| 08 de JuLho de 2019
Segunda-feira
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Em 08/07/2019
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| | | | Podcast: Avanços no Congresso Nacional
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| Podcast: Avanços no Congresso Nacional
“Avanços no Congresso Nacional”, é um produto da Diretoria de Relações Institucionais da CNI.
1 - Pauta Mínima da Indústria: Reforma da Previdência e Reforma Tributária.
2 - Recesso parlamentar.
3 - Audiência Pública - Sistema S.
| CNI | | | | Unificação de alíquotas prevista na reforma elevaria tributo; empresas pedem desoneração da folha
Além de ser alvo de discussões envolvendo os interesses de estados e municípios, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 45, da reforma tributária, que tramita na Câmara dos Deputados, deve sofrer oposição do setor de serviços.
A resistência existe porque a proposta eleva alíquotas que têm como base de cálculo o faturamento.
No modelo atual, as companhias do setor pagam, sobre suas vendas, via de regra, 5% de ISS e 9,25% de PIS e Cofins.
Já na proposta na Câmara, esses impostos seriam substituídos pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de alíquota mais alta, estimada na casa de 20%, mas que permite o abatimento de custos que a empresa tem na produção.
Reynaldo Lima Junior, diretor do Sescon-SP (sindicato de escritórios de contabilidade), diz que o setor de serviços tem como principal custo a folha de pagamentos, que não gerará créditos tributários.
A entidade estima que haverá aumento de 8 pontos percentuais no imposto pago pelo setor, uma alta de 34%. Isso considerando uma alíquota de IBS de 25%.
Segundo João Diniz, presidente da Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços), a reforma afetaria segmentos como educação, transporte e telefonia.
“Haveria repasse para o consumidor, resultado do aumento da carga tributária”, diz.
As entidades defendem que, para compensar a elevação nas alíquotas, seja feita uma desoneração da folha de pagamento das empresas, retirando delas a obrigação de recolhimento de contribuições previdenciárias.
A ideia vem sendo apresentada pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que propõe a substituição dos encargos sobre a folha por um imposto sobre todas as movimentações financeiras, chamado CP (Contribuição Previdenciária).
O economista Bernard Appy, diretor do C.CiF (Centro de Cidadania Fiscal) e autor do texto que deu origem à PEC, diz que pode haver alta nos tributos de serviços, mas não de forma homogênea.
Isso porque, quando o prestador de serviços tiver como cliente outra empresa, irá gerar créditos tributários para ela, que serão descontados na futura venda ao consumidor.
Dessa forma, o aumento do imposto não impediria que o prestador de serviço fosse contratado pela empresa por ter ficado mais caro —o aumento do custo gerado pela elevação da carga tributária seria compensado como crédito para a empresa cliente na mesma medida.
Em relação aos prestadores de serviços ao consumidor final, Appy aponta duas realidades distintas.
No caso dos que têm faturamento baixo, o imposto seguiria sendo recolhido a partir do Simples, sistema de tributação simplificado para micro e pequenas empresas, e seria mantida a carga atual.
Já empresas maiores efetivamente teriam aumento da carga. Por outro lado, o economista afirma que, em muitos casos, a elevação se concentrará em serviços mais consumidos pelas classes de maior renda, o que restringiria impactos negativos.
“Por que nosso sistema tributário deveria tributar mais os itens consumidos com mais frequência pelas pessoas de renda mais baixa?”
Appy também afirma que, mesmo que haja alta de imposto para parte da população, a reforma trará um aumento da renda para todos que compensará eventuais elevações de tributo.
Com a mudança, o C.CiF estima que o PIB (Produto Interno Bruto) cresceria cerca de 10% a mais em 15 anos.
“Com um tributo mais simples, as pessoas sabem quanto pagam, têm menos propensão a sonegar e o custo para empreender cai”, afirma Rodrigo Keidel Spada, presidente da Afresp (Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo).
Luis Eduardo Schoueri, professor de direito tributário da USP (Universidade de São Paulo) e sócio do Lacaz Martins, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri Advogados, diz que o modelo tributário precisa se adaptar às mudanças na economia.
“Temos uma nova realidade, da economia compartilhada, em que não temos mais certeza se é mercadoria ou serviço.”
| Folha de S. Paulo | | | | A indústria é um dos principais motores do crescimento, pois é capaz de espalhar dinamismo para o conjunto das atividades econômicas por meio das inúmeras e diferentes interações que estabelece com os demais setores. Há também outro motivo pelo qual a indústria cumpre este importante papel: as características do emprego que costuma gerar.
No primeiro trimestre de 2019, a indústria de transformação ocupava a posição de 3º maior empregador, atrás dos setores de serviços e de comércio, respondendo por 13% da ocupação total do setor privado. Mas sua verdadeira contribuição positiva tem mais caráter qualitativo do que quantitativo, como mostram os dados da PNAD Contínua analisados nesta Carta IEDI.
Das 10,4 milhões de pessoas empregadas pela indústria de transformação, 6,6 milhões ocupavam uma vaga com carteira assinada, ou seja, 63% do total. No comércio e nos serviços, que são os setores bastante empregadores, esta taxa de formalização é muito menor: 46% e 40%, respectivamente. Isso significa que, dentre os setores mais empregadores, é o emprego industrial o mais formalizado.
Embora a proporção agregada já seja expressiva, em 16 dos 25 ramos manufatureiros ela chega a ser muito superior. É o caso de coque e derivados de petróleo, com 96% do emprego com carteira assinada, farmacêuticos e farmoquímicos, com 95%, e máquinas e equipamentos e fabricação de veículos, reboques e carrocerias, com 94% de emprego formal. Ou seja, a proporção é mais alta em ramos que exigem maior qualificação profissional, tornando estratégica a retenção de funcionários especializados.
Assim, quando a indústria cresce, sobretudo seus ramos de maior intensidade tecnológica, ela é capaz de alavancar o emprego formal. Aumentar o número de ocupados com carteira assinada é importante para o dinamismo econômico porque seu rendimento tende a ser maior, mais regular e permite uma melhor inserção no mercado de crédito, já que a relação formal melhora a avaliação de riscos feita pelos credores. Tudo isso potencializa o mercado consumidor do país.
Neste sentido, outra contribuição positiva da indústria de transformação é o fato de pagar salários cerca de 10% acima da média geral do setor privado. A maioria dos ramos da manufatura, contudo, contam com remunerações com um diferencial positivo ainda mais expressivos: 16 dos 24 ramos praticavam salários maiores que a média do setor privado.
Por estas razões, o impacto sobre o emprego industrial da crise do setor em 2014-2016 e da fraca reativação em 2017-2018 não somente vem freando a melhora do quadro do emprego geral no país, como também, por seus aspectos qualitativos, tem funcionado como um entrave para aceleração do PIB. O retorno ao vermelho da produção industrial com a passagem de 2018 para 2019 só agrava a situação.
Os impactos da recessão e a fraqueza da retomada da indústria no biênio 2017-2018 afetaram profundamente o mercado de trabalho industrial. Tomando o início de 2015 como referência, o estoque de ocupados no setor privado no 1º trimestre de 2019 aumentou em 871 mil pessoas. Enquanto que no setor de serviços o saldo adicional atingiu 3,6 milhões de pessoas, a indústria de transformação permaneceu com saldo negativo em 1,4 milhão de pessoas, explicando a dificuldade de reação do emprego com carteira assinada.
Em outros termos, no 1º trim/19 o total de ocupados na manufatura ainda está 12% abaixo em relação ao 1º trim/15. Dentre os ramos com quedas percentuais mais intensas estão outros equipamentos de transporte, exceto veículos (-49%), metalurgia (-32%), coque e derivados de petróleo (-30%), além de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-18%) e máquinas e aparelhos elétricos (-18%), entre outros.
O rendimento real de alguns destes ramos com maior redução do emprego também são os que mais longe se encontram dos patamares de início de 2015. Enquanto o rendimento real médio da indústria de transformação registra variação de -2% no 1º trim/19 frente ao 1º trim/15, o nível de queda atinge -24% em outros equipamentos de transporte, exceto veículos, -18% em produtos têxteis, -15% em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e -14% em produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos.
Introdução
Avaliar o desempenho da indústria de forma a captar as diferentes inserções dos trabalhadores no mercado de trabalho e as especificidades setoriais requer tabulações dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADc). Desde 2012, o IBGE divulga dados referentes ao mercado de trabalho com periodicidade trimestral para a maior parte das variáveis pesquisadas e regionalizadas – apenas para alguns indicadores nacionais são fornecidos dados mensais.
Nesta Carta foram tabulados os microdados da PNADc em desagregações para a Indústria de Transformação, observando os dados exclusivamente do setor privado. Embora o setor público tenha representatividade na produção e na ocupação de trabalhadores na Indústria, para efeito de comparação com outros setores de atividade econômica isso causaria algumas distorções – o setor público tem importância maior no setor de Serviços.
Caracterizado o emprego industrial na próxima sessão, as seguintes tratarão da sua evolução recente, dividida em dois momentos: entre 2014 e 2016 poderá ser avaliado o impacto da crise na ocupação da indústria de transformação e entre 2017 e início de 2019, os efeitos reativação do nível de atividade econômica.
O perfil do emprego industrial
O peso qualitativo da indústria na economia como um setor estratégico para o desenvolvimento também se manifesta no seu papel no mercado de trabalho. A indústria, como será apresentado nesta seção, forma importante núcleo da mão de obra mais qualificada na economia.
Na composição setorial do emprego do setor privado, segundo as tabulações da PNADc, a indústria é o terceiro segmento da economia em termos de número de ocupados. O estoque de empregados na indústria de transformação no 1º trimestre de 2019 atingiu 10.4 milhões, isto é, 12,8% do número total de trabalhadores ocupados no setor privado do país. Esta proporção é superada apenas pelos setores sabidamente intensivos em mão de obra, tais como os serviços (45,2%) e o comércio (21,6%). A indústria manufatureira supera todos os demais, ocupando mais pessoas do que a agropecuária (10,4%) e a construção civil (8,0%), por exemplo.
A abertura das informações por posição da ocupação, dada pelo tipo de vínculo do empregado, recoloca o protagonismo da indústria no mercado de trabalho. Os postos de trabalho com carteira assinada consistem nas relações de trabalho mais estruturadas, ou seja, aqueles empregos mais qualificados, com maior escolaridade, geralmente com melhores salários. Estas características, assim como o fato de a relação formal de trabalho permitir melhor acesso ao mercado de crédito, faz com que estes ocupados formem uma base importante da demanda doméstica, potencializando o dinamismo do mercado interno de bens e serviços.
A indústria de transformação registrou no 1º trimestre de 2019 a terceira posição na distribuição setorial das ocupações com carteira assinada com 20,0% do total dos ocupados nesta condição, percentual bastante superior à sua participação no emprego total.
Nos setores de serviços e do comércio este percentual foi de, respectivamente, 44,5% e 24,6%. No primeiro caso, a participação dos serviços no emprego formal é inferior a seu peso na ocupação total, enquanto no segundo caso é pouca coisa superior.
Destaca-se ainda que a menor importância do emprego com carteira assinada se localiza na agropecuária (4,4%) e na construção civil (4,6%), sendo que em ambos os casos suas participações na ocupação formal são bastante inferiores ao seu peso na ocupação total.
De fato, excluído os setores da indústria extrativa e de eletricidade e gás, que empregam relativamente poucos trabalhadores, a indústria de transformação é a atividade econômica que tem a maior taxa de emprego formal na composição da sua força de trabalho. Ou seja, é a indústria quem associa grande capacidade de geração de postos de trabalho e ao mesmo tempo prima por forma de contratação com carteira assinada. O percentual de empregados com carteira na indústria de transformação alcançou no 1º trimestre de 2019 o percentual de 63,3%, patamar acima da média do setor privado como um todo (40,6%).
Nos serviços, o peso do emprego formal neste período atingiu 40,0% dos ocupados e no comércio este percentual foi de 46,2%. Cabe destacar também o baixo percentual de empregados com carteira assinada na agricultura (17,0%) e na construção (23,2%).
Vale lembrar que no comércio, nos serviços e na construção, há muita informalidade (assalariados sem carteira assinada), mas principalmente maior número de trabalhadores por conta própria e de empregadores, devido a sua estrutura produtiva ser mais pulverizada com um grande número de pequenas empresas, nem todas operando com cadastros de pessoa jurídica (CNPJ).
A distribuição dos ocupados nos setores da indústria de transformação visualizada na tabela abaixo reflete a estrutura produtiva da indústria brasileira. Os cinco setores mais empregadores somaram 5,3 milhões de postos de trabalhos (51,0% do total) no 1º trimestre de 2019: Alimentos (1,6 milhões); Confecções e Vestuário (1.3 milhões); Produtos de Metal (950 mil); Têxtil (587 mil) e Móveis (568 mil). Estes setores se caracterizam por apresentarem pequena ou média intensidade de uso de capital e são fornecedores especialmente do mercado doméstico.
Os segmentos portadores de tecnologia e de inovações agregaram 1,4 milhão de empregados neste período e representaram 13,3% do conjunto dos ocupados na indústria: Veículos automotores (568 mil); Máquinas e Equipamentos (296 mil); Máquinas e Materiais Elétricos (190 mil); Farmacêutica e Farmoquímicos (188 mil) e Equipamentos de Informática, Eletrônicos e Ópticos (184 mil). As indústrias mais importantes de bens intermediários são, na sua maioria, intensivas em capital e menos empregadoras, tais como: Minerais não Metálicos (521 mil); Química (347 mil); metalurgia (212 mil e derivados de Petróleo (109 mil).
No interior da indústria de transformação, o peso da ocupação formal também apresenta heterogeneidade. Esta distribuição setorial de empregados com carteira assinada mostra não apenas o grau de formalização dos vínculos de trabalho, mas também reflete características da estrutura produtiva. Aqueles segmentos com menos empregados com carteira assinada são portadores de menor grau de tecnologia envolvida na produção e menores barreiras à entrada, como é claramente o caso de artigos de vestuário, madeira e fabricação de móveis, permitindo que haja maior número de trabalhadores por conta própria.
Já nos segmentos com maior proporção de carteira assinada se encontram setores capital intensivos e com elevada incorporação de tecnologia, patentes e investimentos em P&D, tais como, a indústria do petróleo, da produção de medicamentos e a produção de máquinas e automóveis, fatores que diminuem a possibilidade de formas autônomas e menores de produção neste tipo de setores econômicos. O maior nível de qualificação profissional da mão-de-obra favorece as relações com carteira assinada pois as empresas buscam reter funcionários especializados.
Neste sentido, o grau de formalidade dos vínculos trabalhistas é maior nos setores mais intensivos em tecnologia e capital. Na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo a taxa de formalização no 1º trimestre de 2019 é de 96,4% dos ocupados no segmento tinham carteira assinada; na fabricação de produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos este percentual é de 95,5%. Na sequência, os setores de Máquinas e Equipamentos Elétricos (94,1%); de Veículos Automotores (93,6%), de Metalurgia (93,2%) e de Outros Equipamentos de Transporte (91,3%).
Os segmentos que apresentaram menor grau de formalização são os de Confecção de Vestuário (35,3%); Têxtil (36,5%); Madeira (36,8%). Estas indústrias têm a estrutura produtiva descentralizada, de menor inversão de capital e com poucas barreiras à entrada no mercado, possibilitando a existência de muitos trabalhadores por conta própria e pequenos empresários.
Influenciado pelo perfil da ocupação centrado em postos de trabalho com carteira assinada e maior escolaridade, o rendimento médio dos ocupados na indústria de transformação é superior à média do mercado de trabalho. No primeiro trimestre de 2019, o rendimento médio real da indústria de transformação atingiu R$ 2.185, valor 9,2% maior do que a média (R$ 2.002) de todos os ocupados do setor privado. Quando se observa apenas os empregados com carteira assinada, os valores absolutos são superiores, embora a diferença fosse um pouco menor: R$ 2.337 na indústria contra R$ 2.165, diferença de 8,0%.
Neste período, o setor de serviços praticamente apresentou um rendimento médio real próximo ao da indústria de transformação. Isto se deu em parte pelo avanço, nos primeiros três meses do ano, do emprego nos serviços de informática e de comunicação, cujos postos de trabalho predominam emprego com carteira assinada e maiores salários.
As diferenças nos rendimentos médios reais dos setores da indústria de transformação refletem o tipo de cada indústria e os requerimentos de qualificação técnicos da mão de obra. Destaca-se no 1º trimestre de 2019, desde logo, a fabricação de produtos químicos com rendimento médio real de R$ 5.172, bem superior à média da indústria (R$ 2.185). Outros setores registraram salários reais médios muito superiores à média: Farmoquímicos e Farmacêutica (R$ 4.538); Fabricação de Fumo (R$ 4.419); Derivados de Petróleo (R$ 3.366); Veículos automotores (R$3.342); Máquinas e Equipamentos (R$ 3,260) e Outros Equipamentos e Transporte (R$ 3.236).
No extremo oposto do ranking setorial dos rendimentos médios reais, estão listados com os menores salários a Fabricação de produtos têxteis (R$ 1.247), o setor e Confecção de Vestuário (R$ 1.399) e a Fabricação de produtos de madeira (R$ 1.458), setores que, por sinal, são os mesmos que apresentam as menores taxas de formalização do emprego.
O emprego industrial na crise econômica (2014-2016)
A crise econômica recente teve impactos profundos no mercado de trabalho e no emprego do país. Embora os principais indicadores econômicos, sobretudo os da indústria, já apontavam em 2014 para a crise, os impactos no mercado de trabalho se fizeram sentir principalmente a partir de 2015, com redução da ocupação e, em larga medida, do emprego com carteira assinada.
Tomando como referência os quartos trimestres de 2014 e de 2016, percebe-se que o setor mais impactado foi o da indústria de transformação. O número de ocupados no setor privado nos serviços e no comércio manteve leve tendência de crescimento ao longo da crise econômica. Já, na indústria de transformação o movimento foi de expressiva redução do emprego.
A intensidade da recessão do biênio 2015-2016, que combinou forte retração da demanda doméstica, elevado patamar de inflação, taxas de juros extremamente altas e crise política, deprimiu a produção e imobilização de capital na indústria. Neste contexto, o estoque de ocupados da indústria de transformação caiu 15,8% entre os 4º trimestres de 2014 e de 2016. Na indústria extrativa a queda também foi expressiva na faixa de 10,9% e na construção a retração alcançou 8,9%. Vale lembrar que a crise industrial começou já em 2014, enquanto o PIB viria a se contrair a partir de 2015.
O quadro recessivo afetou sobremaneira o emprego formal, especialmente o da indústria e o da construção. Estes setores registraram, neste período, as maiores quedas na ocupação com carteira assinada de, respectivamente, -18,8% e -18,6%. Nos segmentos do comércio e de serviços, a retração do emprego com registro em carteira foi muito inferir, na faixa de apenas 2,0%. A agropecuária e o setor de eletricidade e gás registraram alta de, respectivamente, 3,2% e 2,2%.
A perda de postos de trabalho com registo em carteira foi sendo amortecida pela resiliência de ocupações menos estruturadas, como o assalariamento sem carteira assinada e, principalmente, pelo trabalho por conta própria. Porém, este tipo de vínculo é mais comum nos setores de serviços e comércio, enquanto na indústria de transformação esta forma de vínculo é menos observada, como discutido na seção anterior.
Em termos setoriais, as ocupações com carteira assinada na indústria de transformação entre os 4º trimestres de 2014 e de 2016 caíram em 22 segmentos dos 24 compilados neste levantamento da PNADc. Cinco setores apresentaram quedas superiores a 30%, com destaque para Têxtil (-38,9%), Derivados de Petróleo e de Biocombustível (-35,8%); Veículos automotores e Outros Equipamentos de Transporte, ambos com -33,0%. Somente dois segmentos obtiveram crescimento do emprego formal neste período: Borracha e material plástico (+2,9%) e Celulose e Papel (+4,4%).
Em linhas gerais, o rendimento médio real no mercado de trabalho acompanhou a evolução dos ocupados durante a crise, com redução principalmente a partir de 2015, tendo em meados de 2016 o seu pior momento. A perda salarial em termos reais mensurada pela PNADc no período para o total dos ocupados se situou em -2,1%. A indústria de transformação registrou perda de 1,4%, abaixo da média dos ocupados.
Este resultado reflete, em parte, o fato de a composição da sua força de trabalho ter em termos proporcionais mais trabalhadores com carteira assinada, o que garante um piso salarial superior e maior reposição nas datas base de negociação salarial. Os segmentos do comércio e de serviços obtiveram quedas nos rendimentos médios reais, superiores a Indústria de transformação, de, respectivamente, -3,9% e -1,8%.
O emprego industrial na recuperação (2017-2019)
Entre o final de 2014 e o de 2016, a economia brasileira encolheu cerca de 7,8%, voltando a apresentar um caminho de crescimento a partir do primeiro trimestre de 2017, porém de forma muito lenta. Passados dois anos, o PIB nacional cresceu apenas 1,7% desde então.
Neste mesmo período, entre o início de 2017 e de 2019, o mercado de trabalho apresentou aumento de 4,4% no número de ocupados (cerca de 3,4 milhões de pessoas), puxado principalmente pelo setor de serviços (alta de 7,3%, equivalente a 2,5 milhões de novos trabalhadores). Tiveram, ainda, resultados positivos o comércio (2,4%, ou 404 mil pessoas) e a indústria de transformação (3,1%, ou 315 mil). Embora tenham apresentados as maiores variações relativas, os setores de eletricidade e gás e o de água e esgoto têm poucos trabalhadores em sua estrutura produtiva, o que torna bastante volátil essas variações relativas.
Este aumento da ocupação na indústria foi contido em 2018. As turbulências do período eleitoral e as incertezas sobre o avanço da agenda de reformas estruturais na nova gestão, aliadas a um cenário externo mais apertado, em função da desaceleração da economia mundial e da crise comercial entre os EUA e a China, afetaram a atividade econômica e o mercado de trabalho no Brasil em 2018. No segundo semestre de 2018, o ritmo de alta da ocupação industrial caiu de +2,7% (2º trimestre) para apenas +0,9% no último trimestre.
Este cenário não se modificou em 2019; ao contrário, o PIB da indústria de transformação na margem, entre o final de 2018 e os primeiros três meses do ano, excluída a sazonalidades, se retraiu 0,5% e o emprego desacelerou para um crescimento de 0,5%, no acumulado em quatro trimestres. No primeiro trimestre de 2018, a indústria de transformação adicionou 230 mil postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2017. Na comparação entre os 1º trimestres de 2019 e 2018, este acréscimo foi bem menor, na faixa de 85 mil empregos.
De modo geral, o incremento da ocupação na recuperação aconteceu principalmente em relações de trabalho sem carteira assinada ou pelo trabalho por conta própria. Analisando-se a variação apenas do número de empregados com carteira assinada entre os primeiros trimestres de 2018 e 2019, a indústria de transformação e o comércio tiveram resultados negativos (-1,0% e -1,9%, respectivamente), e os serviços quase não variaram (0,3%). Destaque ainda mais negativo na construção civil, que diminuiu em quase 12,0% o número de empregados com carteira nos últimos dois anos.
Ou seja, ainda que o tímido crescimento econômico recente tenha gerado abertura de postos de trabalho, estes ocorreram, em termos de carteira assinada, em segmentos bastante específicos da economia.
Na indústria de transformação, os ramos que apresentaram maior variação relativa positiva no emprego com carteira assinada no período foram os que tinham menor contingente, como a fabricação do Fumo e de Impressão. Mas destacam-se ainda: a fabricação de produtos Farmoquímicos; Manutenção e reparação; e fabricação de Produtos Têxteis.
Na outra ponta, alguns segmentos tiveram redução expressiva de empregados com carteira nos últimos dois anos: fabricação de Outros Equipamentos de Transporte (-32,9%); fabricação de Celulose (-27,5%); e fabricação de Produtos Diversos (-18,4%).
Dentre os cinco ramos com maiores contingentes de empregados com carteira, três tiveram aumento entre 2017 e 2019: Borracha (12,7%); Veículos automotores (8,4%); e Produtos de Metal (3,2%). Os outros dois, que apresentaram desempenho negativo no emprego, foram: Confecção e Vestuário (-6,7%) e fabricação de Produtos Alimentícios (-3,0%). Estes dois setores estão em terceiro e em primeiro lugar no ranking daqueles com o maior número absoluto de trabalhadores com carteira assinada.
Neste período, ainda, o rendimento médio real no setor privado ficou praticamente estável (0,1%). Vale destacar que em 2017 houve pequena melhora do rendimento real, se comparado com o ano anterior, mas em decorrência principalmente da redução da inflação, que havia se acelerado até 2016. Nos últimos dois anos, com a inflação mais comportada, o rendimento médio real acabou refletindo a situação geral da economia, de pouco dinamismo e de geração de postos de trabalho de baixo rendimento.
Ainda assim, o rendimento na indústria de transformação cresceu (1,8%), como reflexo da pequena melhora da produção industrial no período, enquanto nos outros grandes setores o resultado foi ruim: construção civil (-2,6%), serviços (-1,4%) e comércio (-0,9%).
| IEDI( publicado em 08-07-2019) | | | | Venezuelanas acolhidas em Curitiba no final do ano passado
No Brasil, são mais de 112 mil imigrantes que possuem trabalho formal, segundo dados de 2017 do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra). Neste cenário, o Paraná encontra-se em segundo lugar como estado que mais abriu vagas para estrangeiros, de acordo com a Coordenação Geral de Imigração (CGIg), também com dados daquele ano. Entre admissões e demissões, foram criadas 1.772 novos postos de emprego ao longo de 2017. Apenas Santa Catarina apresentou um saldo mais positivo, com 2.861 novas vagas. Logo atrás do Paraná, aparecem Rio Grande do Sul (1.644) e São Paulo (1.613).
Para estimular o debate entre indústrias, governo e sociedade civil, o Sistema Fiep promoveu o Fórum Empresarial de Empregabilidade e Empreendedorismo para Refugiados e Migrantes. “Muitos dos migrantes que chegam ao Brasil já tem uma formação e capacitação profissional, que podem ser rapidamente aproveitadas pelas empresas. O que dificulta a inclusão destes profissionais são aspectos burocráticos. No Fórum, procuramos trazer instituições que esclarecessem trâmites legais, processo de contratação e esclarecessem a importância de inserir os refugiados no mercado de trabalho”, explica Maria Cristhina de Souza Rocha, gerente de Projetos Estratégicos do Sistema Fiep.
Todos somos migrantes
“Uma em cada sete pessoas no mundo é migrante. Se agregarmos a esse número as pessoas de segunda e terceira geração, reconhecemos que, de alguma forma, todos somos migrantes”, analisou Manuel Hoff, Oficial Sênior de Programas da OIM, também presente ao Fórum.
Até abril deste ano, 2.108 estrangeiros que buscam uma nova oportunidade de vida no Brasil foram atendidos no Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (Ceim-PR), que completou dois anos de criação naquele mês.
| Bem Paraná (publicado em 07-07-2019) | | | | Semana passada aconteceu no Brasil a maior feira de franchising do mundo em número de visitantes. E eu estive lá palestrando e conferindo as novidades desse mercado. Foram mais de 40 redes expondo seus modelos de negócios para empreendedores com investimentos iniciais de até R$ 90 mil. Muitas pessoas me perguntam: “Para empreender precisa abrir um negócio novo? Do zero? Precisa ser altamente inovador?”. A resposta é não. E o mercado de franquias está aí para mostrar isso.
Mesmo com o clima econômico negativo e de muitas incertezas, o setor está em franca expansão, segundo dados revelados pela própria ABF (Associação Brasileira de Franchising). Nos últimos anos, esse segmento registrou um crescimento de 7,1% e receita de quase R$ 175 bilhões em 2018 – um número bem animador.
Investir em uma franquia pode ser uma ótima opção, sim, para quem não quer correr tantos riscos, em relação a novos empreendedores que precisam passar por todo um processo de validação anterior. Mas não pense que ser um franqueado exige apenas dinheiro no bolso e força de trabalho.
Franqueados são empreendedores como qualquer outro e precisam dedicar muito tempo, estudo, planejamento e uma boa dose de estratégia para se firmar. Pense da seguinte forma: a franquia possui uma missão, visão e direcionamento único, com vários empreendedores (franqueados) cocriando junto para o crescimento da marca. Essa é a lógica para o sucesso.
Pois bem, a questão chave que se coloca aqui é: como escolher a melhor opção para você empreender? Mesmo os empreendimentos mais sólidos possuem grau de incerteza e, portanto, riscos de acontecerem percalços nesse caminho. Existem alguns pontos importantes que julgo essenciais para você tomar essa decisão:
1. Entenda qual é o seu “fôlego” financeiro
Antes de qualquer coisa, reflita sobre quanto tempo você poderá destinar a esse negócio e se está disposto a colocar energia empreendedora. O planejamento financeiro começa nessa etapa. Pois um futuro franqueado deve dispor de recursos para o investimento inicial, que geralmente é o mais alto, mas também deve reservar dinheiro para capital de giro.
Como qualquer negócio, as franquias também precisam de uma boa administração. Principalmente porque os primeiros anos você estará correndo atrás do seu breakeven, ou seja, o seu ponto de equilíbrio, quando você começará a ter o retorno do seu investimento. Você precisa ter um caixa positivo enquanto o seu negócio não gera lucros.
Parece simples, mas muitos empreendedores erram nessa parte e, infelizmente, acabam fechando as portas antes do tempo por falta de planejamento e uma mínima administração. Além disso, é importante entender a projeção financeira da franquia. Todas as grandes marcas disponibilizam esses dados. Não deixe nunca de analisar se vale a pena ou não investir.
2. Não feche negócio antes de testar
Lição número 1 dos empreendedores: Teste e valide antes de lançar! Isso vale também para as franquias. Peça a franqueadora um período de imersão dentro do negócio. Ou seja, antes de fechar negócio, fique uma semana visitando a fábrica, os pontos de venda, conversando com consumidores, entendendo melhor os processos e as pessoas que estão por trás deles.
Você pode descobrir, por exemplo, que não se identifica com aquela marca ou segmento. Então é hora de repensar sua estratégia e procurar outras opções. Lembre-se: a melhor maneira de conhecer um negócio é entender quem são as pessoas envolvidas.
3. Entenda o perfil dos franqueados
Como já mencionei, a melhor maneira de conhecer o negócio é entender quem são essas pessoas. Portanto, você precisa conhecer outros franqueados. Invista boa parte do seu tempo nisso. Entreviste pelo menos cinco franqueados empreendedores, elabore um questionário (sobre perfil dos consumidores, operação, números) e aplique igual para todos.
Uma das principais queixas, por exemplo, é a falta de suporte da franqueadora. Então, analise o que eles responderam em comum. Provavelmente ali você terá um belo raio-X do que é positivo na franquia e o que precisa ser melhorado.
4. Invista em algo que você conheça
Você já atuou em algum mercado específico no passado? Você ou seus sócios têm alguma expertise dentro de um determinado segmento? Se a resposta for positiva, então melhor sempre aproveitar as vantagens competitivas que possui. Com certeza, você já possuirá uma rede de relacionamentos interessante e estará mais preparado para inovar com mais assertividade.
5. Procure por cases de sucesso
Novos modelos de negócio que surgem no mercado, às vezes, estão em processo de validação. Eles precisam de um tempo para mostrar potencial de crescimento e conquistar clientes. Por isso, se você não quer arriscar muito, sugiro investir em marcas que já mostram bom desempenho e possuem bom histórico.
Essas evidências você pode buscar em entidades que militam nessa área como a própria Associação Brasileira de Franchising (ABF). Veja quais são as marcas que receberam selos de qualidade. Pode ser um bom filtro nesse começo.
E se você é um empreendedor inovador, e acha que não poderá inovar nesse modelo, está completamente enganado. Muitas marcas estimulam os franqueados a criarem novos produtos, processos e até novas formas de divulgação. A inovação está em todo lugar. Basta você se posicionar da forma correta."
Camila Farani- escreve para o jornal A Gazeta do Povo
| Gazeta do Povo (publicado em 07-07-2019) | | | | O número de pessoas procurando emprego há mais de dois anos aumentou 42,4% desde 2015, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São mais de 3,3 milhões de pessoas nessa situação. “Geralmente, são pessoas que têm alguma condição de se manter nessa situação por algum tempo”, diz Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do instituto.
Mas estão correndo riscos. “Quanto mais tempo desempregado, maior a dificuldade em retornar ao mercado de trabalho”, aponta Maria Andreia Filgueiras, técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).”
Um estudo divulgado pelo Banco Central na semana passado aponta que o longo tempo fora da ocupação tende a dificultar a recolocação no mercado e, consequentemente, a reduzir o poder do trabalhador para negociar os rendimentos de entrada no mercado.
Comparativamente aos desocupados de curta duração, os desocupados há mais tempo podem ter vínculo mais tênue à força de trabalho e, assim, maior propensão a aceitar rendimentos mais baixos ao ingressar na população ocupada, aponta o levantamento do BC.
Outro problema, destacado pelo coordenador do IBGE, é que muitas pessoas se mantém nessa situação porque contam com reservas ou são mantidas por alguém. “As reservas podem zerar e essas pessoas serem levadas ao subemprego ou à informalidade, agravando mais um problema social.” Dados do órgão indicam que 26,2 milhões de pessoas estão fora do mercado de trabalho formal.
Maria Andreia aponta que estas pessoas também passaram a depender da ajuda de membros da família ou de outras pessoas. “Criou-se uma situação muito grave para elas, já que nem na informalidade atuavam”, destaca.
E uma melhoria neste cenário está atrelada à recuperação na economia. Mesmo quem está no mercado de trabalho está preocupado. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o medo do desemprego voltou a crescer no primeiro semestre.
“O desafio da economia é criar oportunidades de trabalho. Existe um contingente muito grande de subocupados, desalentados e desempregados”, diz a técnica do Ipea. Azeredo aponta que esse total chega a 28,5 milhões de pessoas, o que equivale a aproximadamente 13% da população brasileira.
Esse contingente começou a ser formado a partir de 2015, quando iniciou a mais grave crise econômica brasileira.
“Com o aumento no número de demissões e a queda na criação de novas vagas, sobrou gente boa e foi ficando cada vez mais difícil para as pessoas com baixa qualificação se recolocarem no mercado de trabalho”, diz a especialista do Ipea. “Muitos acabaram se tornando motoristas de aplicativo ou vendedores de comida”, aponta Azeredo, do IBGE.
| Folha de S. Paulo | | | | Pesquisa mostra que otimismo ainda arrefece; vida pessoal é considerada em situação melhor que a do país
Enquanto economistas preveem inflação controlada e abaixo da meta pelo terceiro ano consecutivo, quase a metade (48%) dos brasileiros espera que ela aumente, mostra pesquisa Datafolha.
Dos cinco itens econômicos pesquisados para o Índice Datafolha de Confiança na semana passada, a carestia foi o maior motivo de apreensão.
No indicador, que varia de 0 a 200 (números abaixo de 100 indicam pessimismo), a expectativa em relação à inflação ficou em 59.
Por outro lado, ainda que o desemprego venha se mantendo alto, em torno de 12%, a maioria da população não vê risco de ser demitida (veja quadro). Já em relação ao país, 31% acreditam em alívio do desemprego daqui para a frente, embora os pessimistas sejam mais numerosos: 45%.
Também quando se pergunta sobre a situação econômica no futuro a visão sobre si mesmo é mais positiva que a expectativa para o conjunto do país —55% dos brasileiros acham que sua própria situação vai melhorar; 45% esperam alívio para o país, contra 19% que anteveem piora.
O movimento mais expressivo nas expectativas aconteceu em relação ao poder de compra. Um terço manteve-se à espera de piora, mas a fatia dos que acreditam em melhoria caiu de 34% para 29%.
A maior parcela é a dos que acham que o poder de compra vai ficar como está: 37%, contra 30% em maio. Neste caso, há sintonia com o movimento econômico: a renda per capita está há três anos estagnada 8% abaixo do trimestre anterior à recessão, e sem perspectiva de melhora em 2019.
No geral, os resultados mostram que o otimismo com a economia pessoal e a do país, que em abril havia registrado uma queda inédita para início de um primeiro mandato, continua recuando.
Nenhuma das respostas nos cinco parâmetros pesquisados —desemprego, inflação, contas pessoais, situação do país e poder de compra— mostrou inversão de tendência fora da margem de erro.
Já uma melhora expressiva nos dois componentes de imagem —as avaliações do orgulho de ser brasileiro e do Brasil enquanto país para morar— compensou o pessimismo econômico, deixando o Índice Datafolha de Confiança estável entre abril e julho.
Após uma queda de 148 pontos (antes da posse do presidente Jair Bolsonaro) para 124 em abril, ele ficou em 123 em julho, um resultado que mostra confiança positiva. (Cada item é calculado subtraindo-se menções negativas das positivas; ao resultado é adicionado 100, para evitar dados negativos).
Nas pesquisas realizadas em 2017, o índice esteve sempre negativo, e, nas duas primeiras medições de 2018, aproximou-se da neutralidade (99 e 101, em abril e junho).
O orgulho de ser brasileiro, que cresce há dois anos, é expressado por 3 a cada 4 brasileiros. Sentem mais vergonha que orgulho 25%.
Para 68%, o país é um lugar bom ou ótimo para se viver; 20% consideram o Brasil regular e 11% dizem que ele ruim ou péssimo.
A polarização entre eleitores de Bolsonaro e do petista Fernando Haddad na última eleição presidencial continua marcante em relação à economia. A situação do país vai melhorar para 66% dos que votaram no atual presidente e a economia pessoal será melhor para 67% deles.
Já entre os eleitores de Haddad, 40% esperam melhora na própria situação econômica, e só 26% estão otimistas em relação ao país. Nesse item, houve um acirramento no pessimismo: a distância entre bolsonaristas e haddadistas que esperam uma piora na situação do país passou de 27 pontos percentuais, em abril, para 37 em julho.
É grande também a polarização em relação à corrupção: 60% dos eleitores de Haddad acham que ela vai aumentar, contra 27% dos que elegeram Bolsonaro. Acreditam em queda da corrupção 52% dos bolsonaristas, contra 14% dos que votaram no petista.
| Folha de S.Paulo | | | | Para ele, o bloco sul-americano se beneficiará da tradição regulatória europeia
Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson no Brasil, diz que o acordo Mercosul-UE beneficia empresas de tecnologia, que veem no horizonte mais integração de padrões de segurança e de proteção de dados pessoais.
“Com certeza, teremos um olhar diferente sobre esses assuntos, além de um alinhamento de políticas públicas nas regiões”, diz.
A América do Sul poderá usufruir de maior diálogo com a tradição regulatória europeia, que foi atualizada em 2018 e serviu de base à lei de proteção de dados brasileira, em vigor em 2020.
A Ericsson está na expectativa do leilão de 5G, no ano que vem. A preocupação com outras multinacionais competitivas “é a mesma de sempre, não mudou”, diz Ricotta. “O que precisamos é de um leilão que não seja focado no viés arrecadatório, mas em infraestrutura”, diz ele.
A chegada do 5G no Brasil segue o cronograma de outros países, segundo ele, e deve ser determinante para investimentos estrangeiros no país na próxima década.
Qual a expectativa do setor de tecnologia com o acordo UE-Mercosul?
Há dois pontos super importantes: uma maior integração entre as regiões e um aumento de competitividade da indústria. Temos que ver como será o escalonamento de redução de impostos, mas vai deixar indústria mais competitiva.
Fazemos muita política pública para proteger o que temos aqui, mas temos que olhar para fora. No mundo globalizado, temos de ser mais competitivos na China, no Japão, na Europa.
Que tipo de integração?
União de segurança cibernética entre os países da União Europeia e da América do Sul: adoção de padrões do mercado europeu e aproximação do ambiente digital entre as duas regiões. A questão de proteção de dados pessoais também deve ser impactada, que é um ponto super importante.
Com certeza teremos um olhar diferente sobre privacidade. Outro impacto pode até ser a ausência de tarifas de roaming internacional. Trata-se de um alinhamento das políticas públicas. É um acordo que levou mais de 20 anos, passou por todos os governos. Nem um nem outro que fez, foi a união de vários, é muito amplo. E a redução de eliminar barreiras e impostos é positiva.
Como o Brasil se prepara internamente para ser competitivo?
Há questões políticas que precisarão ser endereçadas, como tributária, trabalhista, logística. De todas as questões, a tributária é a que temos que olhar com mais cuidado.
A expectativa do setor é grande em relação às reformas, porque com elas a economia destrava, há aumento de investimento, o PIB começa a crescer mais. Mas a reforma tributária é tão importante quanto à da Previdência, principalmente com esse tipo de abertura.
A indústria global apostava que o 5G demorasse mais, mas os dispositivos já foram lançados neste ano. Será rápido por aqui também?
Temos três pontos importantes para chegar no 5G: aumentar inovação no país, atrair investimentos --que serão altos e precisamos saber que países mais preparados terão mais investimento-- e ter um ambiente digital seguro, porque os ataques cibernéticos hoje acontecem na nuvem, por exemplo.
O Brasil está no tempo correto, não estamos defasados em relação a outros. Depois do leilão do ano que vem, teremos primeira entrega de redes e assinantes em 2020. Está bem alinhado com cronograma do resto do mundo.
O que o senhor espera do leilão?
O 5G trará grande eficiência à indústria, teremos muito investimento em digitalização. A infraestrutura de 5G é a mais importante do próximo século.
Um país que em dez anos não tenha boa infraestrutura de 5G vai sofrer muito. Se você é multinacional e planeja investir em fábrica, não investirá em um lugar sem boa infraestrutura. Será como colocar fábrica em um país sem portos, eletricidade ou aeroporto.
É importante que o leilão não tenha um viés arrecadatório e seja focado em infraestrutura. Outro ponto é melhorar a Lei das Antenas. Temos uma morosidade muito grande em algumas cidades do país para colocar uma antena, demoramos de um a dois anos por causa da licença. Com a chegada do 5G, teremos dez vezes mais antenas do que hoje.
Como está a corrida com a Huawei, que é muito competitiva?
A gente compete há 20 anos. Estamos aqui há quase um século, a empresa chegou depois de um encontro com D. Pedro II. É saudável a competição, contanto que não haja dumping na indústria, porque aí você começa a afetar toda cadeia. Agora, nossa disputa com a Huawei existe há 20 anos, não será diferente com o 5G. Ela continuará existindo e é saudável.
| Folha de S. Paulo | | | | Normas seriam alteradas em junho, mas estratégia é evitar atrito no Congresso
O Ministério da Economia aguarda a Câmara votar a reforma da Previdência para colocar em prática seu plano de reduzir as normas de segurança no trabalho em vigor no Brasil.
O governo tinha a intenção de iniciar o corte de 90% dessas regras ainda em junho. Mas, agora, a revisão deve ocorrer apenas depois da votação da proposta sobre mudanças na aposentadoria, prevista para meados de julho.
São 37 normas regulamentadoras, conhecidas como NRs, que reúnem 6,8 mil regras distintas sobre segurança e medicina do trabalho.
Elas devem ser seguidas pelas empresas que tenham empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Para o governo, esse arcabouço regulatório representa um grande potencial de multas a empresas por fiscais do trabalho e uma carga que impacta a competitividade dos produtos brasileiros.
Em maio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciaram o projeto de mudanças nas normas.
A ideia era colocá-lo em prática em junho, com a publicação da nova NR 12, que trata de medidas de proteção para garantir a integridade física dos trabalhadores e a prevenção de acidentes na instalação e uso de máquinas e equipamentos.
O Congresso não precisa dar aval para alterações nessas regras. Mesmo assim, o governo decidiu adiar o início do processo para a metade de julho, quando o Parlamento, que analisa a reforma, entra de recesso.
A expectativa da equipe econômica é que a proposta de reestruturação do sistema de aposentadorias seja aprovada na Câmara antes do dia 17.
As primeiras mudanças nas NRs estão engatilhadas, mas integrantes da equipe econômica avaliaram que junho e o começo de julho não seriam o momento correto para iniciar as mudanças.
Interlocutores de Bolsonaro no Congresso admitem que a discussão da reforma da Previdência poderia ser contaminada caso o governo apresentasse uma medida polêmica na área trabalhista.
O governo ainda não divulgou quais alterações fará nas normas. Mas, além da NR 12, o pontapé inicial será a revisão também das de número 1 (voltada a um regramento geral) e 2 (sobre inspeção prévia nos ambientes laborais).
Além disso, o plano é alterar futuramente a norma 3 (embargo e interdição a partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco ao trabalhador), a 9 (prevenção de riscos ambientais), a 15 (atividades e operações insalubres), a 17 (ergonomia no ambiente de trabalho), a 24 (condições sanitárias e conforto no local de trabalho) e a 28 (fiscalização e penalidade).
Governos anteriores já fizeram modificações nas NRs, de acordo com um levantamento do Fundacentro, órgão público de pesquisa sobre medicina do trabalho que participou da criação das NRs na década de 1970.
Nos anos 1990, foram publicadas 54 portarias. Entre 2000 e 2009, 56. De janeiro de 2010 a junho de 2016, 60.
Marinho afirmou em maio que as alterações seriam apresentadas em junho. São normas, disse, que “afetam desde uma padaria até um forno siderúrgico e, pela sua diversidade e complexidade, impactam diretamente na produtividade das nossas empresas”.
Ele argumenta que o empresário brasileiro gasta o dobro que uma indústria estrangeira para implantar a máquina, o que reduz a produtividade do país.
A ideia é flexibilizar as regras quando uma máquina é importada. As normas foram criadas pelo governo federal em 1978, para prevenir acidentes.
Tiveram como base as regras estabelecidas na construção da usina de Itaipu. As condições de trabalho na época levavam frequentemente a acidentes no canteiro de obras, com mortes.
As mudanças vêm sendo acompanhadas com atenção e preocupação por entidades da sociedade civil e órgãos do poder público, disse o procurador Leonardo Osório Mendonça, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT (Ministério Público do Trabalho).
Segundo o MPT, de 2012 a 2018, as despesas com afastamentos acidentários custaram R$ 732 milhões à Previdência Social.
De 2006 a 2017, 8 milhões de acidentes de trabalho foram registrados. Máquinas e equipamentos são a principal causa.
Mais influente no Congresso, a bancada ruralista tem se reunido com o governo para discutir as mudanças nas normas de trabalho. Outro defensor da alteração nas NRs é o empresário Luciano Hang, dono da rede de varejo Havan e apoiador da campanha do então candidato Jair Bolsonaro.
Em evento realizado em março com presença do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ele demandou uma lista de ações para desburocratizar a vida dos empresários.
Entre elas, estava a revisão das NRs e o fim do eSocial —sistema de envio de dados trabalhistas que o governo já anunciou que vai simplificar.
Por pressão do Congresso, o governo corre para apresentar na próxima semana uma simplificação nesse sistema. Caso contrário, parlamentares passarão a avaliar o fim do eSocial, considerado burocrático.
Integrantes da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, preparam um corte de 50% nas informações demandadas pelo governo federal das empresas. Hoje, cerca de 1.800 dados chegam a ser solicitados, dependendo da companhia.
| Folha de S. Paulo (publicado em 07-07-2019) | | | | Licenciado para produção no Brasil desde 2016, o capacete com sensor elétrico da companhia é agora um produto patenteado internacionalmente. O equipamento que é capaz de monitorar o campo elétrico em qualquer direção aumenta a segurança dos eletrecistas.
Licenciado para produção no Brasil desde 2016, o capacete com sensor elétrico da Copel é agora um produto patenteado internacionalmente. O Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (United States Patent and Trademark Office - USPTO) deferiu à Copel a carta de concessão que permite produzir, utilizar, oferecer para venda e comercializar o produto naquele país por meio de contratos de licenciamento.
“O reconhecimento internacional a uma tecnologia que pode ser aplicada em todo o mundo premia o avançado estágio de inovação que conquistamos na Copel nos últimos anos”, afirma o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.
O capacete com sensor foi planejado para o trabalho nas proximidades de áreas energizadas. Acoplado na frente do capacete, o sensor detecta campos elétricos a no mínimo um metro de distância, na chamada “área contaminada”. Se houver corrente elétrica nesta área, o aparelho emite um alerta sonoro intermitente, sinalizando o eletricista para o risco de choque elétrico.
“A Copel sempre foi referência na construção de barragens e de grandes usinas hidrelétricas, e hoje vemos a atenção do setor elétrico voltar-se também para nossas pesquisas e aplicações pioneiras no segmento de distribuição, como redes inteligentes, armazenamento de energia e controle da geração distribuída, entre muitas outras iniciativas que nascem da excelência de nosso corpo de profissionais”, afirmou o diretor de distribuição da Copel, Maximiliano Orfali.
ROYALTIES - Atualmente, 550 eletricistas da Copel utilizam o equipamento no trabalho diário, e a Companhia também recebe royalties pela sua comercialização pela FEERGS Ferramentas e Equipamentos Elétricos Ltda, selecionada por meio de chamada pública. A venda no mercado americano vai gerar receita para a Copel seguindo a mesma lógica.
O equipamento é capaz de monitorar o campo elétrico em qualquer direção, diferentemente de dispositivos disponíveis no mercado em que a direção do sensor em relação à rede influencia na estimativa da distância. Assim, o aparelho da Copel amplia a segurança e a confiança para o trabalho dos eletricistas.
LEGADO - A ideia de um capacete com sensor nasceu em 2004, a partir de um esboço feito pelo engenheiro eletricista Paulo Moreira de Souza, da Copel. Conta que ele é um aperfeiçoamento da prática obrigatória de “testar” a rede, identificando a presença de corrente com o uso de um aparelho sensor. “Daí eu pensei: por que não acoplar este sensor no capacete, de forma que um aviso sonoro fosse acionado automaticamente sempre que se aproximasse da área energizada”.
Em 2009, a ideia se converteu num projeto de pesquisa e desenvolvimento financiado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Eu não tinha ideia de que iríamos chegar tão longe", diz Paulo, hoje gerente de projetos e obras de Pato Branco. "Fico satisfeito por termos deixado esse legado para uma área tão importante como a de segurança com energia".
Em 2016, teve início a produção do lote pioneiro do sensor de capacete para inserção no mercado. O protótipo foi aprimorado e, com aprovação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), licenciado para produção e comercialização no Brasil.
| Agência Estadual do Paraná ( publicado em 05-07-2019) | | | | Mercado reduz projeção do PIB brasileiro em 2019 para 0,82%
Para taxa básica de juros, expectativa é que Selic termine ano em 5,50%
A expectativa para a economia brasileira neste ano continuou em trajetória de queda na pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira (8).
Para os economistas consultados, o PÌB (Produto Interno Bruto) deve crescer 0,82% em 2019, ante 0,85% estimado na semana passada, na 19ª redução seguida da projeção. Para 2020 permanece expectativa de expansão de 2,20%.
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA continua em 3,80% neste ano e 3,91% para o próximo. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para a taxa básica de juros, permanece a conta de que a Selic terminará 2019 a 5,50% e em 2020 a 6%, mesmo cenário visto pelo Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões. Atualmente a Selic está no piso histórico de 6,5%.
| Folha de S. Paulo | | | | A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias somou neste primeiro semestre 24,8 mil unidades, registrando queda de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A retração foi puxada pelos tratores de rodas, em que as 16,1 mil unidades montadas anotaram recuo significativo de 18,6%. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“Começamos o ano com um estoque de 6 mil máquinas. Os recursos estavam escassos durante a Agrishow (maior feira nacional do agronegócio, realizada entre abril e maio) e administramos o estoque”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto.
Embora tenha revisado para baixo as exportações de veículos leves e pesados, a Anfavea manteve até o momento as projeções para máquinas, mas Miguel Neto admite a iminência de uma revisão, sobretudo das exportações, já que a Argentina consome boa parte das máquinas vendidas pelo Brasil ao mercado externo.
Para o mercado doméstico, o vice-presidente da Anfavea está confiante: “Não será difícil crescer de acordo com a projeção atual”, diz, recordando que novo Plano Safra prevê R$ 225,6 bilhões para o agronegócio. “Esse valor deve ser suficiente ao menos até fevereiro e o governo poderá realocar recursos de uma para outra linha.” A Anfavea prevê a venda interna de 53 mil máquinas até o fim de 2019 e alta de 10,9% sobre 2018.
MERCADO INTERNO ANDOU DE LADO NO 1º SEMESTRE
De janeiro a junho as fábricas locais repassaram às concessionárias 19,8 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, repetindo o resultado obtido no primeiro semestre de 2018. Houve queda de 7,3% na venda de tratores sobre rodas, com 15,2 mil unidades entregues na primeira metade de 2019.
Essa retração foi compensada com a alta em outros segmentos de menor volume: a venda de retroescavadeiras se aproximou de 1,5 mil unidades, quase o dobro em relação ao primeiro semestre do ano passado. As colheitadeiras também anotaram acréscimo importante de 20,3%, com 2,5 mil unidades negociadas no País.
EXPORTAÇÕES EM VALORES CAEM 14,4%
De acordo com a Anfavea, as exportações de máquinas somaram no primeiro semestre US$ 1,48 bilhão, valor 14,4% mais baixo pela comparação interanual. Em unidades a retração foi bem menor, 2%. O País embarcou 6,1 mil máquinas na primeira metade de 2019. A alta de 22,4% na venda de tratores de esteiras (1,8 mil unidades) ajudou a compensar a queda de 3,8% nas exportações de tratores de rodas no semestre (2,9 mil).
| Automotive Business (publicado em 05-07-2019) | | | |
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