| 19 de fevereiro de 2020
Quarta-feira
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Em 19/02/2020
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| | | | | Apesar da queda em relação a janeiro, o ICEI está 10 pontos acima da média histórica. Pesquisa mensal, da CNI, foi feita com 2.393 indústrias de todo o país
Depois de três altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 0,5 ponto percentual em relação a janeiro e ficou em 64,8 pontos em fevereiro. Mesmo assim, o indicador está 10 pontos acima da média histórica e é 0,3 ponto maior do que o registrado em fevereiro de 2019, informa a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (19), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
“A confiança permanece elevada. Isso significa que os empresários continuam dispostos a aumentar a produção, as contratações e os investimentos”, observa o economista da CNI Marcelo Azevedo.
A queda na confiança é resultado da redução da percepção sobre as condições atuais e das estimativas para os próximos seis meses sobre as condições da economia e das empresas.
O índice geral de condições atuais das empresas e da economia diminuiu 0,6 ponto frente a janeiro e ficou em 58,4 pontos neste mês. O índice de expectativas para os próximos seis meses recuou 0,5 ponto e ficou em 67,9 pontos. Azevedo destaca que a queda na confiança se deve mais à mudança da percepção dos empresários com relação às condições atuais e futuras da economia brasileira do que sobre as próprias empresas.
“Enquanto os índices relacionados à empresa, seja relativo à avaliação das condições atuais seja às expectativas, recuaram menos de meio ponto entre janeiro e fevereiro, os índices relacionados à economia brasileira registraram quedas de mais de um ponto. Cabe ressaltar, no entanto, que todos os indicadores continuam acima da linha divisória dos 50 pontos, o que mostra percepção de melhora nas condições atuais e nas expectativas, das empresas e da economia”, afirma o economista.
Confiança aumentou nas pequenas empresas e diminuiu nas grandes
De acordo com a pesquisa, a confiança aumentou levemente nas pequenas empresas e diminuiu nas médias e nas grandes. Em fevereiro frente a janeiro, o ICEI caiu 0,5 ponto nas indústrias de médio porte. Nas grandes, a queda foi de 0,9 ponto. Nas pequenas, o aumento foi de 0,2 ponto na comparação mensal. Mesmo com a queda mais acentuada, a confiança ainda é maior nas grandes empresas, segmento em que o ICEI foi de 65,5 pontos neste mês, acima da média nacional.
Além disso, a pesquisa mostra que a confiança aumentou 0,9 ponto e passou para 65,5 pontos entre os empresários da região Centro-Oeste. Nas demais regiões, o indicador recuou. No Sudeste, a queda foi de 0,9 ponto e o ICEI ficou em 63,7 pontos em fevereiro. No Nordeste, a retração foi de 0,7 ponto e o indicador caiu para 63,8 pontos.
Esta edição do ICEI foi feita entre 3 e 12 de fevereiro com 2.393 empresas. Dessas, 931 são pequenas, 875 são médias e 587 são de grande porte.
| CNI | | | | O ICEI recuou 0,5 ponto entre janeiro e fevereiro de 2020, de 65,3 pontos para 64,8 pontos.
O recuo interrompe sequência de três meses consecutivos de crescimento. O ICEI de fevereiro de 2020 encontra-se 10 pontos acima da média histórica e 0,3 ponto acima do registrado em fevereiro de 2019.
| CNI | | | | Empresas participantes do Brasil Mais serão capacitadas pelo Sebrae ou pelo Senai para melhorar a capacidade de gestão e de produção.
O governo federal lançou um programa com objetivo de aumentar a produtividade de micro, pequenas e médias empresas que atuam nos setores de comércio, serviços e indústria. Trata-se do Brasil Mais, uma versão ampliada do Brasil Mais Produtivo, lançado em fase piloto em abril de 2016. O decreto que institui o programa foi assinado nesta terça-feira (18) pelo presidente Jair Bolsonaro.
As empresas participantes serão capacitadas pelo Sebrae ou pelo Senai sobre metodologias e ferramentas de baixo custo voltadas para melhorar a capacidade de gestão e de produção, para reduzir o desperdício e para aprimorar processos de produção e atendimento em um cenário de transformação digital. A previsão é atender 200 mil pequenos negócios até 2022.
O lançamento do programa Brasil Mais previa uma cerimônia no Palácio do Planalto, mas o evento foi cancelado em cima da hora, quando empresários e integrantes do Sistema S já formavam fila para entrar no Planalto. Segundo o porta-voz da presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, Bolsonaro precisou se reunir com ministros para finalizar a proposta de reforma administrativa a ser enviada ao Congresso. O presidente acabou por assinar o decreto nesta reunião, a portas fechadas.
Segundo o material de divulgação do programa, o objetivo é fazer com que as pequenas empresas consigam reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e melhorar processos e custos. O governo também espera que as empresas adotem uma gestão baseada em indicadores e, assim, melhorem seu posicionamento no mercado e aumentem suas vendas.
O programa terá investimento em torno de R$ 1 bilhão, segundo informou Rêgo Barros. Será o segundo maior programa do mundo destinado a aumentar a produtividade de micro, pequenas e médias empresas, ainda de acordo com o porta-voz.
Quem pode participar
Poderão participar do programa Brasil Mais indústrias que tenham de 11 a 499 funcionários. Elas serão capacitadas por consultores do Senai. Parte do programa será realizado em grupos de seis a oito empresas e parte com consultorias individuais especializadas. A metodologia empregada será a da manufatura enxuta. Serão 1,3 mil consultores atuando em todo território nacional, além de professores e tutores dos cursos de capacitação, online e presenciais, e equipes de suporte.
Já as micro e pequenas empresas que atuam nos setores de comércio e serviços serão capacitadas pela equipe do Sebrae. O órgão vai oferecer orientação técnica e consultorias individuais para que os clientes aperfeiçoem habilidades e práticas gerenciais. Serão 1,1 mil agentes atuando em todo o Brasil em parceria com o CNPq. Podem participar os negócios que têm uma receita bruta de até R$ 4,8 milhões.
Para participar do programa, as empresas interessadas devem se cadastrar por meio do portal https://brasilmais.economia.gov.br/. No cadastro, as empresas precisam responder a um questionário. Esse questionário avaliará o grau de maturidade, de produtividade e de gestão. Somente empresas que atendem aos requisitos de setor e de funcionários/receita serão classificadas. Uma vez aprovada, a empresa será encaminhada para o atendimento assistido de um dos parceiros do Brasil Mais: Sebrae ou Senai.
Custo do Brasil Mais
O programa será custeado pelo Sebrae, Senai e pelas empresas participantes. A capacitação terá duração de três a seis meses e a taxa de participação vai variar conforme cada tipo de empresa e também se a empresa participará de todas as fases ou não.
Na fase 1 do eixo de Melhores Práticas Produtivas, as empresas pagarão uma taxa de R$ 2,4 mil, que é o custo de 16 horas de consultoria individual. Na fase da digitalização, o custo será de R$ 6 mil, correspondentes a 40 horas de consultorias oferecidas pelo Senai, acrescidos dos custos dos sensores e do sistema de monitoramento on-line, a ser definido. No eixo de Melhores Práticas Gerenciais, o atendimento, prestado pelo Sebrae, terá como contrapartida das empresas cerca de R$ 1,2 mil, valor que pode variar de acordo com o tipo de consultoria necessário para cada empresa.
| Gazeta do Povo ( publicado em 18-02-2020) | | | |
Meta é atender 200 mil empreendimentos até 2022 com soluções de baixo custo para a melhoria de práticas produtivas e de gestão. SENAI vai prestar consultoria e treinamento em 46,8 mil indústrias
O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou, nesta terça-feira (18/3), decreto de criação do programa Brasil Mais. Coordenado pelo Ministério da Economia, o Brasil Mais será gerido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A execução caberá ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O Brasil Mais tem o objetivo de aumentar a eficiência das empresas e ampliar a produtividade e a competitividade do setor produtivo brasileiro em uma jornada de transformação digital. A meta é atender 200 mil micros, pequenos e médios empreendimentos da indústria, do comércio e de serviços de todo o território nacional, até 2022. O programa reúne metodologias e ferramentas de baixo custo voltadas para melhorar a capacidade de gestão e de produção, reduzir desperdícios e aprimorar processos, em um cenário de transformação digital.
“O Brasil Mais tem como principal objetivo apoiar empresas da indústria, comércio e serviços, de todo o território nacional, para que elas consigam obter ganhos na produtividade e se tornem mais competitivas”, afirma o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.
“Acreditamos que o programa estimulará o aumento dos investimentos necessários à tão desejada retomada do desenvolvimento econômico e social do país, viabilizando a geração de mais e melhores empregos para os brasileiros”, afirma Andrade.
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, afirmou que “o programa Brasil Mais foi desenhado, em parceria e usando a experiência e estrutura do SENAI, Sebrae e ABDI, para promover uma grande transformação no tecido produtivo brasileiro, a partir do desenvolvimento das capacidades gerenciais mais críticas para ganhos de produtividade”.
Para participar do programa, as empresas devem se cadastrar por meio do portal gov.br/brasilmais, responder a um questionário para avaliar o grau de maturidade, de produtividade e de gestão. Depois dessa etapa, a companhia será encaminhada para o atendimento assistido de um dos parceiros do Brasil Mais: Sebrae ou SENAI.
“Ao promover a melhoria de processos produtivos e de gestão, o Brasil Mais vai contribuir para iniciar a jornada de transformação digital do setor produtivo, favorecendo o aumento de produtividade das empresas e a competitividade do país”, disse o presidente da ABDI, Igor Calvet. A ABDI terá a missão de administrar a plataforma do programa e realizar a gestão de dados, “o que contribuirá para o monitoramento dos resultados do programa e a formulação de ações futuras voltadas para micro, pequenas e médias empresas”, segundo Calvet.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, “o aumento da produtividade brasileira passa necessariamente pela micro e pequena empresa, que representa 99% dos negócios do país. Acreditamos que o Brasil Mais será a porta de entrada para disseminar melhorias gerenciais e inovações tecnológicas de modo a aumentar a participação dos pequenos negócios no PIB, de 27% para 40% na próxima década”.
SENAI e Sebrae executarão o programa
Parceiros estratégicos da iniciativa, SENAI e Sebrae serão responsáveis pelos atendimentos às empresas e pela aplicação das metodologias, divididas em dois eixos: Melhores Práticas Produtivas (SENAI) e Melhores Práticas Gerenciais (Sebrae). O SENAI contribuirá para a melhoria de processos produtivos dos clientes de indústrias.
A instituição atenderá estabelecimentos que variam de 11 a 499 funcionários. Fará a capacitação profissional, promovendo o aprendizado coletivo em grupos de seis a oito empresas, e conduzirá consultorias especializadas em práticas e tecnologias que potencializem os resultados da produção, com base nas metodologias de manufatura enxuta. Serão 1,3 mil consultores atuando em todo território nacional, além de professores e tutores dos cursos de capacitação, online e presenciais, e equipes de suporte.
O Sebrae atenderá micros e pequenas empresas, prioritariamente, de comércio e serviços. O órgão vai oferecer orientação técnica e consultorias individuais, para que os clientes aperfeiçoem habilidades e práticas gerenciais. Após um diagnóstico aprofundado da gestão da firma, será desenhado um plano de ação customizado contemplando um pacote de consultorias especializadas em gestão e inovação para cada empresa assistida pelo Brasil Mais.
O parceiro disponibilizará 1,1 mil Agentes Locais de Inovação (ALI) em parceria com o CNPq, que terão a função de acompanhar as empresas de forma individualizada, além de centenas de consultores que realizarão atendimentos especializados. As micros e pequenas empresas que optarem por esse eixo deverão ter receita bruta de até R$ 4,8 milhões.
Brasil Mais será dividido em etapas
A primeira etapa dessa jornada do programa Brasil Mais é a otimização. O objetivo é que as empresas atendidas consigam reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e melhorar processos e custos. A partir da intervenção, espera-se que as empresas adotem uma gestão baseada em indicadores e, assim, melhorem seu posicionamento no mercado e aumentem suas vendas. Para isso, a iniciativa capacitará os clientes e fornecerá agentes locais de inovação que farão acompanhamento técnico e ajudarão os empreendedores na escolha de melhores práticas produtivas e gerenciais.
Batizada de transformação digital, a segunda etapa tem como objetivo o suporte às empresas, para aperfeiçoar processos produtivos e gerenciais a partir da adoção de tecnologias digitais adequadas à realidade dos empreendimentos. Por fim, para as empresas que tiverem maturidade avançada, o programa prevê uma terceira fase dedicada a acelerar a adoção de tecnologias de Indústria 4.0. Para essa última fase, em 2020, serão realizados projetos pilotos com o objetivo de testar a metodologia proposta.
Após a validação desse processo, o método será aplicado em um número maior de empresas. A iniciativa vai oferecer, além dos atendimentos e orientações, conteúdo digital composto por Manuais de Melhores Práticas Produtivas e Gerenciais, podcasts, e-books, acesso a links de cursos de capacitação e até ferramentas de autodiagnóstico, que auxiliam gestores a compreenderem a maturidade das empresas segundo um modo de produção, gerência e adoção de ferramentas digitais.
Programa acompanhará empresas por até seis meses
O Brasil Mais vai atender indústria, comércio e serviços. A parte dos atendimentos assistidos das empresas deve durar de três a seis meses. Os parceiros estratégicos custearão o programa junto com as empresas.
Na fase 1 do eixo de Melhores Práticas Produtivas, as empresas pagarão uma taxa de R$ 2,4 mil, que é o custo de 16 horas de consultoria individual. Na fase da digitalização, a contrapartida das empresas será de R$ 6 mil, correspondentes a 40 horas de consultorias oferecidas pelo SENAI, acrescidos dos custos dos sensores e do sistema de monitoramento on-line, a ser definido.
No eixo de Melhores Práticas Gerenciais, o atendimento, prestado pelo Sebrae, terá como contrapartida das empresas cerca de R$ 1.200, podendo variar de acordo com o tipo de consultoria necessário para cada empresa. O objetivo é que, com a melhoria dos processos de gerenciamento e produção, as empresas atendidas recuperem o valor investido em poucos meses.
Resultados devem incluir melhorias na gestão, no planejamento e na liderança
O programa Brasil Mais será executado até dezembro de 2022. Os resultados do projeto e suas vantagens continuarão a produzir benefícios às empresas atendidas. Como legado do programa, espera-se que os empresários aprimorem sua visão sobre a liderança, a gestão e os processos produtivos de sua empresa, além de melhorar a capacidade de planejar nos curto e longo prazos, identificar oportunidades de investimentos e adotar uma cultura de melhoria contínua.
| CNI (publicado em 18-02-2020) | | | | O “Programa Brasil Mais”, anunciado nesta terça-feira (18) pelo governo federal, receberá investimento de cerca de R$ 1 bilhão, afirmou o porta-voz da presidência da República, Otávio Rêgo Barros.
Tendo como meta o aumento da eficiência das empresas, o programa foi dividido em quatro linhas: uma focada em otimização, envolvendo 200 mil empresas; outra, voltada à transformação digital, com 50 mil empresas; o ramo da chamada Economia 4.0 afetará seis mil empresas, e uma última, de “conduta ou sensibilização”, que envolve dois milhões de pessoas.
As informações foram repassadas pelo porta-voz após a cerimônia de lançamento do “Brasil Mais” ter sido cancelada.
Segundo Rêgo Barros, o programa irá integrar os serviços do Senai e Sebrae e disponibilizar uma plataforma única para iniciativas e para “difusão de informações e oportunidades para o aperfeiçoamento contínuo, o aumento da produtividade e a transformação digital das empresas brasileiras, com foco especial nas de micro, pequeno e médio porte”.
O porta-voz afirmou também que o “Brasil Mais” será o 2º maior programa de produtividade do mundo e o maior em transformação digital da América Latina.
Nota divulgada mais cedo pelo Ministério da Economia informou a meta do programa é aumentar a eficiência das empresas e oferecer soluções de baixo custo para melhoria de gestão e práticas produtivas de até 200 mil micro, pequenas e médias firmas até 2022.
| Tribuna PR (publicado em 18-02-2020) | | | | Novo texto da MP do Contribuinte Legal inclui instituições de ensino e permite renegociação de multas por sonegação e fraude
O relatório da comissão especial sobre a MP do Contribuinte Legal (medida provisória 899) contemplou empresas do setor de ensino e aquelas em recuperação judicial ao conceder um prazo de dez anos para pagamento de dívidas a serem renegociadas com a União.
A MP foi enviada pelo governo em outubro e concede descontos de até 70% para devedores desde que o montante seja classificado como irrecuperável ou de difícil recuperação.
O texto original prevê que o prazo máximo de pagamento da dívida é de 84 meses (sete anos) para empresas em geral e de cem meses (pouco mais de oito anos) se o devedor for pessoa física, microempresa ou empresa de pequeno porte.
O relator da proposta, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), ampliou o prazo máximo para 120 meses (dez anos) para instituições de ensino e empresas em recuperação judicial, além de organizações da sociedade civil, pessoas físicas, microempresas e as de pequeno porte.
Estão em recuperação judicial no Brasil atualmente empresas como a Odebrecht e a Oi. Se for decretada falência ou liquidação do devedor, a empresa perde os benefícios concedidos e será cobrada integralmente pelas dívidas, de acordo com o texto.
A equipe econômica, que participou de discussões com parlamentares sobre a MP, ainda iria analisar o relatório integral. Apesar disso, a leitura inicial na equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) é que as emendas acatadas não são motivo de preocupação.
Os maiores temores na equipe econômica, como a reabertura de prazo para pagamento de dívidas rurais e outros itens, ficaram de fora. Agora, a preocupação maior do Ministério da Economia é com o prazo. A MP expira no fim de março e as discussões podem ser tumultuadas com o período de Carnaval.
A sessão foi suspensa nesta terça-feira (18) após um pedido de vista do senador Mauro Benevides (PDT-CE), mas deve retornar já nesta quarta-feira (19).
Ao todo, o relator acolheu total ou parcialmente 58 emendas. Dentre as sugestões atendidas, está também a que permite que optantes do Simples Nacional (regime simplificado de impostos, voltado a pequenas empresas) participem da renegociação.
Na MP do governo, as empresas do Simples são vetadas. Para serem atendidas integralmente, essa mudança precisa de um projeto de lei complementar (pois envolve também impostos estaduais e municipais).
Foram acatadas ainda emendas que permitem a transação das chamadas multas tributárias qualificadas (aquelas agravadas por certas práticas, como sonegação, fraude ou conluio e que são de pelo menos 150% sobre o valor não pago).
O relator afirma em seu texto que a medida é uma questão de justiça. “São multas de percentuais incrivelmente altos, o que torna o crédito tributário confiscatório”, afirma no documento. Segundo o relator, houve concordância do governo no ponto.
O documento veda transações com devedores contumazes, mas reconhece que não especifica quem se encaixa no termo. Por isso, deixa a tarefa da definição para lei específica a ser discutida pelo Congresso.
Também fica vedado propor nova transação para crédito tributário renegociado anteriormente.
Em relação ao FGTS, a transação de dívidas vai depender de autorização do conselho curador do fundo, de acordo com o relatório.
A redação ainda muda o texto da MP ao diminuir a discricionariedade das autoridades fazendárias. A MP determina que o que seria classificado como crédito irrecuperável ou de difícil recuperação (o alvo do programa) seria responsabilidade da “autoridade fazendária”, de forma genérica. Agora, o relatório propõe que os critérios sejam determinados por ato específico do procurador-geral da Fazenda Nacional.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 18-02-2020) | | | | Indicadores do Panorama da Pequena Indústria do quarto trimestre, de 2019, reforçam reaquecimento da economia. Índice de Desempenho é o melhor para dezembro desde o início da série histórica, em 2012
Pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria
As pequenas indústrias confirmaram a tendência diante da leve aceleração da economia e registraram bom desempenho no quarto trimestre de 2019. O Panorama da Pequena Indústria reforça a recuperação das empresas de pequeno porte, que apresentaram um Índice de Desempenho de 47,4 pontos em dezembro.
É o maior patamar para o mês desde o início da série histórica, em 2012. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa também revela que a situação financeira das pequenas empresas melhorou no quarto trimestre de 2019. O indicador alcançou 41,1 pontos, valor 2,9 pontos acima do registrado no 4º trimestre de 2018 e 3,8 pontos da média histórica do índice.
“A pesquisa mostra o caminho para acelerar o crescimento das pequenas empresas. Os entraves apontados como principais impedimentos para o aumento da atividade do setor deixam claro os ajustes a serem feitos para fomentar os negócios” afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
Entre os principais problemas, destaque para a elevada carga tributária independentemente do segmento industrial – transformação, extrativa ou construção. Na sequência aparecem a demanda interna insuficiente, competição desleal e falta de capital de giro.
“Os problemas são similares aos apontados pelas grandes empresas e chamam atenção para a urgência de medidas sistêmicas como a reforma tributária e medidas que permitam a retomada da demanda.
O que chama atenção, quando olhamos para os indicadores das pequenas indústrias, é a capacidade de reação destas aos sinais iniciais de melhora da economia”, comentou o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emilio Gonçalves. “Além das reformas, é importante prover apoio adequado para que as pequenas indústrias aumentem sua produtividade e tenham maior facilidade no acesso ao crédito, pois isso dará mais potência a este movimento de recuperação, completou João Emilio.
Melhora a situação financeira das empresas de pequeno porte
A pesquisa mostra que a situação financeira das empresas de pequeno porte melhorou no quatro trimestre de 2019. O Índice de Situação Financeira da pequena indústria alcançou 41,1 pontos, valor 2,9 pontos acima do registrado no 4º trimestre de 2018 e 3,8 pontos da média histórica do índice.
Desde meados de 2017, a situação financeira do setor vinha oscilando perto da série histórica, sem sequências positivas. Com os crescimentos registrados no terceiro e quarto trimestre, o indicador descolou um pouco da média histórica.
Perspectivas e confiança favoráveis
Os dados da CNI revelam que a perspectiva para 2020 é positiva. O Índice de Perspectivas aumentou de 50,9 pontos em dezembro de 2019 para 53,1 pontos em janeiro de 2020. O indicador encontra-se bem acima da média histórica, hoje em 45,6 pontos e 0,8 ponto acima do registrado em janeiro de 2019.
O Panorama da Pequena Indústria também analisa o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da pequena indústria. A confiança reforça a perspectiva positiva dos empresários e permanece alta. Em janeiro de 2020, esse indicador ficou em 63,4 pontos, uma alta de 1,2 ponto na comparação com o registrado em dezembro de 2019. O indicador segue 10,8 pontos acima de sua média histórica.
Sobre o Panorama da Pequena Indústria
Esta é a segunda edição do Panorama da Pequena Indústria. A pesquisa elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor. A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional e situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratação.
A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial. Todos os meses, as pesquisas ouvem mais de 900 empresários de empresas de pequeno porte.
| CNI (publicado em 17-02-2020) | | | | O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de fevereiro teve um avanço de 0,7 ponto em relação ao resultado fechado de janeiro, para 101,6 pontos, voltando ao patamar de setembro de 2013, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Houve melhora da percepção dos empresários em relação à situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 1,7 ponto em fevereiro, para 101,4 pontos, o maior valor desde outubro de 2013 (101,6 pontos). Já o Índice de Expectativas recuou 0,3 ponto, para 101,7 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou uma elevação de 0,5 ponto porcentual em relação ao patamar de janeiro, passando de 75,7% para 76,2% em fevereiro.
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 787 empresas entre os dias 2 e 17 de fevereiro. O resultado final da pesquisa será divulgado no próximo dia 28.
| Tribuna PR | | | | Associar tecnologia e inovação ao processo produtivo é o principal caminho para a competitividade e longevidade das indústrias. Hoje, contudo, o Brasil ocupa a 64ª posição no Índice Global de Inovação e, nos próximos 10 anos, apenas 15% das indústrias brasileiras deverão estar totalmente inseridas na Indústria 4.0, conforme estimativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento (ABDI). Para ajudar a acelerar a inovação e inserir as indústrias neste novo contexto, organizações lideram projetos para levar a transformação digital para o chão de fábrica.
Um exemplo dessas iniciativas é o CNC Monitor, uma plataforma 100% gratuita, criada pela GRV Software, que coleta e digitaliza dados de máquinas CNC (que operam via Controle Numérico Computadorizado) de forma homogênea e transforma informações em indicadores de produção e gráficos gerenciais, que podem ser acessados via desktop ou mobile, de qualquer lugar e em tempo real. A solução foi desenvolvida inteiramente em Delphi e traz informações como modo do CNC, programa em execução, ferramentas em uso, esforço nos eixos, potenciômetros, entre outras, permitindo assim que ações de correção e melhorias sejam tomadas com muito mais agilidade.
"Apesar de carregarem um smartphone no bolso e substituírem diversas atividades presenciais por aplicativos, no chão de fábrica ainda não funciona assim. Grande parte das empresas espera um relatório no fim do mês para descobrir falhas, perdendo tempo e produtividade. A consequência é uma gestão mais operacional do que estratégica. O CNC Monitor se propõe a ser um facilitador na entrada da indústria 4.0 no Brasil, fornecendo informações confiáveis sobre o chão de fábrica", diz Valdecir de O. Pereira, diretor de P&D da GRV Software.
O projeto levou apenas dois meses para ser desenvolvido e a escolha do Delphi foi peça-chave para colocar rapidamente o produto no mercado. "Temos profissionais com 20 anos de experiência em Delphi, o que conta pontos a favor da ferramenta. Além disso, o Delphi é multiplataforma e nos possibilita utilizar apenas um código para fazer aplicações em iOS, Android e Windows. E o mais importante é que temos a garantia de continuidade desde a primeira versão que utilizamos, que nos dá a segurança de que não perderemos o legado construído", justifica Pereira.
Não só o CNC Monitor, mas todo o portfólio da GRV Software foi desenvolvido com o Delphi. A empresa atende hoje mais de 520 clientes em todo o Brasil, com soluções de gestão para empresas e indústrias que fabricam sob encomenda. Além do ERP Industrial GRV CPS - que oferece funcionalidades como orçamento, controle e planejamento da produção, financeiro, entre outros - , seu portfólio conta com as linhas de Produção Enxuta e Indústria 4.0, que envolve produtos capazes de aumentar a produtividade no menor tempo e custo possíveis, baseadas em conceitos de Lean Manufacturing, Indústria 4.0, Manufatura sem Papel, WLC (Workload Control), gestão à vista, OEE (Overall Equipment Effectiveness) e IoT (Internet of Things).
Desafios e planos futuros
O principal desafio de desenvolvimento do CNC Monitor foi conectar máquinas antigas com protocolos incompatíveis. Para contornar a situação, a GRV criou um hardware que possibilita o acesso automático às informações das máquinas mais antigas e/ou que não possuem protocolos compatíveis com o CNC Monitor, enviando os dados diretamente para a plataforma.
"É gratificante ver projetos como esse da GRV Software, que promovem a inclusão através da tecnologia, e saber que o Delphi possibilitou tornar tudo isso real. Clientes como eles reforçam nossa razão de existir, que é viabilizar grandes ideias respeitando a trajetória e o conhecimento que foi adquirido ao longo do tempo. Além disso, casos de sucesso como este mostram que o Delphi está vivo e em constante evolução, resultado de muita pesquisa e desenvolvimento para acompanhar o mercado", Dormevilly Tertius, diretor executivo da Embarcadero do Brasil.
O futuro do CNC Monitor já está traçado. Os planos da GRV Software incluem aumentar o número de protocolos abrangidos, acrescentar recursos como integração, DNC e controle de ferramentas, além de novas parcerias com fabricantes para expandir o seu mercado.
| Ind 4.0 | | | | O texto-base da proposta, que eleva a idade mínima das aposentadorias dos servidores e muda o cálculo do benefício, foi aprovado por 57 votos favoráveis e 31 contrários
Os deputados da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovaram o texto-base da PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma da Previdência estadual na noite desta terça-feira (18).
A proposta recebeu 57 votos favoráveis e 31 contrários. Ao todo, 88 (dos 94 deputados) estiveram presentes na sessão. Por se tratar de uma PEC, a medida precisava de exatos 57 votos. Também será preciso passar por segunda votação, com votos a favor de 57 deputados.
A PEC, que estava parada, voltou a andar após liberação do STF (Supremo Tribunal Federal). Além da emenda constitucional, há um PLC (Projeto de Lei Complementar), que traz mais alterações.
A reforma dos servidores eleva a idade mínima para aposentadoria no estado de SP, muda a fórmula de cálculo, aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14%, limita o acúmulo de benefícios e modifica regras da pensão por morte.
Em entrevista ao Agora, o relator do texto, deputado Heni Ozi Cukier (Novo), disse que o segundo turno da PEC poderá ser votado nesta quarta-feira (19). Na madrugada, deputados avaliavam destaques ao texto principal.
A reforma vai afetar 550 mil aposentados e pensionistas e mais 643 mil servidores da ativa, incluindo professores, policiais civis e agentes de segurança, entre outras categorias do funcionalismo público. Em comunicado, o governo Doria anunciou que prevê economizar R$ 32 bilhões em dez anos com as mudanças.
Em dezembro, a PEC da previdência paulista teve duas emendas acatadas pelo relator. Nesta terça, mais uma emenda foi acatada, que trata sobre direito adquirido.
"Encontrei duas emendas que não ferem o princípio de simetria com a reforma da esfera federal e são questões mais pontuais de garantia, de se estar mais explícito. A primeira é a emenda nº 3 do deputado Olim, que fala de questões da polícia civil, que estava numa situação meio indefinida, pela especificidade das polícias estaduais e a questão federal. E acho que ela contempla boa parte das necessidades da categoria", disse o deputado Heni Ozi Cukier (Novo) ao Agora no início de dezembro.
A outra emenda, de nº 30, afirmou o deputado na ocasião, garante o direito à aposentadoria independentemente de "erros, confusões e burocracias do estado".
"Entendi que colocar isso de volta na Constituição do estado dá uma certeza de que ninguém será prejudicado pela ineficiência do estado."
Protestos
A votação do texto-base da reforma da Previdência foi votada sob protestos de servidores. Eles lotaram a galeria do plenário aos gritos de "se votar, não volta", quando deputados da oposição discursavam.
Os funcionários públicos voltaram a ser ofendidos pelo deputado Arthur Do Val (Patriotas), o "Mamãe Falei", que, no ano passado, chamou os sindicalistas presentes na Assembleia Legislativa de vagabundos. Na época, Do Val foi protagonista de uma confusão, em que houve socos, empurra-empurra e mordida.
Ao falar do episódio, em que chamou os servidores de "vagabundos", Arthur reiterou as ofensas. "São vagabundos mesmo aqueles que vêm aqui, chamam Janaína Paschoal (PSL) de fascista, chamam quem votar em projeto a favor de assassino, quem ameaça de morte, são vagabundos, sim." Ele foi advertido pelo presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB)
Supremo libera Previdência
A votação da reforma só foi possível porque o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, derrubou as duas liminares que barravam a tramitação da reforma da Previdência na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).
A decisão se deu ao conceder medida liminar nas Suspensões de Segurança 5340 e 5351. Assim, ficam suspensos os efeitos das duas decisões do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que impediam o prosseguimento da tramitação da matéria.
No STF, a Alesp argumentou que "as decisões monocráticas do desembargador do tribunal paulista representam uma interferência indevida de um Poder sobre outro e que a reforma legislativa em questão apenas reproduz no estado o que já vigora na esfera federal após a promulgação da Emenda Constitucional 103/19 [reforma da Previdência]".
A decisão liberou também a escolha do deputado Heni Ozi Cukier (Novo-SP) como relator especial do texto. A PEC 18/2019 estava travada desde dezembro do ano passado após o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) conceder liminar a um mandado de segurança impetrado pelo deputado estadual Emídio de Souza (PT).
Propostas
Marcada por confusão, discussões e xingamentos, a reforma da Previdência de São Paulo pretende aumentar a idade mínima da aposentadoria dos servidores estaduais, criar regras mais duras para o pagamento da pensão por morte e elevar de 11% para 14% a alíquota de contribuição previdenciária de todos os funcionários públicos estaduais.
Hoje os servidores paulistas podem requerer o benefício ao completar 30 anos de contribuição e 55 anos de idade, no caso das mulheres, e aos 35 anos de contribuição e 60 anos de idade, para os homens.
Com a reforma estadual, a idade mínima nas aposentadorias será de 65 anos, para homens, e de 62 anos, para mulheres.
A mudança planejada pelo governo também equipara as exigências de tempo de contribuição para mulheres e homens, que passam a ser de 25 anos de serviço, sendo dez anos no funcionalismo e cinco no cargo.
Há dois projetos em análise: uma PEC (proposta de emenda à Constituição) e um PLC (projeto de lei complementar). A PEC chegou a ir ao plenário, mas a sessão foi marcada por empurra-empurra e agressões.
Funcionalismo estadual | Regras vão mudar
A PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma da Previdência de SP avançou na Assembleia Legislativa
A previsão é que as novas regras sejam totalmente aprovadas até a semana que vem
VEJA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NOS BENEFÍCIOS
Idade mínima
Após a promulgação da PEC, a idade de aposentadoria no estado de SP será:
62 anos, para as mulheres
65 anos, para os homens
Tempo de contribuição
25 anos para homens e mulheres
10 anos no serviço público
5 anos no mesmo cargo em que irá se aposentar
Como é hoje
55 anos de idade, para as mulheres
60 anos de idade, para os homens
Tempo de contribuição
35 anos de contribuição, para os homens
30 anos de contribuição, para as mulheres
Também são necessários
10 anos de serviço público
5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria
Para professores
A idade mínima será reduzida em cinco anos
60 anos, para os homens
57 anos, para as mulheres
Policial civil, agente de segurança penitenciária e agente de escolta e vigilância penitenciária
55 anos de idade
30 anos de contribuição
25 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial
5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria
A regra vale para homens e mulheres
Contribuição maior
A alíquota vai subir de 11% para 14%
Cálculo do benefício
A média salarial vai considerar todos os salários desde julho de 1994
O cálculo do benefício será de:
60%
+
2% a cada ano de contribuição que ultrapassar 20 anos
Fique ligado
Quem entrou no serviço público até 31 de dezembro de 2003 terá integralidade (valor igual à da última remuneração) e paridade (direito aos mesmos reajustes dos aposentados) se, além de cumprir as regras de transição, tiver cumprido cinco anos no nível ou classe em que se der a aposentadoria
PENSÃO POR MORTE
Será por cotas; serão pagos 50% mais 10% por dependente
A cota mínima de uma viúva sem filhos será de 60% da aposentadoria do servidor que morreu ou do benefício ao qual ele teria direito
Pagamento por tempo limitado
A duração da pensão por morte dependerá do tempo de casamento ou união estável
Quem estiver casado há menos de dois anos com o servidor que venha a falecer terá direito à pensão pelo período de quatro meses
Caso o casamento ou união estável tenha mais de dois anos, a pensão dependerá da idade do marido ou da mulher
Esse período de pagamento vai de três, anos para quem tem menos de 21 anos, até 20 anos, caso do cônjuge entre 41 e 43 anos
A pensão será pela vida toda para quem tem mais de 44 anos
Regras de transição na reforma da Previdência
O servidor que já está no funcionalismo poderá se aposentar com as condições atuais, ao cumprir regras de transição
Regra 1: IDADE MÍNIMA E PONTOS
O funcionário poderá se aposentar com:
56 anos, para as mulheres
61 anos, para os homens
Tempo de contribuição
30 anos de contribuição, para as mulheres
35 anos de contribuição, para os homens
A soma deverá ser de
86 pontos, para as mulheres
96 pontos, para os homens
Também são necessários
20 anos de efetivo exercício no serviço público
5 anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria
Pontuação sobe
A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação subirá um ponto por ano, até atingir:
100 pontos, para mulheres
105 pontos, para os homens
Idade sobe
A partir de 1º de janeiro de 2022, a idade mínima será de:
57 anos, para as mulheres
62 anos, para os homens
Professores
Será preciso ter
51 anos, para as mulheres
56 anos de idade, para os homens
Contribuição
25 anos (mulher)
30 anos (homem)
Pontos
81 (mulher)
91 (homem)
A partir de 2022, a idade mínima será de:
52 anos, para as mulheres
57 anos, para os homens
Regra 2: PEDÁGIO DE 100%
Todos os funcionários que já estão contratados podem se aposentar nesta regra
Para isso, vão precisar contribuir com mais 100% do tempo que faltar para o benefício na data de publicação da emenda
Exemplo:
Um servidor que está há dois anos da aposentadoria terá de contribuir por mais dois, somando, ao todo, quatro anos
Será preciso ter
60 anos, no caso dos homens
57 anos, no caso das mulheres
Tempo de contribuição
35 anos, no caso dos homens + 100% do tempo que faltar
30 anos, no caso das mulheres + 100% do tempo que faltar
Também é necessário ter
20 anos no serviço público
5 anos no cargo em que for concedida a aposentadoria
| Folha de S.Paulo ( publicado em 18-02-2020) | | | | Queda de braço O racha dos defensores de diferentes modelos de reforma tributária virou bate boca entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e um grupo de empresários liderados pelo setor de serviços. Depois que Maia falou, na segunda-feira (17), que parte dos empresários está fazendo campanha contra a reforma, Luigi Nese, da Confederação Nacional dos Serviços, um dos líderes do protesto contra a PEC 45, defendida por Maia, disse que o chefe da Câmara está desinformado.
Bolso Na segunda, o grupo de empresários Brasil 200 promoveu um evento em São Paulo para criticar a PEC 45. Eles defendem a retomada de uma espécie de CPMF como forma de desonerar a folha de pagamentos. Entre os críticos da proposta em tramitação na Câmara estão nomes como Flavio Rocha (Riachuelo) e Edgard Corona (SmartFit).
Divisão Nesta terça, em evento do BTG, Maia voltou a tocar no assunto. “Muitas vezes, a elite também erra, quer que a sociedade pague a conta da redução do custo de alguns setores da economia. Na reforma da Previdência, a sociedade pagou mais a conta do que os empresários”, disse Maia.
Farpa Para Gabriel Kanner, diretor do Brasil 200, a declaração de Maia faz parecer que quem não concorda com a proposta da Câmara é contra toda a reforma tributária.
Panos quentes Depois das novas declarações de Maia, dentro do próprio grupo de empresários contrários à PEC 45, alguns pediram para baixar o tom porque um rompimento mais drástico com o presidente da Câmara pode fechar a porta a uma nova tentativa de diálogo.
| Folha de S.Paulo | | | | O presidente da CâTributária e administrativa podem ser aprovadas no 1º semestre, diz Maiamara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), demonstrou nesta terça-feira, 18, que está confiante na aprovação das reformas tributária e administrativa até o fim do primeiro semestre, antes, portanto, das eleições municipais. Ele deu entrevista a jornalistas depois de ter participado de evento do BTG Pactual na capital paulista.
“A tributária e a administrativa têm muita chance de estar bem avançada ou aprovada até o fim do primeiro semestre”, disse o parlamentar, após ser questionado sobre prazos para os projetos.
Antes disso, Maia havia rejeitado a possibilidade de a administrativa ficar para o ano que vem, atraso que poderia ocorrer em razão do calendário apertado e do número de propostas em discussão em outras áreas, como a reforma tributária e a PEC emergencial.
“Há chance de aprovar todas as reformas este ano. Tem muita vontade dos parlamentares e a Previdência mostrou isso. Os parlamentares querem mostrar que o Parlamento tem responsabilidade e compromisso com o Estado brasileiro moderno”, disse.
Maia negou também que possa haver aumento da carga tributária em razão da reforma do sistema. Ao contrário, disse que vai haver redução. “A carga já é de 36% (do PIB), que nós vamos garantir na reforma tributária que vai cair, é de 36% para baixo nos próximos anos. Não haverá R$ 1 de aumento na carga”, disse. “E se fizer a administrativa, teremos espaço para reduzir a carga.”
| Tribuna PR (publicado em 18-02-2020) | | | | Deputado deve apresentar relatório com a medida
Crachá O deputado Christino Áureo (PP-RJ) apresenta seu relatório sobre a Medida Provisória do Trabalho Verde e Amarelo nesta quarta-feira (19) na comissão mista.
Ponto Empresários ansiosos esperam ver a liberação de trabalho aos domingos, com um repouso semanal remunerado, desoneração de impostos sobre participação nos lucros e regras sobre alimentação dos funcionários.
a No texto enviado pelo governo em novembro, a previsão era de um descanso obrigatório no domingo a cada quatro semanas para trabalhadores do comércio e um a cada sete para o setor industrial. A expectativa é que essa redação seja mantida.
| Folha de S.Paulo | | | | Situação só não ficou ainda pior porque solicitações diminuíram; órgão diz que variação é sazonal
Embora o governo afirme que vem reduzindo a espera por benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), dados obtidos pela Folha apontam que o número de pedidos respondidos pelo órgão entrou em trajetória de queda nos últimos meses. Como resultado, a fila de requerimentos em atraso voltou a subir.
Os números repassados pelo INSS em resposta a um pedido feito via LAI (Lei de Acesso à Informação) mostram ainda que os mais prejudicados são aqueles que buscam aposentadoria ou benefícios para idosos e deficientes em situação de miséria.
O total de solicitações analisadas ao mês pelo órgão, que alcançou quase 1,1 milhão em setembro passado, voltou a desacelerar, indo a 987 mil em outubro, 830 mil em novembro e 763 mil em dezembro.
Os números indicam que o recuo na velocidade de atendimento fez a fila empacar.
Depois de atingir pico de 1,7 milhão em julho de 2018, o estoque de requerimentos em atraso vinha diminuindo gradualmente, até chegar a 1,34 milhão em dezembro.
Em janeiro, porém, a fila ficou em nível semelhante, registrando leve crescimento, para 1,38 milhão de pedidos com espera superior aos 45 dias previstos em lei.
A situação só não ficou ainda pior porque o número de pessoas que solicitam benefícios também caiu.
A média registrada no ano passado foi de aproximadamente 900 mil requerimentos ao mês. Em janeiro deste ano, o número de novos pedidos foi muito menor, de 672 mil.
Os atrasos na liberação de benefícios do INSS prejudicam principalmente pessoas de renda mais baixa. A média de valor das concessões autorizadas no ano passado foi de R$ 1.345 ao mês por benefício.
No estoque de pagamentos represados, aparece com destaque a parcela mais vulnerável dos solicitantes que buscam um benefício.
A fila de quem busca o amparo assistencial ao portador de deficiência (BPC) é a maior de todas, com 420 mil pedidos aguardando resposta há mais de 45 dias.
Em seguida, aparecem as aposentadorias. São 401 mil solicitações atrasadas na modalidade por tempo de contribuição e 217 mil por idade.
A espera que desrespeita o limite previsto em lei ainda atinge 108 mil pedidos de salário-maternidade, 93 mil pensões por morte e 70 mil amparos assistenciais ao idoso em situação de miséria (também BPC).
Procurado, o INSS respondeu que a fila segue em número superior ao esperado, pois ainda não conseguiu concluir o estoque de requerimentos criado nos últimos anos.
Segundo o INSS, a variação na quantidade de processos analisados nos últimos meses do ano é natural e ocorre por fatores sazonais. No entanto, ressalta que a fila foi reduzida na comparação com meados de 2019.
Por causa dos problemas na concessão de benefícios, o MPF (Ministério Público Federal) foi acionado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
O pedido é para que o INSS seja notificado e apresente um plano de ação e seja aberta uma apuração sobre os responsáveis pelos atrasos.
A demora para analisar os pedidos está ligada à redução de servidores no órgão, que caiu de 32,3 mil, em 2017, para 23 mil no ano passado.
Até o momento, foram feitas duas tentativas frustradas de força-tarefa para zerar o estoque represado —uma em 2018 e outra agosto de 2019. O foco foi o aumento da produtividade dos servidores ativos.
Em meio à crise, que culminou na demissão de Renato Vieira da presidência do INSS, uma nova rodada foi anunciada.
Desta vez, o plano é contratar inativos para reforçar a equipe do INSS até que o problema da fila seja resolvido e os segurados não precisem esperar tanto tempo para começar a receber aposentadorias, pensões e outros benefícios.
O governo vinha argumentando que a fila de espera já estava recuando e que o objetivo da força-tarefa era apenas acelerar os trabalhos para conseguir zerar o estoque em menos tempo, em um prazo de seis meses.
“A partir de agosto do ano passado [vimos] a diminuição do estoque. É o que está acontecendo, todos os meses o estoque está diminuindo, mas ainda remanesce 1,34 milhão que estão acima dos 45 dias. No princípio de fevereiro deverá ser 1,27 milhão. Quando esse grupo de pessoas ingressar, a ideia é que haja uma aceleração”, disse, no fim de janeiro, o então secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
No entanto, desde que a estratégia foi apresentada, o governo enfrenta dificuldades para colocá-la em prática.
Em janeiro, Marinho declarou que a burocracia para contratar militares da reserva para trabalhar em agências do INSS seria resolvida no mesmo mês.
O presidente Jair Bolsonaro também fez promessas que não foram cumpridas.
Ele afirmou que, até o fim de janeiro, esses oficiais das Forças Armadas já estariam atuando na força-tarefa contra a fila do INSS.
Técnicos do Ministério da Economia dizem acreditar que as contratações, porém, só devem mesmo começar no fim de março.
Os contratos são temporários. Em troca, os militares devem ganhar um bônus sobre a remuneração (limitado a R$ 2.000).
Diante da resistência do TCU (Tribunal de Contas da União), o governo teve ainda de fazer alterações na estratégia e anunciou a contratação de aposentados do serviço público federal, inclusive ex-servidores do INSS.
Ainda é preciso finalizar uma medida provisória e uma portaria para que o INSS finalmente possa lançar o edital dos contratos temporários. Só então começará a seleção.
Enquanto isso, a força-tarefa vem passando por modificações e deve ser mais ampla que o anunciado inicialmente.
A expectativa mais recente é que sejam contratados 9.500 servidores, sendo 8.000 militares inativos e aposentados do serviço público federal, que vão atuar nas agências, e 1.500 aposentados do INSS, que vão analisar requerimentos.
Em janeiro, o Ministério da Economia previa a contratação de 7.000 militares reservistas.
A dificuldade em analisar os pedidos ainda pode encontrar mais um complicador. Isso porque o sistema de concessões ainda não foi totalmente adaptado às novas regras da reforma da Previdência.
| Folha de S.Paulo | | | | Governo disse à Justiça ter 515 mil benefícios atrasados, enquanto estoque estaria em 1,3 milhão
A Procuradoria da República no Distrito Federal classificou como inseguros os dados informados pela União e pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em ação civil pública em andamento na Justiça Federal da 1ª Região, e disse que as informações não demonstram, com clareza, a situação da fila de espera de pedidos de benefícios aguardando resposta.
Segundo o MPF, os gráficos apresentados pelo INSS, quando comparados com os números informados pelo Ministério da Economia à imprensa “encontram-se aparentes inconsistências.”
Uma das informações colocadas em dúvida pelos procuradores é a da fila de pedidos aguardando há mais de 45 dias. Na ação, o INSS informou ter 515.043 benefícios represados.
Na entrevista coletiva em que se anunciou uma força-tarefa com a contratação de militares da reserva, o então presidente do INSS, Renato Vieira, e ex-secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, informaram que essa fila tinha 1,3 milhão de segurados.
Nesta quarta (19), reportagem da Folha mostra que o estoque de benefícios aguardando há mais de 45 dias não caiu em janeiro e ainda está em 1,38 milhão.
Os procuradores Anna Paula Coutinho de Barcelos e Wilson Rocha de Almeida Neto apresentam também reportagens que apresentam, além de relatos de falhas operacionais, um número de segurados com pedidos em atraso muito superior ao apresentado pelo instituto na ação.
O INSS informou na ação que o número de benefícios represados em dezembro de 2019 era de 515.043. Desses, 29.537 aguardavam de 46 a 60 dias; 102.956, de 61 a 120 dias; e 183.457, de 121 a 240 dias.
“As informações e os dados apresentados pela União e pelo INSS não demonstram, com clareza e segurança, evolução suficiente relativa ao quadro de demandas de requerimentos administrativos em curso no Órgão Previdenciário e à sua respectiva apreciação no prazo legal”, dizem os representantes do MPF.
A ação foi apresentada pelo Ministério Público Federal em agosto do ano passado, depois que uma recomendação de procuradores para que o INSS recrutasse, mesmo que temporariamente, servidores para garantir o cumprimento do prazo de 45 dias, foi recusada.
As procuradoras Eliana Pires Rocha e Anna Paula Coutinho de Barcelos pediam que o instituto fosse obrigado a seguir um calendário de contratações que permitissem dar vazão ao volume de requerimentos represados há mais de 60 dias.
O pedido previa a contratação por tempo determinado de funcionários e a definição de uma regra segundo a qual, sempre que o prazo de 45 dias fosse estourado, o INSS pudesse fazer essas convocações provisórias.
Em outubro, após a realização de audiência de conciliação, o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal do Distrito Federal, suspendeu a análise do pedido por seis meses, diante da promessa de convocação de 319 empregados da Infraero para compor a força de trabalho no INSS. A União também se comprometia a informar mensalmente a evolução na redução da fila.
Esses dados foram apresentados em dois momentos, primeiro em novembro, depois em janeiro.
Na manifestação encaminhada Justiça em 28 de janeiro, o MPF aponta que o INSS informa, em um das tabelas apresentadas, 466.789 tarefas criadas em outubro. Em outra, diz que 477.946 benefícios foram requeridos. Para os procuradores, esses números não poderiam ser diferentes. Também foram encontradas divergências nos números de concessão e tarefas concluídas.
O Ministério Público pediu que o INSS fosse intimado para explicar as diferenças nos números e também detalhar porque os dados são diferentes dos apresentados em reportagem.
No dia 29 de janeiro, União e INSS foram intimados a responder aos apontamentos feitos pelos procuradores.
O Ministério da Economia primeiro informou que essa ação estava suspensa a pedido do MPF e que, por isso, não tinha comentários ou informações adicionais. Procurada, a AGU (Advocacia-Geral da União) não respondeu.
O QUE O MPF CONSIDEROU INCONSISTENTE
O INSS prestou informações em dois momentos na ação civil pública em andamento na Justiça Federal do Distrito Federal
Tarefas criadas X Benefícios requeridos
Os números deveriam ser iguais, segundo o MPF, mas eram diferentes
Tarefas criadas Benefícios requeridos
466.789 477.946
Tarefas criadas X Demais procedimentos
Tarefas concluídas Benefícios concedidos, indeferidos e concedidos automaticamente
530.990 983.552 983.552
| Folha de S.Paulo | | | | Com disputa entre governo e oposição, MP do 13º do Bolsa Família pode perder validade
Mesmo contrário à criação de uma 13ª parcela do Bolsa Família de forma permanente, o governo Jair Bolsonaro negocia com o Congresso a concessão do benefício, desde que a medida não seja estendida ao BPC (benefício assistencial a idosos carentes e deficientes).
Líderes, principalmente da oposição ao presidente Jair Bolsonaro, usaram a MP (medida provisória) do 13º do Bolsa Família, pago no ano passado, para ampliar a assistências aos mais pobres.
O texto de Bolsonaro previa o pagamento da 13º parcela apenas em 2019.
O relator da MP, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou uma versão para que esse 13º se tornasse permanente e que a parcela extra também fosse paga a quem recebe o BPC.
A ampliação do BPC representaria, segundo cálculos de consultores do Congresso, um gasto anual de R$ 5 bilhões. Para o 13º permanente do Bolsa Família, o custo é estimado em R$ 2,6 bilhões por ano.
Interlocutores de Bolsonaro têm atuado para impedir que a medida provisória (agora na versão do relator) avance no Congresso.
Estava prevista a votação do projeto nesta terça-feira (18) na comissão formada por deputados e senadores para analisar o tema. A sessão, contudo, não foi realizada por causa da ausência da maioria dos membros.
A estratégia do governo tem funcionado e, desde fevereiro, a comissão não consegue votar o relatório do senador da oposição.
A disputa deve seguir até o fim de março, quando acaba o prazo para que a medida provisória seja aprovada pelo Congresso. Depois disso, a MP perde validade.
A equipe de Bolsonaro, portanto, trabalha contra uma proposta do próprio presidente. Isso porque o 13º do Bolsa Família de 2019 já foi pago durante a vigência da medida provisória.
Por causa do teto de gastos, o governo ainda estuda quais cortes de despesas deverão ser feitos para abrir espaço para novos desembolsos.
Diante da pressão da oposição em aprovar a criação de novos benefícios, o governo passou a também tentar negociar com os partidos, em busca de um acordo.
Parlamentares ligados ao Palácio do Planalto, como a deputada Bia Kicis (PSL-DF), querem convencer o relator a ceder em alguns pontos. O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), também participa da articulação.
“O governo acenou que aceitaria um texto apenas com o 13º do Bolsa Família [em caráter permanente], mas sem o [mesmo benefício para] BPC”, disse Rodrigues.
O relator também faz sugestões de aumento de receita para bancar o pagamento dos benefícios, mas o Palácio do Planalto tem resistido a aceitar as propostas.
O orçamento do Bolsa Família em 2020 é de R$ 29,5 bilhões, bem abaixo dos R$ 32,5 bilhões desembolsados no ano passado.
O governo ainda não sabe como vai ampliar a verba do programa para pagar a 13ª parcela neste ano, que ainda não está garantida.
| Folha de S.Paulo ( publicado em 18-02-2020) | | | | A nova escalada do dólar para nova máxima nominal histórica (R$ 4,3574) nesta terça-feira, 18, não assustou os juros futuros, que oscilaram ao redor da estabilidade durante toda a sessão. No momento mais crítico do dia, quando a moeda rompeu R$ 4,36 perto das 16 horas, os longos bateram máximas, mas sem se afastar dos ajustes anteriores e nada que pudesse ser lido como tendência clara para a curva.
O mercado esteve sujeito a um “jogo de forças” que limitou a oscilação das taxas: de um lado, o crescimento da aversão ao risco vinda do exterior e o novo aumento do dólar; de outro, mais uma safra de revisões em baixa para o PIB e aumento da percepção de que a Selic pode voltar a cair antes de subir.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,215% (regular) e 4,225% (estendida), de 4,220% ontem no ajuste, e a do DI para 2022 ficou estável em 4,71% (regular) e subiu levemente para 4,720% (estendida). O DI para janeiro de 2025 passou de 5,972% para 6,00% (regular e estendida) e a do DI para janeiro de 2027 subiu de 6,371% para 6,39% (regular) e 6,40% (estendida, na máxima).
“O mercado está num momento delicado. A sinalização do BC é de que a barreira para novos cortes da Selic está alta e o dólar voltou a subir. Ao mesmo tempo, há receio com os impactos do coronavírus, que se recusa a ser pagina virada, e com a fraqueza da atividade”, resumiu o estrategista-chefe da CA Indosuez Brasil, Vladimir Caramaschi.
A terça-feira trouxe outra rodada de revisões para baixo para PIB, inflação e Selic, pelas instituições financeiras que, em tese, poderiam ser estímulo para montagem de posições vendidas, mas não o suficiente para a tomada de risco.
Já há instituições acreditando que o crescimento do País este ano ficará abaixo de 2%, caso do BNP Paribas, que reviu sua já baixa projeção de 2% para 1,5%. O banco também agora espera juro básico de 3,5% no fim do ano. O Citi (2,2% para 2%) e o Banco MUFG Brasil (2,8% para 2,2%) igualmente alteraram seus números. Por outro lado, lembra Caramaschi, “a vulnerabilidade do real diante do cenário externo sugere certa cautela”.
O pessimismo com o crescimento aumentou depois do alerta da Apple, de que não cumprirá suas projeções para o trimestre em função dos impactos do surto para a economia e as cadeias de produção, lido como o primeiro sinal concreto dos impactos do vírus.
“O câmbio está estressado, a aversão ao risco é global depois da Apple, mas se o impacto chegou numa empresa americana pode haver recessão global”, disse o gerente da Mesa de Reais da CM Capital, Jefferson Lima. Ele acrescenta que se houver queda de demanda por commodities “é mais juro baixo e por isso os DIs não andam”.
| Tribuna PR (publicado em 18-02-2020) | | | | Segundo levantamento do Ministério da Economia, concentração em serviços e baixo investimento em novas plantas preocupam
O governo estima que projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) podem ampliar o ingresso de capital estrangeiro no Brasil.
Segundo o subsecretário de investimentos estrangeiros do ministério da Economia, Renato Baumann, no biênio 2018 e 2019, o Brasil recebeu US$ 78 bilhões e uma quantia similar, na casa de US$ 80 bilhões, pode ingressar nos próximos dois anos.
O PPI, no entanto, teria potencial para incrementar esse valor, pois, ele destaca, já existem vários projetos listados e que já possuem, inclusive, valores projetados para a licitação.
Terminal de Contêineres Paranaguá (TCP), em Paranaguá, no Paraná; caso todos os projetos de PPI previstos sejam licitados, é esperada a entrada de US$ 14 bilhões em investimentos
"Isso aumenta a expectativa [para ingresso de investimentos]. São vários projetos: aeroportos, ferrovias, na área de energia, de gestão de comunicação, portos, rodovias, que podem ser licitados", disse Baumann.
Segundo ele, caso todos os projetos de PPI sejam licitados e o investimento estabelecido seja cumprido, o Brasil receberia US$ 14 bilhões. "Isso seria o equivalente a 18% do total de investimento externo no Brasil em 2019", afirmou durante o debate Perspectivas do Investimento Estrangeiro no Brasil, promovido na Fundação Fernando Henrique Cardoso nesta terça-feira (18), em São Paulo.
Ele também afirma que as expectativas são boas para as cinco privatizações previstas: a casa da moeda, o Emgea (Empresa Gestora de Serviços), a ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias), a Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) e a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) . "Esse cenário, se confirmado, pode trazer impacto positivo", afirmou.
Um ponto preocupante, no entanto, é o fato de o capital externo ter priorizado, nos últimos anos, o setor de serviços em detrimento da indústria.
"É preocupante a concentração em serviços, principalmente em energia. Em algum momento, eles precisarão de câmbio para remeter lucros. Se o dinamismo do comércio internacional se mantiver baixo, isso causar algum problema com a balança comercial e esses investidores do setor [de serviços] começarem a demandar retorno, isso vai acender uma luz amarela", afirmou o subsecretário
Em seu balanço, Baumann também destacou o baixo investimento na criação de empresas novas, os chamados greenfields. "Apenas 15% de todo o montante que entra é em greenfield. Todo o restante é em compra de empresas já existentes [brownfield], o que não é de se esperar num momento de recuperação", diz.
| Folha de S.Paulo | | | | Em contrapartida, sindicato se comprometeu em solicitar o encerramento da greve nacional dos petroleiros
O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná determinou nesta terça-feira (18) a suspensão das demissões na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras no Paraná, até a próxima audiência entre o sindicato que representa a categoria e a estatal, que irá ocorrer em março.
Em contrapartida, o Sindiquímica-PR (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná) se comprometeu a cessar o movimento em frente à fábrica paranaense e solicitar o encerramento da greve nacional dos petroleiros, que está no 18º dia.
No fim da noite desta terça, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra convocou para a esta sexta (21) reunião de mediação entre sindicatos e Petrobras. Ele condicionou o encontro ao fim imediato da greve. A FUP (Federação Única dos Petroleiros), porém, informou que não há decisão sobre suspensão da paralisação e que o tema será avaliado em reunião nesta quarta (19).
O fechamento da fábrica, com quase 1.000 funcionários (396 próprios e 600 terceirizados), é uma das principais pautas da paralisação. Segundo a federação, o movimento já tem adesão de 21 mil empregados. Há mobilizações em 121 unidades da estatal, entre plataformas de produção de petróleo, refinarias e terminais.
Petroleiros protestam contra o fechamento da antiga Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná
Eles também protestam contra mudanças em temas como troca de turno e pagamento de horas extras que, segundo eles, foram definidas sem negociação prevista no acordo coletivo.
Na audiência desta terça no Paraná, a Petrobras apresentou melhores condições aos funcionários que serão dispensados com o fechamento da fábrica no estado.
A proposta inclui aviso prévio indenizado, benefícios, como plano médico e odontológico, estendidos aos 144 empregados que seriam desligados já na última sexta-feira (14), pagamento proporcional de 40% da remuneração de dezembro, com acréscimo de meia remuneração ao final, com piso de R$ 60 mil e teto de R$ 210 mil.
Não satisfeito, o Sindiquímica-PR sugeriu a suspensão das demissões por 15 dias e a instalação de uma comissão de negociação de abrangência nacional para discutir a proposta, o que foi acatado pela desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, presidente da audiência.
A associação afirma que, desde o anúncio da demissão em massa, em janeiro, não houve negociação coletiva, o que violaria um acordo coletivo de trabalho com a empresa.
A Ansa, fabricante de composto de fertilizantes da Petrobras no Paraná, protestou contra a suspensão das demissões, afirmando que os postos de trabalho não existem mais, já que a estatal optou pelo encerramento das atividades.
O QUE OS PETROLEIROS QUEREM
Protestam contra o fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná
Todos os 396 trabalhadores da unidade serão demitidos
Os petroleiros acusam a empresa de desrespeitar o acordo coletivo de trabalho ao anunciar as demissões sem negociação com sindicatos
O QUE DIZ A PETROBRAS
A Petrobras alega que a fábrica dá prejuízo
Depois de uma tentativa fracassada de venda, decidiu fechar a unidade, que foi adquirida da Vale em 2012
A empresa tem parecer do TST impedindo a transferência dos empregados para outras unidades, já que não foram admitidos por concurso
Na sexta-feira, dos 144 empregados convocados para a primeira etapa de demissões, apenas sete aceitaram o pacote oferecido pela empresa e assinaram os papéis de dispensa. Com a nova determinação, esta primeira fase de demissões também foi suspensa.
Na audiência, representantes da Ansa afirmaram ainda que devem convocar para o trabalho apenas os funcionários necessários para o processo de hibernação da fábrica e que os demais deverão aguardar as negociações em casa.
O sindicato pediu também que as tratativas ocorram no Rio de Janeiro, sede nacional da Petrobras, o que foi negado pela empresa, que prefere continuar as audiências em Curitiba.
Diretor do Sindiquímica, Alexandre dos Santos afirmou que a ideia agora é negociar com a empresa. “Para poder chegar no dia da audiência [em março] com algo palpável”, disse.
Em nota, a Petrobras diz que se trata de uma suspensão temporária das demissões e que a Ansa discutirá com o Sindiquímica-PR as condições do pacote de benefícios para os desligamentos dos seus 396 empregados dentro do cronograma de hibernação previsto.
A empresa afirma que oferece as verbas rescisórias legais e que o pacote já oferecido inclui valores até R$ 210 mil, de acordo com a remuneração e o tempo de trabalho; manutenção de plano médico e odontológico, benefício farmácia e auxílio educacional por 24 meses, além de uma assessoria especializada em recolocação profissional.
Lembra, por fim, que a fábrica da Ansa já se encontra em hibernação.
| Folha de S.Paulo | | | | A greve dos petroleiros chegou ao 18º dia nesta terça-feira (18) e, apesar da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) declarando o movimento abusivo e ilegal, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que a paralisação continua por tempo indeterminado. Na segunda-feira (17), eram 21 mil os trabalhadores que aderiram à paralisação em 121 unidades da Petrobras, localizadas em 13 estados. A FUP informou que irá recorrer da decisão do TST.
Desencadeada pelo fechamento de uma fábrica de fertilizantes no Paraná, a greve dos petroleiros é a mais longa desde 1995. Para impedir que ela afete o abastecimento, a Petrobras mobilizou equipes de contingência formadas por trabalhadores da própria estatal e profissionais temporários. De acordo com a empresa, não há impactos na produção de petróleo e de combustíveis.
Na semana passada, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que "nenhuma gota de petróleo deixou de ser produzida" em razão da greve.
A persistência do movimento, entretanto, levanta dúvidas sobre a efetividade das medidas de contingência em um período mais longo. Se a greve continuar, o país corre o risco de passar por um desabastecimento de combustíveis?
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", a Petrobras se prepara para importar combustível caso o movimento se prolongue.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em nota enviada à Gazeta do Povo, afirmou, apenas, que está acompanhando a greve e que "tomará medidas, caso necessário, para garantir o abastecimento nacional".
Parecer da ANP apontou para possível desabastecimento
Em um parecer encaminhado ao TST, porém, a ANP afirmou que a situação pode "causar impactos diretos na produção de derivados em função da redução de carga ou até mesmo pela parada total das refinarias". Ainda segundo o documento produzido pela agência, se não houver uma recomposição breve dos trabalhos, "toda a cadeia poderá ser afetada".
O parecer foi um dos elementos considerados pelo ministro Ives Gandra, do TST, para considerar a greve abusiva e ilegal. Em decisão monocrática, o ministro deu autorização à Petrobras para que a empresa aplique sanções aos trabalhadores que permanecerem parados. A determinação permite que a empresa realize o corte de salários, aplique sanções disciplinares e demita trabalhadores por justa causa.
A decisão passará pelo crivo do TST em julgamento no dia 9 de março.
Situação pode se agravar se caminhoneiros cruzarem os braços
Na opinião de especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, é pouco provável que, na configuração que apresenta agora, a greve leve a um desabastecimento no país.
"Por enquanto não há paralisação completa da produção. Já houve outras greves, com consequências pontuais, mas nunca algo que ameace a cadeia logística brasileira ou o suprimento do país", diz o consultor David Zylbersztajn, sócio-diretor da DZ Negócios com Energia, que foi diretor-geral da ANP entre 1998 e 2001.
Edmilson dos Santos, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), concorda que, por enquanto, "não há motivos para temer". O pesquisador, porém, alerta que a situação pode se complicar caso o movimento dos caminhoneiros ganhe força – já que a distribuição dos combustíveis no país se dá, principalmente, via caminhões.
"As coisas ainda estão dispersas, mas o ambiente está muito tenso. Se a greve dos petroleiros se juntar à dos caminhoneiros, a situação sai do controle", completa Santos."
| Folha de S. Paulo ( publicado em 18-02-2020) | | | | Interferência do judiciário em paralisações afrontaria o princípio da liberdade sindical
Os advogados que representam os petroleiros estudam acionar organismos internacionais contra a decisão da Justiça brasileira de considerar a greve deles ilegal e abusiva —e de impor pesadas multas às organizações sindicais.
SEGUNDO MUNDO
A medida afrontaria o princípio da liberdade sindical, consagrado em organismos internacionais como a OIT (Organização Internacional do Trabalho), dos quais o Brasil faz parte.
PRIMEIRO MUNDO
Os defensores vão lembrar que em países como a França, por exemplo, o Judiciário não interrompe nem baixa regras para paralisações. A greve de transportes no país, por exemplo, já dura dois meses.
CARTAZ
A iniciativa, se tomada, será simbólica: organismos internacionais não podem mudar decisões judiciais no Brasil.
| Folha de S.Paulo | | | | Dispositivo será um dos projetos a ser apresentado na quinta, dia 20, durante o Workshop Ferramentaria 4.0, destinado às empresas participantes do projeto Embrapii
Com movimentos de um braço e a agilidade de uma cobra, o robô Snake, desenvolvido em Joinville pelos Institutos SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura e em Processamento a Laser, vai proporcionar consistentes ganhos de produtividade para a indústria. O projeto, que é resultado de uma parceria com a GM América do Sul, será apresentado na próxima quinta-feira, dia 20, durante o Workshop Ferramentaria 4.0 como um caso de sucesso de projetos apoiados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O Workshop é um evento técnico e restrito às empresas participantes do projeto Embrapii, e será realizado na sede do Instituto SENAI, em Joinville. No período das 13h30min às 14h30min, o robô snake será apresentado à imprensa.
Projeto de biomimetismo, em que a engenharia busca na natureza soluções para problemas práticos, com a cinemática de serpentes em transposição de obstáculos, o robô Snake foi desenvolvido para executar tarefas em locais de acessibilidade dificultada e espaços restritos. O robô se caracteriza pela agilidade e flexibilidade nas suas operações. Desta forma, cada unidade pode substituir de dois a quatro robôs convencionais, tornando assim a produção mais econômica.
A sua concepção idealizada permite que seja adaptado a distintas aplicações, como de pintura, montagem de sistemas complexos, soldagem e inspeção de máquinas e equipamentos da indústria aeronáutica, petróleo e gás e automotiva. As aplicações do Snake desenvolvidas até o momento encontram-se em fase de testes em ambientes relevantes, etapa necessária antes da implantação em células piloto na indústria.
Nesta quinta, será apresentada uma versão atualizada e inédita do Snake. Ela ganhou novas funcionalidades em relação à versão anterior, que foi exposta em eventos da área de robótica.
| Ind 4.0 | | | | Antecipação de compras e Brexit prejudicam o resultado de janeiro
Os europeus compraram menos carros em janeiro, segundo dados divulgados na terça-feira, 18, pela Acea, associação das fabricantes na região. Segundo a entidade, as vendas de veículos leves, que inclui automóveis e utilitários, foi prejudicada pela antecipação de compra que ocorreu em dezembro devido a alterações tributárias anunciadas por alguns países membros da União Europeia (UE) e que passaram a valer a partir deste ano.
Com isso, os licenciamentos no primeiro mês de 2020 ficaram em 956,7 mil unidades, queda de 7,5% com relação ao mesmo mês do ano passado, quando os emplacamentos somaram pouco mais de 1,03 milhão de veículos. Desde setembro do ano passado que as vendas dentro de um único mês não ficam abaixo da casa de 1 milhão para a região.
A demanda por automóveis diminuiu nos quatro principais mercados da UE, sendo que a França registrou o maior declínio (-13,4%), seguida pela Espanha (-7,6%), Alemanha (-7,3%) e Itália (-5,9%).
Para a Acea, os negócios do setor automotivo também sofreram com outros fatores indiretos, como o enfraquecimento de condições econômicas globais, além das incertezas que ainda cercam a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.
Por isso, a entidade informa que já adequou suas estatísticas de vendas, excluindo os números do Reino Unido – inclusive nos dados atuais de janeiro de 2020. Para reajustar as comparações, também recalculou os dados de anos e meses passados desconsiderando o mercado britânico.
| Automotive Business ( publicado em 18-02-2020) | | | |
Unidade na Alemanha inicia com capacidade para fornecer a 400 mil veículos por ano
A Basf escolheu seu complexo industrial de Schwarzheide, na Alemanha, para investir em uma nova fábrica para a produção de material catódico ativo (CAM) indicado para aumentar o desempenho das baterias de carros elétricos. A unidade terá capacidade inicial para fornecer a 400 mil veículos por ano. A empresa não divulgou o valor que será investido no local.
Segundo a Basf, o projeto modular e a infraestrutura da fábrica de Schwarzheide permitem o aumento rápido na produção a fim de atender a demanda crescente de veículos elétricos no mercado europeu. A planta alemã vai utilizar precursores (PCAM) que serão feitos na unidade da Basf em Harjavalta, na Finlândia. O início das operações das duas fábricas está previsto para 2022.
“As fábricas na Finlândia e na Alemanha oferecerão aos nossos clientes o acesso confiável à materiais ativos de cátodo de níquel próximo às instalações de fabricantes europeias", afirma o presidente da divisão de catalisadores da Basf, Peter Schuhmacher.
Com esses investimentos, a organização amplia sua base de fornecimento de material catódico ativo no mundo: a empresa já possui operações na Ásia e nos Estados Unidos. Na Europa, soma-se à produção de material catódico o fornecimento de metais básicos, principalmente níquel e cobalto, dedicados ao segmento de baterias para carros elétricos.
| Automotive Business ( publicado em 18-02-2020) | | | | Unidade inaugurada em 1996 produz 2,5 mil propulsores/dia e tem 920 empregados
Com um modelo TSI 1.4 turbo de 150 cavalos que equipa os recém-lançados Virtus e Polo GTS e já equipava uma versão do T-Cross, a Volkswagen atingiu a marca de 20 milhões de motores produzidos em São Carlos (SP). A planta foi inaugurada em 1996 e sua capacidade instalada é de 4,7 mil unidades por dia, mas produz atualmente 2,5 mil/dia, com 920 empregados ao todo, 630 diretos.
“Atualmente, 25% da produção é exportada. Enviamos o motor 1.4 TSI para o México, onde é montado nos Jetta e Tiguan enviados para os Estados Unidos. Também já exportamos componentes feitos aqui para a Alemanha”, afirma o presidente da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si.
Os motores exportados são 100% a gasolina e saem do prédio mais moderno, construído para produzir a família EA 211, com bloco e cabeçote de alumínio, que no Brasil são flex etanol-gasolina e equipam Up!, Polo, Virtus e T-Cross. São Carlos produz os modelos três-cilindros 1.0 em versões TSI turbo e MPI aspirado, além dos quatro-cilindros 1.4 TSI e o 1.6 MPI. Em outra ala são produzidos os motores antigos EA 111 1.6, com bloco de ferro, que equipam somente os veteranos Gol, Voyage, Saveiro e Fox.
O setor de usinagem vem operando em três turnos e o de montagem, em dois. O terceiro está em layoff, suspensão temporária dos contratos de trabalho. A fábrica faz o trabalho completo de usinagem e montagem, mas não produz os blocos, cabeçotes ou virabrequins.
“Os blocos e cabeçotes são fornecidos pela Nemak e WHB”, afirma o supervisor de engenharia de processo, Maurício Scrassolo. A essas duas empresas se somam outros 100 fornecedores nacionais e outros 90 estrangeiros.
| Automotive Business ( publicado em 18-02-2020) | | | |
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