| 14 de NOVEMbro de 2019
Quinta-feira
- Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais - nº 43. Ano XV. 14 de novembro de 2019
- Auxílio-acidente fica menor e tem brecha para restringir concessão
- Taxar seguro-desemprego é palatável’, diz Rogério Marinho
- Veja quem se aposenta com a regra antiga e com a nova após a reforma da Previdência
- Atividade econômica cresce 0,91% no terceiro trimestre
- Inadimplência cresce em outubro, e aumenta mais entre os mais velhos, aponta pesquisa
- Acordo de livre-comércio entre Brasil e China depende de parceiros do Mercosul
- O Brasil não pode negociar isoladamente’, diz ex-embaixador brasileiro
- Chefes de Estado do BRICS se comprometem com agenda comum
- Empresários do BRICS apresentam 23 propostas para ampliar o comércio e facilitar investimentos
- Críticas ao protecionismo dominam encontro dos Brics
- Ramaphosa: Banco dos Brics deve beneficiar países em desenvolvimento
- Brics ficam com 35% das exportações do agronegócio brasileiro e fornecem 33% dos insumos
- Bolsonaro diz Brics trabalhou para alimentar competitividade e produtividade
- Missão da OCDE alerta para riscos de retrocesso no combate à corrupção no Brasil
- Vivemos um momento histórico de fortalecimento da economia, diz Trabuco
- Dólar vai a R$ 4,19, segundo maior valor nominal da história
- Prévia' do PIB medida pelo Banco Central registra alta de 0,44% em setembro
- Paraguai pretende selar acordo com Brasil no setor automotivo ainda em 2019
- 18% das empresas brasileiras podem ser consideradas “inteligentes”, aponta estudo da Zebra Technologies
- Indústria 4.0 | Conheça a operação de uma ciberfábrica
- Diminuir os custos e aumentar a produtividade ao mesmo tempo. Sim, é possível!
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Câmbio
Em 14/11/2019
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Compra
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Venda
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Dólar
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4,161
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4,162
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Euro
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4,601
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4,603
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Fonte: BACEN
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| | | | | Confira nessa edição as proposições apresentadas no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAL
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
DIREITO DE PROPRIEDADE E CONTRATOS
Acessibilidade como requisito para concessão e renovação de alvará de funcionamento; isenção para MPE optante do Simples Nacional
PL 5687/2019 do deputado Junio Amaral (PSL/MG)
Desestatização mediante aprovação do Congresso Nacional
PL 5767/2019 do deputado Afonso Motta (PDT/RS)
Ampliação do rol de condutas delitivas que ensejam impedimento para licitar
PL 5808/2019 da deputada Edna Henrique (PSDB/PB)
Obrigatoriedade da certificação de veracidade das declarações emitidas por participantes de licitações públicas
PL 5845/2019 do deputado Boca Aberta (PROS/PR)
INOVAÇÃO
Instituição da Política Nacional de Inteligência Artificial
PL 5691/2019 do senador Styvenson Valentim (Podemos/RN)
INTEGRAÇÃO NACIONAL
Incentivos a utilização de insumos e componentes produzidos na Zona Franca de Manaus
PL 5739/2019 do deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos/AM)
RELAÇÕES DE CONSUMO
Atualização do Código de Defesa do Consumidor para os efeitos da internet
PL 5726/2019 do deputado Ossesio Silva (Republicanos/PE)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
GASTO PÚBLICO
Modificações na regra de ouro e no teto de gastos
PEC 182/2019 do senador José Serra (PSDB/SP)
Mudanças na Lei de Falência e Recuperação Judicial
PL 5631/2019 do deputado Fabiano Tolentino (Cidadania/MG)
Obrigação de convocação de referendo para alienação de ativos de empresas estatais e de economia mista
PL 5661/2019 da deputada Gleisi Hoffmann (PT/PR)
Medidas de controle do crescimento das despesas obrigatórias e de reequilíbrio fiscal - "PEC emergencial"
PEC 186/2019 do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE)
Desvinculação de despesas dos entes federados por meio da extinção de fundos públicos - "PEC dos Fundos"
PEC 187/2019 do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE)
PEC do Pacto Federativo
PEC 188/2019 do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE)
Fim do monopólio da Casa da Moeda
MPV 902/2019 do Poder Executivo
Inabilitação do falido
PL 5760/2019 do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT)
Prorrogação do prazo de vigência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
PL 5762/2019 do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT)
Utilização dos Comitês de Resolução de Disputas (Dispute Boards) no processo de recuperação judicial e de falência das empresas
PL 5823/2019 do deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM/TO)
Redução do prazo de encerramento do procedimento de falência
PL 5839/2019 do deputado Zé Neto (PT/BA)
MEIO AMBIENTE
Criação do Selo Empresa Parceira do Meio Ambiente
PL 5690/2019 do senador Confúcio Moura (MDB/RO)
Criminalização das atitudes ou omissões que vão contra a proteção da biodiversidade e o equilíbrio do meio ambiente
PL 5699/2019 do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP)
Atribuições do Plano Nacional de Contingência (PNC) em caso de acidente ou desastre que envolva derramamento e poluição por óleo nas águas sob jurisdição nacional
PL 5692/2019 do deputado José Guimarães (PT/CE)
Incentivos fiscais para reciclagem de resíduos sólidos
PL 5697/2019 do deputado Cleber Verde (Republicanos/MA)
Instituição legal do Fundo Amazônia
PL 5702/2019 do deputado Nilto Tatto (PT/SP)
Obrigação do Executivo elaborar plano de contingenciamento para crimes ambientais e responsabilização da União pelo descumprimento
PL 5722/2019 do deputado Felipe Carreras (PSB/PE)
Competência comum entre Estados e União para fiscalização da atividade de petróleo e gás
PLP 241/2019 da deputada Clarissa Garotinho (PROS/RJ)
Regras para autos de infração ambiental
PL 5786/2019 do deputado José Medeiros (PODE/MT)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Responsabilização do empregador em relação a doenças e acidentes do trabalho
PL 5772/2019 do deputado Afonso Motta (PDT/RS)
DISPENSA
Programas e planos de demissão voluntária ou incentivada
PL 5730/2019 do deputado Geninho Zuliani (DEM/SP)
JUSTIÇA DO TRABALHO
Extensão do prazo para pagamento da execução de sentença trabalhista
PL 5848/2019 do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT)
OUTRAS MODALIDADES DE CONTRATOS
Estatuto do Aprendiz
PL 5729/2019 do deputado Marco Bertaiolli (PSD/SP)
Igualdade de condições entre os trabalhadores portuários avulsos cadastrados e registrados
PL 5754/2019 do deputado Rodrigo Coelho (PSB/SC)
Inexigibilidade de vínculo empregatício para atividades de movimentação de mercadorias
PL 5814/2019 do deputado Glaustin Fokus (PSC/GO)
Redução da contribuição previdenciária patronal nas contratações de pessoas próximas à aposentadoria
PL 5818/2019 do deputado Christino Aureo (PP/RJ)
Indenização e prescrição nos contratos de representação comercial
PL 5761/2019 do deputado Alexis Fonteyne (NOVO/SP)
RELAÇÕES INDIVIDUAIS DO TRABALHO
Inserção do trabalho multifuncional na CLT
PL 5670/2019 do deputado Glaustin Fokus (PSC/GO)
Restabelecimento de portarias do antigo Ministério do Trabalho
PDL 676/2019 do deputado Túlio Gadêlha (PDT/PE)
CUSTO DE FINANCIAMENTO
Permissão de acesso ao escore de crédito e prazo para exclusão do registro de dívida após pagamento
PL 5766/2019 do deputado Afonso Motta (PDT/RS)
Alterações no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO)
PL 5873/2019 do deputado Kim Kataguiri (DEM/SP)
INFRAESTRUTURA
Exigência de profissionalização para os cargos de dirigentes de agências reguladoras e equiparação da CVM, SUSEP, PREVIC e CADE às agências
PL 5683/2019 do deputado Tiago Mitraud (NOVO/MG)
Regulação da cobrança por serviços de esgotamento sanitário
PL 5803/2019 da deputada Edna Henrique (PSDB/PB)
Desestatização da Eletrobrás
PL 5877/2019 do Poder Executivo
INFRAESTRUTURA SOCIAL
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Regulamentação da aposentadoria especial da Nova Previdência
PLP 245/2019 do senador Eduardo Braga (MDB/AM)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA E DE BEBIDAS
Redução da alíquota do PIS/PASEP e da COFINS incidentes na comercialização de suco de frutas
PL 5835/2019 da deputada Paula Belmonte (Cidadania/DF)
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Obrigação de instalação, no âmbito do PMCMV, sem ônus para os beneficiários, de equipamentos destinados à geração de energia elétrica própria com base em fonte solar fotovoltaica
PL 5632/2019 da deputada Aline Gurgel (Republicanos/AP)
INDÚSTRIA DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
Instituição do Programa de Transparência nos Registros de Pesticidas
PL 5765/2019 do deputado Afonso Motta (PDT/RS)
Análise de resíduos de agrotóxico em alimentos
PL 5850/2019 do deputado Felipe Carreras (PSB/PE)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Redução nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição e nos encargos para micro e minigeradores
PL 5829/2019 do deputado Silas Câmara (Republicanos/AM)
Estabelecimento de incentivo e limites à geração de energia elétrica a partir de fontes alternativas
PL 5878/2019 do deputado Schiavinato (PP/PR)
INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO
Licenciamento ambiental da União para barragens
PLP 240/2019 do senador Carlos Viana (PSD/MG)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Possibilidade dos consumidores de energia elétrica escolherem entre os medidores de consumo de energia eletromecânicos ou medidores eletrônicos
PL 5715/2019 do deputado SILAS CÂMARA (REPUBLICANOS/AM)
INDÚSTRIA DO PLÁSTICO
Proibição de distribuição de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais
PL 5727/2019 do deputado João Daniel (PT/SE)
INDÚSTRIA PETROLÍFERA
Recursos do Fundo Social do Pré-Sal para reparação de vazamentos
PL 5790/2019 do senador José Serra (PSDB/SP)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
INFRAESTRUTURA
Isenta os veículos automotores de duas rodas e similares da isenção do pagamento de pedágio em rodovias estaduais
PL 823/2019, de autoria do Deputado Boca Aberta (PROS)
Isenção do pagamento da tarifa de pedágio nos munícipios com população inferior a 150 mil habitantes
PL 824/2019, de autoria do Deputado Boca Aberta (PROS)
Institui a tarifa de desconto do pedágio em 85% (oitenta e cinco por cento) para veículos emplacados em munícipios sede e limítrofes às praças de pedágio
PL 825/2019, de autoria do Deputado Boca Aberta (PROS)
Isenta o pagamento de pedágio para motocicletas em todo território do Estado do Paraná
PL 828/2019, de autoria do Deputado Professor Lemos (PT)
INTERESSE SETORIAL
Determina que os estabelecimentos varejistas fixem cartazes e/ou tarjetas informando o consumidor sobre a origem, a data de recebimento e de validade de seus produtos
PL 826/2019, de autoria do Deputado Emerson Bacil (PSL)
INFRAESTRUTURA SOCIAL
Amplia o Programa Identidade Jovem
PL 833/2019, de autoria do Deputado Requião Filho (MDB)
EDUCAÇÃO
Programa Cidadania Digital nas escolas
PL 829/2019, de autoria do Deputado Gilberto Ribeiro (PP)
| Coordenação de Relações Governamentais - Sistema FIEP | | | | MP 905, do programa Verde Amarelo, estabelece novo cálculo e prevê criação de lista de sequelas que darão direito a benefício
O auxílio-acidente, benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a trabalhadores que ficaram com a capacidade reduzida após um acidente de qualquer natureza, ligado ao trabalho ou não, está menor.
O acesso ao benefício também deve ser restringido. A medida provisória do programa Verde Amarelo prevê a criação de uma lista de sequelas a serem consideradas para essa concessão.
Na regra válida até domingo (10), cabia ao perito médico federal a avaliação quanto à redução na capacidade de trabalhar.
A MP 905 alterou a lei 8.213, que trata dos benefícios da Previdência. O artigo que trata da modificação prevê a elaboração de uma lista de sequelas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, “de acordo com critérios técnicos e científicos”.
A secretaria não respondeu como será a definição dessa lista. A medida provisória também prevê a atualização da cada três anos.
A redução no valor do auxílio ocorre por uma combinação de fatores. Além de um novo parâmetro para o cálculo, os segurados que tiverem o auxílio calculado a partir desta quarta-feira (13) receberão o benefício baseado na nova média salarial, que usa todos os salários de contribuição desde julho de 1994.
A regra anterior previa o pagamento de 50% do salário de benefício, que era a média dos 80% maiores salários de contribuição —também considerava apenas os recebimentos a partir de julho de 1994, em reais. O novo cálculo corresponderá à metade do que o trabalhador receberia se fosse aposentado por invalidez.
Nesse caso, valerá a regra criada com a reforma, resultando na segunda redução, pois esse benefício (que foi rebatizado de aposentadoria por incapacidade permanente) partirá de 60% da média salarial. Só haverá acréscimo quando o segurado tiver mais do que 20 anos de contribuição.
Só depois desse resultado é que o auxílio-acidente será calculado, correspondendo à metade desse valor.
Hoje, 449 mil segurados recebem o auxílio-acidente.
Outra modificação importante refere-se à duração desse benefício. O auxílio-acidente é considerado uma indenização e, por isso, não impede o segurado de voltar ao trabalho. Uma vez que ele fosse concedimento, era presumidamente vitalício, interrompido somente com a aposentadoria ou morte do segurado.
Agora, a legislação fala em “manutenção das condições que ensejaram o benefício”, abrindo um dupla interpretação segundo a qual a recuperação seja possível.
A advogada Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), considera que o texto cria um compreensão de que essas lesões consolidadas possam ser curadas. “Esse ponto ficou muito confuso. Um empregado que perdeu os dedos num acidente de trabalho não tem como ser curado”, afirma.
Como as medidas provisórias têm validade desde a publicação, todas as mudanças estão valendo desde terça-feira (12), quando o texto saiu no Diário Oficial da União. É necessário que ela seja aprovada na Câmara e no Senado em 120 dias para que seja convertida em lei.
As mudanças no auxílio-acidente não são as únicas incluídas na medida anunciada como programa de estímulo ao emprego. A publicação também incluiu a criação de uma política de habilitação de reabilitação profissional e física e também de prevenção e redução de acidentes de trabalho.
Durante cinco anos, os valores recolhidos em conta única do Tesouro Nacional com multas ou punições aplicadas em ações civis públicas trabalhistas ou decorrentes de termos de ajustamento de conduta (os TACs) servirão para financiar esse programa.
Danos morais coletivos e punições a empresas que descumpram a reserva de cargos a pessoas com deficiência também passam a compor essa arrecadação.
A viabilização do programa ainda depende da criação de uma conselho formado por integrantes dos ministérios da Economia, da Cidadania e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
| Folha de S. Paulo | | | | O secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, previu que “naturalmente” haverá pressão para que a redução dos impostos cobrados sobre a folha de salários prevista no programa Verde Amarelo seja ampliada. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Marinho disse que o Congresso pode buscar uma forma alternativa para financiar a desoneração proposta, caso não aceite a taxação do seguro-desemprego para bancar a medida.
A escolha do seguro-desemprego para financiar a desoneração para as empresas que contratarem jovens de 18 anos a 29 anos tem sofrido forte resistência de parlamentares.
À Rádio Eldorado, em resposta à colunista Eliane Catanhêde, Marinho admitiu que continua no radar do governo a criação de um imposto parecido com a CPMF para compensar uma ampliação do programa. Mais tarde, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que a CPMF “nos moldes que foi apresentada” não tem mais condições de prosperar.
O programa do emprego tem o objetivo de estimular a contratação de jovens de 18 a 29 anos com remuneração de até R$ 1.497 (1,5 salário mínimo). A desoneração da folha reduz em até 34% os tributos que as empresas vã pagar na contratação dos novos funcionários. A seguir, os principais trechos da entrevista:
O sr. disse que a CPMF continua no radar para a desoneração da folha. Já que há rejeição à proposta de usar o seguro-desemprego para bancar a desoneração, o Congresso pode incluir uma nova contribuição?
A CPMF nos moldes em que foi apresentada não tem condições de prosperar. É uma posição do presidente da República. É evidente que o Congresso pode buscar uma forma diferente de financiamento. Isso vai depender justamente da tramitação que vai ocorrer no Congresso.
Hoje, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que, na hora que se apresenta uma despesa nova, é necessário que se apresente uma receita nova ou se anule uma despesa existente. Essa foi a nossa preocupação quando apresentamos o projeto. Se a receita que estamos apresentando não é uma receita que o Congresso acredite que seja a mais viável, ele certamente vai apresentar uma outra receita. Mas esse é um papel do Parlamento.
O Congresso pode sugerir uma CPMF?
Eu não falei de CPMF em nenhum momento. Quem falou foi quem perguntou. Eu disse que o Parlamento que vai resolver. Eu acredito que o Congresso vai buscar uma alternativa diferente, caso não concorde com a alternativa que apresentamos. Eu acho que a alternativa que apresentamos (taxação do seguro-desemprego) é palatável porque estamos permitindo que as pessoas que têm seguro-desemprego possam contabilizar esse tempo, já que vão contribuir para fim da sua aposentadoria.
O economista Paes de Barros defende que o programa seja amplo e focado em baixa renda e não apenas em jovens. É possível fazer isso sem dinheiro?
Para aumentar o tamanho dessa desoneração, é necessário ter espaço fiscal. Ela só vai acontecer se fizermos o que estamos fazendo: um programa controlado, o início de um processo. A sociedade vai avaliar, ver se dá certo. Se der certo, sem prejuízo para ninguém, que se amplie. Naturalmente, haverá uma pressão para que isso ocorra. Eu defendo que as pessoas de baixa renda tenham um menor custo na sua contratação para aumentar o número de contratos. É mais ou menos o que o Paes de Barros está dizendo. Só que tem de ter espaço fiscal para que isso acontecer e tem de ter consenso dentro do Parlamento.
O Congresso dará apoio ao programa?
Acho. Eu conversei com muita gente antes. Não joguei para cima (as medidas).
O sr. conversou com empresários que são grandes contratadores?
A recepção foi a melhor possível. Todo mundo está gostando muito e conversamos com todos os setores produtivos.
Por que o governo incluiu muitas medidas no pacote não relacionadas diretamente à geração de emprego?
Está tudo relacionado ao emprego. Por exemplo, as mudanças na participação dos lucros – para facilitar o pagamento e acabar com interpretações diferentes na Justiça-, tem tudo a ver. Todos os pontos que estão na MP e nos projetos são relacionados ao emprego, ao trabalho, à produtividade, à eficiência e à desburocratização do mercado.
Na questão da participação dos lucros, estamos apenas deixando mais claro o que já dissemos em 2017 na lei trabalhista. É um estímulo para que haja produtividade, mérito, a disposição de ter um resultado mais eficaz nas empresas. Estamos simplificando a área trabalhista. Tudo que está sendo feito com as NRs (normas para segurança e saúde) tem consequência, tem link com o que foi proposto no programa. Vimos os gargalos que existem, os problemas que não foram superados. A própria dificuldade de aplicação da lei que é recente ainda.
Especialistas e parlamentares falam que é uma nova reforma trabalhista.
Na verdade, estamos aperfeiçoando a legislação, prosseguindo um trabalho que foi feito em 2017. Não tem a amplitude de uma reforma trabalhista, mas ela aperfeiçoa o texto e corrige distorções no sistema. Eu não afirmo que é uma nova reforma.
Quais são essas distorções?
São as que estamos apresentando dentro do projeto. Estamos simplificando as multas, tornando mais eficaz o processo de embargo de interdição, redefinindo a fiscalização nas empresas e trazendo uma postura mais pedagógica. Não é possível que uma empresa, por um erro formal qualquer, por exemplo sofra um embargo (fechar a empresa).
| Tribuna PR | | | |
Emenda Constitucional é publicada e o dia 13 de novembro de 2019 é nova referência dos benefícios
As novas regras da reforma da Previdência, que começaram a valer nesta quarta-feira (13) com a publicação da Emenda Constitucional 103 de 2019, mudam as regras de concessão de aposentadorias e outros benefícios para trabalhadores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e servidores federais de todo o país. As principais mudanças da nova legislação são idade mínima de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens), regras de transição, pensões por morte com redutores e novo cálculo da média salarial.
Como o dia 13 de novembro é o primeiro dia de validade da nova regra previdenciária, ele passa a ser a referência de cálculo de diversos requisitos para quem está fazendo as contas para se aposentar.
São cinco regras de transição. Nos dois sistemas de pedágio, o dia 13 de novembro de 2019 será a data de referência para o brasileiro saber quanto tempo terá que trabalhar a mais para se aposentar nessas duas transições.
No caso do pedágio de 50% será preciso pagar mais metade do tempo que faltar para atingir 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 anos (homens) no dia da publicação. Além disso, entrará nesse pedágio quem tiver, neste dia 13 de novembro, entre 28 anos de contribuição e menos de 30 anos, para mulheres. Já homens entram nesse sistema se comprovarem que têm a partir de 33 anos e menos de 35 anos de contribuição.
Para o pedágio de 100% o dia da publicação da reforma também será usado como referência: será preciso continuar no mercado de trabalho pelo dobro do tempo que faltar neste dia 13 para atingir os 30 e 35 anos de pagamentos para mulheres e homens, respectivamente.
As regras antigas ainda poderão ser aplicadas a todos os cidadãos que tiverem direito adquirido até o dia 12 de novembro de 2019, véspera da publicação da nova emenda. Quem conseguir comprovar para o INSS que havia completado 30 anos de contribuição (mulheres) ou 35 anos de contribuição (homens) até o dia 12 de novembro mantém o direito de pedir a aposentadoria por tempo de contribuição pelas regras antigas, que não exige idade mínima ou pedágio.
O direito adquirido também valerá para quem completou 60 anos de idade (mulher) e 65 anos (homem) e comprovar ao INSS que também atingiu 15 anos de contribuição recolhidos até um dia antes da publicação. Neste caso, a fórmula de cálculo será mais vantajosa. A aposentadoria por idade calculada antes da reforma é de 85% da média salarial antiga para quem tem 15 anos de contribuição. Com esse mesmo tempo de recolhimentos, se os requisitos forem atingidos após a reforma o cálculo passa a ser de 60% da nova média salarial.
O INSS informou que, ao receber pedidos de pessoas que podem se aposentar pelas regras antigas e novas, seu sistema indicará qual dos sistemas oferecerá o melhor benefício.
O trabalhador que completar os requisitos até 12 de novembro de 2019 terá assegurado o acesso às exigências antigas mesmo se o pedido da aposentadoria for agendado após a reforma começar a vigorar. Esse direito beneficiará quem ainda está correndo atrás de documentos para comprovar tempo trabalhado antes da reforma.
A publicação da reforma marca o fim da regra 86/96, que antecipa a aposentadoria integral para o trabalhador que, ao somar sua idade e seu tempo de contribuição, consegue atingir 86 pontos, se mulher, ou 96, para o homem. Muitas vezes, um dia a menos de contribuição pode ser definitivo para o trabalhador ser beneficiado ou não por essa regra, que também exige o tempo mínimo de contribuição de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens). Com a validade da reforma essa fórmula deixa de dar aposentadoria sem redutor e passa a ser uma das regras de transição.
No caso das pensões por morte, que passarão a ter redutores de acordo com o número de dependentes, o que vai definir a regra de cálculo do benefício é a data da morte do segurado (se ocorreu antes ou depois da vigência da reforma).
VEJA O QUE MUDA E O QUE JÁ ESTÁ VALENDO
A publicação da reforma da Previdência nesse dia 13 de novembro de 2019 marca o início da validade das novas regras
1) IDADE MÍNIMA
65 anos para os homens
62 anos para as mulheres
Para quem vale
Para todos os brasileiros que só começarem a pagar o INSS a partir do dia 13/11/2019
Para quem já contribui com o INSS, mas não conseguir atingir as condições exigidas em uma das regras de transição, a alternativa também será esperar até a idade mínima
2) REGRAS DE TRANSIÇÃO
Para quem já está no mercado de trabalho e conseguir escapar da nova idade mínima
Haverá regra por pontos, idade mínima progressiva, pedágio de 50% e pedágio de 100% que também tem idade mínima
3) NOVA MÉDIA SALARIAL
Para quem completar os requisitos para se aposentar ou para receber um benefício a partir do dia 13/11/2019
O novo cálculo vai passar a considerar todas as contribuições pagas em reais, sem descartar as 20% menores
4) FÓRMULA 86/96
Quem conseguir completar a pontuação da fórmula 86/96 até o dia 12/11/2019 manterá o direito de ganhar a aposentadoria integral (100% da média salarial antiga)
É preciso comprovar que completou, até o dia 12/11/2019:
86 pontos, para mulheres
96 pontos, para homens
Também é preciso atingir o tempo mínimo de contribuição, de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens) até um dia antes de início da reforma
5) DIREITO ADQUIRIDO PARA SE APOSENTAR COM AS REGRAS ANTIGAS
Quem comprovar que atingiu, até 12/11/2019, as condições de se aposentar com as regras anteriores à reforma
Aposentadoria por tempo de contribuição:
Quem completar 30 anos de contribuição (mulheres) ou 35 anos de contribuição (homens) até o dia 12 de novembro
Aposentadoria por idade
Quem tinha no mínimo 60 anos de idade (mulher) e 65 anos (homem) até um dia antes da validade da reforma e comprovar que tinha 15 anos de contribuição completos até o dia 12 de novembro
6) APOSENTADORIA POR INVALIDEZ MENOR
Para segurados que ficarem sem condições de trabalhar a partir do dia 13/11/2019
O perito do INSS que define a data de início da incapacidade
7) REDUTORES DA PENSÃO POR MORTE
O dia de referência para o cálculo da pensão é a data da morte do segurado
Para mortes a partir do dia 13/11/2019 valerão as novas regras da pensão, que consideram:
Redutor por dependentes
A pensão será de 50% da aposentadoria do segurado que morreu, mais 10% por dependente
A viúva sem filhos menores receberá 60%, e não mais 100%
Acúmulo da pensão com aposentadoria
Para quem obtiver direito ao segundo benefício a partir do dia 13/11/2019, o governo aplicará um redutor sobre a renda que for menor
| Folha de S. Paulo | | | | IBC-Br avalia atividade econômica e influencia decisões sobre Selic
A atividade econômica registrou crescimento no terceiro trimestre neste ano, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (14) pelo Banco Central (BC).
No terceiro trimestre deste ano, o índice apresentou alta de 0,91% comparado ao período anterior. O resultado considera dados dessazonalizados, ajustados para o período.
Na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2018, o crescimento foi de 0,99%.
Em setembro, na comparação com agosto, houve expansão de 0,44 %. Na comparação com setembro de 2018, a alta ficou em 2,11%. Em 12 meses, terminados em setembro de 2019, houve expansão de 0,99%.
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IBC-Br avalia evolução mensal da atividade econômica (EBC)
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução mensal da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O índice foi criado pelo BC para mostrar a tendência de evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.
| Agência Brasil | | | | Número de consumidores com contas em atraso cresceu 1,58% na média nacional, e 7,1% na faixa de 64 a 84 anos.
O número de consumidores com contas em atraso cresceu 1,58% em outubro, na comparação com igual período do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O levantamento mostra também que o aumento da inadimplência foi mais expressivo entre a população com idade mais avançada. O crescimento de 7,1% na faixa de 64 a 84 anos, e de 4,1% entre a população de 50 e 64 anos.
Já entre os consumidores mais jovens, caiu o número de consumidores com dívidas atrasadas. A retração mais acentuada foi verificada na faixa de 18 a 24 anos, com uma diminuição de 21,6% em outubro na comparação com igual mês de 2018. Também houve recuo da inadimplência nas faixas de 25 a 29 anos (-9,9%) e de 30 a 39 anos (-1,5%).
A pesquisa mostra também que a maior parte das dívidas (53%) em aberto no país está ligada a instituições financeiras. O comércio responde por uma fatia de 17%, seguido pelo setor de comunicação (12%) e pelas contas de água e luz (10%).
“As dívidas com instituições financeiras são as que têm os juros mais caros do mercado em casos de atraso. E a falta de pagamento desse tipo de dívida pode transformar valores pequenos em cifras praticamente impagáveis, sobretudo por superarem, em muitos casos, a renda do consumidor”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Segundo o levantamento, a média do valor devido pelos inadimplentes é de R$ 3.254,78, sendo que pouco mais da metade (53,1%) têm dívidas de até R$ 1.000.
| G1 | | | | Além de resistência de vizinhos, país teria dificuldade para competir com chineses
Um acordo comercial entre Brasil e China, como proposto nesta quarta-feira (13) pelo ministro Paulo Guedes (Economia), dependerá do aval dos outros países que fazem parte do Mercosul, de acordo com especialistas em comércio exterior ouvidos pela Folha.
O governo brasileiro também poderia optar por sair do bloco sul-americano para negociar diretamente com os chineses.
Nessa hipótese, no entanto, o Brasil perderia todos os avanços feitos em relação a outros blocos econômicos, ficando de fora, por exemplo, do acordo Mercosul-União Europeia.
“Desde 2000, o Mercosul só negocia em bloco. Todas as negociações comerciais hoje em curso são em bloco”, afirma o ex-secretário de comércio exterior Welber Barral, sócio da consultoria Barral M Jorge.
Barral diz que uma negociação com a China enfrentaria grande resistência por parte do setor industrial, mas seria benéfica para os setores produtores de commodities agropecuárias e minerais.
“O mercado chinês é muito grande, existem possibilidade, mas o Brasil tem dificuldades para exportar outros produtos que não sejam commodities e teria de aumentar sua competitividade.”
José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), afirma que o Brasil não tem condições de estabelecer uma relação comercial totalmente livre com um país como a China, que, por exemplo, não segue todas as regras internacionais de comércio.
“Seria suicídio industrial coletivo”, afirma.
Castro destaca ainda a desvantagem em se tentar uma negociação fora do âmbito do Mercosul.
“Você tem de fazer acordo com o bloco, não com um país individualmente, a não ser que esteja passando pela cabeça do Brasil sair do Mercosul. Mas aí tem de voltar a negociar outros acordos, como com a União Europeia”, afirma o presidente da AEB.
Roberto Dumas Damas, professor do Insper e especialista em China, também afirma que não seria bom para o Brasil abrir mão do acordo fechado com a União Europeia para negociar com a China, mas avalia como positiva a sinalização do ministro da economia de que está disposto a abrir o país para o comércio exterior e abandonar a política de proteção industrial que vigora há décadas.
O especialista afirma ser a favor de um acordo mais amplo do bloco com os chineses, mesmo que isso represente perdas para a indústria brasileira em um primeiro momento. Para ele, não dá mais para proteger o setor com tarifas, prejudicando todos os outros segmentos da economia.
Além disso, uma abertura poderia ser uma oportunidade para modernizar o parque fabril brasileiro, aumentar a competitividade do setor e elevar as exportações para outros países futuramente, diz o professor do Insper.
“Ficamos abraçados com Argentina e não fizermos nada. Agora é hora da mudança. Sou a favor de um acordo de livre comércio. Mas é claro que não vamos abrir tudo de uma vez.”
| Folha de S. Paulo (publicado em 13-11-2019) | | | |
Ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa vê como positivas as potenciais discussões bilaterais entre o Brasil e a China, mas acha que é uma simplificação dizer que o País está começando a negociar uma área de livre-comércio.
Como o sr. vê a iniciativa do governo de discutir a possibilidade de criar uma área de livre-comércio entre o Brasil e China?
Acho que a criação de uma área de livre-comércio do Brasil com China ou mesmo com Estados Unidos são ideias que estão em exame, mas é para uma perspectiva de médio e longo prazo. O que o governo está tentando fazer, e acho correto, é simplificar os procedimentos, desburocratizar para facilitar o comércio, o que é diferente de criar uma área de livre-comércio.
Por quê?
Uma área de livre-comércio implica em negociações de produtos. Isso toma muito tempo. O que está sendo discutido é ampliar o comércio entre o Brasil e a China, o que vai no interesse dos dois lados. Mas acho muito difícil hoje pensar numa negociação de uma área de livre-comércio entre Brasil e China porque tem de ter uma discussão muito mais ampla no meio empresarial, coisa que não foi feita.
Mas o fato de o governo buscar esse diálogo não é importante?
Uma negociação do Brasil com a China ou EUA precisa ser combinada com os outros parceiros do Mercosul. Temos um tratado em vigência. O Brasil não pode fazer uma negociação isolada sem levar em conta o tratado de Assunção, que criou o Mercosul.
Quais os benefícios de um acordo com a China?
Com a China, tem uma ação muito importante do país como produtor industrial, de novas tecnologias.
| Tribuna PR | | | | Líderes políticos dos cinco países fizeram o encerramento do evento que reuniu representantes do setor privado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Os chefes de Estado dos países do BRICS se comprometeram, nesta quarta-feira (13), a trabalhar em cooperação para garantir não apenas o crescimento de suas economias ao longo dos próximos anos, mas também para que esse desempenho seja focado nas novas tecnologias da indústria 4.0 e em áreas como economia digital e economia verde.
Durante o fechamento do Fórum Empresarial do BRICS, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o encontro foi uma oportunidade de estreitamento de contato com lideranças do setor produtivo em prol de uma aproximação econômica entre os cinco países do grupo. Ele disse ainda que, muitas vezes, os países são um cartão de visita um para o outro para permitir um ambiente de comércio mais profundo e diversificado.
“O governo brasileiro tem feito o seu dever de casa para tornar o Brasil cada vez mais atraente para negócios. Agendas de reformas que estavam há décadas esperando por uma solução o nosso governo vem tornando uma realidade”, afirmou Bolsonaro, que ressaltou que o Brasil começou a abrir o seu mercado para o mundo com medidas concretas.“O Brasil ainda tem um caminho a percorrer. Novas reformas se apresentam para nós para que possamos ter a certeza de que o ambiente de negócios no Brasil cada vez se torne mais atrativo”, disse o presidente do Brasil.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), responsável pela Secretaria-Executiva da Seção Brasileira do Conselho Empresarial do BRICS, o Fórum Empresarial dos Brics é uma oportunidade de avançar em temas com impacto transversais entre os cinco países, cujas economias têm características particulares.
"O BRICS é importante para a indústria, especialmente do ponto de vista de comércio e de investimento. Por isso, mantemos nove grupos de trabalho formados por grandes empresas em temas essenciais para ampliar nossas relações, como economia digital, desregulamentação e infraestrutura. Neste ano, o Conselho Empresarial dos BRICS apresentou 23 propostas de ações conjuntas entre os governos para facilitar o comércio e ampliar investimentos em infraestrutura e energia", disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
INOVAÇÃO - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, avaliou que os países dos BRICS podem contribuir para aumentar o crescimento global, mas, para isso, devem superar atitudes protecionistas e barreiras alfandegárias. “Queremos fortalecer o comércio com os países do BRICS, revitalizar nossas parcerias empresariais e fortalecê-las até 2025. Também deveríamos planejar nossas metas para nossos países e para investimentos. Queremos acolher todas as ideias inovadoras que forem apresentadas no CEBRIS”, disse Putin. A Rússia assume a presidência dos BRICS em 2020.
O presidente da China, Xi Jinping, por sua vez, afirmou que os países conseguiram um maior grau de cooperação devido à integração e o desenvolvimento comercial e econômico dos países. “A comunidade empresarial é a força motriz da comunidade BRICS”, destacou Xi Jinping. “As circunstâncias atuais tornam muito relevante para todos a realização desse Fórum Empresarial para facilitar os investimento, a inovação e desenvolvimento da infraestrutura.”
DESAFIOS COMUNS - Para o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, as discussões no Conselho Empresarial do BRICS, com assuntos que vão desde as oportunidades em economia digital até o fortalecimento da indústria de cada país, refletem não só os desafios prementes dos cinco países, mas também suas maiores oportunidades. “Esse engajamento no conselho é vital para encontrarmos um denominador comum para enfrentar desafios comuns”, disse.
Já o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que, apesar da crise econômica mundial, os países do BRICS conseguiram tirar milhões de pessoas da pobreza, além de alcançar sucesso em tecnologia e inovação ao longo dos últimos anos. “Agora, esse fórum constitui uma boa plataforma para discutirmos a direção de esforços futuros. Facilitar a cooperação empresarial dentro do BRICS melhorará nossos fluxos comerciais mútuos e de investimentos”, disse.
Modi solicitou ao Conselho Empresarial do BRICS a realização de um estudo sobre iniciativas e sobre os setores empresariais prioritários para os países do grupo ao longo dos próximos 10 anos. “Com isso, poderemos criar um projeto para a cooperação intra-BRICS”, afirmou.
| CNI ( publicado em 13-11-2019) | | | | O documento será entregue nesta quinta-feira (14) aos chefes de Estado dos cinco países do grupo que se reúnem em Brasília
Líderes empresariais de China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem fortalecer a cooperação para promover a integração comercial e o desenvolvimento econômico e social. Esse foi o consenso da reunião do Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS), realizada nesta quarta-feira (13), em Brasília. No encontro, os líderes empresariais dos cinco países definiram as 23 propostas do setor privado que serão apresentadas aos chefes de Estado na Cúpula do BRICS, marcada para esta quinta-feira (14), no Palácio do Itamaraty.
“As propostas serão bem recebidas pelos chefes de Estado, pois facilitarão a integração econômica entre os países do BRICS”, afirmou o presidente da seção brasileira do CEBRICS, Jackson Schneider, que também preside a Embraer Defesa & Segurança.
Entre as ações sugeridas pelos empresários, ele destacou o reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados e a implementação do certificado fitossanitário digital. Com o reconhecimento de operadores entre os países, o processo de exportação pode ser reduzido de quatro horas para menos de uma hora e o de importação de 36 horas para menos de quatro horas.
As propostas do setor privado que serão apresentadas aos chefes de Estado, foram definidas nesta quarta-feira (13), em Brasília
“As propostas representam um avanço para a integração econômica e fortalecem a parceria na nova revolução industrial”, afirmou o presidente da seção chinesa do CEBRICS, Xu Lirong. “A facilitação do comércio entre os nossos países ajudará a África a tirar milhões de pessoas da pobreza”, disse a presidente da seção sul-africana do CEBRICS, Busi Mazuba.
Na avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, o Conselho Empresarial avançou em propostas concretas e transversais que são de interesse de todos os países. “O BRICS representa quase um quarto da economia mundial, concentra quase 42% da população do mundo e representou, no ano passado, cerca de 30% das exportações brasileiras. O grupo é importante para a indústria, sobretudo do ponto de vista comercial”, avaliou Abijaodi. A CNI é responsável pela secretaria-executiva da seção brasileira do CEBRICS.
FÓRUM EMPRESARIAL DO BRICS – A CNI organiza nesta quarta-feira (13), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), o Fórum Empresarial do BRICS. O evento reúne 800 representantes de governo e do setor privado dos cinco países para debater três temas na agenda do bloco: comércio, infraestrutura e inovação. A CNI é a responsável pela secretaria executiva da Seção Brasileira do Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS). Os Chefes de Estados e Governo dos cinco países participam do encerramento.
| CNI (publicado em 13-11-2019) | | | | China, Rússia, Índia e África do Sul concentram em alimentos sua lista de compras no Brasil e fornecem fertilizantes e agrotóxicos
O intercâmbio comercial entre os Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) é muito importante para o agronegócio brasileiro. Os participantes do grupo ficam com 35,4% das vendas externas dos principais produtos do agronegócio brasileiro.
Nos dez primeiros meses deste ano, China, Rússia, Índia e África do Sul compraram produtos no valor de US$ 27 bilhões no Brasil. Só em alimentos foram US$ 24 bilhões.
O caminho inverso também é importante. Esses países não têm grande relevância no fornecimento de alimentos para o Brasil, mas são grandes fornecedores de insumos utilizados nas lavouras brasileiras, tais como agrotóxicos e adubo.
Em insumos agrícolas, os gastos brasileiros nos demais membros do grupo somaram US$ 3 bilhões, 33% do que o país adquire no exterior nesse setor. As compras de alimentos se limitaram a US$ 498 milhões.
A China é a maior fornecedora de alimentos para o Brasil nesse grupo, mas também encabeça a lista dos principais importadores desses itens. Os chineses levam muita soja e carnes e trazem peixe e alho.
Fora do setor de alimentos, os chineses lideram compras de celulose, algodão e madeira brasileiros e são importantes no fornecimento de inseticidas, herbicidas, fungicidas e adubo.
Falta ainda nessa relação comercial entre os dois países uma abertura maior para os setores de sucos, de frutas e de farelo de soja.
A Rússia, que já deixou por aqui US$ 1 bilhão nas compras de alimentos de janeiro a outubro deste ano, fornece fertilizantes e inseticidas para os agricultores brasileiros.
Uma das tradicionais pendências entre os dois países é a questão do trigo. Os russos, exportadores do cereal, sempre pediram uma abertura para este produto no mercado brasileiro.
A Índia promete ser um país com grande potencial para o agronegócio. Por ora, no entanto, as relações comerciais nos setores de alimentos e de insumos são pequenas.
A Embrapa iniciou há dois anos um projeto de adaptação e de produção de alimentos usados em grande escala na Índia. A produção, principalmente no Centro-Oeste, será mais uma porta aberta nesse importante mercado.
Na área de insumos, os indianos são fornecedores de inseticidas para a agricultura brasileira. A África do Sul é o país do grupo com a menor relação comercial com o Brasil.
As importações de alimentos dos sul-africanos se limitaram a US$ 263 milhões neste ano, um comércio com base principalmente em carnes. Milho e café podem ter os negócios ampliados nessa relação.
| Folha de S. Paulo | | | | Fala mais assertiva foi a de Xi Jinping, que vem criando tarifas a produtos dos EUA em resposta às taxas impostas por Trump
As críticas à escalada do protecionismo no comércio global deram o tom dos discursos no primeiro dia da XI Cúpula dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), promovida em Brasília.
No encerramento do fórum empresarial dos países do grupo, a fala mais assertiva foi a do dirigente da China, Xi Jinping, que vem criando tarifas a produtos americanos como resposta às taxas criadas pelo governo de Donald Trump a bens do país asiático.
A guerra comercial entre os países vem causando queda nas previsões de crescimento global. As declarações são feitas em um momento em que o governo brasileiro adota uma postura de alinhamento aos Estados Unidos.
“O crescente protecionismo e ameaças no mundo estão colocando em risco o comércio e o investimento internacional, levando à desaceleração da economia internacional”, disse a uma plateia formada por empresários e sob os olhares dos demais líderes do bloco.
Jair Bolsonaro, no centro, Vladimir Putin, à direita, e Xi Jinping, à esquerda, durante encontro do Brics em Brasília
O chinês defendeu a queda de barreiras comerciais entre os países em desenvolvimento e ressaltou que o mundo passa por um momento de transformações que aumenta as oportunidades para acordos.
“As nossas economias enfrentam desafios e creio que as inovações são a melhor maneira de enfrentar esses desafios que comprometem nosso desenvolvimento econômico. Nós temos de propor novos caminhos para a nossa indústria”, disse.
Ele ressaltou que, nos últimos cinco anos, a China teve participação de 30% no crescimento econômico mundial e que não recuará na decisão de abrir o seu mercado ao mundo.
“Nós queremos abrir a nossa economia, aumentar nossas exportações e importações e criar ambiente mais favorável aos negócios”, afirmou.
Xi fez ainda um chamado para que os países dos Brics participem da Iniciativa Cinturão e Rota, de grandes obras de infraestrutura em parceria com a China e com financiamento do Banco de Desenvolvimento Chinês.
"A Iniciativa Cinturão e Rota está entrando em novo patamar, espero que todos vocês possam participar mais ativamente desta plataforma", afirmou.
A iniciativa sofre críticas dos EUA, que acusam a China de aumentar o endividamento de países e fazer investimentos predatórios, apenas para garantir fornecimento de commodities.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a situação da economia global "continua complexa" e defendeu que os países do bloco não se abatam com o crescimento das barreiras ao comércio.
"Temos visto crescimento de atitudes protecionistas e de problemas alfandegários. Os países do Brics têm que se esforçar para não se deixar abater por essas coisas. Temos que manter o nível de vida de nossas populações e aumentá-las", disse.
Em linha semelhante, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou que a desaceleração do mercado global e o crescimento do protecionismo diminui oportunidades de investimento e gera mais incertezas ao comércio global.
“Permanecemos empenhados em [defender] mercados livres e justos para o comércio global. Continuamos apoiando a governança que crie oportunidades para o crescimento inclusivo”, disse.
Outro ponto comum nos discursos foi a menção a medidas econômicas tomadas nos respectivos países para melhorar o ambiente de negócios e o chamado por investimentos.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fez um apelo para que empresários desembarquem no país. "A estabilidade política e previsibilidade econômica, além das reformas, tornaram a Índia mais próspera", disse.
Putin citou a melhora do país no ranking de ambiente de negócios do Banco Mundial e a valorização dos títulos de dívida do país. Ele também disse estar disposto a trabalhar em conjunto em áreas como a nuclear, a farmacêutica, aeronáutica e em tecnologia da informação.
"Gostaríamos que outros países olhassem para nossos avanços nessas áreas para participar conosco", afirmou.
Xi, Modi e Putin deram destaque especial ainda a investimentos em energias renováveis e economia verde, algo que não é prioridade do governo brasileiro.
Modi agradeceu a Bolsonaro pela medida que elimina necessidade de visto para indianos entrarem no país. Xi não mencionou isso em seu discurso, apesar de a China também ter sido beneficiada.
| Folha de S. Paulo ( publicada em 13-11-2019) | | | | O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse nesta quinta-feira, 14, que o compromisso do Banco do Brics deve ser beneficiar países em desenvolvimento, inclusive aqueles que não compõem o grupo. “Estamos prontos para apoiar banco. Sobretudo sobre iniciativa de fazer contato com vários países da África”, declarou Ramaphosa durante evento de diálogo dos líderes com o Conselho Empresarial do Brics e o Novo Banco de Desenvolvimento.
Sugestões
O presidente da Seção Brasileira do Conselho Empresarial do Brics, Jackson Schneider, apresentou principais sugestões de relatório do conselho, entre elas a adoção de currículos comuns na educação técnica e profissional para os países que compõem o grupo. Schneider afirmou que há consenso sobre a necessidade de avançar na melhoria do ambiente de negócios. Ele também sugeriu a adoção de certificados fitossanitários eletrônicos para tornar exportações mais eficientes.
Para o conselheiro, outra prioridade é estabelecer acordo de reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados (OEA).
| Tribuna PR | | | | Fala mais assertiva foi a de Xi Jinping, que vem criando tarifas a produtos dos EUA em resposta às taxas impostas por Trump
As críticas à escalada do protecionismo no comércio global deram o tom dos discursos no primeiro dia da XI Cúpula dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), promovida em Brasília.
No encerramento do fórum empresarial dos países do grupo, a fala mais assertiva foi a do dirigente da China, Xi Jinping, que vem criando tarifas a produtos americanos como resposta às taxas criadas pelo governo de Donald Trump a bens do país asiático.
A guerra comercial entre os países vem causando queda nas previsões de crescimento global. As declarações são feitas em um momento em que o governo brasileiro adota uma postura de alinhamento aos Estados Unidos.
“O crescente protecionismo e ameaças no mundo estão colocando em risco o comércio e o investimento internacional, levando à desaceleração da economia internacional”, disse a uma plateia formada por empresários e sob os olhares dos demais líderes do bloco.
O chinês defendeu a queda de barreiras comerciais entre os países em desenvolvimento e ressaltou que o mundo passa por um momento de transformações que aumenta as oportunidades para acordos.
“As nossas economias enfrentam desafios e creio que as inovações são a melhor maneira de enfrentar esses desafios que comprometem nosso desenvolvimento econômico. Nós temos de propor novos caminhos para a nossa indústria”, disse.
Ele ressaltou que, nos últimos cinco anos, a China teve participação de 30% no crescimento econômico mundial e que não recuará na decisão de abrir o seu mercado ao mundo.
“Nós queremos abrir a nossa economia, aumentar nossas exportações e importações e criar ambiente mais favorável aos negócios”, afirmou.
Xi fez ainda um chamado para que os países dos Brics participem da Iniciativa Cinturão e Rota, de grandes obras de infraestrutura em parceria com a China e com financiamento do Banco de Desenvolvimento Chinês.
"A Iniciativa Cinturão e Rota está entrando em novo patamar, espero que todos vocês possam participar mais ativamente desta plataforma", afirmou.
A iniciativa sofre críticas dos EUA, que acusam a China de aumentar o endividamento de países e fazer investimentos predatórios, apenas para garantir fornecimento de commodities.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a situação da economia global "continua complexa" e defendeu que os países do bloco não se abatam com o crescimento das barreiras ao comércio.
"Temos visto crescimento de atitudes protecionistas e de problemas alfandegários. Os países do Brics têm que se esforçar para não se deixar abater por essas coisas. Temos que manter o nível de vida de nossas populações e aumentá-las", disse.
Em linha semelhante, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou que a desaceleração do mercado global e o crescimento do protecionismo diminui oportunidades de investimento e gera mais incertezas ao comércio global.
“Permanecemos empenhados em [defender] mercados livres e justos para o comércio global. Continuamos apoiando a governança que crie oportunidades para o crescimento inclusivo”, disse.
Outro ponto comum nos discursos foi a menção a medidas econômicas tomadas nos respectivos países para melhorar o ambiente de negócios e o chamado por investimentos.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fez um apelo para que empresários desembarquem no país. "A estabilidade política e previsibilidade econômica, além das reformas, tornaram a Índia mais próspera", disse.
Putin citou a melhora do país no ranking de ambiente de negócios do Banco Mundial e a valorização dos títulos de dívida do país. Ele também disse estar disposto a trabalhar em conjunto em áreas como a nuclear, a farmacêutica, aeronáutica e em tecnologia da informação.
"Gostaríamos que outros países olhassem para nossos avanços nessas áreas para participar conosco", afirmou.
Xi, Modi e Putin deram destaque especial ainda a investimentos em energias renováveis e economia verde, algo que não é prioridade do governo brasileiro.
Modi agradeceu a Bolsonaro pela medida que elimina necessidade de visto para indianos entrarem no país. Xi não mencionou isso em seu discurso, apesar de a China também ter sido beneficiada.
| Folha de S. Paulo (publicado em 13-11-2019) | | | | O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 14, que o Brics, durante a presidência rotativa do Brasil, trabalhou para alimentar a competitividade e produtividade entre seus membros.
“Guiados pelo lema de nossa presidência, ‘crescimento econômico para um futuro inovador’, demos ênfase para inovação fomentar produtividade de nossas economias”, disse Bolsonaro em sessão plenária da 11ª Cúpula do Brics.
Bolsonaro disse que a relevância econômica do Brics é inquestionável e que o grupo de países seguirá crescendo. Segundo Bolsonaro, esses resultados garantem legitimidade para governança internacional “mais inclusiva”.
O presidente disse que reuniões do grupo resultaram em importante intercâmbios e demonstram potencial de cooperação dos governos.
“Ideia de futuro inovador é missão que governo abraça com afinco”, disse Bolsonaro.
Para Bolsonaro, os países emergentes avançaram em negociações de acordo de assistência aduaneira e de construção de satélite do Brics. Também afirmou que o Brasil demonstrou necessidade de colocar o Brics a serviço das necessidades práticas no campo da saúde.
Bolsonaro disse esperar que a sede em SP do Banco do Brics (NDB) ajude a incrementar carteira de financiamento no País.
O presidente brasileiro disse que passa o comando do Brics à Rússia com o grupo fortalecido.
| Tribuna PR | | | | Grupo manifesta preocupação com lei do abuso de autoridade e com recente decisão de Toffoli
Um grupo de trabalho da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) manifestou preocupação com a aprovação da lei do abuso de autoridade e com a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, de suspender investigações criminais que usem, sem autorização judicial, dados detalhados de órgãos de controle (como Coaf, Receita Federal e Banco Central).
Segundo o grupo de trabalho da entidade, essas medidas podem significar retrocessos nos esforços do Brasil de combate à corrupção.
"O grupo de trabalho tem continuamente alertado o Brasil, desde 2016, sobre os riscos colocados pelas tentativas de ampliar a definição sobre o que constituiria abuso de autoridade por parte de juízes e promotores", afirma o grupo de trabalho da entidade, em comunicado à imprensa divulgado nesta quarta-feira (13).
A organização diz que, apesar dessas advertências, a lei sobre abuso de autoridade, "caracterizada por conceitos vagos", entrará em vigor em janeiro de 2020.
De acordo com a nota, o grupo também manifesta preocupações de que, "na sequência de decisões liminares do STF, as limitações à utilização de relatórios da Unidade de Inteligência Financeira [antigo Coaf], da Receita Federal e de outros órgãos administrativos em investigações criminais possam prejudicar seriamente a capacidade do Brasil em detectar e combater de maneira eficaz a corrupção".
"Isso, combinado a outras ações do STF e do Tribunal de Contas da União que possam afetar os casos já concluídos de corrupção de funcionários públicos estrangeiros, pode constituir um sério retrocesso na exemplar luta brasileira contra a corrupção", acrescenta.
O comunicado publicado nesta quarta é resultado da visita ao Brasil de uma missão de alto nível do grupo de trabalho da OCDE sobre suborno.
Em 12 e 13 de novembro, representantes da entidade se reuniram com os ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Sergio Moro (Justiça) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União), entre outras autoridades.
Também houve um encontro com o Toffoli. Na nota, o grupo de trabalho lamenta não ter conseguido audiências com o procurador-geral da República, Augusto Aras, e com os presidentes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e do Senado.
| Folha de S. Paulo (publicado em 13-11-2019) | | | | Presidente do conselho do Bradesco diz que cenário de juros baixa e inflação controlada é positivo
O presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou que o país vive um momento histórico de fortalecimento da economia. Ele disse, ainda, que o cenário de juros historicamente baixos e de inflação sob controle também melhoram a gestão de risco do grande banco.
“Sentimos novos ventos em relação ao preço da economia. Nós percebemos uma grande ansiedade por transformações e entendemos que vivemos atualmente um momento histórico no fortalecimento da economia e da democracia brasileira”, afirmou.
Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do Bradesco; ele diz que juros baixos ajudaram na gestão de risco do banco
A taxa de juros brasileira recuou para a mínima histórica de 5% ao ano em um ambiente em que a economia brasileira tem tido dificuldades de crescer e o alto desemprego é um dos responsáveis para manter a inflação sob controle.
O banco espera que a economia do país cresça 0,9% neste ano e 2,2% em 2020. A expansão no próximo ano seria impulsionada pela redução da taxa Selic para 4,25% ano.
A queda de juros é acompanhada de uma maior concorrência das fintechs (empresas financeiras inovadoras) e têm pressionado os bancos a reduzir custos para enfrentar a potencial perda de receitas.
O impacto ocorre no crédito, com menor receita em empréstimos, e nas tarifas cobradas em serviços, como manutenção de conta, ante a oferta de serviços isentos nos concorrentes.
Segundo Trabuco, a transformação digital que o sistema financeiro está sofrendo deve continuar.
“O tempo moderno não é de sutilezas e essa nova fase de digitalização pode ser vista em todas as relações econômicas e sociais. Esse é o cenário ideal para um banco como o nosso”, disse, reiterando que é preciso não ter arrogância nem soberba para entender as mudanças do mercado.
Para o presidente do conselho de administração, a preservação da cultura do Bradesco é a melhor arma do banco para conseguir se posicionar nos tempos mais tecnológicos.
“É preciso ter os pés no presente e os olhos no futuro”, acrescentou Trabuco. O Bradesco é conhecido por sua estrutura organizacional rígida e o banco é conhecido por promover aos altos postos de chefia executivos que começaram na base e têm amplo conhecimento do banco.
Esse é o caso do próprio Trabuco e também do atual presidente executivo, Octavio de Lazari. “A atividade bancária do Brasil é uma das mais competitivas do mundo e, para isso, é preciso um olhar permanente de quem somos e para onde vamos”, concluiu ele, dizendo que o Bradesco é o "maior banco público entre os privados".
| Folha de S. paulo ( publicado em 13-11-2019) | | | | Corrigida pela inflação, moeda teria que ultrapassar R$ 10,80 para bater máxima histórica
O dólar subiu pelo segundo pregão seguido nesta quarta-feira (13) e foi a R$ 4,19, alta de 0,55%. Este é o segundo maior valor nominal (sem contar a inflação) da história.
O pico nominal da moeda americana é de 13 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais, quando o dólar foi a R$ 4,197, segundo cotação da CMA.
De acordo com dados da Economatica, para bater a máxima histórica, a cotação da moeda americana teria que ultrapassar R$ 10,80. O valor equivale ao pico de 2002 corrigido pela inflação, quando a moeda encostou nos R$ 4 entre primeiro e segundo turno da eleição presidencial que levou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder.
Nesta semana, a alta da moeda é fruto de uma aversão a risco de investidores com a guerra comercial entre China e Estados Unidos e protestos na América Latina.
Nesta quarta (13), o jornal americano The Wall Street Journal noticiou que ‘fase 1’ do acordo entre os países teria esbarrado na compra de insumos agrícolas americanos pelos chineses. Os EUA querem fixar uma quantidade, em bilhões de dólares, a ser comprada, enquanto a China acredita que tal demanda favoreceria os americanos, sem que os chineses fossem beneficiados na mesma medida.
Segundo o presidente americano Donald Trump, a China teria concordado em comprar até US$ 50 bilhões (R$ 209,5 bilhões) em soja, porco e outros produtos agrícolas todos os anos dos Estados Unidos.
A expectativa do mercado era que a primeira fase do acordo fosse assinada até o fim do ano. Em discurso na terça-feira (12), Trump disse que na ausência de um tratado, novas tarifas serão aplicadas a importações chinesas.
A piora na tensão comercial intensificou o viés negativo da América Latina, que vive protestos. Na véspera, a cotação do dólar atingiu sua máxima histórica no Chile, sob greve geral e expectativa de mudanças na Constituição. O pico foi renovado nesta quarta (13), a 794,97 pesos por dólar.
“Estamos sentindo o impacto [no mercado brasileiro] esta semana porque os protestos no Chile não acabaram até agora, e com possível constituinte por lá, a preocupação aumenta. O estrangeiro não vai colocar dinheiro na América Latina, mas isso não é de hoje, o cenário macroeconômico não está favorável para emergentes, especialmente latinos”, afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
“Investidores temem que protestos venham para o Brasil. Aos olhos do estrangeiro, América Latina tem um entrelaçamento muito forte. Para eles, a região é um grande caldeirão”, aponta Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos. Ela lembra que a instabilidade entre latinos começou em agosto, com as primárias argentinas indicando a inesperada vitória do peronista Alberto Fernández.
O Brasil é contaminado pela depreciação das moedas latinas, além do real viver processo de depreciação desde o fracasso do leilão do pré-sal. A expectativa do mercado era de alta participação dos estrangeiros e grande entrada de dólares no país, o que não se concretizou.
Também pressionada pela aversão ao risco, a Bolsa brasileira fechou em queda de 0,6%, a 106.059 pontos, menor patamar desde 21 de outubro.
Segundo Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, também pesam para o cenário negativo a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL, a invasão da embaixada da Venezuela no Brasil e a saída de Lula da prisão em Curitiba.
“A América do Sul vive uma polarização muito forte. O Lula, em teoria, representa um desses extremos, e sua liberdade é mais um alerta para os investidores estrangeiros”, afirma Beyruti.
No ano, há uma forte saída dos investidores estrangeiros do país, o que contribui para a alta do dólar. Na Bolsa, a retirada soma R$ 33 bilhões, pior saldo desde 2008, ano da crise financeira.
Segundo o relatório de movimento de câmbio contratado do Banco Central desta quarta (13), o déficit de dólares na balança financeira em 2019 é de R$ 152 bilhões.
Com a taxa básica de juros na mínima histórica, a 5% ao ano, muitos fundos estrangeiros que investiam em renda fixa no país retiraram seus recursos do Brasil. Em 2016, a Selic estava a 14,25%.
| Folha de S. Paulo (publicado em 13-11-2019) | | | | No 3º trimestre, economia registrou crescimento de 0,91%, segundo o IBC-Br.
O nível de atividade da economia brasileira registrou alta de 0,44% em setembro, na comparação com agosto, indicou nesta quinta-feira (14) o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br). O indicador medido pelo Banco Central é considerado uma "prévia" do PIB.
Com o resultado, a economia brasileira terminou o 3º trimestre com um crescimento de 0,91% frente aos 3 meses anteriores – maior alta trimestral desde o terceiro trimestre de 2018 (1,67%), segundo a agência Reuters.
Na comparação com setembro de 2018, o IBC-Br subiu 2,11%, enquanto no acumulado em 12 meses o índice teve alta de 0,99%.
A expansão do mês ficou acima do esperado pelo mercado. A mediana das projeções colhidas pelo Valor Data era de uma alta de 0,39%.
O resultado de setembro representa uma aceleração frente a alta de 0,22% registrada em agosto. Em julho, o indicador apontou estagnação (variação zero).
O índice foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de dezembro. No 1º trimestre, houve queda de 0,1% e, no 2º trimestre, alta de 0,4%.
Perspectivas
Os indicadores econômicos já divulgados mostram uma relativa melhora da economia no 3º trimestre, após uma perda do ritmo de recuperação no início do ano, apesar do desemprego ainda alto.
Nesta semana, o IBGE divulgou que as vendas no varejo registraram a 5ª alta consecutiva em setembro, no melhor resultado para o mês em dez anos. O setor de serviços teve no mesmo mês o melhor desempenho para o mês desde 2014, zerando as perdas no ano. Já a produção industrial registrou a segunda alta mensal seguida.
Os economistas das instituições financeiras projetam para 2019 uma alta de 0,92% para o PIB do Brasil, após um avanço de 1,3% em 2017 e 1,1% em 2018. A previsão do governo é de um crescimento de 0,9%.
Para 2020, a estimativa do mercado subiu para 2,08%, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central.
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB. No segundo trimestre, por exemplo, o indicador do BC recuou 0,1% na comparação com o primeiro, enquanto o PIB cresceu 0,4%.
O cálculo dos dois têm diferenças metodológicas – o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Em relatório, o diretor de pesquisa para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, disse que o resultado do IBC-Br “parece consistente com uma expansão do PIB de 0,4% a 0,5% no terceiro trimestre”. O analista já definiu o indicador do IBC-Br como uma “aproximação imperfeita” do PIB.
| G1 | | | | O Paraguai pretende selar ainda neste ano um acordo com o Brasil no setor automotivo, como o que acaba de fechar com a Argentina, influenciado pelo acordo de livre-comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, disse à Agência Efe a ministra de Indústria e Comércio paraguaia, Liz Cramer.
"Temos bastante entusiasmo e vontade de que fecharemos antes do fim do ano (com o Brasil), é a meta. Não vou dizer uma data concreta porque isso seria impor pressão a nós mesmos", comentou a ministra após participar de um fórum de negócios da Câmara de Comércio Paraguai-Brasil.
De acordo com a ministra, não se trata de obstáculos, mas "pontos de negociação" eminentemente técnicos que estão sendo "polidos" pelos especialistas de ambos os países.
Parte dos assuntos a serem resolvidos se refere ao "livre-comércio de autopeças", setor tratado pela indústria paraguaia, e aos veículos "entre zonas", que terão um processo de isenção fiscal "em determinados períodos", explicou.
Cramer destacou que o acordo entre Mercosul e UE, fechado em junho após 20 anos de negociações e interrupções, é um fator que pode acelerar os processos de harmonização dentro do bloco sul-americano.
"Com este acordo bloco a bloco estamos nos obrigando a atualizar os acordos bilaterais que já existiam e a fechar os que não existiam", disse Cramer, referindo-se aos pactos de redução tarifária no setor automotivo que seu país administra.
Após um acordo assinado com a Argentina em outubro, o Paraguai terá acesso ao mercado automotivo do país em condições de livre-comércio.
O acordo dá uma base jurídica ao setor automotivo paraguaio, já que o país era o único membro do Mercosul (também formado por Uruguai e Brasil), que não possuía instrumentos internacionais com acesso preferencial ao setor.
| UOL (publicado em 13-11-2019) | | | | A Zebra Technologies Corporation (NASDAQ: ZBRA), uma empresa inovadora com soluções e parceiros que permitem às empresas obter sua vantagem competitiva, anunciou hoje os resultados de seu terceiro estudo global anual, "Índice de Inteligência Empresarial". A pesquisa, realizada com 950 tomadores de decisão de TI em nove países – entre eles, o Brasil -, indica crescimento mundial de empresas que estão a caminho de se tornarem "inteligentes".
No Brasil, 18% delas já podem ser consideradas “inteligentes”, em comparação com 8% registrados em 2018. Outros 70% já estão em processo de transformação. Em 2018, eram 63%. O investimento médio, em 2019, das empresas em Internet das Coisas e em outras plataformas de tecnologia de dados foi de US$ 6,1 milhões, 45% a mais que no ano anterior. Esperam incrementar ainda mais essa cifra nos próximos dois anos, 88% das empresas do país.
O Índice considera “inteligentes” empresas que alcançaram 75 pontos ou mais, o que vem aumentando ano a ano. Globalmente, as PMEs se destacam como as que obtiveram maior pontuação: média de 64,5 versus 61,5 registrada pelas grandes empresas. Entre as PMEs, 37% podem ser consideradas “inteligentes”, demonstrando que, muitas vezes, estão à frente de grandes corporações quando o assunto é IoT.
A maior evolução ficou por conta do setor de varejo. Impulsionado pela pressão esmagadora do mercado para melhorar a experiência do cliente, o segmento passou da parte inferior do ranking de 2018 para quase o topo da lista em 2019, depois do setor de saúde.
A pontuação das empresas é calculada com base em 11 critérios diferentes, definidos por importantes tomadores de decisão, incluindo a visão da Internet das Coisas (IoT), adoção, gerenciamento de dados, análise inteligente e muito mais. A pesquisa analisa até que ponto as empresas estão conectando seu mundo físico ao digital para impulsionar a inovação em ambientes de orientação em tempo real, baseados em dados e com fluxos móveis de trabalho colaborativo.
“Quando lançamos o Índice de Inteligência Empresarial há três anos, muitas empresas ainda estavam tentando entender como as soluções IoT poderiam ser melhor aplicadas em seus ambientes", diz Alessandro Matos, vice-presidente de vendas da Zebra Technologies na América Latina. "Agora, vemos um crescimento no sentido de urgência para melhorar a visibilidade das operações e oferecer inteligência acionável que atravessa todos os pontos da empresa. É por isso que as organizações estão demonstrando seu compromisso com a execução dos planos de IoT e é muito provável que veremos um aumento no investimento tecnológico nos próximos anos”, completa.
Principais conclusões do estudo - Global
* O ritmo da adoção acelera, aumentando os níveis de inteligência. As pontuações do Índice de Inteligência Empresarial continuam a aumentar à medida que mais empresas passam do estágio de exploração para o de implementação, atingindo 61,5 pontos. Isso representa um crescimento de quase seis pontos em relação a 2018 e de nove em relação a 2017, impulsionado principalmente pelo aumento dos níveis de “inteligência” das empresas de varejo e de transporte e logística.
* O crescimento contínuo do investimento em soluções de IoT e em outras plataformas de tecnologia de dados é refletido. Em 2019, o gasto médio das empresas em todo o mundo foi de US$ 6,4 milhões, evidenciando um crescimento de 39% ano a ano. 86% das empresas esperam que esse número cresça nos próximos dois anos. Além disso, mais da metade das participantes esperam aumentar seu investimento entre 21% a 50%. Entre as empresas latino-americanas, 90% têm a expectativa de incrementar os investimentos em IoT e em mobilidade nos próximos dois anos.
* As implementações de soluções inteligentes cresceram significativamente. Atualmente, 46% das participantes do estudo estão implementando soluções de IoT em toda a empresa, um aumento de 38% em relação a 2018. Outros 32% esperam implementar regionalmente em breve. 36% das empresas na América Latina estão implementando suas soluções de IoT em toda a empresa. Incluindo aqueles que esperam incluir essas soluções em breve, de forma transversal, o número sobe para 65%.
* As empresas comprometem cada vez mais recursos com o monitoramento contínuo dos sistemas de dados. A segurança é a prioridade. 62% das empresas agora monitoram constantemente a segurança de suas soluções de IoT para garantir a integridade do sistema e a privacidade dos dados. Isso representa um crescimento de 4% em relação ao ano anterior e 13% em relação a 2017. Nesse ano, apenas 49% das empresas possuíam um protocolo constante de monitoramento de segurança e 47% o faziam periodicamente. Atualmente, 53% das empresas latino-americanas monitoram a segurança de sua IoT para garantir a integridade do sistema e a privacidade dos dados.
* As empresas estão migrando para o ecossistema de soluções inteligentes a partir de um único parceiro. Quase 49% dos participantes do estudo indicaram que agora contam com um único parceiro estratégico para gerenciar toda a sua solução de "inteligência", incluindo componentes e serviços fornecidos por terceiros.
* As PMEs pesquisadas obtiveram uma pontuação mais alta do que as grandes empresas (64,5 vs. 61,5 pontos). Esses números são apoiados pelas PMEs que afirmam que suas empresas têm mais chances de ter uma visão da IoT hoje e estão executando planos relacionados (69% vs. 62%).
Recorte brasileiro
* 18% das empresas brasileiras são consideradas “inteligentes”, 70% estão no caminho para a transformação e 12% ainda estão engatinhando na trajetória da transformação digital.
* Os gastos anuais com IoT cresceram, em média, 45% em 2019, quando comparado com o ano anterior, chegando a US$ 6,1 milhões por empresa. Esperam aumentar esse valor para o próximo ano, 88% delas.
* 66% já têm uma visão de IoT e estão, atualmente, executando planos na área; 39% estão implementando soluções de IoT em toda a empresa. Dos negócios restantes, 82% planejam implantar o IoT em toda a operação no futuro.
* 98% realizam monitoramento de segurança de IoT e empregam padrões que garantem integridade e privacidade. Em 2018, o número era de 90%.
* 67% das empresas brasileiras consultadas têm algum tipo de abordagem proativa voltada para segurança de TI e gestão de rede.
Antecedentes e metodologia do estudo
* A pesquisa foi desenvolvida on-line, entre 12 de agosto e 18 de setembro de 2019, com empresas dos seguintes setores: saúde, manufatura, varejo e transporte e logística.
* No total, 950 tomadores de decisão de TI de nove países foram entrevistados, incluindo Estados Unidos, Reino Unido/Grã-Bretanha, França, Alemanha, México, Brasil, China, Índia e Japão. Cada uma das organizações tinha pelo menos 250 funcionários e uma renda anual de US$ 5 milhões. Os dados capturados pelas PMEs se concentraram em empresas com 50 a 249 funcionários.
* Onze critérios foram usados como métrica para entender onde as companhias estão no caminho de ser uma “Empresa Inteligente”: visão da IoT, compromisso da organização, parceiros de soluções de tecnologia, plano de adoção, plano de gerenciamento de mudanças, aplicação nos pontos de uso, padrões de segurança, plano de ciclo de vida, arquitetura/infraestrutura, plano de dados e análise inteligente.
* Esses critérios foram identificados e definidos por executivos, especialistas do setor e aqueles que definem políticas corporativas em diferentes segmentos, durante o Simpósio de Inovação Estratégica de 2016: A Empresa Inteligente, organizada pela Zebra, em colaboração com o Harvard Technology and Entrepreneurship Center (TECH).
* A estrutura de uma empresa inteligente é baseada em soluções tecnológicas que integram computação em nuvem, mobilidade e Internet das Coisas (IoT) para "detectar" automaticamente as informações dos ativos da empresa. Os dados operacionais desses ativos, incluindo status, localização, uso ou preferências, são subsequentemente "analisados" para obter insights que permitirão mobilizar a pessoa certa, no momento certo. Dessa maneira, eles podem "agir" com base em dados que são guias para que os usuários tomem decisões oportunas em qualquer lugar ou hora.
| Ind4.0 | | | | A nossa geração vive em plena era da Quarta Revolução Industrial, em que surgem fábricas inteligentes, cada vez mais eficientes, automatizadas e customizáveis, que unem a produção aos sistemas ciberfísicos (sistemas que integram elementos de software, comunicação e equipamentos físicos), Internet das Coisas, Big Data, Inteligência Artificial e Computação na Nuvem. A chamada Indústria 4.0 baseia-se em seis princípios para seu desenvolvimento e implementação: interoperabilidade, capacidade de operar em tempo real, virtualização, descentralização, orientação a serviço e modularidade.
Aqui no Brasil, um bom exemplo de fábrica que nasceu com esses princípios é a unidade da thyssenkrupp focada na produção de componentes automotivos, situada em Poços de Caldas (MG). A planta já é reconhecida como uma das principais referências em inovação e digitalização da indústria dentro da cadeia automotiva do país.
"Poços de Caldas foi a nossa quarta planta 4.0 no mundo e passou por testes antes de iniciar as operações. Fizemos o pedido da máquina, aprendemos tudo sobre ela, instalamos, contratamos operadores, treinamos essas pessoas e fizemos seis meses de testes das peças", comenta o engenheiro Lucas Viana, gerente de operações da unidade Camshafts da thyssenkrupp para o Brasil, em entrevista ao Canaltech.
O especialista explica que o conceito da planta de ambiente ciberfísico traz uma rede digital por trás de equipamentos e máquinas. Softwares trabalham em tempo real, trazendo informações aos robôs e operadores, e os servidores têm conexão com as demais fábricas da empresa. "Trata-se de um sistema de automação de última geração em cada máquina. Elas são inteligentes e, por isso, fazem medições, identificações e verificações das peças na hora", diz.
Com o QR Code, por exemplo, a máquina identifica as peças, verifica se o modelo está certo e, então, aplica os componentes necessários. Um software de leitura de imagens, por sua vez, reconhece o número serial do produto e registra uma foto para compor a ficha da peça. Então, ela vai para a prensa para um teste de força e, se estiver tudo dentro dos parâmetros, segue para frente. Do contrário, a peça é descartada. Graças a esse processo automatizado e mais preciso em relação aos procedimentos manuais, o nível de refugo cai consideravelmente, aumentando assim a produtividade da planta.
Segundo Lucas, na fábrica existem cerca de 100 etapas como as descritas, tudo em um ambiente automatizado e digital. "Trabalhamos em um conceito de células de produção em que os operadores fazem a alimentação, inspeção visual, acompanhamento e ajustes das máquinas", explica ele.
Vantagens
De acordo com Lucas, os principais benefícios em se construir uma fábrica digital e automatizada são o ganho de produtividade, economia e a alta qualidade dos produtos. "Você produz muito mais com uma máquina automatizada, pois o ciclo de cada peça é muito menor. E, apesar de ter uma vazão maior de produtos, os robôs garantem a qualidade das peças", comenta.
Além disso, ele lembra que o custo geral da produção cai porque não é necessário um espaço fabril tão grande, e os produtos ganham design muito mais avançado por serem produzidos com tecnologia embarcada. "Hoje conseguimos construir uma peça muito menor para um motor. Com isso, ele consome menos combustível e emite menos poluentes", reforça Lucas.
Investimentos e atualizações
A alta tecnologia por trás dos processos pode assustar os menos informados, mas o engenheiro da thyssenkrupp garante que o investimento em uma fábrica como esta compensa mais do que se imagina. "Hoje há muitas empresas que fazem tecnologias deste tipo. Os robôs baratearam muito. Os softwares ainda são a parte mais cara, mas ainda assim compensam pelo que entregam. Isso sem contar que a interface das máquinas é ótima e os operadores se adaptam facilmente", finaliza.
Na planta de Poços de Caldas, usa-se um software para fazer a gestão dos demais sistemas e, assim, é possível manter tudo atualizado e com as licenças em dia. E como essa fábrica do Brasil está conectada virtualmente a outras desse gênero que a thyssenkrupp tem espalhadas pelo mundo, as ideias de modernizações e melhorias são apresentadas em reuniões bianuais de equipe e, então, aplicadas como teste em algumas das plantas, para só depois serem replicadas em outras unidades – e isso pode ser feito remotamente graças à Indústria 4.0.
Um exemplo em teste é o sistema de manutenção preditiva que já vem acoplado nas máquinas. Usando sensores, as máquinas mandam informações em tempo real para um supercomputador situado na Alemanha, e a Inteligência Artificial consegue antecipar possíveis problemas que podem ocorrer. Mais um conceito que pode gerar economia e aumento na produtividade.
A Indústria 4.0 é um salto tecnológico que eleva a automação à máxima potência. Permite às máquinas desempenharem funções cada vez mais complexas, não apenas soldar placas de aço, por exemplo, mas, também, tarefas que exigem inteligência. O objetivo da nova indústria é se tornar cada vez mais eficiente, inteligente, rápida e precisa.
| Ind4.0 | | | | Com o fluido Blaser Vascomill 10, a Hexagon Ortopedia pôde internalizar 100% de sua produção, diminuir 40% o tempo do ciclo da peça, aumentar 71% a vida útil da ferramenta e economizar 35% em todo o processo.
Que a produtividade é um elemento chave para a indústria, não é nenhum segredo. O que nem todos sabem é que a solução para o aumento da produtividade nem sempre está ligada a investimentos altíssimos, grandes reformas estruturais ou aumento expressivo da equipe. Muitas vezes, uma única solução pode significar benefícios importantes para a produtividade, ao mesmo tempo em que torna o processo mais econômico. Essa foi aposta feita pela Hexagon Ortopedia, uma das cinco maiores empresas brasileiras na fabricação de implantes.
Em 2016, a Hexagon, empresa com 30 anos de história, que concentra as suas operações em Itapira (SP), tinha um problema: em função do alto tempo de fabricação e baixa vida útil da ferramenta na operação de furação profunda, a Hexagon terceirizava parte de sua produção, gerando um custo indesejado em seu produto final. Além disso, a máquina especial de furação profunda HTT Shangay usinava em um ciclo de 248 segundos e a broca canhão de diâmetro 2,7 mm tinha uma vida útil de cerca de 30% do ideal.
Assim, com o objetivo de melhorar a produtividade, reduzindo os custos operacionais, tornando-se mais competitiva do mercado, a Hexagon solicitou à Blaser ajuda para encontrar uma solução. “O objetivo principal era melhorar o desempenho da operação de furação de profunda com diâmetro 2,7mm, mas a utilização de um óleo de base vegetal também era desejável, por ser mais amigável ao meio ambiente entre outros benefícios”, conta o Gerente Industrial da Hexagon, Claudio Barbosa.
Em uma visita feita pela equipe técnica da Blaser Swisslube à Hexagon, o consultor de produtividade, José Geraldo Bregagnolo e o engenheiro de aplicação Carlos Henrique Ganzella analisaram os detalhes do processo, máquina, bomba (pressão), materiais, brocas e os parâmetros que eram usados na ocasião e apresentaram a Proposta de Valor da Blaser, para aumentar a produtividade em 5% e a vida útil das ferramentas em 10%. O produto recomendado foi o óleo integral de base vegetal Vascomill 10, substituindo o óleo de base mineral utilizado anteriormente. Porém, as expectativas foram ultrapassadas.
Um excelente resultado:
Os resultados obtidos com a máquina de furação profunda HTT Shangay foram excepcionais. Durante a fase de teste, de agosto a outubro de 2016, a vida útil da broca canhão de 2,7 mm aumentou em 71%, o tempo de ciclo foi reduzido em 40%, de 248 segundos para 148 segundos, duplicando o avanço da ferramenta, e gerando ganho financeiro de 35% em todo o processo da usinagem.
Passados três anos, a Hexagon tem toda a sua produção internalizada e trabalha apenas com o Vascomill 10 nesta operação, consolidando a parceria com a Blaser em 100% da sua unidade fabril, utilizando produtos de base vegetal, tanto integrais como miscíveis em água.
Atualmente, a fábrica em Itapira conta com 19 centros de usinagem, 15 tornos de cabeçote suíço e 21 tornos CNC. As máquinas usinam aço inox (316 e 304), titânio puro, ligas de titânio (5832-3) e alumínio (6043-TS). “Quando o fluido torna-se uma ferramenta líquida, os processos de usinagem tornam-se também mais competentes. Nossos consultores são especialistas em oferecer as melhores soluções para aumentar a produtividade e gerar ganhos de produção”, diz Alessandro Erich Alcantarilla, Diretor Geral da Blaser Swisslube Brasil.
Sobre a Blaser Swisslube do Brasil
A Blaser Swisslube é uma empresa suíça especialista no segmento de fluidos para usinagem. De propriedade familiar, foi fundada em 1936 e desde então se tornou uma empresa de participação global, empregando 600 pessoas em todo o mundo. A Blaser Swisslube está presente em mais de 60 países, incluindo o Brasil.
Blaser Swisslube do Brasil
Rua das Figueiras, 474, 9º andar
09080-300 - Santo André, SP
https://www.blaser.com/pt_BR
Sobre a Hexagon
Norteada pelo trabalho árduo e princípios sólidos, a Hexagon Ortopedia cresceu ano a ano desde a sua fundação, em 1988, e estruturou-se profissionalmente. Por seu forte compromisso junto à área médica e seu cliente final, a empresa transformou-se, ao longo de sua história, em uma das principais fabricantes de implantes ortopédicos para uso em cirurgias de reparação de movimentos de pessoas, em nível Nacional.
A Hexagon Ortopedia mantém seu foco também no atendimento, a fim de proporcionar a todos os seus públicos a excelência também nesta área. Além disto, a Hexagon credita grande parte de seu sucesso aos seus funcionários, o que se reflete na pequena rotatividade na empresa. Somente uma empresa muito séria consegue manter-se mais 30 anos no mercado. Esta é a realidade da Hexagon Ortopedia.
| CIMM ( publicado em 13-11-2019) | | | |
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