Caminhões começam 2020 com crescimento

Segmento foi o único a registrar altas em produção, exportação e vendas em janeiro

Por MÁRIO CURCIO, AB
  • 06/02/2020 - 16:40
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    O segmento de caminhões foi aquele com melhor desempenho neste começo de ano. Com 7,2 mil unidades produzidas em janeiro, registrou alta de 5,3% sobre o mesmo mês do ao passado, enquanto automóveis, comerciais leves e ônibus tropeçam neste início de ano. Na comparação com dezembro a alta foi ainda mais acentuada, 20%. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

    Apesar da dificuldade com o mercado externo pela crise argentina, o crescimento da produção também foi motivado pelas exportações, que em janeiro aumentaram 71,1% pela comparação interanual ao somar 893 unidades.

    “Nos meses mais recentes, embarques especialmente para Chile e Peru nos têm ajudado a compensar em parte a queda para Argentina”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini.



    O executivo ressalta, no entanto, que até o momento se mantém a projeção de queda anual nas exportações, com 16 mil veículos pesados até o fim do ano (caminhões e ônibus), volume 22,7% que o de 2019.

    Bonini admite que os números de um único mês dizem pouco, mas ressalta que a alta de 4,3% na venda interna de caminhões (7,3 mil unidades emplacadas) reflete o crescimento da economia.

    “A venda de caminhões está muito atrelada ao PIB [Produto Interno Bruto]. A retomada do segmento começou lá atrás [2018] com os extrapesados e se estendeu aos outros segmentos”, diz.

    O maior volume de vendas em janeiro permaneceu com os pesados: 3,8 mil emplacamentos e alta de 10,9%. O maior crescimento ocorreu para os semileves: 544 licenciamentos e acréscimo de 37,7%. Até o fim do ano a Anfavea projeta um mercado de 143 mil veículos pesados licenciados, 16,9% a mais que no ano passado.

    PRODUÇÃO DE ÔNIBUS CAI 25,7%


    O ano de 2020 começou com 1,4 mil chassis para ônibus fabricados em janeiro. O número foi 25,7% menor que o de janeiro de 2019. Caíram também as exportações e o mercado interno. O País enviou 266 unidades ao mercado externo, 23,6% a menos que em janeiro de 2019.

    Os emplacamentos somaram 1,5 mil unidades, recuando 6,6% pela comparação interanual. “Nos próximos meses haverá entregas decorrentes de processos licitatórios ocorridos em 2019. Acredito que teremos neste ano um volume semelhante ao dos ônibus vendidos no ano passado”, afirma Bonini. Em todo o ano de 2019 foram lacradas 20,9 mil unidades.



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