente de Sustentabilidade da Abinee, Henrique Mendes, os fabricantes e importadores de pilhas pretendem expandir os pontos de coleta no Estado, com apoio do Governo e em parceria com lojistas.Atualmente, a Greeneletron mantém 50 pontos de coleta em 10 cidades do Paraná e recolheu 12 toneladas de pilhas em 2018
“A Abinee, em parceria com a Greeneletron, que é a entidade gestora para logística reversa de equipamentos eletroeletrônicos, tem total interesse em avançar na coleta e destinação dos produtos pós-uso”, diz Henrique Mendes. “No sistema de pilhas e baterias, temos um termo de compromisso assinado com a secretaria e uma parceria com a Associação Comercial do Paraná e pretendemos expandir a coleta, chegando a todos os municípios”, diz Henrique Mendes.
DESTRAVAR - Em relação aos produtos eletroeletrônicos, a Abinee e a Divisão de Resíduos Sólidos da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e Turismo trabalham para destravar itens para dar segurança e viabilidade para a operação.
“É preciso adequar a regulamentação dos pontos de coleta. Já conseguimos com a Secretaria da Fazenda a simplificação do documento para o transporte dos resíduos e agora conversamos com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável para facilitar a instalação de pontos de coleta no comércio”, afirmou Mendes.
PRODUTIVA - Para o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos da Secretaria, Laerty Dudas, a reunião com a Abinee foi produtiva e a logística reversa de pilhas e baterias será significativamente ampliada a partir deste ano.
“A Abinee destacou que pode fazer a logística em todo o Estado. Temos que fazer dobradinha com o comércio para disponibilizar pontos de coleta de pilha. Esse material será coletado, transportado, destinado e reaproveitado. Será a função do governo fazer essa parceria entre fabricante, importador e distribuidor”, afirmou Dudas.
| SEMA | | | |
Materiais encontrados na caverna de Qesem, em Israel, sugerem que os primeiros humanos já mantinham hábitos de reciclagem há 400 mil anos. Os pesquisadores notaram que pedaços de ferramentas quebradas feitas com pedras eram reutilizadas para a construção de outros equipamentos, de acordo com um estudo publicado sobre o assunto.
"Reciclar era um modo de vida para essas pessoas", disse o cientista Ran Barkai, em comunicado. "Faz tempo que a reciclagem faz parte da evolução e das culturas humanas. Agora, pela primeira vez, estamos descobrindo os usos específicos do 'kit de ferramentas' reciclado da caverna de Qesem."
Nos últimos anos, arqueólogos que trabalharam em escavações de diferentes regiões do planeta descobriram evidências de que humanos que viveram na Pré-História reciclavam objetos usados na vida cotidiana. Graças às condições ambientais da caverna de Qesem, os materiais estavam com um alto índice de preservação, o que permitiu a análise de micro resíduos na superfície das ferramentas de pederneira.
"Usamos análises microscópicas e químicas para descobrir que essas pequenas e afiadas ferramentas recicladas foram especificamente produzidas para trabalhar com recursos animais como carne, couro, gordura e ossos", explicou Flavia Venditti, outras pesquisadora do grupo. "Nós também encontramos evidências de processamento de plantas e tubérculos [como batata e mandioca]."
Para Venditti, o estudo permitiu demonstrar que os pequenos fragmentos de pedra reciclados eram usados em conjunto com outros tipos de utensílios, o que permitia a constituição de um 'kit de ferramentas' maior e mais diversificado, no qual cada ferramenta era projetada para um trabalho específico. "Essa pesquisa destaca dois tópicos debatidos no campo da arqueologia paleolítica: o significado da reciclagem e o papel funcional das pequenas ferramentas", observou Barkai.
| Revista Galileu | | | |
Para companhias, é preciso mais incentivo do Estado e conscientização para haver maior engajamento e intensificação da gestão de resíduos no Brasil
A Danone ajuda no aumento de ganho de cerca de 200 catadores e quatro cooperativas em São Paulo
O Estado de São Paulo está se empenhando para reduzir a produção de lixo e processar melhor seus resíduos. No entanto, ainda são necessários mais ações e apoio do Poder Público para dar escala à economia circular em grandes e pequenas empresas.
Algumas empresas têm adotado a economia circular como um modelo estratégico para reutilizar ou reciclar materiais. De acordo com o responsável da área de sustentabilidade da Unilever Brasil, Antonio Calcagnotto, a ação diminui os resíduos gerados, pode reduzir custos e atrair mais público. No entanto, segundo ele, o conceito ainda precisa ser mais abraçado pelas companhias.
De acordo com o executivo, um dos principais desafios para difusão do conceito é que os produtos reciclados quando voltam para as prateleiras ganham nova tributação. “Fazer produtos com materiais reutilizados já costuma ser mais trabalhoso do que lidar com matéria ‘virgem’. Saber que, além disso, também haverá tributação afasta as empresas”, explica.
Em parceria com o Pão de Açúcar, a Unilever mantém diversos pontos de coleta de materiais recicláveis espalhados por São Paulo. Conforme Calcagnotto, o programa existe desde 2001 e já coletou 111 mil toneladas de resíduos. Além disso, a empresa tem diversas linhas com embalagens feitas a partir de materiais recicláveis.
Para a responsável da área de sustentabilidade e comunicação da Danone, Ligia Camargo, entre os desafios que as empresas enfrentam para administrar melhor seus resíduos estão a dificuldade logística e a falta de políticas tributárias e incentivos.
“Embora esse seja um tema que é pautado há anos e que, no Brasil, nós tenhamos uma legislação que obriga as empresas a reciclarem parte de seu lixo, o reaproveitamento de materiais ainda não está em um cenário forte.”
Ela pontua que a implementação de uma logística reversa (sistema onde os resíduos são reaproveitados de algum modo na cadeia produtiva) é algo que envolve diversos atores. Segundo Ligia, as empresas, os governos e os consumidores precisam se conscientizar melhor, para assim, dar fôlego às iniciativas sustentáveis.
Desde 2012, a Danone tem o programa Novo Ciclo, que fomenta a venda de materiais reciclados processados em algumas cooperativas mineiras e paulistas para os fornecedores da companhia. Com isso, a iniciativa visa aumentar o ganho dos catadores. Em São Paulo, são quatro redes de cooperativas e 200 catadores integrados.
A responsável pela área de criação de valor compartilhado e comunicação corporativa da Nespresso no Brasil, Cláudia Leite, também considera que o que poderia ajudar a dar escala aos processos de logística reversa é fazer com que cada ator dessa cadeia (público, privado e consumidor) entenda a importância de seu papel e da iniciativa.
A Nespresso tem cerca de 90 pontos de coleta de suas cápsulas de café no Brasil, sendo 62 só no Estado de São Paulo. Os materiais coletados são processados e voltam para a cadeia produtiva da companhia. Além disso, para reduzir a emissão de gases poluentes, na capital paulista a empresa está realizando a entrega de produtos novos e coleta de usados por meio de bicicletas.
Para fomentar que outras empresas também promovam iniciativas sustentáveis e para que os consumidores tomem consciência do projeto, Cláudia diz que os centros de reciclagem da Nespresso estão abertos para visitação há pouco mais de um ano. Até o momento, os locais já receberam mais de mil pessoas.
É justamente seguindo o exemplo de empresas que já atuam com logística reversa, que outras também se interessam pela economia circular. A análise é da presidente da rede Catavale, que engloba nove cooperativas de reciclagem e é uma das parceiras da Danone em seu projeto Novo Ciclo em São Paulo, Maria Angela Gonzaga. A executiva considera que, do final de 2018 até o momento, as empresas passaram a dar mais atenção aos processos de logística reversa e ela está confiante de que esse comportamento deva continuar pelos próximos anos.
Pequenas
Embora a maior parte dos processos de logística reversa sejam realizados pelos grandes grupos empresariais, também há companhias menores que atuam diretamente com as iniciativas sustentáveis. A Triciclo é uma delas. A empresa espalhou pontos de coleta de materiais recicláveis em locais estratégicos da região metropolitana de São Paulo. As pessoas que escolhem deixar seu lixo em um desses locais podem juntar pontuações (que mudam dependendo do material, como plástico e alumínio) e trocar por produtos ou serviços de companhias parceiras.
Para o sócio-diretor da empresa, Felipe Cury, a iniciativa privada tem começado a apostar mais em logística reversa. Tanto criando suas próprias ações quanto procurando por companhias como a Triciclo para fazer uma parceria.
Entretanto, segundo ele, ainda é preciso investir em uma maior conscientização da população e também das empresas. “Muitas companhias não cuidam de seus resíduos da forma que deveriam”, diz.
| DCI | | | |
Scordo do qual agora São Paulo faz parte é o Compromisso Global para a Nova Economia do Plástico, promovido pela ONU
Medida polêmica que ainda aguarda aprovação (já prometida) do prefeito Bruno Covas (PSDB), a proibição de canudos plásticos de São Paulo é a primeira de uma nova agenda que a cidade está adotando para reduzir a produção de lixo. Nas próximas semanas, será anunciada a inclusão da capital em um acordo internacional para a redução de descartáveis e, na Câmara Municipal, uma legislação mais ampla, que proíbe todos os plásticos de uso único, está em tramitação.
O acordo do qual agora São Paulo faz parte é o Compromisso Global para a Nova Economia do Plástico, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele foi assinado no fim de março, mas deve ser divulgado pela Prefeitura no próximo mês.
Os termos do acordo estabelecem objetivos, mas a cidade é quem determinará as metas. O compromisso é que São Paulo adote ações para eliminar o uso de embalagens de plástico desnecessárias, encorajar modelos de reúso do plástico e, entre outras ações, melhorar os índices de reciclagem do município, que hoje estão abaixo dos 10%.
A Prefeitura é a primeira cidade do continente a entrar no acordo, que tem como signatários os governos do Chile, Peru e de Granada (ilha do Caribe). O projeto vai ao encontro a iniciativas parecidas já tomadas em outros países. Em outubro do ano passado, a União Europeia decidiu banir o uso de canudos e outros produtos plásticos até 2021. No Brasil, o Rio de Janeiro foi a primeira capital a proibir os canudos de plástico. A lei foi sancionada pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB) em junho do ano passado.
Leis
O texto, aprovado na Câmara Municipal paulistana em abril, proíbe a distribuição da canudos plásticos em restaurantes, bares, hotéis e salões de eventos, estabelecendo que eles podem ser trocados por outros materiais descartáveis, como papel reciclável e material biodegradável.
Covas já sinalizou apoio à medida, mas ainda precisa sancionar o texto e regulamentá-lo. O prefeito precisa decidir, por exemplo, quem fará a fiscalização e aplicará as multas, que variam de R$ 1 mil a R$ 8 mil.
Paralelamente, tramita na Câmara um outro projeto do vereador Xexéu Trípoli (que também apresentou o texto dos canudos), ampliando as restrições. O PL 99/2019 proíbe “o fornecimento de copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plásticos descartáveis” nos mesmos lugares em que a distribuição de canudos foi banida, com as mesmas penalidades.
Por outro lado, o setor de hotéis e restaurantes vê a proposta com ressalva. “Qualquer medida para o meio ambiente tem o nosso apoio”, diz Percival Maricato, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). “Mas essas medidas precisam ser bem discutidas, com prazos para a adequação.”
Ambiente
Em São Paulo, o lixo coletado vai para longe do mar. Ele vai para o Aterro São João, na zona leste, distante mais de 60 quilômetros do oceano. Mas os especialistas alertam que é um erro pensar que a questão do acúmulo de plástico no meio ambiente não é uma discussão paulistana.
“O problema não é o lixo que vai para o aterro. É o que não é coletado, que é jogado nas ruas, não é recolhido, e vai parar em córregos e rios”, diz o professor de Engenharia Ambiental da USP Ronan Contrera.
Opções
O restaurante de comida natural Estela Passoni, na zona oeste de São Paulo, já nasceu sem canudos. “Nunca foi um problema, mas o fato de estar aqui em Pinheiros ajuda”, diz Mariana Passoni, de 34 anos, uma das sócias do estabelecimento na Rua Joaquim Antunes. Há dois anos, o restaurante serve as bebidas no estilo “boca no copo”. E, para quem faz questão, oferece canudinho de aço inox.
Se depender de parte dos comerciantes de Pinheiros, legislações que banem os descartáveis já pegaram. Pelo bairro, é comum encontrar bares e restaurantes que, até por pressão de moradores e frequentadores mais ecológicos, acabaram se rendendo aos biodegradáveis. Em outros, como o restaurante de Mariana, a veia sustentável faz parte do modelo de negócio.
No menu do Estela Passoni, além das opções de pratos quentes e sobremesas, também estão produtos para quem quer reduzir os descartes. Os canudos de aço inox são um sucesso. A versão dobrável sai a R$ 55 e é procurada principalmente para caber na bolsa da balada.
Em uma prateleira dentro do restaurante, os copinhos de silicone também conquistam. Eles podem suportar bebidas quentes e geladas, uma alternativa ao velho copo de plástico descartável. Quem tem um desses pode se dar bem a poucos metros dali. Na Rua dos Pinheiros, uma sorveteria da Ben & Jerry’s, já ofereceu desconto de 10% para quem põe a sobremesa em potes trazidos de casa. Há poucos meses, as pazinhas de plástico foram trocadas por outras, de madeira. E mesmo o canudo de milk shake é daqueles de papel, que se decompõe mais rapidamente.
“Os clientes mesmo não aceitam mais os canudinhos de plástico”, diz Adenilson Santos, maître do Le Jazz, na mesma região. Na Choperia São Paulo, faz quatro meses que os canudos de plástico foram abolidos. O barman Elivaldo Campos, de 40 anos, apelou para a criatividade e passou a oferecer uma espécie de canudinho feito de cana-de-açúcar.
De olho na guinada verde de Pinheiros, uma campanha aproveitou a onda. “Queremos ser o bairro mais sustentável de São Paulo”, resumem os organizadores da Recicla Pinheiros. O movimento dá um selo para estabelecimentos que já têm hábitos de descarte consciente do lixo, pontos de coleta e que ofereçam experiências sustentáveis, como dar água do filtro a seus clientes. Quarenta e oito foram avaliados e já receberam o adesivo.
A ideia é que, em julho, um mapa indique ao público onde estão essas lojas. “A meta, que é ter lixo zero, está repercutindo dentro dos estabelecimentos”, diz Vanêssa Rêgo, presidente do Coletivo Pinheiros, associação que reúne 80 estabelecimentos.
“Pinheiros reúne uma comunidade com um pouco mais de consciência”, diz Paula Gabriel, diretora de comunicação corporativa da TriCiclos, empresa de economia circular e gestão de resíduos e uma das realizadoras da campanha Recicla Pinheiros. Segundo ela, algumas atitudes, como abrir pontos de coleta de pilhas, podem ser facilmente replicadas em outras regiões.
Na Vila Madalena, clientes do Boteco do Urso já avisam aos garçons Samuel Leccese, de 22 anos, e Wanderson de Jesus, de 19, para trazer o drink – mas sem os canudinhos. E uma turma de estrangeiros, frequentadores assíduos do bar, tira do bolso os seus próprios canudos, feitos de aço inox.
Já no Astor, na mesma região, sugar a bebida virou até piada depois que o bar lançou canudos de macarrão há mais de um ano. “Teremos macarrão ao suco”, bradou um, nas redes sociais, sobre o espaguete cru que vai mergulhado nas bebidas. A moda ganhou aplausos e algumas vaias – essas dos intolerantes ao glúten. Para os celíacos, o restaurante promete a versão de papel.
Faz dois meses que são os canudos de papel que ganham as mesas no Pasquim. “A maioria dos frequentadores aceita sem resistir”, diz Ricardo Tudeia, gerente do bar. Mas o preço preocupa. Segundo ele, o novo modelo pode ser 600% mais caro do que o de plástico e não é incomum que o canudo se desfaça com a bebida, o que obriga o bar a fazer pelo menos uma reposição por cliente.
| Exame | | | |
A primeira etapa da campanha começa no próximo dia 08 de junho
Na lanchonete, o cafezinho é servido em um copo de plástico descartável, o suco com canudo plástico, a colher muitas vezes é do mesmo material e o pãozinho vem em um saco de papel que vai dentro do saco plástico descartável. No mercado, nas empresas, e mesmo em casa, o plástico descartável está quase sempre presente e em grandes quantidades, o problema aqui, é que essa cultura e hábito de distribuir o plástico, acaba por acarretar em grandes impactos ao meio ambiente.
Sabendo desta realidade, no próximo dia 08 de junho, sábado, a Beegreen Sustentabilidade Urbana lança o desafio “Julho Sem Plástico - Desafio Zero Descartável”. O objetivo? Inspirar, educar e fazer com que as pessoas reflitam sobre como os seus hábitos de consumo estão afetando o futuro do planeta. Afinal, segundo cientistas, se não mudarmos a forma de pensar e agir, o planeta pode entrar em um estado irreversível em 12 anos, o que é muito pouco tempo.
A primeira etapa é o cadastramento, que começa na Semana Mundial do Meio Ambiente e se estende durante todo o mês de junho. Para participar, é só acessar o site https://beegreen.eco.br/desafio/ e se inscrever. Na sequência, você receberá um e-mail com informações gerais sobre o desafio e como participar: “É uma proposta desafiadora, mas você já imaginou quantas pessoas podemos influenciar positivamente com esse exemplo? E isso é o mais importante. A mudança começa em nós”, avalia Jessica Pertile, sócia-proprietária da Beegreen.
A segunda etapa é o desafio em si, que acontecerá durante todo o mês de julho, junto ao Julho Sem Plástico, uma iniciativa mundial que informa e inspira pessoas sobre como viver sem tanto plástico. E como tudo isso vai funcionar? Pessoas, empresas, escolas e instituições do Brasil todo serão desafiadas a aceitar a missão de criar programas, metodologias, estratégias e hábitos para despertar o consumo consciente e mudar hábitos do dia a dia.
Serão três níveis de desafio: o Nível Peixinho (fácil), que consiste em evitar plásticos de uso único: copo, garrafas, talheres, canudos, sacolas e embalagens de guloseimas em geral, como balas, doces, amendoim, salgadinhos, entre outros; Nível Golfinho (médio), visa evitar, além dos itens do nível fácil, descartáveis com tempo de uso curto, como por exemplo: esponjas de limpeza, escova de dente de plástico, cotonete, aparelhos de barbear descartáveis, absorvente descartável, plástico filme, alumínio, papel manteiga, entre outros; E, por fim, o nível Tubarão Branco (di fícil), ou seja, além de todos os itens dos níveis anteriores, não consumir também nenhum plástico que tenha ciclo de vida de menos de 1 ano. São exemplos: xampus, detergentes e produtos de embalagens plásticas como os de limpeza em geral e alimentos.
A Beegreen disponibilizará, durante todo o período, conteúdos exclusivos e gratuitos e informações completas sobre como evitar o plástico descartável e demais materiais no dia a dia, seja ao consumir alimentos e bebidas na rua, fazer compras no mercado, programar eventos, realizar a limpeza da casa, o cuidado do seu pet, entre outras atividades.
Durante o desafio, o público irá compartilhar dados, que serão divulgados para incentivar ainda mais o consumo consciente e a diminuição da produção de lixo plástico descartável no Brasil: “O planeta desafia todos a repensarem seus hábitos o quanto antes. Nós vamos ajudar, fortalecendo a rede de pessoas e instituições que se preocupam com a questão e esperamos que com essa atitude haja uma mudança cultural no país, para que possamos avançar para que o Brasil se torne um ambiente cada vez mais sustentável e com menos plásticos" finaliza Jessica.
Dados sobre a produção de plástico no Brasil
Segundo o Ministério do Meio ambiente (MMA), os brasileiros geram por ano, mais de 70 milhões de toneladas de resíduos sólidos, sendo 19 milhões de recicláveis, e destes resíduos, 45% são plásticos.
Já os dados levantados pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) alertam que, se não mudarmos nossos hábitos, em 2050 haverá mais plásticos do que peixes nos oceanos.
Para piorar, a média de reciclagem nas cidades brasileiras – que é de responsabilidade das prefeituras - é de apenas 2% do volume global que deveria ser reciclado, ou seja, 98% ainda é perdido, indo parar em bueiros, rios, lagos, mares, oceanos, lixões e aterros.
| Editora Expressão | | | |
A sustentabilidade é um tema extremamente debatido nos dias atuais, estimulando o desenvolvimento de iniciativas que geram ganhos ao meio ambiente. No mercado de descartáveis é fundamental que a inovação e a consciência ambiental caminhem juntas. E é essa filosofia que norteia os negócios do Grupo Copobras, que engloba as marcas Copobras e Incoplast. A líder nacional no mercado de descartáveis, com matriz em São Ludgero - SC, lança uma linha de produtos inovadora e sustentável em todo seu ciclo de vida.
A empresa é a primeira a disponibilizar copos e pratos biodegradáveis nas gôndolas do país. Ela também é líder em flexíveis para Pet Food e, essa modalidade e as demais fabricadas, podem contar com essa tecnologia revolucionária. A 1ª linha de bandeja EPS biodegradável do mundo foi produzida e lançada pela Copobras.
"Investimos em inovação sempre norteados pela nossa responsabilidade ambiental. O plástico simplificou a vida moderna, trouxe soluções para o dia a dia das pessoas e é preciso que seu descarte seja feito de forma correta. Para isso, investimos em conscientização por meio de alguns projetos. Mas, caso o produto seja descartado no meio ambiente, ele vira biomassa. É inovador e sustentável. Continuamos seguindo a filosofia do meu pai, Aloísio Schlickmann, de buscar enxergar o negócio sempre à frente", declara Mario Schlickmann, presidente do Grupo Copobras.
Com adição do aditivo biodegradante Go Green P-Life, oriundo do óleo de coco da palmeira, o tempo de degradação dos produtos Copobras reduz de forma surpreendente. Caso sejam descartados incorretamente no meio ambiente, eles transformam-se em água, gás carbônico e biomassa ao final do processo. O processo de biodegradação dos pratos, copos, bandejas e embalagens inicia-se em dois anos* após o descarte incorreto.
O gerente de Engenharia de Produto da Copobras, Alex Piva, explica o diferencial desse aditivo. “Esse aditivo conecta-se às cadeias de polímero e com a ação de luz, oxigênio, calor e umidade vai promover uma ação, fazendo com elas sejam rompidas até chegar a um tamanho de cadeia que permite que o material possa ser consumido por microorganismos presentes no meio ambiente. Ou seja, não gera microplástico”, detalha.
100% Recicláveis
Os produtos Bio podem e devem ser reciclados, sendo descartados com outros lixos plásticos. Piva observa que o plástico é um material de fácil reciclagem. “Quando você dá um destino correto para o plástico no pós-consumo, ele é facilmente recuperado com processos simples e menos danosos ao meio ambiente, e é convertido em outros produtos.
É um material de alta resistência mecânica e leve. É preciso ter uma visão global sobre o assunto. Um avião ou um carro, por exemplo, se substituírem as peças de plásticos eles ficarão mais pesados, consumindo mais combustível e, consequentemente, poluindo mais. Ou seja, por todas essas características, o plástico traz benefícios. O grande problema é, na verdade, a conscientização sobre o destino correto dele no pós-consumo”, argumenta.
“Nesse domingo, uma reportagem veiculada em uma emissora nacional mostrou que com o aumento do fluxo de pessoas no pico mais alto do mundo, o monte Everest, uma grande quantidade de lixo é acumulada no local. Esse é mais um grande exemplo de que o lixo no meio ambiente é uma ação humana. Precisamos de conscientização e não de proibição”, completa o engenheiro.
"A filosofia ecológica da Copobras envolve desenvolvimento de produtos inovadores e conscientização. Possuímos uma parceria com cooperativas e empresas que transformam nossos produtos em novos materiais. Os biodegradáveis são uma solução para o descarte incorreto no meio ambiente. Continuamos investindo na conscientização e no fortalecimento da economia circular porque apresenta benefícios ambientais, sociais e econômicos", frisa o diretor comercial do Grupo Copobras, Clóvis Cortesia.
Um desses projetos, o de logística reversa "Fecha Ciclo", foi agraciado com o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC 2017, na categoria Preservação Ambiental. Além disso, a empresa mantém um índice de 95% de reciclabilidade de toda a cadeia que envolve seu funcionamento. Aparas de embalagens, por exemplo, transformam-se em telhas e tapumes. Já os produtos em EPS viram rodapés, molduras e revestimentos.
Economicamente vantajosos
O mercado disponibiliza algumas opções produtos ecológicos, como os de fécula de mandioca, bagaço de cana de açúcar e amido de milho. Porém, com custos altos. "Os nossos produtos biodegradáveis são uma grande inovação por um preço equilibrado. É uma opção sustentável e acessível”, pontua o gerente nacional de vendas PP e PS da Copobras, Gleison Garcia Marques.
“Além disso, nossos copos e pratos possuem design diferenciado e exclusivo para comunicar o seu conceito em todas as etapas de consumo e temos a patente requerida disso. Apresenta ainda a informação que é biodegradável em Braille, promovendo a inclusão de deficientes visuais na construção de um mundo sustentável”, acrescenta. As bandejas também possuem a informação e as embalagens flexíveis com essa tecnologia ganham um selo para que o consumidor saiba que se trata de um produto biodegradável.
"O aditivo biodegradante que utilizamos é aprovado para uso em contato com alimentos, não possui resíduos tóxicos e tem vida útil de dois anos. E os produtos não necessitam de local especial para armazenamento", explica o gerente nacional de vendas EPS, Luiz Carlos França.
Importância da inovação e da sustentabilidade
No Grupo Copobras a sustentabilidade é praticada de forma ampla e comprometida com o futuro, além de buscar soluções para atender as novas formas de consumo. “Buscamos soluções ecológicas, melhoramos nossos sistemas, aprimoramos processos visando os 3Rs e investimos em inovação. Atender as novas demandas de consumo com produtos de qualidade e a preservação do meio ambiente são duas coisas que precisam caminhar juntas”, avalia o gerente nacional da Incoplast, Alex Schlickmann.
Seguindo essa filosofia, o Grupo Copobras alcança diferenciais. A empresa atende às NBR ISO 9001:2008 (Sistemas de Gestão da Qualidade), NBR ISO 14.001 (Sistemas de gestão Ambiental) e é uma das únicas empresas do Brasil certificadas pela NBR ISSO 22.000, norma de segurança alimentar que garante a procedência e higiene nas embalagens que ficam em contato com alimentos.
O Grupo Copobras
O Grupo Copobras tem quase cinquenta anos de história e é líder do mercado de descartáveis no Brasil. Com 11 unidades de produção em 6 plantas industriais, estrategicamente posicionadas no território do país, atende com eficácia a grandes distribuidores, redes de supermercados, indústrias, hospitais e restaurantes.
O aditivo biodegradante
O aditivo biodegradante incorporado aos produtos Copobras é o primeiro e único no mundo que atende a normal ASTM-D6954-4 em sua totalidade, com certificado internacional. Passou também no teste de biodegradabilidade SPCR141, do Instituto SP (agora chamado de RISE), que é um instituto científico respeitado internacionalmente. O certificado SPCR141 é um padrão rigoroso de aprovação reprovação criado pelo instituto SP especificamente para testar a biodegradabilidade de aditivos plásticos. É o mais abrangente e rigoroso teste de biodegradabilidade disponível na indústria. Ele também testa que o produto não prejudica o solo, a vida vegetal ou o meio ambiente.
O aditivo biodegradante está registrado no FDA, e de acordo com a diretiva RoHS, e seus componentes fazem parte da lista positiva da ANVISA. Além disso, possui certificação junto à ABNT, através número 365.0001/19
* O tempo de vida útil e biodegradação é aproximado e pode sofrer variações. Inicia em, aproximadamente 2 anos, considerando solo a 23ºC.Grupo Copobras produz copos, pratos, bandejas EPS e embalagens flexíveis biodegradáveis
| Editora Expressão | | | |
A parte externa da garrafa é feita de papel reciclado, doado por empresas e escritórios locais
O cientista escocês James Longcroft desenvolveu um tipo de garrafa sustentável sem plástico que se decompõe em três semanas. A proposta é substituir as poluentes garrafas de plástico.
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A parte externa da chamada Choose Water é feita de papel reciclado, doado por empresas e escritórios locais. O interior, à prova de água, é feito com um material específico, desenvolvido pelo cientista. Quando descartada, seja na água ou na terra, a garrafa se decompõe completamente em três semanas. A tampa, feita de aço, enferruja e desaparece em um ano.
O plástico, lembra o Business Insider, pode demorar centenas de anos para se decompor no meio ambiente.
Para produção da garrafa sustentável, Longcroft iniciou uma campanha de financiamento coletivo. Em dois dias, conseguiu o apoio de 200 pessoas e arrecadou mais de 60% da sua meta de 25 mil libras (cerca de R$ 120 mil). A expectativa é de que as garrafas estejam disponíveis para venda em lojas até o fim do ano. O preço estimado é entre 0,85 libra e 0,90 libra (cerca de R$ 4).
O negócio, contudo, nem sempre foi esse. Há dois anos, quando a Choose Water foi criada, atuava como uma empresa de água engarrafada que usava todo o seu lucro para enviar água limpa a lugares remotos na África. Mas James Longcroft logo percebeu que, apesar de estar ajudando a população, seu produto estava aumentando o problema do lixo no ambiente, disse em entrevista ao site The Scotsman. As garrafas sem plástico foram a forma que ele encontrou para continuar ganhando dinheiro para manter o trabalho na África.
| Época Negócios | | | |
É a maior iniciativa de logística reversa de vidro no Brasil.
O programa de reciclagem Glass is Good, idealizado e liderado pela Diageo, proprietária das marcas Ypióca, Smirnoff, Johnnie Walker, Cîroc e Tanqueray, ganha escala setorial e passa ser comandado pela ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas). A troca de bastão visa aumentar ainda mais o alcance da iniciativa e ampliar os benefícios gerados por ela.
Criado em 2010 no Brasil, o programa gera renda para mais de 800 cooperados que recolhem o vidro separado em mais de 180 estabelecimentos. São bares, restaurantes, baladas, condomínios e empresas de eventos das principais cidades dos estados de São Paulo, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
“O Glass is Good é um legado da Diageo para a indústria de bebidas. Ampliá-lo para todo o setor é um motivo de grande orgulho para nós. Desde que começamos o projeto, já foram recicladas 28 mil toneladas de vidro, número equivalente a mais de 50 milhões de garrafas de 1 litro que poderiam estar em aterros sanitários e lixões, poluindo o meio ambiente”, afirma Daniela De Fiori, diretora de Relações Corporativas da Diageo para PUB (Paraguai, Uruguai e Brasil). “A iniciativa foi criada por uma funcionária da Diageo antes mesmo da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”, completa.
A contribuição para a destinação adequada do vidro e a reunião dos maiores fabricantes de bebidas alcoólicas no mundo são a herança do programa, que é dividido em quatro etapas: coleta das embalagens de vidro, logística, beneficiamento do vidro nas cooperativas e encaminhamento para reciclagem na fábrica de vidro.
Antes de virar uma iniciativa setorial, o programa liderado pela Diageo já havia angariado parceiros como Heineken, Pernod Ricard e Companhia Müller de Bebidas, além da fabricante de embalagens de vidro Owens-Illinois – cobrindo todo o ciclo do vidro.
Os resultados do programa são diversos, passando por geração de renda para os catadores de materiais recicláveis, benefícios para o meio ambiente até a economia de energia na produção de vidro, com a reutilização de 100% do material.
“Recepcionar um trabalho tão bem feito, conhecido e maturado como o Glass is Good é um presente para o setor. Esta é uma grande oportunidade de potencializarmos essa iniciativa focada em um elemento que é fundamental para a comercialização de bebidas alcoólicas, que é a garrafa de vidro”, conta Cristiane Foja, presidente executiva da ABRABE. “Agora, vamos trabalhar para expandir a presença do Glass is Good nacionalmente e conectá-lo ao Ecogesto, um programa da ABRABE com foco em todos os tipos de embalagens em cooperativas”, finaliza
| Ciclo Vivo | | | | Profissionais, que correm 25 km por dia, estão expostos a cortes por cacos e furos de agulhas
Nos últimos cinco anos, Carlos Gomes dos Santos, 33, sofreu vários acidentes de trabalho: teve um corte profundo na perna, outro no dedo da mão, foi atropelado por uma moto e perfurado duas vezes por seringas hospitalares usadas. O gari faz parte de um batalhão de 530 profissionais que, diariamente, percorrem 25 km de ruas e avenidas de Belo Horizonte coletando lixo domiciliar e do comércio. Pelo menos cinco deles sofrem cortes profundos todo mês, por conta dos resíduos mal-acondicionados.
E esse “trabalho sujo”, como muitos assim enxergam, é de alto risco por conta da falta de compreensão e de educação, principalmente da população, que deveria embalar melhor seus dejetos e contribuir para a garantir a segurança desses profissionais.
De acordo com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), os acidentes envolvendo garis na capital são constantes. Os profissionais acabam se ferindo com objetos cortantes e pontiagudos, como cacos de vidro, lâminas, pedaços de espelho, latas de alimentos em conserva, espetos de churrasco, lâmpadas fluorescentes e seringas hospitalares usadas. Nesse último caso, por haver risco de contaminação, o gari fica seis meses afastado do trabalho, em tratamento, e quem perde é a própria população.
“Não tem como a gente evitar os riscos. A todo instante, a gente está na rua e pode acontecer um imprevisto, tanto pegando o lixo dos moradores como também riscos no trânsito”, disse Carlos Santos, que cortou a perna com um pedaço de espelho quebrado que colocaram em um saco preto. “No que eu peguei o saco e saí correndo atrás do caminhão, ele bateu na minha perna e me cortou. Levei dez pontos”, conta o gari.
Ele também afirma que foi atropelado por uma moto e, há poucos dias, cortou um dedo da mão e levou cinco pontos. “Fui perfurado duas vezes com seringas hospitalares colocadas em sacos de lixo. Não colocam as seringas da maneira correta, dentro de garrafas, mas numa sacola, de qualquer maneira”.
Os garis chegam a atingir velocidade de 7 km/h correndo atrás dos caminhões em movimento para depositar o lixo. “É preciso a cooperação dos outros motoristas no trânsito. Infelizmente, muitos reagem com impaciência, não levando em consideração a importância do trabalho realizado pelos garis”, informou a SLU.
Muitos colegas de equipe de Santos também sofreram acidentes. “Um deles foi puxar o lixo e veio uma madeira e bateu no rosto dele. Quase furou o olho. Outro trabalhava comigo à noite e perdeu praticamente todos os dentes quando correu e bateu a boca num fio esticado pela Cemig”, disse.
HIV. Em alguns casos, os garis feridos com seringas são obrigados a tomar coquetel anti-HIV. Muitos não informam acidentes de trabalho com medo de perder o emprego.
Responsáveis. A segurança dos profissionais da limpeza da capital é de responsabilidade da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), de empresas terceirizadas e da própria população, segundo o órgão.
Proteção. As empresas terceirizadas são obrigadas a oferecer equipamentos de proteção individual, como luvas, calçado e vestimenta.
Caminhões. Mais de 200 caminhões de lixo cruzam diariamente a cidade de Belo Horizonte. Em 2018, a SLU recolheu mais de 680 mil toneladas de rejeitos nas residências e comércio da capital.
Cheiro forte de dejetos incomoda só os outros
Com o passar do tempo, Santos disse não se incomodar tanto com o cheiro forte do lixo. “Agora, para minha esposa, quando eu chego em casa, o cheiro já a incomoda bastante. Quando entramos no ônibus, voltando do trabalho, ficamos até sem graça de sentar perto do pessoal. Mesmo quando tem assento disponível, preferimos ficar em pé, perto da porta, para não incomodar as pessoas”, disse.
O gari conta, ainda, que eles são vítimas de preconceito e de brincadeiras, mas que isso tem diminuído com o tempo. “Hoje, quem conversa mais com a gente são as pessoas mais experientes, que sabem que o nosso trabalho é sofrido. Quem mexe mais com a gente são esses meninos de escola, que passam e chamam a gente de ‘cheiroso’”, comentou Santos.
Na segunda e na terça-feiras, como há lixo acumulado do fim de semana, ele conta que pega serviço às 8h e só termina a coleta às 18h, recolhendo de 25 t a 30 t de resíduos por dia.
Funcionário que se acidenta com seringa é afastado
O gari que se acidenta com seringa descartável, que pode estar contaminada, é encaminhado para o serviço de saúde e fica seis meses afastado do trabalho para tomar uma série de medicações e vacinas.
De acordo com a chefe do departamento de políticas sociais e mobilização da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Ana Paula da Costa Assunção, os acidentes mais comuns são com cacos de vidro e seringas. “São feitas campanhas orientando a população sobre o correto acondicionamento dos resíduos”, disse, lembrando que os garis recebem equipamentos de proteção individual. “A luva não consegue garantir totalmente a segurança, principalmente quando se trata de seringas e vidro”, alertou.
Como condicionar o lixo corretamente
1 - Acondicione vidros e itens pontiagudos ou cortantes em garrafas PET lacradas ou em embalagens longa vida;
2 - Pressione as tampas das latas de alumínio para dentro antes de descartá-las;
3 - Quebre espetinhos de churrasco e, se possível, vede-os em
caixas de sapato;
4 - Não jogue fora líquidos no lixo comum, principalmente os tóxicos e ácidos;
5 - Descarte lâmpadas fluorescentes somente em locais apropriados, como lojas que as recebem;
6 - Informe que há vidros no saco de lixo ou entregue a embalagem
nas mãos do gari;
7 - Evite jornal para envolver materiais cortantes;
8 - Use sacos de lixo reforçados para que não se rompam e espalhem materiais nas ruas;
9 - Quem faz uso de insulina deve guardar as agulhas usadas em
garrafas, que devem ser lacradas antes do descarte;
10 - Coloque garrafas de vidro intactas ‘em pé’ em uma caixa de papelão ou as descarte em pontos de coleta seletiva.
| O Tempo | | | |
Pontas de cigarro poluem mais que canudos e sacolas plásticas. Os dados vêm de um novo relatório da NBC News, segundo o qual, tudo isso acontece porque apesar da lei e da promessa de altas multas, poucos são os que se preocupam com as consequências.
Quantas vezes você já ouviu falar sobre a possibilidade de reciclar filtros de cigarro? Provavelmente pouco ou nunca, pois não há regulamentação precisa sobre o descarte do cigarro.
Enquanto que com os canudos e as sacolinhas plásticas muitos governos e empresas começaram a adotar uma filosofia mais verde e bani-los, com relação às bitucas, tem muita coisa ainda a ser feita.
Uma bituca parece demasiado pequena para poluir tanto?!
De acordo com o novo relatório da NBC News, em primeiro lugar entre os poluentes e resíduos produzidos pelos seres humanos, e que a cada ano acabam indo parar nos mares e oceanos, estão propriamente as bitucas de cigarro. A maioria dos 5,6 trilhões de cigarros produzidos por ano tem um filtro feito de acetato de celulose que leva mais de dez anos para se decompor.
Imagine, portanto, o que acontece nas nossas belas praias onde as pontas de cigarro são enterradas.
De acordo com dados coletados pelo Cigarette Butt Pollution Project cerca de dois terços destes filtros são jogados na rua ou nas praias. Os filtros são não-biodegradáveis e acabam poluindo à enésima potência.
A organização ambientalista Ocean Conservacy que financia a limpeza de praias, revela que em 32 anos, 60 milhões de bitucas foram encontradas e estas poderiam destruir ecossistemas marinhos e a vida aquática em geral poluindo rios, córregos e vias navegáveis.
É impossível saber quantos cigarros foram descartados na natureza, mas muitos restos são encontrados nos estômagos dos pássaros, peixes e tartarugas e são uma das principais causas de morte destes animais. O problema, no entanto, parece não afetar muito os fumantes que continuam adotando um comportamento errado.
Se pouco ou nada pode ser feito para impedir as pessoas de fumarem porque, cada um cuida (ou descuida) de si, com o projeto Cigarette Butt Pollution, fundado pelo professor de Saúde Pública da Universidade Estadual de San Diego, Thomas Novotny, em parceria com um grupo de advogados ambientalistas, busca-se proibir a produção e comercialização destes filtros não-biodegradáveis mas, por enquanto, apenas prevalecem os conflitos de interesses entre os lobbies que se colocam no mercado.
Veja as imagens de uma campanha de conscientização promovida pela Universidade do Texas em 2009 para nos fazer refletir sobre a poluição causada pelo cigarro. Os anos passam e as imagens continuam a ser tão atuais.
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