Por G1


A expectativa dos consumidores para a inflação nos próximos 12 meses subiu 0,3 ponto percentual em abril, para 5,1%, o maior valor desde julho de 2019 (5,3%), em meio ao aumento dos preços de alimentos, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas/Ibre, divulgados nesta sexta-feira (24).

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, porém, houve redução de 0,2 ponto percentual.

“A antecipação de compras para formação de estoques a partir da segunda quinzena de março, quando muitas grandes cidades iniciaram medidas de isolamento social, pressionou os preços de alimentos, levando consumidores a rever para cima suas expectativas de inflação. Este resultado deve ser passageiro, considerando que o nível de atividade continuará muito fraco por um tempo mantendo baixa também a inflação”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV IBRE.

O levantamento aponta que 45,6% dos consumidores projetam valores abaixo da meta de inflação para o ano (4,0%), a menor parcela dos últimos seis meses. Por outro lado, a proporção de consumidores que esperam uma taxa acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,5%) aumentou de 30,4% para 35,9%, a maior parcela nos últimos seis meses.

Na análise por faixas de renda, todas as famílias, principalmente as de menor poder aquisitivo, aumentaram suas expectativas para a inflação nos 12 meses seguintes.

Para as famílias com renda até R$ 2,1 mil houve aumento de 5,9% para 6,2% enquanto para as famílias com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil as expectativas subiram de 5,0% para 5,6%. Quanto às famílias de renda acima de R$ 9,6 mil, suas expectativas cresceram 0,1% após permanecer sete meses no mínimo valor histórico (4,0%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acumulou em março uma alta de 3,3% em 12 meses.

Neste ano, o centro da meta do governo é de 4%, um pouco menor que em 2019. A meta terá sido cumprida se o índice oscilar de 2,5% a 5,5%.

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