O Estado registrou no mês de outubro a maior quantidade de vagas ofertadas, em relação ao número de inscritos em busca de emprego no País. Os dados são da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do Ministério da Economia.
O Paraná liderou em outubro o ranking nacional de vagas ofertadas nas Agências do Trabalhador, em relação ao número de inscritos em busca de emprego. Segundo os dados divulgados pela Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do Ministério da Economia, cerca de 15 mil vagas foram oferecidas no mês em todo o Estado para aproximadamente 12,8 mil trabalhadores inscritos – ou seja, houve mais vagas abertas do que o número de trabalhadores buscando colocação.
Alagoas ficou em segundo lugar, com 1.599 vagas ofertadas e 1.561 candidatos, e o Rio Grande do Sul em seguida, com 11.853 vagas para 14.048 trabalhadores em busca de uma colocação no mercado de trabalho.
Existem hoje 216 Agências do Trabalhador no Paraná, o que facilita o acesso ao mercado de trabalho. “Este é um reflexo direto do trabalho de captação de novas vagas de emprego que é desenvolvido pela equipe do setor de Intermediação de Mão de Obra do Departamento do Trabalho junto às empresas parceiras”, destaca secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost”.
Ele acrescenta que a ação proativa da secretaria vem complementar a política de atração de investimentos, uma das prioridades deste governo. “Buscamos nos aproximar da iniciativa privada para acelerar a colocação dos trabalhadores no mercado, fazendo com que o Paraná gere mais emprego e renda”, complementa Ney.
DE VOLTA AO MERCADO - Tatiana Trebejo de Souza estava desempregada há alguns anos e hoje atua como recepcionista em uma empresa. Contratada por intermédio da Agência do Trabalhador de Curitiba, ela conta que o apoio dos atendentes da agência foi fundamental para que encontrasse um novo emprego.
“Fui muito bem atendida pela equipe. O atendente analisou meu perfil e me indicou para as vagas em que eu melhor me encaixava, e fui encaminhada. Três semanas depois fui contratada e já tive inicio imediato”, disse. De acordo com Tatiana, o apoio da agência foi imprescindível para que ela encontrasse um emprego em uma área de acordo com seu perfil.
SERVIÇO - Para se candidatar às vagas, o interessado deve comparecer à Agência do Trabalhador mais próxima de sua casa e levar a Carteira de Trabalho e documentos pessoais, como Carteira de Identidade e CPF, ou fazer o agendamento online (acesse AQUI).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quinta-feira (21) da Smart City Expo Barcelona, maior exposição global sobre mobilidade, inovação, desenvolvimento urbano, transformação digital, inclusão e cidades compartilhadas. Em março do ano que vem, a edição brasileira da feira acontecerá em Curitiba.
A visita aconteceu dentro da agenda internacional do Governo na Espanha, que contou com um fórum sobre o Estado (Paraná Day) para empresários e investidores, encontros bilaterais com empresas de telefonia, infraestrutura e turismo, e visitas técnicas a centrais energéticas e de controle de tráfego.
O governador também se encontrou com o CEO da Fira Barcelona, Ricard Zapatero. A Fira é o espaço que recepciona a Smart City Expo Barcelona e um consórcio que promove internacionalmente os fóruns de cidades inteligentes. Ratinho Junior explicou que Estado está construindo em parceria com os municípios uma plataforma de gestão chamada Governo 5.0, para acelerar a implementação de políticas inovadoras.
INOVAÇÃO - A Smart City Expo Barcelona reúne 25 mil visitantes de 700 cidades de 140 países, entre empresários, pesquisadores e autoridades. A exposição abre espaço para cidades inteligentes de todo o mundo mostrarem suas experiências exitosas e promove um congresso para debater iniciativas que resultam em serviços públicos mais rápidos, ambientes mais salutares e com mais conectividade às melhores ideias do setor privado.
“A tecnologia serve para tornar as cidades mais inteligentes e melhorar a vida da população. Conhecer essas experiências é parte do planejamento do Governo 5.0 de levar soluções inovadoras para os serviços públicos estaduais e municipais”, afirmou Ratinho Junior. “A feira reúne as empresas que fornecem as tecnologias e como as cidades as utilizam para melhorar seus serviços dentro de seus contextos. Um governo inovador precisa dessa conectividade plena”.
O Governo 5.0, lançado neste ano, é uma iniciativa liderada pelo governador, que tem como meta planejar o Estado para os próximos anos em parceria com os municípios. O objetivo é transformar o Paraná em um ambiente cada vez mais aberto a novas tecnologias e soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
“O Governo 5.0 é parte de um processo de construção de um novo modelo de gestão. Queremos estabelecer novas pontes com os municípios para aprender e escutar, para que a vida das pessoas seja impactada das prefeituras até o Governo”, complementou Ratinho Junior. “Nos debruçamos sobre novas ideias, olhamos o que o mundo vem fazendo, o que os países estão construindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
SMART CITY CURITIBA - O Smart City Expo Curitiba 2020 ocorrerá na capital do Paraná em 26 e 27 de março. Será a terceira edição da feira na cidade e ela deve receber 8 mil participantes, segundo a prefeitura – 20% a mais do que esse ano. Curitiba vai abrir o calendário de eventos da Fira. As outras edições de 2020 serão em Santiago (Chile), Atlanta (EUA), Mérida (México), Buenos Aires (Argentina), Doha (Qatar) e Quioto (Japão).
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) permaneceu positivo em novembro, chegando a 62,6 pontos, recuperando a perda de 0,6 ponto no mês anterior, retomando a trajetória de crescimento em 2019. O resultado também foi o melhor para o mês em dez anos, com exceção do ano passado (63,3 pontos), quando o indicador foi impulsionado pelo efeito pós-eleitoral.
Desde outubro de 2018, o índice aponta empresários confiantes, com valores acima de 50 pontos – fronteira entre confiança e falta de confiança. Segundo a analista da gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, fatores como a melhora das perspectivas de crescimento econômico e a conjuntura nacional, com a recuperação gradual do mercado de trabalho, a inflação controlada e os juros mais baixos, vêm contribuindo com a recuperação da confiança dos industriais.
“É interessante observar que o índice geral aumentou tanto pela componente de condições atuais quanto pela de expectativas para os próximos seis meses. Além disso, os empresários estão mais confiantes com a economia brasileira, com a economia do Estado e com a própria empresa”, ressaltou.
Neste sentido, ela destacou que o componente de condições atuais apontou satisfação dos empresários pelo quinto mês consecutivo e, em novembro, atingiu 56,5 pontos. O índice foi 3,9 pontos maior do que em outubro e 4 pontos superior a novembro do ano passado.
Já o índice de expectativas atingiu 65,7 pontos – valor 2,6 pontos superior ao de outubro e o melhor para novembro em dez anos, atrás apenas de 2018 (69,1 pontos), quando as expectativas foram infladas após os resultados das eleições. “Naquela época, havia uma euforia muito grande quanto às mudanças políticas no Brasil e no Estado, a partir das eleições de Jair Bolsonaro e Romeu Zema, respectivamente”, disse.
Segmentos – De acordo com o levantamento da Fiemg, neste mês, as empresas de médio porte foram as que demonstraram maior satisfação dos empresários, com 63,8 pontos. As de grande porte registraram 63,2 pontos e as pequenas, 60,3 pontos. Dentre as condições atuais, mais uma vez o destaque ficou por conta das médias empresas (58,6 pontos).
Entre os subitens, a situação da economia brasileira se destacou com 57,4 pontos, seguida pela situação da própria empresa com 56,8 pontos e a economia do Estado com 53,7 pontos.
Quanto às expectativas para os próximos seis meses, que também se mostraram positivas em novembro, mais uma vez as empresas de médio porte se destacaram com 66,4 pontos. As de grande porte registraram 66,3 pontos e as de pequeno obtiveram 63,7 pontos.
Vale destacar que a perspectiva em relação à própria empresa atingiu 67,4 pontos, enquanto a percepção futura da economia brasileira chegou a 63,7 pontos e da economia mineira 60,8 pontos. “De maneira geral, o índice mostrou que os empresários estão satisfeitos com as condições atuais de negócios e otimistas com os próximos meses”, finalizou Daniela Muniz.
“Humor” no País também melhora em novembro
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) aumentou 3,2 pontos frente a outubro e alcançou 62,5 pontos em novembro. Com isso, o indicador está 7,9 pontos acima da média histórica, que é de 54,6 pontos, informou a pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores do Icei variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
“O aumento da confiança estimula a recuperação da economia brasileira à medida que impulsiona o aumento da produção e a retomada do investimento”, avalia a CNI.
O estudo destaca que o Índice de Condições Atuais, um dos componentes do Icei, alcançou 56,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2010. O índice está 3,6 pontos acima do registrado em novembro de 2018. O Índice de Expectativas, por sua vez, subiu para 65,6 pontos neste mês e está 2,9 pontos abaixo do verificado em novembro do ano passado.
“A elevada confiança está baseada tanto no sentimento de melhora da situação corrente como nas expectativas para os próximos seis meses. Em novembro de 2018, a percepção de melhora das condições correntes ainda era incipiente e a confiança se baseava nas expectativas positivas impulsionadas pela eleição de um novo governo”, observa a CNI.
“Os empresários já estão vendo melhora em sua empresa e na economia como um todo. Há o sentimento de que as expectativas otimistas estão se materializando”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.
A confiança melhorou em todas as regiões do País e é maior no Centro-Oeste, onde alcançou 63,8 pontos. Em seguida, aparece o Sul, com 63,4 pontos. No Norte, foi de 63,2 pontos, no Sudeste, ficou em 61,9 pontos e, no Nordeste, em 61,5 pontos.
De acordo com a pesquisa, a confiança é maior nas médias e grandes empresas; em ambos os segmentos o Icei alcançou 62,8 pontos neste mês. Nas pequenas, o indicador ficou em 61,5 pontos.
Esta edição do Icei foi medida entre 1º e 12 de novembro, com 2.445 empresas. Dessas, 954 são pequenas, 898 são médias e 593 são de grande porte.
Estimativa para alta do PIB global no ano que vem passou de 3% para 2,9%. Para o Brasil, previsão de crescimento foi mantida em 0,8% em 2019 e 1,7% em 2020.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento da economia mundial para 2020, passando a projetar um crescimento de 2,9%, ante estimativa anterior, divulgada em setembro, de alta de 3%, em razão da ameaça persistente de tensões comerciais.
Para 2019, a projeção de crescimento foi mantida em 2,9% – menor taxa de crescimento anual desde a crise financeira de 2008/2009. Em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) global cresceu 3,6%.
"Os conflitos comerciais, o fraco investimento privado e a incerteza política persistente pesam sobre a economia mundial e aumentam o risco de estagnação a longo prazo", destacou a OCDE.
Entre as principais desacelerações previstas para o ano que vem, destaque para Estados Unidos (com alta do PIB de 2,3% em 2019, recuando para 2% em 2020), China (6,2% em 2019 e 5,7% em 2020) e Japão (1% em 2019 e 0,6% em 2020).
Oferecendo um pequeno consolo, a estimativa da OCDE é de uma expansão de 3% em 2021, mas só se uma série de riscos que vão de guerras comerciais a uma acentuada desaceleração chinesa sejam contidos.
A instituição destaca a ação dos bancos centrais para apoiar a economia, mas alerta para o "desequilíbrio" entre as políticas monetárias e orçamentárias e pede mais políticas fiscais "incitadoras" para estimular investimentos de longo prazo.
A OCDE também expressa preocupação com a deterioração das perspectivas econômicas e salienta que os Estados não têm levado em conta mudanças estruturais como digitalização, mudança climática ou mudanças geopolíticas que ocorreram desde o final dos anos 1990.
"Seria um erro político considerar essas mudanças como fatores temporários que poderiam ser tratados pela política monetária ou fiscal, são estruturais", destacou a instituição.
Projeções para o Brasil
Para o Brasil, a previsão de crescimento do PIB foi mantida em 0,8% para 2019 e em 1,7% para 2020, mas passou a ver crescimento de 1,8% em 2021, ante alta de 2% estimada em setembro.
Entre os países emergentes, a situação continuará sendo crítica na Argentina, com uma queda no PIB de 3% em 2019 e retração de 1,7% em 2020.
Quem ganha salário mínimo hoje no país não é pobre; essa é a realidade
Os sinais recentes de aceleração da atividade são bastante incipientes, porém consistentes. Com exceção da indústria, que continua estagnada, vemos melhora nos indicadores de consumo, serviços, construção civil e concessões de crédito.
O governo colhe frutos de seu antecessor, que avançou em reformas como a do teto de gastos e a trabalhista, na diminuição dos subsídios e, principalmente, no controle da inflação, o que permitiu atingirmos baixíssimos níveis de juros.
Cabe à atual gestão o importante mérito de ter promulgado a reforma da Previdência, resolvido finalmente o imbróglio da cessão onerosa e começado a buscar uma maior abertura comercial com importantes parceiros, como a União Europeia e a China.
Nada disso, porém, é suficiente para animar os investidores. Há pouca visibilidade de que continuaremos na direção de reformas liberais, justamente porque a economia está demorando a decolar.
A América Latina passa por convulsões sociais, e há sempre risco de contágio.
Os acontecimentos recentes aumentam a urgência do crescimento. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu da prisão atacando fortemente o modelo econômico liberal, no momento em que este começa a mostrar que pode dar certo. Bolsonaro, que até agora nadava de braçada sem oposição organizada (em contraponto à sua falta de habilidade política), poderá enfrentar um ambiente mais hostil.
Reformas não costumam ser populares: atingem setores muito bem organizados que lutam com veemência para manter o status quo.
A Previdência ganhou apoio da população ao escancarar os privilégios de quem se aposenta extremamente cedo. Além disso, houve um entendimento dos políticos e da sociedade civil de que, sem tais mudanças, entraríamos em uma profunda recessão, com o país quebrado.
Infelizmente, com sua implementação, apenas desaceleramos o crescimento do rombo previdenciário, não abrimos ainda espaço para investimentos públicos nem afastamos o risco de descumprir o teto de gastos.
Para que o ajuste fiscal seja completo, dois desafios estão postos: acabar com a vinculação dos gastos sociais aos reajustes do salário mínimo e fazer uma reforma administrativa.
O primeiro não avança porque o sistema político não aceita que benefícios sociais sejam corrigidos apenas pela inflação. Falta conhecimento da distribuição de renda do Brasil. Quem ganha salário mínimo hoje no país não é pobre. Essa é a realidade, infelizmente.
O segundo, por sua vez, foi abandonado nesta semana por Bolsonaro e Guedes. O governo cedeu para a bancada dos servidores e parece temer manifestações de rua. Deveria se debruçar na recente pesquisa XP Ipespe, a qual mostra que a maioria da população concorda que as leis que regem o serviço público devem ser alteradas para permitir demissões em tempos de crise. Para 46% da população, as normas que dificultam a demissão de servidores públicos são negativas e incentivam a baixa produtividade.
A reforma tributária, importantíssima para a produtividade da economia, não parece ser prioridade.
Nunca houve momento tão propício para sua aprovação, mas preferimos focar novamente a desoneração da folha de pagamentos e voltar a circular a péssima ideia da volta da CPMF.
Precisamos urgentemente consolidar o crescimento ou jogaremos fora todo o árduo trabalho realizado até agora. A urgência está na persistência de continuar avançando, e não na busca de soluções mágicas.
Solange Srour -Economista-chefe da gestora ARX Investimentos. É mestre em economia pela PUC-Rio.
Guia Salarial 2020 da Robert Half destaca a importância de os profissionais desenvolverem competências que vão além da capacidade técnica.
Para conseguir emprego, os profissionais devem combinar familiaridade com as inovações tecnológicas, habilidades comportamentais e capacidade analítica. Isso porque a transformação digital e os avanços da tecnologia em todas as áreas e indústrias têm aumentado a competitividade das empresas, a disputa por vagas de trabalho e a exigência do aprendizado contínuo.
De acordo, com levantamento da Robert Half, empresa de recrutamento especializado que seleciona profissionais para oportunidades permanentes e projetos, a tendência é de que, até 2022, as habilidades mais demandadas na contratação de profissionais sejam visão de negócio (opinião de 51% dos líderes), pensamento estratégico (48%), liderança (48%) e capacidade de adaptação (42%).
“Em função dessa disputa, é fundamental que os profissionais cuidem não apenas da capacitação técnica, mas também desenvolvam as habilidades comportamentais, participando proativamente de grupos de trabalho, buscando agregar mais valor para a função que executam, para a área, negócios e para a empresa como um todo”, aponta Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half.
Com base no Guia Salarial 2020, a Robert Half destaca as 10 habilidades comportamentais mais desejadas pelas empresas:
Boa comunicação
O que é: habilidade de se comunicar bem é a chave para profissionais trabalharem de forma integrada ao negócio. É essencial que eles possam traduzir questões técnicas de suas áreas para diferentes públicos, desde o corpo operacional até o CEO da empresa, além do público externo. Comunicação eficiente também é uma das bases para ser um bom gestor.
Bom relacionamento interpessoal
O que é: é uma habilidade essencial, já que o profissional precisa transitar por várias áreas. Para que haja uma interação entre os departamentos, os colaboradores de diferentes setores precisam se relacionar bem. Equipes sintonizadas nos objetivos organizacionais se relacionam harmoniosamente para atingir bons resultados nas suas áreas e na companhia, como um todo.
Dinamismo
O que é: colaboradores dinâmicos têm a capacidade de raciocínio rápido e conseguem fazer mais tarefas de forma mais rápida e ágil do que os demais. Isso potencializa sua produtividade e os seus resultados. Esta capacidade de administrar várias demandas simultaneamente é um grande diferencial competitivo, ainda mais numa era onde tudo acontece de forma veloz e as empresas precisam conquistar maior eficiência operacional e aprender a fazer mais com menos.
Domínio do idioma inglês
O que é: a maioria dos profissionais ainda não domina uma segunda língua. Falar inglês é essencial, pois as empresas estão cada vez mais conectadas globalmente e o profissional que souber falar ou entender outro idioma, além de expandir seu conhecimento, poderá melhorar seu cargo ou salário.
Flexibilidade
O que é: bons profissionais sabem que as circunstâncias mudam rapidamente e é preciso ter capacidade para se adaptar na mesma velocidade. É importante não ter medo de mudar de rumo e também aprender como tirar vantagem de uma situação que parece perdida.
Hands on (mão na massa)
O que é: esse é o profissional que bota a mão na massa, faz junto e se aprofunda nas atividades. Sua mente é aberta para absorver novos conhecimentos. Ser produtivo e participar da execução dos trabalhos é a melhor forma para potencializar suas entregas para benefício de toda a equipe.
Orientado a resultados
O que é: capacidade que um profissional tem para focar na concretização dos objetivos da empresa e, assim, garantir que os resultados sejam alcançados conforme o esperado. Também possibilita impulsionar o crescimento de outros profissionais da equipe, pois o conhecimento partilhado contribui com os resultados a serem alcançados pela toda a organização.
Perfil multidisciplinar
O que é: é um profissional híbrido que aplica conhecimentos de outras áreas no setor em que é especialista, mesmo que não seja necessariamente sua formação. Ele tem uma visão sistêmica do negócio e busca conhecimento por conta própria, em cursos livres, especializações, palestras e workshops, por exemplo.
Senso de dono
O que é: hoje as empresas buscam profissionais que abracem os projetos com responsabilidade e a motivação de um empreendedor. É preciso ter postura ativa para apresentar soluções que possam viabilizar ou facilitar o exercício da atividade e, principalmente, expandir os negócios junto com a empresa.
Visão de negócio
O que é: ter uma consciência clara da direção para onde a empresa está indo é essencial para ser bem-sucedido. A visão clara do futuro vem junto com a habilidade de tomar as medidas necessárias para chegar lá. É necessário ver além do negócio, mas esse é um exercício complexo e envolvente. Esses profissionais combinam uma forte determinação com o desejo de crescer.
Pagamentos da segunda parcela começam na próxima segunda-feira (25); veja calendário
Aposentados, pensionistas e demais beneficiários da Previdência poderão consultar os valores da segunda parcela do 13º salário a partir desta sexta-feira (22), informou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
É possível que alguns segurados consigam realizar a consulta já nesta quinta (21), caso a Dataprev (empresa de tecnologia da Previdência) antecipe o fechamento da folha de pagamentos.
O acesso à informação é feito pelo portal de serviços Meu INSS (meu.inss.gov.br), clicando no item “extrato de pagamento de benefício”.
Os depósitos começam na próxima segunda-feira (25) e serão feitos nas mesmas datas em que os beneficiários recebem a renda mensal de novembro.
O calendário segue o número final do cartão de benefício, começando pelo número 1 e por quem recebe o salário mínimo, de R$ 998 neste ano. Seguindo o cronograma, os pagamentos vão até dia 6 de dezembro.
Nessa segunda etapa de pagamentos, o valor tem o desconto da primeira parte do abono e do Imposto de Renda, quando for o caso. Dependendo da faixa de valor, não há cobrança do tributo.
Aposentados e pensionistas com até 64 anos de idade e que têm renda mensal acima de R$ 1.903,98 devem ficar atentos ao planejar seus gastos: a segunda parcela será menor do que a primeira, pois é nesta etapa em que ocorre o desconto do IR.
Para quem tem a partir de 65 anos, o imposto é aplicado nos benefícios com valor mensal acima de R$ 3.807,96, pois há uma parcela extra de isenção.
Para quem começou a receber a renda até janeiro deste ano e não paga IR, as parcelas do bônus correspondem à metade da renda. É o caso de quem recebe o salário mínimo; cada parcela é de R$ 499.
Quem passou a ser beneficiário a partir de fevereiro tem um abono proporcional ao número de meses em que receberá a renda do INSS no ano.
Trabalhadores ativos
Trabalhadores da ativa também terão o 13º na semana que vem. "O pagamento do abono é dividido em duas etapas. No caso de funcionários com carteira assinada de empresas privadas, a primeira parcela deve ser depositada ao trabalhador até o dia 30 de novembro e, a segunda, até 20 de dezembro", diz o advogado trabalhista Marcos Lemos, do Benício Advogados Associados.
Os descontos referentes a INSS e Imposto de Renda, explica o especialista, incidem na segunda parcela do pagamento da gratificação.
O pagamento do 13º salário é diferente em duas situações. A primeira delas é em caso de contrato intermitente de trabalho.
"Nesse tipo de contratação, o funcionário recebe fração correspondente ao 13º salário ao final de cada período de prestação de serviços, que é mensal", diz Lemos.
A outra exceção é no caso do contrato de trabalho Verde Amarelo, criado como parte do pacote de estímulo ao emprego do governo federal.
"Desde que acordado com o empregador, o funcionário poderá receber o 13º salário ao final de cada mês ou outro período determinado entre as partes."
Alíquota máxima hoje é de 27,5% e pega a renda mensal a partir de R$ 4.664,68
A equipe econômica avalia alterar alíquotas de Imposto de Renda de pessoas físicas e aumentar a cobrança sobre salários mais altos.
Nas discussões, é considerado elevar a alíquota máxima para 35% para quem ganha acima de R$ 39 mil por mês, segundo fontes do governo.
Hoje, as pessoas físicas são taxadas com uma alíquota máxima de IR de 27,5%. Esse percentual é aplicado a salários acima de R$ 4.664,68 ao mês.
A tributação mais alta atingiria principalmente a elite do serviço público, que não conseguiria ter como alternativa a chamada "pejotização" --movimento comum na iniciativa privada para transformar o vínculo empregatício em um contrato entre duas pessoas jurídicas para escapar da tributação.
A proposta ainda não está fechada e as discussões podem se estender durante 2020.
A ideia é conseguir receitas para compensar a desoneração da folha de pagamentos das empresas, medida de redução de custo da mão de obra e que representaria perda de dinheiro para os cofres públicos.
Após a publicação da reportagem, o Ministério da Economia afirmou que “não há estudos para aumentar a alíquota máxima do Imposto de Renda para 35%”. “A possibilidade de uma tributação diferenciada para rendas mais altas está sendo estudada, mas não se considera uma alíquota nesse patamar”, afirmou.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta semana, no entanto, o próprio secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, confirmou que a alíquota de 35% estava em estudo. “Está em estudo”, disse ele ao ser questionado sobre a alíquota mais alta de 35%.
Nesta quarta-feira (20), Tostes defendeu ampliar o recolhimento sobre a renda e reduzir o do consumo.
Segundo ele, uma primeira parte da reforma tributária do governo vai ser enviada ainda neste ano ao Congresso Nacional.
"[Estou] Inteiramente de acordo com a sua percepção da necessidade de obter um montante maior de arrecadação da base renda e uma redução da arrecadação em relação à base consumo", afirmou nesta quarta em audiência na Câmara dos Deputados, em resposta a um congressista.
Ele afirmou ainda que a proposta do governo vai conter medidas no IR para diminuir a regressividade --ou seja, o conjunto de fatores no sistema tributário que faz mais ricos pagarem menos em termos percentuais do que classes de renda mais baixas.
Estudos da Receita Federal indicam que o sistema tributário privilegia os mais ricos, que hoje contam, por exemplo, com benefícios como isenções e incentivos para diferentes instrumentos financeiros.
"Está sendo considerada nos nossos estudos, e na formulação da proposta que iremos encaminhar, a necessidade de revisar a tributação sobre a renda. E existem medidas que diminuem a regressividade da estrutura atual, tornando mais progressivo o tributo sobre a renda", afirmou.
Um dos instrumentos, disse, devem ser impostos sobre a distribuição de lucros (feita hoje por meio de dividendos e juros sobre capital próprio).
Tostes Neto disse que o governo deve enviar uma proposta da reforma tributária ainda neste ano (que deve começar pela fusão de PIS e Cofins).
Apenas nas fases seguintes, previstas para serem criadas a partir do próximo ano, estão previstas as mudanças no IR a desoneração da folha de pagamento das empresas.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também critica o modelo tributário atual, em sua visão voltado ao consumo.
"Concentramos impostos em bens e serviços e tributamos menos a renda. Significa que ricos pagam menos impostos que pobres no país", disse Maia na última terça-feira (12).
Maia, no entanto, contesta a ideia do governo de fatiar a proposta de reforma tributária. Para ele, um projeto apenas para unificar PIS e Cofins deve enfrentar dificuldades no Congresso. "Não é simples. Já se tentou durante dois anos e não se conseguiu. Mas vamos ver", disse o presidente da Câmara.
Interlocutores do governo no Congresso querem tentar criar uma comissão com deputados e senadores na próxima semana para destravar as discussões da reforma tributária e buscar um consenso entre Executivo, Câmara e Senado.
Segundo Tostes Neto, o objetivo é não haver aumento da carga. "A diretriz colocada pelo ministro [da Economia, Paulo Guedes] é que, de todos os componentes, nenhum deverá proporcionar aumento da carga tributária", disse.
O secretário defende manter o patamar atual da arrecadação para não comprometer o objetivo do governo de buscar reequilíbrio fiscal.
"É muito importante para a diminuição desse desequilíbrio a manutenção da arrecadação nesses níveis", afirmou. Por isso, disse, a mudança em direção a um sistema tributário mais progressivo será vista a longo prazo.
"No curto prazo, a carga tributária precisa estar nos níveis atuais pela necessidade de reequilíbrio fiscal, mas no longo prazo a proposta é reduzir a carga tornando o sistema tributário mais progressivo. Isso está considerado e será levado em conta na formulação da proposta", disse.
O secretário reiterou que e reforma do governo só alcançará os tributos do governo federal, com a unificação de PIS, Cofins e IPI.
Guedes vem dizendo que estados e municípios que queiram poderão aderir com a fusão de seus tributos também, de forma voluntária.
A instituição de um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da CPMF, não fará parte do pacote do governo. A medida era o principal pilar da reforma de Guedes, mas foi vetada por Bolsonaro.
Frequentemente usado pelos governos como justificativa para se acelerar o recolhimento, os programas de refinanciamento de dívidas (os chamados Refis) foram criticados por Tostes Neto.
Segundo ele, as avaliações da Receita demonstram que os sucessivos programas são danosos para a arrecadação.
Boa Vista passou a informar clientes sobre uso de dados na segunda (18)
Reta final Os cinco maiores bancos do país concluem nesta semana o envio de dados de 110 milhões de consumidores para os birôs de crédito, segundo o SPC Brasil. Nesse ritmo, parte das informações do novo cadastro positivo podem começar a ser consultadas pelo mercado já em 2019.
Aviso A Boa Vista SCPC começou na segunda (18) a notificar clientes dos bancos sobre o recebimento dos dados. Após isso, os birôs devem cumprir prazo de 30 dias para iniciar a operação cadastro.
O secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, disse que a reforma tributária que o governo enviará ao Congresso manterá a carga de impostos e contribuições no nível atual no curto prazo, reduzindo ao longo do tempo. "A diretriz do ministro Paulo Guedes para todos os pontos que compõem a proposta de reforma tributária é que não haja aumento de carga."
De acordo com estudo dos economistas José Roberto Afonso e Kleber de Castro, a carga tributária do País atingiu o pico histórico de 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 - o equivalente a R$ 2,39 trilhões. Em média, cada habitante recolheu o equivalente a R$ 11.494 em impostos, precisando trabalhar cerca de 128 dias apenas para quitar os seus compromissos com o pagamento de tributos. Já segundo estimativa do Tesouro Nacional, o patamar de impostos pagos em relação à riqueza do País atingiu 33,5% do PIB em 2018, o maior em nove anos.
Detalhes da proposta da reforma tributária foram antecipados na segunda-feira, 18, por Tostes ao jornal O Estado de S. Paulo. Na primeira fase, a ser deflagrada até o fim do mês, o governo deverá enviar ao Legislativo projeto de lei que unifica o PIS e a Cofins, incidentes sobre produtos e serviços. Na segunda fase, prevista para o início do ano, o plano é encaminhar a mudança no Imposto sobre Produtos Industrializados, que passará a existir como tributo seletivo sobre certos bens.
A terceira fase, que deve ser enviada no primeiro trimestre, vai se concentrar no Imposto de Renda de pessoas físicas, incluindo aumento da faixa de isenção e criação de nova alíquota para os mais ricos, e pessoas jurídicas. A última etapa, em meados do ano que vem, será dedicada à desoneração da folha de salários das empresas.
"Temos expectativa de que Estados e municípios discutam conceber uma proposta idêntica de racionalização para os tributos sobre o consumo", afirmou Tostes, em audiência na Comissão de Tributação e Finanças da Câmara.
O secretário disse ainda que a reforma do governo será enviada ao Congresso Nacional ainda este ano. "É uma decisão tomada e é prioridade", garantiu.
Consenso
Ele acrescentou que os projetos de reforma tributária no Congresso têm pontos que podem ser agregados à proposta do governo e que a ideia é debater o assunto com os parlamentares. "Esperamos construir um consenso", completou.
Tostes disse que a proposta em estudo no governo prevê a tributação de lucros e dividendos (pagamento que os acionistas de uma empresa recebem pelo lucro gerado), em paralelo à redução do Imposto de Renda sobre pessoas jurídicas. Segundo ele, isso será feito de forma a afastar o argumento de que taxar lucros e dividendos seria bitributação. As companhias de capital aberto (com ações na Bolsa) são obrigadas a distribuir pelo menos 25% do seu lucro líquido. Hoje, os acionistas não precisam pagar impostos sobre os dividendos.
Tostes disse ainda que um Imposto sobre Transações Financeiras (ITF) não estará na proposta do governo. A recriação de um tributo nos moldes da extinta CPMF foi considerada pela equipe do ministro Guedes, mas acabou deixada de lado depois da resistência do Congresso e do presidente Jair Bolsonaro. Levou, inclusive, à queda do antecessor de Tostes, o economista Marcos Cintra.
O executivo José Carlos Grubisich, ex-presidente da petroquímica Braskem, foi preso nesta quarta-feira, 20, em Nova York, sob acusação de comandar um intricado esquema de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e pagamento de propinas. De acordo com informações do Departamento de Justiça americano (DoJ), cerca de US$ 250 milhões (mais de R$ 1 bilhão) foram direcionados para um fundo com o objetivo de financiar atos de corrupção.
Grubisich foi preso ao chegar ao Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, pela manhã, onde passaria uma semana de férias com a mulher, Kátia. As acusações haviam sido definidas em fevereiro e foram mantidas sob segredo de Justiça por oito meses para facilitar a prisão de Grubisich quando ele estivesse em solo americano, informou o DoJ no documento que explica o caso.
Os detalhes das acusações foram divulgados por volta das 18h30, em Nova York.
Segundo o DoJ, as investigações sobre o executivo correm desde 2015 e se referem a pagamentos ilegais feitos entre 2002 e 2014, sendo que parte das acusações envolvem a Odebrecht. Ele foi presidente da petroquímica do grupo brasileiro - um dos pivôs da Operação Lava Jato e hoje em recuperação judicial - entre os anos de 2002 e 2008.
A acusação lembra que, apesar de ter deixado o principal cargo executivo da Braskem em 2008, Grubisich manteve um assento no conselho de administração da petroquímica até 2012. Depois disso, atuou por mais dois anos como consultor externo do Grupo Odebrecht.
Nos Estados Unidos, ele está sendo defendido pelo advogado Glen Kopp, do escritório Meyer Brown. O escritório Toron, Torihara e Szafir Advogados, de São Paulo, também acompanha a defesa de José Carlos Grubisich. A informação da prisão foi originalmente revelada pela agência Reuters.
De acordo com o Departamento de Justiça, o risco de fuga do executivo é alto. Essa afirmação é justificada pelo fato de o executivo ser brasileiro. O País não tem acordo de extradição de cidadãos que estão sendo investigados em outros países. Ao ser ouvido em uma Corte de Nova York, na tarde de quarta, Grubisich se declarou inocente das acusações. A mulher do executivo se disse "perplexa" com a prisão.
Ajuda de Wesley e Joesley
Presente à audiência em que Grubisich ouviu as acusações, o Estadão/Broadcast presenciou o executivo orientar a mulher a dar imóveis como garantia para uma eventual fiança. Ela ainda foi orientada a procurar os empresários Joesley e Wesley Batista, também alvo de escândalos de corrupção, para pedir ajuda. Depois de sair da Braskem, o executivo foi presidente da Eldorado Celulose, do grupo J&F.; "Katia, fica em paz. Tá tudo bem (...) Liga também para o Joesley e o Wesley."
Nesta quarta-feira, o pedido inicial de libertação sob fiança foi negado. A próxima deliberação sobre o caso será realizada entre sexta-feira (22) e a próxima segunda-feira, de acordo com o advogado Alberto Toron, que representa o executivo no Brasil.
Toron disse ter "estranhado" a operação nos Estados Unidos, já que as acusações do Departamento de Justiça (DoJ) americano se baseiam em fatos ocorridos no Brasil, sendo que por aqui Grubisich não responde pelas acusações imputadas pela Corte americana. A justificativa do DoJ, frisou ele, é que foram assinados livros com dados da Braskem que afetam a regulação da Securities and Exchange Commission (SEC, uma espécie de CVM americana).
No documento de acusação, o DoJ afirma que, na época em que era CEO da Braskem, Grubisich "concordou em falsificar parte dos balanços e arquivos da Braskem para esconder o esquema de corrupção, tendo assinado documentos falsos que foram submetidos à SEC".
O documento explica ainda que, para esconder o direcionamento dos recursos para propinas, o executivo orientou a falsificação de balanços da Braskem, registrando os pagamentos de propinas a companhias de fachada controladas pela petroquímica como "comissões". Grubisich também assinou documentos afirmando que as informações anuais da companhia eram verdadeiras.
Outro acordo
Os atos de corrupção da Braskem já foram alvo de um acordo de US$ 3,6 bilhões que envolveu os atos de corrupção da Odebrecht e da petroquímica no Brasil, nos Estados Unidos e na Suíça. O DoJ não informou como a investigação sobre Grubisich se relaciona ao acordo fechado em 2016.
Sob influência do juro menor e do saque do FGTS, famílias sustentam retomada, mas investimento patina
Responsável por quase dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, o consumo das famílias é apontado como o principal motor da aceleração da atividade econômica neste segundo semestre.
Mantido esse ritmo no próximo ano, a expectativa é que esse seja o primeiro componente da demanda a voltar aos níveis verificados antes da recessão de meados da década.
Outros dois componentes, o consumo do governo e o setor externo, deverão contribuir negativamente para o crescimento neste ano.
O investimento continua a se recuperar, mas ainda está distante do pico registrado em 2013.
Após desacelerar nos dois primeiros trimestres do ano, a economia brasileira apresentou sinais de retomada nos últimos meses, o que levou a uma série de revisões nas expectativas de crescimento para este e, principalmente, para o próximo ano.
A avaliação é que setores mais dependentes do crédito já estão se beneficiando da queda dos juros em algumas linhas de financiamento e que a liberação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dará um fôlego extra às vendas no varejo neste fim de ano. Os setores mais dependentes da renda, por outro lado, têm demorado mais a se recuperar.
A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, estima uma expansão do consumo de quase 2% neste ano e acima desse patamar em 2020, com esse componente voltando aos níveis verificados no último trimestre de 2014.
“A gente vê o consumo das famílias acelerando fortemente. Tem liderado o crescimento da economia brasileira. O investimento está vindo, mas ainda cresce muito pouco diante das perdas [dos últimos anos]. É o consumo que está ditando essa recuperação”, afirma a economista.
Matos afirma que a economia irá terminar o ano melhor do que começou (houve retração no primeiro trimestre), com melhora nas condições financeiras para famílias e empresas.
O alto nível de incertezas —econômicas, regulatórias e políticas—, no entanto, ainda impede uma recuperação mais rápida dos investimentos.
“As decisões de investimento dependem de previsibilidade, e não sabemos como será a reforma tributária, como será o preço do gás, como vai ser a tributação do trabalho. Além disso, existe essa incerteza na política”, diz a economista.
Em relação aos setores da economia, comércio e outros serviços devem continuar a crescer em ritmo superior aos demais segmentos, a construção pode parar de encolher, e a indústria deve continuar no vermelho, de acordo com as estimativas do Ibre/FGV.
Esse cenário é o que o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) tem chamado de “um crescimento sem indústria”.
“Quem está mostrando consistência, repetição de desempenhos positivos desde o início do ano, é o comércio, principalmente alavancado pela fração que depende do crédito, os duráveis e também semiduráveis”, diz o economista Rafael Cagnin, do Iedi.
“Isso vem da melhora do crédito das famílias e da redução parcial das taxas de juros, pois os cortes da Selic vieram em uma velocidade rápida e não foram acompanhados pelas taxas dos empréstimos.”
Desde julho, o Copom (Comitê de Política Econômica) do Banco Central reduziu a taxa de juros em 1,5 ponto percentual, de 6,5% para 5% ao ano. Foram três cortes de 0,5 ponto percentual cada um.
Cagnin afirma que a melhora no mercado de trabalho ainda é muito frágil e baseada em empregos de má qualidade, o que dificulta que as famílias voltem a consumir de maneira regular.
Isso explica, segundo ele, por que o comércio e a indústria de bens não duráveis não recuperaram ainda suas vendas.
Para ele, o cenário de recuperação mais forte da economia não está garantido.
No setor industrial, os dados do IBGE mostram que 60% dos segmentos ainda estão com resultados negativos neste ano. “Uma recuperação sem indústria e com crescimento insuficiente do investimento não tem consistência”, diz o economista do Iedi.
De acordo com Cagnin, a indústria é um ramo importante para difundir crescimento econômico, pois possui cadeias de produção mais longas, que demandam insumos e serviços, além de gerar empregos de melhor qualidade (formais e com salários mais elevados).
Nos nove primeiros meses de 2019, o setor industrial acumula retração de 1,4%, de acordo com o IBGE. Em 12 meses até setembro, a retração é de 1,4%.
Além de questões como ociosidade, mudança na estrutura de financiamento (público para privado) e demanda deprimida, o economista diz que a incerteza que vem da esfera política e fatores externos podem atrapalhar a recuperação da economia no próximo ano.
Para ele, há o risco de, mais uma vez, as projeções de um PIB avançando em ritmo próximo de 2% se frustrarem.
“Depois de três anos crescendo 1%, não tenho tanta confiança de um crescimento mais forte em 2020. Tem muita coisa em jogo. Podemos chegar perto de um crescimento de 2%, mas é preciso construir esses 2%. Tem de ver o quanto a liberação do FGTS vai dar de impulso econômico, se vai funcionar na mesma intensidade agora.”
A mais recente estimativa de mercado (boletim Focus) para o crescimento do PIB é de 0,92% para 2019 e de 2,17% para para o ano que vem.
Interrupção tende a durar por todo o 1º semestre de 2021
A fábrica da Audi em São José dos Pinhais (PR) ficará mesmo um período sem produzir seus modelos, o que tende a durar aproximadamente um semestre, segundo o CEO e presidente da empresa no Brasil, Johannes Hoscheck. Isso porque a montadora ainda não tem data certa para o início da produção local do novo Q3 e o A3 sedã não irá muito longe por causa de sua iminente renovação no exterior.
“O A3 sedã será produzido até o fim de 2020”, diz Hoscheck. O executivo admitiu que o período sem A3 nem Q3 na linha de montagem deverá durar cerca de seis meses (o primeiro semestre de 2021), mas negou a possibilidade de cortes ou layoff, já que veículos da marca Volkswagen (como o T-Cross) são montados sob o mesmo teto.
Segundo Hoscheck, os funcionários passarão também um período em treinamento em Gyor, na Hungria, de onde já saíram mais de 130 mil unidades do Q3. Tudo indica, portanto, que a Audi pretende mesmo voltar a produzir o novo SUV no Brasil, mas aguarda do programa Rota 2030 regras mais favoráveis aos fabricantes de carros premium no País, sobretudo quanto à exigência de conteúdo local.
“Durante o Inovar Auto (na primeira metade da década), novas fabricantes de carros premium surgiram com capacidade para 25 mil carros por ano, mas com o mercado atual é difícil convencer fornecedores instalados no País quando se tem volumes abaixo de 10 mil unidades por ano”, conclui Hoscheck.
A Randon repetiu no terceiro trimestre o bom desempenho obtido no primeiro semestre deste ano, quando praticamente todos os indicadores apresentaram crescimento. A receita bruta total somou R$ 2,0 bilhões, 23,7% superior à receita obtida no mesmo período de 2018 (R$ 1,6 bilhão).
Já a receita líquida consolidada somou R$ 1,4 bilhão, aumento de 23,6% diante do terceiro trimestre de 2018, quando somou R$ 1,1 bilhão. O lucro bruto atingiu R$ 338,6 milhões, 24,4% superior ao mesmo período do ano anterior (R$ 272,3 milhões).
Como resultado, no acumulado de 2019, a receita bruta total atingiu R$ 5,5 bilhões, aumento de 26,2% no comparativo com os nove meses de 2018. Houve evolução de 24,8% da receita líquida consolidada, que somou R$ 3,8 bilhões. O lucro bruto foi de R$ 954,7 milhões, com margem bruta de 25,1%.
Segundo a empresa, o crescimento se deve principalmente à retomada do mercado doméstico, já que no mercado externo fatores como a disputa comercial entre China e EUA e a instabilidade econômica da Argentina vêm afetando os negócios - seja pela redução da demanda ou pela diminuição da confiança para novos investimentos.
De fato, as exportações representaram 11,8% da receita líquida consolidada no terceiro trimestre, contra 17,5%, no mesmo período de 2018, somando US$ 40,7 milhões. Observou-se redução de 30,7% na divisão Montadora e de 8,8% na divisão Autopeças, no comparativo trimestral.
“A expectativa para os próximos meses é de um cenário positivo para a indústria de implementos rodoviários e de caminhões no Brasil”, comenta o CFO da Randon, Paulo Prignolato. Ele acrescenta que a projeção de safra recorde, aliada à estabilidade econômica brasileira, com juros e inflação baixos, deverão influenciar positivamente na melhora da confiança dos agentes econômicos.
Também a Fenatran, a maior feira do transporte de cargas da América Latina transcorrida em outubro em São Paulo, contribuiu para a continuidade da realização de bons negócios durante este ano e em 2020. Na feira, a Randon apresentou mais de 20 lançamentos e inovações, que destacaram ainda mais a empresa entre os principais players globais de transporte de carga.
Em 2019, a Polimetri - empresa do ramo metalúrgico especialista em estamparia de peças e conjuntos soldados para o segmento automobilístico, de Mauá (SP) -, adquiriu cinco robôs da Yaskawa Motoman para a instalação em duas células de solda.
O processo de robotização da Polimetri começou em 1995, ano que em a empresa comprou seu primeiro robô, também da Yaskawa (hoje já fora de operação). “Desde então, seguimos investindo em células robotizadas”, diz Fábio Silveira, gerente Administrativo Financeiro da Polimetri. No ano de 2016, para atender o projeto de fornecimento para estruturas metálicas de bancos automotivos, outros dois robôs da multinacional japonesa foram adquiridos. Hoje, ao todo, são sete robôs Yaskawa Motoman dedicados à soldagem de peças.
No total, a Polimetri conta com mais de 50 robôs de solda em operação, divididos em várias células de produção, com aplicações voltadas para processos de solda a laser, solda a arco e solda de resistência. “O processo de desenvolvimento do produto já se inicia com estudos de automação para utilização de robôs, levando em consideração a produtividade, qualidade e o volume a ser atendido”, enfatiza Fernando Oliveira, gerente de Manufatura de Solda da Polimetri.
De acordo com Fábio Silveira, as áreas de solda da Polimetri estão próximas a 100% de automação implementada em seus processos e opera com 60% da sua capacidade instalada.
Já na estamparia, a automatização está em fase de projeto e implementação. “Neste caso, são utilizados robôs para a movimentação das peças estampadas entre as operações. Em nosso planejamento, está previsto para o primeiro semestre de 2020, o início de operação de uma linha de peças estampadas com o uso de robôs, hoje já operamos com um sistema transfer em uma prensa de 1.000 toneladas, o que nos proporciona um aumento de qualidade e produtividade”.
No próximo ano, a Polimetri pretende continuar seus investimentos em automatização e otimização dos processos produtivos. “Contamos com a Yaskawa Motoman para avançar ainda mais no que se refere à Indústria 4.0, pois vislumbramos a integração de máquinas à internet 5G, com lançamentos de dados online, utilizando uma tecnologia ainda pouco explorada na indústria, o ‘Cloud Computing’. Precisamos estar engajados para o aprimoramento dessas aplicações, para nos tornarmos uma indústria ainda mais competitiva e tecnologicamente avançada”, conclui Oliveira.
Que a produtividade é um elemento chave para a indústria, não é nenhum segredo. O que nem todos sabem é que a solução para o aumento da produtividade nem sempre está ligada a investimentos altíssimos, grandes reformas estruturais ou aumento expressivo da equipe.
Muitas vezes, uma única solução pode significar benefícios importantes para a produtividade, ao mesmo tempo em que torna o processo mais econômico. Essa foi aposta feita pela Hexagon Ortopedia, uma das cinco maiores fabricantes de implantes ortopédicos do Brasil.
Em 2016, a Hexagon, empresa com 30 anos de história, que concentra as suas operações em Itapira (SP), tinha um problema: em função do alto tempo de fabricação e baixa vida útil da ferramenta na operação de furação profunda, a Hexagon terceirizava parte de sua produção, gerando um custo indesejado em seu produto final. Além disso, a máquina especial de furação profunda HTT Shangay usinava em um ciclo de 248 segundos e a broca canhão de diâmetro 2,7 mm tinha uma vida útil de cerca de 30% do ideal.
Na busca de uma solução para este problema e visando tornar-se mais competitivas, a Hexagon procurou a Blaser Swisslube. “O objetivo principal era melhorar o desempenho da operação de furação profunda com diâmetro 2,7 mm, mas a utilização de um óleo de base vegetal também era desejável, por ser mais amigável ao meio ambiente entre outros benefícios”, conta o gerente Industrial da Hexagon, Cláudio Barbosa.
Em uma visita feita pela equipe técnica da Blaser Swisslube à Hexagon, o consultor de produtividade José Geraldo Bregagnolo e o engenheiro de aplicação Carlos Henrique Ganzella analisaram os detalhes do processo, máquina, bomba (pressão), materiais, brocas e os parâmetros que eram usados na ocasião e apresentaram a Proposta de Valor da Blaser, para aumentar a produtividade em 5% e a vida útil das ferramentas em 10%. O produto recomendado foi o óleo integral de base vegetal Vascomill 10, substituindo o óleo de base mineral utilizado anteriormente. Porém, as expectativas foram ultrapassadas.
Um excelente resultado - Segundo os envolvidos no processo, os resultados obtidos com a máquina de furação profunda HTT Shangay foram excepcionais: durante a fase de testes, de agosto a outubro de 2016, a vida útil da broca canhão de 2,7 mm aumentou em 71%, o tempo de ciclo foi reduzido em 40% (de 248 segundos para 148 segundos), duplicando o avanço da ferramenta e gerando ganho financeiro de 35% em todo o processo da usinagem.
Passados três anos, a Hexagon tem toda a sua produção internalizada e trabalha apenas com o Vascomill 10 nesta operação, consolidando a parceria com a Blaser em 100% da sua unidade fabril, utilizando produtos de base vegetal, tanto integrais como miscíveis em água.
Atualmente, a fábrica de Itapira conta com 19 centros de usinagem, 15 tornos de cabeçote suíço e 21 tornos CNC. As máquinas usinam aço inox (316 e 304), titânio puro, ligas de titânio (5832-3) e alumínio (6043-TS).
“Quando o fluido torna-se uma ferramenta líquida, os processos de usinagem tornam-se também mais competentes. Nossos consultores são especialistas em oferecer as melhores soluções para aumentar a produtividade e gerar ganhos de produção”, diz Alessandro Alcantarilla, diretor-geral da Blaser Swisslube do Brasil.
Recurso para atividades como combate ao trabalho escravo cai ao menor nível da história no 1º Orçamento de Bolsonaro
No primeiro Orçamento elaborado pelo presidente Jair Bolsonaro, os recursos para fiscalizações trabalhistas foram cortados para o menor patamar da série histórica, segundo dados do próprio governo.
De um total de R$ 1,4 trilhão de despesas previstas para 2020, foram reservados R$ 26 milhões para operações de inspeção de segurança e saúde no trabalho, combate ao trabalho escravo e verificações de obrigações trabalhistas.
A queda em relação ao orçamento de 2019 —R$ 70,4 milhões— supera 63%.
Esse deve ser, portanto, o segundo recuo seguido nessa atividade, de acordo com a série histórica do Siop (Sistema de Planejamento e Orçamento) do Ministério da Economia, iniciada em 2013.
Procurado, o Ministério da Economia não quis comentar os dados obtidos pela Folha.
O enxugamento vem na esteira de uma série de medidas adotadas pelo governo para afrouxar a legislação trabalhista, vista, pela equipe econômica, como bastante engessada.
O corte no orçamento, na avaliação do procurador do Trabalho Márcio Amazonas, mostra a linha de raciocínio lógica do governo.
Para ele, a extinção do Ministério do Trabalho, que virou uma secretaria no Ministério da Economia, deixou clara a prioridade de Bolsonaro. “Não é surpresa para ninguém.”
A consequência, diz, é que o Estado não estará presente nos lugares em que deveria estar. “Quem já passou por cidades do interior sabe que a fragilidade dessa população é maior, porque não tem auditor do trabalho nessas cidades, não tem núcleo móvel de trabalho escravo. Esses lugares vão virar terra de ninguém.”
O menor orçamento para fiscalizações trabalhistas preocupa centrais sindicais.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, as medidas adotadas pelo governo na área trabalhista visam reduzir os custos de produção, mas podem acabar elevando as despesas, por exemplo, com acidentes.
“Sem fiscalização, a tendência deve ser o aumento de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho”, disse Gonçalves, conhecido como Juruna.
Líderes de centrais afirmam que as entidades não têm mais capacidade financeira de atuar na prevenção de acidentes, pois a contribuição sindical deixou de ser obrigatória.
“O governo está diminuindo a capacidade do movimento sindical e, agora, inicia o processo para inibir o próprio Estado, responsável por fiscalizar as condições de saúde e segurança no trabalho”, afirmou o presidente da UGT (União Geral do Trabalhadores), Ricardo Patah.
De janeiro a outubro, a equipe de Bolsonaro usou pouco mais da metade dos recursos orçados para fiscalizações trabalhistas neste ano.
Apenas R$ 38 milhões, de um total de R$ 70,5 milhões autorizados pelo Congresso, foram desembolsados, sendo que a maioria se refere a ajustes feitos no eSocial, plataforma para que empregadores forneçam dados dos trabalhadores exigidos por lei.
Do orçamento para 2020, a maior parte (R$ 22,7 milhões) será destinada para verificar se empresas estão cumprindo as obrigações arrecadatórias, especialmente relacionadas ao FGTS.
Apenas cerca de R$ 1,8 milhão é para inspeção de segurança e saúde no trabalho e combate ao trabalho escravo.
Na semana passada, o governo editou uma MP (medida provisória) para impulsionar empregos de jovens no país.
O texto também altera ou revoga uma série de trechos da legislação ligados a fiscalização e punições trabalhistas.
Entre os artigos removidos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) está um que proibia estabelecimentos de iniciar as atividades sem prévia inspeção e aprovação pelas autoridades.
Também foi suprimida da lei a possibilidade de o governo fazer convênios com órgãos, inclusive estaduais ou municipais, para ampliar o trabalho de fiscalização feito por auditores do trabalho.
A medida também proíbe aplicação de multas em caso de irregularidades constatadas na primeira visita dos auditores. A punição só existe em casos de reincidência, exceto em casos específicos (como falta de registro de empregados, atraso no pagamento de salários ou de FGTS, resistência à fiscalização, trabalho em condições análogas às de escravo e trabalho infantil).
O governo já tentou aprovar essa medida no Congresso em 2019, mas foi derrotado.
Em uma reação à MP, o MPT (Ministério Público do Trabalho) criou um grupo para analisar o programa do governo.
Os procuradores dizem que não foram consultados para a decisão de Bolsonaro e que o projeto limita a
atuação do órgão.
O time do ministro Paulo Guedes (Economia) trabalha ainda em uma nova etapa da reforma trabalhista.
Um grupo de especialistas e técnicos foi formado para apresentar sugestões a serem analisadas pelo Executivo.
As propostas, de acordo com integrantes do grupo, só devem ser apresentadas ao Congresso no próximo ano, diante da quantidade de projetos econômicos do governo que já tramitam na Câmara e no Senado.
GM acusa Fiat Chrysler de esquema de corrupção contra empresa
Montadora diz que FCA subornou representantes sindicais para interferir em negociações trabalhistas
A General Motors abriu nesta quarta-feira (20) um processo contra a Fiat Chrysler, alegando que a rival subornou representantes da central sindical UAW (United Auto Workers) ao longo de anos para interferir no processo de negociação trabalhista e obter vantagens, o que teria custado bilhões de dólares à montadora americana.
A GM afirmou que vai buscar reparação "substancial" da FCA e que vai reinvestir os recursos nos Estados Unidos. A empresa não deu detalhes sobre valores.
O processo foi aberto em um momento em que a FCA trabalha para se fundir com a rival francesa PSA (dona das marcas Peugeot e Citroën) e negocia um contrato de trabalho de quatro anos com a UAW.
O processo da GM cita três ex-executivos da FCA que admitiram culpa em uma investigação federal em andamento sobre a UAW e a FCA. A GM afirmou que o inquérito, junto com sua própria investigação, resultaram no processo.
"Estamos chocados com esse processo, tanto pelo seu conteúdo quanto pelo momento em que ele foi aberto", afirmou a FCA.
"Apenas podemos assumir que isso tem a intenção de interromper nossa proposta de fusão com a PSA, bem como nossas negociações com a UAW."
Como se fosse por mero acaso, a Ford revela seu primeiro Mustang elétrico ao mesmo tempo em que lança a versão mais potente de todos os tempos de seu ícone esportivo –com motor V8 a gasolina.
Os novos e velhos tempos se encontram no Salão do Automóvel de Los Angeles, local escolhido para as apresentações. O evento será aberto ao público nesta sexta-feira (22).
O primeiro a ser conhecido é o elétrico Mach E, um utilitário esportivo de quatro portas.
As proporções não causam estranheza, apesar de ser difícil associar o estilo familiar de um SUV ao nome Mustang. O carro, que será lançado no fim de 2020 nos EUA e na Europa, faz parte do programa da Ford que vai investir o equivalente a R$ 45 bilhões em veículos híbridos e elétricos até 2022.
Ted Cannis, responsável pelo projeto de eletrificação, afirma que optar pela grife Mustang nesse projeto era uma atitude necessária para chamar a atenção. “Precisávamos de algo a mais.”
A ideia do executivo faz sentido. Caso a Ford optasse por colocar sua logomarca oval em um novo veículo elétrico, seria mais um entre os diversos automóveis que não queimam combustível já produzidos pela marca.
Ao receber o prenome Mustang, o Mach E confirma que agora há mais uma família de produtos, que deve originar novas versões quatro portas no estilo sedã e, provavelmente, um utilitário ainda maior. É o que aconteceu com a Porsche ao lançar o Cayenne e, anos depois, o Panamera.
Para ser Mustang, é preciso ser esportivo. As cinco versões disponíveis não terão menos que 258 cv. No topo da lista está o GT Performance. Combinados, seus dois motores elétricos geram 465 cv e quase 90 kgfm de torque. É o suficiente para chegar aos 100 km/h em aproximadamente três segundos.
Antes de sua exibição no Salão de Los Angeles, foi possível andar de carona em um protótipo do Mach E. Embora não fosse a unidade mais potente, a aceleração abrupta confirmou que carros elétricos podem ser muito rápidos, apesar de silenciosos. É uma característica bem diferente do barulhento V8 de 770 cv do Shelby GT500.
O Mustang mais potente da história foi oferecido para uma volta pela região montanhosa de Los Angeles. O ronco grave do motor 5.0 reverbera pela garagem, e isso é algo que nenhum carro elétrico poderá replicar.
Os bancos tipo concha são mais confortáveis do que parecem, mas têm regulagens manuais. O volante revestido de couro tipo camurça absorve o suor das mãos e traz ajuste de altura e de profundidade.
A serpente que simboliza a preparadora Shelby vai gravada na grade frontal e na tampa traseira. A imagem some diante a cor laranja do carro testado.
Mal se percebe a atuação do câmbio automático de 10 marchas. Mesmo no modo Track, quando todos os 770 cv são liberados, as trocas ocorrem com suavidade. O que se percebe são os estouros que vêm do escapamento.
A tração traseira empurra o carro morro acima com tanta disposição que não se distingue aclive ou declive. O motorista sente cada reação do veículo, que parece debochar da capacidade de quem está ao volante.
Após uma longa sequência de curvas, chega-se ao ponto de parada para um lanche. Aí se olha para trás e… Aonde está o banco?
O espaço limitado para caronas que existe em outros Mustang não está disponível no GT500. É um cupê de dois lugares, feito para acelerar nos finais de semana.
No Mach E, a coisa é bem diferente. Há um assento traseiro confortável capaz de levar três passageiros. O porta-malas de 470 litros é complemento por um alçapão de 90 litros na parte frontal, já que não há um motor ali.
Apesar desse lado família, o Mustang elétrico pode ser mais rápido que o GT500 nas arrancadas. Pelos dados da fabricante, a vantagem do Mach E seria de aproximadamente meio segundo na prova de aceleração de zero a 100 km/h.
O utilitário esportivo também é superior em tecnologia. A tela vertical de 15,5 polegadas colocada no centro do painel interage com o motorista e concentra todas as informações do carro. Dá para ver quais são os pontos de recarga mais próximos e com quantos quilômetros de autonomia o carro vai estar quando chegar à tomada.
O mostrador gigante segue o que já foi feito pela Tesla. A marca de Elon Musk será a principal concorrente dos Mustang elétricos nos EUA.
Em condições favoráveis de trânsito, o Mach E é capaz de rodar cerca de 500 quilômetros até precisar ser recarregado. O número é próximo do que o GT500 consegue rodar com um tanque de gasolina, de acordo com os dados do computador de bordo do esportivo.
Enquanto a versão First Edition do Mach E será vendida pelo equivalente a R$ 252 mil, o Mustang preparado pela Shelby é comercializado por a partir de R$ 310,8 mil.
O sonho da montadora é ter clientes que comprem os dois carros: o elétrico para uso cotidiano e o GT500 para os dias de lazer. Talvez, em um futuro não muito distante, surjam versões Shelby com motores que não queimam gasolina. O desempenho deverá ser até melhor, mas não há como substituir o ronco do motor V8.
A PSA não comentou.
A UAW deixou para negociar um acordo trabalhista com a FCA por último, após acertar acordos com Ford, na semana passada, e com GM, em outubro.
A central sindical afirmou estar confiante que os termos destes contratos não foram afetados pelas ações da FCA ou de representantes da UAW. A entidade afirmou ainda que lamenta que as alegações possam causar dúvidas sobre os contratos.
Folha de S. Paulo (publicado em 20-11-2019)
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