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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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Responsáveis pelas embalagens do segmento de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos se propôs apresentar para o Estado, em 30 dias, um relatório de implantação da logística reversa que atenda todos os municípios.
A equipe da Divisão de Resíduos sólidos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo recebeu nesta quinta-feira (27) representantes da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). O objetivo é ampliar a iniciativa de logística reversa das embalagens do segmento em todo o Estado.
No encontro, a Abihpec compartilhou as atividades desenvolvidas no Estado com o programa Dê a Mão para o Futuro e se propôs a apresentar, em um prazo de trinta dias, alternativas para a implantação da logística reversa que atendam as necessidades dos municípios do Paraná.
Segundo o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos da secretaria, Laerty Dudas, a intenção é ampliar o programa para o Estado e equipar as associações em municípios para que eles possam fazer o trabalho de reciclagem com mais estrutura e equipamentos.
“A reunião nos possibilitou a acreditar que chegaremos a um grande resultado, vamos aguardar o que será apresentado para que a gente possa realmente atingir os municípios lá na ponta”, explicou Dudas.
O consultor jurídico do programa, Fabrício Soler, destacou a implantação do projeto há cerca de nove anos em cooperativas de reciclagem. Ele também agradeceu o convite do Estado para que possam trabalhar juntos em prol dos municípios, das cooperativas, catadores e do meio ambiente.
“É um trabalho de cooperação para atender à política nacional de resíduos e para também ao sistema de logística reversa, e tem sido um programa considerado uma referência dentro do programa de logística de embalagem”, destaca Soler.
INICIATIVA – O programa Dê a Mão para o Futuro é um projeto de logística reversa para embalagens de higiene pessoal, perfumaria e cosmético, criado há cerca de nove anos com a iniciativa de três entidades parceiras: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec); Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), e Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abimapi).
O Programa é realizado com a contribuição fundamental dos catadores de materiais recicláveis e cooperativas. Dentre suas realizações está a reforma de galpões, reestruturação de equipamentos, maquinários, Big Bags e aquisição de caminhões para potencializar o funcionamento de cooperativas no Estado.
| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 27-06-2019) | | | | Espaços antes improdutivos são transformados em lugares de cultivo e socialização.
João queria se livrar da sujeira do rio do bairro. Rosélia precisava acabar com o mato alto no terreno usado como refúgio de marginais. Priscila e as vizinhas desejavam o fim do descarte irregular de entulhos em frente as suas casas e ao lado de uma escola.
A mudança em três ruas do bairro Santa Cândida aconteceu quando moradores tomaram uma atitude: tornaram-se voluntários no plantio de jardins e hortas. Agora os espaços, além de embelezar, estão servindo para incentivar outras pessoas da comunidade a preservar a natureza.
Tudo começou quando o aposentado João Batista da Silva resolveu imitar um grupo de pessoas que se uniram em mutirão para limpar um trecho da margem do Rio Atuba. “Se eles faziam, eu também poderia e deveria fazer algo para cuidar do meu canto”, conta ele.
Distante algumas quadras dali, a aposentada Rosélia Koppen sentiu-se motivada com a ação do seu João e também decidiu tornar-se uma agente de transformação. Criou um jardim florido à beira do rio, onde o bairro faz divisa com o município de Colombo. Foi a solução para acabar como matagal que a deixava insegura.
Depois de limpar o terreno Rosélia plantou mudas de flores que foi buscar em Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais, na casa da família. “Agora eu tenho um pouquinho da minha cidade natal aqui em Curitiba”, diz.
A tarefa de podar, regar e varrer o terreno é diária e feita com dedicação pela moradora.
“Aqui é o meu paraíso e sou realizada em cuidar. Em vez de cansaço o que eu sinto é satisfação”, destaca Rosélia Koppe.
O cuidado com o espaço no bairro é valorizado pelos outros moradores. “Ela é tão caprichosa que acabou contaminando outras pessoas a cuidarem melhor das frentes das suas casas”, conta a dona de casa, Adelir Nunes Oliveira. A iniciativa de Rosélia também rendeu reconhecimento público e certificado conferido pela Prefeitura de Curiitba, no início deste mês.
Moradores criam espaço de cultivo e socialização
Rosélia inspirou moradores da Rua Avicena, algumas quadras acima, que se uniram para revitalizar um espaço antes improdutivo e transformá-lo em um lugar de cultivo e socialização.
A Bela Hortinha, como foi batizada, fica ao lado da Escola Municipal CEI Bela Vista do Paraíso e em frente à casa da maquiadora Priscila Naldoni e do cobrador de ônibus Osmar Fernandes da Cruz, integrantes do grupo que cultiva o espaço.
Os moradores alugaram máquinas, compraram terra, sementes e conseguiram o engajamento da comunidade. Os canteiros são decorados com caixotes e pneus coloridos transformados em personagens infantis. Tem vaso em formato de Minions, personagem de animação infantil, borboleta, centopeia e outros bichinhos divertidos.
Quem contribui com material ou com o trabalho tem direito a colher parte da produção.
“As verduras fresquinhas são ótimas, mas nada se compara a terapia que é cultivar a terra e ver a rua cada vez mais bonita”, conta Priscila Nadolni.
No mesmo período em que a turma iniciou o trabalho, a Prefeitura, atendendo à reivindicação dos moradores, instalou no terreno ao lado, uma academia ao ar livre. “Aprendemos o caminho e solicitamos também melhorias na iluminação”, disse Priscila.
O pedido foi feito pelo grupo por meio da Central 156, canal de comunicação entre a Prefeitura e a comunidade e atendido.
| Ciclo Vivo (publicado me 28-06-2019) | | | |
A empresa está em constante evolução e acaba de lançar dois novos serviços
A Beegreen Sustentabilidade Urbana nasceu com a missão de inspirar pessoas a adotarem hábitos mais sustentáveis e, por isso, vem evoluindo cada vez mais oferecendo produtos e serviços inovadores quando o assunto é sustentabilidade. A empresa, pioneira na produção de canudos no Brasil, criou dois novos serviços: o “Sistema Retorno”, voltado para a eliminação de catering descartável em eventos e o “Sistema Caução”, de copos reutilizáveis.
O “Sistema Retorno” funciona da seguinte maneira: a Beegreen faz uma análise prévia de tudo que será utilizado no evento – pratos, cumbucas, talheres, utensílios gerais e reutilizáveis; os expositores e fornecedores recebem os kits que serão usados durante o evento e, após o uso, o público entrega os utensílios em pontos específicos para a devolução.
Os mesmos são coletados e entregues a uma central de lavagem com sistema de logística e higienização especial, retornando devidamente higienizados para que possam ser reutilizados. “Criamos esse sistema com o objetivo de incentivar esses eventos a gerar menos lixo. É um sistema que atrela sustentabilidade e logística de utensílios, parecido com uma praça de alimentação de um shopping”, explica Patricya Soares Bezerra, sócia da empresa.
Já o “Sistema Caução”, é voltado ao público dos eventos. A empresa disponibiliza copos reutilizáveis que devem ser retirados mediante a entrega de um valor em dinheiro. Aí a pessoa tem duas opções: levar para casa e continuar evitando descartáveis, ou devolver o copo e reembolsar integralmente seu dinheiro.
É importante lembrar que a qualquer momento no evento pode-se trocar um copo sujo por limpo. Este sistema é bem difundido em países europeus e tem se tornado frequente no Brasil. “Nosso objetivo é conscientizar e, aos poucos, criar novos hábitos, mostrando que podemos sim, produzir um evento sem deixar de pensar no planeta”, complementa a empresária.
Beegreen no Festival Curitiba Santè Week
Quem aderiu a ideia foi o Festival Curitiba Santè Week – que busca unir gastronomia, nutrição, saúde e sustentabilidade -, e acontece neste domingo, 30 de junho, em Curitiba. O evento é uma ótima oportunidade para saber um pouco mais sobre consumo consciente e saúde sem prejudicar o meio ambiente.
Além da parceria, a Beegreen terá ainda uma lojinha, com várias opções de produtos sustentáveis, como ecobags diferenciadas, kits lixo zero, guardanapos de pano, canudos de inox e porta canudos. O objetivo da empresa é difundir essa ideia entre expositores e visitantes, para tornar os lugares mais sustentáveis. “Acreditamos que eventos podem e devem dialogar com a sustentabilidade. Nosso objetivo é conscientizar cada vez mais sobre a importância de uma consciência ambiental”, finaliza a empresária.
Durante todo o dia aconteceram várias ações voltadas a sustentabilidade como aula de compostagem, arte com resíduos, fachada de plantas, entre outros. Os Talk Shows, serão conduzidos por chefs de cozinha, nutricionistas, biólogos e produtores orgânicos que vão falar sobre como estão sendo influenciados por um consumo mais consciente e saudável. Outro destaque é a influenciadora Cris Muniz, criadora do site “Uma vida sem lixo”, que busca mostrar que é possível viver sem produzir lixo.
| Revista Meio Ambiente Industrial (publicado em 25-06-2019) | | | |
Estima-se que no Brasil exista 45 milhões de veículos em circulação atualmente, com uma média de 10 anos de uso. Assim, a previsão é de que, em uma década, grande parte desses automóveis seja descartados e substituídos por milhões de outros modelos que terão o mesmo destino dali mais alguns anos.
Esses veículos se tornam um grande problema no final da vida útil: grande parte se torna resíduo e descartes deixados em ferros velhos e aterros sanitários que custam (8 bilhões segundo relatório da ABRELPE de 2017) bilhões de reais por ano ao governo e se tornam mais uma causa de poluição no ambiente e contaminação no solo com seus resíduos.
Para diminuir a quantidade de resíduos provenientes de automóveis abandonados em ferros velhos e aterros sanitários e tornar esse ciclo de vida mais sustentável, a reciclagem, assim como o reuso de peças automotivas, são vistas como as melhores soluções para tornar mais sustentável o ciclo de vida do veículo. Sua composição corresponde a uma média de 18% de plástico, 7% de borracha, 55% de metais e 20% de outros materiais. Sendo assim, grande parte dos materiais podem ser reciclados e os que não passam por esse processo podem ser reutilizados em novos modelos fabricados.
Na Europa essa solução já não é mais uma novidade. Cerca de 85% dos automóveis que circulam entre os países do continente têm como destino a reciclagem ou suas peças são reutilizadas. Já no Brasil temos um cenário bem diferente. Estima-se que 98,5% da frota que chega ao final do seu ciclo de vida aqui termina em depósitos e desmanches e apenas 1,5% de todo veículo que sai de circulação tem um destino mais sustentável.
Como medida para tentar mudar essa realidade, em 2010 o Detran do estado do Rio Grande do Sul iniciou um projeto pioneiro no país com a reciclagem de carros a fim de reduzir o impacto ambiental causado pelos veículos parados nos depósitos e impedir o uso e comercialização ilegal de peças.
Em 2014, entrou em vigor no estado de São Paulo a lei do desmanche (Lei 12977 - 2014) com o objetivo de combater o desmanche ilegal, o comércio de peças usadas sem origem comprovada, regular o processo de desmontagem e o de reciclagem de metais. Essa é uma medida muito importante para colaborar com o ciclo de vida sustentável dos automóveis, uma vez que que o roubo, desmanche e comercialização de peças ilegais são fatores que dificultam atitudes mais sustentáveis por parte da indústria automotiva.
Em paralelo a esses projetos estaduais no Brasil, a BASF tem buscado promover a sustentabilidade no ciclo de vida dos veículos. Junto com sua consultoria para sustentabilidade, a Fundação Espaço ECO® e a Polen, startup que atua com soluções para comercialização e rastreabilidade de resíduos, levou o tema para discussão em uma atividade de design thinking no fórum Automotive Business Experience, realizado em São Paulo.
Também tem trabalhado junto com grandes parceiros para oferecer aos consumidores automóveis mais sustentáveis e menos poluentes. A partir de soluções inovadoras e mais ecológicas, como plásticos de engenharia e materiais que deixam os carros mais leves – promovendo eficiência energética, catalisadores que reduzem em 90% a emissão de poluentes, produtos para pintura que exigem menos consumo de água e reduzem a emissão de compostos orgânicos voláteis, entre outras inovações, a companhia contribui para o desenvolvimento de veículos mais ecoeficientes.
A falta de um programa de reciclagem veicular, de leis mais duras para combater o descarte inadequado e que permitam mais agilidade na reciclagem de veículos já fora de uso, deixa o Brasil muito atrasado na questão da sustentabilidade do ciclo dos veículos. E para que isso se torne uma realidade, como já acontece na Europa, por exemplo, seriam necessárias medidas por parte do governo para estimular a população a doar seus veículos velhos para a reciclagem com algum tipo de incentivo, além de parcerias com empresas do setor para desenvolver esse processo.
A reciclagem de veículos no Brasil beneficiaria o meio ambiente e a própria indústria automobilística. O uso de peças recicladas e reutilizadas saem a um custo muito menor, até mesmo por não precisar fazer a exploração de matéria-prima, um dos fatores que encarecem a produção de novos modelos.
| CIMM (publicado em 04-07-2019) | | | |
Pneus que não mais servem para uso têm destinação certa para serem reaproveitados. Por meio de um convênio entre as prefeituras do Estado de Minas Gerais e a Associação Reciclanip, a partir deste mês, será iniciada uma campanha com as prefeituras mineiras para a coleta de pneus inservíveis para destinação a empresas trituradoras, que reaproveitam esse material na produção dos mais variados produtos.
Os pneus inservíveis coletados serão destinados a empresas trituradoras. Depois desse processo, o material é reaproveitado como combustível alternativo nas indústrias de cimento, fabricação de solados de sapatos, borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais, além de tapetes para automóveis e a produção de asfalto-borracha.
Os pneus descartados são recolhidos pelo serviço público ou entregues voluntariamente pela municipalidade, ou por coletas pré-programadas para municípios não conveniados, sempre que necessário.
Além de não ser mais um poluidor do meio ambiente, esses pneus também não vão servir de local para a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Só neste ano, até 24 de junho, foram registrados cerca de 424 mil casos prováveis de dengue e 86 mortes confirmadas em todo o Estado. Em 2018, o registro foi de cerca de 30 mil casos de dengue em Minas, sendo 12 mortes confirmadas.
De acordo com a analista ambiental, Luiza Silva Betim, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), a campanha de mobilização junto às prefeituras busca que, tanto os municípios já conveniados quanto os que não têm convênio com a Reciclanip, possam solicitar coletas dos pneus inservíveis.
Para isso, os municípios interessados em fazer parte da campanha devem entrar em contato com a Reciclanip até 17 de julho, pelo telefone (11) 3165-4430 (Opção 1) ou pelo e-mail coleta@reciclanip.org.br. “A partir dessa formalização, a associação fará o cadastro da prefeitura e dará orientações necessárias quanto à coleta”, explica Luiza.
No período de 15 a 19 de julho, os municípios conveniados vão receber e armazenar os pneus inservíveis entregues pela população e empresas privadas, como oficinas, borracharias, concessionárias e postos de gasolina. Já no período de 22 a 26 de julho, serão coletados, pela Reciclanip, os pneus arrecadados pelas prefeituras conveniadas.
Logística reversa
A Reciclanip operacionaliza um sistema de logística reversa de pneus da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), entidade que representa as empresas fabricantes de pneumáticos instalados no Brasil.
De acordo com a Anip, em 2017, mais de 458 mil toneladas de pneus foram destinadas corretamente, no Brasil, segundo o Relatório de Pneumáticos 2018. O que, segundo a Reciclanip, mostra que a indústria atingiu 101,78% da meta estabelecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O número equivale a cerca de 91,6 milhões de pneus para carros de passeio.
Em Minas Gerais, também, no ano passado, a Reciclanip coletou cerca de 14 mil toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a mais de 1,5 milhão de unidades de pneus de carro de passeio. De acordo com a associação, a região que mais se destacou foi a Sudeste, que respondeu por 56,83% do total coletado e destinado, seguida pela Região Sul, com 21,17% do volume. Na sequência apareceu Centro-Oeste, Nordeste e Norte, com 9,77%, 9,05% e 3,17%, respectivamente, em 2018.
Pontos de coleta
A Reciclanip é a uma das maiores incentivadoras de destinação de pneus inservíveis entre os países da América Latina e conta com 1.053 pontos de coleta em diversos municípios brasileiros. Para saber onde destinar pneus inservíveis, consumidores e empresas podem localizar o ponto de coleta mais próximo no site www.reciclanip.org.br. Além disso, é possível saber como prestar serviço de transporte para a entidade, além de conhecer o processo de destinação e ver em quais materiais seu pneu inservível pode se tornar.
| BHAZ (publicado em 02-07-2019) | | | |
Uma operação de fiscalização na manhã desta sexta-feira (28/6) identificou pelo menos três grandes geradores de resíduo e duas empresas privadas de coleta que fazem a destinação do material em área irregular, no Tatuquara, às margens do Rio Barigui.
Equipes do Departamento de Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Administração Regional do Tatuquara realizaram a ação em conjunto com a Guarda Municipal e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Civil.
As empresas que prestam o serviço de recolhimento de resíduos serão autuadas em cerca de R$ 57 mil. Seus contratantes, os grandes geradores, também serão punidos, por responsabilidade solidária
“Quando se contrata uma empresa para transportar resíduos é imprescindível saber qual destino que será dado ao material”, alertou o diretor de Limpeza Pública, Edélcio dos Reis.
"Descarte de resíduos de forma inadequada, em áreas públicas, fundos de vales, área de preservação permanente, de proteção ambiental e áreas sem licenciamento ambiental para tal fim gera multa aos infratores. É crime ambiental", reforçou.
Bota-foras
A ação faz parte da intensificação da fiscalização contra o descarte irregular de resíduos sólidos, principalmente entulhos de construção. O município tem 80 pontos mapeados e que vem recebendo ações integradas regularmente.
Quem for flagrado ou descoberto depositando resíduos nestas áreas está sujeito a multas que variam de R$ 11 mil a R$ 115 mil. A população pode denunciar via Central 156.
Curitiba é totalmente atendida por coleta de resíduos, seja porta-a-porta na domiciliar ou de recicláveis, os serviços de recolhimento de lixo tóxico ou sob demanda para entulhos e vegetais. Existem, ainda, ecopontos destinados ao recebimento de restos de construção.
| Prefeitura de Curitiba ( 28-06-20190 | | | |
O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR), maior rede de dados do setor no Brasil, já está disponível para consulta pública no site do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Lançado em Brasília, no dia 26 de junho, o SINIR reúne informações de estados e municípios e torna possível o monitoramento de contratos de saneamento, oferta de serviços de limpeza e manejo de resíduos, possibilitando, também, o acompanhamento de projetos e leis, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
O anúncio foi realizado no auditório Ipê Amarelo, no edifício sede do MMA, com a presença de Ricardo Sales, ministro do Meio Ambiente, que destacou a importância do SINIR e agradeceu o empenho da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) ao propor, sem ônus, a implementação e o gerenciamento da plataforma. “Espero que a ferramenta possa alavancar os projetos que o setor necessita”, ressaltou, frisando que “o SINIR é uma ferramenta decisiva para a erradicação dos lixões”.
As autoridades presentes elogiaram a iniciativa da Abetre e da equipe da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. “A palavra da vez é transparência, e o SINIR toma forma justamente para descomplicar a gestão pública, proteger o meio ambiente e levar benefícios à sociedade”, declarou Luiz Gonzaga, presidente da Abetre.
“Com dados oficiais, o Brasil poderá, finalmente, destravar a implementação dos 500 aterros sanitários necessários para vencermos a guerra contra os lixões, que ainda afetam a vida de 42 milhões de habitantes, e aumentarmos a qualidade da saúde pública”, completou Gonzaga.
Também participaram da cerimônia: André Luiz Felisberto França, secretário de Qualidade Ambiental; Carlos Gomes, deputado federal (PRB-RS) e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem; Ana Amélia Lemos, senadora (PP-RS); Valdez Rodrigues Venâncio, presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), entidade sucessora da antiga Fatma (Fundação do Meio Ambiente); e Ana Lucia Santoro, secretária do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, entre outras.
O sistema nacional de informações tomou forma após um acordo de cooperação técnica do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (ABETRE), para oferecer um banco de dados confiável e atualizado com números do setor público e privado.
Acesse: sinir.gov.br/
| Revista Meio Ambiente Industrial (publicado em 28-06-2019) | | | |
Encontro contou com cerca de 80 representantes ligados à gestão de resíduos sólidos; ideia é mobilizar esforços para planejar políticas públicas para o setor
O Ministério do Meio Ambiente promoveu na tarde de ontem, na sede do Ministério do Meio Ambiente, um debate com representantes dos setores ligados à gestão de resíduos sólidos para buscar soluções para os problemas do setor.
O ministro Ricardo Salles, que presidiu o debate, disse que a ideia do encontro era fazer uma ampla discussão sobre a realidade e desafios das políticas de gestão de resíduos e principalmente sobre logística reversa.
“Precisamos encontrar um caminho, mas um caminho que respeite a economia e a viabilidade logística, mas, por outro lado, não deixe que a limitação financeira nos impeça de avançar”, disse Salles.
Segundo a Pesquisa Básica de Informações Municipais – Munic/IBGE do ano base 2017, são coletadas diariamente 166 mil toneladas de lixo por dia. Mas apenas 25% das cidades brasileiras têm coleta seletiva.
Dione Manetti, que falou em nome da Associação Nacional dos Catadores, elogiou a iniciativa e salientou que é fundamental a contribuições do setor que representa para a busca de soluções.
Segundo ele, pesquisas mostram que 80% dos resíduos recicláveis recuperados no Brasil vêm diretamente das mãos dos catadores. “Sei que é difícil chegar a um consenso, mas, se gastarmos todo o tempo em busca de um modelo ideal, não chegaremos a lugar algum”, alertou ele.
A mesma opinião compartilha o presidente executivo da ReciclaAnip, Klaus Curt Muller, organização que coleta pneus usados em todo o Brasil e que, só no ano passado, segundo dados próprios, coletaram 408 mil toneladas de resíduos do produto.
Muller alerta que o elo mais frágil na logística é o município. Uma vez que cabe a prefeitura o armazenamento do resíduo, antes da destinação final, sem nenhum tipo de contrapartida. “Assimetrias assim acabam comprometendo todo funcionamento da cadeia”, completa.
Próximo passo – Ao final do debate os representantes dos setores se comprometeram a iniciar um debate interno para, daqui a três meses, voltar para uma segunda rodada de discussão, onde propostas de ações deverão ser decididas consensualmente.
| Agência de Notícias Defesa | | | | Aberta em 2011, Boomera transforma materiais como cápsula de café
Da crescente demanda de empresas e consumidores por soluções sustentáveis nasceu a Boomera, empresa que se especializou em soluções para resíduos difíceis de reciclar.
Cápsulas de café descartadas são transformadas em suportes plásticos para novas unidades, fraldas usadas dão origem a lixeiras e cabides, e embalagens coletadas no mar do Rio de Janeiro viram cones para aulas de educação física.
São considerados difíceis de reciclar os materiais que misturam dois ou mais tipos de plástico no mesmo produto, segundo Guilherme Brammer, presidente da Boomera e engenheiro de materiais. Embalagens revestidas de alumínio, como as de biscoito, também pertencem à categoria.
Funcionário da Boomera veste toca e uniforme cinza enquanto opera maquina que produz uma lona azul de plástico
Tecnologia de novos materiais, investimento em pesquisas científicas e impacto social são os pilares da Boomera, que faturou R$ 40 milhões em 2018. Pretende chegar a R$ 70 milhões neste ano.
Na cartela de clientes, estão Nestlé, Adidas, Natura, Unilever e Procter and Gamble. “A crise não chegou para nós, estamos crescendo todo ano”, afirma Brammer.
Fundada em 2011, a Boomera atrai empresas que queiram dar soluções sustentáveis para suas cadeias de produção.
Após um estudo dos processos produtivos do cliente, é criada uma metodologia para coletar e transformar o lixo gerado. A demanda para reprocessar materiais difíceis é levada para os engenheiros e pesquisadores da empresa.
Para Orlando Cattini, professor de gestão de operações e logísticas da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, empresas de logística reversa têm potencial de crescimento no Brasil. O setor é responsável por reprocessar resíduos para que voltem para a indústria.
De acordo com Cattini, a maioria dos catadores, agentes importantes para o funcionamento do setor, operam na informalidade, com equipamento precário e baixa remuneração.
Nessas condições, explica o professor, menos resíduos são coletados e a reciclagem fica restrita a poucos produtos, como alumínio e papelão. Para ele, este cenário abre espaço para indústrias inovadoras que trabalham na formalidade e dão destino a outros tipos de materiais.
Cattini afirma que a política nacional de resíduos sólidos também é um incentivo ao setor de reciclagem por obrigar empresas a ter um plano para o lixo que geram. A lei de 2010 responsabiliza fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e cidadãos pelo manejo de resíduos sólidos urbanos.
Com matriz em São Paulo, a Boomera tem fábrica em Cambé (PR), cerca de 15 km de Londrina. É nesse local que transforma principalmente resíduos plásticos, mas também aceita pedidos de reciclagem de papel e aço, além de produtos eletrônicos.
“Algumas empresas que nos procuram já sabem o que querem reciclar. Mas, na maioria dos casos, desenhamos uma estratégia de acordo com a marca, o material e o momento da cadeia em que vamos atuar”, afirma Brammer.
O material gerado a partir do lixo, que pode ser uma matéria-prima ou um produto final, volta para o cliente ou é reaproveitado pela Boomera.
Um exemplo deste último caso são as lonas agrícolas feitas pela empresa com 70% de material reciclado. Segundo o presidente, elas são comercializadas em mais de 15 mil pontos de venda, como casas de construção.
O próximo passo, explica Brammer, é oferecer o aluguel das lonas em época de safra para que o material deixe de ser comprado. “A reciclagem é o primeiro ponto da economia circular, mas inovação também é não gerar lixo. Queremos quebrar o ciclo vicioso de ter a posse de um produto.”
Praticar a economia circular, segundo Daniel Guzzo, professor do tema no Insper, é uma forma de garantir a sustentabilidade de um negócio. Ele explica que tirar recursos da natureza os encarecem, afetando o custo dos produtos finais. Para Guzzo, flutuações no preço de insumos podem ser amenizadas quando os materiais são reaproveitados.
A Boomera tem 145 funcionários, entre engenheiros, químicos, publicitários, economistas, administradores e designers.
Além disso, cerca de 200 cooperativas, que somam 6.000 catadores, são parceiras da empresa. Elas recebem treinamentos e equipamentos, como prensas e esteiras.
Brammer mantém ainda ligação com o meio acadêmico para levar inovação ao seu negócio. A Boomera tem um laboratório dentro do Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul (SP), onde professores e alunos desenvolvem novos materiais a partir da reciclagem. “Não acho que a inovação esteja na cabeça de um gênio. Ela nasce como uma ideia ainda pela metade e vai sendo construída com parceiros que a complementam”, diz o engenheiro.
No segundo semestre deste ano, o presidente pretende lançar uma linha própria de produtos para o varejo, mas não antecipa detalhes. A empresa está analisando se os itens serão vendidos em lojas físicas ou em ecommerce. A segunda fábrica da Boomera, desta vez em São Paulo, também será inaugurada em 2019.
“Queremos tentar andar sozinhos agora e começar a ter projetos independentes de clientes e parcerias”, afirmou Brammer.
| Folha de S.Paulo (publicado em 28-06-2019) | | | | O projeto visa a destinação ambientalmente adequada para resíduos eletroeletrônicos
Acic vira ponto de coleta para programa de logística reversa
Não é mais possível imaginar um futuro em que o desenvolvimento trilhe caminho separado da sustentabilidade. E, para isso, há várias alternativas que são apresentadas. Para o mundo empresarial, a logística reversa vem ao encontro da necessidade de três ações necessárias na colaboração para um futuro melhor às novas gerações: reduzir, reutilizar e reciclar.
Dentro deste contexto, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) firmou parceria com a empresa Weee.do, pioneira em Santa Catarina quando o assunto é exportação de placas eletrônicas, assim como na implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV) de resíduos eletroeletrônicos. Já são mais de 70 em todo o estado em parceria com diversas entidades.
A intenção da Acic, através da Weee.do, é proporcionar aos associados e a comunidade a logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos, assegurando a destinação ambientalmente adequada, gerando valor para clientes e sociedade por meio de um modelo de negócio sustentável, responsável e de qualidade.
A empresa parceira irá atuar no planejamento, implantação e na operação de sistemas de coleta, processamento e destinação de todos os componentes presentes nos equipamentos eletroeletrônicos. “A Weee.do é habilitada para oferecer uma solução completa para seus clientes e parceiros, permitindo que estejam alinhados com as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos e valorizem seu posicionamento perante clientes, consumidores e sociedade”, aponta o diretor-executivo da Weee.do, Mark Jacobowitz Rae.
Para o presidente da Acic, Moacir Dagostin, o caminho da sustentabilidade é sem volta e cada vez mais empresários estão em busca de alternativas que venham ao encontro da preservação do meio ambiente. “Com essa parceria, a Acic faz essa ponte entre uma empresa que tem o gabarito necessário para fazer essa logística e os nossos associados que, por sua vez, se adaptam ao novo modelo sustentável proposto.
Ao mesmo tempo que as empresas sigam a Lei Federal 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde o poder público, o setor empresarial e a coletividade são corresponsáveis por assegurar o cumprimento de todas as diretrizes e demais determinações”, explica Dagostin.
Quais resíduos são recebidos:
- CPU e servidor;
- Componentes (fonte, placa eletrônica, memória, processador, HD, drive de CD e DVD, cooler)
- Periféricos (mouse, teclado, estabilizador, no-break, impressora, fax, scanner, copiadora, multifuncional, modem, roteador, decodificador, fonte);
- Notebook e fonte;
- Celular, central telefônica, walkie-talkie, aparelho telefônico, rádio comunicador;
- Aparelhos de CD/DVD/Bluray, Som;
- Monitor/Televisor CRT, LCD, LED, Plasma;
- Equipamentos diversos com placas de circuito impresso;
- Cabos e fios em geral;
- Eletrodomésticos diversos (liquidificador, forno micro-ondas, aspirador de pó, forno elétrico, ventilador, ferro elétrico, ou seja, qualquer um que não seja de “Linha Branca”).
Quais são os resíduos NÃO recebidos:
- Pilhas e baterias de celular (lotes ou avulsas);
- Toners e cartuchos de impressora (lotes ou avulsos);
- Eletrodomésticos contendo gases perigosos (geladeiras, aparelhos de ar condicionado, etc.);
- Lâmpadas de qualquer natureza;
- Eletrodomésticos de “Linha Branca”;
- CD, DVD, fita VHF, disquete.
| DNSUL (publicado em 28-06-2019) | | | |
BOMAG MARINI Latin America reforçará a importância de os compactadores serem fabricados com o conceito de sustentabilidade
Entre os dias 5 e 7 de novembro, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) promoverá no São Paulo Expo, na capital paulista, a BW Expo e Summit – 3ª Biosphere World, que proporcionará uma experiência para todos os seus participantes, por ser o único evento multidisciplinar do mercado direcionado exclusivamente às tecnologias voltadas à sustentabilidade do meio ambiente.
Um dos destaques da exposição será a apresentação de soluções, produtos, equipamentos, tecnologias e serviços destinados a atender as demandas para gestão de resíduos, incluindo os setores de remediação do solo, geração de energia a partir de materiais residuais, aterros sanitários, análises laboratoriais, depuração de gases, logística reversa, entre outros.
Segundo Walter Rauen, diretor presidente da BOMAG MARINI Latin America, o avanço tecnológico voltado às soluções que ofereçam o menor impacto ao meio ambiente é uma tendência global, inserida tanto no contexto social, em uma escala micro ambiental, nos hábitos e escolhas individuais dos seres humanos, avaliando o seu papel em relação ao futuro das próximas gerações, assim como em escala macro ambiental, no contexto corporativo e industrial, em relação às soluções disponibilizadas ao mercado no intuito de oferecer as melhores escolhas para a gestão da destinação final de resíduos.
Com participação confirmada na BW Expo e Summit 2019, a BOMAG MARINI fornece compactadores de resíduos que atendem as capacidades de 21 a 56 toneladas e resultam em uma operação eficiente, econômica e sustentável e um ciclo de vida maior de aterros sanitários no Brasil e no mundo. “A sustentabilidade também presente na fabricação dos equipamentos, já que a matéria-prima utilizada é escolhida considerando o seu potencial de reciclagem. Os níveis de emissões também são reduzidos, uma vez que os motores utilizam novas tecnologias para garantir a potência ideal com níveis de consumo reduzidos”, explica Rauen.
Os compactadores possuem rodas projetadas para alcançar elevado nível de compactação, por meio de anéis poligonais que circundam as rodas e, principalmente, por pontas agudas que esmagam o material devido ao aumento da pressão sobre ele. Contam ainda com raspadores nas partes frontal e traseira das rodas, com a função de evitar que os resíduos fiquem presos nas rodas, o que acaba comprometendo o desempenho de compactação, além do tempo necessário para limpeza.
A estrutura inferior dos equipamentos da marca é completamente fechada, o que assegura que todos os componentes não fiquem expostos, garantindo limpeza, segurança e proteção. Esses equipamentos têm um sistema de deslocamento hidrostático, que oferece maior eficiência na transferência de potência entre o motor diesel e as rodas. Já o sistema de lubrificação automática conta com uma bomba que distribui em todos os pontos de lubrificação a quantidade correta de graxa em períodos específicos e programados.
A BW Expo e Summit 2019 vai enfatizar questões práticas e, ao mesmo tempo, reunir uma ampla cadeia de setores industriais e de serviços. Seu formato inovador permitirá que o visitante possa estar em contato com a sustentabilidade do meio ambiente em diversos níveis: exposição de produtos e serviços, atividades inclusivas, experiências visuais e interativas, eventos de conteúdo, apresentação de cases, visitas às plantas industriais, laboratórios, construções, escritórios, usinas de tratamento de resíduos líquidos ou sólidos.
SERVIÇO
BW EXPO E SUMMIT 2019 – 3ª BIOSPHERE WORLD
Data: 5 a 7 de novembro de 2019
Horário: 13h às 20h
Local: São Paulo Expo
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – CEP: 04329-900 – São Paulo/SP
Mais informações: http://www.bwexpo.com.br/
| Jornal Dia Dia | | | |
Nesta quinta-feira (27), magistrados e especialistas discutiram no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ) soluções práticas e eficientes para levar o Judiciário ao caminho da sustentabilidade.
No segundo e último dia do VI Seminário de Planejamento Estratégico Sustentável do Poder Judiciário, o secretário de gestão adjunto do Ministério da Economia, Renato Fenili, apresentou o painel “Agenda normativa em compras públicas” e falou sobre expectativas e inovações na área de aquisições do setor público, que no Brasil chega a responder por 11% do PIB.
Fenilli explicou que os avanços observados hoje na administração pública, em termos de governança, ocorrem de forma bidirecional, por meio de normas e sistemas de tecnologia da informação. Segundo ele, investir em bons sistemas nem sempre é sinônimo de impactos positivos. O secretário citou como exemplo a baixa quantidade de municípios que realizam pregão eletrônico. “O Brasil é um país de práticas de gestão analógicas”, disse.
Fenili ressaltou que o país não conseguirá uma uniformização de gestão sustentável enquanto desconhecer o que acontece nos municípios. “Na verdade, isso é a legitimação de feudos de gestão. Cada um faz o seu, e não temos rastreabilidade de recursos. Dessa forma, não há como existirem contratações sustentáveis.”
Atualmente cedido ao Ministério da Economia, Renato Fenili é servidor da Câmara dos Deputados e atuou como diretor de compras por seis anos. Ele acredita que normas são indutoras culturais da sociedade pelo seu caráter impositivo. Como exemplo, falou das normas que hoje tramitam na Câmara e têm como objetivo tornar obrigatório o pregão eletrônico nos casos de repasse de recursos da União aos municípios.
“É uma realidade que se muda. Acredito que, em poucos anos, o Brasil estará em outro nível de realidade em termos de compras públicas, mais gerenciáveis e com informações mais transparentes. Assim podemos pensar em gestão”, analisou.
Lixo eletrônico
Na sequência do evento, especialistas debateram sobre o lixo eletrônico – nesse caso, os aparelhos eletrônicos, como computadores e celulares, que não servem mais para o uso e precisam ser descartados.
Segundo a pesquisadora Lúcia Helena da Silva Maciel Xavier, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, além das iniciativas para reciclagem e descarte correto, é preciso focar nas políticas para gastar menos materiais.
Sobre o processo de reciclagem desses materiais, a pesquisadora, que atua no Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), afirmou que é fundamental fazer o mapeamento da cadeia de valor dos produtos. O processo de conscientização popular do processo de reciclagem, segundo Lúcia Helena, é uma tarefa que vem sendo desenvolvida pelo Cetem.
“Nós temos alguns vídeos práticos no YouTube e uma série de publicações e cartilhas no nosso site, além de manuais de reciclagem que são baixados e utilizados por diversas cooperativas de reciclagem em todo o país”, informou a pesquisadora ao destacar o conhecimento como ferramenta para o melhor reaproveitamento dos materiais.
Logística reversa
Ademir Brescansin, representante da gestora de logística reversa Green Eletron, destacou a quantidade de lixo eletrônico produzida no Brasil e no mundo. Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países que produz, consome e recicla os materiais eletroeletrônicos, enquanto outros países, onde não há reciclagem, simplesmente enviam o lixo eletrônico para o exterior.
“O Brasil gera 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano e precisa da logística reversa”, afirmou Brescansin ao comentar a meta de reciclar pelo menos 17% em peso dos eletroeletrônicos colocados no mercado.
“Temos condições de cumprir a meta. Para fazer, é preciso boa vontade e articulação com os setores envolvidos na logística reversa.” Ele afirmou que campanhas de coleta apresentaram resultado satisfatório como forma de aumentar o volume de reciclagem de eletroeletrônicos.
O painel foi moderado pelo diretor adjunto do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal, Paulo Celso Reis. Ao encerrar a parte de perguntas do público, ele lembrou que em muitos locais as iniciativas de educação socioambiental são sempre as últimas a serem inseridas nos orçamentos e as primeiras a serem cortadas, o que evidencia as dificuldades para quem atua no setor.
Caso prático
Encerrando o seminário no período da manhã, o chefe do setor socioambiental do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT16), Marcelo Henrique Alencar, apresentou um caso prático de engajamento inclusivo no órgão em que atua.
Ele explicou que o trabalho é desenvolvido por meio de uma parceria entre o TRT16 e a ONG Entre Rodas & Batom, e informou que o tribunal é o primeiro órgão público do país a assinar convênio com a entidade.
Segundo o gestor, a parceria visa levantar fundos, mediante a arrecadação de lacres de alumínio, para aquisição de cadeiras de rodas para crianças de cinco a 14 anos. “Se cada instituição ou grupo de instituições representado nesse seminário arrecadar, em seu estado, o suficiente para ajudar a melhorar a vida de uma única criança, já terá valido a pena”, declarou Marcelo Alencar.
| STF (publicado em 27-06-2019) | | | |
A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (PE) ganhou o prêmio internacional da ONU por excelência de gestão do serviço público. A premiação do United Nations Public Service Awards de 2019 é dirigida a iniciativas públicas que promovam ações de destaque nas áreas de direitos humanos e erradicação da pobreza.
Atualmente, 75 catadores integram o Programa de Coleta Seletiva de Jaboatão dos Guararapes. Segundo a prefeitura da cidade, a iniciativa mudou a vida de catadores que anteriormente trabalhavam informalmente e sob condições insalubres no “Lixão da Muribeca”, que foi desativado em 2009. A Prefeitura passou a empregar formalmente alguns dos catadores do lixão e outros que trabalhavam nas ruas da cidade.
Catadores de materiais recicláveis que trabalham para a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (PE). Foto: Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes
Catadores de materiais recicláveis que trabalham para a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (PE). Foto: Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes
A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (PE) ganhou o prêmio internacional da ONU por excelência de gestão do serviço público. A premiação do United Nations Public Service Awards de 2019 é dirigida a iniciativas públicas que promovam ações de destaque nas áreas de direitos humanos e erradicação da pobreza.
O programa vencedor da categoria “Entregando serviços inclusivos e equitativos para não deixar ninguém para trás” foi o Coleta Seletiva, desenvolvido pela Prefeitura da cidade. A honraria será entregue ao prefeito Anderson Ferreira, durante cerimônia nesta segunda-feira (24), em Baku, capital do Azerbaijão.
O evento reunirá cerca de 450 participantes, entre oficiais, ministros, prefeitos, membros da sociedade civil, acadêmicos, representantes da iniciativa privada e organizações internacionais.
O United Nations Public Service Awards reconhece práticas de excelência no setor público e de apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O Departamento de Assuntos Sociais e Econômicos das Nações Unidas (DESA) identifica e premia, anualmente, contribuições inovadoras do serviço público para um modelo de gestão mais eficaz, promovendo iniciativas e temas relacionados à Agenda 2030.
Atualmente, 75 catadores integram o Programa de Coleta Seletiva de Jaboatão dos Guararapes. Segundo a prefeitura da cidade, a iniciativa mudou a vida de catadores que anteriormente trabalhavam informalmente e sob condições insalubres no “Lixão da Muribeca”, que foi desativado em 2009. A Prefeitura passou a empregar formalmente alguns dos catadores do lixão e outros que trabalhavam nas ruas da cidade.
O programa oferece treinamento, assim como apoio técnico e infraestrutura, tendo também o objetivo de proteger o meio ambiente por meio da reciclagem. Têm prioridade na iniciativa mulheres e outros grupos em situação de vulnerabilidade, como portadores do vírus HIV, ex-detentos, ex-viciados em drogas. A iniciativa também promove o empreendedorismo e a formação de cooperativas de catadores.
“Quem antes precisava viver em meio a lixões, hoje, trabalha em um ambiente digno e conta com serviço contínuo de capacitação profissional que propicia renda mensal que chega a 1.200 reais”, disse a Prefeitura, em nota.
Além de Jaboatão dos Guararapes, dez instituições públicas de Argentina, Austrália, Áustria, Chile, Costa Rica, Indonésia, Quênia, Portugal, Coreia do Sul e Tailândia receberão o prêmio.
A premiação ocorre em meio ao Fórum de Serviço Público das Nações Unidas (UNPSF, na sigla em inglês), que acontece no Azerbaijão até quarta-feira (26) com o tema “Atingindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com a Efetiva Entrega de Serviços, Transformação Inovadora e Instituições Responsáveis”.
O evento é organizado pela Agência Estatal para Serviços Públicos e Inovações Sociais da presidência do Azerbaijão e pelo DESA por meio de sua Divisão para Instituições Públicas e Governo Digital (DPIDG), junto à ONU Mulheres. Diversos parceiros também devem se engajar na organização de workshops e eventos paralelos.
Instituições públicas eficazes, inclusivas e transparentes são essenciais para a implementação da Agenda 2030 e para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Elas têm um papel-chave na obtenção de interligações e coerência política; em desenhar estratégias e planos nacionais de desenvolvimento, desenvolver infraestrutura, mobilizar recursos, monitorar e avaliar programas públicos, projetos e atividades de desenvolvimento, e equipar funcionários públicos com as capacidades para implementar os ODS.
Elas também têm um papel importante a desempenhar na prestação de serviços inclusivos para melhor servir os cidadãos e não deixar ninguém para trás, inclusive por meio do governo digital.
Tanto o ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) quanto o ODS 10 (Redução das Desigualdades) são altamente relevantes para o Fórum de Serviço Público das Nações Unidas de 2019.
Para as Nações Unidas, as instituições públicas precisam adotar a inovação e a transformação para oferecer serviços mais eficazes, oportunos e responsivos e incorporar os princípios de transparência, responsabilidade e inclusão.
O Fórum fornecerá uma plataforma para ministros e outros tomadores de decisões refletirem sobre como avançar no progresso para a realização dos ODS.
Os participantes também terão a oportunidade de debater questões e tendências emergentes, discutir boas práticas, estratégias e abordagens inovadoras para uma prestação de serviços eficaz e uma transformação inovadora para cumprir os ODS e não deixar ninguém para trás, um princípio transversal da Agenda 2030.
Será um momento para refletir sobre desafios comuns e trocar lições aprendidas com as novas abordagens e inovações que estão sendo experimentadas em todo o mundo.
Saiba mais sobre o fórum e os prêmios que serão concedidos por meio do site: unpsf2019baku.com
| Nações Unidas ( publicado em 27-06-2019) | | | |
Ações de sustentabilidade da empresa focam educação ambiental dos colaboradores e reciclagem de materiais utilizados no dia a dia corporativo
Até 2025, a produção de lixo no mundo vai sair de 1,3 bilhão para 2,2 bilhões de toneladas. A estimativa é do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e reafirma a necessidade de desenvolver políticas e práticas com foco na gestão de resíduos e descarte correto de materiais.
Com o objetivo de implementar essa cultura dentro da companhia, conscientizar os colaboradores e contribuir para a sustentabilidade do planeta, a Flex Relacionamentos Inteligentes, empresa que oferece soluções multicanais de relacionamento com o cliente, desenvolveu uma série de projetos de gestão de resíduos, e já conseguiu evitar o descarte de 4,8 toneladas de lixo e de 48 mil metros cúbicos de água nos últimos dois anos.
Esse foi o resultado até agora de três projetos de sustentabilidade aplicados na empresa. O mais recente, que foi colocado em prática este ano, consistiu na reutilização de 233 kg de banners de vinil – materiais de uso publicitário que levam mais de 500 anos para se decompor na natureza – para confecção de estojos para os funcionários.
Esse material dificilmente é tratado por cooperativas de reciclagens e acaba sendo descartado como lixo comum. Para dar um novo uso aos banners, a empresa firmou uma parceria com o Mulheres do Sul Global, grupo que promove o empreendedorismo feminino, formação em costura de ateliê, criação e venda de peças artesanais a partir dos princípios da economia circular (baseada na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia).
“Trabalhar com esta parceria nos permitiu tratar da sustentabilidade em seus três pilares: social, ambiental e econômico. Este é o formato que buscamos para os nossos projetos”, explica a superintendente de Responsabilidade Social da Flex, Luciana Ávila. “Enquanto corporação, impactarmos milhares de pessoas diretamente. As empresas precisam se preocupar com o meio ambiente e com as consequências que o modelo de produção global traz para as comunidades. Não poderíamos, desta forma, ser condescendentes e descartar materiais de difícil decomposição”, complementa.
Outra ação de destaque da Flex decretou o fim dos copinhos descartáveis na empresa. Para isso, a companhia distribuiu copos ecológicos reutilizáveis para mais de 13 mil profissionais das Unidades de Santa Catarina e São Paulo. A ação já conseguiu evitar que 4,6 toneladas de plástico virassem lixo nos últimos dois anos, ou o descarte de aproximadamente 2,8 milhões de copos por ano. Cada um deles levaria de 250 a 400 anos para se decompor e desaparecer no meio ambiente. A ação também influenciou na quantidade de sacos de lixo que era utilizada ao mês. Só na capital catarinense foi constatada uma economia mensal de 1.500 sacos de lixos.
Segundo a diretora de RH da Flex, Angela Casali, a substituição dos copos plásticos descartáveis pelos ecológicos, além de despertar maior engajamento entre as equipes, fomentou a importância de desenvolver ações e políticas voltadas à preservação ambiental. “Além disso, resultou em um engajamento do pessoal, o que vai muito além da cultura da empresa, já que eles se tornaram multiplicadores da ideia e passaram a disseminar essa consciência também fora da Flex”, destaca a executiva.
Economia de água
A substituição dos copos descaráveis por reutilizáveis, contudo, não resultou no aumento do consumo de água da empresa. Pelo contrário. Em 2017, a Flex desenvolveu também um programa de redução de desperdícios deste ativo natural. A solução adotada foi a instalação de um “geofone” desenvolvido pela parceira W-Energy, que ajuda a “escutar” os vazamentos enterrados, além de monitorar e intervir, por telemetria e internet, sempre que os hidrômetros registram crescimento do consumo de água nas unidades de negócios da companhia.
Desde quando foi implementado (abril/2017 até março de 2019), o projeto já economizou 48 mil metros cúbicos de água, o equivalente a quatro dias de consumo da cidade de São Caetano do Sul (SP). Para 2019, a Flex também está desenvolvendo um programa de redução do consumo de energia elétrica, coordenado pela W-Energy.
| Revista Meio Ambiente Industrial (publicado em 25-06-2019) | | | |
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