Apesar do desempenho fraco do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (5) que o "Brasil vai bem".
Na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente disse que recebeu uma avaliação positiva do setor produtivo em encontro com um grupo de empresários em São Paulo.
"O que eu ouvi do empresariado lá é que o Brasil está bem, tudo bem diferente do que vocês publicam em função disso. Sem comentários", disse.
O presidente teve uma agenda na sede da Fiesp (Federação da Indústrias do Estado de São Paulo) com cerca de 40 empresários.
Na reunião, Bolsonaro os orientou a anunciarem suas marcas em veículos de imprensa condizentes com o que ele acredita, ou seja, que demonstrem otimismo com o país.
Na quinta-feira passada (27), em sua live nas redes sociais, o presidente já havia afirmado que pediria aos empresários que não anunciassem em veículos que, segundo ele, mentem e trabalham contra o governo.
Em 2019, o aumento do PIB foi de 1,1%, resultado que representa o terceiro ano seguido de crescimento fraco da economia brasileira.
Em 2017 e em 2018, a primeira divulgação do PIB mostrou expansão de 1,1%. Posteriormente, os dados foram revisados para 1,3%. Em 2015 e 2016, houve queda no PIB.
No fim de 2019, economistas previam PIB de 1,17%, segundo o Boletim Focus, mas essa projeção havia caído levemente para 1,12% no relatório mais recente.
O índice também é inferior ao projetado inicialmente pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes, que no começo de 2019 havia previsto um desempenho de 2,2%.
Na quarta-feira (4), o presidente ironizou o resultado da atividade econômica. E, nesta manhã, se queixou do fato de os veículos de comunicação terem reportado que ele fez piada com o indicador.
Em live nas redes sociais, no início da noite, o presidente disse que terá uma nova reunião com o grupo de empresários em junho e afirmou que o setor produtivo está satisfeito com o atual governo.
"Nunca sentiram tanta confiança no trabalho do governo como um todo, no tocante à produção, à economia e a todas as áreas do Brasil", afirmou.
Ele também criticou a Receita Federal e ressaltou que a burocracia do órgão de fiscalização atrapalha algumas áreas da economia.
"É impressionante. O ministro Paulo Guedes (Economia) ficou até meio assustado como a Receita atrapalha em algumas áreas o desenvolvimento do Brasil. Uma coisa terrível de burocracia, terrível", ressaltou.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.