| 10 de ABRIL de 2019
Quarta-feira
Câmbio
Em 10/04/2019
|
|
Compra
|
Venda
|
Dólar
|
3,827
|
3,828
|
Euro
|
4,311
|
4,314
|
Fonte: BACEN
|
| | | | | A produção industrial cresceu em 10 dos 15 locais pesquisados em fevereiro de 2019 ante fevereiro de 2018, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O instituto ressaltou que o mês de fevereiro de 2019 teve dois dias úteis a mais do que fevereiro de 2018, o que impulsionou o resultado. O Estado de São Paulo registrou avanço de 5,3%. Os demais aumentos ocorreram no Pará (12,7%), Paraná (10,8%), Ceará (8,2%), Rio Grande do Sul (7,2%), Amazonas (7,1%), Goiás (5,7%), Santa Catarina (3,5%), Bahia (2,5%) e Pernambuco (2,2%).
| DCI | | | | Empresários da Serra Gaúcha visitam a China em busca de inovações e diferenciais competitivos para impulsionar o setor metal mecânico.
Dos dias 10 a 22 de março de 2019, donos, diretores e gerentes de empresas do setor metal mecânico de Caxias e região, São Paulo e Minas Gerais, encontraram-se em visita à China para atualização tecnológica e aproximação com diversas empresas chinesas de referência mundial.
A visita é resultado de um projeto idealizado por Cristian Pavan, diretor da Eurostec – empresa importadora e distribuidora de máquinas de usinagem, laser e injeção de plásticos, com matriz situada em Caxias do Sul –, com um objetivo claro: combater o retrocesso local e dar novos rumos ao mercado, com inovação para competir.
A busca por entender o processo chinês que evoluiu significativamente em relação à Serra Gaúcha, referência nacional em metal mecânica no Brasil, mostra a preocupação dos empresários em trazer inovação e atualização para a região.
“Ao longo dos últimos anos, o nosso setor metal mecânico tem sofrido diversas baixas por variados motivos: crise econômica, aumento da concorrência deste segmento com outros polos (principalmente Joinville), parque tecnológico defasado e concorrência chinesa. Isso fez Caxias do Sul perder muito da sua influência e representatividade no setor de ferramentarias e matrizarias no Brasil, visto que as feiras tradicionais do segmento ou evaporaram ou reduziram-se significativamente. ”, comenta Cristian Pavan.
Com 12 participantes, sendo a maioria empresários e diretores de empresas de Caxias do Sul, a comitiva buscou um novo olhar para o setor, oportunizando mudanças efetivas com atitudes e novas ideias transformadoras, com foco evolutivo para a cidade e trazendo benefícios para a região.
Legenda: Participantes da comitiva de empresários e diretores de empresas em visita à China
Participantes da comitiva de empresários e diretores de empresas em visita à China
A Eurostec, responsável pela organização e concretização deste intercâmbio, relata que já possui uma lista de espera com mais de 20 pessoas para uma próxima visita.
“Iniciamos uma aproximação com as maiores matrizarias e ferramentarias na China, pois já morei lá. Nosso objetivo é entrar onde ninguém, do nosso segmento e da nossa região, está acostumado a entrar. Uma viagem para intercâmbio de informações e, principalmente, para que os nossos clientes daqui consigam enxergar o porquê do “milagre chinês” neste segmento. Eles possuem foco diferente, ideias diferentes e muita determinação, além de humildade.”, complementa o diretor da Eurostec.
A ação marca o primeiro passo de um grupo de empresários que busca motivar o setor e reaquecer o mercado com novas atitudes, valorizando o conhecimento e novas práticas competitivas! Ganham todos: consumidores, empresários e, principalmente, a economia local.
| CIMM | | | | Seis parlamentares mudaram de ideia e retiraram a assinatura da proposta que visava criar uma espécie de ‘Lei Geral dos Serviços Sociais’
Depois de assinarem Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera regras do Sistema S, seis senadores mudaram de ideia e retiraram a assinatura do texto, o que inviabilizou o andamento do projeto. O tema enfrenta forte resistência entre parlamentares e já foi alvo de fiscalizações dos órgãos de controle.
Na quarta-feira, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou a proposta que prevê, entre outros pontos, que os recursos do Sistema S sejam destinados apenas para fins relacionados à função de cada entidade e limita o salário dos dirigentes ao teto do funcionalismo público (R$ 39,2 mil), além de exigir que sejam ficha limpa. O conjunto de entidades, como Sesi, Senai e Sesc, recebe cerca de R$ 17 bilhões ao ano recolhidos em tributos sobre a folha de pagamento.
O projeto tinha 31 assinaturas. No dia seguinte, porém, os senadores juíza Selma (PSL-MT), Elmano Férrer (Pode-PI), Flávio Arns (Rede-PR), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Lasier Martins (Pode-RS), e Confúcio Moura (MDB-RO) apresentaram requerimento pedindo a retirada de suas assinaturas. Com isso, ficaram apenas 25 assinaturas, abaixo do número mínimo para a apresentação de proposta de emenda constitucional, que é de 27. Com isso, a tramitação do projeto foi encerrada.
Os parlamentares deram diferentes explicações para o recuo. A juíza Selma disse que sentiu necessidade de estudar melhor o assunto e que a proposta estatiza o Sistema S. “Neste momento, sem se aprofundar mais no tema, não seria uma decisão prudente”, afirmou, por meio da assessoria de imprensa. A senadora disse que decidirá se volta a assinar ou não o projeto “assim que tiver mais fundamentos”.
Já o senador Confúcio Moura (MDB-RO) disse que assinou a proposta em “solidariedade ao líder de seu partido”, mas depois percebeu que a matéria tratava de ponto de vista que ele não defende, por isso retirou a assinatura.
"Retirei minha assinatura porque considero que a justificativa poderia ser aprimorada. A justificativa da PEC coloca todo mundo no mesmo 'balaio', o que não é verdade. Temos que nos concentrar no que está eventualmente equivocado e aprimorar", afirmou Flávio Arns (Rede-PR).
Procurados, os outros três senadores não se pronunciaram.
Proposta
A proposta apresentada por Braga cria uma espécie de Lei Geral dos Serviços Sociais, unificando regimes jurídicos das entidades ligadas ao sistema S. O texto prevê que os recursos não poderão ser destinados para finalidade não vinculada aos objetivos institucionais de cada organização, o que será definido em lei complementar.
Além disso, garante a fiscalização pelo Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU) – o que já ocorre atualmente – e traz regras para contratação e remuneração de dirigentes.
O objetivo é principalmente impedir que os recursos sejam desviados para outras finalidades, como mercado financeiro, imobiliário e patrocínio de eventos. “Sem dúvida alguma o Sistema S precisa de ajustes, até para que não haja prejuízos aos trabalhadores. O sistema é de fato importante para garantir a qualificação de mão de obra e investir em cultura e lazer, mas ganhou um gigantismo absurdo, com recursos públicos bilionários aplicados sem a menor transparência e com desvios de finalidade evidentes, já comprovados, inclusive, pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, afirmou Braga. O senador pretende conseguir apoio para reapresentar o texto.
Controle
O sistema S está na mira da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que já prometeu “meter a faca” nas entidades do setor.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, a ideia é ter mais controle sobre como o orçamento dessas entidades é aplicado em atividades de qualificação de trabalhadores e ter poder para determinar onde e quais treinamentos serão oferecidos por entidades como Sesi, Senai e Senac.
| O Estado de S. Paulo | | | | Aposentadoria
Relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) apresentou na terça-feira (9) um parecer recomendando a admissibilidade total da reforma. E aproveitou seu relatório para sair em defesa de alguns pontos polêmicos da proposta.
Em seu parecer, ele defendeu as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), a desconstitucionalização de muitas das regras previdenciárias, as regras diferentes para as Forças Armadas e a criação de um sistema de capitalização, entre outros pontos.
Ele, porém, recomendou que a comissão especial - a ser instituída após a CCJ, se aprovada a admissibilidade da reforma - analise com cuidado as mudanças na aposentadoria rural e nas regras para obtenção de pensão por morte e acumulação de benefícios previdenciários.
Ao todo, o relatório tem 55 páginas. A principal função do parecer foi recomendar a admissibilidade da proposta, ou seja, que os deputados votem para que o texto continue tramitando na Câmara dos Deputados. Caso contrário, a proposta seria arquivada. A votação está marcada para a próxima semana.
A função da CCJ é analisar se a proposta não viola a Constituição e se pode continuar tramitando pela Casa. Não há análise de mérito nesta etapa. Somente a comissão especial pode apresentar emendas para mudar o conteúdo do texto.
Porém, Freitas aproveitou a oportunidade para sair em defesa da proposta do governo.
Confira os principais pontos da reforma da Previdência que o relator na CCJ defendeu em seu parecer:
1. BPC
Freitas defende as mudanças no BPC, já que diz que o objetivo do governo é antecipar uma renda para idosos miseráveis a partir dos 60 anos.
Atualmente, idosos miseráveis a partir de 65 anos podem receber um salário mínimo como aposentadoria. Pela nova regra, o idoso só vai receber o mínimo a partir de 70 anos. Já quem tem a partir de 60 anos, vai pode receber R$ 400.
Entenda ainda: Reforma propõe menos de meio salário mínimo para idosos pobres
"Em relação à renda mínima da pessoa idosa, a proposição introduz uma alteração relevante, pois antecipa o benefício em cinco anos, que passa a ser concedido aos 60 anos de idade e não mais aos 65. No caso da pessoa com deficiência, é garantida a renda mensal no valor de um salário-mínimo", escreve o relator.
2.Desconstitucionalização das regras previdenciárias
A reforma da Previdência proposta pelo governo retira da Constituição diversos parâmetros da Previdência. Por exemplo, a proposta retira a obrigatoriedade de reajuste pelo salário mínimo e deixa para lei complementar definir como será o reajuste. A proposta também estabelece a criação de um regime de capitalização, mas deixa a regulamentação e o detalhamento do funcionamento para definição em lei complementar.
Freitas observa que houve uma "tendência para a hiperconstitucionalização, de sorte que uma quantidade enorme de assuntos foi inserida no texto constitucional, ocasionando uma ampliação contínua e excessiva do exercício do poder constituinte derivado".
E diz que não haverá "qualquer prejuízo à segurança jurídica" ao estabelecer alguns parâmetros previdenciários via lei complementar. "As regras previdenciárias, se tratadas por meio de lei complementar, terão considerável grau de proteção contra alterações abruptas ou irrefletidas. Isso porque a lei complementar exige quórum qualificado de maioria absoluta para sua aprovação e votação nominal dos parlamentares, diferente das leis ordinárias", argumenta.
3. Idade diferente para homens e mulheres
Sobre a diferença de idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres (65 anos para eles e 62 anos para elas), o relator diz que o texto "reconhece as peculiaridades da situação das mulheres diante do mundo do trabalho e estabelece idade menor em relação aos homens".
4. Regras de transição
O relator destaca que há críticas às regras de transição, pois há quem argumente que elas "não contemplariam um simples período adicional proporcional, senão aplicariam imediatamente as novas regras a quem não reuniu todos os requisitos estabelecidos para a aposentação na data de sua promulgação".
Já na visão do relator, as regras de transição "guardam, tanto quanto possível, relação de proporcionalidade entre aquelas vigentes e as que se aplicarão no futuro".
5. Regras diferentes para militares
Sobre as regras diferentes para os militares, o relator também saiu em defesa. Forças Armadas, PMs e Bombeiros vão poder se aposentar com 35 anos de serviço, um aumento de 5 anos em relação ao exigido atualmente. Porém, estão mantidas integralidade e paridade.
As Forças Armadas ainda ganharam uma reestruturação da carreira, com criação de novos benefícios que vão custar quase R$ 87 bilhões aos cofres públicos em dez anos e consumir quase todo o ganho com as mudanças nas regras de aposentadoria deles.
Freitas afirmou que "são justificáveis as regras que conferem tratamento distinto a algumas categorias do pessoal do Estado, notadamente os militares, em virtude das peculiaridades do seu trabalho". Entre elas: escalas, dedicação exclusiva e imposição do dever de atendimento a ocorrência.
Freitas é delegado de polícia.
6. Capitalização
Outro ponto polêmico da proposta é a previsão de criação de um novo regime previdenciário, baseado nos sistema de capitalização. Nesse sistema, o trabalhador recolhe para uma conta individual, numa espécie de poupança previdenciária. No sistema atual, as contribuições de hoje pagam as atuais aposentadorias, o que se torna insustentável ao longo do tempo, com mais idosos e menos jovens com empregos formais.
"Os estudos apontam que o regime contributivo e solidário [regime atual] se encontra exaurido e não oferece soluções para os nossos graves problemas estruturais, ao contrário, tende a agravá-los", diz Freitas.
O relator também defende "um novo modelo, que seja capaz de cumprir o seu papel de garantir renda ao trabalhador quando este chegar à inatividade, mas que também fortaleça a poupança no país, com impactos positivos sobre o investimento, o crescimento sustentado e o desenvolvimento", se referindo à capitalização.
7. Alíquotas progressivas
A reforma também traz alíquotas progressivas que ficam maior conforme a renda do trabalhador aumenta. Por isso, quem ganha um salário mínimo pagará 7,5%. Já quem ganha o teto, R$ 30 mil, terá uma alíquota efetiva de 16,11%.
Servidores públicos reclamam de confisco e de inconstitucionalidade da progressividade de alíquotas. Freitas, porém, esclarece que trata-se de "regra de justiça distributiva, pautada no princípio da isonomia, o qual preceitua o tratamento dos desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades".
"Dessa forma, os mais pobres são beneficiados com menores alíquotas, enquanto os contribuintes com maiores salários, pagarão alíquotas mais elevadas", completa, afirmando que o Supremo Tribunal Federal (STF) já pacificou o tema e permite alíquotas progressivas."
| Gazeta do Povo | | | | O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 9, durante evento em Brasília, que o País está “condenando o jovem ao caminhado errado”. “Desde quando faz mal trabalhar?”, questionou, ao defender a proposta da carteira de trabalho Verde Amarela. A iniciativa, segundo ele, vai permitir a criação de milhões de empregos no Brasil.
“Quando lançarmos o novo sistema com encargos baixos, a antiga Previdência vai começar a desonerar a folha e também vai gerar mais empregos”, pontuou.
De acordo com Guedes, o melhor programa social para um país é o emprego, que cria autoestima. “Sempre seremos uma nação generosa, sempre ajudaremos quem ficou para atrás”, afirmou o ministro. “Mas não ajudaremos os vagabundos, não podemos premiar corrupção e vagabundagem”, acrescentou.
Pacto federativo
Ao abordar a proposta de criação de um novo pacto federativo, Guedes disse que a ideia é colocar “dinheiro na base, colocar 65%, 70% do dinheiro”. “(Serão) 70% lá embaixo e 30% lá em cima, se muito”, comentou o ministro.
Guedes também voltou a dizer que o governo vai adotar um programa de R$ 10 bilhões em socorro aos Estados. O ministro contou que tem falado a alguns governadores recém-eleitos, de Estados em dificuldades: “Respira no canudinho que está chegando reforço”. “O primeiro movimento é um plano de equilíbrio econômico para Estados, que é de curto prazo”, disse.
Guedes participa da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos. Pela manhã, estiveram presentes ao evento o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).
| | | | | A maioria da população brasileira está despreparada financeiramente para um aperto nas regras de acesso à aposentadoria e uma redução no valor dos benefícios.
Só 39% dos entrevistados na pesquisa Datafolha dizem aplicar em poupança e outros investimentos, e só 11% têm planos de previdência privada —tipo de investimento de longo prazo que pode ser usado para o momento da aposentadoria.
As porcentagens são semelhantes às verificadas na pesquisa de abril de 2017.
A fatia dos que possuem alguma reserva se eleva com a escolaridade e o nível de renda do entrevistado.
Possuem plano de previdência privada 22% dos que terminaram a faculdade, contra 6% dos que só concluíram o ensino fundamental.
A taxa é de 39% entre os que ganham mais de dez salários mínimos, avanço significativo em relação aos 27% que disseram ter esse investimento em 2017. Para os de renda familiar abaixo de dois salários mínimos, 6% dizem ter previdência privada.
Em relação a investimentos em geral, eles só atingem a maioria dos brasileiros com ensino superior (56%), com renda familiar de 5 a 10 salários mínimos (58%) e acima de 10 salários mínimos (66%).
As maiores taxas de poupança são entre profissionais liberais e empresários: 71% dizem ter algum investimento, e 27% e 28%, respectivamente, afirmam ter previdência privada.
Essas duas ocupações têm também as maiores taxas de aprovação à reforma da Previdência: 69% dos profissionais liberais e 62% dos empresários são a favor da proposta.
| Folha de S. Paulo | | | | Em fevereiro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV) recuou em 5,8 pontos, para 93,5 pontos, o menor nível desde outubro de 2018.
Em médias móveis trimestrais o indicador recuou em 1,1 ponto, para 98,0 pontos, após avançar por quatro meses consecutivos. "O resultado negativo do IAEmp em março reforça a leitura feita no mês anterior de que os empresários estavam se tornando mais cautelosos após um período de aumento do otimismo. O ajuste expressivo das expectativas, devolvendo cerca de três quartos da melhora observada ao final de 2018, sugere que o ritmo esperado de contratações continuará lento e gradual", afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE, em comunicado oficial do instituto divulgado ontem.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 2,0 pontos em março, para 94,1 pontos, retornando ao nível de janeiro de 2019. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Em médias móveis trimestrais o indicador manteve a tendência de queda pelo terceiro mês consecutivo, ao cair 1,6 ponto, para 93,6 pontos. "O aumento do Índice Coincidente do Desemprego (ICD), mantendo-se em patamar elevado, retrata a situação ainda difícil do mercado de trabalho", afirma Tobler.
Segundo o comunicado do Instituto Brasileiro de Economia, todos os componentes do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registraram variação negativa entre fevereiro e março. Os indicadores que mais contribuíram para a queda do IAEmp foram os indicadores de emprego local futuro e de tendência de negócios, com variações negativas de 13,4 e 8,5 pontos na margem, respectivamente.
No mesmo período, a classe de renda familiar mais baixa foi a que mais contribuiu para o avanço do Indicador Coincidente do Desemprego. O Indicador de Emprego (invertido) avançou 6,2 pontos para os consumidores de renda mais baixa, que possuem (renda familiar até R$ 2,1 mil.
Horizonte de curto prazo
Vale lembrar que esse indicador antecedente do Ibre FGV observam a Previsão do Nível de Emprego para três meses, a Situação Atual dos Negócios e o quesito Tendência dos Negócios para seis meses, que é incorporado no IAEmp.
| DCI | | | | O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,62% na primeira prévia de abril, após ter aumentado 0,71% na primeira leitura de março. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 10, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou elevação de 2,79% no ano e avanço de 8,32% em 12 meses até abril.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M deste mês. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 0,65%, ante um avanço de 0,90% na primeira prévia de março. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,65% na prévia de abril, depois de um avanço de 0,47% em igual leitura de março. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve aumento de 0,36% na primeira prévia de abril, depois da alta de 0,02% na primeira prévia de março.
O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 a 31 de março. No dado fechado do mês de março, o IGP-M teve alta de 1,26%.
IPAs
Os preços dos produtos agropecuários medidos pelo IPA Agrícola avançaram 0,91% no atacado na primeira prévia do IGP-M de abril. Na mesma prévia de março, houve alta de 2,53%. Já os produtos industriais no atacado, medidos pelo IPA Industrial, tiveram aumento de 0,57% na primeira prévia de abril, ante elevação de 0,37% na mesma prévia do mês anterior.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais subiram 0,64% na primeira prévia de abril, depois da elevação de 1,25% na mesma prévia de março.
Os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 0,11% na prévia de abril, ante alta de 0,27% na primeira prévia de março. Os preços das matérias-primas brutas subiram 1,30% na primeira leitura de abril, após uma elevação de 1,25% na mesma prévia de março.
| Tribuna PR | | | | O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, reforçou, durante evento em Brasília, que fará a reforma tributária. “Vamos simplificar o sistema de impostos, vamos criar uma estrutura que exija menos esforço do contribuinte”, disse Cintra. “Faremos uma reforma tributária que traga recursos para base e reduza os desperdícios.”
Cintra citou ainda outras iniciativas, promovidas pela própria Receita Federal, com o objetivo de melhorar o sistema tributário. “Acabou de sair do forno a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica. Ela vai permitir que municípios sejam capazes de arrecadar tributos com base na exploração dos serviços”, pontuou.
O secretário participa da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos.
| Tribuna PR | | | | Em discurso a uma plateia de centenas de prefeitos de todo o Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nessa terça-feira, 9, que o governo planeja criar, ainda este ano, um imposto único federal com a fusão de três a cinco tributos federais. Além disso, prometeu que impostos e contribuições passarão a ser compartilhados com Estados e municípios. Segundo ele, governadores e prefeitos vão receber a maior parte dos recursos.
“Na nossa reforma tributária vamos pegar três, quatro, cinco impostos e fundir em um só, o imposto único federal. Todas as contribuições que não eram compartilhadas, criadas para salvar a União, quando unificarmos serão todas compartilhadas”, afirmou, sem detalhar quais tributos seriam extintos. O ministro também disse que o governo vai retirar a tributação sobre a folha de salários. Os tributos passarão a ser cobrados sobre outra base.
Presente ao evento, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que será criado um imposto eletrônico sobre pagamentos, que vai também englobar movimentações financeiras. Cintra também anunciou a nota fiscal eletrônica sobre o setor de serviços que, segundo ele, vai “revolucionar” as administrações tributárias.
“Qual o filé mignon tributário hoje? Os serviços. É a base tributária que mais se expande no mundo todo. Não tenho dúvidas de que, em mais 10 ou 15 anos, vai representar a maior parte da base tributária explorada por todos os governos no mundo inteiro”, afirmou Cintra. A ideia, de acordo com ele, é que os municípios arrecadem tributos com base na exploração dos serviços.
Ao mesmo tempo, defendeu que a proposta de criação de um novo pacto federativo tem como objetivo colocar “dinheiro na base” – ou seja, nas prefeituras e nos Estados. “(Serão) 70% lá embaixo e 30% lá em cima, se muito”, disse o ministro, em referência à parcela que defende para governadores e prefeitos e à da União. O novo “pacto federativo”, que chegou a ser chamado de Plano B à reforma da Previdência, prevê nova divisão dos tributos entre a União, Estados e municípios e retirar “amarras” do Orçamento.
“Se fosse um prefeito apertado e um governador apertado, seria um caso de má gestão. Mas estão todos apertados”, disse Guedes. “Se Estados e municípios estão muito apertados financeiramente, é porque há algo sistêmico.” O ministro defendeu ainda que a concentração de recursos no governo federal corrompeu a política e estagnou a economia. Segundo ele, os orçamentos podem até ser formulados em Brasília, mas a execução tem de ser descentralizada. “Execução é com governadores e prefeitos”, afirmou.
Ao tratar especificamente dos Estados, Guedes voltou a citar a intenção do governo de lançar um plano de recuperação de curto prazo, no valor de R$ 10 bilhões. O plano está sendo usado como moeda de troca para o governo federal conseguir o apoio à reforma da Previdência e prevê dinheiro novo para Estados menos endividados, mas que têm problemas de caixa para pagar a servidores e fornecedores. Em troca, terão de adotar medidas de ajuste nas contas públicas. O ministro afirmou que tem falado diretamente com alguns governadores sobre o assunto. “Tenho dito: ‘respira no canudinho que está chegando reforço'”, afirmou.
Petróleo
Outro ponto da proposta do governo para a recuperação de Estados e municípios prevê a transferência para governadores e prefeitos, já em 2020, de 70% dos recursos que a União arrecadar com o leilão do pré-sal, marcado para outubro. “Minha equipe vai ficar brava porque queriam o repasse maior de recursos do petróleo gradualmente, mas tem de ser agora”, defendeu. O ministro disse que a exploração do petróleo trará até US$ 1 trilhão nos próximos 20 anos.
Esta repartição dos recursos, porém, ainda é polêmica. Na segunda-feira, Guedes havia defendido que o repasse aos entes federativos não precisaria passar pelo Congresso. No mesmo dia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a necessidade de uma emenda constitucional para a transferência.
| Tribuna PR | | | |
Para um mês de março, foi a maior inflação desde 2015
A inflação oficial brasileira acelerou e fechou março em 0,75%, acima dos 0,43% do mês anterior, informou nesta quarta (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior taxa desde junho de 2018, quando os preços sofreram impactos da greve dos caminhoneiros.
Para um mês de março, foi a maior inflação desde 2015. Alimentos e transportes foram responsáveis por 80% do índice - o primeiro com alta de 1,37% e o segundo, de 1,44%. Juntos, alimentação e transportes representam 43% das despesas das famílias.
No primeiro trimestre, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) soma 1,51%, a maior para o período desde 2016.
Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,58%, acima centro da meta estabelecida pelo governo -- de 4,5%, com com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Foi o maior indicador desde fevereiro de 2017, quando a taxa chegou 4,76%.
A alta dos alimentos foi puxada por aumentos nos preços do tomate (31,84%), batata-inglesa (21,11%), feijão carioca (12,93%) e frutas (4,26%), disse o gerente do IBGE responsável pelo IPCA, Fernando Gonçalves. Em geral, os aumentos foram provocados por questões climáticas nas áreas de produção.
Preferência dos brasileiros e produzido apenas no país, o feijão carioca, por exemplo, sofreu com a estiagem no Rio Grande do Sul durante a primeira safra do ano. No primeiro trimestre, o preço do produto já subiu 105%, a maior alta desde o Plano Real.
Já o grupo transportes foi pressionado pela alta de 2,88% no preço da gasolina –o item com maior impacto na inflação de março– e de passagens aéreas, que subiram 7,29%. Com alta de 7,02% no mês, o etanol também ajudou a pressionar a inflação.
Sozinha, a gasolina foi responsável por 0,12 ponto percentual do IPCA de março. A alta reflete o repasse às bombas de reajustes de 10,82% promovidos pela Petrobras em suas refinarias durante o mês.
Para Gonçalves, a pressão inflacionária "parece pontual", por sofrer impactos mais fortes de combustíveis e questões climáticas. Ainda não há, segundo ele, pressões de demanda, que geralmente aparecem na inflação dos serviços –que fechou o mês em 0,32% e em 12 meses soma 3,59%.
"As pessoas ainda estão tímidas em relação a consumo", diz Gonçalves. "Os últimos resultados da Pnad [pesquisa que calcula o desemprego] mostram aumento na desocupação e aumento no desalento. Isso tudo contribuiu para que as famílias empreguem os seus rendimentos no que é essencial, habitação e alimentação."
Em abril, os combustíveis devem continuar pressionando a inflação: no mês, o preço da gasolina nas refinarias já subiu 5,61% nas refinarias. O preço do diesel está represado há duas semanas, segundo a nova política de preços da Petrobras, que estipula prazo mínimo de 15 dias entre reajustes.
Segundo Gonçalves, há ainda impactos previstos de reajustes na conta de luz em Campo Grande e Rio Branco, passagens de ônibus em Salvador e Campo Grande e de metrô no Rio.
O gerente do IBGE diz, porém, que o indicador de 12 meses ainda está pressionado pela inflação atípica de junho de 2018, quando os preços subiram de forma atípica pelas dificuldades de abastecimento causadas pela greve dos caminhoneiros.
"Quando a gente tiver 12 meses sem esse evento pontual, vamos ter uma noção melhor do cenário inflacionário", comentou. O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 3,9%. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC projeta 4,1%.
O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) fechou março em 0,52%, acima dos 0,21% de fevereiro.
| Folha de S. Paulo | | | | Montadora anunciou em fevereiro o fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo
A Ford anunciou nesta terça-feira (9) a abertura de programa de demissão voluntária para a fábrica de veículos em Camaçari (BA), onde identificou no início do ano excedente de cerca de 700 trabalhadores.
O programa receberá adesões até 26 de abril, informou a Ford em comunicado à imprensa, sem revelar o total de funcionários que a medida pretende envolver.
"Essa medida tem como objetivo adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado", afirmou a Ford.
Segundo dados do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a fábrica da Ford na cidade baiana emprega cerca de 9.000 trabalhadores diretos e indiretos em três turnos.
Procurada, a Ford afirmou que a fábrica emprega 7.400 funcionários diretos e indiretos em três turnos. A unidade produz o compacto Ka, o utilitário Ecosport e motores.
No primeiro trimestre, o Ka teve vendas de cerca de 24 mil unidades, praticamente estável sobre o volume comercializado um ano antes. Já o Ecosport teve vendas de 7.600 unidades no período ante 7.000 no primeiro trimestre de 2018, segundo dados da associação de concessionários de veículos, Fenabrave.
A Ford anunciou em fevereiro que vai fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP) até o final do ano. A unidade poderá ser vendida ao grupo Caoa.
| Folha de S. Paulo (publicado em 09-04-2019) | | | | Excedente de 700 funcionários seria motivado por queda de exportações e menor demanda interna do EcoSport
A Ford confirmou a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os funcionários da fábrica de Camaçari (BA), onde produz o EcoSport e a linha Ka (hatch e sedã). A alegação da montadora é a necessidade de “adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado”.
O PDV foi aberto na segunda-feira, 8, e as adesões devem ocorrer até o dia 26 de abril. Segundo Clécio Aguiar, um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a Ford alega um excedente de 700 pessoas no complexo industrial baiano.
Destes, 450 são trabalhadores da própria Ford, que emprega 8 mil funcionários e opera em três turnos em Camaçari. Aguiar afirma que a intenção é atingir mais adesões no terceiro turno por causa dos encargos trabalhistas mais altos.
Também segundo Aguiar, a queda nas exportações (sobretudo para o mercado argentino) seria um dos motivos que levaram à decisão da Ford. O aumento da concorrência do EcoSport no Brasil também. No primeiro trimestre de 2011, quando ainda não tinha nenhum rival direto, o SUV teve 9 mil unidades vendidas. No mesmo período de 2019 foram 7,6 mil.
Já o desempenho da linha Ka no mercado brasileiro não justificaria a medida. Em seu primeiro ano cheio de vendas, 2015, quando o País enfrentava recessão, Ka e Ka sedã somaram 31,3 mil unidades no primeiro trimestre. Neste começo de 2019 foram 33 mil.
Segundo o sindicato, aqueles que aderirem ao PDV receberão os direitos legais de uma rescisão de contrato de trabalho (que inclui multa de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, FGTS) mais uma indenização adicional com limite até R$ 35 mil.
A Ford vive período difícil no País. Em fevereiro deste ano decidiu que fechará sua fábrica de São Bernardo do Campo, onde produz caminhões e o Fiesta hatch. E perdeu participação de mercado neste primeiro trimestre.
| Automotive Business (publicado em 09-04-2019) | | | | Executivo volta a dizer que é inocente em vídeo divulgado após sua segunda prisão no Japão
Em vídeo (veja mais abaixo) divulgado na terça-feira, 9, Carlos Ghosn alega ser inocente e acusa diretores da Nissan de traição e complô para que ele fosse detido pelas autoridades japonesas. Descendente de libaneses nascido no Brasil e cidadão francês, o executivo foi CEO da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi até ser preso no Japão em 19 de novembro passado, sob a acusação inicial de sonegação de rendimentos e desvio de dinheiro da empresa para benefício pessoal.
Ghosn ficou na prisão por 108 dias, até 6 de março, quando pagou fiança de quase US$ 9 milhões para responder ao processo em liberdade vigiada, em seu apartamento em Tóquio, onde ficou menos de um mês até ser novamente preso na semana passada, sob o peso de uma quarta denúncia feita pela promotoria japonesa. Desta vez ele é acusado de ter desviado US$ 15 milhões da companhia, dos quais usou US$ 5 milhões para comprar um iate e pagar empréstimos pessoais.
A nova prisão – considerada um caso raro no Japão após liberação sob fiança – aconteceu dias depois de Ghosn usar o Twitter para dizer que estava “se preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo” em uma entrevista coletiva marcada para o dia 11, quinta-feira próxima.
Ao que parece o executivo esperava que podia ser detido novamente, pois deixou o vídeo gravado para ser veiculado caso ele não pudesse comparecer: “Se vocês estão me ouvindo por meio deste vídeo hoje, significa que eu não consegui fazer a conferência de imprensa que planejei para 11 de abril”, diz ele logo no início da gravação.
“Sou inocente de todas as acusações que fazem contra mim... Não é uma história de ganância, de ditadura de um homem. É uma história de complô, de conspiração, traição”, declarou Carlos Ghosn no vídeo.
Ghosn destacou também que sua prisão “não muda em nada o amor que sinto pela Nissan e pelo Japão, ninguém passa 20 anos em um país e na liderança de uma empresa sem ter esse comprometimento”. Para ele, alguns dos membros da diretoria da empresa japonesa que comandou por duas décadas armaram um “complô” para provocar sua prisão, porque “havia medo de que na próxima etapa da Aliança a autonomia da Nissan seria ameaçada, mas sempre fui um ferrenho defensor dessa autonomia”, pontuou.
No entanto, no vídeo o ex-CEO não acusa ninguém nominalmente. Os advogados de Ghosn admitiram que essa parte foi cortada da gravação divulgada, para evitar possíveis novos processos. O executivo já tinha sido formalmente afastado da presidência dos conselhos de administração que tinha nas três empresas da Aliança. Nesta semana, reunião de acionistas da Nissan aprovou a retirada de Ghosn do conselho consultivo e assim derrubou o último vínculo formal que restava dele com a companhia. Ele ainda permanece empregado no conselho da Renault.
O principal advogado de Ghosn, Junichiro Hironaka, anunciou que apresentará nesta quarta-feira, 10, um recurso à Suprema Corte para solicitar a libertação de seu cliente.
| Automotive Business (publicado em 09-04-2019) | | | | Feira de autopeças terá 90 mil m2 e espera receber 75 mil visitantes no São Paulo Expo, de 23 a 27 de abril
A Automec 2019 desenvolveu uma agenda eletrônica para facilitar o encontro de compradores e vendedores durante a maior feira de autopeças e serviços do aftermarket automotivo na América Latina, que este ano deve reunir no São Paulo Expo, de 23 a 27 de abril, 1,5 mil marcas nacionais e importadas de componentes e equipamentos que vão ocupar 90 mil metros quadrados de área de exposição.
A organização da Automec lançou este ano a “Super Agenda de Negócios”, que antes mesmo da abertura oficial do evento combina os interesses de quem vai visitar a feira e das empresas expositoras. No site www.automecfeira.com.br cada expositor cadastra seus dados e descreve os produtos e serviços oferecidos. Já os visitantes indicam seus interesses no momento do credenciamento on-line, no mesmo endereço. Automaticamente o sistema conecta os interessados dos dois lados do balcão.
Após o cruzamento de informações, os mais de 75 mil visitantes de 62 países esperados para a 14ª edição da Automec vão passar a receber recomendações de produtos e expositores por e-mail, no verso da credencial e pelo aplicativo do evento desenvolvido para smartphones.
O visitante que declarar a verba estimada que pretende negociar na Automec poderá ser selecionado para integrar o “Clube dos Compradores”, grupo com tratamento especial que será direcionado a reuniões específicas de negociação de compras em larga escala.
A administração da feira também organiza “Rodadas de Negócios”, com horários marcados para interação entre expositores e tomadores de decisão das empresas visitantes. A sincronização dessa agenda tem o apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (Sincopeças SP) e da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças / Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Acessórios e Componentes (Andap / Sicap).
| Automotive Business (publicado em 09-04-2019) | | | | Rodada de negócios será realizada 15 de abril em São Paulo
A Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, irá promover na próxima segunda-feira, 15, um encontro de seus associados com fabricantes de veículos. A quarta edição da Rodada de Negócios da entidade tem foco no fornecimento ao setor automotivo, irá reunir representantes da Caterpillar, JBC, John Deere, Randon Veículos e Grupo PSA (Peugeot/Citroën), vão apresentar demandas específicas de produtos e serviços.
“A ação é uma oportunidade de em uma única tarde os empresários realizarem contatos com diversas empresas âncoras para prospectar oportunidades de negócios e relacionamento”, destaca Marcos Perez, superintendente de mercado interno da Abimaq.
A quarta 4ª Rodada de Negócios da Abimaq com integrantes da cadeia automotiva acontece no próximo dia 15 de abril, das 13h às 18h, na sede da entidade, Avenida Jabaquara, 2925, em São Paulo. Inscrições e informações pelo telefone (11) 5582-6389 ou no site do evento.
| Automotive Business (publicado em 09-04-2019) | | | | Feitos com os chamados isolantes topológicos, dispositivos “spintrônicos” poderão reduzir a perda de energia e melhorar desempenho de processamento
Os transístores são dispositivos essenciais para a informática. Toda a informação processada pelos computadores passa por eles, na forma de corrente elétrica. Os transístores controlam esse fluxo, bloqueando ou liberando a passagem da corrente.
Porém, há muita perda de energia e quanto menor o dispositivo, mais difícil é o controle, prejudicando seu funcionamento. Por essa razão, uma pesquisa do Instituto de Física (IF) da USP e do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) propõe um novo tipo de dispositivo.
Ele é feito com materiais que canalizam o fluxo da corrente e impedem sua dispersão, o que possibilita controlar a direção das partículas de energia por meio da geração de campos elétricos. No futuro, o uso deste método poderá tornar os transístores menores e mais rápidos, desperdiçando menos energia e melhorando o desempenho dos computadores.
“O transístor é um componente essencial da maioria dos aparelhos tecnológicos, inclusive na área de informática”, conta o físico Carlos Mera Acosta, que realizou a pesquisa, em cooperação com o professor e pesquisador Adalberto Fazzio. O dispositivo possui dois eletrodos e uma região central, que controla a passagem da corrente elétrica.
“Os computadores entendem a informação como sequências de ‘0’ e ‘1’. Quando o transístor não permite a passagem de corrente é ‘0’, e quando deixa passar é ‘1’. Dessa forma, através de correntes elétricas, o computador é capaz de receber e processar informações.”
Segundo o físico, os transístores atuais apresentam alguns problemas que limitam seu desempenho. “Durante a passagem da corrente elétrica, há muitas colisões dos elétrons que a formam com outras partículas dos átomos. Isso leva a uma considerável perda de energia, na forma de calor”, explica.
Quando as dimensões do dispositivo são muito reduzidas, os eletrodos ficam muito próximos e ocorre um fenômeno chamado de tunelamento quântico. “Isso quer dizer que os elétrons encontram um caminho com dimensões extremamente reduzidas, que não permite bloquear a corrente, inviabilizando o funcionamento do dispositivo.”
Para tentar resolver esses problemas, os cientistas começaram a pesquisar materiais que evitem a perda de energia e novas formas de controlar as correntes elétricas. “Existe uma propriedade dos elétrons chamada de spin. Ela é um movimento magnético que pode ser orientado em várias direções”, diz Acosta. “Alguns materiais possuem uma simetria que obriga os elétrons a seguir direções específicas. Assim, o movimento para cima ou para baixo, direcionado por campos elétricos, substituiria o ‘0’ e o ‘1’.”
A pesquisa do IF propõe o controle do spin por meio de isolantes topológicos, materiais cuja simetria impede que os elétrons se espalhem. O conceito foi pesquisado pelos físicos David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz, que ganharam o Nobel de Física em 2016. Com base nesses estudos, outros dois físicos, Charles Kane e Eugene Mele, propuseram um isolante topológico com superfície metálica (que conduz energia) e interior isolante.
O material que serviu de referência no trabalho dos pesquisadores do IF foi um cristal binário de sódio e bismuto, que possui duas simetrias, a de reversão temporal e a de espelho. “Quando o campo elétrico é aplicado, a simetria de espelho é rompida e permite selecionar o spin”, descreve o físico. “Ao mesmo tempo, a simetria de reversão temporal se mantém e impede a dispersão dos elétrons e a perda de energia.”
Acosta observa que a pesquisa propõe um modelo de dispositivo que pode ser realizado experimentalmente. “Entre a proposta teórica e sua aplicação em produtos há um longo caminho de testes, que devem levar alguns anos”, diz. “No entanto, o modelo possibilita a realização experimental. Ele envolve campos elétricos pequenos, fáceis de serem produzidos, e sugere a utilização de um material já existente para construir o dispositivo.”
Futuramente, de acordo com o físico, o modelo proposto poderá aumentar a eficiência dos transístores usados na indústria eletroeletrônica e de informática. “Os dispositivos spintrônicos seriam muito mais rápidos que os atuais, bem menores e sem perda de energia”, conclui.
A pesquisa é descrita na tese de doutorado de Acosta, orientada pelo professor Fazzio, hoje diretor do LNNano, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). Os resultados do estudo também são apresentados no artigo Spin-Polarization Control Driven by a Rashba-Type Effect Breaking the Mirror Symmetry in Two-Dimensional Dual Topological Insulators, publicado na revista Physical Review Letters.
| CIMM | | | |
|
| | |
|
|