| 26 de JuLho de 2019
Sexta-feira
Câmbio
Em 26/07/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
3,771
|
3,772
|
Euro
|
4,198
|
4,199
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | Novos Projetos de Lei - Coordenação de Relações Governamentais - nº 27. Ano XV. 25 de julho de 2019
Confira nessa edição as proposições apresentadas no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
ÍNDICE
NOVOS PROJETOS DE LEI FEDERAL
INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA
REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
DIREITO DE PROPRIEDADE E CONTRATOS
Obrigação de informação sobre o término de promoções tarifárias em serviços públicos
PL 4096/2019 do deputado Juninho do Pneu (DEM/RJ)
COMÉRCIO EXTERIOR E ASSUNTOS INTERNACIONAIS
Sustação de parte de instrução normativa sobre descarga direta e armazenagem de produto importado à granel
PDL 486/2019 do deputado Felipe Francischini (PSL/PR)
DEFESA DA CONCORRÊNCIA
Apuração de infração à ordem econômica por empresa que controlar mercado relevante
PL 4063/2019 do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL/SP)
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
GASTO PÚBLICO
Limite para as despesas financeiras relativas ao pagamento da dívida pública
PEC 116/2019 do deputado Roberto de Lucena (PODE/SP)
Necessidade de demonstração da existência de controvérsia constitucional para admissibilidade da Ação Direta de Inconstitucionalidade
PEC 109/2019 da senadora Simone Tebet (MDB/MS)
Arquivamento de atos de juntas comerciais e novo procedimento de autenticação de documentos
PL 3956/2019 do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP)
Reconhecimento de atributos de representação em certificado digital
PL 3983/2019 do senador Irajá (PSD/TO)
Cooperação entre polícias judiciárias e órgãos de controle e fiscalização
PL 4027/2019 do senador Arolde de Oliveira (PSD/RJ)
Alteração da Lei de Recuperações e Falências (LREF) / Instituição do Marco Legal do Reempreendedorismo
PL 4108/2019 do senador Ângelo Coronel (PSD/BA)
Arquivamento de atos de juntas comerciais e novo procedimento de autenticação de documentos
PL 4065/2019 do deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP)
MEIO AMBIENTE
Proibição da construção ou alteamento de barragens de rejeito de minério
PL 3999/2019 do deputado Charles Fernandes (PSD/BA)
Instituição da logística reversa de tintas, vernizes e solventes
PL 4090/2019 do deputado Paulo Bengtson (PTB/PA)
Regras para a avaliação de impactos ambientais
PL 4093/2019 do deputado Marcelo Freixo (PSOL/RJ)
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
SISTEMA DE NEGOCIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
Aumento da duração de convenções e acordos coletivos e aplicação da ultratividade
PL 4016/2019 do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT)
ORGANIZAÇÃO SINDICAL E CONTRIBUIÇÃO
Alteração no recolhimento da contribuição sindical
PL 4026/2019 do senador Arolde de Oliveira (PSD/RJ)
PL 4114/2019 da deputada Adriana Ventura (NOVO/SP)
JUSTIÇA DO TRABALHO
Revogação da prescrição intercorrente nos processos do trabalho
PL 4014/2019 do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT)
OUTRAS MODALIDADES DE CONTRATOS
Instituição de cláusula de não concorrência no contrato de trabalho
PL 4030/2019 do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT)
Obrigatoriedade da presença de intérpretes de Libras em empresas com 100 ou mais empregados
PL 4105/2019 da deputada Edna Henrique (PSDB/PB)
POLÍTICA SALARIAL
Revogação da Lei de Remuneração dos Engenheiros
PL 3451/2019 do deputado Sanderson (PSL/RS)
Aumento da licença paternidade
PL 4015/2019 do deputado Adolfo Viana (PSDB/BA)
Prorrogação das licenças maternidade e paternidade para o Programa Empresa Cidadã em caso de nascimento prematuro
PL 4087/2019 do deputado Dra. Soraya Manato (PSL/ES)
FGTS
Movimentação do FGTS para aquisição de imóvel rural
PL 3996/2019 da deputada Jaqueline Cassol (PP/RO)
Movimentação do FGTS em caso de nascimento ou de adoção de filho
PL 3997/2019 do deputado Ted Conti (PSB/ES)
Não obrigatoriedade do depósito do FGTS para empregados que estejam prestando serviço militar obrigatório
PL 4059/2019 do deputado José Medeiros (PODE/MT)
RELAÇÕES INDIVIDUAIS DO TRABALHO
Regulamentação da Constituição Federal sobre o processo de automação do trabalho
PL 4035/2019 do senador Paulo Paim (PT/RS)
CUSTO DE FINANCIAMENTO
Regulação da prática do anatocismo e a cobrança de juros em diversas modalidades de crédito
PL 4006/2019 do senador Álvaro Dias (Podemos/PR)
INFRAESTRUTURA
Destinação de royalties pela produção de petróleo para a gestão de riscos e de desastres
PL 4000/2019 da deputada Tereza Nelma (PSDB/AL)
SISTEMA TRIBUTÁRIO
CARGA TRIBUTÁRIA, CRIAÇÃO DE TRIBUTOS E VINCULAÇÃO DE RECEITAS
Incentivos fiscais às empresas contratantes de trabalhadores idosos
PL 4055/2019 do deputado Vinicius Farah (MDB/RJ)
OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS
Sustação do "Bloco K"
PDL 485/2019 do deputado Alexis Fonteyne (NOVO/SP)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Alterações na Política Nacional de Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade
PL 4107/2019 do senador Angelo Coronel (PSD/BA)
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA E DE BEBIDAS
Restrições à publicidade infantil de alimentos e bebidas pobres em nutrientes
PL 4116/2019 do deputado Felipe Carreras (PSB/PE)
INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO
Vedação do contingenciamento dos recursos da ANM oriundos da CFEM
PL 4054/2019 do deputado Joaquim Passarinho (PSD/PA)
INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Obrigatoriedade da remoção dos fios e cabos em desuso localizados em locais públicos por concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços de energia
PL 4101/2019 da deputada Edna Henrique (PSDB/PB)
INDÚSTRIA DE TELECOMUNICAÇÃO
Finalidade, administração e destinação dos recursos do FUST
PL 4061/2019 do deputado José Medeiros (PODE/MT)
INDÚSTRIA DO PLÁSTICO
Proibição de uso do plástico para utensílios descartáveis
PL 4036/2019 do deputado Reinhold Stephanes Junior (PSD/PR)
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Regras para distribuição de medicamentos doados
PL 4091/2019 do deputado Paulo Bengtson (PTB/PA)
NOVOS PROJETOS DE LEI ESTADUAL
QUESTÕES INSTITUCIONAIS
Revogação da Lei nº 14.058/2003, que trata sobre o uso de softwares por órgãos da Administração Pública
PL 498/2019, de autoria do Deputado Emerson Bacil (PSL/PR)
INFRAESTRUTURA
Instalação de equipamento eliminador de ar nos na rede de distribuição de água
PL 471/2019, de autoria do Deputado Boca Aberta Junior (PROS)
INTERESSE SETORIAL
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Instalação de vidros temperados ou laminados nas escolas estaduais do Paraná
PL 483/2019, de autoria do Deputado Delegado Fernando (PSL/PR)
| Fiep (publicado em 25-07-2019) | | | | Dos diversos desafios que o Brasil enfrenta no campo econômico, a geração de empregos é um dos mais urgentes. A gravíssima crise que nos foi legada pelos anos de gastança e desvario lulopetistas deixou um saldo ainda persistente, de 13 milhões de brasileiros à procura de um emprego.
Por isso, os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia servem como um pequeno consolo. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país abriu 48.436 postos de trabalho no mês de junho – o resultado é o saldo entre contratações e demissões –, o melhor número para o mês desde 2013. Com isso, o Brasil fecha o primeiro semestre com 408,5 mil novas vagas com carteira assinada, o melhor número para o período desde 2014.
Números que merecem comemoração, mas sem perder de vista o tamanho da mazela que ainda aflige o país. Nunca é demais relembrar o célebre “índice de miséria” criado pelo economista norte-americano Arthur Okun, e que soma inflação e desemprego. Okun concluiu que, a partir do momento em que essa soma supera 12, um país começa a ter problemas sérios de bem-estar social, com efeitos nocivos sobre a economia e a sociedade.
A equivocada “nova matriz econômica” petista conseguiu a proeza de estourar o limite estabelecido por Okun de duas maneiras diferentes: primeiro, com baixo desemprego, mas alta inflação (superando os 10% em 2015); uma vez instalada a recessão, o emprego foi o último indicador a piorar, com os índices de desemprego disparando em 2016, no último ano do governo Dilma, quando a inflação já começava a recuar.
Até o momento, não houve recuperação digna deste nome no Brasil; o país se limitou a sair da recessão e andar de lado
Assim como nas crises o emprego é o último indicador a piorar, ele também é o último a melhorar nos cenários de recuperação. Ocorre que, até o momento, não houve recuperação digna deste nome no Brasil; o país se limitou a sair da recessão e andar de lado, com a perigosa recaída do primeiro trimestre deste ano. Isso explica a persistência do desemprego, em um patamar que, sozinho, já basta para colocar o Brasil acima daquele limite considerado aceitável no “índice de miséria”, ainda que a inflação estivesse zerada.
Chama a atenção, nos números de junho, que tanto comércio quanto indústria tiveram desempenho negativo, demitindo mais que contratando – 3 mil e 11 mil vagas cortadas, respectivamente. Também nesta quinta-feira, a Confederação Nacional da Indústria divulgou uma nova estimativa de desempenho do setor em 2019. Em vez do crescimento de 1,1% previsto em abril, a entidade agora espera uma taxa bem mais modesta, de 0,4%.
Estes dados certamente estarão na mira do Copom, que se reúne no fim deste mês para definir a taxa básica de juros, que tem se mantido em 6,5% desde março de 2018. A inflação tem se mantido sob controle, mas o comitê tem deixado claro que só isso não basta para que os juros voltem a cair, ajudando o setor produtivo.
O país continua precisando das reformas que garantam uma trajetória sustentável para o gasto público no futuro. Desde a última reunião do Copom, no meio de junho, a Câmara aprovou, em primeiro turno, a reforma da Previdência – um avanço importantíssimo, mas não definitivo, pois ainda faltam a segunda votação dos deputados e toda a tramitação no Senado; até por isso, não se sabe se o comitê considerará que esta primeira aprovação é suficiente para justificar um corte na Selic.
Para reativar os investimentos que farão a economia crescer e o desemprego diminuir, as grandes reformas, como a da Previdência e a tributária, andam de mãos dadas com as mudanças microeconômicas, a exemplo daquelas presentes na MP da Liberdade Econômica, que está em análise no Congresso Nacional. Quem não tem emprego tem pressa; que todos em Brasília tenham muito presente a dor que o desemprego causa às famílias e trabalhem juntos, propondo e aprovando medidas que destravem o mercado de trabalho.
| Gazeta do Povo (publicado em 26-07-2019) | | | | No consolidado do ano, o Estado aparece em terceiro lugar no número absoluto de contratações e na quarta posição no saldo total de vagas abertas. Taxa de empregados no mês de junho reverteu um histórico de quedas e teve o maior crescimento desde 2013.
O Paraná gerou 40.022 vagas formais de emprego no primeiro semestre deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia. Os setores que mais empregaram no Estado foram serviços e construção civil.
O resultado representa uma variação positiva de 1,54% em relação ao mesmo período de 2018 e corresponde a 629.437 admissões e 589.415 desligamentos. No consolidado do ano, o Paraná aparece em terceiro lugar no número absoluto de contratações e na quarta posição no saldo total de vagas de trabalho, atrás apenas de São Paulo (151.722), Minas Gerais (88.238) e Santa Catarina (49.895).
O emprego no Paraná cresceu em sete dos oito segmentos analisados. Os maiores resultados foram nos setores de serviços (25.061 vagas), construção civil (7.320) e indústria de transformação (5.996). Apenas o setor extrativista mineral apresentou um pequeno recuo, com a redução de 71 postos de trabalho.
Para o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, o resultado é fruto de um esforço do governador Carlos Massa Ratinho Junior para criar um ambiente propício aos empreendedores. Ele destaca que investimentos estão chegando para gerar mais empregos. “Apenas nos primeiros meses do ano foram prospectados mais de R$ 12,5 bilhões em complexos privados”, informa.
FOCO - Leprevost ressalta ainda que o trabalho da Secretaria está focado em agilizar a intermediação de mão-de-obra para as empresas, por meio das Agências do Trabalhador, acelerando o processo de contratação. “Também estamos investindo na qualificação, aumentando a empregabilidade e oferecendo uma possibilidade de aumento na renda para os trabalhadores”, aponta.
A economista Suelen Glinsk, do Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, afirma que o Paraná se destaca no País por gerar postos de trabalhas em diversos setores. “É difícil visualizar essa pulverização nos outros estados, de diversificar a economia e manter o nível de emprego em alta”, aponta.
Segundo a economista, esse resultado mais complexo é difícil de alcançar porque não depende de sazonalidades na produção agropecuária, por exemplo. “O Paraná vem recuperando investimentos, o ânimo para os negócios e se mantém como um dos líderes na geração de empregos em todas as áreas”.
NÚMEROS OTIMISTAS - Em relação a junho de 2019, o Paraná figura entre os Estados que registraram variação positiva no saldo de emprego, melhor índice desde 2013, antes da crise econômica. Foram 90.992 admissões e 90.834 desligamentos. Curitiba foi a quinta capital que mais gerou vagas com carteira assinada no mês, saldo de 1.629.
“Os empresários estão voltando a investir no Paraná e o Governo está fazendo a sua parte para garantir esse boom, com investimentos em infraestrutura de estradas e no setor de energia, luz e telecomunicação”, informa a economista do Departamento do Trabalho da Secretaria de Estado.
Suelen Glinski aponta que junho costuma ser um mês com resultados mais modestos, por conta de hiatos na produção agrícola, mas que o resultado interrompe um ciclo de cinco baixas seguidas. Em 2018, por exemplo, o saldo do mês foi negativo em 6.609 empregos.
A variação dos últimos doze meses do Paraná também é positiva, com saldo de 48.709 empregos, resultado de 1.188.521 admissões e 1.139.812 desligamentos, o que representa 1,88% a mais do que nos doze meses anteriores.
CIDADES – Em relação aos municípios, a capital paranaense lidera o ranking da geração de empregos no acumulado do ano, com 12.883 postos, seguido por Maringá (3.873), Cascavel (1.988), Pato Branco (1.925), São José dos Pinhais (1.479), Colombo (1.097), Londrina (1.094) e Rio Negro (1.033).
DADOS NACIONAIS - O Brasil abriu 48.436 vagas de emprego com carteira assinada em junho, o que representa o melhor saldo em seis anos. No acumulado do primeiro semestre, o País registrou a criação de 408.500 vagas com carteira.
Em junho, os dados positivos no nível de emprego foram consolidados com o crescimento no setor de serviços (23.020 postos), agropecuária (22.702), construção civil (13.136), serviços industriais de utilidade pública (2.525), extrativa mineral (565) e administração pública (483).
| Agência de Notícias do Paraná (publicado em 25-07-2019) | | | | Zita Josefina Schmitz, começou um novo emprego nesta semana: “Não quero parar”
Zita Josefina Schmitz começou nesta semana a escrever um novo capítulo de sua história. Aos 69 anos, a mulher resolveu se aventurar no mundo dos eventos. Na última terça-feira, estreou como a Vovó Engla (nome escandinavo que significa ‘anjo’) no Mundo Kids Buffet, atuando na Área Baby Montessoriana da empresa de festas, onde cuida dos pequenos, conta histórias e os ensina a usar brinquedos educativos.
“Está sendo legal, uma experiência gostosa. Sempre gostei de lidar com criança e, como sou idosa e não tenho netos, tenho de brincar com os netos dos outros”, brinca Zita, que trabalha desde os 14 anos, já tendo assumido funções como governanta, secretária e operadora de caixa. “Quero continuar na ativa, não quero parar”, conta.
Historias assim são cada vez mais comuns. Ao menos é isso o que apontam dados da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia disponíveis na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), os quais revelam que em sete anos (2010 a 2017) praticamente dobrou o número de idosos no mercado formal de trabalho no Paraná.
Em 2010 haviam 18.323 profissionais com mais de 65 anos em vagas com carteira assinada no Paraná. Em 2017, último ano com dados disponíveis, já eram 36.532, um aumento de 99,38%. Já na faixa entre 50 em 64 anos, o crescimento verificado nesse mesmo período foi de 42,48%, com o número de profissionais com essa idade saltando de 353.314 para 503.412.
Se há mais profissionais experientes atuando, por outro lado diminuíram as oportunidades aos mais jovens. Há nove anos, os trabalhadores com idade entre 15 e 29 anos somavam 1.014.522, o equivalente a 36,5% dos 2,78 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
No último ano pesquisado, contudo, os profissionais dentro dessa faixa etária já somavam 920.031, uma redução de 9,31% na comparação com 2010 e o equivalente a 30,4% dos 3,03 milhões de trabalhadores formais no estado.
‘Contrata-se avó!’ teve mais de 2,5 mil candidatos
A vaga ocupada por Zita foi anunciada nas redes sociais pela Mundo Kids Buffet e viralizou. O título do anúncio era ““CONTRATA-SE AVÓ” e colocava como requisito que o candidato fosse do sexo feminino e tivesse mais de 55 anos. “A sua avó, mãe, tia ou vizinha cansou de procurar emprego e devido à idade desistiu?”, questionava o anúncio da vaga, que não exigia experiência, apenas que a pessoa fosse comunicativa, gostasse de crianças, fosse paciente e muito carinhosa.
Segundo Paulo Pinheiro, proprietário e responsável pelo marketing da Mundo Kids, a empresa recebeu mais de 2,5 mil e-mails de pessoas se candidatando. “O que queríamos fazer não era só contratar essa pessoa, mas trazer à tona esse assunto e acho que conseguimos. Vemos cada vez mais gente com idade aptas para trabalhar e o mercado de trabalho não vem dando espaço para essas pessoas”, explica o empresário.
O processo para contratação das Vovós Englas, contudo, ainda não foi encerrado. “Com quase 14 milhões sde desempregados (no Brasil), ainda assim quando abrimos para contratação de garçonete, garçom, serviços gerais, fazemos a pré-seleção dos currículos, chamamos, e vem 20 no máximo. As vovós chamamos 30 por dia, vieram as 30. Isso é comprometimento”, comenta Paulo, contando que 30 senhoras foram selecionadas para passar por experiência. “Cada uma tem de fazer de dois a três dias de testes, então vai mais um mês até a gente bater o martelo.”
Crise e envelhecimento da população explicam aumento
Na avaliação de Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há uma série de fatores que ajudam a explicar essa nova tendência do mercado de trabalho. Um deles é o envelhecimento da população. Até 2010, o contingente de pessoas acima dos 60 anos respondia por 11,13% (1,19 milhão) do total da população paranaense. No ano passado, segundo projeção do IBGE, já era 14,5% (1,65 milhão).
A razão central para vermos mais idosos trabalhando, contudo, é a falta de renda e a busca por meios para custeas as despesas não somente do próprio idoso, mas da família, aponta o coordenador do IBGE. “A crise provoca instabilidade no rendimento de trabalho, principalmente, o que acaba fazendo que população mais idosa, para compor renda familiar, tenha que se lançar ao mercado. Mas ela vai se deparar com dificuldade de inserção em um mercado que está fechado”, avalia Azeredo.
Dia dos Avós
Em Brasil e em Portugal, o dia 26 de julho marca a celebração oficial do Dia dos Avós. A data se popularizou a partir dos anos 1980, por iniciativa da portuguesa Ana Elisa do Couto (1926-2007), que defendia a celebração do Dia dos Avós como uma forma de reconhecer a importância dessas figuras, que segundo ela não recebiam o devido valor. A escolha do dia 26, então, se deu pelo fato de nesse mesmo dia a igreja Católica celebrar São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus.
| Bem Paraná | | | | Com o mercado de trabalho aquecido, Curitiba gerou 12.883 empregos com carteira assinada no primeiro semestre, praticamente o dobro do volume criado no mesmo período do ano passado, 6.489 vagas. Com o resultado, a capital paranaense foi a segunda cidade que mais gerou empregos no País no período, atrás apenas de São Paulo (42.407 vagas) e ficando á frente de Brasília (12.313), Belo Horizonte (9.989) e Joinville (6.763).
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados na quinta-feira pelo Ministério da Economia. O número da capital paranaense é o melhor dos últimos cinco anos. Em seis meses, Curitiba gerou quase o total de empregos criados em todo ano passado, de 13.681 vagas, saldo das demissões e admissões. No Paraná, a capital foi responsável, sozinha, por 32% do saldo de empregos no Estado (40.022).
O economista e superintendente do trabalho da Fundação de Ação Social (FAS), Fabiano Vilaruel, destaca que o ambiente mais favorável a investimentos dos empresários na capital é fundamental para o destaque obtido por Curitiba no âmbito nacional.
| Bem Paraná | | | | A proposta de reduzir de dois para um salário mínimo o trabalhador com direito a receber os abonos salariais do PIS/Pasep, pode atingir diretamente um milhão de paranaenses em 2020. Segundo a proposta do governo dentro da Reforma da Previdência, o abono seria pago apenas ao trabalhador que ganhe até um salário mínimo nacional (R$ 998).
Acontece que no Paraná vigora um mínimo estadual que fica acima do mínimo nacional e, assim, ficariam fora da faixa com direito ao abono. O estudo é do Dieese.
No Paraná, com as regras atualmente vigentes, 1,472 milhão de trabalhadores estariam aptos a receber o abono salarial, todavia, com as mudanças propostas pela PEC 06/2019, apenas 466 mil pessoas passariam a reunir as condições para receber o abono, assim, consequentemente, 1,006 milhão de paranaenses deixariam de receber benefício. Outros estados estão na mesma situação, como São Paulo (4,021 milhões de trabalhadores que perderiam o abono), Minas Gerais (1,154 milhão) e Rio de Janeiro (1,092 milhão).
A medida também deve impactar sensivelmente os municípios. Em 328 dos municípios paranaenses (82,2% do total), mais da metade dos trabalhadores perderá o direito ao benefício. No Paraná, o abono do PIS deve injetar R$ 1,1 bilhão na economia do Estado até junho de 2020. O pagamento começou a ser feito ontem.
Os municípios com maior perda de trabalhadores sem o abono são pequenos. Em Jaguapitã 89,5% dos trabalhadores da cidades seriam prejudicados, Sabáudia (86,8%), Matelândia (85,3%), Araruna (83,4%), Mirador (83,3%), Cidade Gaúcha (83,1%), Rolândia (82,4%), Santo Inácio (82,2%), Medianeira (81,8%), e Sarandi (80,5%).
Mas as grandes cidades também sairiam perdendo, e muito, sem o abono. Em Curitiba, por exemplo, seriam 213 mil trabalhadores em o abono, o que corresponde a pouco mais de R$ 200 milhões injetados.
PIS/Pasep
Cidades com mais trabalhadores
que perderiam o abono no Paraná
Curitiba 212,3 mil
Maringá 59,4 mil
Londrina 57,3 mil
Cascavel 39,6 mil
Ponta Grossa 31,7 mil
Foz do Iguaçu 25,3 mil
São José dos Pinhais 25,2 mil
Toledo 17,3 mil
Colombo 15,4 mil
Guarapuava 14,8 mil
| Bem Paraná | | | | Saques do FGTS devem agravar falta de recursos para habitação e saneamento
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não terá dinheiro suficiente em caixa para financiar todos os projetos aprovados para habitação, saneamento, infraestrutura e saúde, para o período de 2019 a 2022.
A diferença entre a disponibilidade e o demandado pelos projetos é de R$ 93,5 bilhões. É o que mostra o detalhamento do orçamento plurianual que será avaliado em reunião do conselho curador do FGTS na terça-feira (30).
Representantes no conselho ouvidos pela Folha consideram que, para acomodar a medida dos saques, será preciso congelar projetos de habitação e infraestrutura já contratados.
De acordo com eles, a situação do fundo antes mesmo da flexibilização de saques anunciada pelo governo já mostrava risco de impossibilidade de cumprir os desembolsos de contratos já firmados.
Neste ano, caso o governo autorize a execução de todas as obras previstas, faltarão R$ 2,5 bilhões. Em 2020, esse descompasso salta para R$ 21,1 bilhões, sobe para R$ 30,4 bilhões em 2021 e, em 2022, chega a R$ 39,3 bilhões.
Se nenhuma receita adicional ingressar no fundo, esse buraco será de R$ 93,5 bilhões.
De 2019 a 2022, o saldo das disponibilidades do FGTS será de R$ 215,5 bilhões, e o total dos projetos orçados será de R$ 309 bilhões.
Esses números não consideram a liberação de saques feita nesta semana. A previsão do governo é repassar R$ 30 bilhões aos trabalhadores neste ano e pelo menos mais R$ 12 bilhões no ano que vem.
As obras para habitação popular são as que representam a maior parte da carteira com R$ 61,3 bilhões previstos, considerando apenas 2019.
O restante previsto para este ano abrange os programas Pró-Moradia (R$ 500 milhões), Pró-Cotista (R$ 4,2 bilhões), Saneamento para Todos (R$ 4 bilhões), Pró-Transporte (R$ 4 bilhões) e Pró-Cidades (R$ 1 bilhão) e FGTS-Saúde (R$ 3,5 bilhões). O total é de R$ 78,6 bilhões.
O descompasso nas contas do FGTS ocorre porque os saques aumentaram e já ultrapassaram o valor das entradas (depósitos feitos pelos empregadores em valores que variam de 8% a 11,2% do salário dos funcionários).
O desemprego e a informalidade também afetam os números, já que a arrecadação é feita com base na folha de pagamento dos empregados.
Neste ano, as entradas devem somar R$ 178,3 bilhões, e os saques, R$ 198,3 bilhões.
Uma diferença de R$ 20 bilhões que terá de ser arcada pelo fundo, que ficará com R$ 76 bilhões disponíveis para honrar seus compromissos.
O cenário já vinha se agravando nos últimos anos porque a arrecadação líquida do fundo (receita com contribuições menos saques) caiu 73% desde 2014, quando o país mergulhou na recessão, para R$ 4,9 bilhões em 2017.
O valor representa o menor patamar em dez anos.
Na apresentação sobre a medida, os técnicos do governo disseram que não faltará dinheiro para a construção, mas não revelaram qual será a engenharia financeira para isso.
O diretor do Departamento do FGTS no Ministério da Economia, Igor Vilas Boas de Freitas, disse que existe uma diferença de R$ 38 bilhões entre o que foi orçado em 2018 e executado pelo fundo que permitirá acomodar os saques.
A equipe afirma que tomou medidas considerando alertas do orçamento plurianual.
Além disso, ao incentivar os saques anuais, a equipe econômica diz acreditar que haverá uma redução das retiradas. Isso porque, ao optar pelos saques anuais, o trabalhador não poderá retirar o FGTS quando for demitido.
Também afirma que a flexibilização dos saques deve contribuir para a elevação nos números de emprego, já que a possibilidade de sacar anualmente (e não apenas na demissão) reduziria a rotatividade no mercado de trabalho.
Isso geraria mais arrecadação ao FGTS, na visão da pasta.
Na quarta-feira (24), o governo apresentou o programa Saque Certo.
Ele busca injetar recursos na economia para acelerar a retomada no curto prazo e propõe mudanças em fundos do trabalhador como alternativa para elevar produtividade no longo prazo.
A medida provisória libera saques de contas do PIS/Pasep e do FGTS.
O texto distribui todo o lucro do fundo para o trabalhador, permite que recursos do FGTS sejam usados como garantia para empréstimo e cria também uma nova modalidade de saque anual das contas.
A MP precisa ser aprovada em até 120 dias.
| Folha de S. Paulo | | | | A liberação de saques em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), anunciada pelo governo, deve melhorar o consumo e a confiança dos comerciantes, segundo Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 2,3 pontos na passagem de junho para julho, para 95,5 pontos. Foi o segundo mês consecutivo de avanços, mas ainda insuficientes para mudar a tendência da média móvel trimestral, que recuou 0,4 ponto em julho, pelo quinto mês seguido.
“O FGTS pode ter alguma contribuição positiva no consumo e nas vendas do comércio, assim como contribuiu quando houve os saques nas contas inativas. Vai impactar positivamente as expectativas também”, disse Tobler.
Em julho, houve aumento na confiança em nove dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,8 ponto, para 88,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 2,7 pontos, para 102,6 pontos.
Segundo Tobler, os resultados positivos do indicador de confiança por dois meses seguidos sugerem uma retomada da tendência de recuperação que ocorria no ano passado, ainda que aconteça em ritmo gradual.
“É boa notícia, mas com ressalvas ainda”, lembrou o coordenador da sondagem. “A confiança está em patamar moderadamente baixo, mas pode se aproximar dos 100 pontos ainda este ano, dependendo do andamento da atividade econômica também.”
Para Tobler, o principal entrave ao consumo é a taxa de desemprego elevada, que afeta também a confiança do consumidor e do comerciante.
| Tribuna PR (publicado em 25-07-2019) | | | | Presidente de colegiado do polo, ministro diz que país poderia negociar oxigênio da floresta e sugere diversificação ao AM
Ao presidir a primeira reunião do Conselho da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o estado do Amazonas deve se diversificar para se transformar em “centro mundial de sustentabilidade de biodiversidade”.
“Tendo toda essa riqueza [natural], nós vamos viver só de diferença de impostos?”, questionou. “O ideal era que o Brasil todo fosse uma enorme Zona Franca, que os impostos fossem baixos e que fôssemos uma economia realmente de mercado”, afirmou.
Ainda assim, o ministro se comprometeu a levar em consideração as diferenças de impostos entre o polo e o restante do país na futura proposta de reforma tributária do governo federal.
“Não vamos atingir a essência e o coração econômico das regiões brasileiras e, principalmente, dessa região”, disse Guedes, na abertura da reunião.
Repetindo a retórica do presidente Jair Boolsonaro (PSL), afirmou que a Amazônia é assunto de importância nacional. Defendeu que, no futuro, o Brasil deveria negociar com os Estados Unidos até o oxigênio produzido pela floresta.
“Nós, brasileiros, somos parceiros naturais dos americanos, mas queremos também saber se eles reconhecem o direito de propriedade ao oxigênio. Porque nós produzimos oxigênio para o mundo”, afirmou Guedes, sob tímidos aplausos
Em abril, Guedes gerou uma onda de críticas no Amazonas após uma entrevista concedida à GloboNews. Na ocasião, afirmou que a Zona Franca prejudica o país.
“Então quer dizer que eu tenho que deixar o Brasil bem ferrado, bem desarrumado, porque, senão, não tem vantagens para Manaus?”, questionou.
Na pauta da reunião da Suframa desta quinta-feira (25), os conselheiro aprovaram 87 projetos industriais, dos quais 61 são de ampliação e 26, de implantação. Os investimentos somam US$ 652 milhões, com previsão de 3.415 novos postos de trabalho ao longo dos próximos três anos.
O conselho da Suframa, de caráter deliberativo, é formado por dez ministros (com Guedes na presidência), governadores de cinco estados da Amazônia (AC, AP, AM, RO e RR), prefeitos das capitais desses estados, o superintendente da Suframa (nomeado pelo Planalto), os presidentes dos bancos Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Amazônia (Basa), um representante das classes produtoras e um representante das classes trabalhadoras.
Apesar dos anúncios de mais investimentos, os empresários estão cautelosos com o futuro da Zona Franca diante da reforma tributária. Eles temem que as mudanças façam uma revisão das vantagens comparativas de produzir em Manaus, distante dos grandes centros consumidores.
A Zona Franca gera cerca de 88 mil empregos diretos em 490 empresas. Entre as fábricas instaladas em Manaus estão Honda, Samsung, Yamaha, Philco e LG.
Guedes participou da reunião em Manaus no mesmo dia em que Bolsonaro visitou a cidade.
O presidente, ao ser questionado por um jornalista sobre o futuro da Zona Franca, disse que “vai ser preservada”: “Algumas especificidades serão garantidas. Não vai ser igual para todo mundo, a região ainda carece de ajuda federal”, disse.
Diante de mais perguntas sobre a Zona Franca, o presidente passou a gritar o nome de Guedes para que o ministro participasse da coletiva, até que o ministro da Economia finalmente apareceu.
“Nós queremos fazer uma reforma tributária. Aí alguém disse o seguinte: ‘Bom, mas como fica a Zona Franca de Manaus?’. E aí eu perguntei: ‘Você quer que o Brasil não faça uma reforma tributária por causa disso? Ou você quer que a gente atenda a região da Zona Franca, mas que isso não impeça uma reforma tributária que seja importante para o Brasil?’”, afirmou Guedes.
Dirigindo-se aos jornalistas do Amazonas, ele disse, em tom irritado: “Se vocês olharem isso de forma construtiva, como a bancada do Norte olha, e conversar conosco, não tem problema nenhum. Mas, se vocês quiserem criar conflito o tempo inteiro, vocês vão viver disso até conhecer a reforma.”
Em seguida, Guedes abandonou a coletiva. Coube a Bolsonaro encerrá-la sozinho: “Pessoal, muito obrigado, eu amo Amazônia, a Amazônia é nossa”.
| Folha de S. Paulo (publicado em 25-07-2019) | | | | As consultas também desabaram 49%, enquanto os desembolsos tiveram queda de 9%
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve R$ 18,7 bilhões em aprovações em novos financiamentos nos primeiros seis meses de 2019, número 39% menor do que o mesmo período do ano passado. As consultas também caíram 49% e ficaram em R$ 24,7 bilhões.
O banco ainda teve desembolsos que chegaram a R$ 25 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa uma queda de 9% com relação ao mesmo período em 2018.
Do montante, 45,5%, ou R$ 11,4 bilhões, foram direcionados a infraestrutura, sendo os mais beneficiados os setores de energia elétrica e transportes.
A energia elétrica foi responsável por 19,1% de todos os desembolsos, enquanto os transportes representaram 24,3% dos investimentos liberados. A comparação com o primeiro semestre de 2018 mostra crescimento de 4% com projetos de infraestrutura.
A agropecuária também viu suas liberações aumentarem com relação aos seis primeiros meses do ano passado. Exatos R$ 6,36 bilhões (25,3%) foram destinados ao setor, um crescimento de 10%.
Já comércio e serviços tiveram diminuição de 56%, com R$ 2,57 bilhões liberados. A indústria foi outra com queda, de 7%, já que recebeu R$ 4,78 bilhões.
Empresas micro, pequenas e médias receberam fatia significativa dos R$ 25 bilhões liberados pelo BNDES: R$ 11,5 bilhões (45,6% das liberações), representando quase a totalidade (96%) das operações de financiamento.
Entre as regiões do Brasil, a região Sudeste, maior PIB do Brasil (38%), foi a que contou com a maior liberação, 35,9% do total, ou R$ 9 bilhões. O número, porém, é 19% menor do que o primeiro semestre de 2019. O Nordeste também teve queda, com R$ 4,7 bilhões (18,8%), 17% a menos do que no mesmo período do ano passado.
A região que mais cresceu no número de investimentos, em comparação com o primeiro semestre de 2018, foi o Norte, com aumento de 108%, impulsionado pelo setor de energia elétrica. O BNDES liberou R$ 1,6 bilhão, ou 6,5%, mais que o PIB da região, que é de 5%.
O Sul foi outro que apresentou crescimento: 27,9%, com R$ 7 bilhões, 10% a mais do que igual época do ano anterior. O resultado também supera o PIB da região, que é de 26%, informou nesta quinta-feira o BNDES.
Na semana passada, o novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, tomou posse do cargo e prometeu deixar o banco mais sustentável.
"Menos banco, mais desenvolvimento. O BNDES deve ser sustentável e não necessariamente lucrativo. Atuação complementar e pioneira, não competir onde o privado pode atuar. O banco conhece o estado como poucos, às vezes melhor que o próprio estado. E vamos acelerar o estado com privatizações e concessões financeiras. Quando interage com o estado não pode pensar no lucro, e sim no que vai acontecer com o povo daqui a 10 anos", avaliou Montezano.
Ele entrou no lugar de Joaquim Levy, que pediu demissão da presidência do BNDES em junho, sete meses após aceitar o convite feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
| Folha de S. Paulo (publicado em 25-07-2019) | | | | O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu pelo segundo mês seguido. O indicador avançou 2,6 pontos em julho em relação a junho, para 85,4 pontos, voltando ao nível observado em dezembro de 2018 (85,4 pontos), informou nesta sexta-feira (26) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o ICST subiu 1,0 ponto.
O crescimento reflete melhora no ambiente de negócios corrente e expectativas de curto prazo mais favoráveis, observa em nota Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. “O segundo semestre inicia com alta da confiança, a segunda consecutiva. A iminência de aprovação da reforma da Previdência e a retomada das obras do Programa Minha Casa Minha Vida certamente contribuíram para a melhora do cenário nesses dois últimos meses”, afirma.
No entanto, a economista pondera que se a adoção de uma política para incentivar o consumo comprometer a fonte de financiamento do programa habitacional, não haverá sustentação nessa melhora a médio e longo prazo.
A alta do ICST em julho foi puxada tanto pela melhora da situação corrente quanto pelas expectativas do curto prazo, conforme a FGV. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,5 ponto, para 75,1 pontos, retornando ao mesmo nível de janeiro de 2019 (75,1 pontos).
A contribuição do resultado positivo ISA-CST veio do indicador que mede a percepção sobre a situação atual da carteira de contratos: subiu 1,4 ponto, para 73,5 pontos. Além disso, também ajudou neste processo a alta de 1,6 ponto (para 76,9 pontos) do indicador da situação atual dos negócios.
O Índice de Expectativas (IE-CST) teve alta de 3,5 pontos e atingiu 96,0 pontos – nível, porém, abaixo do registrado em dezembro de 2018 (96,5 pontos). A FGV explica que os dois quesitos deste índice contribuíram positivamente para o resultado. O indicador de demanda prevista nos próximos três meses avançou 2,3 pontos, para 95,5 pontos, melhor desempenho desde dezembro de 2018 (97,2 pontos), e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses aumentou 4,7 pontos, para 96,6 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor registrou a quarta alta seguida ao variar 0,6 ponto porcentual em julho, para 68,9%. Trata-se do maior resultado desde julho de 2015 (69,4%), de acordo com a FGV. Tanto o Nuci para Máquinas e Equipamentos quanto o Nuci para Mão de Obra variaram 0,4 e 0,7 pontos porcentuais, respectivamente.
No confronto interanual, o Índice de Confiança da Construção cresceu 4,4 pontos. Por segmentos, o de obras de infraestruturas registrou a maior elevação do ICST, sobretudo o de expectativas, que registrou forte alta nessa base de comparação, impulsionado pela demanda prevista da categoria de obras de infraestrutura.
“Possivelmente as incertezas sobre a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida tenham arrefecido as expectativas dos empresários do setor de edificações. Por outro lado, a perspectiva de melhora no ambiente de negócios trouxe maior ânimo aos empresários do segmento de obras de infraestrutura”, avalia Ana Maria Castelo. A economista pondera, contudo, que ainda não se tem elementos que permitam vislumbrar uma melhora robusta na atividade no curto prazo.
| Tribuna PR | | | | Após detenção de Ghosn, empresa tem dificuldade em superar crise; problemas nos EUA se agravam
A Nissan Motor anunciou que cortaria 12,5 mil trabalhadores, ou 9% de sua força mundial de trabalho, depois de reportar uma implosão nos lucros em seu trimestre mais recente, concentrada nos Estados Unidos.
A montadora japonesa de automóveis está enfrentando dificuldades para retomar o equilíbrio, depois de oito meses de turbulência que incluíram a detenção de Carlos Ghosn, o antigo presidente de seu conselho, e tensões com a parceira de aliança Renault sobre uma fusão entre as duas companhias.
Ao longo do período de tumulto, os problemas persistentes da companhia nos Estados Unidos se agravaram. A Nissan tentou reduzir suas vendas com margens baixas de lucros para locadoras de automóveis, mas descobriu que não consegue obter compradores regulares em número suficiente para manter seu volume de produção, o que deixa fábricas ociosas.
O presidente-executivo Hiroko Saikawa disse que a companhia planeja completar os cortes de pessoal até março de 2023, e reduzir seus custos operacionais em 300 bilhões de ienes (US$ 2,8 bilhões). A maioria dos cortes virá nas fábricas, mas a empresa está oferecendo pacotes de demissões voluntária a empregados de colarinho branco.
Alguns dos maiores cortes acontecerão nos Estados Unidos, onde a Nissan demitirá 1,4 mil de seu 21 mil empregados. Centenas de empregados na sede americana da companhia, no Tennessee, estão recebendo ofertas de incentivos para demissão voluntária, disse uma pessoa informada sobre os planos.
Índia e Indonésia, somadas, perderão mais de 2,5 mil postos de trabalho, dado o esforço da Nissan para conter os prejuízos causados pelo relançamento fracassado da Datsun, sua marca de baixo preço, em 2012. Também haverá cortes de empregos na Europa, com redução da produção de veículos da empresa no Reino Unido e Espanha.
"Deixaremos de gastar dinheiro em coisas que são menos lucrativas, ou nas quais não vejamos alta do lucro", disse Saikawa. "Cerca de 10% de nossa linha de modelos será cancelada. Os carros compactos e a marca Datsun verão os maiores cortes".
A causa dos cortes de custos ordenados por Saikawa é um declínio brutal da lucratividade. O lucro operacional da Nissan no segundo trimestre caiu para cerca de US$ 15 milhões, uma redução de 98,5% ante o período em 2018. As vendas da montadora nos Estados Unidos caíram em 3,7% no período.
As montadoras de automóveis tipicamente operam suas fábricas o mais perto possível da plena capacidade, para maximizar lucros. A Nissan informou que suas fábricas estão funcionando a 70% de sua capacidade, proporção que a montadora deseja elevar a 86%.
A queda da lucratividade da Nissan nos Estados Unidos vinha sendo causa de discórdia há muito tempo entre Saikawa e seu ex-chefe Ghosn. Dois anos atrás, ao assumir o leme da Nissan, Saikawa já estava resistindo às demandas de crescimento de Ghosn, afirmando que a companhia precisava ficar mais atenta às margens. O foco nos Estados Unidos também criou tensão na sede da Nissan, já que alguns executivos sentem que isso implicou em reduzir o investimento no mercado de origem da companhia, o Japão.
Saikawa está tentando polir a imagem de marca da Nissan, que sofreu um abalo com as vendas em massa para frotas de locadoras e, mais recentemente com a publicidade em torno das acusações criminais contra Ghosn, que se declara inocente, no Japão.
Saikawa mencionou progresso na elevação dos preços dos veículos da Nissan nos Estados Unidos, cujo preço de venda médio em junho foi de US$ 29.935, um aumento de cerca de US$ 200 ante a média de junho de 2018, de acordo com o site de referência Kelley Blue Book. O preço fica abaixo da média setorial de US$37.825.
| Folha de S. Paulo (publicado em 25-07-2019) | | | | O mercado de automóveis, que deve crescer pelo terceiro ano seguido, tem sido impulsionado principalmente por descontos maiores oferecidos pelas concessionárias e pelas montadoras, sobretudo a clientes pessoa jurídica, numa tentativa de driblar as condições adversas da economia. É o que indica a receita do governo com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir da venda de carros. Como os preços estão menores, a arrecadação cai, apesar das vendas aumentarem.
No primeiro semestre, o número de automóveis emplacados teve expansão de 11,2% em relação à primeira metade do ano passado, segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No entanto, a arrecadação do governo com o IPI sobre automóveis, que em tese deveria estar crescendo no mesmo ritmo, caiu 3,1% no período, já retirados os efeitos da inflação.
Uma possível explicação para o desequilíbrio seria a mudança na composição dos carros vendidos. Por exemplo, a venda de modelos mais baratos (como o Gol, da Volkswagen, e o Palio, da Fiat) poderia estar crescendo mais que a dos mais caros. Mas não é o que ocorre. Pelo contrário. Como a crise econômica afetou mais os consumidores mais pobres, são os carros mais caros, voltados ao público de maior renda, que têm tido resultados melhores desde 2015.
O descompasso, portanto, é explicado pelos descontos. O principal sinal disso é que a venda de carros para empresas tem crescido mais do que para o consumidor pessoa física. Enquanto para os primeiros cresceram 23,5% no primeiro semestre, para os segundos avançaram 2,1%. Com isso, a participação da venda para empresas, chamadas de vendas diretas, subiu para 45% neste ano, ante 25% em 2012.
Para o analista Roberto Barros, da consultoria IHS, especializada no setor automotivo, a redução de preços tem se intensificado ao longo dos meses, e deve continuar ocorrendo nesse segundo semestre com grandes promoções feitas pelas concessionárias e descontos maiores para empresas atendidas diretamente pelas montadoras.
“Nós conseguimos monitorar os preços de tabela dos carros e estes já pararam de crescer, enquanto os preços reais estão caindo”, observa Barros.
Os clientes corporativos são locadoras, produtores rurais e frotistas em geral, que compram em grande quantidade e têm mais poder de barganha para obter descontos. Ao mesmo tempo, com a baixa demanda por parte do consumidor comum, as fabricantes se veem forçadas a baixar o preço para os clientes corporativos, numa tentativa de liberar estoques.
Realocação. O movimento foi reforçado pela crise da Argentina, o principal destino das exportações brasileiras de veículos. Como a demanda do mercado argentino recuou 10% em 2018 e tem caído mais 50% em 2019, os carros feitos no Brasil que seriam enviados ao país vizinho foram remanejados para o mercado interno, aumentando a competição e reduzindo os preços.
Segundo executivos do setor, essa realocação do mercado externo para o doméstico tende a priorizar clientes corporativos, pois as concessionárias, que concentram as vendas no consumidor comum, trabalham com estoques bem ajustados à demanda. Portanto, o espaço para que as montadoras possam escoar seus excessos está nos consumidores pessoa jurídica.
Não quer dizer, contudo, que as vendas para pessoa física não estejam contando com descontos. O presidente da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr, afirma que, com o desemprego alto e o crédito ainda restrito, a demanda ainda é baixa, gerando necessidade de vendas mais negociadas que o normal para setor. “Estamos tendo de dar descontos para poder realizar o negócio.”
A projeção da Fenabrave para o mercado de automóveis neste ano é de expansão de 7,5%, revisado pela última vez no início do mês. Antes, a previsão era maior, de avanço de 10,3%. A estimativa ficou mais pessimista em razão de frustrações com a atividade econômica, alto nível de desemprego, confiança baixa por parte do consumidor e lentidão na implementação da agenda econômica do governo.
| Tribuna PR | | | | Companhia centra esforços em aquisições e parcerias para desenvolver mobilidade inteligente
A ZF vem aumentando consistentemente o cacife de suas apostas tecnológicas para crescer no atual ambiente disruptivo da indústria automotiva. A empresa não esconde sua ambição de ser o fornecedor preferencial dos “olhos, cérebro e membros” dos veículos de um futuro não muito distante, que já começou a ser projetado. Para isso, parecem não bastar os pesados investimentos próprios em pesquisa e desenvolvimento, que já superam € 2 bilhões por ano (foram € 2,5 bilhões em 2018), a companhia alemã vem centrando esforço em aquisições e parcerias para viabilizar suas ambições.
Em 2015 a ZF fez sua maior compra, gastou cerca de US$ 12 bilhões para adquirir a TRW e agregar algo como € 9 bilhões ao seu faturamento com o fornecimento sistemas de direção, freios, sensores, airbags e segurança ativa para modelos de automóveis e comerciais leves. Este ano anunciou a compra da Wabco por US$ 7 bilhões, adicionando mais controles de chassi e freios de caminhões e ônibus ao seu portfólio, o que segundo especialistas deverá elevar as receitas globais para além dos € 40 bilhões/ano (em 2018 as vendas somaram € 36,9 bilhões).
Mas não é só: nos últimos anos a ZF intensificou investimentos em participações de diversos níveis em empresas que dominam tecnologias de autonomia veicular, como a fabricante holandesa de transportadores autônomos 2getthere, e fechou parcerias importantes para desenvolvimento de câmeras com a Mobileye e processadores de inteligência artificial de alto desempenho (o tal “cérebro dos carros”) com Nvidia e Baidu (o equivalente chinês do Google).
“A indústria automotiva enfrenta imensos desafios e nós enfrentamos isso com investimentos, a compra da Wabco é mais um exemplo dessa estratégia”, afirma Wolf-Henning Scheider, CEO global da ZF.
O executivo fez um balanço das principais tecnologias que a empresa desenvolve para os próximos anos em apresentação à imprensa internacional que antecedeu o ZF Global Technology Day 2019, realizado no início deste mês em Dresden, Alemanha. “Estudamos as tecnologias e focamos esforços onde elas terão mais impacto na mobilidade do futuro para atender as necessidades de eficiência, sustentabilidade e condução autônoma. Vemos nisso uma oportunidade de crescimento. Queremos ser um fornecedor líder em transporte autônomo”, explicou Scheider.
Futuro escalonado do veículo autônomo
A ZF trabalha simultaneamente em duas estratégias para fornecer sistemas de direção autônoma para veículos: uma para já, a partir de 2020, outra para além de 2030. Para isso a empresa já desenvolveu em conjunto com a Nvidia processadores de diversos níveis, que interpretam informações e câmeras, sensores, radar e lidar e controlam atuadores mecatrônicos de direção, aceleração, freios e suspensão.
“Claro que não podemos só investir. Nesse caminho também temos de fazer dinheiro para garantir a construção do nosso futuro. O mercado ainda não paga por níveis 4 e 5 de automação veicular, por isso vamos oferecer isso gradualmente, começando com o nível 2+ já em 2021, que oferece toda a automação disponível com o motorista ainda no comando”, diz Wolf-Henning Scheider.
A aposta inicial no nível 2+ de autonomia está em um pacote completo de assistências autônomas ao motorista, como frenagem automática, assistente de direção para manter o carro em sua faixa de rodagem e controle adaptativo de velocidade de cruzeiro (ACC), suficientes para atender a legislação europeia de segurança veicular. Para isso já foi desenvolvido uma central de inteligência capaz de processar de 15 a 30 terabytes de operações por segundo.
É quase nada perto do ZF ProAI RoboThink, um processador modular que integra cinco centrais eletrônicas para veículos autônomos níveis 4 e 5 capaz de administrar de 150 a 600 terabytes de operações por segundo. A ZF testa atualmente na Alemanha uma van Mercedes-Benz Vito equipada com tecnologia autônoma nível 5, que já nem tem mais direção disponível para o motorista. Em vez deles, usa dez câmeras, sete radares, seis lidars (espécie de radar infravermelho) e um microfone para captar o som ambiente. Todos esses sinais são interpretados pelo superprocessador em comandos de direção, frenagem, aceleração, cintos de segurança, sem interferência humana.
“O setor automotivo nunca enfrentou tanta disrupção. Perto de 60% do valor de um carro no futuro será sua capacidade de processamento de dados. A digitalização mudou o jogo e nós estamos utilizando a tecnologia pesadamente para aprimorar os sistemas veiculares”, indica Dirk Walliser, vice-presidente global de desenvolvimento da ZF.
Este é um caminho ainda longo e complexo, que exige investimentos vultosos de alto risco. Validar as tecnologias de um carro comum requerem de 400 mil a 1 milhão de quilômetros rodados em testes. Para um veículo autônomo nível 4 a 5 essa exigência ultrapassa os 2 milhões de quilômetros – e ainda não há permissão legal em nenhum país para testar autônomos em ambientes urbanos.
É preciso prever uma variedade quase infinita de cenários para atingir a meta autoimposta da ZF, a Vision Zero, de zero acidentes, sem implicações éticas de deixar o carro escolher onde bater, conforme explica Jürgen Schmidt, gerente de pesquisa responsável pela validação de sistemas de direção autônoma. “Não há cenário ético possível. O objetivo é não ter de escolher nada, é evitar a colisão”, enfatiza.
Por ora, a ZF aposta em oferecer sistemas para veículos autônomos que operam em ambientes confinados – por isso compro este ano 60% do controle a 2getthere, empresa holandesa que já fornece transportadores autônomos. O micro-ônibus autônomo 2getthere Shuttle leva até 22 pessoas e já opera dentro do aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, e em 2020 deve ser adotado em uma via exclusiva em Roterdã, na Holanda, para ligar uma estação do metrô a um bairro.
Para montar o quebra-cabeças da autonomia veicular a ZF tem cerca de 400 engenheiros trabalhando na sede em Friedrichshafen, na Alemanha, mas este contingente deve subir para mais de 600 nos próximos anos, com abertura de novos centros de pesquisa e desenvolvimento na Europa.
| CIMM | | | | Investimento de cerca R$ 1 milhão contribuiu para o desenvolvimento da solução a partir da cana-de-açúcar, que já foi implementada por clientes da companhia e outros estão em fase de testes para customização
Comprometida com o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, a Braskem anuncia seu primeiro solvente feito a partir de fonte renovável. O produto chega para reforçar o já robusto portfólio de especialidades químicas da companhia e atende aplicações em segmentos como tintas, tíneres e adesivos.
Feito à base de cana-de-açúcar, o HE-70S é resultado de um investimento de R$ 1 milhão e da constante busca da Braskem por soluções sustentáveis. Este novo solvente oxigenado de origem renovável apresenta menor toxicidade, além de maior poder de solvência quando comparado aos solventes hidrocarbônicos tradicionais. A solução já foi implementada no processo produtivo de clientes e outros estão em fase de testes, a fim de customizar o produto para necessidades específicas de cada aplicação.
No Brasil, o mercado de solventes hidrocarbônicos e oxigenados representa cerca de 700 mil toneladas anualmente. Como uma das líderes do segmento no país, a Braskem busca oferecer alternativas para que o setor cresça de forma sustentável. Na visão estratégica da companhia em prol da Química Verde, os bioprodutos podem ser utilizados como ferramenta de captura de carbono, contribuindo para a redução na emissão de gases do efeito estufa.
“O foco da nossa atuação é oferecer aos clientes a possibilidade de inovar e se destacar no setor. Procuramos manter uma relação próxima a fim de entender os desafios e atender da melhor forma as demandas, inclusive, por meio da customização de soluções que possam contribuir com a performance no mercado”, explica Cláudia Madrid, responsável comercial pelo Negócio de Solventes da Braskem.
O solvente HE-70S é o primeiro produto desenvolvido pelo Laboratório de Solventes, inaugurado pela Braskem em 2018, no Polo Petroquímico do Grande ABC (SP). “Desde a inauguração, avançamos em pesquisas que já vinham sendo desenvolvidas internamente e chegamos a esse novo produto, contemplando uma parte importante da cadeia de valor”, complementa Claudia.
| CIMM | | | | Em um mundo onde a tecnologia se inova a cada dia, grande parte das empresas do Brasil não acompanham essa evolução e ainda utilizam as formas mais simples de produção. Somente 1,6% das indústria de grande porte já adotaram o que há de mais inovador, a chamada Indústria 4.0., conceito tido como a grande oportunidade para a indústria brasileira ser mais produtiva, por meio de tecnologias digitais, e capaz de movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, segundo estimativas da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria).
Diante desse potencial, o SENAI São Paulo (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) desenvolve ação que dá suporte para as empresas aderirem à Indústria 4.0 e se tornarem mais ágeis. Na Grande São Paulo, a Mazurky, instalada em São Bernardo do Campo, firmou parceria com o SENAI São Paulo, tornando-se pioneira no setor de indústrias de embalagens de papelão ondulado a aderir à nova tendência.
“Em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso se inovar e buscar ferramentas que otimizem o processo de produção, tornando-o mais econômico, ágil e autônomo. Integrar à nossa empresa o conceito de Indústria 4.0 nos trará diferencial, com todos esses ganhos”, fala o diretor da Mazurky, Eduardo Mazurkyewistz.
A implantação da tecnologia pode aumentar a produtividade de uma empresa em até 40%, já a partir da fase de Fábrica Conectada, o que garante maior valor agregado. Destacam-se ainda as questões saúde e segurança do trabalhador, além de propiciar uma organização ambientalmente adequada, socialmente sustentável e economicamente viável.
O projeto
O SENAI São Paulo, instituição referência em formação profissional, possui um braço de negócio denominado Instituto SENAI de Tecnologia (IST), que desenvolveu metodologia exclusiva e inovadora para a aplicação das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, adequadas para cada modelo de negócio e de acordo com a estratégica da empresa.
Essa metodologia tem um Road Map (mapa de planejamento) estruturado, dividido em duas fases e composta por cinto etapas: Fábrica Mapeada, Fábrica Controlada, Fábrica Otimizada, Fábrica Conectada e Fábrica Inteligente (4.0), podendo ser implantado gradativamente em um período de até 3,5 anos. Na Mazurky, atualmente as duas primeiras ações estão sendo executadas.
“Nessa fase, o objetivo é executar o levantamento detalhado do estado atual da empresa, com perspectiva em um estado futuro para a aplicação das tecnologias habilitadoras, tais como previsibilidade do nível de automação, inteligência, investimentos, ganhos e melhor aproveitamento do capital humano”, explica Ricardo Castilho, especialista do Instituto SENAI de Tecnologia.
Indústria 4.0 em números
A adoção de tecnologias conectando as várias etapas produtivas por empresas brasileiras possibilitaria corte de custos de, ao menos, R$ 73 bilhões por ano – sendo R$ 35 bilhões de ganho de eficiência, R$ 31 bilhões de redução de gastos de manutenção de máquinas e R$ 7 bilhões de economia no consumo de energia.
No entanto, a primeira edição do Índice de Produtividade Tecnológica – estudo da Totvs divulgado nesta semana – revelou que as indústrias consultadas tiveram uma média de 0,52 pontos (em uma escala de 0 a 1), demonstrando que o desafio está na utilização correta das ferramentas já implementadas. “Essa parceria com o SENAI SP é fundamental para que possamos extrair o total êxito da implantação da Indústria 4.0”, salienta o diretor da Mazurky.
| CIMM (publicado em 25-07-2019) | | | | Ao incluir diferentes perfis, empresas atendem às demandas da sociedade e se tornam mais competitivas, diz especialista
Se a sua empresa vende para todo mundo, por que não contrata todo mundo? É a pergunta que muitas companhias ainda não conseguem responder quando o assunto é diversidade. Dentro da indústria automotiva, o tema avança a passos lentos, mas não sai do lugar quando se trata da representatividade de pessoas transexuais dentro do setor. O assunto foi discutido no encontro de julho da Rede AB Diversidade. Para mudar essa realidade, multinacionais recrutam talentos trans por meio de plataforma especializada, a Transempregos.
O Brasil ocupa a primeira posição no ranking mundial de assassinatos de transexuais, segundo o ONG Transgender Europe. Essa população vive em situação de vulnerabilidade social, enfrentando violência, marginalização e até abandono da família, o que faz com que 90% das pessoas recorram à prostituição como única opção de vida, de acordo com a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
Grandes empresas que movimentam a economia do país em diversos setores têm contribuído para mudar essa realidade alarmante. Por meio de plataformas como a Transempregos, buscam colaboradores transexuais para compor os times, investindo em mais diversidade e dando a oportunidade para transformar a realidade dessas pessoas.
O sucesso da valorização dos profissionais trans pode ser notado pelo aumento expressivo de empresas parceiras da Transempregos. Em seis anos de atuação, a plataforma expandiu a oferta de força de trabalho de 12 para 140 empresas. Dentre as empresas que abraçaram a causa estão: Microsoft, Votorantim, IBM, Bloomberg, Google e Basf.
Atualmente, a plataforma conta com mais de 2 mil currículos disponíveis no banco de talentos. “Falta oportunidade para essas pessoas. Grande parte da população ainda sofre com a marginalização e o preconceito, mas muitas pessoas trans têm boa formação acadêmica. Dos currículos que temos, 40% tem ensino superior.”, afirma a doutora em direito, sócia e coordenadora da Transempregos, Márcia Rocha.
POR QUE ISSO INTERESSA AO SETOR AUTOMOTIVO
Além das questões sociais que envolvem a população trans, a valorização desses profissionais, e de outras pessoas da comunidade LGBT+, precisa fazer parte da agenda das empresas automotivas como forma de avançar e fortalecer a inovação e o potencial do setor de responder às demandas do mercado, de acordo com o Coordenador Estadual de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Marcelo Gallego.
“Faz sentido debater essas questões hoje porque o mercado está cada vez mais competitivo, não dá para perder competitividade ou ter uma equipe desmotivada por causa de preconceitos e comportamentos heteronormativos”, defende. Segundo ele, as organizações precisam garantir ambientes de acolhimento e segurança psicológica onde as pessoas possam assumir quem são e “sair do armário” sem precisar enfrentar resistências desnecessárias. Ele afirma que, ao oferecer este espaço, as organizações se tornam infinitamente mais produtivas.
COMO DEVO TE CHAMAR?
Desde 2016, as pessoas transexuais têm direito ao nome social, que se refere à identidade de gênero pela qual aquela pessoa se identifica socialmente. Gallego lembra que esta mudança é garantida por lei e deve ser respeitada no ambiente corporativo. O não-cumprimento pode acarretar penalizações que vão desde advertência até multa para a empresa. Além de evitar problemas jurídicos, ao se adequar a esta regra as empresas criam um ambiente mais respeitoso e inclusivo.
| Automotive Business (publicado em 25-07-2019) | | | | A multinacional alemã fará aportes financeiros, até 2020, em três unidades alemãs e uma norte-americana e as melhorias trarão aumento de vendas para a filial brasileira
Com base no programa de investimentos, a SCHUNK SCHUNK GmbH & Co. KG, empresa familiar alemã, líder em sistemas de garras e tecnologias de fixação, está preparando um novo e grande passo em seu crescimento global, o investimento de € 85 milhões nas unidades de Brackenheim-Hausen (Alemanha), Mengen (Alemanha), St. Georgen (Alemanha) e Morrisville (EUA) até 2020. Serão criados 42 mil metros quadrados adicionais de produção e edifícios administrativos.
Segundo o diretor administrativo da filial brasileira SCHUNK Intec-Br., Mairon Anthero, as aplicações nas plantas, em especial, na Alemanha refletem diretamente no Brasil e, ainda, prevê aumento de vendas nacionalmente. “Nossos produtos são todos importados e vem destas unidades alemãs. A melhoria e aumento de poder produtivo destas fábricas nos auxilia nos processos de prospecção, uma vez que teremos prazos mais curtos de entrega. Acredito que aumentaremos nossas vendas em 30%”, afirma.
Os investimentos
Tudo começou na planta norte-americana da Carolina do Norte, onde novos escritórios foram oficialmente inaugurados há alguns dias. Além da expansão da área de produção, a SCHUNK Intec USA construiu um novo centro administrativo com conceito arquitetônico aberto, inspirando e desenvolvendo criatividade e pensamento crítico.
Na recém-criada Área do Cliente, os usuários podem experimentar os produtos SCHUNK ao vivo e receber informações especializadas em Fóruns de Tecnologia e Workshops. Sob o lema "One Team - One Family - One Future", a nova expansão de aproximadamente 4.000m² foi inaugurada no início de maio com uma cerimônia oficial seguida de um evento Open House.
Ao lado do sócio administrativo, Heinz-Dieter Schunk e do CEO da multinacional, Henrik A. Schunk, o presidente da SCHUNK Intec USA, Milton Guerry, estava entusiasmado com as oportunidades de investimento oferecidas para o futuro. O Ministro de Relações Econômicas do estado da Carolina do Norte, Anthony Copeland, elogiou a SCHUNK pelo ótimo exemplo de empresa geradora de trabalho e que destaca os ativos do Estado como região de negócio.
A maior subsidiária da SCHUNK foi fundada em 1992 para garantir a proximidade com clientes americanos, bem como de subsidiárias de empresas alemãs, e essa estratégia é um sucesso, já que a produção local garante entrega rápida e alta flexibilidade, especialmente porque componentes específicos podem ser produzidos especificamente para o mercado americano. Hoje, essa unidade nos EUA, que tem recebido um investimento da SCHUNK no total de € 10 milhões para sua expansão, desempenha um papel de liderança dentro de todo o mercado norte e sul-americano.
Boom em automação e digitalização
Além disso, € 40 milhões tem sido investido no Centro de Competência de Sistemas de Garras em Brackenheim-Hausen, na Alemanha, apenas a cinco quilômetros da sua matriz, em Lauffen. A expansão cobre uma área de 22 mil metros quadrados e representa o dobro da área de produção já existente. A SCHUNK está investindo outros € 30 milhões no Centro de Competência de tecnologia de placas de torno e fixação estacionária, em Mengen, no estado de Sigmaringen, também no país alemão. Nesta unidade, 12 mil metros quadrados estarão disponíveis para produção, pesquisa e desenvolvimento.
Outros € 5 milhões foram investidos na unidade de St. Georgen, na Floresta Negra, onde a área de produção duplicou com o aumento de 4.200 m². Henrik vê um volume total de € 85 milhões como investimento consistente no futuro da empresa: “Nos próximos anos vamos vivenciar um boom na automação e na digitalização global e nós apenas estaremos aptos a isso, tendo as capacidades certas”, disse o CEO.
Por muitos anos a SCHUNK teve sucesso focando nessas duas tendências: concentrando em recursos e know-how. Henrik espera altas taxas de crescimento, especialmente na área de mecatrônica e com o aumento da inteligência de dispositivos de fixação e sistemas de garras.
A inovadora empresa familiar emprega mais de 3.500 funcionários, tem sido, por anos, pioneira e fonte de ideias na produção automatizada. A SCHUNK, recentemente, também anunciou a parceria com a AnotherBrain, uma das maiores líderes globais em inteligência artificial.
Na carteira de clientes da SCHUNK estão as principais empresas de engenharia mecânica, robótica, automação e montagem, além de todos as renomadas marcas automotivas e seus fornecedores. A companhia opera diretamente com 34 subsidiárias e nove unidades industriais ao redor do mundo.
| CIMM (publicado em 25-07-2019) | | | |
Serviço de carros compartilhados terá 20 mil veículos disponíveis e de todas as marcas do grupo até o fim do ano
O serviço de carros compartilhados Free2Move, do Grupo PSA, expande sua atuação e passa a atender o mercado B2B na Europa. Antes, a plataforma era utilizada apenas por pessoas físicas. O Free2Move Rent terá cerca de 20 mil veículos, entre automóveis e utilitários, disponíveis até o fim deste ano em 1,3 mil agências em toda a Europa.
Assim como é para qualquer usuário, a plataforma vai dispor de todos os veículos de suas cinco marcas Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall também para empresas.
A fim de ampliar sua presença e sustentar o novo nicho do negócio, a Free2Move Rent conta com trinta parcerias nacionais e internacionais, incluindo a mais recente com o Grupo de Mobilidade Ucar, da França.
Criada em 2016, a divisão de carros compartilhados Free2Move é um aplicativo e atende usuários nos mercados da Europa e Estados Unidos.
| Automotive Business (publicado em 25-07-2019) | | | | Índice exclusivo construído em parceria com o Cesar, centro de inovação de Recife, indica os principais desafios
As empresas da cadeia automotiva ainda têm um longo trabalho a fazer para deixar para trás de vez a era analógica e alcançar a maturidade digital. A conclusão é do exclusivo Índice de Transformação Digital do Setor Automotivo, fruto de parceria entre Automotive Business e o Cesar, centro privado de inovação estabelecido em Recife (PE) e precursor do hoje vívido Porto Digital, na revitalizada região portuária da capital pernambucana.
A pesquisa exclusiva é tema central da atual edição da Revista Automotive Business (a edição digital já está disponível neste link). Os resultados preliminares do estudo já tinham sido apresentados no ABX19, no fim de maio. Agora, as conclusões consolidadas do Índice serão mostradas no #ABPlan - Planejamento Automotivo, evento que acontece no dia 19 de agosto e onde o Cesar vai realizar uma sessão de cocriação com foco em transformação digital.
Elaborado a partir das respostas de 174 profissionais do setor automotivo coletadas entre abril e junho de 2019, o estudo indica que as empresas do segmento estão conscientes do horizonte de mudanças que a transformação digital representa, mas têm dificuldade para planejar e executar estratégias que garantam relevância aos negócios automotivos neste novo contexto. “Falta ação”, resume Eduardo Peixoto, Chief Design Officer do Cesar.
APENAS 57,3% DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL JÁ FOI REALIZADA NO SETOR
O índice apurou que o grau de transformação digital do setor automotivo é de 57,3%, sendo 0% o contexto de negócios totalmente analógico e 100% a maturidade digital. Assim, esta indústria está apenas um pouco além da metade da jornada de mudança.
“É um patamar baixo, ainda mais se considerarmos a ampla participação de empresas grandes na pesquisa”, observa Eduardo Peixoto.
Peixoto diz que resultados abaixo de 60% indicam estágios iniciais da transformação digital. “Quando o número fica entre 60% e 80% é um nível intermediário. Se o resultado passa de 80% estamos falando de uma empresa ou setor muito próxima da maturidade”, esclarece.
Para avaliar de forma abrangente a performance da indústria automotiva na transformação digital, o Índice é construído com base na performance do setor em oito pilares: consumidores, concorrência, inovação, processos, modelos de negócio, dados e tecnologias.
É PRECISO VIRAR O BARCO
O CDO do Cesar considera os resultados do segmento um tanto quanto preocupantes. “O cenário é alarmante. Estamos nos aproximando de um contexto em que vai ficar difícil virar o barco, mudar a rota e reverter a situação”, diz. Se as coisas seguirem por essa trajetória, o custo vai ser alto, avisa o especialista. Caso não acompanhem a mudança, as empresas automotivas poderão perder o poder de agregar valor aos seus produtos e serviços e encarar um processo de comoditização.
“Em alguns anos pouco vai importar ao consumidor em qual carro ele se desloca. Com o compartilhamento e as novas soluções de uso, será difícil até mesmo sustentar os volumes atuais de vendas. Se a operação estiver atrelada a isso, temos um cenário complicado”, diz.
Então, diante do contexto em transformação, qual seria o melhor caminho? Entre as respostas está abrir o horizonte e investir no principal: o relacionamento com o consumidor.
“Não é mais sobre o produto. Vai conseguir gerar valor quem tiver a proximidade com o cliente.”
Peixoto entende que, ao permanecerem estáticas diante da transformação digital, as empresas e a indústria automotiva aceitam de forma passiva que não entrarão na competição pelo protagonismo com o consumidor na era digital. “Não fazer nada é aceitar ficar em segundo lugar”, diz. Segundo o especialista, ainda há tempo para reverter esse cenário e o primeiro passo para isso é entender os desafios e entender o lugar em que o setor automotivo está para a traçar a rota da transformação.
| Automotive Business (publicado em 25-07-2019) | | | | Ganhos vão a € 8,9 bilhões contra € 8,2 bi de mesmo período de 2018
O Grupo Volkswagen reportou lucro operacional 10,3% maior no primeiro semestre, informa em comunicado divulgado na quinta-feira, 25. Os ganhos atingiram € 8,9 bilhões contra os € 8,2 bi registrados em mesmo período do ano passado. O retorno operacional das vendas subiu de 6,8% para 7,2% na mesma base de comparação. O faturamento subiu 4,9%, para € 125,1 bilhões, apesar das vendas globais terem recuado 2,8% no período, chegando a 5,4 milhões de veículos entregues, considerando leves e pesados.
Segundo a companhia, a receita de vendas foi impulsionada pela melhoria do mix dos produtos, pela política de reposicionamento de preços no segmento de automóveis e também pelo bom desempenho dos negócios na divisão de serviços financeiros e do Grupo Traton, que agrega as marcas de veículos comerciais pesados Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), MAN e Scania.
O lucro operacional antes de itens especiais melhorou em 1,9% para € 10 bilhões sobre os € 9,8 bi de um ano antes. Neste caso, além do mix e política de preços, custos adicionais, como os recursos destinados à questão do dieselgate, foram menores nesta primeira metade do ano, sendo a soma desses fatores mais que suficientes para compensar os custos fixos mais altos, além da desvalorização cambial, que aqui também se aplica, e as vendas mais baixas já mencionadas.
Itens especiais, como é chamado o custo total com pagamentos relacionados ao escândalo do dieselgate, diminuiu neste primeiro semestre ao somar € 981 milhões. Há um ano, esse valor era de € 1,6 bi.
“No primeiro semestre do ano, o Grupo Volkswagen teve um desempenho muito bom em um mercado que em geral está mais fraco. O desenvolvimento da receita de vendas e lucro nos primeiros seis meses é gratificante. Também confirmamos nossas perspectivas para o ano”, disse em nota o membro do conselho e responsável pelas finanças, Frank Witter.
O executivo reforçou que o Grupo espera que as vendas globais de 2019 fiquem levemente acima do volume de 2018, que foi de 10,8 milhões de unidades, o que também foi um crescimento pequeno ante o ano anterior, de 0,9%. Em termos de receita, a companhia estima crescimento, mas não acima dos 5%.
RESUMO DAS MARCAS
Entre as principais marcas do grupo, a receita da marca Volkswagen aumentou 3,4% em relação ao primeiro semestre do ano anterior, para € 44,1 bilhões, enquanto o lucro operacional (antes de itens especiais) subiu 9,5%, para € 2,3 bilhões.
Na Audi houve um declínio de 7,8% da receita de vendas ao somar € 28,8 bilhões. Com isso, o lucro operacional diminuiu 17,8%, para € 2,3 bilhões (mesmo valor da marca Volkswagen). Desenvolvimento de modelos, menores volumes de vendas relacionados à nova lei de medição de emissões WLTP na Europa, bem como maior gasto inicial com novos produtos e tecnologias são citados como motivos para o desempenho menor da marca, além de custos fixos e efeitos de taxas de câmbio, embora o mix de produtos tenha diminuído o impacto negativo.
Por sua vez, a Porsche aumentou a receita em 9% ao contribuir com € 12,2 bilhões. Seu lucro operacional subiu 2,5%, para € 2,1 bilhões, graças ao aumento de vendas globais, embora as taxas de câmbio tenham impactado de forma negativa. No primeiro semestre, a Porsche foi multada em € 535 milhões no processo do dieselgate. O valor está incluso nos € 981 milhões reportados pelo grupo.
Na divisão de veículos comerciais, tanto a VWCO como a Scania e a MAN registraram crescimento do faturamento graças ao aumento das vendas das três marcas no primeiro semestre.
A receita da Volkswagen Caminhões e Ônibus subiu 2,6%, para € 6,5 bilhões e apesar dos volumes maiores, custos de produto mais baixos e margens melhoradas, o lucro operacional diminuiu 10,8%, para € 506 milhões, principalmente devido aos maiores custos fixos e de desenvolvimento, bem como à deterioração do mix de produtos.
A Scania elevou a receita em 12,7%, para € 7,1. O lucro operacional melhorou 34% ao atingir os € 828 milhões, resultado atribuído à alta das vendas, ao melhro resultado no negócio de peças e serviços, além de efeitos favoráveis do mix e de taxas de câmbio, que juntos compensaram o aumento de custos.
Já a MAN terminou o semestre com faturamento de € 6,3 bilhões, incremento de 8,6% no comparativo anual. Já o lucro operacional recuou 3,8% ao fechar em € 248 milhões: segundo o relatório, a alta das vendas e a margem compensaram as despesas de desenvolvimento para a nova geração de caminhões e ônibus, além do aumento de custos e efeitos negativos da taxa de câmbio.
| Automotive Business (publicado em 25-07-2019) | | | |
|
| | |
|
|