| 31 de janeiro de 2020
Sexta-feira
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Em 31/01/2020
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| | | | | O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,9 ponto em janeiro ante dezembro, para 98,0 pontos, o maior nível desde março de 2014, informou nesta sexta-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 1,2 ponto, no sétimo mês consecutivo de crescimento.
"Após a terceira alta consecutiva, a confiança empresarial atinge o maior nível desde antes da recessão de 2014-2016. Nos últimos meses, o ICE tem sido impulsionado pelo setor da construção e pela melhora das expectativas em relação ao futuro, com destaque para a retomada do otimismo em relação a novas contratações", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
"Apesar da tendência favorável, o nível ainda baixo do índice que mede a percepção sobre a situação presente dos negócios mostra que a economia ainda precisa avançar para chegar a uma situação que possa ser avaliada pelo meio empresarial como sendo de normalidade'", completou Campelo Júnior.
Em janeiro, o Índice de Situação Atual (ISA-E) caiu 0,5 ponto, para 93,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,7 ponto, para 100,9 pontos.
Entre os componentes do ICE, houve melhora na confiança da Indústria, Comércio e Construção em janeiro. O resultado dos Serviços ficou praticamente estável (-0,1 ponto). A confiança da Indústria retornou ao nível de neutralidade ao subir pela terceira vez consecutiva, desta vez em 1,5 ponto. A confiança do Comércio subiu 1,2 ponto, influenciado pela melhora das expectativas. A confiança da Construção, que vem crescendo desde junho de 2019, atingiu 94,2 pontos, o maior nível desde maio de 2014 (94,6 pontos).
Em médias móveis trimestrais, todos os setores mantiveram a tendência ascendente, segundo a FGV. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.384 empresas dos quatro setores entre os dias 2 e 27 de janeiro.
| Bem Paraná | | | | Sondagens das Federações do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul mostram demanda melhor e estoques reduzidos
Sondagens das Federações do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul mostram demanda melhor e estoques reduzidos
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), pesquisa mensal elaborada pelas Federações de Indústrias do Sul apontam para tendência positiva. O indicador geral somou 68,9 pontos entre os empresários paranaense – mesmo resultado de dezembro passado, porém, com diferença na composição. O ICEI varia de zero a cem pontos e quando está acima de 50, sugere confiança.
O indicador é formado pelo índice de condições, que avalia a economia e as empresas com relação aos últimos seis meses, e pelo de expectativas, que mede os mesmos parâmetros nos seis meses futuros. Em janeiro, o índice de condições obteve 63,1 pontos. Uma queda de seis décimos com relação ao valor obtido em dezembro, que ficou em 63,7.Mas a média foi compensada pelo indicador de expectativas, que chegou a 71,8 pontos, contra 71,5 registrados em dezembro.
Na avaliação do economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, algumas medidas adotadas pelo governo contribuíram para que confiança do industrial venha se mantendo alta nos últimos meses. “A liberação de saque do FTGS no segundo semestre, as sucessivas quedas da Selic, que já atingiu o menor patamar da história e pode ser reduzida ainda mais este ano, somada à aprovação da lei de liberdade econômica e ao controle da inflação, que fechou o ano dentro dos patamares previstos pelo governo, contribuíram para criar um ambiente de negócios mais favorável em 2020”, justifica.
Já o ICEI catarinense registrou 68,2 pontos em janeiro. O resultado está levemente abaixo do registrado no mesmo mês de 2019 (68,5 pontos), informa pesquisa do Observatório Fiesc. O resultado positivo do primeiro mês do ano foi influenciado pela melhora da percepção das condições atuais da economia e das expectativas futuras.
O desempenho de Santa Catarina está em linha com o resultado nacional, que no período foi de 65,3 pontos, o maior valor desde junho de 2010. Dos componentes do ICEI catarinense, o indicador de condições atuais cresceu 2,1 pontos, totalizando 63,2 pontos. O indicador de expectativas também apresentou melhoras com o aumento de 2,6 pontos, passando de 68,1 pontos para 70,7 pontos no mês de janeiro. Isso indica uma retomada nas perspectivas em relação às economias catarinense e brasileira.
A Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, divulgada pela Fiergs, também revela otimismo. Os empresários gaúchos apresentaram, em dezembro, um cenário menos adverso para o setor no final do ano, projetando uma retomada ainda no primeiro semestre de 2020. As razões para esta expectativa positiva foram baixos níveis de estoques, melhores condições financeiras e menores dificuldades de acesso ao crédito, mesmo com os recuos na produção, no emprego e na Utilização da Capacidade Instalada (UCI).
“Apesar da queda da produção em dezembro, algo que já era esperado por conta da sazonalidade, todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses aumentaram entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, sinalizando otimismo entre os empresários”, avalia Gilberto Petry, presidente da entidade.
O índice de produção alcançou 42,4 pontos em dezembro, o que, abaixo dos 50 pontos, denota queda ante novembro. Típica do último mês do ano, mesmo assim a redução em 2019 foi a menos intensa desde 2010. O recuo do emprego, da mesma forma, foi menos acentuado do que o padrão histórico do período. O índice ficou em 48,8 pontos, o maior valor para o mês da série desde 2011.
Mesmo que o grau médio da UCI também tenha caído de 74% para 68% entre novembro e dezembro, mostrou uma utilização superior à média histórica (67,1%). Os empresários gaúchos avaliaram que a empresa operou abaixo do nível usual para o mês: o índice de UCI em relação a usual foi de 45,5 pontos, menor do que os 49,6 de novembro.
Um bom indício apontado pela Sondagem Industrial é dado pelo indicador de estoques de produtos finais em relação ao planejado. Atingiu 47,9 pontos, mostrando que ficaram abaixo do previsto pelas empresas. Apesar de comum para o mês, é um dado importante, pois evidencia que a demanda foi acima da esperada e, ao mesmo tempo, sugere alta da produção para recompor os pedidos. Valores acima de 50 pontos indicam que os estoques estão acima do planejado.
Quanto ao futuro, todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses permaneceram acima dos 50 pontos (perspectivas de alta) e cresceram entre dezembro e janeiro. Os empresários gaúchos esperam aumento de demanda (61,1 pontos), inclusive da externa (55,4). Nesse cenário, as empresas projetam aumentar o emprego (55,4), assim como as compras de matérias-primas (59) e os investimentos: a intenção de investir ficou em 57,9 pontos, muito acima da média histórica, de 49,2.
| Revista Amanhã (publicado em 30-01-2020) | | | | Medida revoga valores de dezembro que reajustava o mínimo de R$ 998 para R$ 1.039
O governo publicou nesta sexta-feira (31) a MP (medida provisória) que estabelece, a partir de fevereiro, o salário mínimo em R$ 1.045.
O valor havia sido anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 14 de janeiro, para recompor integralmente a inflação. Com a nova MP, Bolsonaro revogou uma medida de dezembro que reajustava o mínimo de R$ 998 para R$ 1.039.
O valor estipulado no final do ano passado representava uma correção de 3,86% —abaixo da inflação oficial.
O impacto fiscal do novo aumento foi estimado em R$ 2,13 bilhões. Isso porque o governo paga benefícios previdenciários e assistenciais que são vinculados ao salário mínimo.
Até 2019, vigorava uma lei que definia a política de reajuste do salário mínimo no Brasil. Pela regra, nos anos em que a inflação oficial ficasse maior do que a estimativa do governo, essa diferença seria incorporada no cálculo do reajuste do ano seguinte.
Neste ano, porém, essa regra não tem mais validade. Em governo anteriores, houve incentivo de reajustes acima do índice de preços.
O governo Bolsonaro em 2019 interrompeu uma política pública que permitiu 25 anos de ganhos reais aos trabalhadores. Ou seja, com aumentos que consideravam a inflação mais o crescimento da economia.
Essa política de ganho real implementada informalmente em 1994, por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), logo após a adoção do Plano Real. As gestões petistas oficializaram a medida.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabeleceu a fórmula de reajuste pela inflação medida pelo INPC mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Dilma Rousseff (PT) transformou a regra em lei.
Michel Temer (MDB), que governou durante a recessão, não mudou a legislação.
| Folha de S.Paulo | | | | O esforço do governo federal para conter os gastos fez com que o setor público brasileiro registrasse em 2019 o menor déficit primário em cinco anos, desde 2014. Ainda assim, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo Banco Central, o rombo somou R$ 61,872 bilhões em 2019, no sexto ano consecutivo de resultados negativos.
Com o déficit menor, a dívida bruta brasileira caiu de 76,5% no fim de 2018 para 75,8% do Produto Interno Bruto (PIB) agora. Este é o menor porcentual para a dívida bruta desde abril de 2018, quando estava em 75,4%.
O resultado primário reflete a relação entre receitas e despesas do setor público, sem levar em conta o pagamento dos juros da dívida pública. Sempre que ocorre um déficit primário – como vem sendo verificado desde 2014 -, o governo é obrigado a emitir títulos públicos para cobrir o rombo, o que eleva a dívida.
Apesar do rombo primário deste ano, outros fatores contribuíram para a redução da dívida no ano passado como proporção do PIB. Entre eles estão as devoluções antecipadas de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional, as vendas de ativos e desestatizações e a venda de reservas internacionais pelo Banco Central, em operações para conter a volatilidade cambial.
Apesar de negativo, o resultado de 2019 ficou dentro do parâmetro perseguido pelo governo, de déficit de até R$ 132,0 bilhões para o setor público.
Nos últimos anos, o principal fator para a ocorrência de déficits tem sido a Previdência Social. Em 2019, as despesas com aposentadorias e pensões superaram as receitas em R$ 213,179 bilhões – acima dos R$ 195,197 bilhões de 2018.
O valor acabou por superar, inclusive, a economia feita pelo governo federal no ano passado (superávit de R$ 124,877 bilhões). Estados e municípios registraram superávit primário de R$ 15,196 bilhões em 2019, enquanto empresas estatais tiveram resultado positivo de R$ 11,831 bilhões.
Em função das dificuldades para fechar as contas, o governo de Jair Bolsonaro elegeu a reforma da Previdência como prioridade no primeiro ano de mandato. O texto com as novas regras para aposentadorias foi aprovado no Congresso e sancionado por Bolsonaro no ano passado, mas os efeitos sobre as contas públicas serão percebidos mais diretamente nos próximos anos.
Na última quarta-feira, durante entrevista à imprensa em Brasília, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que o ajuste fiscal ainda está em curso. “Não dá para vestir roupa de carnaval”, alertou. Pelos cálculos do governo, o País registrará superávits apenas a partir de 2022.
Dívida
Neste cenário, a Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal e os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – interrompeu em 2019 a escalada vista nos últimos anos. Depois de fechar 2018 em 76,5% do PIB, a dívida bruta encerrou 2019 em 75,8%.
No melhor momento da história, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
O resultado de 2019 veio melhor até que a projeção mais otimista feita pelo Tesouro Nacional. Em dezembro, a equipe econômica revisou as estimativas para o patamar da dívida bruta considerando três cenários. Para um déficit primário de R$ 114,9 bilhões do Governo Central em 2019, a dívida bruta encerraria o ano em 77,3% do PIB. Para um rombo de R$ 80 bilhões no Governo Central, o patamar de dívida ainda seria de 76,9% do PIB. Já um cenário com déficit de R$ 60 bilhões no Governo Central levaria a dívida a 76,6% do PIB.
Porém, mesmo com um déficit primário de R$ 95,065 bilhões no Governo Central em 2019 (resultado que não inclui governos regionais e estatais), a dívida bruta recuou para 75,8% do PIB ao fim do ano passado.
O porcentual da dívida em relação ao PIB é uma das principais preocupações do governo e dos analistas econômicos. Isso porque a relação é referência para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil. Numa situação limite, um porcentual muito alto pode gerar uma fuga de investimentos do País.
Ao avaliar os números, o Banco Central tem ressaltado que a dívida bruta cairá de forma consistente quando o governo conseguir transformar os resultados primários em superávits. A reforma da Previdência foi um passo importante para isso, mas a aceleração da economia também poderá contribuir para a redução da dívida.
Juros
Além de a dívida bruta ter encerrado 2019 em patamar mais elevado, o setor público pagou menos juros. Os dados do BC mostram que, no ano passado, as despesas com juros somaram R$ 367,282 bilhões, o que representa uma queda, em termos nominais, de 3,14% em relação ao verificado em 2018.
Os gastos do setor público com o pagamento dos juros da dívida recuaram nos últimos quatro anos, desde 2016. Este movimento coincide com o ciclo mais recente de cortes da Selic (a taxa básica de juros), iniciado em outubro de 2016. Desde então, a Selic recuou de 14,25% para 4,50% ao ano – o menor valor da história.
Como cerca de um terço da dívida pública brasileira é indexado à Selic, o recuo da taxa básica nos últimos anos permitiu que as despesas com juros do setor público também caíssem. No ano passado, o pagamento de juros representou o equivalente a 5,06% do PIB – abaixo dos 5,50% de 2018 e dos 6,09% de 2017.
| Tribuna PR | | | | Trabalho informal atinge maior contingente desde 2016, com 41,4% da população ocupada
O desemprego no Brasil caiu para 11% no último trimestre de 2019, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (31).
Essa é a menor taxa do trimestre terminado em dezembro desde 2015, quando atingiu 8,9%, segundo os dados do IBGE.
O resultado coincide com a expectativa dos economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam que a taxa desemprego atingisse 11%.
Marcado pelo Natal e início do verão, o país tinha 11,6 milhões de pessoas que buscavam emprego no último trimestre do ano --número 7,1% menor em relação ao trimestre anterior, o equivalente a 883 mil pessoas.
O índice de desemprego caiu tanto na comparação com o trimestre encerrado em setembro quanto ante o período de outubro a dezembro de 2018.
A média anual de desemprego ficou em 11,9%, um recuo comparado ao ano anterior, quando ficou com 12,3%. "Porém, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos", disse o IBGE.
Foram 12,6 milhões de desocupados em média no ano de 2019, um recuo de 1,7%, ou 215 mil pessoas a menos, em relação a 2018.
O trabalho informal atingiu seu maior contingente desde 2016 no Brasil, com 41,4% da população ocupada, ou o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, apesar da estabilidade com relação ao ano anterior, 2018.
“Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acréscimo de um milhão de pessoas”, disse Adriana Beringuy, analista da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Em dezembro, número de trabalhadores com carteira assinada registrou 33,7 milhões, um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior, enquanto o número de trabalhadores por conta própria ficou em 24,6 milhões, 782 mil pessoas (3,3%) a mais do que o fim de 2018.
“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, o que não ocorria desde o início da série, em 2012. Mas, ainda que o crescimento no quarto trimestre seja um dos maiores da série, ainda é cerca de 3 milhões inferior ao recorde da série, de 2014, com 36,7 milhões”, disse a analista Adriana Beringuy.
A categoria dos empregados sem carteira assinada ficou em 11,9 milhões, estável em relação ao trimestre anterior, mas com acréscimo de 367 mil pessoas (3,2%) na comparação com o mesmo período de 2018.
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi o grupo de atividade que teve maior aumento no contingente de ocupados na comparação com o trimestre anterior, com acréscimo de 376 mil pessoas (2,1%).
Por outro lado, houve redução de 178 mil pessoas (2,1%) no grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
Já na comparação com o último trimestre de 2018, o maior aumento de pessoas ocupadas foi na indústria, com 388 mil (3,3%) trabalhadores a mais. Alojamento e alimentação foi o que teve maior crescimento percentual, com 5,2%, ou 282 mil pessoas.
| Folha de S.Paulo | | | | Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE, mostra que, apesar do aumento de 1,8 milhão de vagas no ano passado, informalidade disparou
A Pnad Contínua divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que aumentou em 4,1% o número de trabalhadores por conta própria em relação a 2018. São agora 24,2 milhões de pessoas nessa situação, o maior nível já registrado pelo índice, apurado desde 2012.
Só em 2019, 958 mil pessoas decidiram trabalhar por conta própria. O mais preocupante no dado é o fato de que, dos 24,2 milhões nessa situação no total, 19,3 milhões não têm CNPJ (registro da empresa) e ajudam a engordar os altos números de informais no Brasil.
Com informalidade, emprego doméstico bate recorde no país
O trabalho duro dos que não têm trabalho
Confiança empresarial sobe 0,9 ponto em janeiro e vai a 98 pontos, revela FGV
A informalidade – que considera trabalhadores e, domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e empregado familiar auxiliar – atingiu 41,1% da população economicamente ativa, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016.
Essas pessoas, ainda que não sejam formais, foram essenciais para elevar a criação de 1,8 milhão de vagas em 2019. Houve também uma melhora na quantidade de trabalhadores com carteira assinada, com a expansão de 1,1% e novos 356 mil postos de trabalho — revertendo a queda registrada de 2015 e 2018.
O Brasil conta com 11,6 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, exceto empregados domésticos, uma expansão de 4% em relação a 2018 e o mais alto patamar já alcançado.
“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, com expansão de 1,8%, o que não ocorria desde o início da série, em 2012. Mas, ainda que o crescimento no quarto trimestre seja um dos maiores da série, o quantitativo de 33,7 milhões, ainda é cerca de 3 milhões inferior ao recorde da série, alcançado em 2014, quando foram registrados 36,7 milhões”, destaca analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.
| R7 | | | | O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,65% em dezembro, informou nesta sexta-feira, 31, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de novembro foi revista de uma elevação de 0,91% para 0,88%.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado de dezembro, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 5,19% no ano de 2019.
Considerando apenas a indústria extrativa, houve recuo de 2,52% em dezembro, após a alta de 4,86% registrada em novembro. No ano de 2019, houve elevação de 13,59%.
Já a indústria de transformação registrou aumento de 0,80% em dezembro, ante avanço de 0,69% no IPP de novembro. Em 2019, os preços subiram 4,83%
| Tribuna PR | | | | Índice, usado para reajuste de aluguel, teve alta de 0,48 em janeiro
O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), usado no reajuste dos contratos de aluguel, acumula taxa de inflação de 7,81% em 12 meses. Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), a taxa é superior aos 6,74% registrados em janeiro do ano passado.
O IGP-M teve inflação de 0,48% em janeiro deste ano, taxa inferior aos 2,09% em dezembro de 2019. A queda da taxa de dezembro para janeiro foi puxada pelos preços no atacado e no varejo.
O resultado informado pela FGV nesta quinta-feira (30) ficou abaixo do esperado em pesquisa da agência de notícias Reuters com economistas, de alta de 0,54%.
A fundação informou que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, desacelerou a alta a 0,50% em janeiro, ante 2,84% em dezembro.
O movimento teve como destaque o grupo Matérias Primas Brutas, que deixou para trás alta de 5,03% para subir 0,26% em janeiro, sentindo o impacto da queda de 5,83% dos preços dos bovinos após avanço de 19,57% em dezembro.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% sobre o índice geral, avançou 0,52% no período, após alta de 0,84% no mês anterior.
A desaceleração no avanço dos preços de Alimentação, de 2,36% para 1,22%, foi o principal motivo para o arrefecimento do IPC, e foi marcada pela queda acentuada na taxa de variação das carnes bovinas, que subiram 1,95% em janeiro depois de dispararem 18,03% no mês anterior.
Já o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) subiu 0,26% em janeiro, após alta de 0,14% anteriormente.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 30-01-2020) | | | | Prazo é válido para novas empresas ou para quem foi excluído no ano passado e quer voltar a fazer parte desse regime de tributação que simplifica o pagamento de impostos.
Termina nesta sexta-feira (31) o prazo para empresas pedirem a adesão ao Simples Nacional, regime que simplifica o pagamentos de impostos e oferece um tratamento tributário diferenciado para micro e empresas de pequeno porte.
O prazo vale tanto para empresários interessados em aderir ao regime pela primeira vez como também para empresas que foram excluídas do Simples Nacional em 2019 e desejam voltar a optar por esse regime tributário.
A solicitação de adesão é feita somente pela página do Simples Nacional.
De acordo com dados da Receita Federal, atualmente são 14,1 milhões de empresas enquadradas no Simples.
Em setembro do ano passado, 506 mil empresas foram excluídas do Simples em razão de dívidas com o Fisco ou irregularidades. A empresa que foi excluída pode solicitar nova opção ao Simples Nacional desde que regularize seus débitos, incluindo dívidas previdenciárias, até o final de janeiro.
Segundo a Receita, até terça-feira (21), o número de novas solicitações de adesão ao Simples somavam 435,5 mil, e os pedidos deferidos até a data somavam 119,7 mil.
No momento da solicitação também são verificadas eventuais pendências com os entes federados (União, estado, Distrito Federal e municípios) que impeçam o ingresso no Simples.
Vale lembrar que para novas empresas, o prazo para a solicitação de opção é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal, ou estadual), desde que não tenham decorridos 180 dias da data de abertura constante do CNPJ (para empresas abertas até 31/12/2019) ou 60 dias (para empresas abertas a partir de 01/01/2020).
"Quando deferida, a opção produz efeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte, produzindo efeitos a partir de então", explica a Receita.
Para as empresas que já são tributadas no Simples, a renovação é automática, não sendo necessário fazer nova opção a cada ano.
Empresas que optarem pelo Simples Nacional têm até 31 para confirmar a opção
Entenda o Simples
O Simples Nacional é um regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de impostos que unifica oito impostos municipais, estaduais e federais em uma só guia de pagamento. O modelo foi criado em 2007 visando desburocratizar o pagamento de impostos e incentivar o micro e pequeno empresário.
Veja perguntas e respostas no site da Receita Federal
O Simples representa atualmente a maior renúncia fiscal do país, representando um valor de quase R$ 90 bilhões por ano.
Atualmente, para ser enquadrada no regime, o faturamento da empresa não pode ser superior a R$ 4,8 milhões por ano. Para microempresas , o limite é de R$ 360 mil ao ano. Já para os inscritos no MEI (microempreendedor individual), cuja adesão pode ser feita em qualquer data, o teto de receita anual é de R$ 81 mil.
O Sebrae estima que a redução da carga tributária pode chegar a até 80%, além de isenção de diversas contribuições. Quanto menor a empresa, maior o benefício.
Para algumas empresas, entretanto, a opção pode não ser vantajosa, podendo representar aumento da carga tributária, apesar da simplificação do pagamento. Por isso é sempre importante comparar e fazer simulações.
Quem não pode aderir?
- Não podem aderir ao Simples a empresa que, entre outros:
- tenha outra pessoa jurídica como acionista;
- participe do capital de outra pessoa jurídica;
- seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior;
- tenha um dos acionistas com participação em qualquer outra empresa de fins lucrativos, considerando que a soma da receita bruta dessas empresas ultrapasse R$ 4,8 milhões;
- tenha sócio que more no exterior;
- constituída sob a forma de sociedade por ações;
- constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
- exerça atividades relacionadas a energia elétrica, importação de combustíveis, automóveis e motocicletas, transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, crédito, financiamento, corretagem, câmbio, investimento, cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool, cessão ou locação de mão-de-obra, loteamento e incorporação de imóveis, locação de imóveis próprios;
- possua débito, ainda exigido, com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal;
- esteja sem inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.
| G1 | | | | Quem perder o prazo pode fazer a adesão, mas só passará a receber a parcela anual do FGTS no ano que vem. Saque-aniversário não tem relação com o saque imediato de até R$ 500 e R$ 998, cujo pagamento vai até o dia 31 de março.
Nascidos em janeiro têm até o fim do mês para solicitar o saque do FGTS
Termina nesta sexta-feira (31) o prazo para adesão ao saque-aniversário para trabalhadores nascidos em janeiro que querem receber um percentual do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ainda neste ano. Quem perder o prazo pode fazer a adesão, mas só passará a receber a parcela anual do FGTS no ano que vem.
Saiba tudo sobre a liberação dos saques do FGTS
Os demais beneficiários nascidos em outros meses deverão informar sua escolha até o fim do mês de seu aniversário para receber no mesmo ano de adesão.
O saque-aniversário começa em abril deste ano. Por essa modalidade, o trabalhador poderá fazer uma retirada por ano de parte do valor das contas do Fundo de Garantia de acordo com o mês em que nasceu.
Veja calendário abaixo:
Nascidos em janeiro e fevereiro – saques de abril a junho de 2020;
Nascidos em março e abril – saques de maio a julho de 2020;
Nascidos em maio e junho – saques de junho a agosto de 2020;
Nascidos em julho – saques de julho a setembro de 2020;
Nascidos em agosto – saques de agosto a outubro de 2020;
Nascidos em setembro – saques de setembro a novembro de 2020;
Nascidos em outubro – saques de outubro a dezembro de 2020;
Nascidos em novembro – saques de novembro de 2020 a janeiro de 2021;
Nascidos em dezembro – saques dezembro de 2020 a fevereiro de 2021;
A partir de 2021, o saque ocorrerá no mês do aniversário do trabalhador.
Até o dia 14 de janeiro, cerca de 1,8 milhão de pessoas haviam aderido ao saque-aniversário - a adesão começou no dia 1º de outubro do ano passado.
O saque-aniversário não tem relação com o saque imediato de até R$ 500 e R$ 998, cujo pagamento vai até o dia 31 de março – veja mais detalhes abaixo.
O saque-aniversário só valerá para o trabalhador que comunicar à Caixa que quer receber os valores anualmente. Do contrário, ele só poderá sacar o FGTS nas situações previstas em lei, entre elas compra da casa própria, aposentadoria e demissão sem justa causa – veja aqui todas as situações.
O trabalhador que optar pelo saque-aniversário continuará a ter direito à multa de 40% em caso de demissão, mas perderá o direito ao saque-rescisão, isto é, não poderá retirar o saldo total de sua conta do FGTS ao ser demitido.
Ao optar pelo saque-aniversário, o trabalhador deverá escolher a data em que deseja que o valor seja disponibilizado: no 1º ou no 10º dia do mês de seu aniversário. A diferença é que, ao optar pelo 10º dia, a base de cálculo do valor a receber será acrescida de juros e atualização monetária do mês de saque.
Os valores ficam disponíveis para saque por um período de três meses, a contar do primeiro dia útil do mês de nascimento. Por exemplo: se a data de aniversário for dia 10 de março, o trabalhador terá de 1º de março até o último dia útil de maio para efetuar o saque. Caso o trabalhador não saque esse recurso, ele volta automaticamente para a sua conta no FGTS.
Em caso de arrependimento, o trabalhador poderá retornar ao saque-rescisão. Mas a migração só ocorrerá dois anos após a data da adesão ao saque-aniversário. Assim, se ele aderir nesta quarta-feira, ele poderá retornar ao saque-rescisão em 15 de janeiro de 2022 e terá direito aos valores depositados na conta no FGTS a partir do fim do período de carência da migração (do 25º mês em diante).
Se o trabalhador for demitido enquanto está retirando o saque anual, a conta se torna inativa – o trabalhador não poderá sacar todos os recursos da conta referente àquele emprego, somente o valor da multa rescisória de 40% sobre o valor total da conta. Ou seja, o saque do valor total só será liberado de forma imediata para o trabalhador que for demitido se ele não aderir ao modelo de saque anual.
Além disso, se o trabalhador estiver no saque-aniversário e for demitido poderá continuar sacando os valores do FGTS anualmente. E, se optar pelo saque-aniversário, continuará tendo direito à retirada o saldo do FGTS para a casa própria, em caso de doenças graves, de aposentadoria e de falecimento do titular e para as demais hipóteses previstas em lei para o saque.
Quem preferir ficar no saque-rescisão e ter direito a sacar o saldo integral em caso de demissão não precisa fazer nada.
Como aderir ao saque
O banco disponibilizou os canais de atendimento para que o trabalhador com conta do FGTS, ativa ou inativa, realize a opção. Eles são os seguintes:
APP FGTS (o aplicativo é o Caixa FGTS e está disponível tanto para aparelhos com sistema Android quanto aqueles com iOS)
Página do site da Caixa
Site da Caixa permite simular valor e aderir ao saque-aniversário; saiba como fazer
Quem tem conta poupança ou conta corrente na Caixa ou em qualquer outro banco pode solicitar o crédito em conta.
Limites de retirada
Nos saques anuais do FGTS haverá limite de retirada. O valor do saque anual será um percentual do saldo da conta do trabalhador. Para contas com até R$ 500, será liberado 50% do saldo, percentual que vai se reduzindo quanto maior for o valor em conta. Para as contas com mais de R$ 500, os saques serão acrescidos de uma parcela fixa. Portanto, os cotistas com saldo menor poderão sacar anualmente percentuais maiores.
Por exemplo: quem tem R$ 750,00 na conta recebe 40% de R$ 750, que são R$ 300, mais a alíquota adicional de R$ 50, totalizando R$ 350. Quem tem R$ 25.000 na conta recebe 5% de R$ 25.000, que dá R$ 1.250, mais a alíquota adicional de R$ 2.900, que dá o total de R$ 4.150. Quem tem R$ 100.000 recebe 5% de R$ 100.000, que dá R$ 5.000, mais a alíquota adicional de R$ 2.900, que dá o total de R$ 7.900,00. À medida que os saques vão sendo feitos, o saldo diminui, aumentando o valor que pode ser sacado.
Saque imediato
Os saques imediatos de até R$ 500 e R$ 998 devem ser feitos até o 31 de março. A Caixa Econômica Federal informou que 57,9 milhões dos 96 milhões de trabalhadores fizeram os saques. Além disso, foram pagos R$ 26,9 bilhões do total de R$ 42,6 bilhões liberados. Ou seja, 60,3% dos trabalhadores sacaram 63,1% dos recursos. Do total de beneficiários que já fizeram a retirada, 68% (39,4 milhões) tiveram R$ 17 bilhões (63% do total) creditados em conta da Caixa.
Saque imediato do FGTS: tire suas dúvidas
Os pagamentos começaram em setembro para os correntistas da Caixa, que tiveram o crédito automático em conta, e em outubro para não correntistas. O pagamento seguiu um cronograma de acordo com o aniversário do trabalhador. gora, com o fim desse calendário, quem ainda não sacou o dinheiro, independente do mês em que nasceu, tem até o dia 31 de março para fazer a retirada.
O valor sacado será de até R$ 500 por conta vinculada de titularidade do trabalhador, limitado ao valor do saldo tanto das contas ativas como inativas, para as contas que, em 24 de julho deste ano, tinham mais de R$ 998.
Por exemplo: se ele tiver duas contas, uma com saldo de R$ 1.000 e outra com saldo de R$ 2.000, ele poderá sacar R$ 500 de cada uma delas. Se tiver R$ 70 na conta, poderá retirar o valor total.
Para as contas que na mesma data tinham até R$ 998, será possível fazer o saque do valor total.
Essa liberação abrange contas vinculadas do FGTS que ainda estão recebendo depósitos do empregador atual e também de empregos anteriores, as chamadas contas inativas.
Os correntistas da Caixa que não quiserem fazer a retirada - o dinheiro cai automaticamente na conta poupança - têm até o dia 30 de abril de 2020 para informar ao banco que preferem manter o dinheiro no Fundo de Garantia. Nesse caso, mesmo que o crédito tenha sido feito na conta, a Caixa tem até 60 dias para retornar os valores para a conta vinculada de FGTS.
Caso o saque não seja feito até o dia 31 de março, os valores retornam para as contas do FGTS, com a devida atualização monetária e juros correspondentes ao período em que estiveram disponíveis para saque.
O saque imediato não impede o direito do trabalhador ao saque do FGTS por motivo de rescisão contratual nem tira o direito a receber a multa dos 40% sobre o valor, bem como não impede o saque para as demais modalidades como aposentadoria, aquisição da casa própria e doença grave.
| G1 | | | | Depois de o dólar ter fechado a R$ 4,2574 – maior valor desde 27 de novembro – e estar acumulando alta de 6,12% neste mês, o Banco Central anunciou na noite desta quinta-feira, 30, a rolagem do vencimento de linha de 4 de abril, com leilão nesta sexta-feira de até US$ 3 bilhões.
A operação ocorre neste último dia útil do mês, quando o mercado tradicionalmente tem a disputa técnica em torno da definição da última taxa Ptax de janeiro. A Ptax será divulgada depois das 13h e será usada na Segunda-feira (3) para a liquidação do dólar de fevereiro e os ajuste de contratos cambiais, de swap cambial e balanços corporativos.
Um operador do mercado de câmbio disse que não é usual o Banco Central fazer qualquer tipo de leilão em dia de disputa técnica para formação da taxa Ptax de fim de mês. “Leilão de linha não é usual em dia de disputa de ptax. Não é normal”, comentou a fonte. “Não entendi o comportamento do BC porque o fluxo cambial no mês está negativo e o valor total do vencimento é de US$ 3,350 bilhões em 4 de fevereiro, mas o BC vai rolar apenas US$ 3 bi, pouco mais de 90%.
O impacto é zero na taxa de câmbio porque é rolagem. O BC deve ter tido alguma percepção de fluxo de entrada nas sessões anteriores para ter deixado para anunciar tão em cima da hora o leilão para hoje”, avalia. “O efeito pratico é zero no cambio, não funciona como venda de dólar”, afirma o mesmo profissional.
Para o diretor-superintendente da Correparti, Jefferson Rugik, a rolagem do vencimento de linha não interfere na taxa do dólar, mas ajuda a melhorar o dólar casado e a intenção do BC é só dar um recado ao mercado de que está de olho nos negócios e, se precisar, vai vender dólar no mercado à vista.
Na noite de Quarta-feira, 29, o BC anunciou que, a partir da próxima segunda-feira, dará início à rolagem integral dos contratos de swap cambial com vencimento em 1º de abril de 2020. Estão previstos o vencimento de 234.585 contratos nessa data, num montante equivalente a US$ 11,7 bilhões. Para o leilão de segunda, o BC informou que serão ofertados até 13 mil contratos (US$ 650 milhões), para os vencimentos de 3 de agosto de 2020, 1º de outubro de 2020 e 1º de dezembro de 2020. A oferta será das 11h30 às 11h40.
O fluxo cambial fica ainda no radar. A Eletrobras confirmou nesta quinta-feira uma captação de US$ 1,25 bilhão com títulos de dívida no exterior, conforme antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
No exterior, o dólar tem viés de alta ante euro, iene e libra e sobe também em relação a divisas emergentes ligadas a commodities, com retomada da aversão a risco com o coronavírus. Na quinta-feira houve um alívio no fim do dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a questão do coronavírus como situação de emergência global, mas se posicionar contra a adoção de restrições a comércio ou viagens.
“A moeda americana segue forte porque a atividade manufatureira da China veio em linha com as projeções e não mostrou crescimento e, principalmente, o Coronavírus que leva os investidores a saírem das moedas emergentes ligadas às commodities e vão buscar a segurança no dólar americano”, avalia Rugik.
| Tribuna PR | | | | No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia em valorização de 0,90%, vendida a R$ 4,2574.
Coronavírus continua impactando Bolsas asiáticas; entenda o mercado
O dólar opera em alta nesta sexta-feira (31), de olho nos desdobramentos dos riscos relacionados ao coronavírus e seu possível impacto econômico na China.
Às 14h, a moeda norte-americana subia 0,55%, vendida a R$ 4,2807. Veja mais cotações. Na máxima do dia, o dólar atingiu R$ 4,2857 – maior valor intradia já registrado (em valores nominais, sem considerar a inflação).
No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia em valorização de 0,90%, vendida a R$ 4,2574. O recorde histórico foi alcançado no dia 27 de novembro do ano passado, quando o dólar fechou a R$ 4,2584. No ano, a moeda já acumula alta de 5,22%.
Coronavírus
Em todo o mundo, investidores temem as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo, o que tem impulsionado o dólar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira que a epidemia de coronavírus na China agora constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O número de mortos pelo vírus já passa de 200 em 21 países. A China continua sendo o mais afetado.
O que se sabe e o que ainda é dúvida sobre o coronavírus
O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, uma vez que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China.
Os mercados emergentes, como o Brasil, sofrem mais porque são grandes exportadores de commodities, principalmente minério de ferro. Com a expectativa de revisão para baixo da demanda chinesa por esses produtos, a perspectiva é de que entre menos dólar nesses países, e por isso a procura pela moeda aumenta, e o preço sobe", explicou Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora à Reuters.
Segundo Velloni, caso o cenário na China fique mais positivo em função de algum fato novo, como uma possível vacina para o vírus, o câmbio pode rapidamente voltar a um patamar mais baixo. "Em momentos de crise o pessoal precifica muito mais alto. E depois o mercado volta à racionalidade", afirmou.
| G1 | | | | Pensionistas reagem judicialmente contra o fundo; discussão é nova polêmica no plano que tenta cobrir rombo atribuído a corrupção e má gestão
Na contramão da atual tendência, que é de esvaziamento dos sindicatos, um grupo de pensionistas do Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, quer garantir que tenham os seus direitos defendidos em todas as instâncias pelos sindicatos de petroleiros. Esse grupo contesta na Justiça uma manobra da presidência do Petros que obrigou sindicatos a assinarem termos se comprometendo a não judicializar um novo plano de equacionamento do PPSP (Plano Petros do Sistema Petrobras).
O novo plano, elaborado pelo Petros, recebeu contribuições dos sindicatos e busca equacionar rombos de 2015 e 2018. O plano em vigor foi feito para cobrir déficit superior a R$ 28 bilhões no fundo referente a rombos entre 2013 e 2015.
O plano atual, considerado draconiano e difícil de cumprir, foi questionado na Justiça pelos sindicatos da categoria. Até outubro de 2018, diferentes entidades conseguiram 31 liminares para não efetuar os pagamentos extraordinários previstos no plano.
“Em alguns casos, o contribuinte que já pagava, por exemplo, R$ 1.000, passou a ter de pagar R$ 3.000 de contribuição extraordinária”, diz o advogado Fabio Gentile, representante do grupo que move a ação na Justiça.
Segundo o sindicalista Adaedson Costa, secretário-geral da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) cerca de 60% dos pensionistas deixaram de fazer suas contribuições extraordinárias amparados nas liminares.
Costa credita boa parte do déficit à má gestão e a possíveis atos de corrupção no Petros investigados pela operação Greenfield.
Em outubro de 2019, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) cassou as liminares, e o plano passou a ser cumprido.
A atual gestão da Petros apresentou uma nova proposta que, segundo os sindicatos, exigiria menor contribuição da maioria dos pensionistas. Em troca, reduziria o valor de aposentadorias e pensões pagos a eles.
Como condição para levar adiante as negociações do plano, no entanto, o presidente do Petros, Bruno Dias, teria exigido dos sindicatos a assinatura de um termo por meio do qual as entidades se comprometem a não propor ações coletivas contra um eventual novo plano de equacionamento.
O termo fala em “obrigação de não discutir na esfera judicial e administrativa os termos da proposta”.
Para Gentile, o documento, que foi assinado por todos os sindicatos da categoria, é ilegal.
“O sindicato tem o dever de representar os interesses da categoria. Se se assina um termo assim, por mais que individualmente os filiados possam ir a juízo, perde-se a grande força da ação coletiva via sindicato ou pelo menos confere à Petros um argumento que fatalmente estenderá muito qualquer medida judicial até que se decida ser ou não cabível”, afirma.
“O plano do Bruno Dias é mais equilibrado que o que está em vigor e foi feito com contribuições sindicais. A assinatura dos termos de compromisso foi uma condicionante para que se seguisse adiante, foi dito que era uma questão da patrocinadora [Petrobras]”, afirma Costa, que também é diretor do Sindipetro do Litoral Paulista, última das entidades da categoria a assinar o compromisso.
Na primeira assembleia feita pela entidade sobre o tema, em 3 de dezembro, os trabalhadores recusaram a exigência da Petros por 111 a 109. A entidade, então, voltou a votar o tema no dia 22 de janeiro, quando a proposta foi aprovada por 431 a 140.
Segundo Costa, o documento “pode perder objeto [ser desconsiderado] em decisão judicial futura, mas era o que estava sendo imposto pela Petros”.
Para Antonio de Freitas Júnior, professor de direito do trabalho da USP, a exigência da Petros não tem validade legal.
“É mais uma pressão política e moral, mas a rigor, se o sindicato quiser entrar na Justiça depois contra o novo plano, pode. Não é o termo que diz que ele renuncia à litigância que retira esse direito”, afirma.
Procurada, a Petros afirmou em nota que “vem trabalhando para a implementação de um novo modelo de equacionamento dos déficits de 2015 e 2018 com o objetivo de reduzir o impacto financeiro das contribuições extraordinárias no orçamento mensal dos participantes”.
“Devido à importância deste tema e em busca de um consenso sobre o novo plano, a construção desta alternativa tem sido marcada por um amplo debate da Petros com as entidades representativas dos participantes”, diz em nota.
Segundo o fundo, o “compromisso se refere apenas a ações coletivas conduzidas por entidades representativas. O direito constitucional de cada participante de acionar a Justiça não está em questão.”
| Folha de S. Paulo ( publicado em 30-01-2020) | | | | Após sucessivos adiamentos, começa a valer nesta sexta-feira (31) o prazo para uso obrigatório da placa do Mercosul em veículos de todos os estados.
A data está de acordo com o que estipula a Resolução nº 780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado, que determina a adoção do novo modelo de placas de identificação veicular (PIV) a partir de 31 de janeiro de 2020. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que não aderir ao novo padrão, não conseguirá emplacar novos veículos.
A nova placa será obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira.
Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.
O novo modelo apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode levar por mais de 100 anos.
Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para carros de passeio, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prata para veículos de colecionadores.
Todas as placas deverão ter ainda um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade.
"O novo emplacamento seguirá a lógica da livre concorrência, não havendo definição de preços por parte do governo federal. Na prática, os Detrans estaduais vão credenciar empresas capacitadas para não só produzir as placas como também vendê-las ao consumidor final. Portanto, o proprietário do veículo poderá buscar o valor mais em conta na hora de adquirir o item", informou o ministério.
Desde que foi decidida a adoção da placa do Mercosul, a implantação no registro foi adiada seis vezes. A decisão foi anunciada em 2014, e a medida deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Disputas judiciais levaram ao adiamento da adoção da placa para 2017. Mais prazo foi dado para que os órgãos estaduais de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas.
As novas placas já são usadas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Dos 26 estados brasileiros, já aderiram ao modelo Mercosul o Acre; o Amazonas; a Bahia; o Espírito Santo; a Paraíba; o Paraná; o Piauí; o Rio de Janeiro; Rondônia; o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.
"Atualmente são quase 5 milhões de veículos emplacados com a nova PIV. O governo federal estima que, até o fim de 2023, o Brasil já esteja com quase toda sua frota circulando com a nova placa", informou a assessoria do Ministério da Infraestrutura.
| Bem Paraná | | | |
Órgão de defesa do consumidor quer solução para o Brasil, já que clientes dos EUA serão indenizados
A solução adotada pela Ford nos Estados Unidos, de indenizar proprietários de Fiesta e Focus equipados com câmbio Powershift, levou o Procon-SP a notificar a divisão brasileira da montadora. O órgão de defesa do consumidor quer saber que tipo de medida a Ford vai adotar no Brasil, já que, nos Estados Unidos, ela está firmando acordo para encerrar processo aberto por proprietários dos dois modelos mediante pagamento de indenizações no valor total de US$ 30 milhões.
No Brasil, além desses dois carros, o EcoSport também utilizou a transmissão Powershift, que em vez de um conversor de toque utiliza um sistema de dupla embreagem. Em 2015, o Procon de Minas Gerais instaurou investigação por queixas recorrentes de consumidores de EcoSport, Fiesta e Focus sobre barulho, trepidação, superaquecimento, falhas nas trocas da marcha, perda de força e consumo elevado de combustível. Nos Estados Unidos, já em 2017, havia 7 mil proprietários processando a montadora.
Caso a Ford aplique acordo semelhante no Brasil, terá de informar quais veículos estarão sujeitos à condição, como se dará a convocação e que procedimentos deverão ser observados pelos proprietários de veículos que ainda possam apresentar problemas com o câmbio. A empresa foi notificada na quarta-feira, 29, e tem 72 horas a contar do dia 30, para responder ao Procon.
| Automotive Business | | | | Unidade será a sexta da empresa no Brasil, com produção dedicada a modelos Jeep e Fiat
A fabricante de chicotes automotivos Yazaki Mercosul vai construir uma nova fábrica na cidade de Bonito (PE). O investimento previsto é de R$ 60 milhões. A unidade terá 21 mil metros quadrados de área construída. Será a décima no Mercosul e a sexta no Brasil.
Irá atender à demanda da FCA Fiat Chrysler de Goiana, também em Pernambuco, onde são produzidos os Jeep Compass e Renegade e a picape Fiat Toro. A inauguração da Yazaki está prevista para janeiro do ano que vem, gerando cerca de 1,6 mil empregos diretos. A capacidade instalada será de mil chicotes por dia.
“Com a nova fábrica, a Yazaki colocará em prática conceitos modernos de produção e inovações visando à indústria 4.0”, afirma o presidente da empresa para o Mercosul, Lázaro Figueiredo.
O executivo promete uma fábrica com produção enxuta e alto nível de padronização. A cidade de Bonito está a cerca de 100 quilômetros de Pernambuco. As outras unidades da Yazaki no Brasil estão em Nossa Senhora do Socorro (SE), Matozinhos (MG), Tatuí (SP), Irati e Santo Antônio da Platina (PR). A empresa também mantém escritórios nos Estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Paraná.
| Automotive Business ( publicado em 30-01-2020) | | | | Mas crise na Argentina prejudicou resultado na América Latina
Em 2019 Toyota conseguiu manter a regularidade de seu crescimento e comemorou novo recorde de vendas no Brasil, pelo segundo ano consecutivo. Com 215,7 mil carros emplacados no País no ano passado no ano passado, a alta foi de 7,8% sobre o recorde anterior de 2018. O crescimento foi rigorosamente igual à média do mercado brasileiro de veículos leves, suficiente para manter a participação no País de 8,1% e fazer a Toyota subir do sétimo para o sexto lugar no ranking das marcas mais vendidas.
Mas o resultado no Brasil não foi suficiente para compensar totalmente o naufrágio do mercado argentino. Com isso, pelo primeiro ano foi interrompido o ciclo de crescimento contínuo iniciado em 2013, quando foi criada a divisão América Latina da companhia japonesa. Em 2019 a Toyota vendeu 407 mil carros nos 40 países que integram a região, em queda de 7,7% em relação ao pico de 441 mil de 2018.
“Nossas vendas, produção e rede vêm crescendo nos 40 países da região. Os volumes avançaram 37% (de 2012 a 2018) desde que criamos a divisão, mostrando que foi uma decisão acertada. Vamos continuar fortalecendo nossas operações, avançando passo a passo”, comentou Masahiro Inoue, CEO da Toyota América Latina.
Massa, como é conhecido, substituiu em abril passado o americano Steve St. Angelo, que inaugurou em 2013 o posto de comando da recém-criada Toyota América Latina e Caribe (TALC). Ele já tinha passado pelo Brasil entre 2011 e 2013 e até o ano passado ficava na sediado no Japão, onde era o vice-chefe executivo responsável pela região latino-americana da empresa. “Lá eu era o único executivo da companhia que fala português”, diz.
Foi uma escolha natural, que acabou aumentando a independência da divisão. Em julho, todas as 45 pessoas que trabalhavam em Tóquio na equipe comercial para a América Latina foram transferidas para um novo escritório regional em Buenos Aires, na Argentina. “O Brasil continuará sendo a casa matriz da engenharia para a divisão”, explica Massa.
NO BRASIL, MERCADO EM ALTA E PRODUÇÃO EM BAIXA
A pronunciada crise econômica na Argentina também puxou para baixo a produção das fábricas brasileiras da Toyota, especialmente em Sorocaba (SP) onde em junho foi necessário encerrar o terceiro turno de trabalho iniciado meses antes, com a demissão 740 pessoas e outras 100 na planta de motores de Porto Feliz (SP).
A Toyota produz as famílias hatch e sedã do Etios e Yaris em Sorocaba o sedã médio Corolla em Indaiatuba. As duas plantas do interior paulista produziram 188 mil carros em 2019, em queda de 10% sobre o recorde de 209 mil de 2018.
“A situação na Argentina interrompeu nossos planos de expansão da produção, tivemos de encerrar o terceiro turno em Sorocaba. Mas felizmente conseguimos manter o bom resultado no Brasil, onde este ano esperamos crescer novamente na mesma proporção do mercado”, disse Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
Não foi de todo ruim. A produção de 188 mil carros no Brasil está bastante próxima da capacidade máxima instalada das duas fábricas brasileiras com trabalho em dois turnos – como ocorre agora.
Indaiatuba, que tem potencial para 70 mil unidades/ano, recebeu investimentos de R$ 1 bilhão para produzir a nova geração do Corolla sobre a moderna plataforma TNGA. O novo sedã lançado em setembro passado continua a ser o carro mais vendido da Toyota no País e lidera o segmento de sedãs médios com larga vantagem sobre o segundo colocado Honda Civic.
A inédita versão híbrida com motor flex do Corolla, mesmo sendo mais cara, é um sucesso instantâneo: a empresa esperava que representasse não mais do que 15% das vendas do modelo, mas o porcentual chega a 40%, o que formou fila de espera de quatro meses, hoje reduzida para um mês. Como motorização e transmissão do Corolla híbrido são importados, de início houve falta dos componentes para produzir o carro.
“O problema é que a procura por nossas versões híbridas aumentou muito no mundo todo e precisamos batalhar para trazer mais para cá”, explica Chang. “Até na Colômbia, para onde começamos a enviar o novo Corolla, a procura pelo híbrido nos surpreendeu. Mas estamos conseguindo aos poucos normalizar as entregas.”
Em Sorocaba, a produção também está próxima da capacidade de 108 mil carros/ano em dois turnos. Houve redução na procura pelos Etios hatch e sedã, que somaram 32,2 mil unidades vendidas no País, em forte retração de 34% sobre o ano anterior. Mas o movimento acabou sendo compensado pelo primeiro ano inteiro de vendas dos Yaris hatch e sedã, que com 67,4 mil emplacamentos em 2019 venderam o dobro de 2018, quando as duas versões foram lançadas já no meio do ano.
A fábrica deverá acelerar o ritmo em 2021, quando será consolidado o investimento em curso de R$ 1 bilhão anunciado em setembro passado para a produção de um novo carro em Sorocaba. A Toyota não confirma qual será o modelo, mas fontes de mercado dão como certa a fabricação do primeiro SUV nacional da Toyota, construído sobre a plataforma TNGA, a mesma do novo Corolla.
| Automotive Business ( publicado em 30-01-2020) | | | | Construção da planta deve começar em março, com inauguração prevista para 2021
A fabricante norte-americana de eixos e outros componentes automotivos para veículos comerciais Meritor anunciou nesta quinta-feira (30) um investimento de R$ 200 milhões para construir uma nova fábrica em Roseira (SP).
A fábrica será a terceira da companhia no país. A marca também possui uma unidade em Osasco, na Grande São Paulo. A Meritor também participa de um consórcio de fornecedores da Volkswagen Caminhões e Ônibus em Resende (RJ). A construção da nova fábrica deve começar em março e deve durar cerca de 13 meses, com inauguração em abril de 2021.
"O projeto já deveria ter sido lançado, mas em função da recessão enorme do Brasil ele ficou dormente um tempo....Em Osasco, quando construímos em 1956 não tinha nada em volta do terreno, mas hoje estamos no meio da cidade", afirmou o diretor geral da Meritor no Brasil, Adalberto Momi", explicando que a unidade de Osasco não será fechada.
Com sede em Michigan, a Meritor fabrica sistemas integrados, módulos e componentes para fabricantes de equipamentos nos segmentos de transportes e industrial. A companhia atende produtores de caminhões, reboques, ônibus, e a área de defesa.
A companhia tem como rivais diretas no país American Axle e Dana
Executivos da Meritor afirmaram que a nova unidade fabril marca um dos maiores investimentos do grupo nos últimos 10 anos no mundo, mas não comentaram sobre capacidade de produção. A fábrica em Roseira ficará encarregada da produção de componentes desenvolvidos com novas tecnologias, como eixos para caminhões elétricos, enquanto a unidade de Osasco continuará abastecendo o mercado nacional com produtos para motorizações convencionais.
"Estamos nos preparando para o mercado que virá nos próximos anos", disse Momi, citando como exemplo que a cervejaria Ambev fez em 2018 uma das maiores encomendas de caminhões elétricos do mundo, 1.600 unidades, para a Volkswagen Caminhões e Ônibus para entrega até 2023.
O anúncio veio depois de um ano em que as vendas de caminhões no Brasil cresceram 33%, para 101,3 mil unidades, mantendo continuação no movimento de recuperação após a crise em que o setor viu os licenciamentos desabarem para o patamar de 50 mil unidades em 2016. Para 2020, a expectativa da associação de montadoras, Anfavea, é que os emplacamentos de veículos pesados no Brasil subam cerca de 17%, para 143 mil unidades.
| Folha de S. Paulo ( publicado em 30-01-2020) | | | |
Perspectiva para 2021 também é otimista em razão da abertura da nova fábrica
A Meritor espera crescer 15% no Brasil em 2020, segundo o diretor de vendas e marketing da companhia para a América do Sul, Kleber Assanti. O executivo concedeu entrevista durante anúncio de uma nova fábrica de R$ 200 milhões em Roseira (SP).
“Em 2021 há a possibilidade de crescer acima do mercado, já que poderemos atender a novas demandas, com produtos que ainda não temos no Brasil”, afirma Assanti.
A empresa fornece eixos para todas as montadoras de veículos pesados instaladas no Brasil, exceto Scania. Registrou alta de 16% em vendas no País em 2019. O faturamento mundial somou US$ 4 bilhões, resultando em alta de 25%. O crescimento foi puxado sobretudo pelos Estados Unidos.
| Automotive Business ( publicado em 30-01-2020) | | | | Unidade será erguida em Roseira com capacidade para produzir 8 mil eixos/mês
A fabricante de eixos Meritor vai construir uma nova fábrica em Roseira (SP), cidade do Vale do Paraíba a 162 quilômetros da capital paulista. A unidade será erguida em um terreno de 160 mil metros quadrados com investimento de R$ 200 milhões, um dos maiores feitos em fábrica pela companhia nas duas últimas décadas. A área construída será de 30 mil m². A capacidade produtiva inicial será de 2 mil eixos/mês, podendo chegar a 8 mil/mês. A inauguração está prevista para abril de 2021.
“A fábrica vai gerar entre 200 e 250 novos empregos. O Vale do Paraíba tem várias escolas técnicas. Faremos parcerias com elas e com universidades”, afirma a diretora de recursos humanos, Nathalia Molina.
A equipe de produção, segundo Nathalia, será formada somente por pessoas da região. “Haverá uma unidade avançada para formação de mão de obra em parceria com a prefeitura de Roseira. Os treinamentos terão início no segundo semestre de 2019”, afirma.
A decisão pela nova fábrica se deu pela impossibilidade de ampliar a produção na planta de Osasco (SP), erguida no meio do nada em 1956. De lá para cá a cidade cresceu à sua volta, criando dificuldades logísticas.
A produção de Osasco, no entanto, será mantida. Segundo o diretor geral da companhia, Adalberto Momi, a nova fábrica terá como foco produtos ainda não fabricados no Brasil, como eixos para veículos elétricos e para veículos 4x4 e fora de estrada. Osasco manterá em linha os produtos tradicionais, os eixos de tração para veículos de carga.
“Esse projeto [da nova fábrica] existia há muito tempo, mas acabou adiado por causa da crise econômica e do setor de veículos comerciais, que só voltou a crescer realmente em 2019”, diz Momi.
A escolha de Roseira teve a orientação da Investe São Paulo (agência de fomento do Estado) e ocorreu também pelo fato de a cidade estar mais ou menos na metade do caminho entre Osasco e Resende (RJ), onde a Meritor monta e fornece componentes para a Volkswagen Caminhões e Ônibus. Também está relativamente próxima a Minas Gerais, aos portos do Rio de Janeiro e São Sebastião (SP).
A nova unidade receberá um sistema eficiente de climatização, iluminação 100% por LEDs e terá sistema de tratamento de efluentes nos padrões já adotados pela empresa tanto em Osasco como em Resende. A utilização de conceitos da indústria 4.0 permitirá a conexão com toda a empresa e seus fornecedores.
Além de fábrica de Osasco (722 funcionários) e de sua estrutura em Resende (outros 200), a Meritor produz componentes em Caxias do Sul (RS) em joint venture com a Randon (875 colaboradores) e mantém um centro de distribuição de peças em Barueri (SP, 22 funcionários).
Roseira é próxima a Guaratinguetá e vizinha dos municípios paulistas de Taubaté, Aparecida e Pindamonhangaba.
| Automotive Business ( publicado em 30-01-2020) | | | |
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