| Clipping de Logística Reversa - 04-10-2019 - Ano 3 - Edição 99
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Chamada de Notícias
Logística Reversa
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| | | | | Programa da Abrafiltros reencaminha metal a siderúrgicas e óleo contaminado para rerrefino
Um programa de logística reversa já permitiu a reciclagem de 15,1 milhões de filtros de óleo para motor. Chamado Descarte Consciente, o projeto foi desenvolvido em 2012 e é gerenciado pela Abrafiltros, associação que reúne fabricantes de filtros e seus sistemas.
Segundo a entidade, o metal é reprocessado em siderúrgicas, o óleo contaminado segue para rerrefino e os demais componentes vão para coprocessamento em cimenteiras a fim de gerar energia elétrica. Não há destinação de resíduos para aterros sanitários.
A Abrafiltros explica que o programa tem metas anuais gradativas de abrangência geográfica e reciclagem. Por isso deve ampliar ainda mais os resultados no próximo ano em razão da exigência da “Decisão de Diretoria Cetesb n°076/2018/C”, que institui a logística reversa como exigência técnica para emissão e renovação da licença de operação.
Atualmente, 16 empresas participam do programa: Cummins, Donaldson, Ford, General Motors, Hengst, Magneti Marelli, Mahle Metal Leve, Mann+Hummel, Parker Hannifin, Poli Filtro, Rheinmetall-Motorservice, Bosch, Scania, Sofape/Tecfil, Sogefi/Fram e Wega.
Marco Antônio Simon, gestor de projetos da Abrafiltros e responsável pela coordenação do Descarte Consciente, recorda que o programa é voltado a empresas que fabricam ou vendem filtros do óleo com marca própria, o que inclui montadoras de veículos.
“Não há retorno direto para o segmento de filtros automotivos, por isso a importância de trabalhar em conjunto para diminuir os custos para as empresas participantes. A Abrafiltros atua como gestora e interlocutora com os órgãos ambientais, o que agiliza o processo”, conclui Simon.
| Automotive Business ( publicado em 30-09-2019) | | | |
Resultado de iniciativas da petroquímica em prol da economia circular, novo solvente foi feito para ser aplicado em adesivos e borrachas
A Braskem, petroquímica e fabricante de biopolímeros, desenvolveu seu primeiro solvente reciclado. Criado para ser aplicado em adesivos e borrachas, o produto faz parte do projeto da empresa em lançar elementos sustentáveis e fortalecer o compromisso com a transformação da economia circular na cadeia produtiva.
O Hexano RC pertence ao grupo de solventes hidrocarbônicos, desenvolvido a partir da sua produção de polietileno (PE), um dos tipos de plástico mais comuns e utilizados em embalagens. Antes de ser comercializada, a matéria-prima passa por um processo de tratamento para adquirir maior pureza.
A solução pode ser aplicada nos segmentos de adesivos, tíneres e borrachas, entre outros, e a empresa tem capacidade inicial de fornecimento de cerca de duas mil toneladas por ano do produto.
Segundo Cláudia Madrid, responsável pelo Negócio de Solventes da Braskem, o novo produto surgiu da parceria entre setores dentro da empresa.
“Identificamos uma oportunidade de mercado em um segmento que valoriza o resíduo da produção de outra área, fechando nosso ciclo produtivo internamente, sem a necessidade do envolvimento de um parceiro para a destinação do que não era aproveitado. A partir disso, foi possível desenvolver a solução e fazer os estudos necessários para confirmar a viabilidade da produção em larga escala, mantendo a qualidade, a segurança e o bom desempenho, que são diferenciais nas entregadas da Braskem”, comenta Cláudia.
A Braskem foi reconhecida como empresa líder em desenvolvimento sustentável pelo Pacto Global Compact da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 10 mil empresas do mundo inteiro participam do Pacto Global e, deste total, somente 36 empresas receberam o reconhecimento da ONU, sendo a Braskem a única empresa brasileira presente entre as reconhecidas.
“Nós temos a preocupação de reforçar constantemente o nosso engajamento e as nossas contribuições para as agendas socioambientais. Nosso propósito é melhorar a vida das pessoas criando soluções sustentáveis a partir da química e do plástico e ficamos muito orgulhosos por sermos mais uma vez reconhecidos como Empresa Líder em Desenvolvimento Sustentável por uma organização tão importante. Isso mostra que estamos no caminho certo”, afirma Fernando Musa, presidente da Braskem, que esteve presente em eventos da Semana do Clima da ONU em Nova York.
Para Lise Kingo, CEO e diretora Executiva do Pacto Global da ONU, “as empresas LEAD representam o mais alto nível de engajamento com o Pacto Global da ONU. Mais do que nunca, o mundo precisa de empresas de todos os tamanhos – como as anunciadas hoje como LEAD – que trabalham continuamente para melhorar seu desempenho em sustentabilidade e tomam medidas para construir um mundo melhor”.
Economia circular
O modelo econômico ‘extrair, transformar, descartar’ da atualidade está atingindo seus limites físicos. A economia circular é uma alternativa atraente que busca redefinir a noção de crescimento, com foco em benefícios para toda a sociedade. Isso envolve dissociar a atividade econômica do consumo de recursos finitos, e eliminar resíduos do sistema por princípio.
Apoiada por uma transição para fontes de energia renovável, o modelo circular constrói capital econômico, natural e social e incentiva a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, assim como o uso eficiente de recursos naturais.
Em uma economia circular, a atividade econômica contribui para a saúde geral do sistema. O conceito reconhece a importância de que a economia funcione em qualquer escala – para grandes e pequenos negócios, para organizações e indivíduos, globalmente e localmente.
| Consumidor Moderno (publicado em 03-10-2019) | | | |
A gestão de resíduos sólidos e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram alguns do temas da 43ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual das Cidades, nesta sexta-feira (27).
Aconteceu nesta sexta-feira (27) a 43ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual das Cidades (Concidades). Uma das questões principais foi a intensificação das atividades a partir da sua restruturação e de programas de qualificação dos seus integrantes.
O diretor-geral da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, Chico Santos, falou sobre a necessidade de repensar o organismo para a promoção de melhorias no seu desempenho e a custos menores. “O Concidades faz um trabalho importantíssimo na identificação das demandas sociais. Como estamos vivendo um período de transformação, queremos atuar ainda mais através da qualificação nos aspectos legais e administrativos para o encaminhamento de solicitações e propostas” destacou Santos.
O tema da sustentabilidade abriu a programação de palestras, com a apresentação de Geraldo Farias, analista de Desenvolvimento Municipal no Serviço Social Autônomo – Paranacidade - dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele propôs que o Concidades assine o Termo de Compromisso com o Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes) para que condicione as ações e proposições aos ODS. A segunda proposta foi para que os ODS tenham ênfase durante a próxima Conferência Estadual das Cidades e nas conferências municipais preparatórias para o evento estadual.
RESÍDUOS SÓLIDOS – O coordenador de Resíduos Sólidos do Instituto Água e Terra, Laerty Dudas, falou sobre a geração de emprego no contexto da sustentabilidade. “Quando falo sobre resíduos sólidos, me refiro à criação de oportunidades de trabalho na geração de renda e, claro, na preservação do meio ambiente. A destinação correta dos resíduos gera postos de trabalho e renda”, adiantou.
De acordo com ele, o Paraná produz atualmente 11 mil toneladas de resíduos por dia, 85% geradas nos 20 maiores municípios do Estado. Há alguns tipos de resíduos que chamam a atenção pelo volume e pelo risco potencial de contaminação. Segundo Dudas, há mais de 3 milhões de lâmpadas fluorescentes armazenadas no Paraná: 100 mil em órgãos públicos e 80 mil apenas em escolas públicas. O mesmo problema de armazenamento sem a destinação adequada atinge também o setor de pneus e quase 40 outros tipos de resíduos.
O coordenador destacou a necessidade de implantar sistemas de logística reversa para garantir a destinação correta dos resíduos sólidos. “O município pode fazer da coleta ao armazenamento dos resíduos. A partir daí, a responsabilidade sobre o manuseio, transporte, descontaminação (quando necessário), envio para reciclagem ou a destinação final é de responsabilidade da cadeia comercial-distribuidora-industrial-importadora, responsável pela colocação dos produtos no mercado. “A legislação brasileira prevê que quem produz, importa, distribui ou vende deve se responsabilizar pelo resíduo resultante”, esclareceu.
Ele explica que o processo de logística reversa, no entanto, só tem início quando o município notifica o mercado que há resíduo armazenado para ser coletado e processado. “Um aliado importante para a implantação da tecnologia reversa é o Ministério Público. A lógica é que, como há legislação específica sobre o assunto, quem não cumprir os procedimentos administrativos ou não tomar as providências que viabilizem a logística reversa poderá responder a processos judiciais por crimes ambientais e civis”.
“Notificar é uma obrigação das prefeituras, e hoje temos todos os 399 municípios paranaenses engajados, atuando para dar início ao processo. Transportar e processar os resíduos são obrigações do mercado. A legislação alcança tanto os agentes do setor público, quanto os privados”, informou Dudas.
| SEMA (publicado em 30-09-2019) | | | |
Objetivo é conscientizar a população quanto ao ciclo de vida dos produtos
Frequentemente o Parque das Nações é palco de diversas iniciativas em Criciúma, e neste sábado e domingo, dias 5 e 6, não será diferente. Através de um projeto de logística reversa, o ciclo de vida dos produtos será trabalhado no local.
A logística reversa é uma das áreas da logística que trata sobre o ciclo de vida dos produtos. Dessa forma o descarte e a coleta dos lixos eletrônicos realizados de forma correta, faz parte da sua área de atuação. “Estaremos recolhendo os lixos (eletrônicos) junto a Famcri e depois faremos o encaminhamento para o Ecoponto”, afirma Jaqueline Lopes, professora dos cursos de Gestão Ambiental e Logística, das Faculdades Censupeg.
Junto a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), os alunos dos dois cursos buscam com essa iniciativa conscientizar a população de Criciúma e região da importância do descarte correto do lixo.
“Estivemos visitando o Ecoponto e lá recebemos a informação de que menos de 20% do lixo produzido em Criciúma é reciclado. A população precisa ter consciência disso e fazer algo para reverter esse quadro”.
Para quem tem dúvida sobre o que é considerado lixo eletrônico, a professora traz exemplos. “Quando se fala em lixo eletrônico se fala no descarte de televisores, rádios, computadores, sejam inteiros ou apenas a carcaça. Ainda se enquadram nisso, pilhas, baterias, aparelhos celulares, entre outros”, explica.
O depósito temporário de materiais inservíveis, conhecido como Ecoponto, fica localizado na rodovia Jorge Lacerda, nº 900, no bairro Sangão, em Criciúma.
| Engeplus ( publicado em 02-10-2019) | | | |
Saiba mais sobre o que é lixo eletrônico, o quão prejudicial ele é para o meio ambiente e aprenda como descartar da maneira correta
O lixo eletrônico é um dos grandes desafios da sociedade atual: graças à obsolescência programa e nossa natureza consumista, há muitos dispositivos eletrônicos no lixo causando grandes danos ao meio ambiente. Aqui, você vai aprender o quão ruim ele é para o planeta, além de descobrir como descartar seus gadgets velhos corretamente.
O que é obsolescência programada?
Como descartar corretamente aparelhos de televisão antigos
O que é lixo eletrônico?
O lixo eletrônico ou Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) são todos os dispositivos eletroeletrônicos, de celulares, tablets e computadores a TVs, lavadoras de louça e de roupa, geladeiras e etc., que foram descartados por seus donos.
Há uma preocupação com certos dispositivos descartados de forma irregular (jogados no lixo comum, por exemplo), como celulares, tablets, computadores e outros com baterias, pois estas contêm elementos altamente danosos ao meio ambiente, que não podem ser jogados em qualquer lugar. Além disso, esses aparelhos contém materiais valiosos e metais raros, úteis para fabricar outros eletrônicos com material reciclado.
O lixo eletrônico e o meio ambiente
Com a popularização da telefonia móvel e da computação pessoal, a geração de lixo eletrônico aumentou muito, tanto porque muitas vezes comprar um aparelho novo é mais simples do que consertar, como também pelo estímulo da obsolescência programada, praticada pelos fabricantes para estimular o consumidor a sempre trocar seus aparelhos por novos, geralmente uma vez por ano (ou em intervalo menor).
Alguns elementos contidos no lixo eletrônico, embora sejam biodegradáveis, podem permanecer no solo por séculos, contaminando tudo enquanto isso. Já materiais nobres como ouro, prata, cobre e platina, além de metais raros são difíceis de se conseguir na natureza. É preferível sempre que o usuário descarte os aparelhos corretamente.
Jogar celular no lixo comum é crime ambiental?
Sim.
De acordo com o Artigo 33 da Lei N° 12.305/2010 (Política Nacional dos Resíduos Sólidos, ou PNRS), o fabricante é obrigado a fazer a logística reversa dos eletroeletrônicos que comercializa. Ou seja, é responsabilidade do dono procurar o fabricante, que é obrigado a recolher e descartar de forma ecologicamente correta.
Para atuar em conformidade com a Legislação, as empresas devem implementar sistemas de logística reversa para recolher e reciclar eletrônicos ou descarta-los corretamente. Da mesma forma, a PNRS prevê sanções tanto à companhia que falhar em cumprir a Lei, quanto ao consumidor que fizer o descarte de maneira inapropriada.
Resumindo:
O cidadão que jogar seu celular no lixo de qualquer jeito poderá ser multado.
Como descartar lixo eletrônico corretamente
Você pode:
Doar o aparelho para outra pessoa, uma empresa ou uma instituição;
Vendê-lo ou troca-lo por um outro bem de consumo;
Entrar em contato com o fabricante, para que este faça a logística reversa.
Se o dispositivo estiver com defeito e não puder ser consertado, o usuário pode optar pela logística reversa ou em casos extremos (quando o dispositivo é antigo e não há empresa para contatar ou se o fabricante não estiver em conformidade com a Lei), pode-se recorrer a cooperativas para que o produto seja descartado corretamente.
Como encontrar a cooperativa mais próxima
Existem sites, como eCycle (ecycle.com.br) que funcionam como motores de busca especializados; através dele é possível especificar que tipo de produto você deseja descartar e onde você mora, para a plataforma devolver resultados de cooperativas próximas de você.
Vale lembrar, entretanto: sempre entre em contato com as cooperativas antes de levar os produtos, para se inteirar dos horários de funcionamento e demais procedimentos, já que nem sempre uma funciona igual a outra ou recebe todos os tipos de sucatas.
| Tecnoblog (publicado em 03-10-2019) | | | |
O Eurobusiness, edifício comercial que fica em Curitiba (PR), acaba de se tornar o 1º empreendimento do mundo a receber a certificação LEED Zero Water, pelo órgão internacional U.S. Green Building Council (USGBC). O selo reconhece o pioneirismo e atesta que o empreendimento é autossuficiente em água, ou seja, trata 100% da água para seu consumo in loco, por meio de um conjunto de soluções sustentáveis, tais como, telhado verde, associado a uma estação biológica para tratamento de efluentes, e um poço artesiano fornecedor de água potável.
O selo foi lançado em novembro do ano passado, durante a Greenbuild Expo de Chicago, nos Estados Unidos. O critério para a certificação é basicamente ter o balanço positivo entre consumo de água potável, reuso e infiltração, ou seja, o consumo de água de reuso e infiltração devem ser superiores ao consumo de água potável.
“Nós já estávamos animados em ter o primeiro prédio comercial LEED Platinum da nossa região. À época da certificação, em 2016, a certificação LEED Zero Water não existia e nós optamos por essa solução porque era o certo a fazer. Agora, podermos mensurar a performance da edificação quanto à produção e consumo de água a partir desse selo, é emocionante”, comenta o desenvolvedor e investidor do Eurobusiness, Marcos Bodanese.
“Felizmente, o prédio já tinha medidores instalados para água potável e outras fontes alternativas. Quando chegou a certificação, foi fácil demonstrar o cumprimento dos requisitos da certificação LEED Zero Water. Era necessário apenas medir o desempenho pelo período de um ano”, comenta o CEO da Petinelli, empresa responsável pela consultoria em sustentabilidade da edificação para certificação LEED, Guido Petinelli.
Para Guido, o Paraná, e mais especificamente Curitiba, ter o primeiro edifício LEED Zero Water do Mundo, simboliza o pioneirismo do Estado. “Para o Brasil, que hoje é o quarto país do mundo com o maior número de edifícios certificados LEED, esse é um marco para o desenvolvimento da construção sustentável”, ressalta.
O diretor técnico da Petinelli, João Vitor Gallo, conta que o conjunto de soluções para autossuficiência em água do Eurobusiness gera uma economia superior a R$ 80 mil por ano, e que o investimento para a sua implantação foi pago já no primeiro ano de operação da edificação.
“O custo já estava previsto no orçamento, uma vez que a cidade de Curitiba tem decretos que exigem que novos edifícios comerciais com área superior a 5 mil m² tenham tratamento de águas cinzas e caixa de contenção de cheias. Adicionalmente, por retirar a caixa de contenção de cheias do subsolo, foi possível implantar duas novas vagas de garagem que trouxeram ainda mais subsídios para instalação da solução de reuso”, explica Gallo.
Soluções
O edifício de 14 andares trata 100% de suas águas residuais (cinzas e negras) no local através de um wetland (zona de raízes), localizado em seu telhado. As águas residuais tratadas são posteriormente reutilizadas para descarga no vaso sanitário ou infiltradas no local (retornadas à fonte). Nenhum produto químico é usado no processo de tratamento. A água potável é fornecida por um poço artesiano instalado no local.
Para reduzir os custos de instalação e liberar espaço para estacionamento, a Petinelli sugeriu o armazenamento da água da chuva no telhado, onde foi instalada uma lâmina d’água de 11 centímetros. O sistema de piso elevado projetado para uso externo é coberto com cascalho fino, além de macrófitas ou plantas aquáticas. Esse conjunto de elementos constitui parte do sistemta de tratamanto das águas residuais.
Equipamentos e acessórios eficientes foram usados para reduzir o consumo de água potável e, consequentemente, a quantidade de águas residuais geradas. “Isso foi fundamental para o sucesso do projeto, já que a área de telhado era muito limitada”, ressalta Guido Petinelli. O edifício foi projetado para usar 45% menos água (considerando os usos regulados da água) do que o padrão de referência do LEED 2009. Considerando também as fontes alternativas, o uso total de água potável foi reduzido em 82%.
O edifício utiliza várias fontes alternativas de água no local, incluindo água reaproveitada da chuva, água proveniente da condensação do ar-condicionado, infiltração subterrânea e água cinza e negra. Dois terços, ou 65%, de toda a água utilizada foram recuperados (medidos durante 12 meses). Um poço artesiano serve como a principal fonte de água potável do edifício, com autonomia quanto ao abastecimento pela concessionária pública, no caso, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
O diretor técnico da Petinelli, João Vitor Gallo, diz que a tecnologia está disponível também para a eficiência de água nos empreendimentos residenciais, que têm um consumo ainda mais elevado. “A grande oportunidade nas residências é o aproveitamento das águas cinzas provenientes da lavagem de roupas ou banhos.
Esse volume de água normalmente é o suficiente para zerar por completo o consumo de água para as descargas de vasos, substituindo a água potável. Existe uma série de medidas de controle e segurança no tratamento da água para torná-la apta ao reuso, sem comprometer a saúde dos usuários”, argumenta.
| Bem Paraná ( publicado em 02-10-2019) | | | | Não é só máquina de pegar bichinho: Heineken instala em supermercados de SP máquinas que trituram vidro para reciclagem
O Grupo Heineken está distribuindo pela cidade de São Paulo máquinas que trituram garrafas de vidro, preparando o material para o processo de logística reversa que culmina em sua reciclagem. Para o cliente que levar suas garrafas, há uma pequena “recompensa” pelo esforço, em forma de “cashback”.
Na primeira fase do projeto, um piloto de três meses de duração (vai até o dia 13 de dezembro) que integra o Movimento Mais com Menos, nove máquinas serão instaladas em unidades dos supermercados das redes Pão de Açúcar e Extra da capital paulista.
A iniciativa busca contemplar todo o ciclo de logística reversa do vidro, do início ao fim. Primeiro, as máquinas da Seiva Coleta, indústria de beneficiamento de vidros de Minas Gerais, contam com uma tecnologia que emite um alerta para os responsáveis pela logística quando atinge 70% de sua capacidade.
A coleta, então, será feita por motociclistas, responsáveis por levar o material a uma das cooperativas parceiras – Granja Julieta, Coopercaps, Cooperglicerio e Cooppamare –, que cuidam do beneficiamento do vidro.
Dando continuidade ao processo de reciclagem, as cooperativas vendem o material à MassFix, empresa de gestão de resíduos de vidro, que completa o ciclo de logística reversa, revendendo o vidro a fabricantes de garrafas.
“O desafio dos resíduos sólidos já vem de muito tempo e pouco avançamos como sociedade nos últimos anos. Se não envolvermos, de fato, todos os elos da cadeia, a solução não será sustentável. Foi neste contexto que surgiu esta iniciativa, que tem o consumidor como elo impulsionador de todo o processo”, explica Ornella Vilardo, gerente de sustentabilidade da Heineken no Brasil.
Cliente beneficiado
Para incentivar a participação do público das redes de supermercados participantes, um sistema de cashback vai recompensar quem levar vidro para a trituração. Cada garrafa reciclável depositada nas máquinas vai gerar 10 centavos de crédito no aplicativo do programa de cashback operado pela startup Méliuz. Ao completar R$ 20 de saldo no extrato, o consumidor poderá pedir o resgate do valor para sua conta corrente ou poupança.
A “Volte Sempre” fará ainda uma campanha de reciclagem em 300 bares no bairro Moema, também em São Paulo, falando sobre a maneira certa de descartar os resíduos de vidro.
Nela, os garçons irão sugerir aos clientes que deem preferência para garrafas de 600ml, que são retornáveis. Alguns desses bares vão receber, de forma itinerante, uma das máquinas de trituração para que os clientes conheçam a ação.
Onde triturar suas garrafas
Pão de Açúcar
Unidade Apinagés – Rua Apinagés, 1.147 – Sumaré (SP)
Unidade Vila Romana – Rua Tito, 639 – Vila Romana (SP)
Unidade Sócrates – Rua Sócrates, 120 – Vila Sofia
Extra
Unidade Brigadeiro – Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2.013 – Bela Vista
Unidade Itaim Bibi – Av. João Cachoeira, 899 – Itaim Bibi
Unidade Morumbi – Av. das Nações Unidas, 16.741 – Retiro Morumbi
Unidade Ricardo Jafet – Av. Dr. Ricardo Jafet, 1.501 – Vila Santa Eulália
Unidade Aeroporto – Av. Washington Luiz, 5.859 – Jardim Aeroporto
Unidade Interlagos – Av. Sargento Geraldo Santana, 1.491 – Interlagos
| Guiadacerveja.br (publicado em 27-09-2019) | | | | Para Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining, indústria cervejeira nacional vem protagonizando grandes mudanças por processos mais sustentáveis
O recente processo de depuração e amadurecimento do mercado cervejeiro nacional começa a se refletir em toda a cadeia produtiva. Tema complexo e cada vez mais atual, especialmente depois das queimadas que se alastraram por Amazônia, Cerrado e Pantanal colocarem a questão ambiental no centro do debate econômico, a sustentabilidade também experimentou uma importante consolidação no setor cervejeiro. E, ao que parece, trata-se de um caminho sustentável sem volta.
Essa é a análise de Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining, startup que vem desenvolvendo importantes iniciativas sustentáveis com empresas do setor cervejeiro, como a Goose Island. “Acredito que o setor cervejeiro nacional vem protagonizando grandes mudanças por iniciativas internas de ter processos mais sustentáveis”, aponta. “Definitivamente, não tem volta.”
Em entrevista ao Guia, Rodrigo explica como esse amadurecimento vem se consolidando nos últimos anos. Detalha, ainda, alguns desafios que precisam ser enfrentados, como melhorar a logística reversa das garrafas de vidro. Trata da importância das políticas públicas de incentivo. E conta uma verdade incômoda sobre as latas de alumínio, um case de sucesso da sustentabilidade nacional.
“A máxima da lata de alumínio merece algumas reflexões. O entendimento de ‘bem-sucedido’ tem raiz no fato de ser um item que gasta muita energia para ser produzido, principalmente na extração da matéria-prima, a bauxita”, explica. “Consequentemente, a indústria de alumínio foi obrigada a pagar mais pelo material reciclado, e ele se tornou o material mais bem pago na cadeia da reciclagem – o valor da tonelada de alumínio é quase 20 vezes maior do que o vidro. Portanto, a sustentabilidade de um material está diretamente ligada ao valor do mesmo no mercado.”
Confira, a seguir, a entrevista completa com Rodrigo Oliveira, CEO da startup Green Mining.
De maneira geral, como você encara o desenvolvimento da sustentabilidade no mercado de bebidas e, mais especificamente, no de cervejas?
O desenvolvimento sustentável no mercado de bebidas tem seus desafios em pilares importantes presentes nos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Alguns, muito parecidos com os desafios das indústrias em geral, como a busca de redução na utilização de água em seus processos produtivos e a implantação de projetos de MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) – que devem ser baseados em fontes renováveis e alternativas de energia, eficiência e conservação de energia. Nos últimos meses as principais cervejarias do Brasil anunciaram grandes projetos para utilização de energia eólica e solar em suas fábricas. O anúncio mais contundente veio da maior cervejaria do país (Ambev), que pretende ter operações 100% movidas à energia solar.
Mas dois desafios são um pouco mais específicos do mercado de cerveja. O primeiro refere-se à grande geração de resíduos, principalmente bagaço de malte e levedura. Este já foi muito bem endereçado pela indústria, visto que quase a totalidade (mais de 98%) dos resíduos gerados são encaminhados para uma nova cadeia de suprimentos como subprodutos.
O segundo desafio está relacionado às embalagens, seja na utilização de matéria-prima reciclada, seja em cumprir seu papel definido na lei 12.305 de 2010, que define a responsabilidade compartilhada para que seja executada a logística reversa de suas embalagens. Durante muito tempo a indústria se escondeu atrás de associações para o cumprimento de suas obrigações e, mais uma vez, a maior cervejaria do país saiu na vanguarda buscando junto à aceleração de startups como Green Mining e Molécoola realizar de forma independente a coleta de suas embalagens pós-consumo. Movimento que vem sendo seguido por diversos segmentos e ajudando o ecossistema de desenvolvimento de novas startups, como Cataki e Trash in.
Há pouco tempo existia a prática, em supermercados e empórios, por exemplo, de dar desconto quando havia o retorno de garrafas de 600ml e de 300ml, sobretudo das tradicionais marcas Pilsen. Hoje isso pouco se vê. Por que houve essa mudança? Como avalia essa alteração e qual o impacto disso no setor?
A garrafa retornável ainda existe e representa cerca de metade do que é vendido. Em cidades do interior são mais comuns do que nas capitais, principalmente por uma migração feita pelo consumidor que preferiu a garrafa de uso único nos últimos anos motivado pela comodidade. A partir do momento em que o tema sustentabilidade toma relevância, surge uma discussão fundamental: comodidade vs. sustentabilidade. Neste momento, começamos a pensar qual seria o melhor equilíbrio para o convívio do ser humano com a natureza e permitimos rediscutir nosso conforto.
A partir desta reflexão fica claro que embalagens de uso único não cumprem o papel de comodidade de forma geral, devido à energia e água que consomem, mas principalmente à poluição que geram. Dentro da economia circular este tema está sendo repensando dentro do design da embalagem em diferentes frentes que buscam a redução na quantidade de materiais usados – embalagens que facilitem a sua reciclagem ou embalagens possíveis de reuso.
Se as garrafas ainda ficam em segundo plano na questão da reciclagem, as latas de alumínio são um exemplo nacional bem-sucedido de sustentabilidade. Como se deu a consolidação desse cenário das latas e como ele pode servir de exemplos para outras frentes de atuação? Qual o grande diferencial, aliás, entre a reciclagem da lata e da garrafa?
A máxima da lata de alumínio merece algumas reflexões. O entendimento de “bem-sucedido” tem raiz no fato de ser um item que gasta muita energia para ser produzido, principalmente na extração da matéria-prima, a bauxita. Este minério ficou praticamente inviável no Brasil, ou seja, muito caro para ser extraído, e, consequentemente, a indústria de alumínio foi obrigada a pagar mais pelo material reciclado, e ele se tornou o material mais bem pago na cadeia da reciclagem – o valor da tonelada de alumínio é quase 20 vezes maior do que o do vidro. Portanto, a sustentabilidade de um material está diretamente ligada ao valor do mesmo no mercado e não às suas características sustentáveis.
Não há dúvidas de que o reuso é a forma mais sustentável de lidarmos com as embalagens. Desta forma, incentivar o reuso de garrafas de vidro retornáveis que podem ser usadas mais de 20 vezes seria melhor do que qualquer embalagem de uso único, seja alumínio, plástico ou o próprio vidro.
Que países serviriam de exemplo para guiar o trabalho do setor cervejeiro com a sustentabilidade? Por quê? O que eles fazem que ainda não é feito aqui?
Acredito que o setor cervejeiro nacional vem protagonizando grandes mudanças por iniciativas internas de ter processos mais sustentáveis. Como exemplo externo podemos citar a Bélgica, que tem políticas públicas que determinam que toda embalagem de vidro deve ser retornável – e isso vale não apenas para cerveja, mas também para outros itens como água, vinho e refrigerante. Resíduos sólidos e reciclagem dependem prioritariamente no mundo de políticas públicas bem escritas e executadas. São inúmeros os exemplos de sucesso que poderiam ser seguidos por municípios brasileiros se o assunto fosse prioridade dentre os governantes. O sistema “pay as you throw” que já foi indicado desde o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, escrito em 2012, mudou os patamares de reciclagem nos países em que foi implementado, como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Itália e Coréia do Sul.
É possível estimar quanto o setor ganha hoje com o trabalho de reciclagem e sustentabilidade? E, por outro lado, é possível calcular quanto ele deixa de ganhar por nem sempre fazer esse trabalho?
Para a indústria, reciclagem é uma substituição de matéria-prima virgem, portanto o uso e o “ganho” sempre foram atrelados aos preços das commodities. Se as commodities reduzem o valor, o mercado paga menos no material reciclado, e vice-versa. Considerando que o Brasil recicla menos de 3% do resíduo gerado, os benefícios são proporcionalmente baixos. Mas, certamente, os ganhos são muito grandes quando uma empresa resolve se dedicar de verdade a realizar sua logística reversa e começa a ser dona de sua matéria-prima, pois não precisa mais ficar vulnerável ao câmbio ou ao valor da matéria virgem.
Frente a um governo que demonstra descaso por questões ambientais, como na recente polêmica envolvendo a Amazônia, há um risco da sustentabilidade regredir no setor cervejeiro? Ou esse tema já é suficientemente amadurecido e tende a evoluir?
As questões envolvendo a Amazônia são muito mais complexas, mas não vejo qualquer relação ou risco com a evolução na sustentabilidade do setor cervejeiro – isso não tem volta. Se analisarmos, a robustez e a ousadia das metas de sustentabilidade que a Ambev se colocou em 2018 e os avanços que ela vem fazendo para atingi-las até 2025 são fantásticos! E estas metas vêm puxando concorrentes para a agenda da sustentabilidade, incentivando mais e melhores programas. Definitivamente, não tem volta.
| Guiadacervejabr.com (publicado em 19-09-2019) | | | |
Repensar a empregabilidade do plástico como matéria-prima virou algo essencial para a indústria da moda. Não seria diferente para a marca digital de itens femininos Amaro. Na quarta-feira 18, a empresa decidiu inovar e mudou parte do material de suas embalagens. Agora, elas são feitas com plásticos retirados na costa brasileira. É uma iniciativa que faz parte do movimento global Rethink Plastic.
A Amaro, por meio de seu projeto de responsabilidade social e ambiental Amaro Cares, já trabalha com outros dois modelos de embalagens sustentáveis, como a sleeve packaging, envelope 100% reciclável e que já é utilizado em metade dos pedidos; e as caixas de papelão com o selo Eu Reciclo, que certifica a logística reversa de uma porcentagem dos itens enviados por elas. Hoje, mais de 100 produtos à disposição no site recebem a certificação de produção sustentável Amaro Cares.
“Temos muitas ações planejadas para reduzir o uso de plástico nos próximos anos, principalmente no que diz respeito a materiais virgens e produção de resíduos”, diz Denise Door, diretora de marketing da Amaro.
| Isto é Dinheiro (publicado em 23-09-2019) | | | |
Cumprindo decisão judicial, a Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi) e a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) iniciaram nesta semana a retirada de cerca de 130 mil lâmpadas, que estavam armazenadas no barracão da Cooperativa dos Catadores de Apucarana (Cocap).
A Abilumi e a Abilux representam os fabricantes das lâmpadas de vapor de mercúrio, consideradas nocivas à saúde e que necessitam de um processo especial de descontaminação. O material está sendo levado para a Mega Reciclagem, empresa localizada em Curitiba e especializada neste tipo de serviço. A estimativa é que todo o material seja retirado do barracão da Cocap até o final desta semana.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, lembra que o material estava armazenado há cerca de 10 anos no barracão da Cocap. “Hoje é um dia em que nos sentimos um pouco mais aliviados, pois finalmente chegou a solução para esse passivo ambiental e que gera riscos à saúde. A solução poderia ter sido mais rápida, mas infelizmente as fabricantes conseguiram atrasar o cumprimento da logística reversa graças a vários recursos impetrados na Justiça”, contextualiza Junior da Femac.
O prefeito lembra que a Prefeitura intensificou a busca por uma solução a partir de 2014, quando o Município passou a ser, junto como Ministério Público, parte interessada desta ação. Por outro lado, Junior da Femac demonstra preocupação com a continuidade do cumprimento da logística reversa e cobra das fabricantes medidas efetivas. “O que está acontecendo agora é a solução para este passivo, mas sabemos que diariamente mais lâmpadas são descartadas e precisamos saber como será feita a destinação”, reitera.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Sérgio Bobig, afirma que nesta quarta-feira estará em Curitiba para tratar deste assunto. “Estaremos reunidos com o R-20, que reúne representantes de municípios e consórcios intermunicipais para a gestão associada da política nacional de resíduos sólidos. Uma das propostas sugeridas é que a Abilumi e a Abilux criem um roteiro de coleta em todos os municípios, para dar continuidade ao cumprimento da logística reversa”, assinala Bobig.
Atualmente, conforme Bobig, as duas associações mantêm apenas um ponto de coleta localizado no Supermercado Condor. “É um display com capacidade para apenas 50 lâmpadas, o que é muito pouco”, afirma Bobig, sugerindo um aumento na capacidade ou a criação de mais pontos de coleta na cidade.
Antônio Nogueira, interventor administrativo da Cocap, afirma que a medida de recolhimento representa alívio para a população e, especialmente, para os trabalhadores da associação. “Parecia que esse pesadelo nunca ia acabar. A retirada significa mais tranqüilidade para os cooperados, pois a gente não sabia exatamente quais eram os riscos a que eles estavam sendo submetidos”, afirma Nogueira.
Além da questão de saúde, a grande quantidade de material também restringia a ocupação do espaço. “Agora, vamos conseguir liberar uma área de cerca de 200 metros quadrados, o que será muito importante para o desenvolvimento das atividades da Copap”, observa Nogueira.
| UOL ( publicado em 01-10-2019) | | | |
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