Venda a prazo de veículos leves zero-km sobe 4,6%
Dados da B3 mostram avanço do CDC e recuo de consórcios para autos e comerciais pequenos
A venda a prazo de automóveis e comerciais leves novos somou de janeiro a maio 529,6 mil unidades e anotou alta de 4,6% sobre iguais meses do ano passado. O número inclui vendas parceladas por Crédito Direto ao Consumidor (CDC), consórcio, leasing e foi divulgado pela B3, empresa de infraestrutura do mercado financeiro.
Os dados da B3 mostram que o crescimento em veículos leves é sustentado pelo CDC. Analisada isoladamente, essa modalidade anotou alta de 16% em autos e comerciais leves, enquanto os consórcios recuaram 4,5%.
A negociação a prazo de veículos pesados zero-quilômetro teve alta expressiva de 40,6%, com 48,8 mil financiamentos. O crescimento é pouco menor que o anotado em iguais meses
nos emplacamentos de caminhões e ônibus divulgados pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários.
O pequeno crescimento do PIB e o agronegócio favoreceram a venda de caminhões e algumas capitais vêm renovando suas frotas de ônibus.
Para as motos, as vendas parceladas anotaram 307,9 mil unidades e crescimento de 15,5% sobre iguais meses de 2018. Essa alta é ainda mais próxima àquela registrada nos emplacamentos (17,6%) e decorre especialmente do aumento da oferta de crédito pelas financeiras.
Também de acordo com a B3, o somatório de leves, pesados e motos atinge 889,9 mil veículos parcelados e alta de 9,7% sobre os mesmos cinco meses do ano passado.
NOS USADOS, ALTA DE 7,9% PARA VEÍCULOS LEVES |
O levantamento da B3 mostra que de janeiro a maio 1,4 milhão de automóveis e comerciais leves usados foram parcelados. O volume é 7,9% maior que o registrado nos mesmos cinco meses de 2018. Essa alta é bem superior àquela anotada nas transferências, que cresceram pouco mais de 1% para os veículos leves.
Para os pesados, o financiamento de modelos de segunda mão cresceu 13,5%, bem menos do que os novos, com 58,5 mil unidades vendidas a prazo. Para as motos, a alta nas usadas foi de 19,8%, com 70,3 mil financiamentos. Esse crescimento decorre da maior presença de financeiras dentro das concessionárias, que alavancam a venda de motos novas e ajudam a girar o mercado de usadas.